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• CONCEITO DIREITO AMBIENTAL ➢ CF/88 - 1ª das CF a defender o meio ambiente ➢ Direito fundamental de toda a coletividade ➢ É formado por um conjunto de princípios e normas jurídicas ➢ Visa a proteção da qualidade do meio ambiente ➢ Direito intergeracional (os efeitos do dano ambiental percorrem gerações) ➢ É um direito transversal ➢ A política ambiental está disposta em leis especificas ➢ Conjunto de interações entre elementos bióticos e abióticos ➢ Conjunto de interações de natureza física, química, biológica, travadas entre os seres humanos e os elementos abióticos • NATUREZA JURÍDICA ➢ Direito difuso ➔ por dizer respeito a coletividade, sendo o esse uma espécie do direito coletivo ➢ Direito difuso quando se refere ao meio ambiente como um MACROBEM (indisponibilidade desse direito) • FINALIDADE ➢ Defende o meio ambiente ecologicamente equilibrado ➔ Sadia qualidade de vida ➔ Preservação de todas as espécies vivas • FONTES ➢ Leis, princípios, costume, jurisprudência e doutrina ➔ Em alguns casos a analogia e equidade ➢ Art. 170 da CF = proteção do meio ambiente ➔ meio ambiente como um dos princípios da ordem econômica ➢ As leis são as principais fontes do direito ambiental ➢ Os instrumentos internacionais também integram tais fontes, como por exemplo: ➔ Estocolmo/72 ➔ Rio de Janeiro/92 • LEGISLAÇÃO AMBIENTAL o PNMA - POLÍTICA NACIONAL DE PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE – Lei 6.938/81 ➢ Define o meio ambiente como: “Art. 3º - o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” ➢ Abrange princípios, diretrizes e instrumentos para a proteção do equilíbrio ambienta ➢ Instituiu o SISNAMA - Sistema Nacional do Meio ambiente ➔ Composto por órgãos e entidades da - UNIÃO - ESTADOS - DF - MUNICÍPIOS ➔ Visa a proteção ambiental ➔ Realiza a formulação e execução de diretrizes e políticas governamentais ➔ Estabelece padrões de controle da poluição ➔ Fiscaliza as atividades que podem causar alguma degradação ambiental ➢ Tem por objetivo a preservação da qualidade do meio ambiente, através do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e social ➢ Princípio da educação ambiental ➢ Desenvolvimento sustentável o CRIMES AMBIENTAIS - LEI N. 9.605/98 o CÓDIGO FLORESTAL - LEI N. 12.651/2012 o POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS - LEI N. 12.305/2010 o SISTEMA NACIONAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO - LEI N. 9.985/2000 o POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS - LEI N. 9.433/97 o BIODIVERSIDADE - LEI N. 13.123/2015 o AGROTÓXICOS - LEI N. 7.802/89 o PROTEÇÃO À FAUNA - LEI N. 5.197/67 • CLASSIFICAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ➢ Doutrina subdivide o meio ambiente em: o NATURAL ➢ Espaço composto por elementos da natureza que interagem entre si e asseguram o equilíbrio dos ecossistemas ➔ Flora, fauna, micro-organismos, águas, atmosfera, solo o ARTIFICIAL ➢ São espaços que o ser humano construiu – CIDADE o CULTURAL ➢ Composto por elementos, naturais, artificiais, materiais e imateriais o DO TRABALHO ➢ Local que é desenvolvida as atividades laborais ➢ Sendo que em tais locais deve ser preservada a sua salubridade ➢ Deve ser preservada a saúde física e mental do trabalhador ➢ Base do sistema normativo ➢ Os princípios EXPLICITOS estão dispostos nas: ➔ Declarações Internacionais de Meio Ambiente - Estocolmo/72 e Rio de Janeiro/92 ➔ CF/88 ➔ Lei da Política Nacional do Meio Ambiente ➢ Há também os princípios implícitos ➢ Havendo algum conflito os princípios prevalecem sobre as regras jurídicas e preenchem lacunas (omissão normativa) • PRINCÍPIO DO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO COMO DIREITO FUNDAMENTAL DA PESSOA HUMANA ➢ NORMA MATRIZ: Art. 225 da CF/88 ➢ Meio ambiente está relacionado com o direito à vida ➢ É um direito fundamental ➢ O meio ambiente é um direito, é um bem jurídico tutelado INDISPONIVEL ➢ Não se preocupa com qualquer direito, mas sim com o meio ambiente ecologicamente equilibrado ➢ É um meio ambiente sustentável ➢ Tem que haver um ponto de equilíbrio entre direitos ambientais, sociais e econômicos ➢ Tem que garantir o desenvolvimento sustentável ➢ Sustentável não só para o presente e sim para as futuras gerações também ➢ Por ser um direito fundamental têm-se um Estado socioambiental de Direito ➢ Estado de Direito brasileiro é um Estado que em tese se preocupa com os direitos sociais e meio ambiente ➢ O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, além da CF, é reconhecido também pela Estocolmo/72, Rio/92 e pela Carta da Terra de 1997 • DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ➢ Tem que haver um ponto de equilíbrio entre direitos ambientais, sociais e econômicos ➢ Desenvolvimento sustentável é definido como aquele que tem como intuito atender as necessidades da geração de HOJE, mas sem comprometer a satisfação das gerações FUTURAS ➢ PNMA já tinha como seu objetivo esse princípio ➢ Princípio 04, da Declaração do Rio 92 ➢ CF prevê o princípio do desenvolvimento sustentável, e dispõe que a ordem econômica deve observar a justiça social e os princípios da função social da propriedade e a defesa do meio ambiente • PREVENÇÃO ➢ Art. 225, §1º, IV ➢ Certeza do impacto ambiental ➢ Sabe das consequências e impactos no meio ambiente ➢ Busca medidas antecipadoras para amenizar ou eliminar os impactos ➢ Ex: quero construir uma usina hidrelétrica, tendo que represar um curso de água, ou seja, vai causar um impacto ambiental ➢ Esse princípio tem aplicação no campo ➔ LEGISLATIVO - leis que criam instrumentos preventivos - EX: Licenciamento ➔ ADMINISTRATIVO - políticas públicas e ações de fiscalização ➔ JUDICIAL - Liminares para a suspensão de obras ou atividades que possam ocasionar danos ambientais • PRECAUÇÃO ➢ Objetiva evitar danos ambientais ➢ Se baseia na insegurança ➢ Leva em consideração a INCERTEZA – não sabe o que vai acontecer ➔ Mas há elementos suficientes para indicar a probabilidade de ocorrer algum dano ➢ Se não sabe as consequências/impactos de determinada ação, se serão benéficos ou não, esse princípio diz que é melhor parar do que “pagar pra ver” ➢ Caso o sujeito não pare, o dano pode ser tão grave que não terá como sanear ele ➢ Rege a biossegurança ➢ Se não tem mecanismos para sanear os danos da sua ação, é melhor parar ➢ Princípio 15 da Rio 92 ➢ STJ- inversão do ônus da prova ➔ O suposto poluidor que tem o ônus de provar, com antecedência, que o que pretende não é perigoso ao meio ambiente • POLUIDOR PAGADOR ➢ Se poluir tem que pagar ➢ Poluir = gera a responsabilidade de pagar o dano ➢ Poluidor terá que suportar as despesas de PREVENÇÃO, REPARAÇÃO e REPRESSÃO dos danos causado por ele ➢ Princípio 16 do Rio 92 ➢ CF - Explorador de recursos minerais são obrigados a recuperar o meio ambiente degradado; e estabelece sanções PENAIS e ADMINISTRATIVAS aos infratores ➢ Responsabilidade OBJETIVA ➔ Independe de culpa • USUÁRIO-PAGADOR ➢ Usuários de recursos naturais deve pagar por sua utilização ➢ Utilização dos bens ambientais com fins econômicos ➢ Não precisa ter ocorrido o DANO – POLUIÇÃO ➢ EX: cobrança do uso da água ➢ Usuário arca com os custos do uso direto/indireto ➢ Visa garantir a qualidade e o equilíbrio do meio ambiente ➢ Busca a racionalização do uso • EDUCAÇÃO AMBIENTAL ➢ Um dos princípios da PNMA ➢ Deve ser uma prática educativa ➔ INTEGRADA ➔ CONTÍNUA ➔ PERMANENTE ➢ Conjunto de processos (valores sociais, habilidades, conhecimentos, competências e atitudes) que a coletividade constrói voltados para a conversação do meio ambiente ➢ CF determina que o Poder Públicapromova a educação ambiental • FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE ➢ CF prevê expressamente esse princípio ➢ O exercício do direito de propriedade deve respeitar a preservação ambiental ➢ Não se limita à propriedade rural o PROPRIEDADE RURAL ➢ Cumpre sua função quando atende a todos os 4 requisitos ➔ Aproveitamento racional e adequado ➔ Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis ➔ Preservação do meio ambiente o PROPRIEDADE URBANA ➢ Cumpre quando atende as ordenações da cidade – estão no plano diretor • PARTICIPAÇÃO POPULAR/COMUNITÁRIA ➢ Cidadão tem o direito à informação e a participar na elaboração das políticas publicas voltadas ao meio ambiente ➢ Sociedade e o Poder Público tem o dever de proteger e preservar o meio ambiente ➢ Formas de atuação da sociedade: ➔ Audiências públicas (licenciamentos – EIA/RIMA) ➔ Ação cível pública ➔ Ação popular • PRINCÍPIO DO PROTETOR-RECEBEDOR ➢ Aquele que protege um bem natural e acaba por beneficiar a sociedade, deve ser compensado ➢ Justiça econômica ➢ É de competências de todos os entes políticos a proteção ao meio ambiente ➢ REGRA: Competência administrativa COMUM – Art. 23 CF/88 ➢ EXCEÇÃO: determinadas competências administrativas são EXCLUSIVAS da UNIÃO – Art. 21 da CF/88 ➔ Ex: explorar serviços e instalações nucleares • LEGISLATIVA ➢ COMPETENCIA PARA LEGISLAR SOBRE MEIO AMBIENTE É CONCORRENTE – Art. 24 CF ➢ Competência do Estado é RESIDUAL ➔ O que não for da União e Municípios será do Estado ➢ Distrito Federal tem a mesma competência dos estados e municípios ➔ Não tem prefeito, só governador ➔ Tem lei orgânica ➔ Tem câmara legislativa o CONCORRENTE ➢ União, estado e DF legislam de forma CONCORRENTE ➢ CRITÉRIOS DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE: ➢ NÃO há hierarquia entre as leis ➢ Há âmbitos de aplicação das Leis ➢ Lei municipal → municípios ➔ Pode ser mais restritiva quando se tratar de meio ambiente ➢ NÃO pode acontecer de ter uma lei ESTADUAL mais rigorosa e uma lei MUNICIPAL mais branda ➢ Ex: Medida Provisória (União) permitiu que fosse plantada soja transgênica em todo o território nacional, estado do Paraná editou lei proibindo = ISSO PODE ACONTECER ➢ Art. 24 da CF ➔ Resolve eventual conflito legislativo na competência concorrente ➢ UNIÃO legisla sobre NORMAS GERAIS ➢ ESTADOS e DF Legislam de forma SUPLEMENTAR as NORMAS GERAIS ➔ Através de LEI COMPLEMENTAR ➢ União NÃO legislando, o ESTADO poderá legislar de forma PLENA – competência supletiva ➢ Se o ESTADO legislou de forma PLENA, mas surgiu lei federal SUPERVENIENTE à matéria de lei estadual, a lei FEDERAL suspenderá a eficácia da lei estadual ➢ Lei federal não REVOGA a lei estadual, apenas SUSPENDE a eficácia dela (a lei continua existindo, mas não tem efeito), pois não há hierarquia nesse caso e sim critérios ➢ Se a lei federal for considerada inconstitucional a lei estadual volta a ter eficácia ➢ ESTADOS, DF e MUNICÍPIOS podem criar leis ambientais mais restritivas que as normas gerais – mas NÃO podem criar leis mais brandas ➢ UNIÃO não pode editar norma geral que regula aspectos particulares de um determinado ESTADO – extrapola sua competência - INCONSTITUCIONAL o MUNICIPIOS ➢ Não fazem parte da competência concorrente ➢ Doutrina e jurisprudência entendem que município pode legislar quando a matéria ambiental for preponderantemente local ➢ Quando for necessária a complementação das normas UNIÃO e ESTADOS para particularidades locais ➢ STF decidiu: “o Município é competente para legislar