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O-CONSTELADOR-FAMILIAR-E-AS-TÉCNICAS-DE-ATENDIMENTO-INDIVIDUAL-E-EM-GRUPO

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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2 
2 A CONSTELAÇÃO...................................................................................... 3 
2.1 Processando Uma Constelação ........................................................... 5 
3 O CONSTELADOR FAMILIAR ................................................................... 8 
4 MÉTODO E PROCEDIMENTOS DAS CONSTELAÇÕES 
FAMILIARES..............................................................................................................13 
4.1 Iniciando a Constelação ..................................................................... 15 
4.2 A Escolha do Sistema de Relações.................................................... 19 
4.3 A Escolha dos Representantes .......................................................... 22 
4.4 Conduzindo a Constelação ................................................................ 26 
4.5 Fechando as Constelações ................................................................ 30 
5 ÁREAS DE APLICAÇÃO E EFEITOS DAS CONSTELAÇÕES FAMILIARES
 ...................................................................................................................33 
5.1 Constelação Grupal e Sessão Individual ............................................ 34 
5.2 Áreas de Aplicação............................................................................. 37 
5.3 BIBLIOGRAFIA................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado Aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2 A CONSTELAÇÃO 
 
Fonte: zerkalo.today 
O processo básico do método do diagrama de constelação é muito simples. O 
terapeuta pede ao cliente, em um grupo terapêutico ou de desenvolvimento pessoal, 
para localizar a pessoa importante relacionada ao problema ou necessidade que ele 
levantou de acordo com seu relacionamento mútuo. Por exemplo, são pessoas 
próximas em sua família de origem, ou seja, ele mesmo, seus pais e irmãos, às vezes 
apenas ele e seus pais ou ele e um sintoma que o incomoda. Para representar o papel, 
o cliente seleciona certos participantes do grupo e os coloca na sala com base em seu 
relacionamento mútuo, sem comentários. Schneider inclui que: 
Ele deve fazer isso a partir de seu sentimento ou do “coração”, portanto, sem 
buscar justificativas, sem escolher um determinado período de sua vida, e 
sem imaginar determinadas cenas que vivenciou em sua família. 
Simplesmente se deixa conduzir por um impulso interno indiferenciado e por 
uma atitude amorosa. Normalmente é preciso haver clareza sobre quem 
representa uma determinada pessoa da família ou algum sintoma, como o 
“medo” ou alguma entidade abstrata, como o “segredo” ou a “morte”. 
(SCHNEIDER, 2007). 
Casualmente, o terapeuta pode solicitar ao cliente que forneça informações 
sobre sua história familiar no início do trabalho para sentir seu "peso de alma" e saber 
de quais personagens a constelação pode começar. Quanto menos os representantes 
 
4 
 
souberem, mais o cliente confiará no conhecimento que compartilham na constelação. 
Porém, normalmente, apenas por meio de informações básicas, a constelação pode 
receber o impulso de fazer essa flutuação. Surpreendentemente, ao longo do 
processo de constelação, os representantes receberam mais de seus sentimentos do 
que as informações do cliente ou as suposições finais feitas pelo terapeuta. 
Depois de colocar o representante, o cliente se senta. Após um período de 
concentração, o terapeuta pede aos representantes que transmitissem seus 
sentimentos, possíveis percepções e sintomas físicos. Ocasionalmente pode pedir 
que expressem seus sentimentos apenas seguindo seu impulso de movimento ou 
combinando o movimento espontâneo do representante com o problema após um 
período de tempo. 
Dessa maneira, o conhecimento que a alma do cliente tem sobre sua família 
e sobre as forças que nela atuam toma-se visível e experimentável para o 
próprio cliente, o terapeuta e todos os participantes do grupo. O decisivo é 
que o movimento dos representantes, seja ele autônomo ou conduzido pelo 
terapeuta, conduza, através da descoberta da dinâmica anímica da família, a 
um final que traga liberação e alívio, a uma “imagem de solução”. Quando 
estaciona o processo de descoberta no encaminhamento de uma solução o 
terapeuta intervém. Baseado nas informações anteriores, ele pode introduzir 
outras pessoas da família, por exemplo, os avós do cliente, ou uma ex-noiva 
de seu pai. Ainda, a partir de novas informações levantadas junto ao cliente, 
pode ampliar a constelação introduzindo outros representantes, por exemplo, 
uma tia que tenha morrido abandonada num asilo psiquiátrico. (SCHNEIDER. 
2007). 
 
Ao superar as turbulências do destino, a família representada pela constelação 
fica em paz. Os membros da família ali se respeitam e se reencontram com amor. 
Aqueles, antes excluídos se reintegram e todos podem tomar seu lugar. 
Quando a dinâmica e o caminho da solução são claros, os clientes geralmente 
são apresentados à constelação pessoalmente para sentir a reconciliação ou o 
sistema de reordenamento em seu lugar. Normalmente, além de representar o 
movimento futuro, a solução ainda requer algum tipo de ritual, por exemplo, uma 
reverência ou frase curta entre certas pessoas ou entre clientes e certas pessoas, 
principalmente entre seus pais, para a movimentação da alma. Seu portfólio de 
produtos pode trazer bons resultados e também permitir que os clientes entendam 
claramente o conteúdo, incluindo frases, conteúdo que o contém e conteúdo postado 
no sistema. 
 
5 
 
2.1 Processando Uma Constelação 
O cliente levanta seus próprios problemas ou necessidades a serem resolvidas. 
O "peso" desta questão apoia toda a constelação. Sua apresentação e os gestos do 
cliente que o acompanham fornecem as primeiras informações importantes. Quando 
o terapeuta dá retornos adequados daquilo que “irradia” do cliente, geralmente há 
confiança no processo subsequente. Schneider (2007), esclarece que “ poucas e 
breves perguntas do terapeuta delimitam o “campo” da constelação, a saber, os 
personagens que serão introduzidos na constelação e a dinâmica anímica que parece 
estar em questão”. 
Então, pelo menos uma pessoa é colocada no "campo" da constelação; 
geralmente, o número de vezes necessário para acionar o processo é duas ou mais, 
dependendo da necessidade. Também podem ser colocados representantes de 
entidades abstratas: sintomas, sentimentos, segredos, morte, guerras, nações ou 
coisas semelhantes. 
Os representantes, uma vez posicionados, abrem-se às forças que atuam no 
campo da constelação e as refletem através de seu movimento corporal, da expressão 
de seus sentimentos, por palavras, por uma lenta mudança de movimentos livres ou 
ainda por movimentos conduzidos peloterapeuta. 
Esse movimento pode levar, por si mesmo, a uma solução que se apresenta 
como, por exemplo, um abraço entre uma mãe e uma filha, depois de um 
longo tempo de resistência mútua; ou então o terapeuta, a partir de sua 
imagem interior e do sentimento de conveniência, leva os representantes a 
um movimento ou muda suas posições, verificando depois as reações deles 
e as do cliente. (SCHNEIDER, 2007) 
O terapeuta também pode intervir e solicitar novas informações do cliente. Pode 
fazer com que representantes troquem de posições, introduzam novos 
representantes, vinculem ou liberem certas frases que exigem pronúncia no sistema, 
realizando assim rituais, como reverências. Podendo compor um diagrama de 
constelação na imagem final da solução, para que o cliente possa redirecionar e 
ocupar seu lugar em seu sistema de relacionamento. 
 
 
6 
 
 
Fonte: revistadivergente.com 
Schneider (2007) relata que “às vezes uma constelação precisa ser 
interrompida, se os representantes não conseguem entrar em sintonia, ficam 
confusos, se o movimento para e faltam informações que o façam progredir ou se o 
cliente não consegue absolutamente acompanhar e sentir a constelação”. 
O terapeuta verifica a influência da constelação no cliente por meio de suas 
próprias opiniões ou perguntas diretas. Quando necessário, ele complementa as 
constelações por meio de breves intervenções complementares, por exemplo, para 
restaurar as imagens ocultas nas constelações da forma mais livre possível: "Feche 
os olhos, olhe para sua mãe, depois diga a ela ..." ou: “Imagine o seu pai...”. Quando 
a constelação não traz nada de novo para o cliente, geralmente poderá ignorar seu 
impacto. 
Com isso termina, no essencial, a “oferta de ajuda” ao cliente, com poucas 
exceções (uma sessão individual posterior ou outras constelações no grupo, 
cartas, conversas telefônicas). O verdadeiro processo de solução se mostra, 
depois da constelação, no comportamento do cliente e nas modificações reais 
resultantes em seus sistemas de relação e em seu estado físico e mental. 
(SCHNEIRDER, 2017). 
Para entender o método de várias maneiras, é naturalmente útil para os 
aprendizes, por exemplo, vivenciar constelações em um grupo de treinamento. 
Observe que a constelação formada com a ajuda do representante se desenvolve o 
 
