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ST865-Lean-Startup-final-Correcao-v2

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Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP 
Faculdade de Tecnologia – FT 
 
 
 
 
 
Lean Startup: 
Uma aplicação ao projeto neoTime Touch 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Yukari Yagima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limeira 
2012
 
 
 
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP 
Faculdade de Tecnologia – FT 
 
 
 
 
Lean Startup: 
Uma aplicação ao projeto neoTime Touch 
 
 
 
 
Autora: Fernanda Yukari Yagima 
Orientador: Prof. Dr. Marcos Augusto 
Francisco Borges 
 Banca examinadora: 
 Prof. Marcos Augusto Francisco Borges 
 Profª. Ana Estela Antunes da Silva 
 Profª. Regina Lucia de Oliveira Moraes 
 
 
Trabalho de Graduação Interdisciplinar 
apresentado na Faculdade de Tecnologia – 
FT como requisito parcial para a conclusão 
do curso de Tecnologia em Análise e 
Desenvolvimento de Sistemas. 
 
 
Limeira 
2012
 
 
i 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus e, principalmente, a minha família. 
 
 
 
ii 
 
Agradecimentos 
 
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu a vida, proporcionando todas as 
experiências que me fazem crescer a cada dia que passa. 
 
Especialmente aos meus pais, Maria Aparecida Kobayashi e Otávio Takeshi 
Yagima, por todo o carinho e dedicação. Por estarem sempre ao meu lado, me 
apoiando em todas as decisões e que desde cedo me deram a oportunidade de 
estudar nas melhores escolas para poder entrar na melhor Universidade. 
 
Ao meu namorado, André Reis Castiglioni, que em todos os momentos está 
ao meu lado e me dá a coragem e força de seguir em frente, mesmo com tantos 
obstáculos que a vida coloca no caminho. 
 
Aos professores Marcos Augusto Francisco Borges, Ana Estela Antunes da 
Silva e Regina Lucia de Oliveira Moraes por participarem da banca e pelas 
maravilhosas aulas de empreendedorismo e engenharia de software. Aulas que me 
mostraram quão amplas e interessantes essas áreas podem ser. 
 
A todos os professores do curso de Tecnologia em Análise e 
Desenvolvimento de Sistemas, pela transmissão do conhecimento e da prática nesta 
área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
The action of men are the best 
interpreters of their thoughts. 
 
(As ações dos homens são as melhores 
intérpretes de seus pensamentos.) 
 
John Locke 
 
 
 
iv 
 
RESUMO 
 
Este trabalho foi desenvolvido com objetivo de incentivar o 
empreendedorismo entre os jovens e a aplicação dos conceitos de Lean Startup 
para crescimento das pequenas empresas. Para isto, serão definidos os conceitos e 
princípios dessa abordagem. A partir dessa definição, será desenvolvido um plano 
de aplicação real dessa metodologia na empresa ClasTech Digital Multimídia, na 
qual a autora do trabalho é sócia-proprietária. O plano consiste em utilizar os 
princípios básicos do Lean Startup na criação, apresentação e desenvolvimento de 
um novo projeto de mídia digital que será implantada pela ClasTech e por uma 
empresa parceira, utilizando tablets como displays e o neoTime Touch, sistema de 
gerenciamento de conteúdo para mídias digitais desenvolvido pela ClasTech. 
 
ABSTRACT 
 
This paper was developed with the aim of encouraging the entrepreneurship 
among young people and the application of the concepts of Lean Startup to small 
business growth. Concepts and principles of this approach will be defined. From this 
definition, it will be developed a real application plan of this methodology in ClasTech 
Digital Multimídia company, in which the author is a shareholder owning. The plan 
consists to use the basic principles of Lean Startup in the creation, presentation and 
development of a new digital signage project that will be implemented by ClasTech 
and a partner company using tablets as displays and the neoTime Touch, content 
management system for digital signage developed by ClasTech. 
 
 
 
 
 
 
 
v 
 
SUMÁRIO 
 
Agradecimentos ......................................................................................................... ii 
RESUMO .................................................................................................................. iv 
ABSTRACT ............................................................................................................... iv 
SUMÁRIO .................................................................................................................. v 
ÍNDICE ...................................................................................................................... vi 
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ vii 
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ viii 
LISTA DE ABREVIATURAS ...................................................................................... ix 
1. Introdução ........................................................................................................... 1 
2. Contexto de aplicação ......................................................................................... 3 
3. Embasamento teórico .......................................................................................... 7 
4. Desenvolvimento: O Projeto neoTime Touch ..................................................... 17 
5. Conclusão ......................................................................................................... 29 
6. Referências bibliográficas .................................................................................. 31 
 
 
 
 
 
 
vi 
 
ÍNDICE 
 
Agradecimentos ......................................................................................................... ii 
RESUMO .................................................................................................................. iv 
ABSTRACT ............................................................................................................... iv 
SUMÁRIO .................................................................................................................. v 
ÍNDICE ...................................................................................................................... vi 
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ vii 
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ viii 
LISTA DE ABREVIATURAS ...................................................................................... ix 
1. Introdução ........................................................................................................... 1 
1.1. Motivação...................................................................................................... 1 
1.2. Objetivos ....................................................................................................... 2 
1.3. Metodologia .................................................................................................. 2 
2. Contexto de aplicação ......................................................................................... 3 
3. Embasamento teórico .......................................................................................... 7 
3.1 Empresas startups ........................................................................................ 7 
3.2 O Lean Manufacturing ................................................................................... 9 
3.3 O Lean Startup ............................................................................................ 12 
3.4 Metodologia ágil: Kanban ............................................................................ 15 
4. Desenvolvimento: O Projeto neoTime Touch .....................................................17 
4.1 Aplicação do Kanban .................................................................................. 19 
4.2 Aplicação do Lean Startup .......................................................................... 21 
5. Conclusão ......................................................................................................... 29 
6. Referências bibliográficas .................................................................................. 31 
 
 
 
 
vii 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Exemplo de quadro de monitoramento online ............................................. 5 
Figura 2: Processos de criação de uma empresa startup ........................................... 8 
Figura 3: Princípio Construir-Medir-Aprender do Lean Startup. ................................ 14 
Figura 4: Representação do quadro kanban da ClasTech. ...................................... 20 
Figura 5: Reprodução do relatório de cliques por propaganda no primeiro mês de 
testes ....................................................................................................................... 23 
Figura 6: Reprodução do relatório da pesquisa de aceitação no primeiro mês de 
testes. ...................................................................................................................... 24 
Figura 7: Tela touch adquirida para testes - Visão traseira ...................................... 26 
Figura 8: Tela touch adquirida para testes - Visão frontal ........................................ 27 
 
 
 
viii 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Exemplos de desperdícios identificados por Taiichi Ohno ........................ 10 
Tabela 2: Testes realizados nos tablets com os vídeos existentes no acervo 
ClasTech .................................................................................................................. 18 
 
 
 
 
ix 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
CMS – Content Management System (Sistema de Gerenciamento de Conteúdo) 
JIT – Just In Time 
 
 
 