sobre meio ambiente com União e Estado, no limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI c/c 30, I e IIda CRFB)” (RE 586.224, Rel. Min. Luiz Fux, j. 5-3-2015). (No mesmo sentido: RE 673.681, Rel. Min. Celso de Mello, j. 15-12- 2014, e RE 194.704, Rel. Min. Edson Fachin, j. 29-6-2017). • ADMINISTRATIVA ➢ Diz respeito à função administrativa ➢ COMPETÊNCIA COMUM para matéria ambiental o EXCLUSIVA o COMUM ➢ União, Estados, DF e Municípios podem executar leis e políticas voltadas à proteção do meio ambiente ➢ Ocorrendo a omissão de um dos entes quanto a adoção de iniciativas à proteção ao meio ambiente, outro ente poderá suprir essa omissão ➢ NORMAS DE COOPERAÇÃO ➢ Precisa estabelecer essas normas pois todos tem competência para administrar matérias ambientais ➢ Essas normas ficam dispostas em LEI COMPLEMENTAR ➢ RESOLUÇÃO CONOMA 237/97 ➢ LC 140/2011 ➔ Traz todas as ações de cooperação ➢ Ex: tirar licenciamento, qual órgão tem que ir? ➔ Ibama, órgão municipal? ➔ Tem que ver as normas de cooperação para saber ➢ Impacto ambiental LOCAL → Município ➢ Impacto ambiental REGIONAL → ESTADO ➔ Quando abranger mais de um município ➢ Impacto ambiental NACIONAL → UNIÃO ➔ Envolve países limítrofes, mais de um estado ➔ ORGÃOS EXECUTORES = IBAMA e ICMBIO ➔ IBAMA → quando for empreendimentos/obras (licenciamento) ➔ ICMBIO →quando tratar de UCs (licenciamento) ➢ De forma SUPLETIVA o estado pode fazer o licenciamento quando o município não tiver o órgão ou secretaria competente ➢ Mesma coisa para União, não tendo estadual, a união torna-se competente para o licenciamento ➢ De forma SUBSIDIÁRIA tem o órgão municipal → pede ajuda para o órgão estadual União = Normas gerais •. Estados e DF= Suplementar •. Municípios = Suplementar - exclusivamente normas de interesse local (particularidades) • . ➢ Visa a reparação do dano ambiental e educação do infrator ➢ Responsabilidade é tanto para pessoa física como jurídica ➢ Constituição prevê a TRÍPLICE RESPONSABILIZAÇÃO ➔ CIVIL ➔ PENAL ➔ ADMINISTRATIVO • RESPONSABILIDADE CIVIL ➢ É IMPRESCRITIVEL a pretensão CIVIL de reparação do dano (Tema 999) ➢ Responsabilidade OBJETIVA ➔ Baseada na teoria do risco integral ➔ independe de culpa ➔ Tem que comprovar o dano e conduta do agente (nexo causal) ➢ EXCEÇÃO na comprovação do nexo causal - STJ ➔ Degradação ambiental de imóvel rural ➢ Obrigação propter rem – segue a coisa ➢ Responsabilidade SOLIDÁRIA ➢ REGRA = INTEGRAL reparação do dano ➢ EXCEÇÃO = dano IRREPARÁVEL → indenização pelos danos causados ➔ $ é revertido à preservação ambiental ➢ Na esfera civil a responsabilização não visa a punição, mas sim a REPARAÇÃO do dano causado ➢ Há inversão do ônus da prova ➔ Cabe ao infrator demonstrar que não lesou o meio ambiente ➢ Independe da Responsabilização do infrator na esfera Administrativa o EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE ➢ É aplicada a teoria do risco integral ➔ Pessoa que está praticando a atividade lesiva, ao praticá-la já assumiu o risco do dano ➔ Risco do empreendimento ➔ Não admite excludentes do nexo causal ➢ Haverá EXCLUSÃO da responsabilidade quando: ➔ Dano não existiu ➔ Dano não está relacionado com a atividade que o agente exerce • RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA ➢ Responsabilidade subjetiva ➔ Dolo/Culpa + Dano + Nexo Causal ➢ Visa a PUNIÇÃO do infrator ➢ Decreto 6.514/2008 – regulamenta a lei de crimes ambientais e traz as infrações administrativas e como as sanções serão aplicadas ➢ A infração administrativa tem que estar tipificada ➢ A aplicação das sanções administrativas independe de decisão judicial – própria administração pública que executa ➢ Se não identificar o responsável pelo dano não há de se falar em responsabilidade administrativa ➔ Ex: rancho que gerou dano ambiental – tem que autuar o dono do rancho para que essa responsabilidade seja válida ➢ A autoridade policial que tem que provar o nexo de causalidade, ou seja, que o gerador do dano ambiental é o dono dorancho ➢ Processo administrativo do dano ambiental pode virar também uma ação penal e/ou civil ➢ O processo administrativo impede o início do processo penal ➢ Se a reparação do dano for sanada na esfera administrativa não tem por que ter responsabilização criminal ➢ Cabe excludente do nexo de causalidade ➢ Se o auto de infração apresentar vícios insanáveis poderá ser anulado ➔ Ex: sem fundamento jurídico, Sem características do objeto • RESPONSABILDIADE PENAL ➢ Intranscendência da pena = só aplica ao autor do crime ➢ Inerente à pessoa física ➢ Responsabilidade SUBJETIVA (dolo e culpa) ➢ Lei 9.605/98 ➢ Art. 225, §3º, da CF traz a possibilidade de haver responsabilização da Pessoa Jurídica ➢ Será responsabilizada tanto PESSOA FÍSICA como PESSOA JURÍDICA ➢ Pessoa Física → Penas ➔ Privativa de liberdade ➔ Restritiva de direitos ➢ Pessoa Jurídica → Penas (Art. 21 ao 24 da Lei 9.605/98) ➔ Multa ➔ Restritiva de direitos Ex: Proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de 10 anos ➔ Prestação de serviço à comunidade ➢ Art. 2 e 3 da Lei 6.905/98 ➢ Tratou sobre o responsável da PESSOA JURÍDICA ➢ PESSOA FÍSICA e JURÍDICA respondem de forma independente – ambas respondem pelo crime ambiental de forma independente ➢ Polo passivo = pessoa física OU pessoa jurídica ➢ NÃO há DUPLA IMPUTAÇÃO em crime ambiental praticado por PESSOA JURÍDICA – RE 548.181/PA – não precisa ter pessoa física para condenar a pessoa jurídica ➢ Ou seja, se o crime ambiental for praticado por pessoa jurídica somente ela responderá pelo crime ➢ Se o MP não identificar a pessoa física