7 
 
máximo possível de forma muito condensada e espontânea, sem a prescrição do 
representante, por exemplo, segurar as mãos, ajoelhar-se ou subir em uma cadeira. 
Esses movimentos podem eventualmente ocorrer na constelação que se representa. 
Nesse caso, eles têm maior expressividade e persuasão, pois podem reproduzir 
certas coisas que acontecem no cliente ou em seu sistema de relacionamento sem 
interferências externas. Observe que as constelações são organizadas 
espontaneamente com base nos fatos da família e do destino, com intervenção 
mínima do terapeuta. Por isso, Jakob Robert acrescenta: 
O fundamental é que elas podem mostrar de uma forma nova, 
preferivelmente surpreendendo e convencendo, como os destinos de outras 
pessoas nas redes de relações importantes para nossa vida atuam sobre nós 
e sobre nossos problemas e como a percepção de processos, até então 
geralmente inconscientes, pode colocar em ação as forças de mudança. O 
terapeuta nada pode planejar. Terapeuta, representantes e cliente, tanto 
quanto possível sem prévias ideias, intenções, expectativas, medo ou 
considerações benevolentes, expõem-se a um processo cujo resultado é 
incerto, buscando uma solução que não se conhece por antecipação. Tanto 
no livre movimento dos representantes quanto nas ocasiões em que o 
terapeuta intervém, motivado pelo surgimento de imagens internas ou de 
hipóteses, ele respeita os efeitos e os acompanha. A escolha do método a 
ser utilizado, desde a clara condução pelo terapeuta até a concessão de 
plena liberdade de movimento aos representantes, releva de uma decisão 
que depende, em última instância, dos efeitos perceptíveis e compreensíveis 
sobre o cliente. Os efeitos, porém, não são imutáveis. Eles se inserem nos 
múltiplos processos - onde determinamos e somos determinados - que 
caracterizam a vida e as relações do cliente. (SCHENEIDER, 2007). 
 
Dessa forma, quando a constelação é bem-sucedida, eles colocam novos 
marcos para uma mudança liberadora. 
 
 
 
 
8 
 
3 O CONSTELADOR FAMILIAR 
 
solarespacoterapeutico.com.br 
A utilização da Teoria das Constelações Sistêmicas Familiares possui emprego 
prático nas terapias individuais ou em grupos. Onde é acessado à consciência 
sistêmica do indivíduo, expondo conteúdos envolvendo seus sistemas. Esta 
manifestação do campo sistêmico pode ocorrer de forma individual, somente na 
presença do cliente e do facilitador, onde serão utilização bonecos ou outros objetos 
para representar os membros do sistema. Ou em grupo, a dinâmica funciona através 
de representações de membros do sistema do cliente sob a condução do facilitador, 
constelador. 
Segundo Céspedes (2017), na dinâmica de grupo os representantes sentem 
fisicamente sensações e movimentos que acabam por expressar as forças ocultas 
que influenciam o sistema. É possível observar isso em outros contextos. Ruppert 
Sheldrake (2004) denominou este campo de “Campos Morfogênicos”. É deste campo 
de força que vão aflorar as informações necessárias para uma resolução e através 
este que há os movimentos das constelações familiares. Este campo de força está 
relacionado a outros campos de força, está relacionado à família real representada. 
Portanto, quando os representantes entram em campo e se colocam à disposição, 
eles se sentem como as pessoas reais. 
O terapeuta também entra neste campo e deve ser mantido por um curto 
período de tempo. Por meio desse campo, ele é conectado a todos os conteúdos 
 
9 
 
contidos no sistema, principalmente os excluídos. Somente quando o terapeuta tem 
essa postura de entrar e sair de campo e não buscar controlar nenhum resultado, o 
sistema pode lhe dar uma visão de solução total. Desta forma, é possível compreender 
os principais pontos exibidos. 
O terapeuta necessita abdicar de quaisquer intenções pessoais, como querer 
curar algo ou mudar o destino, ele iria perceber o que foi descoberto e o que aconteceu 
naquele momento sem nenhuma intenção e medo. O trabalho de constelador é um 
processo humilde. Diga "sim" ao que surgir, desista da liderança, sujeitar ao ambiente 
mais amplo e ficar em sintonia com a família. Eles não saberão o que vai acontecer, 
e a alma guiará o caminho. 
Elza ao falar sobre a postura do constelador afirma que: 
Primeiro se retrai, compreende “O GRANDE QUE SE APRESENTA”, confia 
e deixa-se guiar pela “grande alma”, isto é, para além da família, e aí poderá 
ficar inserido no que acontece neste campo de força e algo pode vir à luz, 
passo a passo, sem o querer ou a necessidade de que aconteça algo que 
traga soluções, e o que vem à luz, precisa ser respeitado tal como se 
apresenta. (CARVALHO, 2016). 
As imagens que aparecem nas constelações são complexas e mostram o poder 
da alma de cada um. O movimento da alma pode ser creditado, porque então tudo se 
moverá por si mesmo. A dinâmica familiar contida nos emaranhados que criará a 
conexão inconscientemente encontrará o poder necessário para se desenvolver sem 
a intervenção do terapeuta. 
Carvalho (2016) revela que o trabalho do terapeuta é em serviço da alma que 
ali está a atuar, sendo indispensável a coragem para parar e ficar somente no 
essencial. O método decorrente nas constelações é sistêmico, devendo vislumbrar o 
completo e, portanto, todo o sistema familiar. “É necessário que se olhe primeiro para 
todos aqueles que estão excluídos do sistema, para os membros familiares aos quais 
é negado o reconhecimento ou para aqueles aos quais é negado o amor”. 
(CARVALHO, 2016). As constelações operam para as relações familiares. Após esse 
processo é necessário que o terapeuta deixe “tudoem paz’, não buscar saber o 
resultado, pois aquilo que se revelou e o cliente seguirá em trabalho. 
Bert Hellinger diz, 
A planta inteira está contida na raiz. Nesta raiz está concentrada a força. 
Entretanto, a raiz é pequena e somente toma pouco espaço, quando a partir 
 
10 
 
da raiz desenvolve a árvore inteira, a força está expandida e esgotada. Não 
é necessário olhar para todos os detalhes e querer entender tudo o que ali 
está contido, olhar para os galhos e as hastes, e todas as folhas, isto tira a 
força. Na raiz, entretanto, está inteira e concentrada. (HELLINGER, 2002) 
O papel do constelador requer o maior respeito pela às ordens do amor. O 
respeito aos pais ao sistema do cliente deve ser feito com sinceridade e humildade, 
só assim a confiança pode ser construída para obter informações familiares e abrir 
mudanças para um destino mais harmonioso. O constelador pode, então, realizar a 
condução daquilo que surgir de forma espontânea para ajudar o cliente a contatar 
seus problemas e seu sistema. Portanto, por meio de técnicas da constelação e 
intuição, é possível ao amor reconstruir seu curso natural. Bert Hellinger expressou 
no processo, durante e após o processo dinâmico, não havendo a tentativa de 
controlar os resultados e nem de eliminar os sintomas apresentados pelo cliente, 
possibilita ao cliente sentir-se bem com sua família, a fim de se manter em contato 
com todas as forças boas que trabalham sobre ele, se nutrindo delas. Bert declara 
que isso por si só é um êxito (HELLINGER, 2014). 
 
 
Fonte: siberiocruz.com.br 
 
11 
 
 
Uma das funções do constelador é identificar o fluxo do emaranhamento e 
restaurar a ordem do amor ao sistema familiar do cliente. Os membros do grupo que 
assistem ao trabalho serão convidados pela própria constelação ou membros da 
constelação como representantes do sistema familiar, e dramatizarão a situação onde 
os problemas são encontrados. Então, com base nessa percepção relacionada a 
certos aspectos do emaranhado, o constelador direciona a representação através de 
frases predeterminadas de forma específica para direcionar a fala do ator e realiza as 
intervenções necessárias a partir do que percebe desse campo de sabedoria ou 
movimento do espírito. 
Portanto, vale a pena observar a explicação de Schneider (2007), que 
esclarece como ocorre a terapia da constelação familiar. Primeiro, haverá um breve 
diálogo entre o terapeuta, o especialista em constelações que foi especialmente 
treinado para discutir o conflito a ser resolvido e o cliente. A partir daí, de acordo com 
o melhor entendimento, o cliente fará parte da equipe que representa as pessoas 
envolvidas no conflito. 
Nesse sentido, Hellinger (2006) alertou que a descrição de fatos ou avaliações 
de personalidade sobre familiares que possam ser feitas pelo cliente devem ser 
interrompidas, pois podem afetar os representantes e interferir na constelação. 
Portanto, a conversa anterior deve se limitar a esclarecer eventos que podem causar 
distúrbios do sistema familiar, como morte, separação, acidentes e doenças graves. 
Então, após uma breve concentração de representantes selecionados, quando eles 
começam a sentir as emoções das pessoas que representam, uma experiência 
fenomenológica emerge. 
Para Schneider (2007), a principal teoria que esclareceu a experiência descrita 
nas constelações foi desenvolvida pelo biólogo Rupert Sheldrake, criador do campo 
morfogenético e do modelo de ressonância morfológica. Para Sheldrake (2004), todas 
as coisas vivas pertencem ao campo da morfogênese, e essas estruturas espaço-
temporais definem o comportamento individual. Por meio desses campos da 
morfogênese, a informação e a consciência são disseminadas, o que possibilita a 
formação de memórias coletivas e a difusão dessas memórias por meio da 
ressonância morfológica. 
 
