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HENRIQUE NOGUEIRA REIS ESTUDO TOMOGRAFICO DA PERSIST~NCIA DO FORAME DE HUSCHKE: IMPORTÂNCIA CL~NICA w*-+m Dissedação apresentada ei Faculdade de Odontologia de Sao Jo& dos Campos, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de MESTRE, pelo Programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA. Area de Concentração em Odontologia Restauradora. Orientador: Prof. Adjunto Horacio Faig Leite S%o Jos4 dos Campos 2002 Apresentação grhfica e nonnalizaçáo de acordo com: BELLINI, A.B.; SILVA, E.A Maanual pam elaboraMo de monogmfias: estrutura do trabalho cientifico. Sao JosB dos Campos: FOSJCILINESP, 2000.81~. REIS, H. N. btudo tMltogMko da praisUncia do forame de Huschke: importdncia cllnica. 2002. 80f. Disserta@o (Mestrado em Odontologia, Ama de ConcetntraçSo em Odontologia Restauradora) - Faculdade de Odontologia da Sgo Jose dos Campos, Universidade Estadual Paulista. Sao JosB dos Campos. Aos meus pais, a quem o Senhor na plenitude de Sua bondade, presenteou com uma famllia numerosa de treze filhos, os quais eles dignamente amaram e educaram. Minha querida mãe, Dona Ondina, receba com orgulho o fruto do trabalho de um de seus filhos, uma pequena retribuição a todo o carinho que nos transmitiu. Meu saudoso pai, Nelson, sinto n8o poder presenteá-lo pessoalmente com algo para o qual tanto lutou e a que seus sábios ensinarnentos me conduziram. A minha esposa Simone, maior presente de minha vida, mãe de nossos queridos filhos, Lucas e Lulsa. Recebam todos minha eterna gratidão. A Deus, que me proporcionou saúde e força pata a vida. Aos meus irm%os Moema, Ricardo, ClAudia, Newton, Nelson, Luis Carlos, Carlos Roberto, Thais, Jos6 Maria, Marcos Paulo, *NelsEio" e Songia, pelo apoio, exemplo e incentivo. Ao ProfD. Adjunto Hordcio Faig Leite, pela satisfação em tê-lo como orientador, pela amizade, sobretudo sinceridade e dedicaçso. Muito obrigado pelos valorosos ensinamntos. Aos Professores Titulares Henrique Duque de Miranda Chaves Filho e Maria Amélia Máximo de Araiijo, que possibilitaram a criação do conv6nio entre a Universidade Federal de Juiz de Fora e a Faculdade de Odontologia da UNESP, para a realizaçao deste Curso. A todos os meus educadores que, com o seu amor pela profiss80, contribulram em minha formação, especialmente o Prof. Jose Augusto Pinto Ferreira. Ao Dr. Rainer Guilherme Haetinger, Coordenador do Serviço de Tomografia Computadorirada da MED IMAGEM (Hospitaf Benefiencia Portuguesa de São Paulo), pela amizade, respeito e extrema boa vontade em recuperar as imagens tomogrdficas que compdem este trabalho, sem as quais n8o seria posslvel a sua realização. Ainda pelo seu interesse e dedicação A ciencia. Exemplo a ser seguido. Ao Professor Ary José Dias Mendes, responsável pelo tratamento estatístico realizado em nossa pesquisa cientifica. Ao amigo e Professor Josemar Parreira Guimarães, grande incentivador. Aos colegas do Curso de Mestrado e Doutorado, Alexandre, Edson, Elson, Lllcia Andréa, Luzia, Neuza, Paulo, Ana Etisa, AntBnio MArcio, Cristina, FIBvio, Henrique Duque, Marilia, Renato e Wildomar, pelo compan heirismo e dedicação. Aos colegas da Faculdade de Odontologia, nossos sinceros agradecimentos. A todos os que, de algum modo ou de outro, contribuiram para a realização deste trabalho. LISTA DE FIGURAS ...................... .... .............................. LISTA DE TABELAS .................................... .... ..................... LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ....................... ..... RESUMO ........................................................................... 1 INTRODUÇÃO ................................................................ 2 REVISA0 DA LITERATURA ............................................. ................ 2.1 Anatomia e embriologia dos ossos temporais .................. 2.2 Estudos osteolbg icos e importancia dinica ....................................... 2.3 Tomografia computadorirada ............. 2.4 Arkroscopia da articulação temporomandibular 3 PROPOSIÇAO .................................................................. 4 MATERIAL E METODO ................................................. 5 RESULTADOS .................................................................. 6 DISCUSSÃO ..................................................................... 7 CONCLUSQ .................................................................... ........................ 8 REFER~NCIAS BIBLIOG~FICAS .... ANEXOS .............................. .......... .................................. .......................................................................... ABSTRACT LISTA DE FIGURAS FIGURA1 . FIGURA 2 . FIGURA3 . FIGURA4 . FIGURA5 . FIGURA6 . FIGURA? . FIGURA 8 . FIGURA g . FIGURA 10 . FIGURA 11 . FIGURA 12 . ................................................. Forame de Huschke ............................. Imagem tomogrhfica da TC no 77 ............................ Imagem tomogrdfica da TC no 83 ............................. Imagem tomogrAfica da TC no 35 ............................. Imagem tomografica da TC no 45 ............................. Imagem tomográfica da TC n077 ............................. imagem tomogrAfi& da TC no 77 ............................ imagem tomogrhfica da TC no 83 ........................... Imagem tomogrhfica da TC no 100 ........................... Imagem tomogrhfica da TC no 100 ........................... Imagem tomgrAfica da TC no 12 1 ........................... Imagem tomogr4fica da 7°C no 141 LISTA DE T A E M TABELA 1- TABELA 3- TABELA 4- TABELA 5- TABELA & TABELA 7- Presença ou ausência do forame no total da amostra ................... .. .............................................. 50 Prevafgncia do foram de Huschke com relação ao sexo ..................................... ... ................................... 51 ............ Uni ou bilateralidade do foram de Huschke 51 Dentro da unitateralidade, incid6ncia direita ou esqusda ...........................,.... .. .............................. 52 FrqOBncia da ocorrgncia do foram segundo o ......................................................................... sexa 52 FreqiUhcia da presença do forame segundo o sexo. 53 FreqaBncia da presença uni e bilateml do h m segunda o sexo ......................................................... 53 FreqUencla da unilateralidade do foram segundo o sexo .............................. .. ................................... 54 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ATM = Articulaç3o temporomandibular 4 DTM = Desordem temporomandibular TC = Tomografia oomputadorizada RM = Ressonância magnbtica REIS, H. M. Estudo tomogdfico da pemist6ncia do forame de Huschke: importhcia clinica. 2002. 80f. Dissertação (Mestrado em Odontologia, Area de Concentração em Odontologia Restauradora) - Faculdade de Odontologia de São Jose dos Campos, Universidade Estadual Paulista. Sao Josk das Campos. RESUMO O objetivo deste estudo foi avafiar atraves do exame de tomografia computadorizada (TC) da regiao da orelha, a persistencia do forame de Huschke, notadamente sabendo-se que nenhuma titeratura foi encontrada neste sentido. Clinicamente importante, o forame 15 perfeitamente visualiado no exame de TC, e tem sido associado com os casos de artrite septica da ATM, Mmia elou flstufa salivar no meato acústico externo, complicaçbes advindas de uma otite externa que acabam acometendo a glandula parótida e ainda graves iatrogenias pbs artroscopia da ATM, como por excmplo, surdez irreverslvel. Este estudo propbs-se ainda, a abordar importantes aspectos clinicos da presença deste forame. Para tanto, foi feito um estudo onde foram avaliadas 150 tomogmfias. De ambos os lados de cada TC da regiao da orelha, dois examinadores analisaram toda a regiao timpanica do osso temporal, obsenrando a presença ou aus&nciado forame. No total, foram encontrados I 7 (1 1,3%) pacientes com a referida anomalia anatbmica, sendo que destes, 13 (765%) pertenciam ao sexo feminino e quatro (23,5%) ao sexo masculino, w m uma maior incidencia para o sexo feminino, o que foi comprovado estatisticamente. Nao foi verificada uma maior incidencia uni ou bilateral do forame. Na condiç3o unilateral, nao foi comprovada uma maior prevalencia para o lado direto ou esquerdo. PALAVRAS-CHAVE: Forame de Huschke; artroscopia da A i M , complicag6es; tomografia computadorirada da ATM. Durante a formação embriolbg ica e o desenvolvimento bsseo da parte timpânica dos ossos temporais, logo nos primeiros anos apbs o nascimento, normalmente encontra-se uma comunicação entre o meato acústica externo e a articulação temporomandibular (ATM), denominada foram de Huschke. Esta comunicação anatõmica foi primeiramente estudada e descrita em detalhes no inicio do s&culo XIX, mais precisamente no ano de 1832, pelo grande Mdico anatomista e otorrinolaringologista de origem gennhica denominado EmiI Huschke (1 797-1 858), recebendo seu nome. Normalmente o forame de Huschke 6 encontrado na porção ântero-inferior da parte tirnp8nica dos ossos temporais de crianças entre o primeiro e o quinto ano de vida. Porbm, com o continuo crescimento e desenvolvimento do osso timpànico para as porç6es anterior e posterior do anel timpanico, este forame começa gradualmente a obliterar-se espontaneamente feito um diafragma, e, caso persista apbs os cinco anos de idade, passa a ser considerado uma anomalia anatõrnica (~rs' , 1 988). Estudos osteológicos realizados tem relatado a presença do foram de Huschke em crãnios de individuos adultos (~rs', 1988: Herzog & ~iese''. 