Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

MARCELO MAROTTA ARAUJO 
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TRAÇADOS 
CEFALOMÉTRICOS PREDICTIVO E PÓS OPERATÓRIO 
IMEDIATO DE PACIENTES QUE FORAM SUBMETIDOS A 
CIRURGIA ORTOGNÁTICA PARA CORREÇÃO DA 
SÍNDROME DA FACE LONGA 
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia, Campus de 
São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista "Júlio de 
Mesquita Filho", como parte dos requisitos para a obtenção do título 
de MESTRE, pelo Curso de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA, Área 
de Concentração em Prótese Buco-Maxilo-Facial 
Orientador: Prof. Dr. José Roberto Sá Lima 
São José dos Campos 
1997 
l tA~:, 
J\15Jl 
J\.,~:3'\ 
Apresentação gráfica e normalização de acordo com: 
RIBEIRO, J.F. et ai. Roteiro para redação de monografias, trabalhos 
de cursos, dissertações e teses. São José dos Campos, 1993. 
ARAUJO, M.M. Estudo comparativo entre traçados cefalométricos 
predictivo e põs operatório imediato de pacientes que foram 
submetidos a cirurgia ortognática para correção da síndrome da 
face longa. São José dos Campos, 1997. 69p. Dissertação 
{Mestrado em Odontologia) - Faculdade de Odontologia, Campus 
de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista "Júlio 
de Mesquita Filho" 
Dedico este trabalho: 
Ao Meu Pai Antenor Araujo 
Me orgulho muito de poder trabalhar ao 
lado de um profissional reconhecido pela 
sua seriedade e honestidade e que muito 
contribuiu para o desenvolvimento da 
Cirurgia no Brasil, e de poder como filho 
receber toda sua dedicação e amor que me 
permitiram chegar até este momento. 
À Minha Mãe Rosehelene Marotta Araujo 
Que com seu amor de mãe sempre me 
orientou na vida profissional e espiritual, 
esteve sempre ao meu lado nos momentos 
mais difíceis, me ensinou o valor da 
pesquisa científica; me admira sua 
dedicação à ela. 
Aos Meus Irmãos, Roberta e Adtiano 
Que nunca faltaram, companheiros de uma 
vida. 
Agradeço em especial: 
Ao Meu Orientador Professor Adjunto José 
Roberlo Sá Lima 
Que como orientador nunca poupou 
esforços, sempre procurou passar toda sua 
vasta experiência para que pudéssemos 
fazer este trabalho da melhor maneira. 
AGRADECIMENTOS: 
ao Professor Assistente Doutor Weber José da Silva Ursl 
da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia do Campus de 
São José dos Campos, pela orientação na metodologia empregada, nosso 
muito obrigado pela sua dedicação e pela forma que sempre nos recebeu; 
a Faculdade de Odontologia, Campus de São José dos 
Campos, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", 
representada pelo Senhor Diretor Professor AdJunto José Eduardo Junho 
de Araújo e Vice Diretor Professor Assistente Doutor Franklin Edgard de 
Moura Campos; 
ao Professor Assistente Doutor Rol! Rode, pela paciência 
e carinho com que nos transmitiu seus infinitos conhecimentos nos vários 
semestres de clínica; 
ao Professor Assistente Doutor Sigmar de Mello Rode, 
Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Odontologia, área de 
Concentração em Prótese Buco Maxila Facial, responsável pelo alto nivel 
do Curso. pela forma que me orientou; 
a todos os Professores e Funcionários do Curso de Pós-
Graduação em Odontologia. área de Concentração em Prótese Buco 
Maxila Facial, pela prontidão em nos ajudar sempre que necessário; 
aos meus grandes amigos e orientadores da Disciplina de 
Cirurgia e Traumatologia Buco Maxila Facial, do Departamento de 
Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia do Campus de São 
José dos Campos, meu eterno agradecimento por todo apoio e incentivo: 
Professor Titular Antenor Araujo, Professor Adjunto Gerson Munhoz dos 
Santos, Professor Adjunto José Roberto Sá Lima, Professor Assistente 
Doutor Franklin Edgard de Moura Campos, Professor Assistente Doutor 
Paulo Villela Santos Júnior, Professor Assistente Eduvaldo Silvino de Brito 
Marques, Professor Assistente Nicolau Oiacov, Auxiliar de Ensino 
Antonino Kimaid e Auxiliar de Ensino Lúcio Murilo dos Santos; 
à Margareth Lopes Garcia pela forma carinhosa que 
sempre me atendeu, responsável por toda digitação, finalização e 
formatação deste trabalho, não tenho palavras para agradecer; 
ás técnicas Maria Stella de Mendonça Maldonado Campoy 
e Márcia Cristina Lopes Garcia pela dedicação e carinho com que sempre 
nos auxiliaram; 
às secretárias da Seção de Pós-Graduação, Erena Michie 
Hasegawa, Inês de Souza Ferreira e Rosemary de Fátima Salgado 
Pereira, pela atenção recebida; 
aos colegas do Curso, pelo companheirismo; 
ao estaticista Auxiliar de Ensino Ivan Balducci, pela 
realização da análise estatística; 
à Sr" Angela de Brito Belliní pela colaboração prestada na 
revisão das referênclas bibliográficas; 
aos meus amigos irmãos, Aymar, Fernando, Jair, Cassíus 
e Alessandro pelo apoio e incentivo, sempre presentes nas horas boas e 
difíceis; 
a todos aqueles que, de alguma forma contribuiram para a 
realização deste trabalho. 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................ 11 
2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................... 17 
3 PROPOSIÇÃO ............................................................... 32 
4 MATERIAL E MÉTODO .... ....................................... ...... 33 
5 RESULTADOS ............................................................... 43 
6 DISCUSSÃO .................................................................. 56 
7 CONCLUSÕES .............................................................. 60 
8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 61 
RESUMO.......................................................................... 68 
ABSTRACT ...................................................................... 69 
I 
1 INTRODUÇÃO 
No ser humano a busca da harmonia física e estética é tão 
antiga quanto sua história. As primeiras tentativas de tratamento com finalidade 
estética, ou objetivando, também, o restabelecimento da função, datam de 
tempos remotos. Segundo Peck & Peck36 (1970), citado por Sá Lima38 (1992) o 
homem, já há milênios tem estado ciente da importância da estética facial, prova 
disto são as pinturas rupestres da era paleolítica, através das quais, ele já 
desenvolvia a sua percepção estética e sensibilidade. 
O objetivo fundamental da cirurgia ortognátíca é a recuperação 
ocluso-facial de pacientes com deformidades faciais congênitas ou adquiridas, 
quer por traumatismos faciais, quer por alteração do desenvolvimento, Bell4 
(1971). Antigamente, estas cirurgias eram realizadas de forma empírica e, 
poucas vezes, com resultados satisfatórios, no que referia principalmente à 
estabilidade. Embora só recentemente a cirurgia ortognática tomasse um impulso 
maior (principalmente no que se refere à cirurgias da maxila), encontramos na 
literatura citações de autores que já realizaram osteotomias de tipo Le Fort I há 
muito tempo atrás. A primeira osteotomia de maxila foi realizada por Wassmund45 
(1935). O primeiro avanço do maxilar superior foi feito por Axhausen3 , (1934). A 
estes autores se seguiram outros, como Dingman & Harding15, (1951), e 
ObwegeisefS, (1965), citados por Belf' (1975). Nosso objetivo ao citarmos esses 
autores ê, além de fazer jús àqueles que deram os primeiros passos no 
desenvolvimento de técnicas que revolucionaram o tratamento das deformidades 
l2 
faciais, procurar demonstrar que foi inicialmente lento o processo de evolução 
das técnicas nas quais consiste este tipo de tratamento. cirúrgico-orlodôntico. 
Bel15 (1975) começa em seu artigo sobre revascularização após 
uma osteotomia total da maxila a mudar o curso da história no que se refere ao 
tratamento das deformidades faciais. Nesse estudo, preconizou a incisão em 
forma de ferradura na maxila, de molar a molar, no fundo de sulco gengiva-labial, 
cerca de 5 mm acima dos ápices dentais. Realizou osteotomias do tipo Le Fort I 
em macacos Rhesus os quais foram sacrificados de períodos em períodos da 
seguinte forma: de doze macacos, dois não foram operadose utilizados como 
grupo controle. Sete macacos foram operados e o feixe palatino maior foi 
preseiVado e posteriormente sacrificados da seguinte forma: imediatamente, 
com dois dias, e com uma, duas, quatro, seis semanas e outro com um ano de 
pós-operatório. O terceiro grupo constituiu de três macacos onde ao serem 
operados foi rompido os feixes palatinas maiores e sacrlficados imediatamente 
após a cirurgia, com quatro e seis semanas. Após estudo histológico e 
angiográfico, chegou às seguintes conclusões: 
1. as osteotomias do tipo Le Fort I devem ser realizadas 5 mm 
acima dos ápices dentais, mantendo dessa forma a nutrição 
e a vitalidade dos dentes; 
2. a prlnclpat nutrição da maxila é mantida pelo tecido do 
palato e da gengiva inserida. Esta condição torna viável a 
incisão em forma de ferradura, permitindo dessa forma uma 
visualização muito maior do campo cirúrgico. 
13 
A partir de Bell5 (1975), inúmeras pesquisas começaram a ser 
realizadas. A cirurgia da maxila passa a ser parte integrante do plano de 
tratamento das correções das deformidades faciais. 
A informática passou a ser elemento indispensável nas análises 
faciais e nos planos de tratamento. Os resultados passaram a ser avaliados 
quanto a modifiCações estéticas, bem como em sua estabilidade. 