 
1 
 
1. Introdução 
 
1.1. Motivação 
 
Novas ideias surgem todos os dias e de mentes de pessoas cada vez mais 
jovens. Cada vez mais cedo, os jovens estão sendo estimulados a empreender, 
transformando suas ideias em negócios. O número de empresas startups vem 
aumentando. Muitas vezes, as pessoas imaginam e criam um produto que elas 
acreditam ser bom, mas durante o desenvolvimento do mesmo, cometem o erro de 
não apresentá-lo ao público alvo, mesmo que seja apenas um protótipo. O Startup 
Genome Report é um relatório com o resultado de uma análise aprofundada de 
startups do Vale do Silício ao longo de três meses (Exame PME, 2011). Nessa 
pesquisa foi mostrado que a falta de contato com o cliente em potencial e a urgência 
em criar o produto final são os principais motivos de levar uma nova empresa ao 
fracasso. Os clientes não se importam com a tecnologia utilizada no 
desenvolvimento ou como o produto foi criado, eles apenas buscam uma solução 
para seus problemas. É necessária uma forma organizada de transformar ideias 
inovadoras em empreendimentos de sucesso. Existem diversas metodologias para 
ajudar na administração desses negócios e uma delas é o Lean Startup. 
A ClasTech Digital Multimídia, empresa da autora deste trabalho, atua na área 
de Digital Signage (em português, Sinalização Digital), tendo como produto principal 
o sistema de gerenciamento de conteúdo denominado neoTime. Em parceria com 
uma startup de mídia digital, a ClasTech pretende iniciar um projeto batizado 
neoTime Touch. A ideia consiste na instalação de displays, neste caso tablets, em 
táxis da cidade de Campinas, com intuito de veiculação propagandas e informações 
de forma interativa. Nesse formato de mídia, o passageiro poderá interagir com a 
propaganda, tocando na tela do equipamento para visualizar promoções, notícias ou 
quaisquer informações que o anunciante desejar inserir. 
O desafio do projeto é aplicar uma forma de administração que seja adequada 
a uma startup e fazer com que o projeto neoTime Touch seja atrativo aos futuros 
anunciantes da mídia. 
 
 
2 
 
 
1.2. Objetivos 
 
O objetivo do trabalho, além de um levantamento da teoria sobre Lean 
Startup, é de aplicar os conhecimentos obtidos com a metodologia em uma situação 
real. 
Tendo a ClasTech, a empresa parceira e o projeto neoTime Touch como 
estudo de caso, os princípios do Lean Startup serão aplicados no processo de 
desenvolvimento do projeto neoTime Touch, como forma de administrar esse novo 
negócio de mídia digital. O foco é utilizar o ciclo principal da metodologia Lean 
Startup: Construir-Medir-Aprender, como forma de medir o aprendizado e o 
progresso do projeto. 
Também será utilizada a metodologia ágil Kanban como ferramenta de 
comunicação entre os participantes do projeto. 
 
 
1.3. Metodologia 
 
O trabalho está estruturado da seguinte forma: o capítulo 2 apresenta todo o 
embasamento teórico do trabalho, tais como as definições de empresa startup, uma 
breve história do surgimento do Lean Manufacturing e, posteriormente, do Lean 
Startup e seus princípios, a metodologia Kanban e a apresentação da empresa 
ClasTech Digital Multimídia, seus produtos e serviços. O capitulo 3 apresenta o 
desenvolvimento do projeto e os princípios do Kanban e do Lean Startup aplicados a 
algumas situações reais da empresa. O capítulo 4 apresenta os resultados e as 
conclusões. 
 
 
 
 
3 
 
2. Contexto de aplicação 
 
Este capítulo apresenta o contexto de aplicação deste trabalho, explicando o que é a 
ClasTech Digital Multimídia, seus produtos e serviços. 
A ClasTech Digital Multimídia é uma empresa que presta serviços de mídia 
indoor digital, com foco em cardápios digitais, televisões corporativas e som 
ambiente. 
 A mídia indoor digital, ou Digital Signage (em português, Sinalização Digital), 
é um meio de comunicação que utiliza displays (televisores, monitores, projetores, 
painéis de LED etc.) com intuito de transmitir conteúdo publicitário, informativos, 
anúncios e/ou quaisquer materiais que possam ser transmitidos digitalmente (fotos, 
vídeos, textos etc.). Sendo digital, o Digital Signage oferece muito mais flexibilidade 
de conteúdo, personalização e programação, transformando a mídia em um produto 
inovador, dinâmico e atrativo. A principal característica da mídia indoor digital é o 
dinamismo e interatividade com o público-alvo, pois a cada período de tempo uma 
nova informação é exposta a ele, atraindo a atenção e a presença do mesmo. 
 Uma infraestrutura de Digital Signage geralmente é composta por um banco 
de dados, um servidor central para a distribuição de conteúdo, uma estrutura de 
rede de dados e um equipamento local para exibição do conteúdo. Dentro dessa 
estrutura, também é necessário existir um CMS (Content Management System), 
Sistema de Gerenciamento de Conteúdo, para organização, gerenciamento e 
publicação do conteúdo em questão. 
 A ClasTech objetiva proporcionar este tipo de mídia indoor digital de forma 
personalizada para cada cliente, fazendo com que ela seja única para cada um 
deles. O sistema foi desenvolvido para que o cliente possa estruturar sua mídia, de 
acordo com a cultura de sua empresa, tornando-a uma solução para as suas 
necessidades. O sistema para gerenciamento do conteúdo da mídia indoor digital da 
ClasTech Digital Multimídia é chamado neoTime e foi desenvolvido pela própria 
empresa, ou seja, é um software próprio. O neoTime se encaixa no conceito de CMS 
e trabalha justamente com a organização e transmissão do conteúdo do Digital 
Signage. 
 
 
 
4 
 
Existem três vertentes do sistema, cada um deles voltado a um tipo específico 
de negócio. Existem outros módulos, também desenvolvidos pela própria empresa, 
que agregam mais valor ao sistema neoTime. 
Todos os sistemas desenvolvidos pela ClasTech possuem layouts 
personalizados com os padrões de cada cliente, tornando-seuma mídia única para 
cada um. Os produtos da empresa são: 
 
1. neoTime Cardápio Digital: tem como foco a divulgação dos principais itens do 
cardápio do cliente através de diversos televisores. Este tipo de mídia é indicado 
para estabelecimentos em locais fechados, como restaurantes fast food; 
 
2. neoTime Televisão Corporativa: tem como objetivo a divulgação interna de 
informações sobre a empresa do cliente. Geralmente são televisões situadas em 
salas de espera, showrooms e/ou quaisquer locais onde possa haver divulgação 
interna. Em geral são divulgados vídeos institucionais, notícias e informações 
sobre a própria empresa, anúncios e comunicados para funcionários; 
 
3. neoTime Som Ambiente: é a vertente do sistema que mescla a televisão 
corporativa e/ou o cardápio digital com uma programação musical. Os clipes 
musicais não param de tocar. Entre a programação musical podem ser inseridos 
conteúdos informativos, propagandas etc. Esses conteúdos não interrompem as 
músicas que estão tocando ao fundo, a não ser que possuam som próprio. 
 