1989; Wang et al.", 1991; Faig-Leite & Horta ~ ú n i o r ' ~ , ~ 999) (Figura 1). FIGURA 1 - Vista inferior de um crhio seco de individuo adulto mostranda o forame da Huschke (seta) e o poro acústico externo (asterisco). Fotografia gentilmente cedida pelo Prof. Horácio Faig Leite. Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, UNESP. A identificação radiogr6fiica do forame de Huschke 6 extremamente prejudicada ou at8 mesmo impossfvel de ser obtida, (Hawke et at.l6, 1987) devido tis superposiç6es das estruturas dos ossos temporais incluindo a parte timpânica, onde se localiza esta anomalia anatomia (Hawke et al.'', 1987; Swallz 8 ~arnsbergep, 1998). A introdqo da técnica de obte-0 de imagens através do exame de TC, onde cortes de várias espessuras são realizados em diversos pontos da estnitura 6-a analisada, veio propeiar, dentre tantas outras vantagens, a visualizaçáo do forame de Huschke (Rabinov et ai.=, 1 997; Ali & Rubinstein'. 2000; Anand et ai?. 20). A importancia dlnica da persistência do forame de Huschke justificacse em função de severas infe-s no complexo auditivo que teminam por infectar a ATM (artrite séptica), de tumores retacionados glanduta parótida que, durante seu desenvolvimento, acabam envolvendo o mato acústico externo, de casos raros descritas onde o paciente apresentava uma fistula salivar espontânea no mesmo meato e de inúmeros relatos de acidentes que ocorreram durante e ap6s a cirurgia artroscdpica da ATM, com sequelas irreversiveis ao complexo auditivo (Van Sickels et al.". 1987; ~ h o m s o n ~ ~ . 1989; ~ingle", 1992; Rabinov ef aL3', 1997). O conhecimento anatdmico do forame de Huschke 6 de vital irnportCincia para os profissionais que realizam a artroswpia e a artrocentese na ATM. Estas são' manobras ciriirgicas indicadas para pacientes que apresentem aderência do disco articular com sua dinamita oclusal comprometida, seja pela IirnitaçAo de abertura bucal ou at8 mesma pelo travamento articular, Muitas veres o paciente com essa alteraç30 n3o obtem atravbs de uma terapia conservadora um bom prognbstico, sendo indicado, para estes casos, um procedimento mais invasivo com o objetivo de liberar o movimento coordenado do cornpiexo processo condilardisco articular. A artroscopia inicia-se sob anestesia local ou geral, com a inje@o de uma soluçáo salina anticoagulante para distender a cavidade articular da ATM. O súbito aumento da pressão hidrostática nesta cavidade em pacientes que apresentem a persistência do foram de Huschke, pode trazer com oonsequencia direta a ruptura da fina membrana tecidual que separa a cavidade articular do mato acústico externo e, consequentemente, provocar o extravasamento da sotuç8o salina para o interior do ouvido (Schickinger et al." , 1998). A introdução do artroscópio com a finalidade de romper aderencias entre o disco e a cavidade articular pode atingir o foram d e Huschke, transpassando-o ate o ma to acústico externo e prosseguindo inadvertidamente de encontro As estruturas nobres do ouvido rn6dio. Sequelas irreversíveis fun~ão auditiva tem sido relatadas desta forma (Heffez et a1.18, 1989). A artrocsntase e lavagem da ATM sso processos simples que buscam proporcionar bons resulkdos em pacientes com li^^ de abertura bucal. A tbcnica visa melhorar a movimentaçiio d l o - mandibular atravb da lavagem do espaço articular com a injego de soro flsio@ico, a que aumenta, momentaneamente, a pr-30 intra-capsular. As possiveis mmplicaçbes da artrocentese e lavagem da ATM incluem extravasamtenta de liquido ao redor da ATM tratada e posslvel fomy;ão de hematoma (Hasson & ~ev i '~ . 1999). A literatura pesquisada nao relata complicações que poasam aúorrer durante e apbs a artrocentese em pacientes que apresentem o forame de Huschke. Considerando as importantes irnplicagaes dinicas da .persist&ncia do forame de Huxkhe, a grande dificuldade e mesmo a impadbilidade em visualizá-lo atravbs da radiografia transcraniana, bem como a auskncia na literatura de estudos tamogr&ficos acerca do assunto, esta pesquisa se propôs a estuda-lo atravbs da tamografra computadorirada, 2 REVI- DA LITERATURA Na presente pesquisa foi realizado um estudo tomogdfico para avaliar a persistência do fwame de Huschke. Para tanto, esta revisão da literatura foi subdividida em tópicos que imo abordar: anatomia e embfiologia dos ossos temporai&, estudos aatealdgleos e importância dinica da persistência do forame de Huschke, tomografia computadoritada e artroscopia da ATM. 2.1 Anatomia e ernbnoiogia dos ossos temporais (1988) ao desenvolver um estudo em que descreveu a ernbriologia do f o r a m de Huschke, observou, inicialmente, que nas oito primeiras semanas pbs wulatbrias do perldo embn'onhria se f m m as estruturas que compõem os brgãm da audição. J& aos 22 dias os dois prinieiros ams Saringeanos estao k m vislveis no embrigo. A vesicula btica se indiualira aos 32 dias e aos 48 dias o mata adçtieo externo est$ pr&fomdo. Aos 52 dias, profundas transfomiagi5es Sh efetuadas. Uma invaginaflo ectoblástica oriunda da primeira fenda branquial invagina-se indo ao encontro da outra imraginaç4o de origem endoblhstica. As &lulas epiteliais presentes no fundo da imaginaçilo ectobl8stica vão se proliferar formando u m a placa epitelial compacta que participa na formação da membrana timp8nica. Posteriomente, o W d a conjuntivo oriundo do endoblasto e que circunda a membrana do timpano se ossifica fomianda, futuramente, a parte tirnipanica dos ossos temporais. Seus primeiros centros de ossficação aparecem na nona semana de vida intra-uterina. Na 12' semana, esses centros fundem-se, fwmanda o anel UmpBNm gue apresenta a forma semelhante a de um anel interrompido. Na 15' semana de vida fetaI, o anel timpsnico já constitui nove d & c i m de um drculo com diametro prbximo a 1 Omm. Na 19' semana o and 4 independente da cápsula &ti=: sua fusAo cam esta &pula nao ocorre antes da 35' semana, ao contrário do que ocorre com as outras partes do osso temporal. A partir dessa Idade o anel timpanim 6 f o m d s par uma parte M i a , um ramo posterior e outra anterior, ~r s ' (1988) afim ainda que apás o nascimento, o anel timpânico se toma o osso timpanico e tem a fom de um anel interrompido em sua extremidade superiót. Tal interrupflo recebe o nome de incisura de Rivinus. Durante seu desenvolvimento, que ocorre em sentido circular e superior atravbs de seus centros de osçificação, este ir& fundir-se 9 poriç;ão petrasa 40 temporal formando a parede externa da cavidade timpânica. A prbxirna fase de desenvolvimento da parte timpãnica do osso temporal B o aparecimento de dois tub4rculoç ou proeminencias que crescem urn contra O outro, a s se unirem no primeiro ano de vida. O assa timphico apresenta agora como resultado da h & o destes dois tub&rculos urna abertura denominada foram de Huschke. A particularidade deste fararne B que ele se oblitera fei i um diafragma antes do quinto ano de vida. Heflez et al.'' (1988), ao estudarem as alteraç6es de desenvolvimento da placa timpãnica, verificaram que o foram de Huschke se b m durante o crescimento e desenvoMmento do amt timpélnico. Este ao se desenvolver, fusiona-se d parte petrosa do osso tempota!, formando a parede externa da cavidade tiimpanica. Em continuidade, surgem duas proemingncias na parte timpânica do osso temporal, que m r n em sentido convergentes entre si at8 o primeiro ano de