Eisenfeld et al.19 (1975) estudaram a correlação entre tecidos 
mole e duro sob o ponto de vista frontaL 
Epker & Wolford20 {1975) desenvolveram um método de 
avaliação do terço médio da face, de forma a descrever as deformidades 
dentofaciais. Consiste em se avaliar: 
1 - Envolvimento estético 
li - Estruturas ósseas envolvidas 
III - Tipo de deformidade 
IV- Tipo de mal-oclusão 
V - Etiologica 
Schendel et al.40 (1976) publicaram um artigo sobre a 
Síndrome da Face Longa, onde descreveram aqueles pacientes com 
características próprias tais como, terço inferior da face muito longo, base nasal 
estreita, face adenoidéia mostrando muita gengiva ao sorrir, apresentando ainda 
distância inter-labial aumentada. Fica desta forma descrita e caracterizada a 
14 
Síndrome da Face Longa. Neste mesmo artigo, citam ainda a possibilidade da 
existência ou não da mordida aberta como uma forma de variação da mesma. 
Bell & McBridé (1977) descreveram a osteotomia tipo Le Fort 1: 
- é realizada uma incisão de 2 molar a 2 molar acima do limite 
mucosa gengiva inserida e realizado o descolamento dos tecidos moles até a 
região pterigo maxilar; 
- é realizado o deslocamento das regiões de assoalho, septo e 
paredes laterais da cavidade nasa!; 
- com base no planejamento são realizadas marcações na 
maxila 4 a 5 mm acima dos ápices dentais e então realizadas as osteotomias; 
- são realizadas em seguida as osteotomias do septo nasal e 
da sutura pterígo maxilar; 
- uma vez finalizada todas as osteotomias a maxila é então com 
força moderada posicionada no sentido inferior até sua completa mobilização: 
- interferências ósseas são eliminadas, e a maxila é então 
reposicionada de forma que se pode expandi-la ou estreitá-la, corrigir o excesso 
vertical, e ainda avança-la ou recuá-la conforme o planejamento. 
Ainda segundo Bell et al.7 (1977), devido à mordida aberta ou 
ao excesso total da maxila, nos pacientes portadores da Síndrome o terço inferior 
é mais longo. Esses pacientes, muitas vezes, apresentam problemas 
psicológicos bastante graves devido à sua aparência, geralmente associados a 
15 
problemas funcionais de desoclusão dentária, com repercussão na ATM, e 
dificuldade de respiração. 
O estudo da face longa, sua correção, a análise de seus 
resultados estéticos e da estabilidade das mesmas percorrem uma nova década. 
Schendel & Carlottí42 (1985) estudaram variações do excesso vertical da maxila, 
e novamente Bell et a1.9 (1986) estudaram a reposição simultânea da maxila, 
mandíbula e menta. 
Hoje, no tratamento desta síndrome, o trabalho conjunto do 
ortodontista e do cirurgião maxila facíal é imprescindível. Todo tratamento 
começa por um planejamento ortodôntico, complementado pelo cirúrgico, sendo 
que o primeiro é realizado previamente à cirurgia. No planejamento cirúrgico, faz-
se uma minuciosa análise facial e a seguir, realiza-se a cirurgia nos modelos. Os 
dados milimétricos obtidos, resultantes das modificações da cirurgia nos modelos 
são então transferidos para radiografias cefalométricas. A resultante do processo 
é chamado de traçado predictivo, o qual por sua vez nos dará uma idéia de 
como o paciente ficará após a cirurgia. 
Paralelamente a este desenvolvimento de tratamento cirúrgico, 
novas técnicas de estudos cefalométricos realizados no computador tornam-se 
cada vez mais acuradas. Trabalhos como o de Grubb24 (1992); McCance et al.29 
(1992); Betts et ai." (1993); Eales et ai."·" (1994); Fuhrmann et ai." (1994); 
Konstiantos et at26 (1994) enfatizaram de modo especial a análise cefalométrica 
computadorizada como fator importante no planejamento do tratamento dos 
pacientes portadores de deformidades faciais. 
16 
Assim, o traçado predictivo passa a ter função preponderante 
no plano de tratamento da correção destas deformidades. 
Araujo & Wolford1 (1978) publicaram um método de avaliação e 
desenvolveram um plano de tratamento com vistas a cirurgia ortognâtica. Nesse 
plano, o traçado predictivo nos orienta sobre como ficará o paciente após a 
realização das cirurgias. 
Vârios métodos para a realização de traçado predictivo podem 
ser empregados, desde aqueles mais sofisticados que exigem o emprego de 
programas avançados de computador e que, reproduzindo a foto do paciente 
mimetizam as cirurgias, até os métodos mais simples, que são realizados 
normalmente sobre traçados cefalométricos básicos. 
questionáveis: 
Fundamentados no exposto levantamos duas hipóteses 
a) estes traçados simples e de acesso fácil a qualquer cirurgião, 
ou ortodontista determinam bons resultados? 
b) devemos nos dedicar somente a métodos mais sofisticados? 
Com base na premissa dessas hipóteses nos propomos a 
realizar este trabalho procurando avaliar a eficiência de traçados predictivos 
realizados por cirurgiões experientes, há mais de vinte anos, entre o traçado 
predictivo pré e o traçado pós~operatório obtido imediatamente após a cirurgia. 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
Nohoum32 (1971} após estudar 52 cefalogramas laterais de 
pacientes com mordida aberta e comparar com 166 cefatogramas de pacientes 
adultos com oclusão tipo Classe I, concluiu que a altura do 1/3 superior era 
menor do que a altura do 1/3 inferior, o que fazia com que a altura total da face 
ficasse maior quando comparado com pacientes sem mordida aberta. 
Bel14 (1971} descreveu como corrigir a mordida aberta 
esqueletal. Segundo o autor, a característica dominante desta deformidade é o 
excesso de crescimento vertical. Mostrou as características facial, dental e 
esqueletal da mordida aberta anterior tais como: aumento da dimensão vertical 
do 113 inferior da face, ângulo do plano mandibular excessivo, falta de 
proeminência no menta, excesso vertical da altura da síntese mentoniana, pobre 
relação de lábio, incisivos superiores proeminentes, e mordida aberta anterior. 
Revelou, ainda que o plano de tratamento é baseado no estudo clínico do 
paciente, em radiografias cefelométricas onde é feito um traçado predictivo, e 
em modelos em gesso. O tratamento, então, deverá ser realizado através de 
técnicas ortodonticas e cirúrgicas, de forma a se obter uma oclusão funcional 
com um balanço facial harmôníco. O autor então descreveu várias técnicas 
cirúrgicas para correção da mordida aberta e relatou alguns casos clínicos. 
McNeill et al.31 (1972) demonstraram um método de traçado 
cefalométríco predictivo para cirurgia ortognática, que é basicamente por 
18 
sobreposição de estruturas de tecidos duros que não sofrerão alteração, e que 
servirão como base para o reposicionamento dos maxilares e de tecido mole. 
Exemplificaram com um caso clínicode prognatismo mandibular e outro de 
retrognatismo mandibular. Concluíram que o diagnóstico e o plano de 
tratamento para casos ortodônticos cirúrgicos devem ser realizados com 
participação mUtua do orlodontista e do cirurgião. Afirmaram também que ao 
exame do paciente, estudo em modelos de gesso, e análises cefalométricas, 
pode ser acrescentado um traçado predictivo do relacionamento dento-
esqueletal e das estruturas faciais de tecido mole. 
Em estudo realizado por Nohoum et al.33 (1972), foram 
comparados os cefalogramas de 92 pacientes com boa oclusão, 18 pacientes 
com classe li e mordida aberta anterior, e 18 pacientes com mordida aberta de 
classe III. Na média, pacientes com mordida aberta tem uma altura do 1/3 
inferior da face mais longa e uma altura posterior da face mais curta. Polígonos 
faciais foram utilizados para mostrar diferentes características de cada grupo. 
West & Epker46 (1972) fizeram um estudo sobre cirurgia na 
região posterior da maxila. Realizaram uma breve revisão da literatura e 
enfatizaram o plano de tratamento que consiste em exame clínico, fotográfico, 
exame de radiografias dentais, análise cefalométrica e estudo em modelos. 
Segundo os autores, este tipo de cirurgia é indicado em 4 casos: 
1. correção de hiperplasia alveolar posterior da maxila; 
2. correção de hiperplasia alveolar total da maxila; 
3. correção de mordida cruzada posterior uni ou bilateral; 
19 
4. reposição distal do fragmento posterior da maxila para abrir 
espaço para um dente impactado. 
Asseveraram também que as duas últimas indicações podem 
ser tratadas apenas ortodonticamente, uma vez que a cirurgia apenas diminui o 
tempo de tratamento. Os autores ainda descreveram as técnicas cirúrgicas 
deste tipo de procedimento e relataram alguns casos clínicos. 
Unes & Steinhauser28 (1974) relataram a importância da ação 
conjunta do cirurgião e do ortodontista. Descreveram meios de diagnóstico, 
plano de tratamento onde enfatizaram o uso da cefalometria, e modelos em 
gesso. Apresentaram uma técnica de traçado predictivo onde relacionaram 
médias de avanço do tecido mole acompanhando o tecido duro, e, ainda 
descreveram o plano de tratamento pré cirúrgico, trans-cirúrgico e pós cirúrgico 
em pacientes com má oclusão do tipo classe 11, classe III, com mordida aberta e 
com assimetrias. 
Eisenfeld et al.19 {1975) mensuraram tecido mole e duro da 
face em vista frontal de nove mulheres caucasianas. Baseadas nessas 
mensurações, criaram fórmulas de regressão para determinar o tecido mole 
baseado nos dados obtidos do tecido duro. Os resultados são apresentados em 
desenhos no computador. Os dados sugerem uma influência previsível exercida 
do esqueleto sobre o tecido mole. 
Epker & Wolford20 (1975) descreveram uma forma sistemática 
de se avaliar o 1/3 médio dos pacientes, o qual, segundo os autores, é pouco 
citado na literatura. Determinaram o que deve ser analisado no paciente de perfil 
e de frente, e desenvolveram, uma tabela que auxilia na descrição da 
20 
deformidade considerando a estética, anatomia, o esqueleto, a oclusão, bem 
como sua etiologia. Asseguraram que o estudo clínico é fundamental e que o 
problema se associa a dados cefalométricos e de mã oclusão para se chegar a 
um plano de tratamento. Relataram ainda oito casos clínicos onde foi discutida a 
deformidade, o plano de tratamento e a técnica cirúrgica para correção das 
deformidades no 1/3 médio da face. 