 Os serviços da ClasTech são módulos que agregam valor ao produto 
desenvolvido. A principio existia apenas o monitoramento online do sistema, módulo 
desenvolvido para que o cliente possa ter acesso às informações e relatórios de seu 
estabelecimento. Para acessar o monitoramento, cada cliente recebe um usuário e 
uma senha para acesso ao site da ClasTech Digital Multimídia. Sendo um sistema 
modulado, cada um tem acesso apenas ao seu próprio estabelecimento. Nesta área, 
ele terá acesso às informações que estão sendo divulgadas em seus televisores. Se 
desejar também poderá ver informações sobre as condições do computador, tais 
como espaço livre no disco rígido, condições da memória e resolução dos 
televisores, conforme ilustra a Figura 1. 
 
 
5 
 
 
 
Figura 1: Exemplo de quadro de monitoramento online 
Fonte: ClasTech Digital Multimídia Área restrita.Disponível em: http://www.clastech.com.br/. 
 
A Figura 1 mostra um exemplo do quadro de monitoramento. A imagem antes 
do nome do estabelecimento indica em que estado se encontra o computador (item 
1), podendo variar entre verde, vermelho e amarelo. Logo abaixo, são informados a 
data e a hora da última informação recebida do computador (item 2). Os logs são 
enviados a cada três minutos. Se o computador fica mais do que esse tempo sem 
mandar informações, ele entra no estado amarelo de alerta. Se continuar sem enviar 
informações, ele passa ao estado vermelho. Nesse mesmo intervalo de tempo são 
tirados prints da tela para visualização do conteúdo (item 3). Também são 
mostrados os vídeos que estão sendo exibidos em cada televisor. Neste exemplo 
são quatro televisores, por isso são exibidos quatro nomes de vídeos (item 4). Para 
facilitar o monitoramento do computador, é mostrada a situação do computador (item 
5). Por fim, existe a área de abertura de chamados (item 6), onde o cliente pode 
escrever suas dúvidas, sugestões, pedidos, críticas etc. As mensagens chegam 
diretamente ao e-mail de suporte da ClasTech. 
O monitoramento online foi o primeiro diferencial que a empresa pôde 
oferecer ao cliente como uma facilidade no controle das informações da mídia indoor 
do estabelecimento. Foi um módulo muito bem aceito e é constantemente utilizado. 
 
Além do monitoramento online, existem mais dois módulos: 
1. Alteração de grade de programação online 
 
 
6 
 
2. Alteração de tabela de preços online 
 
Em qualquer um dos sistemas neoTime, o cliente pode alterar a grade de 
programação e, caso exista, a tabela de preços do estabelecimento. 
 
 
 
 
 
7 
 
3. Embasamento teórico 
 
Este capítulo apresenta a fundamentação teórica do trabalho. Na primeira 
seção são apresentadas as definições de empresas startups e alguns exemplos de 
sucesso. A seguir, há os conceitos e definições da metodologia Kanban e do Lean 
Startup, também a descrição de seus princípios. Por fim, é apresentada a empresa 
ClasTech Digital Multimídia, em que os conceitos dessas abordagens serão 
aplicados. 
 
 
3.1 Empresas startups 
 
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(SEBRAE, 2011), uma empresa startup é uma “organização de pequeno porte em 
fase de constituição, praticando quaisquer tipos de pesquisas ou desenvolvimento 
de ideias inovadoras”. São empresas com baixos custos de manutenção e que 
possibilitem a geração de lucros. No entanto, deve-se ter em mente que uma startup 
não é feita apenas de uma ideia. Além de uma ideia viável, a empresa também deve 
apresentar potenciais de sucesso. Para isso, é importante que haja um modelo de 
negócios mostrando como a empresa pretende administrar o negócio, a forma como 
vê o potencial do mesmo e a prospecção financeira. 
Um grande exemplo de startup atualmente é o Instagram. Essa empresa é 
baseada em um aplicativo que surgiu há aproximadamente dois anos e hoje foi 
comprada pelo Facebook, por cerca de U$ 1 bilhão. O aplicativo foi criado por Kevin 
Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, inspirados pela paixão por fotografias. 
O processo de abertura de uma empresa startup consiste basicamente de 
cinco etapas, podendo ser divididas entre teoria e prática. Na parte teórica, estão a 
iniciativa da ideia e a identificação das oportunidades. Na parte prática estão a 
descoberta e a validação de clientes. Agregando tudo, encontra-se o plano de 
negócios, elemento importantíssimo para apresentar a viabilidade e a 
sustentabilidade do negócio (AgilCoop, 2012). A Figura 2 mostra os processos 
necessários para abertura de uma startup. 
 
 
8 
 
 
 
Figura 2: Processos de criação de uma empresa startup 
Fonte: IME-USP 
 
Não basta apenas ter uma ideia. Ela tem que ser inovadora e viável. No geral, 
ideias são formadas pelas mudanças na sociedade, tais como mudanças na 
tecnologia e no mercado. 
Identificar o tamanho da oportunidade é um pouco mais complexo, pois 
envolve a análise de mercado, concorrências, necessidades dos clientes e do 
mercado e o potencial de crescimento que a startup carrega. 
O Modelo de Negócios consiste na elaboração de um projeto que englobará e 
documentará todos os processos da abertura de uma startup. Analisará riscos, 
viabilidade, sustentabilidade, aspectos jurídicos, operacionais, financeiros e de 
mercado, plano de vendas, equipamentos, investimento, retorno, fluxo de caixa, 
formação de preços de custo e de venda etc. (AgilCoop, 2012). Enfim, consistirá no 
maior detalhamento possível do empreendimento. O objetivo final desde modelo é 
apresentar a viabilidade do negócio juntamente com o potencial de geração de 
lucros. 
A Descoberta de Clientes consiste na localização dos clientes para o produto 
oferecido e a importância do empreendimento para eles. Com essa identificação, é 
possível avaliar se vale a pena desenvolver ou não este negócio. A fase de contato 
com o cliente é de extrema importância, pois transforma hipóteses em fatos. 
O objetivo da Validação de Clientes é ajustar o produto ao mercado. Será o 
momento de fazer as primeiras vendas e verificar a aceitação dos clientes. Podem 
ocorrer mudanças na direção da empresa e ajustes do publico alvo. Com isso é 
 
 
9 
 
necessário retornar ao modelo de negócios e à descoberta de clientes, até que o 
produto esteja adequado ao mercado. Por fim, é o início da fase de geração de 
lucros e a formalização oficial da empresa. 
 
 Segundo Eric Ries (Ries E. , 2012), são dois problemas principais que fazem 
as startups fracassarem: 
 
I. Suposições: sendo uma startup uma instituição formada pela incerteza, não há 
um bom plano, boa estratégia ou pesquisa completa de mercado. Empreendedores 
costumam tirar suas próprias conclusões, supondo que suas ideias estão corretas e 
que há mercado para o produto que pretende desenvolver. Planejamentos e 
previsões só conseguem ser precisos se forem baseados em um ambientebem 
estruturado e em um histórico operacional longo e estável (Ries E. , 2012). Uma 
startup ainda não possui isso. A administração tradicional nem sempre funciona para 
elas. 
 