12 
 
Santos e Col. (2019), mencionou que mesmo antes da pesquisa de Sheldrake, 
Carl Jung (2000) havia acrescentado o conceito de inconsciência coletiva à sua 
pesquisa com pacientes mentais, na qual descobriu que suas alucinações continham 
mitos antigos que os pacientes desconheciam. Nesse sentido, o inconsciente coletivo 
é entendido como parte do psiquismo e nada tem a ver com a experiência pessoal do 
indivíduo, pois são adquiridos por herança. 
Sobre a representação nas constelações familiares, deve-se notar que são 
ajustes dos participantes às sensações físicas e sintomas dos membros do sistema 
que representam. Como mencionado anteriormente, embora não tenha a intenção de 
buscar uma solução científica, Hellinger explica que esse surgimento é uma profunda 
conexão de poder que une todas as pessoas e é chamada de "grande alma" por ele. 
Aqui, a "grande alma" não deve ser entendida como algo sobrenatural, mas como a 
consciência da existência individual, coletiva e cósmica. 
Uma vez iniciada a representação do participante, o constelador observará os 
impulsos iniciais que representam o movimento, que podem mudar devido à 
inquietação, sensações de formigamento, mudanças na postura corporal ou direção 
de aparência. Eles são o "movimento da alma" desse sistema familiar. Ao mesmo 
tempo, ele se concentrou em sua reação para refletir e tentar reconciliar a dinâmica 
constelada. 
Portanto, a dinâmica do sistema pode ser revelada. Caso contrário, o 
constelador ainda precisará se mover entre representantes para descobrir a 
configuração das conexões existentes. A este respeito, Braga (2009) destacou que a 
possibilidade de observar a dinâmica do sistema tem sido considerada uma 
intervenção, pois a externalização das sensações implícitas torna as pessoas 
conscientes da instabilidade do sistema e proporciona mudança. Caso não esteja 
clara a dinâmica da família constelada, o constelador pode perguntar aos 
representantes como eles se sentem. E, de acordo com suas reações, guiar as 
constelações mudando de posição ou acrescentando novos membros da família ou 
elementos importantes. Portanto, o pano de fundo da constelação precisa ser 
esclarecido até que o emaranhado que oprime a alma do sistema familiar seja 
mostrado. 
Dessa forma, sob a influência da dinâmica familiar, será possível observar a 
extensão da destruição da consciência no sistema que causa conflitos. Quanto a 
 
13 
 
esses níveis de consciência, Hellinger chamou de ordem do amor e eles se referem a 
três leis: pertencimento, compensação e hierarquia. 
Com relação à primeira lei do amor, o direito de pertencer, ou o direito de apego, 
Hellinger explicou que todas as pessoas que pertencem ao sistema têm o direito de 
ser defendidas dessa forma. A consciência não admite que ninguém seja excluído ou 
esquecido, porque não deve haver diferença entre o bem e o mal no sistema. Portanto, 
mesmo que alguns membros cometam um erro grave, não deve ser descartado, 
porque se isso acontecer, a própria consciência tentará reorganizá-lo. 
4 MÉTODO E PROCEDIMENTOS DAS CONSTELAÇÕES FAMILIARES 
 
Fonte: cuidesebem.com 
A constelação familiar pode ser descrita como método de orientação 
profissional voltado para a superação de crises pessoais e familiares na vida. Nesse 
caso, pode ser apresentado e aprendido. Tanto a apresentação quanto o aprendizado 
precisam ser abertos em relação aos seus procedimentos organizados. O ser humano 
tende a esperar algo semelhante ao fornecido pelos métodos técnicos das ciências 
naturais e do método de resolução do problema da alma, ou seja, confiança e 
previsibilidade. 
No entanto, psicoterapia, aconselhamento, suporte de vida e orientação 
espiritual são procedimentos pessoais. Os processos da alma são tão complicados e 
 
14 
 
únicos que não permitem métodos técnicos seguros. Na verdade, pode-se apontar o 
objetivo geral do processo de mudança e recuperação: por exemplo, alguém se sente 
melhor, está em harmonia com seus pais e em um relacionamento estável, mas não 
se sabe com antecedência como configuraresse objetivo para um cliente específico 
e como ele pode alcançá-lo. 
A existência de "técnica" tem precedência sobre a maneira como é realizada a 
tentativa de métodos lucrativos, ou seja, métodos que são verdadeiramente úteis e 
significativos. No entanto, no domínio da alma, as perspectivas têm significado 
pessoal e social, e o método não é importante. Robert explicou: 
Algo semelhante se observa quanto à técnica de tocar um instrumento 
musical, a uma técnica de pintura ou à composição de um poema. Aí 
realmente se pressupõem determinadas técnicas, que podem ser aprendidas 
e praticadas. Entretanto, a técnica utilizada num processo de criação não 
permite prever, abranger ou assegurar o que se revela na execução musical, 
no quadro ou no poema. De mais a mais, a “partitura” de uma constelação 
familiar só se executa uma única vez. O detalhamento dos passos metódicos 
da constelação familiar, que apresento a seguir, não visa a proporcionar o 
ensino de uma técnica, mas à compreensão dos processos importantes para 
o trabalho com as constelações. Diz-se que “o fim justifica os meios”. Aqui 
vale o inverso: “Pelos meios se conhece o fim. ” Neste sentido, pretende-se 
esclarecer como os elementos individuais no processo da constelação 
familiar estão a serviço de uma saudável configuração dos relacionamentos. 
(SCHNEIDER, 2007). 
A constelação familiar é caracterizada por um método fenomenológico. Nesta 
medida, trata-se de uma abordagem que conserva a maior isenção possível do 
conhecimento prévio, é um método não intencional e aberto à revelação da própria 
realidade. Em certo sentido, o método fenomenológico é paradoxal. Está aberto 
apenas para aqueles que procuram e podem aprender algo, apenas aqueles que 
querem ver e realizar algo sem ter intenções. Não saber é uma virtude que pertence 
apenas a quem sabe. Nesse sentido, o processo fenomenológico do método da 
constelação familiar mostra duas trilhas paralelas, a saber, conhecimento e não 
conhecimento, intencional e não intencional, coisas compreensíveis e percepção da 
realidade são abertas (fenômeno) e a atribuição de sentido à compreensão racional 
(logia). 
Para Jacob Robert, o tipo de abertura para os fenômenos que se manifestam 
nas constelações familiares pode ser esclarecido pela seguinte história zen: 
 
15 
 
Chao-Chou perguntou a seu mestre Nan-Chuan: “Qual é o verdadeiro 
caminho? ” Nan-Chuan respondeu: “O verdadeiro caminho é o caminho 
ordinário. ” Chao-Chou perguntou de novo: “É possível aprender esse 
caminho? ” Nan-Chuan retrucou: “Quanto mais você aprender, tanto mais se 
afastará do caminho. ” Então Chao-Chou perguntou: “Se não posso me 
aproximar dele aprendendo, como posso reconhecê-lo? ” Nan-Chuan 
respondeu: “O caminho não é visível e não é invisível. Não é reconhecível e 
não é irreconhecível. Não o busque, não o aprenda, não o nomeie! Seja 
amplo e aberto como o céu, e você estará no caminho." (FRANKFURT, 1982 
APUD SCHNEIDER, 2007). 
4.1 Iniciando a Constelação 
Quando o terapeuta convida o cliente a se sentar ao seu lado, geralmente 
começa um grupo familiar. Realizada a primeira rodada da reunião, os participantes 
se apresentaram brevemente e declararam que se engajariam no trabalho, tendo feito 
o primeiro contato. Nesse caso, o terapeuta também tem o primeiro sinal para 
esclarecer o problema do cliente, o primeiro impulso para a atitude de busca interna 
do cliente, o primeiro relato comovente sobre a impressão ou o primeiro caso que abre 
novos horizontes para o indivíduo e para o grupo. 
 
 
Fonte: revistasaudequantica.com.br 
Schneider (2007) revela que: 
O verdadeiro contato que abre caminho à constelação começa, porém, 
quando o cliente se coloca ao lado do terapeuta. A maneira como o cliente 
 