Hall & Roddy JuniofS (1975) mostraram a forma de tratamento 
de pacientes com hiperplasia alveolar através da osteotomia total da maxila. 
Apresentaram como vantagens o fato de não haverá necessidade de se dividir a 
maxila em vários segmentos, a altura do palato ser reduzida, não sendo 
necessário a utilização de enxerto ósseo, e de a união se realizar em até seis 
semanas. Relataram dois casos clínicos onde foram discutidos o plano de 
tratamento e a técnica cirúrgica. Os autores ainda diagnosticaram a deformidade 
como um aumento da altura do processo dento-alveolar da maxila, aumento da 
altura facial, e lábio superior curto. 
Nohoum34 (1975) fez uma descrição da mordida aberta 
esqueletal diferenciando da mordida aberta dental, e a importância do 
crescimento como estratégia para o tratamento desta deformidade. 
Wolford & Epker47 (1975) discutiram a técnica combinada de 
osteotomia anterior e posterior da maxila. Segundo os autores, ela é indicada 
para pacientes com 1/3 inferior da face alongada que mostram muito a gengiva 
e os incisivos superiores ao sorrir (pacientes com excesso vertical da maxila), e 
que é possível, em um único ato cirúrgico, corrigir todos esses problemas. 
Oemostraram a forma de plano de tratamento, a técnica cirúrgica foi descrita e 
relataram dois casos dínicos. 
2l 
Schendel et al.40 (1976) descreveram a Síndrome da Face 
Longa, baseados no estudo realizado de 31 pacientes, onde 15 eram portadores 
de Mordida Aberta e 16 não. Analisou-se as características estéticas, da 
morfologia esqueletal e da oclusão. Segundo os autores, clinicamente, o 
paciente apresenta o 1/3 superior normal, e no 1/3 médio se observa: nariz 
estreito, base alar estreita e sulco naso labial profundo. No 1/3 inferior 
normalmente, há excessiva exposição dos dentes anteriores da maxila, com 
uma pobre relação dente lábio-superior, uma distância inter labial grande, e 
ainda 1/3 inferior longo e mostra ao sorrir muita gengiva. Concluíram que a 
deformidade se deve ao excesso vertical da maxila, e que a mordida aberta ou 
não, são duas variãveis desta síndrome, e ainda, que o plano mandibular com 
alta angulação são características dos dois grupos estudados e que um 
comprimento normal do lábio superior, mostrando em excesso os dentes 
anteriores da maxila, foi encontrado nos dois grupos. 
Schendel et al.41 (1976) estudaram a estabilidade e mudanças 
no tecido mole em pacientes submetidos à cirurgia para reposição superior da 
maxila pela osteotomia tipo Le Fort I, ou simultaneamente osteotomia anterior e 
posterior da maxila. Foram selecionados 31 pacientes e estudados por um 
modelo craniofacial computadorizado. Excelente estabilidade foi encontrada no 
controle pós-operatório de 14 meses. Após a cirurgia a redução da altura facial 
do 1/3 inferior e da exposição do incisivo central superior resultaram numa 
melhora no balanço facial. Segundo o autor, a utilização de modelos cranio-
faciais computadorizados determina uma nova dimensão na avaliação de 
mudanças após cirurgias associadas à correções de deformidades crânio-faciais 
e dentofaciais. 
22 
Bell et aL 7 {1977), em artigo clássico na literatura com o título 
Correção cirúrgica da S;ndrome da Face Longa descreveram as características 
dentofaciais e estéticas dessa síndrome, bem como sua forma de tratamento. 
Segundo os autores, apenas o tratamento ortodôntico não é suficiente para sua 
correção, uma vez que a deficiência de lábio superior persiste. Torna-se 
necessário uma complementação com cirurgia ortognática. Além de 
demostrarem de forma detalhada como predizer os resultados pós-operatórios 
através de traçado predictivo e cirurgia em modelo de gesso, ilustraram a forma 
de tratamento de cinco casos clínicos tratados com osteotomias do tipo Le Fort I 
mais ortodontia para correção da Síndrome da Face Longa. 
Bell & Mc8ride6 (1977) enfatizaram a correção da face longa 
através da osteotomia do tipo Le Fort I da maxila. Descreveram minuciosamente 
a técnica cirúrgica. Discutiram alguns casos clínicos em que os problemas 
técnicos no planejamento e e~ecução do trata.mento foram revelados. 
Araujo et aL2 (1978) em trabalho considerado clássico na 
literatura realizaram estudos determinando quando usar ou não enxertos ósseos 
nos casos de avanço de maxila. 
Burstone et al.13 (1978) apresentaram uma forma de análise 
cefalométrica chamada de cefalometria para círurgia ortognática (COG5). Pelo 
fato de se tratar de mensurações linearespode ser aplicado tanto nos traçados 
predictivos e estudos em modelos de gesso como servir de base para avaliação 
da estabilidade no pós-operatório. Foi analisada a base do crânio, perfil 
esquelético horizontal e vertical, o comprimento da maxila, mandíbula e relações 
dentais. 
23 
Fish et al.21 (1978) discutiram a melhor época para cirurgia no 
tratamento ortodôntico cirúrgico de excesso vertical da maxila. Afirmaram existir 
dois tipos de Excesso Vertical Maxilar: um com Mordida Aberta e outro sem 
Mordida Aberta. Reiteraram que a época da cirurgia varia para cada caso: 
1 nos pacientes com Excesso Vertical Maxilar sem Mordida 
Aberta praticamente se pode realizar a cirurgia em qualquer 
fase do tratamento ortodôntico, tanto no início, durante, 
como após o término do tratamento; 
2 nos pacientes com Excesso Vertical Maxilar com Mordida 
Aberta atingem-se ótimos resultados apenas quando com 
tratamento ortodôntico prévio. 
Discutiram, ainda, as características estéticas cefalométricas e 
oclusais das duas formas de variações, apontando suas diferenças e as 
ilustraram com alguns casos clínicos< 
Bell et al.8 (1980) descreveram o excesso maxilar, 
apresentando uma forma sistemática de descrição da deformidade, relacionada 
com o tratamento ortodôntico cirúrgico, onde relataram as bases e as diversas 
formas da técnica c·lrúrgica. Demonstraram como se planeja através de traçado 
cefalométrico predictivo, revelando de forma minuciosa como é realizado bem 
como a cirurgia em modelos de gesso. Relataram diversas formas de 
osteotomias de maxila, descrevendo a técnica cirúrgica de cada uma delas: 
Osteotomia tipo Le Fort !, a mesma combinada com segmentação da maxila, 
retroposicionamento da maxila, osteotomias combinadas anterior e posterior de 
maxila, e osteotomia maxilar posterior. 
24 
Fish & Epkef2 {1980) apresentaram um método de traçado 
predictivo para pacientes que necessitavam: avanço de mandíbula, reposição 
superior da maxila e cirurgia combinada de maxila e mandíbula. Através de 
casos clínicos, descreveram de forma detalhada como se deve realizar o 
traçado predictivo em cada caso. O objetivo é mostrar a importância do traçado 
predictivo em um tratamento ortodôntico drúrgico, sendo preferível retratar o 
paciente várias vezes no pape! até se chegar a uma conclusão, do que 
submeter o paciente à várias cirurgias provindas de erro de planejamento. Ainda 
concluíram ser o julgamento clínico mais importante do que tratar apenas com 
números. 
Legan et al.27 (1980) desenvolveram uma análise cefalométrica 
para pacientes a serem submetidos à cirurgia ortognática. Concluíram que as 
variações do tecido mole de recobrimento facial devem ser !evadas em conta, e 
que conclusões erradas podem ser tiradas se o diagnóstico e o planejamento 
foram baseados somente em traçados dos tecidos ósseo e dental. Concluíram 
ainda que a distância inter labial traz um parâmetro funcional importante a ser 
adicionado nas considerações morfológicas. Se o objetivo principal da cirurgia 
ortognática é harmonia facial, a análise do tecido mole torna-se imprescindível 
no plano de tratamento. 
Turvey et al.44 (1982) indicaram um plano de tratamento 
ortodôntico cirúrgico para cirurgias combinadas de maxila e mandíbula, 
objetivando a correção de deformidades faciais. De acordo com a complexidade 
deste tipo de tratamento, é preciso ter certeza da indicação da cirurgia e o que 
deve ser feito na mesma, e a ünica forma é com um bom planejamento pré-
operatório. Descreveram como deve ser realiz.ado o exame cefalométrico, o 
25 
traçado predictivo, a cirurgia em modelos de gesso e a seqüência do tratamento 
ortodôntico cirúrgico. 
Schendel & Carlotti Júnior42 (1985) estudaram as variações do 
excesso vertical da maxila. Cinqüenta radiografias cefalométricas em norma 
lateral de pacientes que foram submetidos a redução de excesso vertical da 
maxila foram analisadas pela análise estrutural e arquitetural de Delaire. Seis 
diferentes variações de excesso vertical da maxila foram identificadas . Ficou 
evidente a influência de excesso vertical do menta. Sete diferentes padrões 
craniofaciais foram identificados: 
1 ti pico excesso vertical; 
2 lábios superiores curtos sem deformidade na maxila (oito 
casos tinham excesso vertical de menta dando ao paciente 
face longa na vertical); 
3 hiperplasia maxilar tornando-se pior de posterior para anterior 
com uma posição inferior de pré-maxila em relação ao plano 
do palato. Concomitantemente ao excesso de menta e 
retrusão moderada da maxila; 
4 excesso de maxila com palato localizado em uma posição de 
"rotação" a linha de plano ideal do palato; 
5 excesso de maxila e palato posicionado inferiormente; 
6 excesso vertical da maxila com a pré-maxila numa posição 
superior ao plano de palato; 
26 
7 excesso vertical anterior da maxila, deficiência posterior e 
plano de palato normal. 
