Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Campus de São José do Rio Preto 1 EMENTA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO: Estudos Lingüísticos Disciplina: A Mudança Lingüística na Perspectiva Variacionista Área: Análise Lingüística Número de Créditos: 9 Carga Horária: 135 h. Docente Responsável: Roberto Gomes Camacho Conteúdo programático: 1. Sociolingüística quantitativa: conceituação e delimitação 2. A variável social 2.1. O reflexo de processos sociais na estrutura lingüística 2.2. Enfoques: sociolingüística variacionista, sociolingüística interacional e sociologia da linguagem 3. A variável lingüística 3.1. O conceito de variável 3.2. Alguns problemas de delimitação relacionados ao conceito de variável 3.3. A variável sintática e os fenômenos discursivos 3.4. Dimensões funcionais e formais na teoria variacionista 4. Variação e mudança 4.1. A hipótese neogramática 4.2. A hipótese difusionista 4.3. O português brasileiro e duas variedades dialetais 5. Métodos e técnicas da pesquisa variacionista 5.1. Coleta de corpus 5.2.Gravação e transcrição de dados 5.3. Análise quantitativa e análise qualitativa 5.4.O pacotte Varbrul como técnica quantitativa Ementa: O curso deverá cumprir dois objetivos principais, que caracterizam um programa completo de análise sociolingüística: de um lado, discutir tópicos gerais da teoria da variação e da mudança lingüística; de outro, apresentar e discutir os dois aspectos principais da teoria da linguagem, a teoria e o método com base no estabelecimento de um objeto definido de estudo que é a variação da língua falada. Deverá estender-se ainda no balanço das condições internas que determinam o processo de variação e mudança, se estruturais ou formais ou se funcionais, e das condições externas ou sociais. Bibliografia: ALKMIN, T. Sociolingüística: Parte I. in: Mussalin, F, Bentes, A.C. Introdução à lingüística. Domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001, p. 21-48. Campus de São José do Rio Preto 2 BAXTER, A.; LUCHESI, D. A relevância dos processos de pidginização e crioulização na formação da língua portuguesa do Brasil. Salvador: Estudos Linguísticos e Literários, v. 19, 1997, p. 65-83. BENTIVOGLIO, P. A variação nos estudos sintáticos. Estudos Lingüísticos (Anais de Seminários do GEL). v. 14, Campinas, p. 7-29, 1987. BERLINCK, R.de. A. Sobre o lugar do ‘funcional’ na análise sociolingüística variacionista. Estudos Lingüísticos. São Paulo. v. 31, 2002 (edição eletrônica-CD- ROM) CALVET, L.-J. Sociolingüística. Uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002. CAMACHO, R.G. Sociolingüística: Parte II. in: Mussalin, F, Bentes, A.C. Introdução à lingüística. Domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001, p.49-75. ___ O formal e o funcional na teoria variacionista. In: RONCARATI, C. ABRAÇADO, J. (Orgs) Português brasileiro: contato lingüístico, heterogeneidade e história. Rio de Janeiro: 7letras, 2003, p. 55-65. CEDERGREN, H., SANKOFF, D. Variable rules: performance as a statistical reflection of competence. Language, v. 50, p. 333-55, 1974. CHAMBERS, J.K. Sociolinguistic theory. Oxford/Cambridge: Blackwell, 1996. ECKERT, P. Linguistic variation as social practice. Oxford: Blackwell, 2000. FARACO, C.A. Lingüística histórica. Uma introdução ao estudo da história das línguas. (ed. Rev.e aum.) São Paulo: Parábola, 2005. FISHMAN, J. A. Sociolinguistics. A brief introduction. Rowley, Mass.,: Newbury House Publishers, 1972. GORSKI, E.M., COELHO, I.L. (Orgs.) Sociolingüística e ensino. Contribuições para a formação do professor de língua. Florianópolis, Editora da UFSC, 2006. GUY, G. e ZILLES, A. Sociolingüística quantitativa. Instrumental de Análise. São Paulo: Parábola, 2008. LABOV, W. Sociolinguistic patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972. ___. Language in the inner City. