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Adenomiose: Características e Diagnóstico

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Juliana Silva XXIII | 1
Ginecologia
Adenomiose 
A adenomiose se caracteriza pela invasão 
benigna do endométrio no miométrio além de 
2,5 mm de profundidade ou, no mínimo, um 
campo microscópio de grande aumento 
distante da camada basal do endométrio com 
presença de g lându las e estromas 
endometriais circundados por hiperplasia e 
hipertrofia das células miometriais 
→ É uma doença que não precisa sair da 
cavidade uterina. O útero começa a ser 
infiltrado de dentro para fora 
→ É uma causa de sangramento uterino 
anormal (além de cursar com dor, cursa 
com SUA) 
Características 
Caracteriza-se por pequenos lagos de 
endométrio espalhados no miométrio e/ou por 
adenomioma (um nódulo circunscrito na 
parede miometrial) 
✘ A invaginação do endométrio para a 
musculatura uterina leva a aumento 
volumétrico uterino e, por vezes, a 
sangramento, dor pélvica e infertilidade 
Etiopatogenia 
Acredita-se que a exposição estrogênica 
contribui para o desenvolvimento da 
adenomiose. 
Fatores de risco: 
→ Idade de 40 a 50 anos 
→ Menarca precoce (menor de 10 anos de 
idade) 
→ Ciclos menstruais curtos (menor de 14 
dias de intervalo) 
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Ginecologia
→ Uso prévio de contraceptivos hormonais e 
tamoxifeno; 
→ Índice de massa corporal elevado; 
→ Multiparidade (mais de duas gestações); 
→ História de abortamento; 
→ Cirurgias uterinas prévias. 
 Teorias: 
1: sugere que a doença surja da invasão 
direta do miométrio pelo endométrio 
2: envolve participação de resquícios 
embrionários de remanescentes mullerianos 
pluripotentes. Além disso, explica a presença 
de nódulos adenomióticos fora do útero, como 
no septo retovaginal. 
Outras teorias: apontam a invaginação da 
camada basa l no s istema l i nfát ico 
intramiometrial
→ Os mecanismos que estimulariam a 
invasão miometrial são desconhecidos, 
mas podem ser favorecidos pelo 
enfraquecimento da parede do miométrio 
causada por cirurgias ou gestações 
prévias. 
→ A gravidez e o trauma cirúrgico poderiam 
enfraquecer a junção mioendometrial, 
levando à hiperplasia reacional da camada 
basal do endométrio e à infiltração do 
miométrio. 
→ Alterações hormonais e imunológicas locais 
também contribuiriam para o processo 
Os fatores de risco e a fisiopatologia da 
adenomiose e endometriose são os mesmos! 
Quadro clínico 
→ Sangramento genital (40⎻50%) 
→ Dismenorreia 
→ Dor pélvica crônica 
→ Aumento do volume uterino 
→ Assintomática 
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Ginecologia
→ Infertilidade 
→ Associação com outras patologias: 
✘ Miomas 
✘ Endometriose 
✘ Pólipo endometrial 
Aspectos 
Na radiologia: vai ser possível ver 
formação de estrias, heterogenicidade do 
tecido miometrial, com formação de glândulas, 
áreas de sangramento, cistos hemáticos, 
irregularidade entre a espessura da parede 
anterior e posterior do útero, formato bojudo 
do útero. 
macroscopia: vai apresentar um grande 
infiltrado dentro da musculatura formando 
áreas císticas. 
OBS: na ginecologia, associa-se muito o 
sangramento uterino anormal a miomas, 
principalmente submucosos. 
Enquanto associa-se a dor à endometriose. E 
a adenomiose fica no meio do caminho, por 
isso que o diagnóstico é difícil (porque a 
alteração radiológica pode ser sútil até mesmo 
na ressonância magnética, que seria o padrão 
ouro para diagnóstico de adenomiose). 
Mais de 60% das peças oriundas de 
histerectomia vem com um diagnóstico 
anátomo-patológico de adenomiose (as vezes 
indicado por um sangramento uterino anormal 
sem causa definitiva ou por miomatose). E a 
maioria não tinha o diagnóstico prévio de 
adenomiose 
Diagnóstico 
• US transvaginal: é indicado como exame 
de imagem complementar de primeira linha 
para o diagnóstico da adenomiose 
• Rnm 
O tratamento da adenomiose é o mesmo da 
endometriose!
ADENOMIOSE → DOR + SANGRAMENTO 
	Teorias:

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