vida. Ao se fuaionarem, permanece uma abrium entre a fassa articular e o mato a c M m externo, denominada forame de Huschke, que, nodrriente, se fecha por volta do quinto ano de uida, Segundo Benta et aL8 (1898). a osso temporal B um ossa par que compde parte da parede lateral e da base craniana. Ele B dividido em cinm partes distintas unidas por fissuras: escarnosa, mastbide, estilblde, timpanica e petrosa, que se articulam com os ossos esfenbide, parietal, -pital, zigornálico e ainda com a mandlbula através de uma articulago móvel denominada ATM. A porgo timpânica $ f o m d a pelo osso timpânica, que 6 u m I%min"aea forte. =curvada e forma as paredes anterior e inferior do me& adsticù extemó. Sua M o com as porç6es nnastdidea e mesa pdstereinferiomnfe forma u m bainha para o processa eçtilúide. Ainda a porçiio tirnpsnica 6 separada do processo condilar da mandíbula por uma pequena quantidade de tecido da glaindula parbtida Sua superfície rriediat e ãntero-inferior e fina e, por vezes, apresenta uma pequena abertura denominada foram de Muschke, 0s autores ao descreverem o desenvohrimento embriolbgico do osso temporal, afirmaram que o osso timpanics B cansidemdo um elemento bsseo independente do ossa temporal, sendo que ele n8o circunda completamente a membrana timpsnica, permaneceredo uma abertura em seu segmento cranial que recebe o nome de incisura ti-nica ou de RMnus. Seu criescimento em sentido circular e superior formará a parede anterior do m a t o acifstiço externo, parte da fossa mandibular e da bainha do processa estildide. Em seguida, a anel tirnp8nico ir4 se fusionar com a parte petrosa do OSSO temporal, para participar da fo-o da parede externa da umidade timpanica. Posteriormente, com o crescimento da parte timpânica do ossa temporal, aparecem duas proemiMncias ou tubérculos, apresentando a fcirma.de U: os chamados tuMmlos timpánicos anterior e posterior que crescem continuamente no primeiro ano de vida at6 se fusionarem. O anel tirnwnico continua normalmente seu crescimento para cima. Com a fusão dos dois tub8rculoç tem-se o aparecimento entre a região Sntero-inferior da parte tirnpanica do osso temporal e a f o e s articular, do chamado foram de Huschke, que 8 uma abertura enlre o futuro m a t o aci=istica e a fossa mandibular. Normalmente, com o continuo crescimento do osso timpânico, este brame oblitera-se como um diafragma antes do 5' ano de vida e, por vezes, pode persistir no adulto. Madeiran (1998) descreveu anatomicamnte o osso temporal através de suas porç&s ou partes. A parte escarnosa do oçsù temporal tem uma projeçiio denominada processo zigoWco, que se une ao processo temporal do osso zigorr6,tico formando a arco zigodtico, separando a fossa infratemporal da fossa temporal. Ainda na pomo escamsa, em sua porção inferior, encontra-se a fossa mandibular, limitada anteriomnte pela emindncia articular e posteriormente pelo processo retra-articular. Mais posteriormente existe uma ampla abertura denominada poro acústico externo, quase totaImente delimitado pela parte tirnpanica da temporal. &te poro db acesso ao mato acústico externo que penetra na porçtlo petrosa do osso temporal. Na sue extremidade medial, ç, meato acústico & fechado durante, a vicia pela membrana do timpano. Entre a parte timpánica e o osso &pita1 encontra-se u m saliência rugosa e robusta que se projeta em dimçáo Anteminferior, denominada processo mastólde, Logo abaixa da parte ti-nica, enoanbse a processo estil0ide, uma proíeçaa também no sentido anteto-inferior em f o m de estilete. Anand et al.' (2000), ao estudarem a embriologia do mato acústico externa, observaram que seu desenvolvimento ocorre a @r da primeiro sulco branquial entre os arcos mandibular e hidide e que, na oitava semana de gesta@o. este sulco aprofunda-se, formando um tubo em forma de funil, dando origem ao primeiro conduto. Durante a nona semana, um &lido tampão epidkrrnioo, denominado placa meatal, estende-se do primeiro conduto e entra em contato com o epitbtio da primeira bolsa faringea- Durante a vigésima primeirã semana de vida fetal, os cordões das &lulas epiteliais começam a se reabsorver, b m n d o um cana!, sendo que dois terços mediais do meato acústica externo $80 derivados deste novo tubo ectodbmico. O me*nquima em torno deste tubo eGtod4rmico fama quatro pequenos centros de ossifica@u os quais se fusionam para, futuramente, formarem o anel timpbnico. Durante o primeiro ano de vida, estas proeminencias bsseas crescem continuamente at4 se fusionarem. Esta fusão separa o anel primordial para dentro do mato ac0stico externo superiormente, surgindo uma comunicação entre o futuro mato acilistico e a fossa articular, o foram de Huschke. Os autores chamaram a atengâo, observando que este f o r a m usualmente se fecha por volta do quinto ano de vida, e que o mato acústica externo, o b t h sua forma adulta em torno dos nove anos. 2 2 Estudos ùsbolbgicos e irnpoMncia clínica Em 1984. Shama & ~apkins" publicaram o primeiro caso que relacionava um quadro raro de mula salivar espantAnw, localizada no meata acústica externo. Uma paciente, com 58 anos, que apesar de não relritar hist6ria de trauma ou injúria na região da orelha, clinicamente apresentava uma dorréia aquosa incolor e indora que aumentava quando ela abria e fechava a boca. O exame biuqultnico realizada no liquido coletado mostrou tratar-se de saliva, sendo que o exame s ia logrW, posteriormente solicitado, apresentava-se dentro dos par8metms de nomlidada. Durante o tratamento elrGrgico exploratcirio realizado. foi obseniado um dafeita Gsseo na placa tirnp8nica medindo 5,0 X 3,0rnm, o forame da Huçchke, que, em seguida, foi fechado com urm pequena porç8o de cartilagem meatal. c importante frisar que a anomalia anatbmica foi encontrada durante a cirurgia, embora não tenha sido realizado exame p&vio por imagem para este fim. Qs autores relatarsmo sucesso da terawutica cirúrgica preconizada para a paciente, permanecendo esta assintomática. Por fim, ponderaram que a persist&cia do forame de Huschke poderia explicar a rota peta qual u m severa otite &ma acabaria acometendo a glgndula parbtída. ~ a s p (1978) que foi citado por S h a m & ~awlon$' (1984). afirma que a gl&ndula pardtida e& relacionada com a patecte a M w e soalho do meato acústico externo. Algumas vezes, parte da glandula alcança a cavidade articular sendo esta porção denominada lobo artidar, que, estando em contato com partes 6sseas, acaba senda afetada pelos movimentos mandibulares. O enunciado justifica o fato de um paciente com Rstulasalivar espontanea no mato aastico externo, promover um aumento da otorrgi, quando realiza o movimento de abertura e feclPamento bucal. Hawke et ai." (1 987) citem o caso clInicb de uma hérnia assintarn6tiea eqmthea bifãterril da A7M para o me820 acdistico -ma em uma paciente com 68 anos, que se queixava de perda progressiva da audiHo, sem história de trauma na regi80 ou doenga prévia no owido. Aúavb do exame de otoswpia, podia-se ver, na meata acústico externo da paciente, osna elevação quando sua boce se apresentava aberb. Ao solicitar 4 paciente para feeh&la, era observada, atrav&s da otoscbpio, um dectínio da elevação, sendo que, com a boca totaImnb fechada, surgia uma invaginação. O exam wdiogtaco convencional não m l o u anomlfdada; no entanto a TC dos ossos temporais mastrou urna deWncia dssea bilateral entre a mato acktlco externa e a ATM. Tal quadro foi atribuldo a uma falha no fechamento do brame de Huachke. 