16 
 
deixa o seu lugar na roda dos participantes do seminário diante do olhar de 
todos e vem sentar-se ao lado do terapeuta é um dado importante que fornece 
uma primeira informação sobre a sua disposição e energia para resolver o 
seu problema através de uma constelação. Esse movimento de aproximação 
também faz convergir a atenção do grupo e do terapeuta, sobre o cliente e 
sobre o que acontecerá a seguir. Com isso cria-se o “campo” que irá 
possibilitar e sustentar a constelação. O terapeuta e o grupo entram em 
sintonia com o campo anímico que o cliente “carrega” consigo, do mesmo 
modo como se sintoniza num receptor o comprimento de onda de 
determinada emissora. Essa atenção é o pressuposto para que possa 
acontecer algo que realmente tenha a ver com o cliente e com sua família e 
para que não se sintonize uma “mistura de ondas” ou uma outra emissora. A 
atenção e o respeito abrem, sustentam e terminam uma constelação. 
(SCHNEIDER, 2007). 
Pode ocorrer, dos participantes simplesmente "tamparem o buraco" quando 
nenhum outro candidato está trabalhando. Em outras ocasiões, os clientes 
acrescentam notas às suas perguntas, o que pode enfraquecer a atenção ou desviar 
do caminho, por exemplo, mencionando medo da constelação ou sentindo pressão 
para encerrar a constelação em breve. Essas observações transferem energia para 
as emoções ou intenções transitórias do cliente e chamam a atenção para os 
comportamentos ou sentimentos habituais e típicos do cliente. Isso enfraquece sua 
compreensão das necessidades reais e dos relacionamentos com os clientes e suas 
famílias. 
Às vezes, o terapeuta vai interpretar isso como um sinal de que ainda não 
chegou o momento para os bons resultados do sinal. No entanto, ele pode ser capaz 
de enfocar o cliente no que acontecerá a seguir por meio da observação adequada e 
substituir a sensação de desvio e observação abrindo com calma e positivamente algo 
novo e essencial. 
É curioso observar que em determinadas ocasiões tanto o terapeuta quanto 
o grupo aguardam com muito interesse uma constelação, enquanto outras 
vezes acompanham agitados e sem concentração o cliente que vem sentar-
se junto do terapeuta. Isso pode resultar de uma constelação anterior pouco 
mobilizante, intranquila, insatisfatória, ou de uma transição brusca de uma 
constelação para outra. O fator principal parece ser algo que se irradia do 
cliente, mesmo sem palavras, e imediatamente atrai ou não a atenção do 
grupo e do terapeuta sobre a sua pessoa, o seu destino e o que virá a seguir. 
O contato real começa quando o cliente está sentado ao lado do terapeuta. O 
primeiro método é o silêncio. Se o cliente começar a falar imediatamente, revelando o 
problema ou comentando sobre seus sentimentos atuais ou passados, o terapeuta o 
aconselha a respirar calmamente primeiro, talvez feche os olhos e espere um pouco, 
 
17 
 
então a solução de confiança interna permanece oculta, ao processo de sua de 
formação está intimamente relacionado ao poder positivo da própria família 
O silêncio inicial pode ser curto ou pode durar alguns minutos. Pode manter 
contato com o cliente e sua família e adaptá-lo. O cliente está silenciosamente 
conectado com sua vida, seu campo de relacionamento, suas necessidades e seu 
futuro, independentemente do que ele irá apresentar. O terapeuta se acomoda no 
cliente e em sua família, e no "campo maior" onde eles são colocados, também desiste 
de pensar no que estava para acontecer, abre sua mente com entusiasmo para 
clientes e destinos, e foi aberto para os outros, deixando-se guiar pelo reino da alma 
do cliente e pela força necessária para a solução. 
Nesse processo de sintonização, seja ele momentâneo ou mais demorado, 
afloram ao terapeuta as primeiras percepções importantes. Ele observa a 
fisionomia do cliente, vê se ela denota contração ou alheamento. 
Eventualmente o terapeuta percebe no semblante de uma anciã a irradiação 
de uma adolescente ou, ao contrário, na fisionomia de um jovem um bisavô 
dos antigos tempos. Um cliente tem o “nariz para cima”, um outro fixa o chão 
com um ar sombrio ou deprimido. Talvez o terapeuta faça uma primeira 
pequena intervenção, inclinando suavementea cabeça excessivamente 
erguida de um cliente. Com uma breve observação, ele pode colocar o cliente 
em contato imediato com uma percepção importante ou com um sentimento 
mais profundo, evitando a repetição de um padrão usual. Talvez o cliente 
comece então a chorar silenciosamente com o aparecimento de uma dor mais 
profunda ou adote uma respiração profunda e tranquila. (SCHEINEDER. 
2007). 
No estágio inicial, antes mesmo do anúncio, as diferenças entre os clientes e 
suas necessidades são evidentes. Nem todo cliente "carregado" na frente do 
terapeuta e, às vezes, uma conversa descontraída ou uma risada aliviam 
imediatamente a tensão. O terapeuta também pode resolver o problema 
imediatamente. É imprescindível que no primeiro contato com pacientes, terapeutas, 
grupos, seus próprios problemas, suas condições de vida e as pessoas em seus 
relacionamentos, recebam a atenção, a força e o interesse necessários ao máximo. 
Sua conexão para o destino. 
A constelação familiar é caracterizada por uma abordagem sistemática. 
Primeiro, isso significa que o terapeuta vê no cliente, o sistema familiar e a 
comunidade de destino que está contatando no cliente desde o início. O terapeuta 
perceberá o cliente em seu campo anímico; portanto, o que vê nele não é apenas sua 
realidade pessoal. Não é apenas aberto ao cliente, mas também aos pais do cliente e 
 
18 
 
à comunidade de destino que lhe é imposta pelo amor de vínculo. Ao longo do 
processo de constelação, o terapeuta considerará os problemas e soluções que 
envolvem todo o sistema familiar do cliente e presumirá que a solução individual que 
o cliente busca deve ser obtida por meio da solução que ainda não foi esclarecida. Ou 
resolva seu extenso sistema de relacionamento. Schneider, esclarece: 
O terapeuta identifica, sem aceitá-las, eventuais propostas dos clientes, 
frequentemente sutis, de um relacionamento pessoal, que, via de regra, são 
inconscientemente dirigidas aos pais. Essa reação do terapeuta pode ser 
exteriormente sentida pelo cliente como rígida ou insensível. Não obstante, o 
terapeuta mantém-se numa atitude de inabalável amizade, em união com 
todo o sistema familiar, pois sabe que reduzir ao indivíduo a visão do 
problema e da solução já é parte do problema. É iniludível que, no que marca 
uma pessoa, no que ela vivência e manifesta, no que decide, deseja e espera, 
ela está constantemente ligada às pessoas essenciais de suas relações e, 
frequentemente, às forças e aos destinos sociais maiores que as 
ultrapassam. Também nos eventos traumáticos pessoais estamos sempre 
inseridos nesses contextos maiores. É certo que os traumas individuais 
demandam muitas vezes terapias individuais específicas e nem todas as 
feridas que experimentamos têm sua origem na participação no destino 
familiar. No entanto, em seus efeitos e em sua superação, elas estão sempre 
inseridas em nossa vida de relação, consciente ou inconsciente. 
(SCHNEIDER.2007) 
Em todo caso, não existe outro sistema relacional senão os indivíduos a ele 
vinculados. Sem as pessoas entre as quais e nas quais se desenvolvem as formas de 
relacionamento e os destinos, a atenção para o relacionamento interpessoal ficará 
vazio. Portanto, o terapeuta não verá o cliente como pessoa, mas o verá em uma visão 
mais ampla ou restrita de sua participação no destino comum. 
 
19 
 
4.2 A Escolha do Sistema de Relações 
 
Fonte: vix.com 
As necessidades do cliente e as informações solicitadas, mais ou menos 
detalhadas, dão as primeiras instruções sobre o sistema de relacionamento que deve 
ser estabelecido. A decisão é do terapeuta e precisa estar atento aquilo que Robert 
orienta: 
Vivemos simultaneamente em diversos sistemas de relações, não apenas no 
domínio exterior de nossa vida, mas também no domínio interior. Esses 
sistemas não existem isolados em nós e em tomo de nós, mas interligam-se 
de forma complexa. Para que possam atuar de modo a esclarecer e 
solucionar, as constelações, como também o processo anímico, dependem 
de cortes e delimitações no tecido das relações. (SCHENDEIDER, 2007). 
Uma decisão muito importante para o terapeuta é escolher o sistema atual ou 
o sistema original do cliente. O sistema atual de uma pessoa é um sistema que 
aparece como marido ou esposa, pai ou mãe, e um sistema de origem no qual ela 
vive como filho ou filha, neta ou neta, sobrinho ou sobrinha. Quando o pedido do 
cliente é um relacionamento entre marido e mulher ou filhos, a família atual é uma 
constelação. Quando as necessidades envolvem os próprios problemas dos pais ou 
eventos que marcam sua infância, o sistema de origem é a constelação. 
Por exemplo, quando for necessário abordar a influência dos pais ou avós no 
relacionamento entre marido e mulher na constelação do sistema atual, uma parte do 
 
20 
 
sistema original será incluída no processo da constelação. Por outro lado, quando na 
constelação de uma família de origem há o desejo para uma futura libertação em sua 
família, também pode incluir seu parceiro ou filhos. Às vezes, os pais e todas as 
crianças são incluídos na constelação. Outras vezes, pelo menos no início, haverá 
apenas o casal ou o cliente com um filho, um dos pais ou dois. 
Se o avô paterno do cliente cometeu suicídio, o terapeuta pode pedir ao 
cliente que constele apenas, em suas relações recíprocas, o pai e os avós 
paternos. Quando o cliente tem um sintoma físico ou comportamental, ou é 
afligido por um sentimento básico obsessivo, o terapeuta pode constelar o 
cliente e o sintoma em sua relação mútua. A constelação pode começar 
apenas com o posicionamento e o movimento de uma única pessoa: o próprio 
cliente ou outro familiar. Talvez o representante de um avô, que foi vigilante 
num campo de concentração, seja confrontado com representantes dos 
prisioneiros ou dos judeus assassinados. (SCHNEIDER, 2007). 
A escolha do sistema de relacionamento e sua amplitude são naturalmente a 
base para o bom desenvolvimento das constelações. O terapeuta tem poucas regras 
a seguir. Uma é começar com poucas pessoas e expandir a constelação conforme 
necessário, o que é mais fácil do que construir um grande sistema a princípio. Em 
qualquer caso, quando o terapeuta percebe que certas pessoas em uma determinada 
constelação não têm nada a ver com sua solução, não há problema em dispensá-las 
do papel. As necessidades e informações do cliente geralmente recomendam o uso 
de determinados grupos de relacionamento. Na dúvida, a prioridade de servir ao futuro 
é maior do que entender o passado. 
O terapeuta não deve pensar sobre o sistema ou número de constelações, mas 
deve confiar na "alma do grupo" do cliente. Esse comportamento que se deixa guiar 
pelo poder maior da alma é impossível de analisar e difícil de descrever, mas é uma 
experiência básica e sempre surpreendente para o terapeuta que trabalha com 
constelações. Este processo de "intuição" e desapego é bem conhecido em todos os 
aspectos da vida do ser humano. Na constelação familiar, constitui um "método" por 
si só, sem perder o cuidado artesanal. 
É, portanto, o terapeuta que decide qual sistema e quais pessoas ou 
componentes anímicos serão constelados. 
Por vezes, clientes expressam num grupo um desejo como este: “Eu gostaria 
de constelar o sistema de origem, porque...” Uma tal determinação perturba 
mais do que ajuda. O cliente sabe qual problema o aflige ou precisa ser 
resolvido, mas não conhece o caminho da solução. Se não fosse assim, ele 
não buscaria ajuda. Pessoas com problemas conjugais podem preferir 
 