II. “Simplesmente faça”: vendo a administração tradicional falhar, os 
empreendedores costumam utilizar o método Just Do It (do inglês, “simplesmente 
faça”). “Se a gestão é o problema, o caos é a resposta” (Ries E. , 2012). As startups 
são estimulantes e dinâmicas, o oposto da gestão que é considerada 
desinteressante, sendo deixada em segundo plano. Este é o segundo ponto que faz 
muitas startups não darem certo. 
 
 
3.2 O Lean Manufacturing 
 
Para entender como o Lean Manufacturing surgiu, é necessário conhecer o 
sistema de produção em larga escala, ou Fordismo, idealizado por Henry Ford em 
1913 (Blank, 2006). A vontade de Ford em produzir automóveis baratos que 
pudessem ser acessíveis a qualquer um era tão grande que o levou a criar este 
modelo de produção. A principal característica do fordismo era o aperfeiçoamento da 
linha de montagem. O processo exigiu um grande investimento em maquinaria e 
 
 
10 
 
infraestrutura, mas permitiu que Ford produzisse mais automóveis com um menor 
número de trabalhadores. 
Comparado a outros modelos de produção, as despesas foram reduzidas e o 
capital aumentado. Seu ápice foi após a II Guerra Mundial, na década de 50 (Blank, 
2006). 
 Visando estudar essa forma de produção para ser aplicada ao mercado 
japonês, Kiichiro Toyoda foi aos Estados Unidos pela primeira vez, em 1929. A 
segunda visita foi realizada por Eiji Toyoda, sobrinho de Kiichiro, em 1950 (Blank, 
2006). Este último estudou detalhadamente o sistema Ford de produção e concluiu 
que poderia melhorá-lo. De volta ao Japão, ele e o engenheiro de produção Taiichi 
Ohno constataram que este tipo de sistema não funcionaria no país, pois a 
economia japonesa no pós-guerra estava devastada, tornando impossível o 
investimento em tecnologias ocidentais mais novas. Nesse momento haviam muitas 
montadoras espalhadas pelo mundo, dispostas a ir contra as exportações japonesas 
para poderem defender seus próprios mercados. Foi a partir dessas dificuldades que 
surgiu o Lean Manufacturing. 
 A partir da década de 50, Taiichi Ohno, já como executivo da Toyota, iniciou a 
criação e implantação do Sistema Toyota de Produção, posteriormente denominado 
Lean Production ou Lean Manufacturing (em português, “Produção Enxuta”). O 
objetivo do Lean é identificar e eliminar desperdícios, reduzindo custos e 
maximizando a qualidade e a velocidade de entrega do produto aos clientes 
(Werkema, 2006). 
 A tabela mostra os sete tipos de desperdícios identificados por Ohno e alguns 
exemplos desses desperdícios. 
 
Tabela 1: Exemplos de desperdícios identificados por Taiichi Ohno 
Desperdício Exemplos 
Defeitos Erros em faturas, pedidos, cotações de 
compra de materiais 
Excesso de produção Processamento e/ou impressão de 
documentos antes do necessário, 
aquisição antecipada de materiais 
 
 
11 
 
Estoques Material de escritório, catálogo de 
vendas, relatórios 
Processamento desnecessário Relatórios não necessários ou em 
excesso, cópias adicionais de 
documentos, reentrada de dados 
Movimento desnecessário Caminhadas até o fax, copiadora, 
almoxarifado 
Transporte desnecessário Anexos de e-mails em excesso, 
aprovações múltiplas de um documento 
Espera Sistema fora do ar ou lento, ramal 
ocupado, demora na aprovação de um 
documento 
 
Fonte: WERKEMA, Maria C. C. Lean Seis Sigma – Introdução às Ferramentas do Lean 
Manufacturing. 
 
 Através do Lean Manufacturing é possível melhorar a flexibilidade, qualidade, 
segurança, ergonomia, motivação dos funcionários e a capacidade de inovação e, 
por outro lado, diminuir custos, necessidade de espaço e exigências de trabalho. 
 De acordo com Womack (2004), o pensamento enxuto (Lean Thinking) é a 
melhor forma de combater desperdícios. Esse pensamento é uma forma de 
especificar valor a um produto, estudar a melhor sequência de ações para criar esse 
valor, realizar essas ações sem interrupção quando solicitadas e do modo mais 
eficaz possível. É uma estratégia de negócios para aumentar a satisfação dos 
clientes utilizando os recursos da melhor forma possível (Lean Institute Brasil). 
 O Lean Intitute Brasil especifica os cinco princípios do Lean Thinking: 
I. Valor: o valor é definido pelo cliente. A necessidade que ele possui gera valor 
a determinado produto e/ou serviço. Cabe à empresa determinar essa 
necessidade e procurar satisfazê-la, cobrando um preço específico para 
poder viabilizar o negócio e aumentar os lucros através da melhoria contínua 
dos processos; 
II. Fluxo de valor: consiste em dividir a produção e classificar seus processos 
em três tipos: os que geram valor, os que não geram valor (mas são 
 
 
12 
 
importantes para a manutenção dos processos e da qualidade) e os que não 
geram valor e devem ser eliminados; 
III. Fluxo contínuo: eliminando os processos que não agregam valor, restam os 
que são importantes, devendo-se dar fluidez a eles. É o fluxo que exige a 
mudança de mentalidade da empresa e, consequentemente, a mais difícil de 
ser aplicada. Tem objetivo de reduzir o tempo na concepção de produtos e 
processamento de pedidos e de diminuir os estoques; 
IV. Produção puxada: é a inversão do fluxo da produção. Ao invés de 
“empurrar” o produto ao cliente através de promoções e/ou descontos, a 
empresa passa a “puxar” a produção, dando valor ao produto e eliminando 
estoques; 
V. Perfeição: é o objetivo constante de todos os envolvidos no fluxo de valor. É 
a busca pela perfeição que deve nortear os esforços da empresa. É 
importante que cada um tenha conhecimento do processo da mentalidade 
enxuta como um todo, para que o valor do produto possa ser sempre 
melhorado. 
 
 
3.3 O Lean Startup 
 
 O Lean Startup é uma abordagem científica criada por Eric Ries (Ries E. , 
2012) que orienta como iniciar e administrar uma empresa startup. Sua metodologia 
não diz respeito apenas à diminuição dos principais desperdícios; também diz 
respeito aos processos aplicados na produção de um produto (Ries E. , 2012). 
Como o próprio Ries define, uma empresa startup é “uma organização humana 
desenhada para criar um novo produto ou serviço sob condições de extrema 
incerteza”. Foi a partir do fracasso de sua primeira empresa que o autor resolveu 
estudar formas de empreender e administrar um negócio. Estudou o Lean 
Manufacturing e constatou que aplicando as ideias da produção enxuta – com 
algumas modificações – aos seus negócios eles começaram a funcionar. Esse 
pensamento evoluiu até o Lean Startup, ou Startup Enxuta: a “aplicação do 
pensamento enxuto ao processo de inovação” (Ries E. , 2012) 
 
 
13 
 
De acordo com Eric Ries (2012) o Lean Startup possui cinco princípios: 
 
1. Empreendedores estão em todo lugar: como já citado, Ries considera que 
uma startup é uma instituição humana e que empreendedores podem ser 
encontrados em qualquer lugar. A abordagem da startup enxuta pode ser 
aplicada a qualquer porte de empresa, seja pequena ou grande; 
 