Bell et at.9 (1986) escreveram um artigo mostrando o plano de 
tratamento e análise de tecido mole para cirurgias de reposição simultânea de 
maxila, mandíbula e menta. Demonstraram uma forma mais simplificada de 
análise cefalométrica para avaliar as proporções de tecido mole facial no sentido 
vertical, antero~posterior e posição dos incisivos, sendo o último considerado de 
grande valia na avaliação das proporções verticais da face. Seis casos clínicos 
foram apresentados. 
Sarver et aL39 (1988) apresentaram o uso de vídeo imagem 
como uma ferramenta auxíliar no planejamento da cirurgia ortognátlca. 
Revelaram qual hardware e software foram utilizados e estudaram as distorções 
deste sistema. Mostraram ainda suas vantagens e desvantagens em um 
questionário que foi aplicado a 18 pacientes com quatro meses após a cirurgia, 
com 11 perguntas a respeito do uso do vídeo imagem, onde 89% dos 
entrevistados acharam que as imagens predictivas eram realistas e que o 
resultados desejados foram alcançados. Concluíram que a vídeo imagem pode 
ser parte integrante do plano de tratamento para cirurgiões e ortodontístas e que 
tem um papel importante na comunicação entre o profissional e paciente. 
McNamara JuniofO (1990) relatou um método de avaliação 
cefalométrica para a avaliação e planejamento do tratamento ortodôntico e de 
cirurgias ortognáticas. A maxila e mandíbula foram relacionadas entre si com as 
estruturas cranianas, determinando padrões para a avaliação das posições 
antero~posterior e vertical dos incisivos superiores e inferiores. Segundo o autor, 
este método tem como vantagem tratar de medições lineares em vez de 
27 
angulares, de modo que o planejamento, particularmente de cirurgia ortognática, 
fica mais fácil, e é mais sensível na avallação de alterações verticais do que as 
outras análises. 
Polido et al?7 (1991) avaliaram nos casos de reposicionamento 
da maxila usando a mandíbula como guia, a predictividade dos pontos de 
referências internos e externos. Foram avaliados 146 pacientes, dos quais em 
cem foi mensurada a parede lateral da maxila (ponto de referência interno) para 
se determinar a dimensão vertical da maxila, e em 46 pacientes, a dimensão 
vertical foi determinada pela mensuração através de fio de kirschner entre a 
borda nasal e incisivo superior (ponto de referência externo). Foi comparado o 
que estava programado para a cirurgia através de traçado predictivo e cirurgia 
nos modelos com o resultado pós-operatório obtido. A análise estatística, 
segundo os autores revelou haver diferença na posição vertical e horizontal do 
incisivo (p < 0,001} nos dois grupos. Houve diferença entre a acurácia da 
reposição vertical dos dois grupos estudados (p < 0,001}. 
O ponto de referência externa mostrou ser o melhor método. 
Sendo os pontos de referência internos limitados para determinar o 
reposicionamento vertical da maxila. 
Oonatsky et aL 16 (1992) apresentaram um programa de 
computador chamado TIOPS, capaz de realizar o traçado predictivoe avaliar 
sua fidelidade através de mensurações lineares, angulares e sobreposição. 
Após estudarem a aplicação do programa em um grupo de dez pacientes que 
foram submetidos a cirurgia ortognática concluíram que o TIOPS é útil na 
predicção e simulação da cirurgia e que os dados obtidos podem ser 
28 
transferidos para os modelos e para os procedimentos cirúrgicos com uma 
precisão aceitável (P > 0,03- não existiu diferença estatística). 
Grubb24 (1992), através de um relato de caso, mostrou, através 
de uma breve revisão de literatura, os avanços ocorridos nos métodos 
predictivos de cirurgias ortognáticas. Segundo o autor, os métodos normais são 
trabalhosos e demorados e estão sujeitos a erros humanos. Os realizados pelo 
computador são mais rápidos e acurados, permitindo através da vídeo imagem, 
melhorar a comunicação com o paciente; porém, segundo o mesmo, seria uma 
inverdade afirmar que as previsões realizadas pelos vários programas de 
computador hoje existentes são completamente acuradas. 
McCance et al. 29 (1992) compararam o planejamento pré~ 
operatório de pacientes que necessitavam de cirurgia ortognática para correção 
de deformidade maxilar com o resultado obtido cirurgicamente. Selecionaram 
cinco grupos de pacientes que foram submetidos a tomadas radiográficas para 
obtenção de radiografias cefalométricas em norma lateral, obtidas no pré e 48 
horas após a cirurgia. Em seguida as compararam pelo método de sobreposição 
sugerido por Ekstron (1992) e Houston et ai. (1987). Os resultados. segundo os 
autores, foram desapontadores, e, em todos os grupos, houve pouca 
semelhança. Na opinião deles, é necessário desenvolver uma técnica que 
auxilie o cirurgião na manipulação correta dos maxilares durante o ato cirúrgico. 
Acreditam que, com a facilidade que existe hoje em dia de se construir modelos 
em 3-0 do crânio e de se simular movimentos cirúrgicos no computador, poder-
se-á construir placas para ossos pré~confeccionadas que seriam utilizadas para 
fixar os maxilares em uma relação pré-determinada com a base do crânio. 
29 
Stoker et ai."' (1992) , desenvolveram o uso da computação 
gráfica no planejamento dos casos cirúrgicos. Através de modelos 
stereolitográficos construídos a partir de dados de imagens digitais (tomografia 
computadorizada e ressonância magnética) o cirurgião pode ter uma visão em 
três dimensões. Afirmaram que a visão em três dimensões tem vantagens 
significativas, podendo o cirurgião planejar, estudar a anatomia, e produzir peças 
protéticas pré-operatórias, entre outras. Ilustraram com um caso clínico de um 
paciente que foi submetido à cirurgia para correção de deformidades faciais 
severas. 
Betts et aL11 (1993) estudaram as alterações no tecido mole do 
nariz e lábio após reposição cirúrgica da maxila, em 32 pacientes que foram 
submetidos a osteotomias do tipo Le Fort I, foram tiradas radiografias 
cefalométricas norma lateral pré e pós operatórias e foram tomadas impressões 
em gesso do nariz antes da cirurgia e um ano após. Este material foi estudado e 
os autores concluíram que a alteração de tecido mole causadas pela reposição 
maxilar ocorre mais devido à localização da incisão e sua forma de sutura do 
que às alterações ósseas ocorridas. 
Eales et al. 17 (1994) estudaram a fidelidade da predicçâo do 
perfil do tecido mole em 25 pacientes tratados com osteotomia tipo Le Fort I para 
correção de discrepância no sentido antero-posterior na maxila, 33 pontos foram 
determinados na imagem do perfil do paciente nas radiografias cefalométricas 
tiradas duas semanas antes da cirurgia, três dias após a cirurgia, e seis meses 
de pós-operatório. Todos os pontos foram medidos no sentido horizontal e 
vertical e submetidos à análises estatística. A acurácia da predição da alteração 
do tecido mole realizada pelo computador foi estudada e os autores concluíram 
• 
30 
que apesar da maioria das partes tivessem sido bem predictadas 
(principalmente mandíbula e menta), em alguns casos, particularmente no nariz 
e lábio superior, o resultado foi menos consistente. Acreditam ser uma excelente 
ajuda no planejamento da cirurgia ortognática, devendo, entretanto, ser 
interpretado com precaução. 
Fuhrmann et al.23 (1994) compararam o plano de tratamento 
ortodôntico cirúrgico realizado num articulador semi-ajustável convencional com 
a tomografia computadorizada tridimensional (30CT} usada para a confecção 
de modelos do crânio esculpidos individualmente. Após se completar a 
tomografia computadorizada do crânio e face, os resultados são transferidos 
para modelos individuais de poliuretano. Os arcos dentais são substituídos por 
modelos de gesso, permitindo um melhor planejamento orla-cirúrgico a ser 
realizado. Afirmaram que o sistema é indicado somente para pacientes com 
deformidades severas de difícil planejamento, pois tem um custo elevado e 
muito gasto de tempo. 
Konstiantos et al. 26 (1994}, avaliaram as predições de 
alterações de tecido mole após osteotomias do tipo Le Fort I realizadas por um 
programa de computador (Dento Facial Planner- DFP), vinte e dois casos foram 
analisados através de radiografias cefalométricas adquiridas pré-operatório e 
pós-operatório. Foram determinados vários pontos no pertil do paciente que 
foram comparados com a radiografia pós-operatório. Concluíram que o 
programa mostrou diferenças significativas em alguns pontos sendo necessário 
ainda um ajuste do programa para poder ser utilizado na construção do futuro 
pelfil facial do paciente. 
31 
Cottrell & Wolford14 (1994) apresentaram um método diferente 
no planejamento cirúrgico de cirurgias combinadas de maxila e mandíbula. Ao 
contrário do método tradional, onde a cirurgia da maxila é realizada em primeiro 
lugar com auxílio de uma goteira intermediária e posteriormente a mandíbula, as 
autores realizaram primeiramente a cirurgia na mandíbula e demonstraram 
nesse artigo, passo a passo, o planejamento em modelos de gesso e em 
articuladores, bem como as vantagens e desvantagens desta técnica. 
Bilodeau12 (1995) afirmou que para a correção de qualquer má 
oclusão é fundamental no plano de tratamento a avaliação esqueletal nos 
sentidos vertical e horizontal. Apresentou as técnicas de McNamara, Delaire, 
Legan e Merrifield como meios de análise vertical e antero-posterior dos tecidos 
duro e mole da face, e ilustrou suas aplicaÇões através de relato de um caso 
clínico_ 
3 PROPOSIÇÃO 
Com o objetivo de contribuirmos para o desenvolvimento da 
cirurgia ortognátíca quando do tratamento da Síndrome da Face Longa, iremos 
realizar um estudo comparativo entre o traçado cefalométrico predictivo e o 
realizado no pós-operatório imediato, com a finalidade de verificarmos as 
passiveis discrepâncias e, portanto, a fidelidade do traçado predictivo. 