21 
 
constelar o seu sistema de origem, pois o sistema atual lhes parece 
excessivamente “quente”, exigindo que se assumam as consequências, por 
exemplo, a separação ou o abandono de uma relação extraconjugal. 
(SCHEIDER, 2007). 
No entanto, mesmo que o motivo da dificuldade esteja escondido na própria 
história ou na história do parceiro, às vezes é preciso aprender com a vida. Às vezes, 
só depois deaceitar as consequências do fracasso você pode descobrir gradualmente 
o que causou o fracasso do relacionamento. A razão pela qual o aconselhamento 
matrimonial dura muito tempo é porque a pessoa atrasou a investigação da causa, 
portanto, não há necessidade de agir ou de garantir que a ação certa seja tomada 
primeiro. Quando o terapeuta vê a tendência do cliente de evitar a realidade atual e 
rever o passado, ele não deve se comprometer com isso, mas deve orientar o cliente 
de forma adequada para construir um sistema que deve agir. 
Contudo, para os terapeutas, insistir no sistema existente para resistir à 
resistência do cliente não adianta nada. Schneider (2007) revela que por diversas 
vezes, depois de pedir às pessoas que frequentaram o curso que entendessem seu 
sistema atual, essa pessoa, espontaneamente escolheu representantes para seu pai 
e sua mãe, o que mostrou que ele não era introvertido com o sistema atual e o obrigou 
a parar o trabalho e esperar por novas oportunidades. Independentemente de qual 
sistema de relacionamento o terapeuta escolhe para o cliente, o cliente deve fornecer 
suporte para que a constelação seja bem-sucedida. 
Uma mulher ainda jovem veio a um curso. Ela tinha medos, e sua mãe, que 
por essa razão se hospedara com ela no hotel, queria que ela buscasse uma 
solução para seus medos. Essa questão foi apresentada no grupo como sua 
demanda. Como o pai dela cometera suicídio quando a cliente ainda era 
muito pequena, o terapeuta constelou a sua família de origem. Contudo, os 
representantes não conseguiam sintonizar-se, e o terapeuta teve de 
interromper a constelação. Então a cliente ficou muito decepcionada e 
comentou com raiva: “Mas eu disse à minha mãe que não queria fazer a 
constelação sobre os medos, eu queria esclarecer a relação com meu 
namorado. ” Aí ficou patente a energia que realmente poderia sustentar o 
trabalho. De fato, a constelação da relação com o namorado, no dia seguinte, 
tomou um curso muito emocionante e espontaneamente envolveu também a 
morte do pai, a história da família de origem dele e, com isso, os medos dela, 
que decorriam de seu amor ao pai. (SCHNEIDER, 2007) 
Ainda se faz necessário acrescentar algumas informações importantes para o 
terapeuta escolher um sistema de relacionamento sobre o assunto das necessidades 
do cliente. Em primeiro lugar, a questão é levantada para conectar o cliente com o 
 
22 
 
próximo processo de constelação, de modo que as necessidades do cliente possam 
ser sustentadas. Mas a visão do cliente sobre seus problemas é limitada. Se ele 
conseguisse descrever seu problema com precisão, já teria uma solução. Por esse 
motivo, o terapeuta sempre visualiza o "deve ser uma solução" que vai além das 
necessidades do cliente. Os clientes muitas vezes não sabem disso. 
A tarefa do terapeuta é avançar em direção a esse objetivo maior, geralmente 
desconhecido, e manter a si mesmo e o cliente abertos. Este é todo o ponto de seu 
atendimento ao cliente, e é por isso que superar as limitações de seu pensamento e 
conhecimento muitas vezes faz com que a "grandeza" e as constelações tenham um 
impacto profundo. 
4.3 A Escolha dos Representantes 
Normalmente, o terapeuta pede ao cliente para escolher um representante para 
sua constelação. A escolha e o posicionamento do representante aumentam a 
sensação do cliente de que é realmente "sua" constelação. Isso permite que ele atue 
e expresse sua imagem interna em seus relacionamentos. 
A convite do terapeuta: “Escolha os representantes! ”, inicia-se o processo da 
própria constelação. As escolhas devem ser feitas com fluência, sem a necessidade 
de identificar certas pessoas com antecedência e não há um padrão. Nessa escolha 
já é necessário haver uma tranquilidade, concentração e com certa tensão no cliente, 
terapeuta e grupo. O "campo" da constelação é formado a partir do momento em que 
as pessoas são selecionadas e entram no espaço onde a constelação ocorrerá. 
 
 
23 
 
 
Fonte: clinicaviscardi.com.br 
Os representantes necessitam estar internamente acessíveis para participar. 
Eles devem saber que, quando não conseguem representar os outros, se ainda estão 
sob a influência de suas próprias constelações ou têm medo de desempenhar 
qualquer papel, podem recusar-se a aceitá-lo fazer. Jakob Robert orienta sobre a 
postura que os representantes devem assumir diante desse convite: 
Entrando na constelação, precisam livrar-se de objetos que possam distrair a 
atenção como, por exemplo, de algum chapéu extravagante. É preciso que 
sua energia flua da maneira mais livre possível. Não deve ser prejudicada, 
por exemplo, pelo ato de mascar um chiclete. Sua tarefa consiste 
simplesmente em colocar-se à disposição do sistema de relações do cliente, 
com o papel que encarnam e com as “inspirações” que ele lhes sugere. 
(SCHNEIRDER, 2007). 
O cliente não precisa escolher um representante por si mesmo, pois o processo 
de constelação ocorre de forma independente do representante. Esta é pelo menos 
uma suposição e experiência básicas, elas são feitas de constelações. Com relação 
à posição e habilidade de ajuste, a aparência do representante não é importante. Uma 
pessoa não é mãe, por ser diferente em tamanho, geralmente o desempenho do 
destino não depende de características externas. 
A vantagem de trabalhar com representantes é que eles não são iguais aos 
membros da família, portanto, podem estar livres de representações e suposições na 
 
24 
 
percepção básica do movimento da alma. Desta forma, devido à diversidade de 
informações, interatividade e intimidade entre as pessoas, eles podem sentir o 
processo básico que a própria família não é fácil de entender. Quanto mais arbitrário 
um representante escolhe, mais ele pode liberar sua essência, porque não é 
restringido por nossa conexão consciente. 
Schneider (2007) observou que aqueles que frequentemente atuam como 
representante em constelações “pode perceber em si como variam os seus 
sentimentos em diferentes papéis e como é dominado por percepções que 
desconhece em sua própria vida. ” As forças do sistema ou do campo de uma 
constelação é maior do que o papel do representante. Quando a escolha do 
representante vem apenas do sentimento presente sem qualquer associação ou 
comentário, a escolha do representante fará com que o representante apenas reaja 
ao poder do sistema e faça com que o cliente aceite o processo inesperado sem ser 
restringido por associações e expectativas. 
Quando digo, porém, que o cliente deve escolher “seguindo apenas o próprio 
sentimento”, isso subentende, como é natural, que muitas percepções sutis 
do cliente dirigem a escolha dos representantes, e o acaso muitas vezes só 
reina na aparência. Muitos representantes têm a impressão de que são 
escolhidos muitas vezes para papéis semelhantes, por exemplo, no lugar de 
um pai, de uma noiva abandonada, de uma criança que morreu cedo. Não 
obstante, a busca inconsciente de um “representante adequado” não falsifica 
a constelação; pelo contrário, tende a aprofundá-la. Apenas é necessário que 
tanto o cliente, quando escolhe, quanto o representante, quando assume o 
papel, abandonem pensamentos, associações, intenções ou considerações 
conscientes. (SCHNEIRDER, 2007). 
Quando o terapeuta descobre que o representante está em um determinado 
papel ou está preso em um processo pessoal durante todo o processo de constelação, 
ele pedirá ao cliente para escolher outra pessoa ou ele próprio mudará o 
representante. Normalmente, as forças do sistema são mais fortes, e os 
representantes em uma constelação imediatamente se livram de seus problemas 
pessoais. 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Fonte: cicloceap.com.br 
Por exemplo, geralmente é o próprio terapeuta quem escolhe o próprio 
representante, como ao apresentar uma nova pessoa durante o processo de 
constelação, de modo a não tirar o cliente da linha de visão do observador e não 
interfere na forçade sua experiência. Em última análise, o terapeuta escolhe 
representantes desde o início para reduzir a importância da escolha e abrir espaço 
para oportunidades. Caso o terapeuta perceba as inseguranças do cliente, poderá 
fazer isso para confiar em suas próprias opiniões ou nomear representantes de 
funções difíceis que ele conhece, cuja consciência e capacidade de expressar podem 
ser confiáveis. Em outro caso, o terapeuta perguntará ao grupo quem deseja assumir 
um papel específico. Isso ocorre principalmente porque ele deseja oferecer 
oportunidades para membros da equipe que ainda não foram selecionados. Dessa 
forma, 
Se perguntarmos a um terapeuta quando é que ele confia ao cliente a escolha 
dos representantes e quando prefere fazê-lo pessoalmente, o que o leva a 
escolher uma determinada pessoa, ele seguramente dará suas razões. Em 
última instância, o seu “sentimento”, a sua intuição ou o “deixar-se conduzir” 
são fatores mais decisivos do que as razões. (SCHNEIDER, 2007). 
Por meio dos representantes da constelação, os clientes podem enfrentar de 
forma integral os familiares, sintomas ou outras relações importantes, o que é 
essencial, embora isso geralmente aconteça de maneiras totalmente inesperadas e 
surpreendentes. Naturalmente, é importante que a seleção e o posicionamento do 
representante sejam alcançados em um entendimento tácito entre terapeuta, cliente 
 
