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Prof. Adjunto Ary Fernandes Junior Departamento de Microbiologia e Imunologia Instituto de Biociências – UNESP Tel. 14 3880.0412 ary@ibb.unesp.br Microbiologia Área da ciência que dedica-se ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados ao microscópio Ex. Procarióticos (bactérias, archaeas), Eucarióticos (algas, protozoários, fungos) e também seres acelulares (Vírus) Definição (clássica) Microbiologia Básica Morfologia, Fisiologia, Genética, Taxonomia, Ecologia, etc) Microbiologia Aplicada Ciência dinâmica com ramificações em todos os aspectos da vida humana Ex. Microbiologia Veterinária, Zootécnica, Médica, Agrícola, Alimentos, Industrial, etc) Estamos em contato íntimo com os micro-organismos (ex. microbiota= 1014 microrganismos); Relacionados a saúde e ao ambiente; Desempenham importante papel na produção de alimentos e medicamentos; Fornecem modelos úteis para muitos processos vitais que todos os organismos realizam (Biologia Celular) Por que estudar Microbiologia? Micro-organismos e Humanos Pouquíssimos micro- organismos são sempre patogênicos Alguns micro-organismos são potencialmente patogênicos Maioria dos micro- organismos são não patogênicos Agricultura Alimentos Simbiose) Doenças Energia/Ambiente Biotecnologia Microbiologia x Saúde Pública Zoonoses 1. Ambientes gelados (Psicrófilos) Ex. Polaromonas vacuolata (-4ºC) 2. Fontes termais (mar e superficie) (Termófilos e Hipertermófilos) Ex. Methanopyrus kandleri, Pirolobus fumarri (105-113ºC), Thermus aquaticus (70ºC) 3. Fontes sulfúricas (Acidófilos) Ex. Sulfolobus acidocaldarus 4. Lagos salgados (Halófilos) Ex. Haloferax volcanii, Halobacterium salinarum 5. Lagos alcalinos (Alcalinófilos) Ex. Natronobacterium gregoryi Ambientes extremos Louis Pasteur (1822-1895) Inexistência de geração espontânea Teoria microbiana das doenças Fermentação e decomposição (ação de microrganismos) Pasteurização Vacina anti-rábica, carbúnculo hemático Nomes da Microbiologia Experimentos realizados em Pouilly le Fort (1881) Estudo do antraz - Postulados de Koch Técnicas para obtenção de culturas puras Técnicas de coloração Estudos com Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) Descrição de Vibrio cholerae 1905 - Prêmio Nobel de Medicina Robert Koch (1843-1910) Nomes na Microbiologia Morfologia Bacteriana Tamanho Forma Agrupamento Morfologia colonial redonda irregular filamentosa rizóide enrolada BORDA FORMA filamentosalisa ELEVAÇÃO Ondulada lobada plana convexaelevada umbonada Tamanho (0,2 – 4,0 μm) Semelhante ao tamanho de uma mitocôndria ou plasto Teoria simbiôntica (Origem dos eucariotos) Thiomargarita namibiensis (Pérola de enxofre) Schulz, H. N. et al. (1999). Science, 284:493-495 - Fig. 1. Thiomargarita namibiensis. (A) The white arrow points to a single cell of Thiomargarita, 0.5 mm wide, which shines white because of internal sulfur inclusions. Above there is an empty part of the sheath, where the two neighboring cells have died. The cell was photographed next to a fruit ßy (Drosophila viriles) of 3 mm length to give a sense of its size. (B) A typical chain of Thiomargarita as it appears under light microscopy. (C) At the left end of the chain there are two empty mucus sheaths, while in the middle a Thiomargarita cell is dividing. (D) Confocal laser scanning micrograph showing cytoplasm stained green with ßuorescein isothiocyanate and the scattered light of sulfur