4 MATERIAL E MÉTODO 
Para que pudéssemos desenvolver nossa proposição 
utilizamos como amostra 15 pacientes de ambos os sexos (nove do sexo 
feminino e seis do sexo masculino), na faixa etária entre 15 e 44 anos. Destes, 
quatro pacientes eram portadores da síndrome da face longa com mandíbula 
em classe III de Angle, nove pacientes eram portadores de síndrome da face 
longa com a mandíbula em classe li de Angle, e dois pacientes eram portadores 
da síndrome da face longa com a mandíbula em norma oclusão de Angle. 
Destes, sete pacientes apresentavam mordida aberta anterior. 
Todos os pacientes foram submetidos as seguintes etapas pré 
e trans operatório: 
1) avaliação pelo ortodontista; 
2) avaliação pelo cirurgião; 
3) elaboração conjunta do plano de tratamento; 
4) realização da ortodontia pré-operatória; 
5) reavaliação do paciente pelo cirurgião; 
6) realização da cirurgia; 
34 
As cirurgias consistiram sempre de reposição superior da 
maxila com conseqüente rotação, da mandíbula com avanço (maloclusão tipo 
classe li Angle) ou com retrusão (maloclusão tipo classe III de Angle). Em alguns 
casos,houve complementação no mesmo ato por meio de mentoplastia. 
Em todos os pacientes houve fechamento da incisão na maxila 
sob a forma de V-Y objetivando alongamento do lãbio superior. 
Em 14 dos pacientes, a fixação esquelética foi obtida através 
de fios de aço e em um caso obtida através da fixação rígida (placas e 
parafusos de titânio*). 
De todos os pacientes foram obtidas radiografias 
cefalométricas em norma lateral, oclusão cêntrica e lábios em repouso, no 
máximo até uma semana antes da cirurgia (radiografias pré-operatórias) e até 
uma semana após a cirurgia. (radiografias pós-operatórias imediatas). 
Traça dos cefalométricos foram realizadas sobre um 
negatoscópio de luz centralizado usando folhas de papel acetato Ultraphan de 
18 x 24 cm. 
A análise facial foí realizada dando ênfase à comparação entre 
os três terços da face, largura da base do nariz, distância inter-labial, 
relacionamento vertical do incisivo central com o lábio superior, linha média 
superior e inferior, presença ou não de mordida aberta e maloclusões tipo 
Classe 11 ou III de Angle, segundo Araujo & Wolford2 (1978). A seguir, realizou-se 
nos modelos de gesso a cirurgia prevista para o paciente. (Figura 1) 
Synthes Indústria e Comércio ltda. 
35 
FIGURA 1 - Cirurgia realizada nos modelos de gesso montado em articulador 
(SAM III). Foi confeccionada uma goteira intermediária e outra definitiva. 
Os dados resultantes da cirurgia realizada nos modelos foram 
transferidos para a radiografia cefalométrica pré-operatória da seguinte forma: 
36 
1) foi traçado em papel Ultraphan 18 x 24 cm uma cópia da 
maxila envolvendo tecido mole, tecido duro e dentes, de 
acordo com Bell' (1977) e Lines & Steinhouser''. (1974). 
2) o mesmo procedimento acima foi realizado com relação à 
mandíbula; 
3) traçou-se as estruturas faciais que não sofrerão mudanças. 
(Base do crânio, órbita, nasio, conduto auditivo interno); 
4) foi reposicionada a maxila superiormente e anteriormente ou 
posteriormente {conforme dados obtidos no modelo de 
gesso); 
5) foi posicionada a mandíbula também conforme cirurgia 
realizada nos modelos de gesso; 
6) foi sobreposto outro papel Ultraphan e realizado novo 
traçado com o posicionamento obtido da maxila e 
mandíbula e, neste momento, completou-se o traçado com 
cirurgias complementares, como por exemplo, a 
mentoplastia; 
7) neste ponto obtivemos o traçado predictivo da cirurgia a ser 
realizada no paciente. 
Em cada traçado obteve-se uma linha formando um ângulo de 
7' com a linha Sela- Nasio (S-N) partindo de Sela (S), Burstone13 (1978), e outra 
linha chamada de N perp', segundo MacNamara30 (1990), que ê perpendicular à 
37 
linha de Burstone, passando por N (Nasio), criando um sistema de coordenadas 
X-Y. (Figura 2; Figura3 e Figura 4). 
Desta forma, obtivemos 2 linhas de referência para 
mensurações tanto no sentido vertical como no sentido horizontal. 
Para se mensurar a maxila, utillzamos quatro pontos: Espinha 
Nasal Posterior (ENP), Espinha Nasal Anterior (ENA), Ponto A (ponto mais 
posterior da concavidade anterior da maxila), e IS (Borda incisai do incisivo 
superior). (Figura 2; Figura 3; e Figura 4). 
De cada ponto ENP, ENA, A, IS, foi traçada uma linha 
perpendicular à linha de Burstone (Vertical) e à linha N perp' (Horizontal) de 
forma que foram mensuradas com régua milimetrada essas distânclas e 
anotadas. (Figura 2; Figura 3 e Figura 4). 
Desta forma, foi passivei obter em milímetros como a maxila 
estava antes da cirurgia (Figura 2), e o que foi planejado no traçado predictivo 
(Figura 3) mostrando como ficou depois da cirurgia (Figura 4}. Através da 
diferença entre o Traçado Predictivo e o Traçado Pós-Operatório Imediato, 
pudemos avaliar a fidelidade ou não das propostas de movimento da maxila 
(Figura 5). 
38 
3 
.. 5 
FIGURA 2 - Traçado inicial do paciente n° 8 : 1 - Unha de Burstone; 2 - Linha 
Nperp'; 3- ENP; 4- ENA; 5 - Ponto A e 6- Ponto IS. 
39 
; 
FIGURA 3- Traçado predictivo do paciente no 8. 
40 
) 
. 
FIGURA 4 - Traçado pós~operatório imediato do paciente no 8. 
' { \ 
\ ' ' ', 
' ' ' I 
I 
\ 
\ 
\ 
',, 
I 
I 
I 
I 
' 
I 
/ 
I 
I 
/ 
; 
________ ..... 
' ' I 
J 
' ' 
' ' I 
I 
I 
I 
I /) ; ,r, .. I 
\ 
\ 
' ' \ 
J 
' 
/ 
;' 
I 
I 
J 
I 
I 
' 
, , 
41 
/ 
FIGURA 5 - Sobreposição do traçado predictivo (contorno) com o traçado pós-
operatório imediato (pontilhado). 
42 
4.1 Metodologia da análise estatística: 
Os resultados obtidos foram consolidados e tabulados, e a 
seguir, submetidos a análise estatística descritiva (média, desvio padrão da 
média, coeficíente da variação de Pearson, erro padrão da média, intervalo de 
confiança e teste "t" de Student, segundo Berquó et ai. 10 (1981). 
5 RESULTADOS 
As tabelas apresentadas a seguir, numeradas de 1 a 8, 
representam os resultados obtidos a partir das mensurações da maxila, 
tanto no sentido vertical (LBUR) preconizado por Burstone13 (1978), como 
no horizontal (Nperp') preconizado por McNamara Júnior30(1990), dos 
pontos ENP. ENA, A e IS. Foram comparados os traçados cefalométricos 
predictivo com o traçado cefalométrico pós operatório imediato e suas 
diferenças foram analisadas estatisticamente com o objetivo de avaliar a 
fidelidade do traçado predictivo. 
44 
Tabela 1 -Ponto ENP- LBUR- Representa as mensurações (em milímetros) do 
ponto ENP com a linha de Burstone {sentido vertical), dos traçados 
predictivo e pós-operatórios imediatos, bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-O o. Diferenca 
1 40 37 3 
2 49 51 2 
3 45 43 2 
4 46 48 2 
5 42 42 o 
6 46 47 1 
7 55,5 52,5 3 
8 42,5 44 2,5 
9 40 46 6 
10 47 52 5 
11 44 45 1 
12 42 41 1 
13 39,5 43,5 4 
14 40 45 5 
15 43 49 6 
A variável ENP-LBUR indicou que no paciente 5 não houve 
diferença estando assim o resultado cirúrgico fiel ao planejado no traçado 
predictivo; porém diferenças foram encontradas nos restantes dos pacientes. 
Verificou-se que nos pacientes 9 e 15, a diferença chegou a 6 mm, ou seja, 
nestes pacientes, a maxila neste ponto desceu significativamente em relação ao 
que foi planejado. 
• 45 
Tabela 2- Ponto ENP- NPERP'- Representa a mensuração (em milímetros) do 
ponto ENP com a linha Nperp' (sentido horizontal), dos traçados 
predictivo e pós-operatórios imediatos, bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-o,_ Diferença 
1 -52 • 46 
I 
6 
2 . 46 . 46 o 
3 - 51.5 . 48 3,5 
4 -54 . 52 2 
5 -56 -51,5 5,5 
6 -49 -47 2 
7 -44 -45 1 
8 -44 -43,5 0,5 
9 -55,5 -52,5 3 
10 . 58 -55 3 
11 -53 -52 1 
12 . 53 -47,5 5,5 
13 . 52,5 -52 0,5 
14 -50,5 . 50 1,5 
15 . 59 -60,5 1,5 
A variável ENP-Nperp' indicou que no paciente 2 não houve 
diferença, estando assim o resultado cirúrgico fiel ao planejado no traçado 
predictivo; nos pacientes 8 e 13, a diferença foi mínima, 0,5 mm; nos demais 
pacientes, houve diferença, chamando atenção os pacientes 5 e 12, com uma 
diferença de 5,5 mm e o paciente 1 com 6 mm, ou seja, a maxila nestes pontos 
avançou excessivamente em relação ao que foi planejado. 