0s autores afirmaram ser o primeiro caso descrito na Iiteratura cientifica sobre este tipo de anormalidade. Continuando, Hawke et a1 .'7 (1 988) ao investigarem o caso dlnico de u m paciente de 52 anos com uma flstula espontfinsa da ATM para o mato acústico externo, informaram que, ao ser atendida primeiramente em 1982, ela relatava a histbria de um liquido incotar saindo do mato aebstim externo durante a mstigação. Não havia histbria de trauma, de injúria ou qualquer outra atSeraçBo na A'IM ou na glandula parMida. Durante o exame de otoscopia, ao ser dicitada para que ficasse com a boca aberta, podia ser visb através do aparelho, uma elevaMo no meato acústico externa. Ao ser orientada para que fechasse a boca, era observado o decllnio da elevação, e com a boca totalmente fechada, surgia uma invaginação. Finalmente, a paciente relatava que a mastigaflo provocava o escorrimnto de um liquido do owido para a face, que coletado e enviado ao taboratbrio, o exame solicitado constatou tratar-se de saliva. O caso clinim apresentado foi primeiramente diagnosticado como uma glanduta salivar ectópica, Em 1986, aphs reexarniná-Ia sem altetaçila do quadro anterior, foi feita uma TÇ, corte axial, e encontrada u m deisdncia óssea bilateral entre o mato acGstlco externo e a ATM. Esta falha 6ssea era o foram de Huschke, que os autores afirmaram ser o responsdvef pelo quadro clfnico apresentado pela paciente, nao relatando, no entanto, cama foi finaliido. ~ r s ' (1988). ao realizar um estudo osteológica do foram de Huschke, investigando trezentos QSSQS temporais de cránios çecos de indivlduos adultos, a f imu ter encontrada o farame de Huscbks em apenas dois casas. É importante Risar que o autor n8a espedficau se as referidas anomalias eram uni ou bilaterais, ou ainda se os cdnios de onde foram retiradas os assas temporais pertenciam a indivlduos do sexa masculino ou terninho. Herzog 8 ~iese" (19891, ao examinarem cam cr8nios de Indianos, encunhmrn a presença do f o m de Muschke em 16, senda que, em 7% da amostra, este se apresentava bilateralmente. Os autores não especificaram se os crãnios estudados eram de crianws, jovens ou adultos. Ao mensurarem os tamanhos das referidas anomalias anatdmiicas, encontraram as menores medideis com vabes de 9 , O m e as maiores com 7,0rnrn, no entanto, não detalharam o que consideraram como tamanho, se difimetro transversal ou longitudinal. ~homçon" (AQBB), relatou dois quadm raros de otite externa que evaluirarn para artrite séptica da ATM. Os pacientes, um do sexo feminino e outro do masculino, apresentavam alguns doa fatores predisponentes para artrite, com por exemplo: desoutrigo, debfdade fislca, imunossupress8o por corticosteróides e ainda fatores locais amo dbenl~fiis articulares. Segundo o autor, a contarninaç30 bacteriana da ATM, pelo quadm de otite eexterna, somente foi possfvd devido a algum falha 6ssea na soalho do m a t o acústico que possibjlitou a sua eõmunica~o física com a cavidade articular, lecilitando, assim, a i m o bamriana. Esta falha nao foi detectada na radiografia çamum, no entanto, o autor nao citou o uso de qualquer outro tipo de estudo por imagem que pudesse identifiwa, Panda et al." (1990) reportaram o mso rara de uma fl9hila galivar no mato acmico externo em u m paciente m m t G anos, que foi assistida por eles. A paciente M o tinha hiat6na pregressa de procedimento cirdrgico ou trauma fisico na região paiotide no entanto, durante a rnastigação, apresentava uma otoméia aquosa do lado direito que foi caletada e enviada ao laboratbrio. O exame bioquímica realizada verificou tratar-se de saliva, nas sendo identi7icada a presença de células potencialmente maliqnas na amostra analisada. Em seguida, foram solldtado~ os exames: radIogrMco, slalogrsfica er umaultrassrrnografia da cabeça e do pescoço. Todos os resuitados apresentavam-se dentro dos parametros normais. SubseqQentemente, a equipe:decdecidiu pela- de uma tfmpanotornia exploratbria, que nslo verificou microsmpicarnente nenhuma anormatidade. Ap6s muita discuss~o, foi decidido fazer o tratamento radioterApim da glandula pardtida com o objetivo de diminuir sua kinç8o excretcira, Ap6s 20 dias. a paciente retomou carn os naesmos sintomas. Em seqU&ncia, foi realizado um novo exame sialográfico da parbtida e verificado um pequeno fluxo do contraste utiliada, indo em direção ao mato acústico externo, o que motivou os membros da equipe médica a realizarem a parotidectornia radical no lado afetada, preservando o nervo facial. Apbs 78 dias, a paciente retomou com a recorrencia do quadro, sendo realizada, pe!a mesma equipe, uma cirurgia exptoratbria mais ampla, verifieandwe uma abertura rosacea na regi30 Antero-inferior do meato acústica externo que foi obliterada com uma pequena porção do músculo esternocleldomstoideo. A paciente apresentou-se assintornática por um ano e, apbs este perlodo novamente os sintomas retomaram. Foi ent3o tratada sintomaticamente, não sendo admitida por parte da paciente qualquer proposta terap&utica mals invasiva. Os autores nao rrsencionaram a persist&ncia do forame de Huschke como uma potencial rota para o fluxo salivar aleanpr o mato aclistico externa, justficando ti ma! que acometia a paciente. Wang et alha ( 1 991). realizando um estudo oçtedógica em 377 crânios de orientais e ocidentais adultas, encontraram a prsist&ncia da foram de Huschke em 7,2% das pegas anathicas, sendo que a frequencia por raça foi de 8,7% e 9,1%, respectivamente- 0 digmetra longitudinal encontrado variou de 1 ,O a 6,Omm; a digrnetro transversal, de 1 ,O a 8,Omm. Dos 41 Forames eneonlrados, 14 eram unilaterais e 13 bilaterais. Quanto A fm, 24 apresentavam-se ovalados, 15 redondos e dois irregulares. Segunda os autores, a signifiçãnçãa clínica de forame de Huschke não tinha sido largamente reconhecida at6 aquela data. Comentaram ainda que a &rea prbxima ao brame 6, normalmente, onde ocorrem fraturas traurneiticas no mato acústico externo e que a sua pemmst6nc1a 6 importante na artroscopla da ATM, pois este procedimento cidrgico 6 feito com endosc6pio de fibra bptica rlgida, cujo dj8metro externo pode varjar de 1,7 a 2,7mm, portanto menor que o regishdo pelas anomalias anatbmicas estudadas. Segundo os autores, foram descritos acidentes graves que ocorreram durante a artrosoopia da ATM, com a penetração do artrosa5pio no foram de Huschke, transpassando-o seguindo através do meato acijstico externo até o ouvido M i o . Finalizando, ponderaram que a préssentp do forame de Huschke poderia fornecer uma rota pela qual uma severa otite e W a culminaria infectando a glandula parbtida. Cecire et al." (1991) relataram o caso de um paciente de 60 anos com histbria de otodia aquosa incolor e inodma, advindo do ouvido esquerdo. Nao havia antecedentes de trauma, surdez ou patologias das vias akreas superiores. Após o exame atoscbpico, foi encontrada uma massa avemielhada, polipbide, que foi completamenteremovida, sendo que a exame histol6gica realizado mostrou se r tatalmente composta por t d d o de granulafló, Ap6ç a recorrhcia do quadro a ponto de a les56 evoluir quase obstruindo o meato acústico externo, foi realizado um estudo por imagem atraves de uma 7°C da regi80 orelha, corte ãxial, e encontrando um defeito h e a entre a ATM é o mata adstiw externo. Este defeito, conhecida como foram de Huschke, propiciou que o wascimenta da h 3 0 atingisse novamente o mato amstico. Em seguida, uma nova polipectomia foi matizada e enviada uma nwa amostra para o exame hisltopatolbgico que acusou tratar-se de u m Iasão tumoml do tipo ainoviorna. ~ ingle '~ (1992) descreveu um quadro raro de artrite s4ptica da ATM por uma complica@o de oüte externa ocorrido em um paciente do sexo masculino aos 75 anos. Para pesquisar a via pela qual o microorganismo presente no quadro do ouvido atingiu a cavidade articular, foi feito um exame de TC da regiao da orelha, corte axial. Este acusou um defeito bsseo entre o meato acústico externo e a cavidade articular, o forame de Huschke, justificando a rota pela qual a infeoção atingiu a ATM. Schunk et al." (1998) descreveram dois casos clinicos de duas pacientes que se apresentavam com tumores artrogênicos no mato acústico externo. A primeira, com 56 anos, foi enmminhada até eles com hipbtese diagnóstica de exostose no mato acústico externo do lado direito. Alem disso, ela se queixava de uma pressa0 no ouvido seguida de diminui@o da audição do lado em questão. Atravbs do otoscbpio, estando a paciente com a boca fechada, podia ser visto um abaulamento liso de aspecto exostbide, p o r h de cunsist&ncia macia na parede anterior do mato acústico externo, que se estendia ate tocar a membrana timpgnica. Ao abrir a boca, a lesão se achatava desprendendo-se da membrana timpanica. Tal achado clinico justificava as queixas relativas A audição da paciente. O exarm tomogrAfico realizado mostrava um tumor grande, arredondado, de tecido mole denso que crescia a partir da ATM direita para dentro do meato acijstico, com uma destruição 6ssea na Area acometida. No entanto os autores obsenraram que o defeito 6sseo estava limitado muito planamente para ser causado por uma ciestruiflo de origem tumoral. O exame histopatolbgico da bibpsia incisional realizada, diagnostimu uma hiperplasia tecidual reativa e inflamatbria do tecido conjuntivo sinovial com auskncia de malignidade, portanto, pseudotumoral. Em seguida nenhuma outra medida foi tomada, j& que com a biópsia incisional ocorreu uma redução no tamanho do tumor. Ap6ç um ano, a paciente