globules (white). Most of the cells appear hollow because of the large central vacuole. (E) Transmission electron micrograph of the cell wall [enlarged area in (D)] showing the thin layer of cytoplasm (C), the vacuole ( V), and the sheath (S). http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/intromicro/thio.pdf Cocos Micrococcus (M. luteus, M. glutamicum) Neisseria (N. meningitidis, N. gonorrhoeae) Streptococcus ( S. pyogenes, S. equi, S. agalactiae, S. pneumoniae, S. bovis, etc). Staphylococcus (S. aureus, S. hyicus, S. epidermidis, etc) Enterococcus, Lactococcus, Sarcina, Gaffkia, Bacilos ou Bastonetes Enterobacteriaceae (Escherichia coli, Salmonella, Enterobacter, Klebsiella pneumoniae, etc) Bacillus (B. anthracis, B. cereus, B. thuringiensis, B. licheniformis, B. polymyxa, etc) Clostridium (C. botulinum, C. tetani, C. chauvoei, C. perfringens, etc) Corynebacterium (C. diphteriae, C. pyogenes, C. renale, etc) Lactobacillus Bacilos ou Bastonetes paliçada “Cocobacilos” Brucella (B. abortus, B. melitensis, B. suis, B. canis, B. neotomae, B. maris) Campylobacter (C. fetus, C. jejuni, C. coli, etc) Vibrio (V. cholerae, V. parahaemolyticus, etc) Vibrios Espirilos e Espiroquetas Spirillum sp, Treponema pallidum, T. bryanti, Borrelia recurrentis (Doença de Lyme), Leptospira. Variações na Forma Formas de Involução Pleomorfismo Pleomorfismo (Bacteroides fragilis) Coloração de Gram (Hans Christian Gram - 1884) Divide bactérias em dois grupos Gram Positivas Gram Negativas Destaca aspectos tintoriais e morfológicos Importância Prática ???? Coloração de Gram Algumas características comparativas das bactérias Gram positivas e Gram negativas Gram Positiva Gram Negativa Gram Positiva (Staphylococcus aureus) (Staphylococcus hyicus) (Streptococcus pyogenes) (Streptococcus pneumoniae) Gram Positiva Ary Fernandes Junior (Streptococcus equi) Gram Positiva Reticulo=Barrete Esôfago Boca Omaso=Folhoso Abomaso=Coagulador Rúmen = Pança Intestinos (Streptococcus bovis) (Streptococcus agalactiae) Gram Positiva (Bacillus anthracis) (Clostridium - C. tetani e C. botulinum) (Corynebacterium diphtheriae) Gram Positiva //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/06/Corynebacterium_diphtheriae_Gram_stain.jpg (Escherichia coli) Gram Negativa (Neisseria gonorrhoeae) (Moraxella sp) Gram Negativa (Brucella abortus) (Brucella suis) Gram Negativa Coloração de Ziehl-Neelsen Mycobacterium, Nocardia (Bacilos Álcool Ácido Resistentes = BAAR) (Mycobacterium tuberculosis) Nocardia sp (Mycobacterium bovis (BCG) Coloração de Ziehl-Neelsen Mycobacterium avium subsp. intracellulare Amostras Clínicas Exame Direto para pesquisa de BAAR (BK) (Ziehl-Neelsen ou Kinyoun) Limite de detecção -104 bacilo/mL material Kinyoun (2 a 3 amostras) Frasco estéril boca larga Coloração de Ziehl-Neelsen Tuberculose Estrutura da célula bacteriana Relativamente mais simples que de células eucariotas Célula Bacteriana Genérica Essenciais Não Essenciais Externas Internas Divisão entre as Estruturas Estruturas Externas O que são? 3 -12 μm 12 - 30 nm Pseudomonas putida Flagelo Composição Química Protéica Antígeno H Função Motilidade (Flagelina – 20 a 40 kD) Gancho Filamento = Haste Corpo Basal Parede Bacteriana Membrana externa Peptidoglicano Membrana Plasmática Anéis L P S M Genes - hag, mot, fla Gram positiva Gram negativa Partes e funcionamento do flagelo Partes e funcionamento do flagelo Movimento Disposição Monotríqua ( Pseudomonas