26 
 
e representante, sem resistência, e com plena confiança na alma do cliente e de sua 
alma que "conduz". 
4.4 Conduzindo a Constelação 
Após selecionar um representante, o terapeuta pedirá ao cliente para focar e 
posicioná-lo com base em sua relação com os pares, respeitar os outros e seus 
representantes, sem ter que se fixar em um momento específico, sem buscar motivos, 
sem imagens pré-concebidas, sem comentários e nem sugestões aos representantes 
de certos gestos ou posturas. 
Quando o terapeuta percebe que o cliente os colocou de acordo com o plano 
pré-determinado, ele o avisa e em alguns casos pede que ele o substitua. Se o cliente 
os colocar apressada e intensamente, o terapeuta lhe dirá para se concentrar 
novamente. Se o cliente dá a impressão de estar alienado e indiferente ao posicionar 
o representante, o terapeuta interromperá a constelação porque certas coisas ainda 
impedirão o cliente de fazer contato real com a constelação ou sua família. 
Caso o cliente questione ao terapeuta se deve constelar a família como ela é 
na atualidade ou como era antes, o terapeuta, sem invadir a questão, recomenda que 
a constelação não necessita ser referenciada a um período específico, pois é da cerne 
da alma e, por conseguinte, de uma constelação, que sua dinâmica não se limita ao 
tempo, e como lembrou Schneider, “os vivos e os mortos estão presentes da mesma 
forma, e não sabemos de antemão que eventos e destinos ainda têm repercussões 
negativas numa família”. (SCHNEIDER, 2007). 
Pertencente à essência da imagem, portanto, a imagem da constelação tem a 
capacidade de integrar toda a história em um retrato instantâneo, condensar o tempo 
e libertá-lo da continuidade incompreensível dos processos causais. Naturalmente, 
porque a constelação tem um processo, o tempo também desempenha um papel nela, 
mas de uma forma muito compacta, semelhante ao que fazemos na fantasia, pode 
ser imediatamente entre o presente, o passado e o futuro sem dificuldade. 
Às vezes, o terapeuta introduz conscientemente uma série de tempo para 
visualizar as conexões entre sistemas relacionais sucessivos. Por exemplo, ele pode 
pedir ao cliente que primeiro aliste seu primeiro marido, ela mesma e o filho do 
casamento. Depois de algum tempo, quando a dinâmica importante do casamento 
 
27 
 
original emergiu, o terapeuta apresenta o marido e os filhos do atual casamento. 
Mesmo neste caso, o método das constelações mantém as suas vantagens decisivas, 
incluindo a capacidade de representar o tempo e o espaço de uma forma altamente 
condensada, um acontecimento complexo do sistema de relações que não poderia 
ser comunicado e apresentado por meio de palavras. 
De modo geral, o cliente pode posicionar o representante “corretamente” sem 
a orientação do terapeuta. Às vezes é útil dar algumas instruções preliminares, como: 
“Posicione as pessoas sem tempo, sem razões, sem ideias. Constele-as baseadas 
nas suas relações mútuas, para que, em sua imagem interna, possa ser condizente 
com a realidade. Siga o seu sentimento, confie em seu coração e em sua alma. ” 
 
 
Fonte: psicologia.escritaquecura.com.br 
 O terapeuta também pode precisar dizer algo sobre como posicionar a 
pessoa, como: "É melhor agarrar cada representante pela frente ou por trás com os 
braços ou ombros e usar palavras e instruções para colocá-lo na posição indicada. De 
maneira que se sinta seguro lá. ” O terapeuta acredita que o cliente posicionará todos 
os representantes e os colocará em seus lugares. Às vezes, o cliente apenas deixa o 
representante no local onde foi selecionado. Quando um aviso é recebido, o cliente 
pode dizer: “Ele já está no lugar certo! ” No entanto, quando o cliente é solicitado a 
colocá-lo corretamente, o cliente geralmente muda de posição, ou pelo menos muda 
 
28 
 
minimamente de direção. No entanto, isso pode afetar decisivamente o sentimento do 
representante. 
Em outros casos, o terapeuta retrai, delega o processo de posicionamento ao 
cliente e concentra-se inteiramente em sua percepção. O grupo monitora 
cuidadosamente o que acontece. Se o grupo se sentir desconfortável durante o 
processo de posicionamento, geralmente significa que o cliente está incompleto, o 
papel não está claro ou o campo anímico não está configurado. Nesse caso, o 
terapeuta pode indicar a reação do grupo e comentar: "Há algo errado." O cliente pode 
pensar em outra pessoa importante ou em informações sobre sua família, o que dá 
força e atenção à constelação. 
No entanto, pode acontecer que o processo de constelação precise ser 
interrompido e retomado em outro momento para que possa exercer a força 
necessária. No entanto, reações negativas do grupo podem ocorrer como parte do 
processo de constelação. Jakob Robert citou um episódio para ilustrar: 
Já experimentei casos em que pessoas no grupo cochicham entre si, 
geralmente para saber quem é que representa quem numa família, e depois 
vem à tona, por exemplo, que naquela família uma criança extraconjugal foi 
“escamoteada” como legítima. Perturbação no grupo, nos representantes ou 
também no terapeuta pode ser o sinal de uma perturbação no sistema. 
(SCHNEIDER, 2007). 
Às vezes, esse grupo vai reagir a contradições e fatos ocultos, como se este 
fosse um campo em torno da família. Se o cliente está perturbado de tal maneira que 
escolhe um representante para sua mãe e então a substitui por sua irmã sem perceber 
a mudança, então o terapeuta geralmente interrompe a constelação. Se ele não fizer 
isso, a falta de clareza do cliente afetará os representantes e suas percepções. 
Independentemente da constelação, o terapeuta tentará entender tudo desde o início, 
até as menores reações e ações, e registrá-las como possíveis sinais de descoberta 
de processos importantes na relação com o cliente. 
Às vezes, o cliente se sente incapaz de posicionar adequadamente um 
representante em seu relacionamento. Se o terapeuta tem uma compreensão clara 
do sistema do cliente com base nas informações e suas impressões, ele pode localizar 
o representante por si mesmo. Isso é naturalmente arriscado, e a constelação só se 
desenvolverá quando o cliente puder dizer: "Sim, é isso!" 
 
29 
 
Normalmente, apenas quando a imagem interna da constelação do cliente e as 
forças anímicas do cliente não são importantes para ele, o terapeuta irá pessoalmente 
providenciar um representante. Portanto, o terapeuta pode deixar que a pessoa 
escolhida por ele mesmo ou pelo cliente, na representação do cliente e sua mãe, o 
clientee a morte ou a avó e seu estuprador, mas apenas face a face. Em outro caso, 
ele pode escolher representantes dos países de sua mãe e de seu pai, separá-los 
cara a cara a uma certa distância e, em seguida, colocar o representante do cliente, 
às vezes ele mesmo, no meio ou na frente dos dois. Schneider deixa uma 
exemplificação: 
Já mencionei uma cliente que era assaltada pelo medo de que seu pai fosse 
um assassino, porque ele trabalhara, como engenheiro responsável, na 
fabricação dos foguetes V2. Depois que a cliente escolheu uma pessoa para 
representar o seu pai, o terapeuta escolheu outras dez para representar os 
ingleses mortos nos ataques das bombas voadoras, fez com que se 
deitassem no chão lado a lado e colocou o pai diante deles. Num caso como 
esse, a dinâmica anímica não pode ser reproduzida por uma constelação de 
relações, como acontece com a imagem de nossa família, que podemos ter 
diante dos olhos. (SCHNEIRDER, 2007). 
Em muitas constelações "maiores", eventos de guerra ou a relação entre a 
vítima e o agressor são ameaçados em um contexto mais amplo do que a família, e 
quando se trabalha com ancestrais ou com a alma e a doença ou os sintomas físicos 
ou comportamentais da morte, o terapeuta usará o campo de força anímica que é 
visível, criando relações espaciais simples. 
 