retornou para controle, verificando-se que o pçeudotumor voltara a crescer, mas não tao acentuadamente. Assim a paciente optou por nao fazer uma nova intervenção cidrgica para a remoção da lesão. A segunda paciente, com 64 anos, apresentava-se com as mesmas queixas da anteriomente assistida, e tambi4m com uma les8o de aspecto tumoral que podia ser vista otoscopicamente no meato acústico externo. Esta lesão alterava de tamanho ao abrir e fechar a boca. Os autom relataram que o exame tomagrgfiico mostrou um defeito bssea bem delimitado na parede anterior do meato acGstico externo. Foi feita uma bibpsia, cujo resultado foi o mesmo da paciente anterior, porem não condulram cam foi a evoluflo do h o relatado. Ao revisarem a literatura, os autores encontraram relatas de casos cllnicos de pacientes com hbrnia sinovial no mato aciistico externo, que se invaginou da ATM para o ouvido pelo fibrame de Huschke, anomalia tissea que foi ver'rfieada tomagraficamente em ambos os casos descritos anteriomente, Chamaram a atenção para estudos osteológicos em que encontraram a persistencia do fosame de Huschke em 7% da populapa, e cujas afteraç6es, m o as relatadas por eles, poderiam ser mais obsetvadas e diagnosticadas através de exame otodpica, solicitando t%o somente ao paciente que movimentasse a mandibula, abrindo e fechando a boca. !Esta simples obsewa@o possibilitaria verificar posslveiç altetagões de f o m na parede antero-inferior do rneato acústico externo, ajudando a diagnosticar clinicamente a persistência da f o r a m de Huschke . Rabinov et al." (1 997) apresentaram um caso cllnia, de adenoma plsomófim recorrente da glandula parbida que, de tom incomun durante seu crescimento, envolveu o meato aclistico externo. O mal acometeu um paciente do sexo masculina, de 54 anos. Os autores, ao estudarem a doença, mnfimarsm, a!ravAs da exame de TC, corte axial, ter sido o forame de Huslchke que propiciara o d n h o pelo qual a lesão, ao se desenvolver, atingiu o meata acústico externo. Faig-leite B Horta ~ún ior '~ (1999). realizando um estudo sobre a pemistdncia do foram de Muschke, analisaram 7i6 crAnios sendo 305 identificados aegundo o grupo Btnico, sem e faixa &ria, e 471 sem qualquer identifiça@o. Em todos os crilnios, de ambos es lados, a parte timpãnica dos ossos temporais foi detalhadamente obsenrada quanto a presença, forna e tamanho deste foram. Os autores encontraram a presença desta anomalia anatbmica em 77 (9,m) cranios, sendo 44 (S,7%) pertencentes ao grupo dos cranios que não apresentavam identificã@o e 33 (4,2%) aos que eram identificados. Quanto A presença, os autores encontraram o foram de Huschke incidindo bilateralmente em 38 (4,6016) cranios, e na forma unilaite~al em 41 (5,3%), senda 22 (28%) do Iado direito e 19 (2.5%) do lado esquerdo, Ao an81isarern m separado os d n i a s identificados, obsenraram que o foram estava mais fqUente em crãnios de sexo feminino (16.2%) do que nos do sem masculino (8,3%), Classificaram ainda os forame de HusChke encontrados em irregulares (73 cranios), mais (20 crânios) e redondos (20 crânios}, Com relação ao tarmho desta anomalia anathnica, Faig- Leite & Hocta ~úniot" (1999) obsenraram que o di3metro transversa variou erilre 1.0 e 5 , Q m e o longitudinal entre 1,O e 8 . 0 m Ao menaurarern a distancia entre a parte mais lateral do foram e o poro aciistico externo, enowitrarrrrn esta medida vaiando entre 3,Q e 21,Umm. Os autores chamaram a atenção para o fato de que no grupo dos cranios que apresentavam idenMeaçAo, o brame de H-ke incidiu da maneira estatistimmnte mais sign'mcante nos indivlduos do sexo feminina, do que ROÇ da sem masculino. Ali & ~ubinstein' (2000) relataram o caso de um indivlduo do sexo masculino oom 64 anos, que foi primeiramente examinado em abril de 9997, q u e m - de perda da audi-, principalmente no owido direito, com progressão acentuada nos três meses que antecederam o exame. O paciente relatou ainda, que experimentavã alguma melhora realizando a manobra de Vasalva (utilizada com o objetivo de igualar a pressão entre o meato acustico e o ouvido médio). Sua histbria mtsdica era positiva para hipertensao e artrite reumat6lde. Ap6s o exame fislcs foram obsenradas severas deformidades articutares advindas do estágio avançado da doença articular, O exame otolbgico realizado acusou a presenp de ceri5men no ouvido esquerdo e uma retra@o da membrana timphnica do lado direito. O paciente foi orientado a contínuar a realizar amnobra de Vasalva para a redução dos sintomas, e retomar ao consuçt&rio, caso neaxsario. Em rmrço de 1998, o paciente retomou com histdria de aumento da perda de audi@o 60 lado direito,-desta vez acompanhada de otodia incolor do mesmo lado. Ao reexaminh-to. foi verificado que a membrana timp Anica apresentava-se nomal, por& um liquido incolor advinha de um teddo granulomatoso na parede anterior do meato acústico externo, sugerindo uma Sistulã salivar, F d realizado um exame de TC dos ossos twnporais, corte axial, e este mostrou um defeito na parede anterior da meato acbstica externo e ainda aiter-s na forma do dndiio mandibular. O defeito bssea, também conhecido com forame de Huschke, normalmente se fecha entre o primeiro e quinto ano de vida A presença da referidaanomalia anat&nica explica a rota pela qual o tecido granulomatoso atingiu o mato acústico externo. O paciente foi entao submetido a uma cirurgia para a remoção da nedormaç80 teciciual (tecido granulomatoso fibrbtiw com hreas de riecrose) e reconstruçao do defeito 6sseo. Anand et al.? (2000) descreveram importantes achados clinicus e radiogrMcos em duas pacientes que apresentavam h h i a da ATM para o mato acústico externo. A primeira paciente com 51 anos, queixava-se de perda progressiva da audíçZio do ouvido esquerda nos três mses anteriores ao exame, e ajnda, dor e estalidos na ATM ao abrir e fechar a boca. Sua abertura bucal máxima era de 50mm. Não relatou hitbria de trauma, ink-o ou cirurgia nas regibes da ATM e do complexo auditivo. AtravBs do exame otoscbpiao, foi observada M, m a t o acçistico do lado esquerdo uma protuber8ncla que aumentava de tamanho ao abrir e diminuia ao fechar a boca. Foram, então, solicitados exames aompiementa~s. Q sudiograma r e a W a acusou uma perda moderada de audição do lado esquerdo, a TI: dos ossos temporais revelou um defeito na placa timpsnica (foram de Huschke) centrado na junção anterior da membrana tirnpiinica, e a RM realizada, mostrou evidgncia de um ptolapso do tecido retrodiscal d& ATM para o conduto auditivo. Foi, em seguida, teafirada uma cirurgia com o abjetivo de corrigir a variante anat8mica mensurada em 7,Qmm, utilizando-se, para tanto, de uma pequena pomo de polypropylene (Medpore). O implante foi fixado usando-se uma mlnlplaca de titdnio e a paciente aconselhada a restringir a abertura bucal par um perlodo de três semanas. Em seu retorno, foi observada que a abertura b u d limitava-se a 42mm e a audição nomialiara. Continuando, os autores afirmaram que a segunda paciente, com 48 anos, queixava-se de dor e mWo no ouvido esquerdo. NAo havia hiçtbria de surdez, esmrrimento de líquido do owida ou díficuldade de abrir a boca (abehrã bucal rnAxima de 42mm). O exame otoscbpim realizado revelou um inchaço intemiinte na parede anterior do meate acústico externo do lado esquerdo, que apresentava seu maior volume em abertura bucal maxima. A TC dos ossos temporais mostrou um defelto 6sseo na parede anterior da placa timpãnlca e a ressonãncia magnetica (RM) revelou a existencia de uma hérnia dó tecido rettodiscal da ATM para dentro do conduto auditivo. Durante a cirurgia para oorreção, utilizando-se para tanto um implante semelhante ao primeiro caso descrito, foi visto que a referida anomalia anatbmica (foram de Husehke) m i a 5.0 x 7,Omm. Segundo os autores, a@ a recupe-o da paciente, a abertura bvcal limitou-se a 38rnm, no entanto houve mmissClo dos sintomas relacionados ao complexo auditivo. Anand et ai.' (2000) observaram ainda, que a intima rel- snatmca entre a meata actjstico externo e a ATM, explica o fato de um grande número de pacientes com sintomas de desordem temporomandibular (DTM) procurarem, primeiramente, assistQncia nos profissionais especialistas em ouvido. Desde a descoberth dos raios-x por Rontgen em 1895, grandes revoluç6es u&m acontecendo nos exames de radiadiagnósticu, Em 1949, surgiu a tomografia, uma t6cnica radiogr8fica que fornece a imagem de uma secção ou corte da estrutura de interesse. As imagens obtidas sao produzidas como se na estrutura examinada fossem realizados vhrios cortes em vArios ptanos de espessura relativamente pequena. Holmlund et al.