2. Empreendedorismo é administração: sendo uma instituição, uma startup 
precisa de uma gestão específica para sua situação de incerteza; 
 
3. Aprendizado validado: consiste em experimentar e validar cientificamente cada 
elemento da visão do empreendedor. Não basta criar uma empresa para ganhar 
dinheiro ou desenvolver produtos. O negócio também deve ser sustentável; 
 
4. Contabilidade para inovação: é um novo tipo de contabilidade para startups. 
Deve-se contabilizar o progresso, definir marcos e como priorizar o trabalho. É 
uma abordagem que permite ao empreendedor observar e analisar se os 
esforços para o desenvolvimento do produto estão trazendo resultados reais; 
 
5. Construir-Medir-Aprender: é a atividade principal de uma startup. Esse 
processo gera feedbackpor parte do cliente e essas informações são de extrema 
importância para uma startup. 
A Figura 3 exibe como é o ciclo de feedback deste princípio. As atividades 
contidas na figura não tem grande importância em si. O importante é minimizar o 
tempo total de produção através deste ciclo. 
 
 
 
14 
 
 
Figura 3: Princípio Construir-Medir-Aprender do Lean Startup. 
Fonte: RIES, Eric A Startup Enxuta – Como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua 
para criar empresas extremamente bem-sucedidas. 1ª edição. Editora Leya. 2012. pág. 69. 
 
 Uma vez que a ideia de criar determinado produto é clara, deve-se iniciar a 
fase “Construir”, trabalhando o mais rápido possível na construção do MVP 
(Minumum Viable Product – Produto Mínimo Viável). O MVP é o protótipo de um 
produto e que permite uma volta completa no ciclo Construir-Medir-Aprender com o 
mínimo esforço e o menor tempo de desenvolvimento possível (Ries E. , 2012). O 
objetivo não é criar um produto perfeito, mas sim um produto cujo impacto possa ser 
medido. 
 Com um protótipo pronto, ingressa-se na fase “Medir”. Nessa fase, entra o 
princípio da Contabilidade para Inovação, onde é determinado se os esforços no 
desenvolvimento do produto levarão a um progresso real ou não. Com os dados da 
contabilidade em mãos, entra-se no último estágio, o “Aprender”, onde há o pivô. Ao 
final do ciclo “Contruir-Medir-Aprender”, é esse pivô que ajuda a determinar se o 
 
 
15 
 
empreendedor deve alterar ou perseverar na estratégia inicial. Se alguma das fases 
apresentou um resultado contrário ao que era esperado, poderá ser o momento de 
repensar a estratégia, caso contrário, poderá perseverar-se na ideia e melhorá-la. 
 
 
3.4 Metodologia ágil: Kanban 
 
 As metodologias ágeis voltadas ao desenvolvimento de sistemas vieram a 
tona apenas no final de 1990, como uma nova estratégia para organizar as fases de 
um projeto de software (Ries E. , 2012). Um cliente não sabe ao certo o que deseja 
de um software até que tenha suas funcionalidades em mãos para serem testadas 
em uma situação real. Esse fator leva a diversas alterações e manutenções de 
código, tornando o desenvolvimento do sistema um processo que muda 
constantemente. 
 Visando acompanhar a constante mudança, as metodologias ágeis surgiram 
com intuito de serem rápidas e adaptativas. Isso faz com que todos os integrantes 
do projeto se comuniquem melhor e tenham um contato maior com o cliente e sua 
real necessidade. O cliente consegue acompanhar todas as fases do projeto, 
mantendo-se informado de tudo o que a equipe de desenvolvimento está realizando. 
Trabalhar em ciclos curtos faz com que as mudanças de requisitos possam ser 
desenvolvidas de forma organizada, minimizando o tempo de desenvolvimento e 
maximizando o valor do produto. 
 O termo “Kanban” vem do japonês e significa “cartão/etiqueta”. É uma 
ferramenta extremamente visual que utiliza cartões e/ou sinalizadores que controlam 
os fluxos de produção de um produto. O sistema Kanban foi criado no Japão em 
1953, pela Toyota (Pace, 2003) e está intimamente ligada com a produção Just in 
Time (JIT) que visa, basicamente, a redução dos estoques e agilização da produção. 
 No desenvolvimento de software o método kanban visa mudar a organização 
e o processamento das informações, não possuindo necessariamente papéis 
específicos definidos como os aplicados na produção em série criada pela Toyota. 
Sendo uma ferramenta visual, o kanban consiste em um quadro com três colunas 
principais: 
 
 
16 
 
 A fazer 
 Em progresso 
 Concluído 
 Cada coluna pode ser subdividida conforme as necessidades do projeto (por 
exemplo: implementação, configuração do sistema, testes, montagem de hardware 
etc.). As tarefas são definidas e escritas em um cartão e posicionadas conforme sua 
situação, podendo ser deslocadas entre as três colunas. 
 Para facilitar a visualização das prioridades das tarefas, o Kanban também 
trabalha com cores. Seu objetivo é destacar a prioridade de cada tarefa. Por 
exemplo, a cor vermelha pode ser utilizada para indicar tarefas atrasadas e/ou com 
prioridade máxima, enquanto a cor verde pode indicar que a tarefa já está concluída. 
 Para que o kanban seja bem sucedido, é necessário que todos os membros 
da equipe estejam comprometidos com a melhoria contínua de todos os processos 
do projeto (Ries E. , 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4. Desenvolvimento: O Projeto neoTime Touch 
 
Em abril de 2012, uma empresa parceira da ClasTech Digital Multimídia 
apresentou a ideia de implantação do sistema neoTime em dispositivos portáteis. O 
objetivo era implantar tablets em táxis, para exibição de propagandas comerciais. 
Os sócios da empresa já possuíam contatos com uma cooperativa de taxis 
para iniciar o projeto e a urgência era grande. Devido a esse fator, o processo de 
decisão e adaptação do sistema deveria ser rápido. Sendo o projeto uma 
organização de grande incerteza, o Lean Startup foi escolhido como metodologia 
para empreender o novo negócio. No primeiro mês de conversas e reuniões, foram 
feitas diversas sessões de brainstorm, cerca de 2 a 3 reuniões por semana. A 
empresa parceira entrou com três integrantes (os três sócios) e a ClasTech com 
quatro (os dois sócios, um desenvolvedor e um engenheiro). O intuito foi de 
apresentar todas as ideias, independente de serem viáveis ou não. A partir dessas 
ideias, foram filtradas as prioridades e pré-requisitos do projeto, também como foram 
definidos os problemas iniciais a serem resolvidos, tanto na área operacional quanto 
técnica. 
O plano de negócios inicial era começar o projeto com uma frota de cinquenta 
táxis. Através de análises de viabilidade, tais como riscos (o neoTime nunca havia 
sido implantado em bases móveis) e custos (tablets, internet 3G para atualização do 
sistema, encosto protetor para o tablets etc.), contatou-se que esse número seria 
muito arriscado. O projeto foi iniciado com uma frota de dez automóveis e cada um 
teria um tablet implantado no encosto do banco do passageiro. 
Além dos riscos, foram encontrados três problemas principais. Através das 
reuniões semanais, foram definidas as soluções, mesmo que temporárias. 
O primeiro problema foi o fato do sistema neoTime não ter sido desenvolvido 
para tablets. Sendo um sistema para funcionamento em desktops Windows, ele não 
seria compatível com o sistema operacional mais utilizado em dispositivos móveis: o 
Android. Foi o primeiro fator limitante do projeto. Havia duas soluções: desenvolver 
um sistema compatível com Android (tablets com custo mais baixo e com maior 
opção de mercado que os tablets iPad da Apple) ou utilizar tablets com a plataforma 
Windows. Levando em conta o tempo curto, optou-se por utilizar tablets com 
Windows (CCE 10”, com Windows 7 Home Premium). 
 