Fonte: clinicasantiagoabc.com.br 
 
30 
 
 
Nessas constelações, as pessoas geralmente não sabem quem são as 
pessoas e qual é seu relacionamento. É por isso que não existe uma imagem "realista" 
dessas relações. Pelo contrário, no modelo "clássico" da constelação familiar, o cliente 
transmite naturalmente a diversidade das informações do seu subconsciente através 
das suas próprias imagens. Jacob Robert expõe, que 
Costumo utilizar nos grupos uma metáfora para entender o que se passa nas 
constelações. É como se, através da atenção dirigida ao cliente, a alma de 
seu grupo se configurasse como um campo de força, de modo semelhante a 
um campo magnético. Da mesma forma como podemos tomar visível um 
campo magnético espacialmente delimitado, espalhando nele limalha de ferro 
que automaticamente se organiza acompanhando as linhas de força, os 
representantes de uma constelação se dispõem no campo anímico, com seus 
gestos, movimentos e palavras, de acordo com as forças que nele atuam. 
(SCHNEIDER, 2007). 
 
A dinâmica da alma pode ser visualizada por uma pessoa sem estabelecer 
relacionamentos. Portanto, a pessoa ou o terapeuta posicionando o cliente não é 
importante, mas é claro que a metáfora do campo magnético não deve ser entendida 
como uma explicação física. 
4.5 Fechando as Constelações 
O melhor momento para encerrar a constelação é quando ela exibe a energia 
liberada pela constelação e o momento em que a intensidade e a energia atingem o 
pico. O cliente pode então “carregado com a solução”. O terapeuta seguirá o processo 
de constelação, portanto, de acordo com sua própria situação, o fechamento é 
considerado o ponto de partida adequado para o cliente fazer ou deixar as coisas úteis 
acontecerem em sua vida. Muito insight ou caminho de solução muitas vezes lança 
uma sombra sobre os fatores decisivos, enquanto suas deficiências confundem os 
clientes. Algumas constelações concluíram o desenvolvimento de clientes, enquanto 
outras deram sinais iniciais surpreendentes. Schneider acrescenta: 
Os clientes complementam facilmente em sua alma os detalhes ainda 
necessários, que sobrecarregariam a constelação ou a tornariam enfadonha. 
Quando os representantes ficam cansados e não se manifesta mais nenhum 
impulso forte que faça progredir, é tempo de terminar. Quando o cliente não 
consegue acompanhar a constelação ou o terapeuta não a sente mais ou 
 
31 
 
quando a situação fica confusa ou não se mostra mais nenhum traço de um 
amor que poderia ligar e desvincular, é necessário encerrar ou interromper a 
constelação. Talvez surja mais tarde uma ocasião para uma retomada, com 
mais informações, mais abertura para os processos, uma necessidade mais 
imediata e o que a condiciona. (SCHNEIDER, 2007). 
Os cortes podem ser muito dolorosos para os clientes. Porém, essa dor pode 
gerar um grande ímpeto, aumentar as informações familiares, evocar a sensação de 
que as pessoas podem trabalhar, ou distinguir a essência do acidente, a diferença 
entre soluções e soluções. Quando uma constelação não pode ser conectada com a 
realidade familiar, os clientes também ficarão satisfeitos com a interferência. Com 
ilusão e fantasia, você não pode ir longe. 
Não importa o quão curta seja a constelação, o cliente precisa sentir que algo 
importante aconteceu a ele e foi totalmente ouvido por ele, mesmo que o terapeuta 
não resolva realmente o que o cliente quer dizer a ele e o leve a um bom local. É 
diferente de onde ele pensava que estava indo. O cliente sabe que agora estará 
sozinho com sua própria experiência e é responsável com o fim que dará a ela. A 
rescisão da constelação encerrará o contrato entre o cliente e o terapeuta. O cliente 
poderá procurar o terapeuta, durante o próprio curso ou depois dele, caso seus 
problemas necessitarem de um esclarecimento posterior. 
O fechamento de uma constelação também requer a dissolução do 
representante. Alguns terapeutas usam um ritual para isso, por exemplo, pedir ao 
cliente para estender uma mão amiga a cada representante, agradecer-lhe e liberá-lo 
explicitamente do campo de força de sua família. Normalmente, os representantes 
podem deixar suas funções sem esforço, especialmente quando a constelação é a 
portadora da solução. Não é fácil manter o feitiço do "poder estranho". 
 
 
32 
 
 
Fonte: psych-kconstelacao.blogspot.com 
Porém, depois de uma constelação, alguns representantes estão cansados. 
Alguns personagens exigem que eles coloquem muita informação emocional e não se 
deixem abalar a cada momento, especialmente quando não há liberação de coisas 
pesadas. Nesse caso, o representante poderá olhar interiormente para a pessoa 
representada e lhe dizer: “Em homenagem a você, ficarei um pouco além em sua 
companhia e com o seu pesado destino e depois me retirarei. ” Depois de um tempo, 
o representante realmente se livrou do papel e do poder que desempenhava. 
Embora o representante geralmente esteja muito cansado e às vezes 
escorregue temporariamente devido a sintomas físicos ou até mesmo a psicose, não 
há necessidade de se preocupar com o representante. Na maioria dos casos, os 
representantes entendem e distinguem claramente os fatores que os fazem funcionar. 
Quando o papel o oprime, o terapeuta deve libertá-lo dele e saber como agir nessas 
situações extremas, por exemplo, trazendo-o de volta à realidade por meio de 
questionamentos completamente inesperados, obstruindo uma eventual 
hiperventilação ou tomando-o nos braços com força e irresistivelmente. Robert, revela 
sua vivência nessas situações: 
Eu experimentei pouquíssimas ocasiões em que tive de recorrer a tais 
medidas ou em que os representantes ainda sofreram em casa, por mais 
algum tempo, os efeitos do seu papel. Nesses casos muitas vezes se percebe 
que o papel foi “somente” uma ocasião para livrar-se, através dessa vivência, 
de uma “carga” do próprio sistema familiar. (SCHNEIDER, 2007). 
 
 
33 
 
Terminada a constelação, o terapeuta se liberta do compromisso e do cuidado 
do paciente, retorna ao "vazio" e se abre para a próxima pessoa. Para ele, tudo isso 
ficará mais fácil, as constelações se tornarão mais adequadas e libertadoras. Ao 
contrário, se houver uma impressão de "fracasso", o terapeuta eventualmente precisa 
"se forçar" a abandonar os sinais e clientes. Se uma imagem mais clara aparecer no 
futuro, ele pode dar ao cliente a oportunidade de retomar o trabalho por meio de 
visualização, exercícios curtos ou outros tipos de composição curtos. 
A intervenção deve ser limitada à constelação e às necessidades do cliente. O 
terapeuta deve se exercitar após a constelação,separar-se do cliente, permanecer 
aberto e atento aos possíveis erros, sem se culpar ou se arrepender de suas ações. 
Quando ele tem dificuldade com isso, geralmente indica que o terapeuta já realizou o 
processo de transferência e contratransferência com o cliente, e ambas as partes 
estão tentando manter a relação mãe-filho. Nesse caso, o terapeuta encontrará 
problemas pessoais que não podem ser resolvidos, por exemplo, relacionados aos 
sentimentos de desamparo ou onipotência da criança diante das necessidades dos 
pais. 
Normalmente, as constelações são benéficas para o terapeuta. Ele tem a 
oportunidade de participar seletivamente dos mais diversos destinos da humanidade 
de forma digna, respeitar a todos com igualdade, confiar na vida e servir ao sucesso. 
 
5 ÁREAS DE APLICAÇÃO E EFEITOS DAS CONSTELAÇÕES FAMILIARES 
A constelação familiar desenvolvida na forma de "configuração do sistema" é 
usada como um método universal para representar os processos sistemáticos nas 
relações humanas. Atualmente, quase tudo que pertence ao escopo da relação 
espiritual é uma constelação: todas as áreas das relações humanas, todas as 
conexões entre o corpo individual, alma e espírito, e todas as possíveis interseções 
de processos internos e espirituais, incluindo relações externas com a matéria, A 
relação entre a sociedade e o mundo espiritual. 
Alguém pode questionar a conveniência, utilidade e estímulo para o 
desenvolvimento futuro do método da constelação. Além da estrutura familiar, a 
 
34 
 
estrutura de equipes e organizações também se consolidou, incluindo até o espaço 
político. Além disso, muitas coisas interessantes foram vividas nos mais diversos 
campos. 
A constelação familiar se refere ao campo da alma da família. Qualquer 
expressão de um fenômeno mais abstrato (como doença ou país) é útil para o 
processo de resolução da família. Na próxima faixa de aplicação e impacto na 
constelação familiar, apenas este aspecto será considerado. 
5.1 Constelação Grupal e Sessão Individual 
As constelações familiares aparecem como um método em grupos de 
desenvolvimento pessoal e terapia de grupo. No entanto, como o terapeuta não 
trabalhou com os participantes, nem pensou no comportamento social dos indivíduos 
ou em suas constelações com o grupo, ele não se desenvolveu em um todo. Como 
"setting", ou seja, como forma de organização do tratamento, mesmo quando 
realizado em grupo, a constelação familiar é uma terapia individual, na qual o grupo 
funciona como “corpo de ressonância” e inclui membros do grupo como 
representantes. 
Com a ajuda das constelações, o terapeuta pode resolver os problemas 
colocados pelo "cliente" sozinho, em vez de "construí-los" por meio de um processo 
coletivo. Na constelação, o mais importante não é o poder ou comportamento interno 
da alma do cliente, mas o sistema de relacionamento que o cliente traz para sua alma. 
Portanto, pode-se dizer que se refere à terapia de grupo individual no sistema familiar. 
 