46 
Tabela 3- Ponto ENA- L BUR- Representa as mensurações (em milímetros) do 
ponto ENA com a linha de Burstone (sentido vertical), dos traçados 
predictivo e pós operatórios imediatos, bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-Op. Diferença 
1 41 40 1 
2 44 46,0 2 
3 48 45,0 3 
4 52 53,0 1 
5 44,5 41 3,5 
6 46 45 1 
7 56 58 2 
8 41,5 41,5 o 
9 39,5 39,5 o 
10 40,0 
I 
40,0 o 
11 40,0 35,5 4,5 
12 45,5 40 5,5 
13 46,0 47,0 1 
14 43 42 1 
15 43,5 45 1,5 
A variável ENA- LBUR indicou que nos pacientes 8, 9 e 1 O não 
houve diferença, estando assim o resultado cirúrgico fiel ao planejado no 
traçado predictivo; nos pacientes 1, 4, 6, 13 e 14, a diferença foi mínima, de 
apenas 1 mm; nos demais pacientes, houve diferenças, chamando-nos a 
atenção os pacientes 11 e 12, com diferenças de 4,5 e 5,5 mm respectivamente, 
ou seja, neste ponto a maxila subiuexcessivamente em relação ao que foi 
planejado. 
47 
Tabela 4 - ENA - NPERP' K Representa as mensurações (em milímetros) do 
ponto ENA com a linha Nperp' (sentido horizontal) dos traçados 
predictivo e pós-operatórios imediatos, bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-O o. Diferença 
1 o 5 5 
2 4 5 1 
3 5,5 9 3,5 
4 5 7 2 
5 1,5 3 1,5 
6 11,5 14 2,5 
7 10 2 8 
8 13,5 13,5 o 
9 3 5,5 2,5 
10 1 2 1 
11 1,5 I + 1 0,5 
12 - 1,5 
I 4 5,5 
13 8 8 o 
14 6 4,5 1,5 
15 2 - 1 3 
Nesta variável ENA- Nperp' observamos uma grande variação 
das diferenças. No paciente, 13 a diferença foi zero, estando assim o resultado 
fiel ao que foi planejado; nos pacientes 2, 1 O e 11 a diferença foi de até 1 mm, 
sendo esta mínima. Nos demais pacientes, diferenças de até 3 mm, chamando-
nos a atenção os pacientes 1, 12, com diferenças de 5 e 5,5 respectivamente, 
estando assim a maxila neste ponto muito avançada em relação ao que foi 
planejado, e o paciente 7, com diferença de 8 mm, estando a maxila neste ponto 
excessivamente retraída em relação ao que foi inicialmente planejado. 
48 
Tabela 5 - Ponto A - LBUR - Representa as mensurações (em milímetros) do 
ponto A com a linha de Burstone (sentido vertical), dos traçados 
predictivo e pós-operatórios imediatos, bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-Oo. Diferenca 
1 45 45 o 
2 54 51,5 2,5 
3 52 50 2 
4 58 59 1 
5 50 46 4 
6 56 55 1 
7 63 65 2 
8 47,5 48 0,5 
9 46 41,5 4,5 
10 48 48 o 
11 48 43 5 
12 52 46 6 
13 47,5 49 1,5 
14 51 51 o 
15 48,5 I 51 2,5 
A variâvel A- LBUR indicou que nos pacientes 1, 10 e 14 não 
houve diferenças. estando assim o resultado fiel ao que foi planejado no traçado 
predictivo, Nos pacientes 4, 6, 8, a diferença foi de atê 1 mm, sendo esta 
mínima. Nos demais pacientes, houve diferenças maiores, chamando-nos a 
atenção os pacientes 5 e 9, com diferenças de 4 e 4,5 mm respectivamente, e 
os pacientes 11 e 12, com diferenças de 5 e 6 mm respectivamente, indicando 
assim que a maxila neste ponto subiu excessivamente em relação ao que foi 
inicialmente planejado. 
49 
Tabela 6- Ponto A - Nperp' - Representa as mensurações (em milímetros) do 
ponto A com a linha Nperp' (sentido horizontal), dos traçados 
predictivo e pós-operatórios bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-Op. Diferença 
1 3 2 1 
2 -2 -2 o 
3 - 1 2 3 
4 - 2 o ' 2 I 5 -4 - 1 3 
I 6 3 6 3 
7 4 - 1,5 5,5 
8 7 7 o 
9 o 3,5 3,5 
10 -7 -5 2 
11 -2,5 - 1 1,5 
' 
12 -6,5 o 6,5 
13 -0,5 
I 
1 
I 
0,5 
14 - 1 - 1,5 0,5 
15 -5 -7,5 2,5 
A variável A - Nperp' nos revelou que nos pacientes 2 e 8 a 
diferença foi zero, estando assim o traçado predictivo fiel ao obtido no pós-
operatório. Nos pacientes 1, 13 e 14 a diferença foi mínima, de até 1 mm. Nos 
demais pacientes, houve diferenças maiores, chamando-nos a atenção o 
paciente 7, com diferença de 5,3 mm, indicando que a maxila neste ponto retraiu 
demasiadamente em relação ao que se foi planejado, e o paciente 12 com 
diferença 6,5 mm, onde a maxila neste ponto avançou excessivamente em 
relação ao que foi inicialmente planejado. 
50 
Tabela 7 - Ponto IS - LBUR - Representa as mensurações (em milímetros) do 
ponto IS com a linha de Burstone (sentido vertical), dos traçados 
predictivo e pós-operatórios imediatos bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-Op. Diferença 
1 76 76 o 
2 75,5 79,5 4 
3 79 76 3 
4 83 83 o 
5 76 72 4 
6 84 I 83 1 
7 90 I 96 ' 6 
I ' 8 75 75,5 I 0,5 
9 73 I 73 o ' 
10 76 76 o 
11 77 I 72 5 
12 80 79 1 
13 78 79 1 
14 74,5 75 0,5 
15 79 81 2 
A variável IS - L BUR nos revelou que nos pacientes 1, 4, 9 e 
10, não houve diferenças, estando assim o traçado predictivo fiel ao resultado 
obtido. Nos pacientes 6, 8, 12, 13 e 14, a diferença foi mínima, de até 1 mm. 
Nos demais pacientes, houve diferenças maiores, chamando-nos a atenção os 
pacientes 2 e 7, com diferenças de 4 e 6 mm respectivamente, indicando que a 
maxila neste ponto ''desceu" muito em relação ao que estava planejado. E o 
paciente 11 teve uma diferença de 5 mm, indicando que a maxila neste ponto 
subiu em excesso em relação ao que estava previsto. 
51 
Tabela 8- Ponto IS- NPERP'- Representa as mensurações (em milímetros) do 
ponto IS com a linha Nperp' (sentido horizontal), dos traçados 
predictivo e pós-operatórios imediatos bem como suas diferenças. 
Paciente Pred. Pós-OD. Diferenca 
1 5 5 o 
2 6 6 o 
3 - 1 2 3 
4 2 5 3 
5 o 5 5 
6 4,5 10 5,5 
7 7 - 1 8 
8 6 9 3 
9 2,5 9 6,5 
10 -8,5 -4 4,5 
11 5 
' 
9 4 
12 -4 5,5 9,5 
13 -0,5 - 1,5 2,0 
14 -2,5 o 2,5 
15 - 1,5 o 1,5 
Observamos na variável IS - Nperp' grande variação das 
diferenças. Nos pacientes 1 e 2, a diferença foi zero, sendo assim, o traçado 
predictivo fiel ao resultado obtido. Nos demais pacientes, houve diferenças 
maiores, chamando-nos a atenção o paciente 8, com uma diferença de 8 mm, 
revelando que neste ponto a maxila retraiu excessivamente em relação ao 
planejado, e os pacientes 9 e 12, com diferenças de 6,5 e 9,5 mm 
respectivamente, indicando que a maxila neste ponto "avançou" excessivamente 
ao que foi inicialmente planejado no traçado predictivo. 
52 
As Tabelas, apresentadas a seguir, numeradas de 9 a 11, 
mostram os resultados obtidos na análise estatística descritiva. Na Tabela 
12, apresentamos os resultados obtidos na análise estatística inferencial, 
ou seja, aplicamos o teste de significância para a média das diferenças 
(hipótese de nulidade igual a zero). 
Tabela 9 - Medidas de tendência central e de dispersão das médias das 
diferenças observadas nas grandezas verticais 
Grandezas Médias s EPM C.V.Pf%J 
A-LBUR 2.1 1.9241 0,4968 88.8073 
IS-LBUR 1,8 2,0219 0,5220 108,316 
ENA-LBUR 1,8 1,6561 0,4276 92,0087 
ENP-LBUR 2,9 1,9105 0,4932 65,8792 
s - Desvio padrão 
EPM - Erro Padrão da Média 
CVP Coeficiente de Variação de Pearson (Valores expressos em 
percentual). 
53 
Tabela 10- Medidas de tendência central e de dispersão das médias das 
diferenças observadas nas grandezas horizontais, 
Grandezas Médias s EPM C.V.Pf%1 
ENP-Noero' 2.4 1.9444 0.5020 79.9096 
ENA-Nperp' 2,5 2,2360 0,5773 89,4427 
A-Nperp' 2.3 I 1.8974 0.4899 82,50 
/S-Nperp' 3.8 I 2,7154 0,7011 70.2278 
s - Desvio padrão 
EPM - Erro Padrão da Média 
CVP - Coeficiente de Variação de Pearson (Valores expressos em 
percentual) 
54 
Tabela 11 -Intervalo de Confiança de 99% para as diferenças das médias 
observadas nos traçados predictivos e pós-operatórios, de 
acordo com as grandezas estudadas . 