 
18 
 
O segundo problema dizia respeito à atualização do sistema (conteúdo e 
informações), pois o sistema é atualizado via internet, tornando necessária uma 
conexão. A princípio foram contratados planos de banda larga móvel 3G de 2Mb, um 
modem para cada tablet. Sendo um serviço instável e devido à capacidade limitada 
de memória de um tablet, surgiu a preocupação de como o conteúdo seria passado 
a cada equipamento e se a banda suportaria o tráfego de informações. Foram 
realizados diversos testes com vídeos já existentes no acervo da ClasTech. A 
Tabela 2 mostra os testes realizados na empresa. 
 
Tabela 2: Testes realizados nos tablets com os vídeos existentes no acervo ClasTech 
Nº Teste Resultado Descrição 
01 Vídeo em alta 
resolução 
Falha O vídeo era muito pesado para a conexão 
de internet. O tempo de download foi muito 
alto. Além disso, o hardware do tablet não 
conseguiu rodar o vídeo de forma fluida. 
02 Renderização do 
vídeo para uma 
qualidade mais 
baixa 
Falha Mesmo renderizando o vídeo para que ele 
ficasse com uma qualidade menor,o tablet 
não conseguiu rodar o vídeo com fluidez. O 
tamanho do arquivo ainda apresentou 
problemas para ser passado, via 3G, aos 
tablets. 
03 Renderização do 
vídeo para uma 
qualidade 
mediana 
Sucesso A qualidade do vídeo ficou mediana, mas o 
tablet conseguiu rodá-lo com fluidez. O 
tamanho do arquivo ficou compatível com a 
conexão 3G, não demorando tanto para ser 
transmitidos aos equipamentos. 
 
O terceiro problema foi em relação a como os tablets seriam mantidos ligados 
durante um dia inteiro sem que sua bateria descarregasse. Optou-se por conectá-los 
à partida do carro, ou seja, quando o automóvel é ligado, o tablet liga junto. Para que 
o Windows não fosse finalizado de forma incorreta toda vez que o carro é desligado, 
foi instalado um aplicativo para detectar se o dispositivo estava ligado na bateria ou 
 
 
19 
 
na energia. Se o tablet fica ligado somente na bateria, o aplicativo se encarrega de 
finalizar o sistema neoTime e hibernar o Windows até que o automóvel seja ligado 
novamente. 
Definidos os pontos principais, foram iniciadas as reuniões com clientes. Os 
meses de maio, junho e julho foram quase que totalmente voltados para reuniões e 
apresentações a clientes. Em paralelo, foram realizados testes de funcionamento e 
energização dos tablets nos carros. 
 
 
4.1 Aplicação do Kanban 
 
 Como forma de organizar o projeto, a ClasTech adotou o método Kanban. 
Antes do projeto, já existia um quadro de avisos na empresa, como forma de 
comunicação interna. Uma área desse quadro foi utilizada para o uso do kanban. 
 Ao invés de dividir o quadro em três colunas, ele foi divido em três linhas: “a 
fazer”, “em progresso” e “concluído”. 
 Sendo um quadro onde a equipe podia escrever, a primeira tentativa de 
aplicação do kanban, consistiu em escrever as tarefas nas respectivas linhas da 
lousa. Conforme o andamento de cada tarefa, apenas apagava-se a mesma de uma 
linha e colocava-se em outra. Foram utilizadas canetas coloridas nas cores, 
vermelho, azul e verde. A cor vermelha indicavam as tarefas pendentes e/ou 
atrasadas, a verde as tarefas concluídas e a azul as tarefas em progresso. Essa 
forma de aplicação do kanban não funcionou de forma efetiva, pois houve muitas 
falhas ao deslocar as tarefas de posição. O fato de ter que ficar escrevendo e 
apagando a tarefa da lousa gerou confusão em alguns membros da equipe. 
Algumas tarefas foram apagadas e, consequentemente, esquecidas. Observando 
essas falhas, a forma de aplicação foi alterada de imediato. 
 Na segunda tentativa foram utilizados cartões para sinalização das tarefas. A 
representação do quadro, já com as fichas dispostas, pode ser vista a na Figura 4. 
 
 
 
20 
 
 
Figura 4: Representação do quadro kanban da ClasTech. 
Fonte: Foto tirada na empresa. 
 
 A segunda tentativa funcionou melhor, pois o deslocamento das tarefas 
tornou-se mais fácil. A princípio não foram utilizados cartões coloridos. Todos eram 
brancos, continham o nome do respectivo táxi e as observações que a equipe 
achava que eram necessárias. Por serem somente dez táxis, foi possível organizar 
as tarefas em ordem de prioridade, colocando à esquerda aquelas com prioridade 
maior e mais à direita aquelas com prioridade menor. 
 Após um tempo de uso, foram inclusos adesivos coloridos como forma de 
sinalizar as tarefas mais importantes e/ou atrasadas. Essas últimas eram destacadas 
em vermelho, enquanto as tarefas com menor prioridade eram destacadas com 
 
 
21 
 
amarelo e/ou verde, sendo o amarelo a tarefa que estava próxima à data limite de 
conclusão e o verde a tarefa quase concluída. O fato de utilizar cores ajudou muito a 
identificar a prioridade das tarefas e o processo de pedido, configuração e testes dos 
tablets passou a ficar muito mais organizado e sem atrasos. Por ser uma ferramenta 
visual, todos os envolvidos no projeto, inclusive a empresa parceira, puderam 
acompanhar o fluxo do andamento do projeto. 
 Atualmente, o kanban foi totalmente incorporado à empresa e não está sendo 
utilizado somente ao projeto neoTime Touch. O método está sendo aplicado a todos 
os clientes que a ClasTech possui, acompanhando desde o pedido até os testes 
finais dos equipamentos que chegam na empresa. Para facilitar a visualização dos 
clientes, foi estipulado que cada rede possua uma cor. Por exemplo: 
estabelecimentos da rede de lojas do “Cliente 1” tem uma faixa de uma determinada 
cor na ficha, enquanto estabelecimentos da rede de lojas do “Cliente 2” possui outra 
cor. Dessa forma, é possível diferenciar os clientes através das cores das fichas e as 
prioridades através das cores dos adesivos. 
 O próximo passo para melhorar o kanban da empresa é instalar um quadro 
metálico e, ao invés de adesivos, utilizar imãs coloridos como forma de indicar a 
prioridade das tarefas. 
 