= (1986). ap6s afirmarem ser a ATM a articula@o mais complexa da ser humano, aleriaram para a extrema. dificuldade em examin8-la criteriosamente atravbs de radiografias convencionais, portanto sugerem .que .a TC seja o exame de eleiç8o quando se quer visualizar estruturas que, normalmente, sgo superpostas e encobertas na tomada radiogrAfica comum, com 6 o caso da ATM. Heffez et al.18 (1 989), ao descreverem dois casos clínicos onde ocorreram defeitos de desenvolvimento da placa timpanica, observaram que as radiografias comuns eram falhas em detectar a presença do forame de Huschke, a qual poderia melhor ser identificada atraves da imagem obtida utilizandese a TC. Herzog & ~ i e s e ' ~ (1989) afirmaram que a tomografia é o exame considerado de eleição para estruturaanas quis ao se r e m e m o exame radiogrdfioo comum, apareçam superposi@es de imagens, como por exemplo, as estruturas que compbem o meato acústico externo e o ouvido médio encobertas pelo osso temporal. Portanto, indicaram a TC quando se necessita identificar a persistkncia do foram de Huschke. Devido sua localizaç30 e A grande possibilidade de superposição de imagens na regi80 dos ossos temporais, especificamente a parte timpanica, existe uma grande dificuldade em visualizar o foram atraves de tomadas radiogrhficas convencibnais. Segundo Arita & varoli' (1993). o funcionamento do tomógrafo pode acontecer de duas maneiras: primeiro quando o filme gira para um lado e a fonte de raios-x para o outro (O filme está colocado sob a mesa de trabalho livre para se movimentar, sem incomodar o paciente, sendo o fulcro o único ponto que permanece estdtico); segundo o cabepte e o filme se movimentam atrav4s de um arco em vez de linearmente. Esses movimentos podem ser circular, triespirat , eliptico e ainda outros movimentos multidirecionais. Ambas as formas geram imagens de uma fina camada ou slice do objeto. Essas camadas variam em (espessura) milímetros, sendo que a distancia entre os cortes (incremento) tamb6m 4 mnsurada em millmetros. Segundo os mesmos autores, diversas unidades funcionais compUem o sistema de TC: u m a fonte emissora de raios-x, um detectar de radiação, um computador digital e um instrumento para que os dados acumulados em fita magnbtica ou discos sejam transformados em imagem visual. A imagem produzida por um tombgrafo computadorizada inicia-se com o processo de estratificação. Vhrias pequenas fontes de raios-x geram feixes extremamente finos que ultrapassam o corpo a ser examinado, impregnando os detedores de radiação. A eficiência do sistema de estratificação pade ser aumentada com o uso de um feixe de raios-x do tipo fan-shaped associado a um número maior de detectares. Estes quando estimulados produzem imputsas el8tricos que são proporcionais à intensidade do feixe de raios-x emergindo do corpo. A intensidade do feixe 8 determinada por diversos fatores incluindo a energia do feixe original de raios-x e a distância entre a fonte e o deteetor, sendo que cada penetração no contorno do corpo, produz um numero que, juntos, sao armazenados em um computador digital e atraves de um complexo sistema algbbrico (algoritmo) contendo mais de dez mil equaws, transforma-os em uma escala de densidade que produzir6 uma imagem vislvel e interprekivel. Matteson et a!.28 (1 996) afinaram que a grande vantagem da TC 4 a obtenção de imagens sem superposiç&s, e em função dessas imagens superpostas 6 que as radiografias convencionais, são falhas para se avaliar subestnrturas bsseas. Para estes casos o exame de eieiçSo 6 a TC. De acordo com Taguchi et al? (1997), a dose de radiaçao necessbria para se obter uma tomografia é alta se comparada com a radiografia convencional, e sua disponibilidade é limitada para o cirurgião dentista pelos altos custos do exame, quando comparado com as radiografias convencionais normalmente solicitadas pelos profissionais da Odontologia. Swartz & ~ a r n s b e r ~ e r ~ (1998) chamaram a atenção para a impomncia do exame fisico (otoscopia) do mato acGstico externo, que B facilmente acesslvel. No entanto, quando este está obstruido por um tumor ou uma ínfe-o, o exame par imagem tomográfica 6 extremamente importante para avaliar as estruturas adjacentes. Zarb at a).'' (2000) afirmaram que, depois da artroscopia e da cirurgia aberta da ATM, a imagem radiogrbfica B o Único método de obter imagens visuais dessa articulaflo. Seu pequeno tamanho, morfologia variAvel da fossa articular.do processo condilar da mandlbula e estruturas 6sseas densas que a circundam, oferecem dificuldades t6cnicas para obter-se uma imagem radiog&fica clara e nítida. A principal limitação da radiografia convencional da ATM 6 a modificaflo necesshria da angulação do feixe a fim de prevenir a sobreposição de estruturas 6sseas adjacentes na imagem da articulação. Para superar estes obstáculos, múltiplas gcnicas ' radiagrAficas foram introduzidds, notadamente a TC. Os autores afimiararn, ainda, que a TC é uma opção se houver um problema concorrente ao tecido duro da ariiculaçiío e a radiografia convencional pregressa for negativa ou questiondvel; no entanto, frisaram que a quantidade de radiação 6 cinco a dez vezes maior do que na radiografia transcraniana comum. 2.4 Artmscopla da ATM A artroscopia de maneira geral foi primeiramente descrita por Takagi em 1939. Em f 975, Omnish descreveu o uso da tecnic-a na ATM. Desde então, o interesse pela artroscopia da ATM tem aumentado, sendo que a tecnica tem sido empregada, preferenciatmente, para os casos de ader4ncia do disco articular, que ocorre em maior frequencia no compartimento superior da cavidade articular. Nestes casos, o paciente apresenta uma limitação de abertura bucal ou ate mesmo travamento articular. As complicaç6es pós artroscopia são importantes neste estudo, uma vez que o diãmetro do artroscbpio tem, em mbdia, 1,7 a 2,4mrn, menores, portanto, que o diametro da anomalia anatdmica descrita por diversos autores citados durante esta reu i sb bibliogrAfm. Holrnlund & ~ e t l s i n ~ ~ (1985) afinaram que a ATM tem, na sua anatomia e em seus aspectos funcionais, caracterlsticas mais complexas do que em qualquer outra articulação do corpo humano. Sua posigo junb A base do crânio, com superposição de v8rias estruturas, 6 um complicador quando se necessita examina-la clinica ou radiograficamente. Os autores, ao estudarem a precisão da artroçmpia corno método diagnbstico em 49 ATM de cadCiveres, concluiram, comparativamente, ap6s a dissecção das peças anat6micasD que o exame artroscbpico oferece uma boa exatiaão diag nbstica. Segundo Holmlund et al.= (1986). a artroscopia da ATM somente deve ser indicada quando a terapia consenradora não obtiver um resultado favorAvel, exatamnte pelos riscos que envolvem o procedimento. Relataram que em 28 artrosmpias reatidas, dois pacientes queixaramse de dor p6s-ùperatbna, 71 pacientes acusaram parestesia transitória durante a anestesia dos ramos zigom5tiw elou temporal do nervo facial; não ocorreu nenhum caso de hemorragia ou infeoção intra-articular, porkrn todos as pacientes relataram algum desconforto acústioo p6s-cirurgia, sem, no entanto, os autores terem discorrido como possam ter ocorrido tais desconfortos. Devido A extrema complexidade anatbmica e funcional da referida articulação, sendo esta circundada por muitas estruturas de vital importancia, concluiram que um criterioso treinamento em cadáveres deve ser realizado. Este treinamento tem como finalidade obter uma maior habilidade no manuseio do adrosobpio, diminuindo possíveis cornplicagdes. Liedberg & ~estesson" (1986) salientaram o grande interesse cientlfico na artroscopia da ATM, seja ela utilizada como Mtodo diagnbstico elou terapeutico, o que pode ser observado pelo expressivo número de publicaçUes a respeib do assunto. Contribuindo com estudos, os autores investigaram 53 ATM de cadaveres frescos, com o objetivo de comparar a artroscopia frente ao exame aberto da articdaç.80 (artrotomia). Sabendo-se que os autores exploraram minuciosamente um número considerável de articulações, chama atenção o Fato de nãio salientarem para as possíveis complicaç6es que podem ocorrer durante a tkcnica artrosdpica, notadamente identificando-se a ATM como uma regiao anatômica extremamente nobre- SandersB (1986) observou que o travamento persistente da ATM tem sido atribuldo ao d&envo~vimento de desordens internas