responsável pelo Dano ambiental, a pessoa jurídica que será acionada/irá figurar no polo passivo (ENTENDIMENTO STF) ➔ Geralmente acontece isso quando a empresa é multinacional – tentar identificar o responsável legal da empresa no Brasil ➔ Em microempresa todos responsáveis são responsabilizados, ou seja, pessoa física ➢ Se identificada a PESSOA FÍSICA por trás da pessoa jurídica essa será responsabilizada, caso não seja possível fazer identificação a PJ será acionada ➢ Requisitos para a responsabilização P.J.: ➔ Deliberação do ente coletivo ➔ Autor material da infração seja vinculado e amparado à PJ ➔ Infração praticada no interesse ou benefício da PJ ➔ PJ de direito privado ➔ Atuação ocorra na esfera de atividades da PJ ➢ Quando a PJ for constituída ou utilizada, de maneira preponderante, com o intuito de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime será decretada a sua LIQUIDAÇÃO FORÇADA ➢ STF está tratando ainda sobre a imprescritibilidade da responsabilidade criminal quando há pena restritiva de direito ➢ Responsabilidade criminal analisa-se em conjunto com a administrativa ➢ Lei 6.938/81 ➢ Um dos principais instrumentos de regulamentação à proteção do meio ambiente ➢ Decorre da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano de Estocolmo (CNUMAH) – 1972. ➢ Definição de Meio Ambiente “conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (art. 3º, I). ➢ Regulamenta a competência material comum em matéria administrativa ambiental ➔ OU SEJA, cabe a UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS implementar o PNMA e exercer a atividade pública de acordo com os seus princípio e objetivos ➢ Institui princípios, objetivos, instrumentos e o SISNAMA • PRINCÍPIOS ➢ Princípio Informação ➔ Garante que a coletividade tenha conhecimento das questões relacionadas ao meio ambiente ➢ Princípio da Participação Democrática (diminui as vagas do ICMBio, do CONAMA – corresponde a violação desse princípio). ➢ Princípio da Educação Ambiental ➢ Art. 2º do PNMA dispõe das ações que devem ser cumpridas para implementar o PNMA – OBJETIVOS GERAIS “I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; - PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE INTERVENÇÃO ESTATAL II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; - PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; - PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE INTERVENÇÃO ESTATAL IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; - PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; - PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE INTERVENÇÃO ESTATAL VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; - PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; - PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DE INTERVENÇÃO ESTATAL VIII - recuperação de áreas degradadas; - PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; - PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO E PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade,objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.” - PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ➢ Esses princípios NÃO se confundem com os do DIREITO AMBIENTAL - mas fundamenta-se nele ➢ Objetiva acima de tudo manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado ➢ OBJETIVOS ESPECÍFICOS “Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 5 II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.” • OBJETIVOS - GERAIS ➢ Preservação ➢ Melhoria ➢ Recuperação da qualidade meio ambiente - tem que ser propícia à vida ➢ Visa assegurar no Brasil o desenvolvimento socioeconômico, interesses da Segurança Nacional e proteção da dignidade da pessoa humana • INSTRUMENTOS DO PNMA ➢ Instrumentos para atingir seus objetivos ➢ Para que os órgãos ambientais consigam efetivar o PNMA, foi estabelecido: Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; ➔ Decorre de estudos técnicos e científicos das características do meio ambiente naquele local ➔ Divide o local em zonas de acordo com as necessidades de proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais ➔ UNIÃO – âmbito Nacional ➔ ESTADO – estadual ➔ MUNICÍPIOS – elaborar o Plano Diretor III - a avaliação de impactos ambientais; ➔ TIPOS DE AIA - EIA - Plano de manejo - Relatório Ambiental - Plano e projeto de controle ambiental - Plano de recuperação de área degradada- Relatório Ambiental preliminar -Diagnostico ambiental IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. ➢ foi instituído com o intuito de dividir as responsabilidades entre União, Estados e Municípios – por isso é formado por várias entidades ➢ Gestão ambiental descentralizada ➢ Visa implementar a PNMA o ESTRUTURA DO SISNAMA ➢ CONSELHO DE GOVERNO ➔ Órgão Superior ➔ É presidido pelo Presidente da República ➔ Função = assessorar de imediato o Presidente da República na política nacional e diretrizes governamentais – meio ambiente e recursos naturais ➢ CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente ➔ Órgão consultivo e deliberativo ➔ Composto por: - Plenário - Comitê de Integração de Políticas Ambientais - Câmaras Técnicas - Grupos de Trabalho - Grupos Assessores. ➔ Finalidade = assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo as diretrizes para as políticas governamentais para o meio ambiente ➔ As normas editadas complementam a Lei ➢ DECRETO 9.806/2019 - alterou a composição do CONAMA ➔ Diminuiu a participação popular nas PNMA ➔ Reduziu a participação da sociedade civil ➢ ADPF 623 ➔ Suspendeu os efeitos do decreto ➔ Principal ponto