Grandezas Li xd Ls 
ENP-LBUR 1,431 2,900 4,368 
ENP-Noero' 0,938 2,433 3,928 
ENA-LBUR 0,526 1,800 3,073 
ENP-Noero' 0,781 2,500 4,219 
A-LB_JJR 0,687 2,167 3,645 
A-Noero' 1,249 2,300 3,351 
IS-LBUR 0,312 1,867 3,421 
15-ND~rP' 1 779 3 867 5 954 
Li - Limite inferior da diferença das médias 
xd - Diferença das médias 
Ls - Limite superior da diferença das médias 
55 
Tabela 12 - Resultados do teste t (ao nível de 99%), segundo as 
grandezas estudadas. 
Grandezas t 
ENP-LBUR 5,87" 
ENP-Noerv' 4.84' 
ENA-LBUR 4,21' 
ENA-Noero' 4,33' 
A-LBUR 4,36' 
A-Noero' 4,69' 
/S-LBUR 3,57" 
/S-Noem' 5 51* 
* Estatisticamente significante ao nível de 1% 
6 DISCUSSÃO 
Concordamos plenamente com Unes & SteinhausefS (1974) 
que ressaltaram a necessidade do trabalho conjunto entre o cirurgião e o 
ortodontista. Vamos mais longe, podendo mesmo dizer que se a cirurgia 
ortognática é um dos tempos operatórios da ortodontia, é, portanto, 
praticamente impossível de se realizar cirurgicamente um bom trabalho sem a 
participação do ortodontista e více e versa, 
Em todos os nossos pacientes encontramos o que Schendel et 
aL40 (1976) relataram como características estéticas morfo-esqueletais e 
oclusais dos pacientes com a síndrome de face longa, tais como: terço inferior 
da face proporcionalmente longo, base nasal estreita, face adenoidéia 
mostrando muita gengiva ao sorrir. distância inter labial aumentada. 
As cirurgiasrealizadas neste trabalho seguiram as orientações 
de Bell & Mc8ride6 (1977), bem como o método do traçado predictivo e o modo 
de se realizar as cirurgias nos modelos de trabalho. 
Nosso principal objetivo neste trabalho foi o de avaliar, se o 
método de traçado predictivo preconizado por Bell & McBride6 (1977) levou a um 
prognóstico fiel, quando comparado ao resultado obtido. Tal dúvida foi criada a 
partir do desenvolvimento de traçados predictivos computadorizados citados por 
57 
Grubb" (1992); Me Cance et al.29 (1992); Betts et ai." (1993); Eales et ai."·" 
(1994); Fuhrmann et al.23 (1994) e Konstiantos et ai."' (1994). 
Os resultados obtidos nos mostraram que, em todos os pontos 
analisados, existiram pacientes onde não houve nenhuma, ou quase nenhuma 
diferença (de O a 1 mm), entre o traçado predictivo e o pós operatório imediato: 
Tabela 1, pacientes 5, 6, 11 e 12; Tabela2, pacientes 2, 7, 8, 11, e 13; Tabela 3, 
pacientes 1, 4, 6, 8, 9, 10. 13 e 14; Tabela 4, pacientes 2, 8, 10, 11 e 13; Tabela 
5, pacientes 1, 4, 6, 8, 10 e 14; Tabela 6, pacientes 1, 2, 8, 13 e 14; Tabela 7, 
pacientes 1, 4, 6, 8, 9, 10,13 e 14; Tabela 8, pacientes 1 e 2. 
No entanto, houve outros com grandes discrepâncias ( 5 mm 
para cima): Tabela 1, pacientes 9, 10, 14 e 15; Tabela 2, pacientes 1, 5 e 12; 
Tabela 3, paciente 12; Tabela 4, pacientes 1, 7 e 12; Tabela 5, pacientes 11 e 
12; Tabela 6, pacientes 7 e 12; Tabela 7, pacientes 7 e 11; Tabela 8, pacientes 
5, 6, 7, 9 e 12. 
Nos demais pacientes, em todas tabelas houve pequenas e 
médias variações (de 1 a 5 mm). 
Uma discrepância maior nos pontos foi encontrada nos casos 
onde houve impacçâo da maxila. Em entrevista com o cirurgião que realizou as 
cirurgias, foi·nos relatado que para facilitar o encaixe da maxila nas impacções, o 
profissional avançou·a cerca de 2 mm durante a cirurgia para justificar a 
acomodação posterior. Não podemos porém concordar com tal procedimento, e 
consideramos imprescindivel que este detalhe devesse ter sido adicionado ao 
traçado predictivo. Os pontos citados então, não dariam a discrepância 
mostrada, tornando mais fiel o traçado. 
58 
Com base nos resultados obtidos, e na análise da literatura 
devemos entender que o método proposto é de fácil realização, porém de difícil 
visualização do resultado a ser obtido, dando apenas uma idéia do perfil do 
paciente. 
Este método deve ser empregado somente por cirurgiões 
experientes, e nunca ser mostrado ao paciente como uma definição do resultado 
a ser obtido com a cirurgia. 
Verdade é que, embora os pontos analisados mostrassem 
variações estatisticamente significantes, clinicamente encontraram-se sempre os 
resultados esperados pelos pacientes e pelo cirurgião. 
Este método aqui estudado facilita enormemente as decisões 
do tipo operar ou não a mandíbula concomitantemente ? Operar Maxila ou 
Mandíbula ? Operar ou não o menta ? Porém está longe de ser um método 
extremamente preciso quando avaliado individualmente através de pontos 
cefalométricos. Acreditamos que isto se dá até porque é praticamente 
impossível determinarmos exatamente, além de asteotomias milimetradas, 
outras variações como rotações maxila mandibulares e pequenas variações do 
condilo na fossa articular. 
Concordamos com Grubb24 (1992); McCance et ai. 29 (1992); 
Betts et al. 11 (1993); Eales et al. 17·18(1994); Fuhrmann et al.23 {1994); Konstiantos 
et ai. 26 (1994) quando afirmaram que novos métodos usando o computador, em 
que a face do paciente é transferida para a tela e a cirurgia proposta é realizada 
sobre a mesma, irão nos permitir uma visualização mais simples e imediata do 
resultado da cirurgia. 
59 
No entanto serão os resultados os mesmos que obtivemos 
com este trabalho. Dando seqüência nesta linha de pesquisa, pretendemos 
estudar a precisão dos traçados predictivos obtidos através de programas de 
computador e comparâ-los com os resultados obtidos neste trabalho. 
7 CONCLUSÕES 
Com base nos resultados obtidos neste trabalho podemos 
concluir que: 
a) o método avaliado embora apresentando significância 
estatística entre o traçado predictivo pré operatório e o traçado pós-cirúrgico 
imediato, é válido para determinarmos principalmente decisões de variações no 
sentido antero posterior e verticais; 
b} todos os movimentos previstos para cirurgia devem fazer 
parte do traçado predictivo evitando assim o risco de resultados infiéis aos 
obtidos após a cirurgia. 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS * 
1 ARAUJO, A., WOLFORD, L.M. Método sistemático de análise do paciente 
com vistas a cirurgia ortognática. Diagnóstico e plano de tratamento. Ars 
Cvrandi Odontol, p. 4-16, 1978. 
2 ARAUJO, A. et ai. Total maxillary advancement with and without bane 
grafting. J. Oral Surg., v. 36, p. 849-58, 1978. 
3 AXHAUSEN, G. Zur Behandlung veralterev dizlozlert geheilter 
oberkieferbrueche. Dlsh Zahn Mund Kieferheilkd, v. 1, 1934 apud 
BELL, W.H. et ai. Bane healing and revascularization after total 
maxillary osteotomy. J. Oral Surg., v. 33, p. 253-60, 1975. 
4 BELL, W.H. Correction of skeketal type of anterior open bite. J. Oral Surg1 v. 
29, p. 706-14,1971. 
5 BELL, W.H. et ai. Bane heahng and revascularization after total maxillary 
osteotomy. J. Oral Surg., v. 33, p. 253-60, 1975. 
6 BELL, W.H., McBRIDE, K.L. Correction ofthe long face syndrome by Le Fort 
I osteotomy. Oral Surg., v. 44, p. 493-520, 1977. 
* Baseado em: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÊCNICAS, Rio de Jane.ro. Referências 
bibliográficas NBR 6.023. Rio de Janeiro, 1989. 19p. 
62 
7 BELL, W.H., CREEKMORE, T.D., ALEXANDER, R.G. Surgical correction of 
lhe long face syndrome. Am. J. Orthod., v. 71, p. 40-67, 1977. 
8 BELL, W.H., PROFFIT, WR., WHITE, R..P. Surgical corrections of 
dentofacial deforrnities. Philadelphia: Saunders, 1980. 2 v. v.1. 
9 BELL, WH., JACOBS, J.D., QUEJADA, J.G. Simultaneous repositioning of 
the maxilla, mandible, and chin. Am. J. Orthod., v. 89, p. 28-50, 
1986. 
10 BERQUÓ, E.S., SOUZA, I.M.P., GOTLIEB, S.K.D. Bioestatlstica. São 
Paulo: Pedagógica e Universitária, 1981. 350 p. 
11 BETTS, N.J. et ai. Changes in the nasal and labial soft tissues after surgical 
repositioning ofthe maxilla. lnt. J. Adult. Orthod. Orthognath. Surg., v. 
8, p. 7-23, 1993. 
12 BILODEAU, J.E. Vertical considerations in diagnosis and tratment. A 
surg\cal orthodontic case report. Am. J. Orthod. Oentofacial Orthop., v. 
107, p. 91-100, 1995. 
13 BURSTONE, C.J. et ai. Cephalometrics for orthognatic surgery. J. Oral 
Surg, v. 36, p. 269-77, 1978. 
14 COTIERLL, DA, WOLFORD, L.M. Altered orthognathic surgical 
sequencing and a modifled approach to model surgery. J. Oral 
Maxillofac. Surg., v. 52, p. 1010-20, 1994. 
15 DINGMAN, R. O., HARDING, R.L. Treatment of malunion of facial banes. 
Plast. Reconstr. Surg., v.7, 1951 apud BELL, W.H. et ai. Bane healing 
63 
and revascularization after total maxillary osteotomy. J. Oral Surg., v. 