devido ao deslocamento do disco com ou sem redução, condiçiio extremamente dolorosa ao paciente. O tratamento para travamento da ATM deve incluir manipula90 mandibular (cinesiùterapia) e terapia oclusal, visando recapturar ou reduzir o disco âeçlocado. Se houver insucesso com o tratamento conservador, o travamento persistirá, sendo indicada a cirurgia artrosa5pica que & considerado um &todo altamente efetivo para liberar o disco da superficie da fossa articular. Apbs estudo cllnico em 40 artroscopias realizadas, o autor relatou uma severa complicação com infec@o no ouvido m i o , resuitando em perda da audição; no entanto, nElo mencionou como ocorreu. Em todos os casos, utilizou pelo menos um &todo de imagem como prb-operatbrio nao especificando qual. Westesson et (lg86) afinaram que as complicaçóes durante a artroscopia da ATM n80 estavam muito bem documentadas. Chamaram a atenção para os riscos de danos nos vasos temporais superficiais na regiao lateral. da ATM, pela-proximidade desta ao nervo facial, e ainda, para o perigo acentuado de se causar iatrogenias durante manipulação intra-articular com o trocar (instrumento biselado utilizado para se penetrar ate a fossa articular) cujo diametro M d i o situa-se entre 1,7 e 2 , 4 m Informaram, ainda, que o risco pode s e r dirninuldù com uma boa e suficiente distensão da ATM atravbs de uma injeçilo satina intracapsular realizada antes de se iniciar a artroscopia. Van Sickels et (1987) afirmaram ser a artroscopia da ATM o mais novo &todo para tratamento e diagnbstíco das desordens temporomandibulares (DTM). Apbs a revisão de literatura sobre o assunto e baseanbse na anatomia regional, observaram um número potencial de complicaçOes que podem ocorrer durante e apbs a cirurgia artroscúpica. SBo eles: hemorragia e infec@o na cavidade articular, edema, perfurações na membrana tirnpania e fossa craniana m i a , injtiria na glanduta parótida, condrites, capsulites, danos ao disco articular e articulaç.30, injúrias nas estruturas do ouvido médio com perda parcial ou total da audi@o. Os autores relstaram ainda o caso clinico de uma paciente que durante a artroscopia da ATM, sofreu dilaceraçáo da membrana timpbica com rompimento d e umossicuio no ouvido M i a - e subsequente perda total da audição, sem, no entanto, explicarem como ocorreu tão grave iatrogenia- Os autores finalizaram recomendando a avaliaçao de um otorrinolaringologista, caso ocorram complicaçbes pbs artroscupia da ATM, Applebaurn et (1988) afinaram que a ariroscopia da ATM B um procedimento cirúrgico efetivo para fins de diagnbstico e tratamento de suas desordens. Observaram que, com o aumento crescente de indicaç6es para este procedimento, as complicações pbs- cirúrgicas têm sido relatadas na mesma proporção. Com relação As complicações especificamente relacionadas ao aparelho auditivo, a literatura pesquisada pelos autores mostrou que, desde a primeira artroscopia da ATM realizada em 1975 por Ornniçh, somente dois m o s foram publicados: um, por sanders3 (1 986); outro, por Van sickels4' (1987). Em seguida, os autores descreveram h& casos onde ocorreram &rias complicaçUes otológicas p6s artroscopia da ATM, senda dois pacientes do sexo feminino e um do sexo masculino. Em todos os casos, ocorreram penetragíks do artroscópio em estruturas nobres da região do ouvido, sendo que, em dois casos, deixaram sequelas irreversiveis. Logo, alertararn para a necessidade denim maior cuidado quando da inserpo do trocar na ATM, feita por meia de uma pequena incisão. Chamaram a atenção para as breas de junção entre as porçoes cartilaginosa e bssea do meato acústico externo e ainda a porção cartilaginosa do meato, que podem ser facilmente perfuradas por este instrumento biselado e rlgido, com diametro variando de 1,7 a 2,7mm, e, inadvertidamente, penetrar no ouvido W i o . F inalizararn relatandb que os acidentes podem ter ocorrido devido a umafratura acidental na fina parede anterior da mato acústico externo promovida pelo equipamento cirijrgico, ou ainda a possibilidade de a TG prboperatória ter falhado em detectar pequenos defeitos ósseos que pudessem facilitar a penetração do artroscbpio na mato acbstico, com sequelas, muitas vezes, irreversiveis. Holmlund 8 ~ellsing'' ( I g88), ao realizarem estudo clínico e artroscbpico para investigar a ocorr6ncia e locaiiagio de osteoartrose e sinovite na ATM, citaram que, apds 38 pacientes serem submetidos ao exame artroscbpico, nenhuma complicação foi observada. Greene et al.14 (19891, ao estudarem detalhadamente a região anatbmica da ATM, objetivando evitar complicaçbes ao se realizar o exame artroscbpico em regiao E o nobre, chamaram a atenção para o extremo cuidado que deve ser tomado ao inserir os instrumentos utilizados para ú exame dentro da -vidade articular. Esta pode apresentar regiao com parede dssea muito fina, hauenda a possibilidade de ser, infortunadamente, perfurada pelo artrosolipio com subseqCiente penetrago no ouvido médio, deixando seqClelas, muitas veres, irreversiveis. Hefíez et a1.j8 (1989). ao estudarem as anomalias ósseas de desenvolvimento da placa timpânica, afirmaram que o forame da Huschke poderia propiciar a passagem do trocar da fossa articular para o rneato acústico externo, em seguida atingindo a membrana tirnpanica, perfurando-a, como tem sido descrito na literatura lndresanon (1989) afirmou que a artroswpia da ATM deve ser indicada para os casos de travamento persistente desça articulação, principalmente quando o tratamento conservador, preferencialmente preconizado, n8o obtiver o sucesso esperado. O autor acompanhou por um longo periodo pacientes que se submeteram a 64 artroscopias da ATM, ponderando que quatro compficaçbes ocorreram nos vinte primeiros exames e associou-as A pouca habilidade inicial do cirurgião bucomaxilofacial. Dentre elas, relacionou: paralisia dos ramos temporal e zigomhtico do Vlf par craniano, que retornou apds seis meses e um caso de otite externa que n3o foi associada perfuração do m a t o acústico externo. Recomendou, portanto, exame otológico p6s artroscopia da ATM. Condui citando que: 'complicaçdes podem ocorrer, porkrn &%o taras na rnao de um experiente cirurgiãow. Alertou os profissionais que realizam esta intervenção, sobre a necessidade de um treinamento apurado e exaustivo antes de habilitaremse a realizar ù exame artroscbpico em região tão nobre. Jones & ~ o r n ~ ~ ((1989). ao estudarem o efeito da artroscopia da ATM na função auditiva, citaram que 22 articuIaçBes de 14 pacientes (12 do sexo feminino e dois do sexo masculino) foram tratadas, nao sendo observada nenhuma deficigncia auditiva pbs-cirkgica Entretanto chamaram a atenção para os casos raros onde possam ocorrer a persisthcia do forame de Huschke, considerado uma via importante atravbs da qual o artroscdpio possa penetrar no mato acústico externo elou mbdio, com graves complicaçUes ao complexo auditivo. Moses et a!." (1989) observaram que inúmeros acidentes tem sido descritos relativos ao procedimento artroscopia da ATM, muitas veres com sequelas irreverçlveis ao complexo auditivo. Recomendaram que, ap6s este procedirriento cirúrgico, deveria sempre ser feita uma avaliagão por um especialista de ouvido e exame de otoscopia, para verificar possiveis danos iatrog6nicos. Afirmaram, ainda, que a artroscopia deveria ser usada como terapia somente para algumas DTM, principalmente em casos de deslocamento anterior do disco com limitação de abertura bucal. Moses & ~ o k e p ((1989) afirmaram que macrotraumas (impacto) e microtraumas na ATM são alguns dos fatores etiolbgicos de desordens internas nesta articulação. Como conseqU&ncia, podem ocorrer os deslommentos do disco articular, sendo que este não retomando A sua posiwo funcional, podem advir as aderencias entre o disco e a fossa articular com conseqüente timitaç& de abertura bucal. Relataram que estas alteraç8es devam ser preferencialmente tratadas abav8s de uma terapia conservadora. e, caso as resultados nãa sejam satisfatbrias, a artroscopia da Ai?vi é uma alternativa a ser considerada. Finalizaram recomendando um exame otolbgico feito por especialista para verificar posslveis iatrogenias pbs intervenflo artroscdpica na ATM, as quais tem sido descritas na literatura. ~ ~ h i t e ~ (7989), informou que a artroscopia da ATM tem sido largamente usada para examinar o espaço articular superior em pacientes com desordem interna e condi@o articular degenerativa. Ao acompanhar a evolução de cem artrosoopias da ATM realizadas