 
4.2 Aplicação do Lean Startup 
 
O primeiro conceito de Lean Startup aplicado foi o desenvolvimento de um 
produto viável mínimo (MVP) para que a reação dos clientes pudesse ser analisada. 
Também foi um dos pontos mais críticos do projeto, pois era o que o cliente deveria 
ver e aprovar. Sendo um produto mínimo, o sistema não estava totalmente funcional. 
Ainda não existiam canais informativos que pudessem ser alimentados e 
atualizados, por exemplo. Para que o cliente pudesse visualizar o funcionamento do 
sistema, foram colocados apenas vídeos que simulavam o sistema. O MVP foi, 
basicamente, uma sequencia de vídeos. Foi criada uma grade especial para ser 
apresentada, intercalando simulações de vídeos informativos, vídeos institucionais 
da ClasTech, da empresa parceira e propagandas do cliente. 
 
 
22 
 
Dentro da visão da ClasTech e da empresa parceira, tudo estava 
perfeitamente apresentável. Junto com a grande expectativa, veio a primeira grande 
decepção: o produto não era o que o cliente imaginava. O que ele queria (e 
esperava) era que, sendo um produto que funciona em tablets, pudesse ser 
interativo, ou seja, que as pessoas pudessem interagir com sua propaganda. Na 
reunião semanal, posterior à reunião com o cliente, foi apresentado o 
posicionamento do mesmo em relação ao produto. 
Nessa situação, pôde-se enxergar claramente o ciclo de feedback “Construir-
Medir-Aprender”. Foi desenvolvido um MVP simples a partir da ideia que a ClasTech 
e a empresa parceira tiveram, com o mínimo de esforço e tempo de 
desenvolvimento. Pôde-se medir o impacto que o produto teve e coletar dados, 
diretamente com um cliente em potencial, sobre como o mesmo esperava que ele 
funcionasse. Com esses dados, foi possível chegar a uma conclusão: era o 
momento de pivotar. 
A decepção virou uma nova ideia: o sistema poderia ser interativo. Com essa 
ideia, foi traçada uma nova estratégia e construído um novo MVP, fazendo com que 
o ciclo se iniciasse novamente. 
Nesse segundo MVP, foi criado um modelo de vídeo interativo. 
Primeiramente, era exibida uma propaganda do cliente em potencial e logo em 
seguida eram mostradas duas opções ao público-alvo: produto01 ou produto02, 
onde o mesmo poderia interagir optando por clicar sobre uma ou outra opção. 
Selecionando uma delas, mais informações sobre o produto escolhido eram 
exibidas. Após visualizar as informações sobre esse produto, ele poderia escolher 
fechar essa tela e voltar ao menu inicial ou simplesmente deixar a interação terminar 
e ver a próxima propaganda. O vídeo foi programado para ser exibido por trinta 
segundos. Caso o passageiro do táxi não interaja, automaticamente se inicia outra 
propaganda. Caso ele interaja, cada interação na tela dá ao passageiro mais quinze 
segundos para visualizar a nova informação. Além disso, foi criado um botão no 
canto inferior da tela para que o passageiro pudesse selecionar caso quisesse mais 
quinze segundos na propaganda exibida naquele momento. 
Através de reuniões com clientes em potencial, pôde-se medir que esse 
segundo produtoteve uma maior aceitabilidade e causou mais impacto a eles, 
 
 
23 
 
justamente pelo dato de existir uma interação real com o público-alvo das 
propagandas. 
A partir da ideia de interatividade foi criada a pesquisa de aceitação da nova 
mídia. Foi criado um canal exclusivo para saber o que os passageiros dos taxis 
estavam achando do produto. Neste canal, foram colocados os seguintes itens: 
 Faixa etária (Menos que 18, 18 a 25, 26 a 45, 45 a 60, Mais que 60) 
 Sexo (Feminino ou Masculino) 
 Se aprova a mídia no taxi (Sim ou Não) 
Juntamente com esse canal, foi implantado um contador de toques, para 
servir como feedback para saber, primeiramente, se os passageiros estavam 
realmente interagindo com os vídeos e, posteriormente, como forma de contabilizar 
quais propagandas estavam sendo mais acessadas. A Figura 5 ilustra o relatório de 
cliques desenvolvido ao neoTime Touch. 
 
 
Figura 5: Reprodução do relatório de cliques por propaganda no primeiro mês de testes 
Fonte: www.clastech.com.br [área interna] 
 
Com essas primeiras funcionalidades prontas, deu-se inicio ao projeto piloto 
nos taxis. No final do mês de julho foram feitas as instalações em dez automóveis 
iniciais para que pudessem entrar em funcionamento em agosto. Para que a mídia 
tivesse conteúdo, a ClasTech ofereceu como cortesia aos seus clientes, um mês de 
anúncio gratuito. A estratégia funcionou e a grade de programação ficou completa, 
ao menos para o primeiro mês de testes nas ruas. Entre as propagandas, foi 
inserida a pesquisa de aceitação. 
 
 
24 
 
A pesquisa de aceitação também gera um relatório, mostrando o que cada 
passageiro selecionou como opção às perguntas. 
 
 
Figura 6: Reprodução do relatório da pesquisa de aceitação no primeiro mês de testes. 
Fonte: arquivo baixado de www.clastech.com.br [área interna] 
 
Hoje, o relatório da pesquisa de aceitação é uma das principais ferramentas 
do neoTime Touch e mostra aos clientes a viabilidade e aceitação da mídia. 
Todas as ideias, problemas e soluções foram documentados, de forma a 
validar todo o aprendizado obtido com o projeto. No Lean Startup existe o conceito 
de Aprendizado Validado, que consiste experimentar e validar cientificamente todos 
os elementos da visão do empreendedor, coletando dados dos clientes em potencial 
reais. No projeto neoTime Touch esse conceito foi utilizado para validar todo e 
qualquer experimento que foi realizado. Todos os problemas foram listados 
juntamente com suas devidas resoluções e propostas de melhoria. 
Com essa base de informações, foi possível constatar uma situação não 
imaginada no inicio do projeto: o tablet não é o melhor hardware para trabalhar com 
o sistema neoTime Touch. 
Os principais motivos: 
 
 
25 
 
1. Bateria: o sistema de ligar e desligar automaticamente o sistema neoTime 
não estava funcionando de forma correta. Quando o carro fica desligado 
por muito tempo, a bateria descarrega e não reconhece quando é ligada 
na energia novamente. Na BIOS, não existe a opção de PowerOn que 
existe nas placas mães de desktop. Essa opção permite que o computador 
seja ligado automaticamente assim que uma fonte de energia é detectada. 
2. Desempenho: os vídeos com interação, mesmo que fossem renderizados 
em uma qualidade menor, apresentaram um pouco de lentidão. 
3. Qualidade do toque: A sensibilidade de toque do tablet (seja pela marca, 
ou pela qualidade da tela), não estava sendo satisfatória, 
4. Botão de ligar: O botão de ligar, acoplado ao equipamento, é um fator com 
duas faces. Era necessário para ligar o tablet, caso sua bateria se 
esgotasse, mas também era uma forma do passageiro desliga-lo, o que 
não poderia acontecer por se tratar de exibição de propagandas. Sendo 
acoplado, não há uma forma de fazer com que somente o taxista tenha 
acesso ao botão. 
5. Modem 3G: O modem, tendo que ser colocado ao lado do tablet, acabou 
por ocupar mais espaço do que o esperado no suporte do encosto do 
banco. 
 Esses fatores não impedem que o sistema funcione, mas ele poderia 
funcionar melhor com um hardware um pouco mais avançado. Neste ponto, foi 
decidido que era o momento de pivotar novamente. 
 Para resolver esse problema um segundo equipamento está sendo testado. 
Ele consiste de peças de notebook, com uma tela touch acoplada via USB. 
 