33, p. 253-60, 1975. 
16 DONATSKY, 0., et ai. Computerized cephalometrtc orthognathic surgical 
simulation, prediction and postoperative evaluation of precision. lnt·~ J. 
Oral Maxíllofac. Surg., v. 21, p. 199-203, 1992. 
17 EALES, E.A. et at The accuracy of computerized prediction of the soft 
tissue profile: a study of 25 patlents treated by means of Le Fort 
osteotomy. lnt. J. Adult Orthod/m, v. 9, p. 141-52, 1994. 
18 EALES, E.A., et ai. A study of the accuracy of predicted soft tissue changes 
produced by a computer software package (CEG 3.4) in a series of 
patients treated by the Le Fort I osteotomy. Br. J. Oral Maxillotac. 
Surg., v. 33, p. 362-9, 1995. 
19 EISENFELD, J. et ai. Soft-hard tissue correlatrons and computer drawings 
for the frontal víew. Angle Orthod., v. 45, p. 267-72, 1975. 
20 EPKER, B.N., WOLFORD, L.M. Middle-third facial osteotomies: their use in 
the correction of acquired and developmental dentofacíal and craníofacial 
deformítíes. J. Oral Surg: v. 33,p. 491-514, 1975. 
21 FISH, L. C., WOLFORD, L.M., EPKER, B.N. Surgical-orthodontíc correctíon 
ofvertical maxillary excess. Am. J. Orthod., v. 73, p. 241-57,1978. 
22 FISH, L.C., EPKER, B.N. Surgical orthodontic cephalometric prediction 
tracíng. J. Clín. Orthod., v. 14, p. 38-52, 1980. 
64 
23 FUHRMANN, R.A.W., FROHBERG, V., DIEDRICH, P.R. Treatment 
prediction with three-dimensional computer tomographic skull models. 
Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., v. 106, p. 156-60, 1994. 
24 GRUBB, J.E. Computer assisted orthognathíc surgical treatment planning: a 
case report. Angle Orthod., v. 62, p. 227-34, 1992. 
25 HALL, H.D., RODDY JUNIOR, S. C. Treatment of maxíllary alveolar 
hyperplasia by total maxillary alveolar osteotomy. J. Oral Surg., v. 33, p. 
180-8, 1975. 
26 KONSTIANTOS, K.A., O'REILLY, M.T., GLOSE, J. The validity of lhe 
prediction of soft tissue profile changes after Le Fort I osteotomy using 
lhe dentofacial planner (computer software). Am. J. Orthod. 
Dentofacial Orthop., v. 105, p. 241-9, 1994. 
27 LEGAN, H .L., BURSTONE, C.J., FARMINGTON, C. Solt tissue 
cephalometric analysis for orthognathic surgery. J. Oral Surg., v. 38, 
p. 744-51,1980. 
28 UNES, PA, STEINHAUSER, E.W. Diagnosis and treatment planning in 
surgical orthodonlic therapy. Am. J. Orthod., v. 66, n. 4, p. 378-97, 
1974. 
29 Me CANCE, A.M., MOSS, J.P., JAMES, D.R. Le Fort I maxíllary osteotomy: 
is it possible to accurately produce planned pre-operative movements? 
Br. J. Oral Maxiffofac. Surg., v. 30, p. 369-76, 1992. 
30 Me NAMARA JÚNIOR., J.A. Um método de avaliação cefalométrica. 
Ortodontia, v. 23, p. 79-92, 1990. 
65 
31 Me NEILL, R.W., PROFFIT, W.R., WHITE, R.P. Cephalometric prediction 
for orthodontic surgery. Angle Orthod., v. 42, p. 154-64, 1972. 
32 NOHOUM, H. I. Vertical proportions and the palatal plane in anterior open 
bite. Am. J. 0·-+horJ., v. 59, p. 273-82, 1971. 
:;3 NOHOUM, H. I., HOROWIIL:. ,. ' BENEDICTO, EA Varieties of anterior 
open bite. Am. J. Orthod., v. 61, p. 486-92. 1972. 
34 NOHOUM, H I. Anterior open bite: a cephalometric analy~1S ;J: 1d suggested 
treatment procedures. Am. J. Orthod., v. 67, p. 513-21, 1975. 
35 OBWEGESEP. H. Surgical correction of small or retrodisplaced maxillae. 
Plast. Rc nstr. Surg., v.45, 1969 apud BELL, W.H. et ai. Bane healing 
and reva:. -ularízation after total maxillary osteotomy. J. Oral Surg., v. 
33, p. 2" 60, 1975. 
36 PECK, H., f-'L:CK, S. A concept offacial esthetics. Angle Orthod., v. 40, p. 
284-318, 1970, Apud. SÁ LIMA, J.R. Estudo da correlação linear entre a 
dimensão de largura maxilar e as dimensões das larguras de outras 
grandezas, lineares, transversas da face, em portadores de fissura 
transforame incisivo unilateral, através de cefalometria radiografica, em 
norm;'"l frnntal. São José dos Campos, 1992. 178 p. Tese (Livre docência 
em r- mtologia)- Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, 
Univ· ·r1ade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". 
37 POLIL- '· W.D., ELLIS III, E., SINN, D.P. An assessmen ofthe predictability 
of maxillary reposition. lnt. J. Oral Maxil/olac. Surg., v. 20, p. 349-52, 
1991. 
66 
38 SÁ UMA. J.R. Estudo da correlação linear entre a dimensflo de largura 
maxilar e as dimensões das larguras de outras grandezas, lineares, 
transversas da face, em portadores de fissura transforame incisivo 
unilateral, através de cefalometria radiografica, em norma frontal. São 
José dos Campos. 1992. 178 p. Tese (Livre docência em Odontologia)-
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade 
Estadual Paulista ~Júlio de Mesquita Filho". 
39 SARVER, D.M., JOHNSTON, MW., MATUKAS, V.J. Vídeo imaging for 
planning and counseling in orthognathic surgery. J. Oral Maxillofac. 
Surg., v. 46, p. 939-45, 1988. 
40 SCHENDEL, S.A. et al. The long face syndrome: vertical maxllary excess. 
Am. J. Orthod., v. 70, p. 398-408, 1976. 
41 SCHENDEL, S.A. et ai. Superior repositioning of the maxilla: stability and 
soft tissue osseous relations. Am. J. Orthod., v. 70, p. 663-74, 1976. 
42 SCHENDEL, SA, CARLOTTI JÚNIOR, A.E. Variations of total vertical 
maxillary excess. J. Oral Maxil/ofac. Surg., v. 43, p. 590-6, 1985. 
43 STOKER, N.G., MANKOVICH, N.J., VALENTINO, D. Stereolithographic 
models for surgical planning: 
"'! ,.;:-
preliminary report. J. Oral Maxilbfac. 
Surg., v. 50, p. 466-71, 1992. 
44 TURVEY, T. et ai. Surgical - orthodontic treatment planning for simultaneous 
mobirlzation of the maxilla and mandible ·ln the correction of dentofacial 
deformities. Oral Surg., v. 54, p. 491-8, 1982. 
67 
45 WASSMUND, J. Lehrbuch der praktishen chirurgíe des mundes und der 
kiefer, Leipzig, Meusser, 1935. v.1 apud BELL, W.H. Bane Healing and 
revascularization after total maxillary osteotomy. J. Oraf~ Surg., v.29, p. 
706-14, 1971. 
46 WEST, R.A., EPKER, B.N. Posterior maxillary surgery: íts place in the 
1reatment of dentofacial deformities. J. Oral Surg., v. 30, p. 562-75, 
1972. 
47 WOLFORD, L.M., EPKER, B.N. The combined anterior and posterior 
maxillary ostectomy: a new technique. J. Oral Surg., v. 33, p. 842-
51, 1975. 
ARAUJO, M.M. Estudo comparativo entre traçados cefalométricos 
predictívo e pós operatório imediato de pacientes que toram 
submetidos a cirurgia ortognática para correção da sindrome da 
face longa. São José dos Campos, 1997. 69p. Dissertação 
(Mestrado em Odontologia) - Faculdade de Odontologia, Campus 
de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista ''Júlio 
de Mesquita Filho" 
RESUMO 
O obJetivo deste estudo foi o de avaliar a eficiência do 
traçado predictivo. Foram selecionados quinze pacientes portadores da 
Síndrome da Face Longa que foram submetidos a tratamento ortodôntico 
cirúrgico. Posições da maxila no traçado predictivo e pós-operatório 
imediato foram comparados através de mensurações lineares. Diferença 
estatística a nível de 1% foi encontrado entre ambos os traçados, mas o 
traçado predictivo revelou ser um ótimo auxílio nas declsões de variações 
no sentido antero-posterior e verticais, além de ser de fácil execução e 
com baixo custo. 
Palavras-chave: Fort I, Síndrome Face Longa; maxilar, c1rurg1a; cirurgia 
ortognatica; cefalometria, traçado predictivo. 
ARAUJO, M.M. Comparative study between prediction trace and 
immediate pos-operative cephatometric X-ray in patients admitted 
for orthognathic surgicat treatment for correction of the Long 
Face Syndrome. São José dos Campos, 1997. 18p. Dissertação 
(Mestrado em Odontologia) - Faculdade de Odontologia, Campus 
de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista "Júlio 
de Mesquita Filho" 
ABSTRACT 
The aim of this research was to verify lhe accuracy of the 
prediction trace. Records in 15 patients admitted for orthognathic surgical 
treatment were analysed. Predictive and postoperative positíons of maxilla 
were compared with linear measurements. Statistically significant 
difference between predicted and postoperative position were 
demonstrated, but the prediction trace revealed to be very useful to help in 
decision of direction of movements, easy to do at low cost. 
Key words: Fort I, Long Face Syndrome; orthognatic surgery; 
cephalometry prediction trace. 
Autorizo a reprodução deste trabalho. 
f\ 
São José dos Campos, 16 df fbril de 1997.

Mais conteúdos dessa disciplina