que o sustenta é o intuito dele diminuir a participação social nas decisões de matéria ambiental ➢ MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE ➔ Órgão central do SISNAMA ➔ Finalidade = planejar, coordenar, supervisionar e controlar a política nacional e as diretrizes governamentais ➢ IBAMA e ICMBio ➔ Órgãos executores ➔ São autarquias federais vinculadas ao Ministério do Meio Ambiente ➔ Executam as políticas ➔ IBAMA – fiscalização e licenciamento ➔ ICMBio - UCs ➢ ÓRGÃOS OU ENTIDADES ESTADUAIS ➔ Órgãos seccionais ➔ CETESB, SEMA ➔ Finalidade = execução de projetos, controle e fiscalização de atividades que podem causar degradação ambiental ➢ ÓRGÃOS OU ENTIDADES MUNICIPAIS Conselho de Governo CONAMA Ministério do Meio Ambiente IBAMA e ICMBio Órgãos e entidades estatais Órgãos e entidades municipais ➔ Órgãos locais ➔ COMDEMA ➔ Finalidade = controle e fiscalização de atividades que podem causar degradação ambiental • MECANISMO DE COOPERAÇÃO o CONSÓRCIOS PÚBLICOS ➢ União entre dois ou mais entes da federação (municípios, estados e União), sem fins lucrativos, com a finalidade de prestar serviços e desenvolver ações conjuntas que visem o interesse coletivo e benefícios públicos ➢ é uma pessoa jurídica criada por lei ➢ FNALIDADE = executar a gestão associada de serviços públicos, onde os entes consorciados, que podem ser a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no todo ou em parte, destinarão pessoal e bens essenciais à execução dos serviços transferidos ➢ Forma de cooperação para a tutela do meio ambiente ➢ PJ de D. Público contratados pelos municípios, Estados e União ➢ Formação de uma nova PJ, entidade da Adm. Pública Indireta que tem objetivo específico ➢ CONSÓRCIO NÃO PODE SER ENTRE UNIÃO E MUNICÍPIO DIRETO o CONVÊNIO/ACORDOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA ➢ Acordo entre órgãos setoriais ➢ Pode ter entre UNIÃO e ESTADOS ➢ Pode ter entre UNIÃO e MUNIÍPIO o COMISSÕES TRIPARTITE (UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO) NACIONAL, ESTADUAL E BIPARTITE ➢ Comissões de gestão compartilhada ➢ Bipartite: DF e União ➢ Comissão tripartite federal: União, Estados e Municípios e DF ➢ Comissão tripartite estadual: União, Estados e Municípios sem o DF ➢ FUNDOS ➔ Armazena dinheiro para projetos ➔ Projetos de proteção ambiental • MEIOS JUDICIAIS PARA TUTELA DO MEIO AMBIENTE ➢ Ação Civil Pública ➢ Ação Popular Ambiental ➢ MS – Mandado de Segurança ➔ Outros meios: Padrões de qualidade ➢ É instrumento do PNMA ➢ Instrumento de prevenção e controle de impactos ambientais que possam comprometer o equilíbrio do meio ambiente ou afetar a disponibilidade dos recursos naturais ➢ Garante que só sejam implantadas e operadas as atividades que respeitem a legislação ambiental ➢ Manifestação do Poder de polícia ambiental ➔ Quando o Estado limita e regula direitos individuais em prol do interesse público ➢ Quando houver atividades que possam causar danos ambientais ➢ É a manifestação do princípio da prevenção o EXIGIBILIDADE ➢ O licenciamento é exigível para a aprovação de estabelecimento e atividades consideradas potencialmente poluidoras ou utilizadores de recursos naturais, tais como: ➔ Construções ➔ Instalações ➔ Ampliação ➔ Funcionamento desses estabelecimentos • LICENÇAS AMBIENTAIS ➢ Ato administrativo o órgão competente definirá as restrições, condições e medidas de controle para obter o licenciamento ➔ Órgãos SUPERIOR = Conselho de Governo ➔ Órgão CONSULTIVO E DELIBERATIVO = CONAMA ➔ Órgão CENTRAL = Ministério do Meio Ambiente ➔ Órgão EXECUTORES = IBAMA/ICMBio ➔ Órgãos SETORIAIS (Adm. Pública Federal) = FUNAI ➔ Órgãos SECCIONAIS = CETESB, SEMA ➔ Órgãos LOCAIS = COMDEMA ➔ CONSÓRCIOS = NÃO pode ter diretamente entre UNIÃO e MUNICÍPIOS ➔ CONVÊNIO = PODE ter entre UNIÃO e MUNICÍPIOS ➢ o LICENÇA PRÉVIA ➢ Concedida na fase preliminar do planejamento ➢ Aprova sua LOCALIZAÇÃO e CONCEPÇÃO ➢ Atesta a sua VIABILIDADE ambiental ➢ Estabelece requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de implementação o LICENÇA DE INSTALAÇÃO ➢ Autoriza a INSTALAÇÃO de acordo com o estabelecido no planejamento o LICENÇA DE OPERAÇÃO ➢ Autoriza a operação do empreendimento já instalado ➢ Verifica o cumprimento das condições impostas nas licenças anteriores ➢ Estabelece medidas de controle ambiental e condições a serem observadas nessa fase • VALIDADE E REVISÃO DAS LICENÇAS AMBIENTAIS ➢ CONAMA estabelece prazos de validade para as licenças ambientais ➢ Licença Prévia e de instalação após serem cumpridas não precisa de renovação periódica • AUSÊNCIA DE LICENÇAS AMBIENTAIS ➢ Empreendimentos instalados, ampliados ou em operação SEM licença serão responsabilizados nas esferas: ➔ PENAL ➔ ADMINISTRATIVA ➔ CIVIL – se causar danos ambientais • COMPETÊNCIA PARA LICENCIAR ➢ União, Estados, DF e Municípios ➢ Licenciamento deve ser realizado apenas perante um órgão • COMPETÊNCIA PARA FISCALIZAR ➢ O órgão responsável pelo licenciamento será responsável também pela fiscalização ➢ Ex: hidrelétrica licenciada pelo IBAMA será também fiscalizada pelo IBAMA,OU, indústria licenciada pelo órgão estadual, será fiscalizada por ele ➢ Em situações emergenciais (controlar risco ambiental) o ente que não foi responsável pelo licenciamento poderá fiscalizá-lo – Competência administrativa é COMUM • FATO DO PRINCÍPE ➢ Fato do príncipe – licenciamento ambiental ➢ Gera a possibilidade de alteração bilateral do contrato ➢ Revisão de um contrato diante de um fato imprevisível que gera um desequilíbrio ao contrato ➢ Intervenção estatal nas relações privadas em prol do