 
26 
 
 
Figura 7: Tela touch adquirida para testes - Visão traseira 
Fonte: Foto tirada na empresa. 
 
 
 
27 
 
 
Figura 8: Tela touch adquirida para testes - Visão frontal 
Fonte: Foto tirada na empresa. 
 
 
 
28 
 
 Neste caso, o equipamento ficaria no porta-malas ou sob o banco do 
passageiro. O botão de ligar poderá ser desacoplado, ficando disponível somente ao 
taxista, haverá a opção de PowerOn na BIOS, haverá uma placa de vídeo e um 
processador melhor, melhorando a qualidade dos vídeos e o desempenho, o modem 
ficará escondido, junto ao equipamento e a tela será própria para o toque, possuindo 
uma sensibilidade melhor. Todo o processo de validação será feito para este novo 
equipamento. 
Após o período de testes com o equipamento inicial, foram realizadas novas 
reuniões com os clientes. A aceitabilidade foi alta, mas foi encontrado um novo 
obstáculo: o número de táxis nas ruas. Para testes, dez foram suficientes. Para o 
cliente que quer divulgar sua marca, esse número já deixa de ser atrativo. O que 
eles buscam é uma frota ampliada de taxis com o sistema para que seu investimento 
na mídia valha a pena. 
Por ora o projeto está funcionando nos dez taxis iniciais com alguns clientes 
regionais. O objetivo é realizar os testes com o novo equipamento para iniciar a 
segunda etapa de investimento em equipamentos. 
Com o modelo de negócios, o sistema neoTime Touch e a resposta dos 
clientes em mãos, a empresa parceira está em busca de investidores. Já existe um 
investidor em potencial e estão em processo de negociação. 
 
 
 
 
 
29 
 
5. Conclusão 
 
A aplicação do Lean Startup foi feita, a principio, somente no projeto neoTime 
Touch, não sendo aplicado a toda empresa. Esse projeto foi uma oportunidade de 
testar alguns processos do Lean Startup, possibilitando a coleta de resultados de 
forma rápida. 
O ciclo de feedback “Construir-Medir-Aprender” foi muito útil para enxergar a 
importância de ter um protótipo antes de ter um produto final, fazendo com que o 
cliente possa ver e opinar, conforme o mesmo é desenvolvido, tornando mais fácil as 
adaptações e atualizações de sistema. O ciclo foi o conceito mais utilizado na 
aplicação do Lean Startup. Anteriormente à aplicação do conceito de MVP, a 
ClasTech praticava uma política muito rigorosa em relação a protótipos, sempre 
apresentado um produto quase totalmente desenvolvido e pronto para uso, mesmo 
sem saber o feedback dos potenciais clientes. Com esse ciclo, pôde-se constatar 
que um produto pode ser bom e viável, mesmo que em forma de protótipo. Nessa 
experiência, os clientes gostaram do que foi apresentado, mesmo que em forma de 
protótipo não funcional. O aprendizado mais importante que esse ciclo trouxe à 
empresa foi que, através dele, pôde-se constatar o que o cliente em potencial 
realmente esperava do produto, antes mesmo que ele estivesse concluído. Com 
essa percepção, foi possível economizar tempo de desenvolvimento e posteriores 
correções. 
Também foi com o MVP que a empresa percebeu que a estratégia de passar 
apenas propagandas, sem interatividade alguma, faria com que o projeto que não 
utilizasse seu potencial total. Com a descoberta desse fator no início, foi possível 
alterar o rumo do projeto sem grandes perdas, já que o produto final ainda não 
estava totalmente desenvolvido. 
O conceito de aprendizado validado foi adaptado às necessidades da 
empresa. No Lean Startup, isso diz respeito somente à validação das hipóteses 
junto ao cliente, mas a ClasTech adaptou o aprendizado à todas as fases do projeto, 
documentandoos problemas e suas respectivas soluções, também como todas as 
alterações e melhorias. Essas informações formaram uma base de dados sólida, 
pela qual foi possível medir o progresso que cada etapa conquistava. Foi uma 
 
 
30 
 
maneira organizada e interessante de visualizar todos os obstáculos e inovações 
contabilizados no projeto. 
O kanban foi uma ferramenta extremamente importante para a organização 
do projeto. No início houve falhas humanas principalmente no deslocamento das 
tarefas de uma linha para outra. A equipe ainda não estava habituada com essa 
nova forma de trabalho. Porém, sendo uma empresa que trabalha com comunicação 
visual, a ClasTech teve facilidade em adaptar-se com o método. Ele possibilitou a 
visualização de todas as tarefas que deveriam ser cumpridas. Quando o projeto 
progredir e demandar um uso mais organizado do quadro, pretende-se utilizar o e-
Kanban (Pace, 2003), que subsitui o kanban físico por um kanban eletrônico, 
facilitando a organização de múltiplas tarefas e evitando a perda de informações. 
O Lean Startup, juntamente com a aplicação do kanban, foram boas 
abordagens para o projeto e para a empresa parceira, já que se enquadrou bem na 
definição de “incerteza” que é uma startup. Foi possível utilizar um pouco de cada 
um dos cinco princípios do Lean Startup e tirar grande proveito do sistema visual 
kanban. 
 
 
 
31 
 
6. Referências bibliográficas 
 
RIES, Eric A Startup Enxuta – Como os empreendedores atuais utilizam a 
inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. 1ª 
edição. Editora Leya. 2012. 
BLANK, Steve. G. The Four Steps to the Ephifany – Sucessful strategies for 
products that win. 3rd edition. Cafepress.com. 2006. 
The Lean Startup. Disponível em: http://theleanstartup.com. Acesso em: 14 de abril 
de 2012. 
PACE, J. H. O Kanban na prática. 1ª edição. QualityMark. 2003. 
WERKEMA, Maria C. C. Lean Seis Sigma – Introdução às Ferramentas do Lean 
Manufacturing. 1ª Edição. Editora Werkema. 2006. 
WOMACK, James P., JONES, Daniel T. A máquina que mudou o mundo. Editora 
Campus. 11ª Edição. 2004. 
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junho de 2012. 
Lean Institute Brasil. Disponível em: http://www.lean.org.br/. Acesso em: 12 de 
junho de 2012. 
ClasTech Digital Multimídia. Disponível em: http://www.clastech.com.br/. Acesso 
em: 22 de junho de 2012. 
IME-USP – AgilCoop – Desenvolvimento ágil de software. Disponível em: 
http://www.agilcoop.org.br. Acesso em: 08 de novembro de 2012.Portal Digital 
Signage. Disponível em: http://www.portaldigitalsignage.com.br. Acesso em: 07 de 
dezembro de 2012. 
 
 
 
 
http://www.lean.org/
http://www.lean.org.br/

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