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Educação Infantil e Folclore: Preservando a Cultura Popular

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Educação infantil e o folclore
 
PIERINA SANTINI, Daiara licenciada em Pedagogia do
Centro Universitário Internacional Uninter
Segundo Carvalho (2010, p.02), “a palavra folclore tem origem saxônica, aparecendo pela primeira vez, na Inglaterra, no jornal The Athenaeum, de 22 de Agosto de 1846. Vem do inglês Folk, povo, e lore, ciência. Ou seja, a ciência ou sabedoria popular”.
Objetivo 
O presente estudo se propôs a investigar como o estudo do Folclore na educação infantil e como o é desenvolvimento integral das crianças, dentro de um ambiente com propostas lúdicas e de cunho educativo, pois a cultura de um povo é um bem precioso que deve ser cultivado. 
E nosso objetivo é tirar a poeira da palavra Folclore e brincar com as possibilidades que ela oferece
Metodologia
 
Esta pesquisa teve como base uma pesquisa bibliográfica visando alcançar os objetivos propostos. Foram feitas pesquisas a fontes bibliográficas em livros e sites pesquisados na internet.
Folclore
O folclore é um acervo cultural, conjunto de costumes, artes, lendas, mitos, provérbios, ensinamentos e sensações, bem muito precioso.
 Com base nele, entendemos crenças, valores e contextos de um grupo social. 
Com tanta informação passada de forma tão colorida e didática, é uma ferramenta excepcional e bastante lúdica para promover uma educação para a vida. 
 É um desafio maravilhoso ensinar o folclore no dia a dia. Como Instituição, compreendemos os elementos da nossa cultura e procuramos realizar atividades interativas que insiram essa identidade de forma natural e gostosa.
Torna-se até mesmo fácil quando percebemos as várias danças, músicas e histórias que entretém e contagiam as crianças. 
O horário de brincar e saborear essas lendas vira um momento de troca de experiências e descontração. Vídeos informativos, peças de teatro, brincadeiras, exercícios das velhas cantigas de roda, que só de ler os nomes já nos enchem de lembranças: 
Ciranda Cirandinha, Nesta Rua, Fui no Tororó, Cai Cai Balão, Terezinha de Jesus
De acordo com o dicionário Mini Aurélio (2011, p. 197) cultura popular é “o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas intelectuais, etc. transmitido coletivamente, e típico de uma sociedade”. Assim, cultura popular pode ser caracterizada como sendo um conjunto de conhecimentos próprios e/ou interações de determinada sociedade, povo ou comunidade através da manifestação de seus costumes e tradições que são transmitidos de geração para geração.
Conforme Laraia (2001 apud Lima 2007, p.2) o “homem é um ser predominantemente cultural”. Por conseguinte, é capaz de inovações e promover invenções em seu meio cultural, sendo capaz de manter ou modificar esse espaço, possibilitando a reelaboração e a transformação de sua cultura.
Saci Pererê
Popularizado nas obras de autores como Ziraldo e Maurício de Souza, o Saci ganhou destaque no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, com a série infantil de televisão “Sítio do Picapau Amarelo”, inspirada na obra literária de Monteiro Lobato. O saci, também conhecido como saci-pererê, saci-cererê, matimpererê, matita perê, saci-saçurá e saci-trique, é um personagem bastante conhecido do folclore brasileiro. Tem sua origem presumida entre os indígenas da Região das Missões, no Sul do país, de onde teria se espalhado por todo o território brasileiro
Objetivo de trabalhar lendas na educação infantil
Nas escolas, abordagem do folclore na educação infantil permite que as crianças resgatem a memória de um movimento sem idade declarada, com o objetivo de manter viva a história cultural do Brasil e de enfatizar a riqueza e a pluralidade de nossa cultura.
É uma mistura dos fatos reais com a criatividade do ser humano, as lendas fazem parte da memória e constituem a identidade cultural de uma sociedade. Preservá-las é preservar a história de um grupo, de um local.
O folclore é uma das características fundamentais de nossa identidade nacional, através dele nossos alunos desenvolverão senso de origem e pertencimento a um grupo societário maior, construindo sua identidade ao passo que se tornam cidadãos cientes dos valores e princípios positivos da cultura brasileira. 
A necessidade de manter viva a cultura popular de nosso povo, de forma a proporcionar e divulgar o conhecimento e as informações tão necessárias na construção de nossa história e identidade, nos levou a desenvolver este projeto, que auxilia na compreensão do “Hoje”, baseado em experiências anteriores, resgatando o “ontem”, sem que o mesmo se apague com tempo e as novas gerações não tenham acesso a sua origem.
Os benefícios do ensino do folclore
Embora os aspectos culturais sejam o alvo de maior abrangência no estudo do folclore, muitos são os fundamentos que justificam sua importância dentro das práticas pedagógicas na educação de crianças em formação de caráter e intelecto.
As crianças têm uma forma única de aprendizado e, instintivamente, desconhecem o tom arbitrário dos julgamentos ou a pressa dos acontecimentos, permitindo-se absorver o conteúdo histórico com a ingenuidade e a curiosidade, típicas da tenra idade. Esse é o melhor momento de introduzir nas práticas pedagógicas, as brincadeiras coletivas que tão bem retratam o universo lúdico do folclore.
CONCLUSÃO
O gosto pela leitura e parte de um grau de percepção que se altera, que se conforma e que vai construindo uma consciência a partir de elementos anteriores ao processo de leitura que se evidenciam durante o processo da mesma e após ele, numa contínua construção positiva ao longo da vida. 
Ficou claro pelos estudos feitos que, o folclore naturalmente inserido à literatura infantil, pede esforço maior, tanto no plano individual como no coletivo (família/ educador), para reintegrar e valorizar o folclore na vida cotidiana. 
Temos nos limitado a trabalhar o folclore isoladamente, quando folclore, mesmo que em ritmo de transformação social, tal qual nosso país, nada mais é do que a essência do povo; sua cultura.
Algumas escolas ignoram a importância do folclore na criação da identidade cultural e abordam o tema de maneira superficial. É preciso respeitar a história vivida e contada em todas as etapas, sem, contudo, impor uma verdade na qual não há fatos ou interesse de comprovação.
Cabe aos profissionais de pedagogia abordar cada tema com sensibilidade suficiente para estimular a inteligência e as emoções em consonância com o equilíbrio do aprendizado, caminhando sempre para frente, sabendo que é possível fazer do passado um referencial de vida.
A pedagogia detém um conhecimento grande sobre os métodos de adequação entre o tema proposto e a criança que deseja desenvolver. Para isso, precisa se valer de estratégias e recursos lúdicos, e, muitas vezes, diferentes dos convencionais, para obter êxito na aplicação do conteúdo.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Renato. Folclore. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1976. 
 
BLOON, H. Contos e poemas para crianças extremamente inteligentes de todas as idades. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei 9.394/96. Rio de Janeiro, Ed. Esplanada, 1998.
 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol.3 Brasília: MEC/SEF, 1998, vol. 1, 2,3.
 
CARNEIRO, Edison. Dinâmica do folclore. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1965. 
 
CARVALHO, B. V. de. A literatura infantil: visão histórica e crítica. 6 ed. São Paulo: Global, 1989.

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