aeruginosa) Lofotríqua (Helicobacter pylori) Anfitríqua (Spirillum sp) Peritríqua (Salmonella) Filamentos axiais Visualização Direta ou Indireta cultivo em meio semi-sólido Fímbria e Pili O que são e funções Fimbria FimbriasAdesinas Especificidade para algumas células hospedeiras E.coli K88-Leitões, K99-Bezerros, CFAI e CFAII-Humanos) Antígenos de Colonização Mecanismos de adesão bacteriana a superfícies de células hospedeiras. (a) Pili ou fímbrias. Eles são constituídos por uma subunidade de repetição estrutural e uma proteína na sua ponta que medeia o reconhecimento de um motivo de glicano específico da célula hospedeira. (b) adesinas afimbrial são proteína integrais de parede de células bacterianas ou glicoproteínas que envolvem diretamente hospedeiro receptor de células para promover a colonização. Fímbrias (E.coli em intestino de rato) Fímbrias em bactérias celulolíticas do rúmen Prébiótico = O que é? Klebsiella, Enterobacter, Streptococcus, Leuconostoc, etc Método de Hiss Cápsula Klebsiella pneumoniae (Aspecto mucóide (molhado) de colônias) Bacillus anthracis Antígeno K Proteção contra Fagocitose Mecanismo: Incompatibilidade da Natureza hidrofílica da cápsula e natureza hidrofóbica da membrana do fagócito Composição Química (Polissacarídica) B. anthracis (Peptídica) Etapas da síntese do peptidoglicano = Bactoprenol fosfato PBP=Protein Binding Penicilin Parede de Gram Positiva e Negativa Gram Positiva Adesinas Antígenos LPSGram Negativa Lipopolissacarídeo (LPS) Parede Bacteriana Mycoplasma, Ureaplasma, Formas L, Halófilas (sem parede) Funções Peptidoglicano Dois Aminoacúcares Um Tetrapeptídeo Membrana Plasmática Diferenças Funções (Psicrófilas) Sem esteróis (hopanóides) Estruturas Internas DNA Bacteriano Características Estrutura e Replicação do DNA Plasmídios O que são? Tamanho Importância Tipos O que são? Mesossomo Funções Número Ribossomos Estrutura 30S 50S 70 S (unidades Svedberg) Composição química Polissomos As proteínas das duas subunidades diferem, assim como as moléculas de rRNA. O comprimento das moléculas de RNA, a quantidade de proteínas e, consequentemente, o tamanho das subunidades diferem entre procariotos e eucariotos. Os rRNAs formam estruturas dobradas, muito semelhantes em diferentes espécies, embora as seqüências de nucleotídeos possam diferir. Total: 33 proteínas 23S 2904 nucleotídeos 5S 120 nucleotídeos Total: 34 proteínas Total: 21 proteínas 16S 1541nucleotídeos 50 S 30 S 70 S 60 S 40 S 80 S Total: 50 proteínas 18S 1874 nucleotídeos 28S:5.8s 4718 + 160 nucleotídeos 5S 120 nucleotídeos S1 S2 S3 L1 L2 L3 L1 L2 L3 S1 S2 S3 P ro c a ri o to rRNA Proteínas Subunidade Ribossomo E u c a ri o to Aspecto granular ao citoplasma Bacillus sp , Rodospirillum - Lipídeo Granulações Citoplasmáticas Maioria grânulos de reserva (C, S, P, etc) Thiomargarita namibiensis - Enxofre Corynebacterium diphtheriae - Fosfato (Grânulos Metacromáticos ou de Volutina) (Metodo de Albert) Rodospirillum sp Corynebacterium (Grânulos de volutina) (Método de Albert) //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/06/Corynebacterium_diphtheriae_Gram_stain.jpg Esporo (=Endosporo) Célula em repouso Forma de resistência Clostridium, Bacillus, Sporosarcina, Coxiella Desidratada Estrutura rígida (multi camadas) Esporulação Germinação Método de Wirtz Germinação Ativação Iniciação ou Germinação Propriamente Dita Brotamento ou Crescimento Resumo
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