interesse público ➢ Não tem a ver com contratos, mas influência diretamente nos contratos administrativos ➢ É a influência direta nos contratos ➢ Ex: demora para conceder licenciamento ambiental, que acaba atrapalhando os contratos na esfera privada ➢ Gera lesão/impacto às partes/empresa ➢ Fatos imprevisíveis que gera lesão ao contrato ➢ Traz a responsabilidade baseada no princípio do poluidor pagador ➢ Para a concessão ou não do licenciamento, os órgãos ambientais necessitam de estudos técnicos e científicos ➢ É OBRIGATÓRIO a apresentação pelo EMPREENDEDOR de estudos ambientais ➔ Deve ser realizado por profissionais legalmente habilitados ➔ Empreendedor que paga • EIA/RIMA ➢ ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL/RELATÓRIO DE IMPACTO AO MEIO AMBIENTE ➢ Deve ser exigido no licenciamento de empreendimentos que tenham grande potencial de poluir o meio ambiente Licença Prévia = PLANEJAMENTO Licença de Instalação = IMPLANTAÇÃO/ INSTALAÇÃO Licença de Operação = FUNCIONAMENTO LICENÇA PRÉVIA LICENÇA DE INSTALAÇÃO LICENÇA DE OPERAÇÃO Prazo de validade 5 anos 6 anos 4 a 10 anos ➢ Empreendimentos com chance menor de ter impacto ambiental o EIA/RIMA é dispensado ➢ Estudo técnico ➢ Feito por uma equipe multidisciplinar ➢ Custos são suportados pelo EMPREENDEDOR ➢ Os membros da equipe multidisciplinar poderão responder administrativamente, penal e civilmente, no caso de produzirem laudos, relatórios e estudos falsos ➢ Deve ser dada PUBLICIDADE ao EIA ➢ Estudo prévio = Estuda os impactos negativos, positivos, a curto, médio e longo prazo, e as medidas a serem aplicadas ➢ Para evitar o dano ou mitigar ele – reduzir o dano ➢ Estuda e verifica a gradação, para assim estabelecer as medidas ➢ Licenciamento ambiental só é fornecido mediante o EIA- RIMA ➢ Obra/atividade que tenha o potencial de causar degradação ambiental significativa, antes de serem executadas precisam de ter um estudo prévio ambiental e o relatório ➢ RIMA – é responsável por traduzir o EIA ➔ Reflete as conclusões do EIA ➔ Tem por objetivo apresentar de forma clara, objetiva e de fácil entendimento à população o que está no EIA o EIA e a COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ➢ Compensar ANTECIPADAMENTE os danos inevitáveis que o projeto trará – são identificados no EIA/RIMA ➢ SNUC determina que os licenciamentos sujeitos ao EIA/RIMA, os empreendedores devem ➢ Valor a ser pago à título de compensação dependerá do grau do impacto ambiental e será fixado pelo órgão ambiental competente ➔ Percentual sobre o custo do projeto ➢ As unidades de conservação estão determinadas na Lei 9.985/2000 ➢ São espaços ambientais especialmente protegidos ➢ Está relacionado a diversidade biológica • UNIDADES DE CONSERVAÇÃO -UC ➢ São espaços territoriais delimitados ➢ Esses espaços apresentam características naturais e/ou paisagísticas relevantes ➢ Há um regime jurídico rigoroso e especial de proteção e conservação da biodiversidade desses espaços ➢ São espaços que tem por objetivo/finalidade garantir a diversidade biológica ➢ Ex: Bosque de RP é uma UC que visa a diversidade biológica ➢ Diferente de uma área de preservação (APP) ➔ Possui funções ecológicas diferentes da UC ➢ Também é diferente da Reserva Legal ➔ essa não visa a diversidade biológica, funções diferentes • GRUPOS E CATEGORIAS ➢ SNUC divide as UCs em 2 grupos, a depender de seu grau de proteção e restrição o PROTEÇÃO INTEGRAL ➢ UCs com regime jurídico MAIS restritivo ➢ Visa PRESERVAR a natureza ➢ Permite apenas o uso INDIRETO de seus recursos naturais - pesquisas e visitas ➔ Pesquisas nessas UCs precisam de Autorização ➔ Uso que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais ➢ Acesso e/ou uso de recursos naturais proibidas ou severamente limitada ➢ Não pode ter exploração/atividade econômica nessa UC ➢ Ex: Parque – ➔ Pode ter pesquisas ou visitação – precisa de autorização ➔ Tem que ter plano de manejo e planejamento de conservação ➢ Se tiver propriedade particular nessa UC, essa propriedade terá que ser DESAPROPRIADA (Estação ecológica, reserva biológica e Parque Nacional) ➢ Estado muitas vezes não tem dinheiro para pagar por todas as áreas desapropriadas – criou mecanismos alternativos EIA/RIMA •Impacto SIGNIFICATIVO ➔ Então o proprietário desse bem dentro da UC tem que cercar sua propriedade para que não haja degradação ➔ Se tiver degradação dessa UC, constitui crime ambiental ➔ Ex: compensação de áreas ➔ Proprietário doa a área desapropriada para o Estado a fim de compensar uma reserva legal que possui déficit ➔ Para ter essa compensação é necessária uma análise do órgão ambienta ➢ Categorias de UCs: ➔ Estação Ecológica ➔ Reserva Biológica ➔ Parque Nacional ➔ Monumento Natural ➔ Refúgio de Vida Silvestre o USO SUSTENTÁVEL ➢ Regime jurídico MENOS restritivo ➢ Visa COMPATIBILIZAR a conservação da natureza com seu USO SUSTENTÁVEL ➢ CONSERVAR a natureza ➢ Uso sustentável ➢ Uso sustentável envolve a coleta, utilização, comercial ou não, dos recursos naturais ➢ Exploração racional dos recursos ➔ Não causa prejuízo para biodiversidade ➢ Pode ter exploração econômica, desde que haja um plano de manejo florestar sustentável ➢ Para garantir a sustentabilidade e a diversidade biológica ➢ Acesso e uso dos recursos naturais permitida, mas controlada ➢ Categorias de UCs: ➔ APA – ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ➔ ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO ➔ FLORESTA NACIONAL ➔ RESERVA EXTRATIVISTA ➔ RESERVA DE FAUNA ➔ RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELS ➔ RESERVA DO PATRIMÔNIO