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1978. ___. Building on empirical foundations. In: Lehmann, W. P., Malkiel, Y. (orgs.) Directions for historical linguistics. Austin: University of Texas Press, 1968. ___ Where does the sociolinguistic variable stop? A response to Beatriz Lavandera. Working papers in sociolinguistics. V. 44, 1978. ___ Principles of linguistic change: internal factors.Oxford: Blackwell, 1994. ___ Principles of linguistic change: social factors.Oxford: Blackwell, 2001. LUCHESI, D. Sistema, mudança e linguagem. Um percurso na história da lingüística moderna. São Paulo: Parábola, 2004. LAVANDERA, B. Where does the sociolinguistic variable stop?. Language in society, v. 7, p. 171-82, 1978. Campus de São José do Rio Preto 3 MOLLICA, M.C. , BRAGA, M.L. (Orgs.) Introdução à sociolingüística variacionista. O tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2003. NARO, A. J. ; SCHERRE, M. M.P.. Sobre as origens do português popular do Brasil. D.E.L.T.A., v. 9, n.1, p. 437-454, 1993. NARO, A. J., BRAGA, M.L. A interface sociolinguística/gramaticalização. Gragoatá, Niteroi. V. 9, 2000, p. 125-34. OLIVEIRA, M. A. Algumas notas sobre o conceito de variável linguística e sua dimensão nas descrições gramaticais. Boletim da ABRALIN, v. 8, p. 87-96, 1986. POPLACK, S. Deletion and disambiguation in Puerto Rican Spanish. Language. Baltimore, v. 56, n.2, p. 371-85,1980. POSSENTI, S . Uma variante é variante de quê? Boletim da ABRALIN, v. 8, p. 107-118, 1986. ROMAINE, S. The status of variable rules in sociolinguistic theory. Journal of linguistics, v. 17, p. 93-119, 1981. RONCARATI, C. ABRAÇADO, J. Português brasileiro: contato lingüístico, heterogeneidade e história. Rio de Janeiro: 7letras, 2003. ROUSSEAU, P., SANKOFF, D. (orgs.) Linguistic variation: models and methods. New York: Academic Press, 1978. SCHERRE, M.M.P. A concordância de número nos predicativos e nos particípios passivos. Organon. Porto Alegre. V. 18, n. 5, p. 52-70. 1991. SCHERRE, M.M.P; NARO, .A.J. Duas dimensões do paralelismo formal na concordância verbal no português popular do Brasil. D.E.L.T.A. São Paulo, v. 9, n. 1, p. 1-14, 1993. SCHERRE, M.M.P. Aspectos da concordância de número no português do Brasil. Revista Internacional de Língua Portuguesa (RILP) – norma e Variação do Português. Associação das Universidades de Língua Portuguesa. 12:37-49. dez. de 1994. TARALLO, F. A estrutura na variação: do falante-ouvinte real ao Falante-Ouvinte Real. D.E.L.T.A.. v. 6, n. 2, p. 95-222, 1990. WEINREICH, U., LABOV, W., HERZOG, M.. Fundamentos empíricos para uma teroia da mudança lingüística. (trad. Marcos Bagno). São Paulo: Parábola, 2006. WOLFRAM, W. .The linguistic variable: fact and fantasy. American Speech, v. 66, n. 1, p. 22-32, 1991. Critérios de avaliação: O desenvolvimento do curso cumprirá dois roteiros: aulas expositivas e seminários dirigidos a pontos específicos do programa, afeitos a aspectos variacionistas relativos ao português falado no Brasil. A avaliação se baseará na participação em seminários e na apresentação de uma monografia final versando sobre a análise de uma variável sociolingüística detectada no Corpus Iboruna.
Compartilhar