Fonte: comportese.com 
 
35 
 
Logo, no contexto do tratamento individual, as pessoas também sentiram a 
necessidade de aplicar o método da constelação. Pessoas que procuram ajuda com 
problemas psicológicos geralmente escolhem terapias individuais, de casais ou 
familiares para contatar o terapeuta em seu consultório particular ou agência de 
aconselhamento. Portanto, uma forma de constelação adequada para terapia 
individual foi desenvolvida. Os integrantes desse grupo são substituídos por objetos 
como sapatos, travesseiros, papel ou gráficos diversos, que atuam como 
"representantes" ou "indicadores de lugares" do sistema de relacionamento com o 
cliente. 
A utilização desses recursos permite que a imagem do sistema relacional seja 
projetada externamente para que possa ser "de fora" (por exemplo, com o auxílio de 
figuras colocadas sobre uma mesa) ou em outro local (se o cliente colocar um pedaço 
de papel no chão, marcando os familiares em suas posições) de modo que os 
sentimentos do cliente sejam consistentes entre si. Através de sua própria 
contemplação, reconciliação e percepção, o terapeuta substitui o representante, 
deixando que o cliente lhe sirva a alma decisiva. Nesse sentido, Schneider buscou 
esclarecer: 
No que toca à mobilização do cliente e à solução para ele, não há uma 
diferença essencial entre a constelação realizada em grupo ou numa sessão 
individual. São elementos comuns em todas as formas de constelação: o 
desdobramento espacial, a visibilidade, o modo de vivenciar os processos da 
alma e a experiência surpreendente e mobilizante do “campo ciente” que se 
manifesta através do “saber” dos representantes, do terapeuta que tem 
experiência com grupos e do insight do cliente. (SCHNEIDER, 2007). 
Mesmo durante uma conversa ao telefone, o terapeuta ajudará o cliente com 
perguntas e fotos. Também, neste caso, o fator decisivo é a descoberta dos eventos 
e destinos necessários para as soluções familiares, e a representação das coisas 
vividas na relação - onde "representação" é entendida como o processo de 
configuração espacial. Em essência, a experiência psicológica é sempre uma 
experiência espacial. 
A vantagem do grupo reside, em primeiro lugar, nas várias experiências 
proporcionadas pela diversidade de destinos e representantes. Na fase final do curso, 
não é incomum ouvir as vozes dos participantes: "Minha própria constelação foi boa 
 
36 
 
para mim, mas certas funções que desempenhei deixaram mais claro o que é 
importante para mim." 
Vale ainda ressaltar que o atendimento individual da constelação familiar é uma 
ferramenta muito rica e energética para o terapeuta porque mostra claramente uma 
determinada situação na vida do cliente e pode ser tratada de várias maneiras 
diferentes. Com base nas imagens que aparecem, o terapeuta pode optar por 
continuar o trabalho da própria constelação naquele momento, ou pode optar por usar 
outras técnicas no momento e na situação para processá-la de outras formas após 
ver a imagem. 
A sessão individual pode ser conduzida de duas maneiras diferentes. A primeira 
é ter uns “bonecos” como representantes dos familiares do cliente, ou “papel no chão”. 
Nessa segunda forma, o cliente substitui o seu próprio familiar, participando mais 
ativamente neste processo e acaba por concretizar várias situações. 
As etapas para sessão individual não são muito diferentes daquelas realizadas 
constelação de grupo. Inicialmente, o cliente chega ao consultório e explica porque 
veio e quem o instruiu. Desde o início, a atenção foi centrada em duas áreas, a saber, 
o problema e a solução necessária. A descrição do problema cobre os sintomas, 
incluindo tudo que enfraquece o cliente e tudo o que o cliente não deseja manter. A 
solução envolve os recursos do cliente e a capacidade de aprimorá-los. 
Nesta fase, o terapeuta deve perguntar ao cliente o que ele conhece sobre o 
trabalho de constelação familiar, objetivando saber em que nível é necessário iniciar 
ou quais as informações ainda serão necessárias para começar o trabalho. Caso haja 
pouco conhecimento, é necessário fazer uma breve introdução aos pensamentos 
básicos que orientam o trabalho, que exigirá do cliente uma mudança de atitude ou 
de paradigmas, fazendo-o ter uma visão mais ampliada de sua história. 
O próximo passo é mostrar a estrutura da Constelação, pedindo ao cliente que 
coloque os personagens de sua trama familiar. 
 
 
37 
 
 
Fonte: espacobambui.com.br 
 O terapeuta pode escolher qual o momento adequado a trabalhar com 
“bonecos” ou “papéis no chão”, conforme as observações e o que entender mais 
adequado para a situação. A cada imagem formada, o cliente pode fechar os olhos e 
imaginá-la em sua mente, entrando assim naquela sensação e assim dando 
informações significativas e indicando caminhos. Ao encontrar bloqueios dentro 
daquela “trama”, utiliza-se as frases de solução para a harmonização daquelasituação, frases estas que na maior parte das vezes é repetida pelo próprio cliente. 
Muitas vezes o terapeuta pode entrar na representação de um dos familiares 
dentro daquela constelação, caso o trabalho esteja sendo feito com “papéis no chão”, 
interagindo com o cliente, encontrando assim a solução final. 
Encerrada a sessão, o procedimento é o mesmo que na constelação em grupo. 
É ofertado o tempo necessário para possibilitar que a situação trabalhada encontre 
fortalecimento e paz para o cliente. 
5.2 Áreas de Aplicação 
O método da constelação é universal porque pode ser aplicado a todas as 
áreas das relações humanas. É útil superar obstáculos no crescimento da 
personalidade. Pode ajudar a pessoa a se relacionar com sua história familiar, 
especialmente quando está particularmente confusa. Esclarece, aprofunda e promove 
 
38 
 
a relação entre pais e filhos, a sua relação com os filhos e pais adultos, a idade adulta 
ou a morte, irmãos ou outros membros da família. 
Abrange a vida profissional e as decisões de emergência e considera possíveis 
conexões entre sintomas negativos de doença ou comportamento, como medo, 
compulsão, vício ou doença mental e eventos familiares, a fim de aliviar o cliente e 
respeitar sua dignidade. 
Ele fornece orientação sobre como trabalhar em lares adotivos ou lares 
adotivos e redes sociais que não fazem parte da família, como casas de repouso e 
escritórios. 
Pode ser aplicado em cursos de formação e supervisão, bem como em escolas, 
organizações, oficinas e áreas sociais mais amplas. É importante descobrir onde o 
problema do cliente se relaciona com o destino estrangeiro em cada caso. 
Em seguida, é necessário determinar quais conhecimentos sobre a dinâmica 
das relações, incluindo espaço e tempo, precisam ser revelados para configurar 
adequadamente a realidade social. 
Por fim, é preciso saber arranjar relacionamentos para garantir que a vida 
floresça. Quando eles respondem a essas perguntas, as constelações familiares e 
outras formas de constelações beneficiam muitos clientes, e talvez possam ajudá-los 
de maneira profunda e duradoura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
5.3 BIBLIOGRAFIA 
 
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de caso. Revista Psicopedagogia, São Paulo, 2009 
 
 
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[S.n], 2016 
 
CÉSPEDES, A. S. R. A Constelação Familiar aplicada ao Direito Brasileiro a partir 
da Lei de Mediação .2017. 58 f. TCC (Graduação) - Curso de Direito, Centro de 
Ciências Jurídicas, UFSC, Florianópolis, 2017 
 
 
HELLINGER, B. Ordens do amor. Editora Cultrix - Edição brasileira 2002 
 
 
HELLINGER, B. Simetria Oculta do amor. Cultix.206 
 
HELLINGER, Bert. Ordens do Amor: um guia para o trabalho com constelações 
familiares. Trad. Newton A. Queiroz. 7ed. São Paulo: Cultrix, 2014. 
 
JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis, Vozes, 2000 
 
 
SANTOS, D. C. dos S. e CARDOSO, A. L. B. A Prática Da Constelação Familiar: 
Nos Casos De Alienação Parental. Justiça & Sociedade, v. 4, n. 1, Revista do Curso 
de Direito do Centro Universitário Metodista – IPA. 2019 
 
 
40 
 
 
SCHNEIDER, J. R. A prática das constelações familiares. Patos de Minas, Atman, 
2007 
 
 
SHELDRAKE, R. A sensação de estar sendo observado. São Paulo, Cultrix, 2004

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