NATURAL • CRIAÇÃO, AMPLIAÇÃO DOS LIMITES E MUDANÇA DE GRUPO ➢ UCs pode sair de uso sustentável para proteção integral ➢ A UC pode ser instalada por meio de LEI no sentido amplo ➢ Quem instala a UC é o PODER PÚBLICO ➢ Em REGRA, é instalada por meio de LEI, mas também pode ser instalada por meio de DECRETO ➢ Pode ser instalada por DECRETO, mas não pode ser suprimida por meio de DECRETO ➢ Ex: o Amapá contratou uma empresa para constituir uma UC, o Governador do Amapá pode instalar essa UC por meio de decreto ou tem que ser por meio de Lei? ➔ O governador pode instalar a UC, em regra, tem que ser por meio de Lei, pode ser lei em sentido amplo ➔ Porém, pode ser instalado também por DECRETO ➔ Contudo, se o governador quiser diminuir ou limitar a UC, não poderá fazer por meio de DECRETO, somente através de Lei ➢ Para REDUZIR ou LIMITAR a unidade só pode ser por meio de LEI ➢ APP, Reserva Legal, tombamento ambiental, para DIMINUIR ou LIMITAR só por meio de LEI (sentido formal) ➢ TODOS os espaços territorialmente protegidos só podem ser REDUZIDOS ou LIMITADOS por meio de LEI ➢ Quando por meio de LEI o espaço protegido por REDUZIDO ou LIMITADO: ➔ Não pode descaracterizar o espaço ➔ Tem que manter e garantir a função ecológica ➢ NÃO pode REDUZIR ou LIMITAR por meio de DECRETO ➢ Lei criada para DIMINUIR a UC não pode inviabilizá-la retirando sua diversidade ecológica ➢ Atos administrativos (licitação, licença) podem ser praticados desde que não REDUZA ou LIMITE a UC ➢ Ex: Bosque de RP ➔ Prefeito pode conceder espaço para venda de alimentos,obras para melhorar os espaços do Bosque, desde que NÃO reduza ou limite essa UC ➔ Pode fazer através dos processos administrativos de competência da Prefeitura ➔ Atos administrativos comuns ➢ Podem ser transformadas TOTAL ou parcialmente em UCs de Proteção Integral ➔ Tem que ser por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico que criou a UC ➔ Tem que obedecer aos procedimentos de consulta ➢ Todas essas UCs tem uma gestão feita por um órgão do Estado, tendo a participação da sociedade civil e do Estado • ESPAÇOS DO “PATRIMÔNIO NACIONAL” ➢ Biomas representativos dos ecossistemas brasileiros ➔ Floresta Amazônica ➔ Mata Atlântica ➔ Serra do Mar ➔ Pantanal Mato-Grossense ➔ Zona Costeira ➢ Sua utilização se dará na forma da LEI ➢ Os biomas são protegidos por leis especificas ➢ Art. 12, do Código Florestal ➢ É só propriedade rural ➢ Tem que ter área verde → área nativa ou floresta ➢ Pode ter atividade econômica – USO SUSTENTÁVEL ➢ É a área verde de uma propriedade rural que o proprietário terá que reservar/ter custódia, em rol da coletividade ➢ limitação ao exercício de propriedade quando houver uma reserva legal na propriedade ➢ tem a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural ➢ reserva legal deve ser registrada no órgão ambiental competente através da inscrição no CAR (Cadastro Ambiental Rural) ➢ Art. 4º, do Código Florestal ➢ É propriedade urbana ou rural ➢ Pode ter área verde ou não coberta ou não por vegetação nativa ➢ Não pode ter intervenção antrópica (realizada pelo homem) ➢ Estado pode determinar novas APPs desde que tenham função ecológica estabilidade geológica ➢ Novas APPs são instituídas através de DECRETO – Poder Público ➢ Função de preservar recursos hídricos, a paisagem, estabilidade geológica e a biodiversidade ➢ Não pode ter intervenção ou supressão de vegetação nessas áreas, EXCETO quando for caso de Utilidade pública, interesse social ou de baixo impacto social • SERVIDÃO AMBIENTAL ➢ É um espaço da propriedade que é reservado por ter como finalidade conservar o meio ambiente ➢ É área de preservação ambiental ➢ Código florestal trouxe alterações ➢ Art. 9º-A, da Lei 9.638/81 – instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) ➢ Pode ser instituído por termo administrativo, instrumento público ou particular ➢ Servidão tem que ser averbada na matrícula do imóvel ➢ É permitido o manejo florestal sustentável ➢ Proprietário ou possuidor pode limitar TOTAL ou PARCIAL o uso da propriedade para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes ➢ NÃO pode substituir as áreas de reserva legal e nem as APPs ➢ Reserva legal e APPs não podem ser instituídas junto da servidão ➢ A servidão pode ser ONEROSA ou GRATUITA ➢ Pode ser TEMPORÁRIA ou PERPÉTUA ➢ Servidão TEMPORÁRIA ➔ Prazo mínimo de 15 anos ➢ Servidão PERPÉTUA (definitiva) ➔ Vai ser considerada como reserva particular do patrimônio natural (UC) ➔ Se transforma em uma UC de uso sustentável ➢ O detentor da servidão poderá TOTAL ou PARCIAL em favor de outro proprietário ou entidade pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim social: ➔ Alienar ➔ Ceder ➔ Transferir ➢ Art. 1º, §2º, do Decreto-Lei 25/1937 ➢ Espaço ambientalmente protegido por meio de tombamento ➢ Limitação administrativa ➢ Intervenção do Estado no domínio privado ➢ Patrimônios culturais que são inscritos no livro tombo ➢ Tombamento pode ser de bens móveis e imóveis – nesse caso bens ambientais (monumentos naturais, sítios e paisagens) ➢ Exemplo de limitações: poder usar a propriedade, mas não poder mudar a fachada, existem limitações até para vizinhos ➢ O ECI teve sua origem de uma decisão proferida pela Corte Constitucional da Colômbia em 1997 ➢ ADPF 347 – que discutia a precariedade do sistema penitenciário- já declarou o Estado de Coisas Inconstitucionais no Sistema penitenciário brasileiro ➢ Objetiva evitar a interposição de muitas ações individuais ➢ ECI decorre de: ➔ Violação de direitos humanos - constante ➔ Atinge várias pessoas ➔ Omissão do Estado ➔ Falha estrutural do Estado ➔ Medidas legislativas, administrativas e orçamentárias ➢ Quando o STF declara o ECI, autoriza o Poder judiciário a coordenar ações além do Poder de Judiciário, ou seja, pode coordenar ações do Poder Legislativo e Executivo ➔ Poder judiciário pode estabelecer prazos nos cumprimentos de medidas administrativas, pode impor medidas também, para que esse Estado cesse ➢ Em abril de 2022 um ECI envolvendo matéria de Direito Ambiental foi declarado ➔ ADPF 760 e ADO/54 – tratam do desmatamento da floresta amazônica - declararam o ECI em função dessas ações ➢ STF declarou o ECI, pois há uma série de questões que envolvem a omissão do Estado brasileiro e a diminuição da participação de órgãos ambientais e entidades ambientais, tais como: ➔ Crimes ambientais, desmatamento da Amazônia legal, contrabando de madeira, desmatamento das UCs ➢ Motivos para a declaração do ECI: ➔ Combate ao Desmatamento da Amazônia legal ➔ Fortalecer o Programa de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDAm) – estabelecer planos de ação e procedimento que devem ser apresentados no prazo de 60 dias ao STF ➔ Combate aos Crimes Ambientais ➔ Fortalecimento dos órgãos/entidades ambientais da Administração pública, como IBAMA, ICMBio e Funai – com liberação de recursos orçamentários ➔ Transparência das informações ➢ Carmen Lucia votou e entendeu que há violação de direitos humanos, sendo assim, o Poder Judiciário pode interver no estabelecimento de medidas, tendo que apresentá-las em 60 dias ➢ Lei nº 9.605/98 ➔ Traz a responsabilidade penal para a PJ e com isso a aplicação da pena ➢ PJ pode cometer crime ambiental e ser processada na seara penal ➢ PJs Responsabilidade penal autônoma ➢ Danos ao meio ambiente = responsabilidade PENAL e CIVIL ➢ A responsabilidade civil pelo dano ambiental é IMPRESCRITÍVEL ➢ Responsabilidade penal é PRESCRITÍVEL • SUJEITOS ATIVOS o PESSOA FÍSICA ➢ Qualquer pessoa que por AÇÃO ou OMISSÃO pratica o crime, assim como, aquele que não impede a prática do crime na pessoa jurídica ➔ Ex: diretor, administrador, membro do conselho ➢ Órgãos públicos (ente despersonalizado): se um agente do órgão público gerar um dano terceiro, quem responderá será a entidade (Estado) ➔ A ação OBRIGATORIAMENTE tem que ser movida contra o Estado ➔ é responsabilidade objetiva por risco integral e administrativo ➔ pode haver ação de regresso – deve comprovar culpa e nexo de causalidade ➢ Em regra, a responsabilidade do Estado é por risco administrativo o PESSOA JURÍDICA ➢ Decisão de seu representante legal, em seu interesse ou benefício ➢ Não exclui a responsabilidade da pessoa física ➔ autora, coatora, partícipe • DA PENA o CRITÉRIOS DE INDIVIDUALIZAÇÃO ➢ Gravidade do fato ➢ Antecedentes do infrator ➢ Situação econômica do infrator (caso de multa) o SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS ➢ Crime culposo ou pena privativa de liberdade inferior a 4 anos ➢ Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, circunstâncias do crime – indicarem que a substituição seja suficiente ➢ Mesma duração da pena privativa substituída. o SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE ➢ Penas não superiores a 3 anos (Art. 16) (e não a 2 anos, como no CP) o PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO ➢ prestação de serviços à comunidade ➢ interdição temporária de direitos ➢ suspensão parcial ou total da atividade ➢ prestação pecuniária ➢ recolhimento domiciliar(art. 13) • CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES o AGRAVANTES ➢ Reincidências nos crimes ambientais ➢ Agente cometido a infração: ➔ Obter vantagem pecuniária ➔ Afetando ou expondo a perigo, grave, à saúde pública ou o meio ambiente ➔ À noite; ➔ Em épocas de seca ou inundações ➔ No interesse de PJ mantida por verbas públicas ou beneficiadas por incentivos fiscais ➔ Facilitada por funcionário público (exercício da função) o ATENUANTES ➢ Baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; ➢ Arrependimento do infrator (manifestada pela reparação do dano ou limitação significativa da degradação ambiental causada) ➢ Comunicação prévia do perigo iminente de degradação ➢ Colaboração com a autoridade ambiental • PENAS APLICAVEIS ÀS PESSOAS JURIDICAS EM CRIMES AMBIENTAIS ➢ Multa ➔ Sanção administrativa ➢ Pena restritiva de direitos ➔ Suspensão PARCIAL ou TOTAL da atividade ➔ Interdição do estabelecimento/obra/atividade ➔ Proibição de contratar com o poder público/obter subsídios – 10 anos ➢ Prestação de serviço à comunidade ➔ Custeio de programas e de projetos ambientais ➔ Execução de obras de recuperação de áreas degradadas ➔ Manutenção de espaços públicos ➔ Contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas ➢ LIQUIDAÇÃO FORÇADA ➔ PJ constituída ou utilizada com o fim de prática de crime ambiental – patrimônio perdido em favor do FPN • AÇÃO PENAL INCONDICIONADA ➢ Crimes ambientais de menor potencial ofensivo ➔ Possível a transação penal – tem que ter a previa RESSARCIMENTO do dano ➢ Dos crimes contra o meio ambiente ➔ Contra a fauna ➔ Contra a flora ➔ Poluição e outros crimes ➔ Contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural ➔ Contra administração ambiental ➔ Infrações administrativas ➢ Ex: Maus tratos • NÃO SÃO CONSIDERADOS CRIMES o ABATE DE ANIMAL ➢ em estado de necessidade, para saciar a fome (agente ou família) ➢ proteger lavouras, pomares e rebanhos (da ação predatória ou destruidora de animais, com autorização legal) ➢ por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente
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