por sua equipe, onda todos os exames realizados iniciaramse com pelo menos um estudo por imagem atravks de radiogrãfia transcraniana, sendo que alguns pacientesi& passularn RM da ATM e outros TC da-mesma regiao, salientou que poucas complicações ocorreram durante e ap6s o exame: uma foi a fratura da &nula utilizada, que foi removida em seguida, n8o informando, porém, se deixou sequela; outra, de um paciente que relatou parestesia infraorbitária, retomando ao .estado normal apbs tres dias. No entanto, o autor chama a atenção para as complicações no complexo auditivo como resultado do exame artroscbpico da ATM, as q u i s foram descritas na literatura. Ponderou, recomendando que, apbs a cirurgia, um exame do mato acústico externo 0 da membrana timpanica deva ser feito por um especialista de ouvido para avaliar possiveis iatragenias, concluindo que a tbcnica apresentb resultados Favoráveis a curto prazo, com mlnimas complicaçbs. Herzog & ~ i e s e ' ~ (1989) informaram que hemorragia, injúria motota e sensitiva, danos articulação, otalgia, dor, inchaço e infeqão são complicaçdes que podem ocorrer durante o exame de artroscopia da ATM. Com o objetivo de diminuir esbs e outras complica@es, estudos em caddveres t&m sido realizados buscando um acesso A ATM que nao deixe seqUelas no nenro facial e nos vasos temporais superficiais. Talvez a mais devastadora complicação, segundo os autores, seja o envolvimento e injúria em estruturas do ouvido Mdio e interno. Ao observarem a dificuldade em se detalhar o mecanismo de ocorremia dessas compiiqões, procuraram identifimr, através de fatores anatdmicos, o que poderia predispor a tais tesoes. Afirmaram que a persistencia do forarne de Huschke com a penetração do trocar atravBs do mesmo, poderia justificá-las. Este deixaria vulnerAveis estruturas do ouvido médio e interno, trazendo serias sequelas ao aparelho auditivo. Com o objetivo de ilustrar outras posslveis impticaçbes clínicas em pacientes que apresentem a referida anomalia anatõrnica, os autores relataram o caso clinico de uma hernia no mato acústico externo, que foi atribuida 4 persistgncia do forame de Huschke. Observaram que o paciente ao abrir a boca, o aumento da pressAo hidroçtática do liquido sinovial pressionava o epitelio que reveste o mato aciistico externo, sendo visualizado através da atascopia como uma saliência, porem, fechando a boca, a saligncia desaparecia. Cùnclulram sugerindo que uma otoscúpia deveria ser preferencialmente realizada solicitando ao paciente que abrisse e fechasse a b o a durante o transcorrer do exame. Moses & I4osaka3' (1 9921, ao realizarem uma ariroscopia da ATM em um menino que apresentava dificuldades em abrir e fechar a boca, chamaram a atenção para a referido exame em crianças para que n8o ocorram complicaçbes. Ressaivaram que pacientes pedjátricos tem uma fossa articular rasa quando comparados com adultos. Numa vista coronal, os tubbrculos articulares nao sao proeminentes como nos adultos, portanto a punção deve ser mais alta para evitar danos ao disco aficuiar, Os autores nBo mencionaram que, na desenuolvimnto dos ossos temporais, encontra-se at6 o quinto ano de vida o foram de Huschke. A sua persistência no adulto tem sido associada a leses no complexoauditivo durante a artroscopia da ATM, que deixam sequelas muitas vezes irreversiveis. Bel17 (1 992) relacionou algumas complicações que podem ocorrer durante a artroscopia da ATM, como a paralisia do nervo facial, penetração do trocar no ouvido, injúria intra-capsular, hemorragia e in-o na cavidade articular no pbs-operatbrio. P o r h estas complicações são raras: 1,7% de 7 .O27 casos catalogados de cirurgiães bucwnaxilofaciais que realizam este procedimento. Afirmou ainda que em estdgios avançados de desordens internas, o baixo [ndice de sucesso da terapia conservadora, indica o tratamento cirirrgico atrav6s da artroscopia. Finalmente pondera que com as novas tkcnicas de imagem, a artroscopia n8o deve ser usada para fins de diagnbstico muito menos para desordens musculares da ATAR. McCain et (1992) mencionaram a da@o de um comit6 especial para artroscopia da ATM pela Amerícan Association of Oral Maxillofacial Surgeons, com o objetivo de obter um banco de dados sobre resultados de artroscupia da ATM. De abril de I983 a dezembro de 1989, 3.146 pacientes foram tratados, sendo realizados 4.831 exames artroscbpicos em pacientes com idade entre dez e 83 anos. Após o exame de 4.736 ATM cujos pacientes queixavamse de dor, 91,3% melhoraram. As complicaçdes relatadas pelos pacientes foram: surdez completa em um caso, surdez parcial em outros 23, 939 pacientes apresentaram altera- no sistemh nervoso, i n f v na ATM em outras 14, instrumento quebrado em 46 pacientes e hemorragia na cavidade articular foi relatado em apenas um caso. Todas os exames foram realizados com, pelo menos, um estudo por imagem prb-operatório. Muitos cirurgiões-dentistas utilizaram RM para tecido mote, radiografia e TC para tecidos duros, sendo que esta última com pouca freqWncia. Finalmente, ressaltaram que a artroscopia B altamente efetiva, minimamente invasiva e segura como método de diagnbstico e tratamento de patologias intra-articulares na ATM, no entanto os autores nao citaram a persistencia do forame de Huschke como um potencial complicador para a artroscopia da ATM. Stein" (1 9951, ao revisar a literatura referente ao assunto artrocentese da ATM, verificou que este procedimento 6 uma opção menos invasiva frente A tbcnica artrosct5pica, notadamente para os casos de IirnitaçAo .de abertura bucal em que a técnica conservadora, preferencialmente preconizada, não correspondeu favoravelmente. A f i m u ainda que as c o m p l i c ~ e s pbs-cirúrgicas são rnlnirnas e envolvem dor, parestesia transitdria e ederna, provavelmente em conseqll4nch da distençBo do espaço articular atraves da injeção de uma solução salina que precede a cirurgia. O autor n8o mencionou se foram realizados estudos por imagem como requisito prb-operatório, nem mesmo se a presença de variantes anatUmicas poderiam çontra-indicar ou ainda orientar para que novos cuidadas fossem asegurados, objetivando o sucesso cllnico esperado. Carls et a1.I0 (1996). ao estudarem 451 artroscopias da ATM realizadas em um perludo de dez anos, relataram que ocorreram complicaç&s em apenas oito casos. Em três casos os pacientes queixaram-se de parestesia ternporAria no V par craniano, parestesia temporaria no Vlt par craniano em dois casos e aneurisma traumático, hematoma e quebra da inçtrumntbs ocorreram, cada um em um caso. Segundo os autores, injirrias neurológicas são as cornplicaç6es mais relatadas na literatura, o que foi verificado tambkm nos estudos realizados por eles. Afirmaram que as complicagões, durante e apbs a artroscopia da ATM. &o pouco frequentes, entretanto elas podem occirrer. Contudo, concluiram que é preciso estar atento e bem habilitado para o manuseio seguro do equipamento. Nitzan et ai." (1997) realizaram um estudo em que avaliaram, por um periodo de seis a 37 meses, o resultado ctinico obtido apbs a artrocentese em 39 pacientes (quarenta ATM). Os procedimentos cirúrgicos foram indicados a p b anamnese e exame clínico e indicados para pacientes com histbria de limitação de abertura bucal elou travamento articular não associados a macrotrauma. Não foi mencionado nenhum tipo de estudo por imagem como requisito pr6-operatbrio. Relataram os autores que, em quarenta artrocenteses realizadas (39 pacientes), nove pacientes experimntaram algum tipo de complicação local ou sistkmica, sem detalharem. mntudo, quais foram estas complicações. Schickinger et (1998) relataram que. ao avaliarem uma paciente de 38 anos com história de artrose e travamento da ATM, esta reclamou de dor e perda da audição no ouvido direito apbs ser submetida a artroscopia da ATM, Ao consultar um otorri~olaringologista~ este obsenrou, atrav6s da otoscopia, que o m a t o acostico externo estava cheio de sangue e uma solução aquosa, bem como havia uma perfuração central na parte antero-inferior da membrana timpânica; no entanto não havia sinais visíveis de perfuração no meato acústico externo. Os autores ponderaram que, embora os números de complicações após a artroscopia fossem pouco expressivos, injdrias ao ouvido médio e interno são serias o bastante para estimular investigagbes sobre o posçlvel mecanismo de com procedem. Foi realirado em'8eguida uma TC e uma R M na ATM direita, que revelaram degeneração 6ssea e alteraçóes infl arnatbrias. Não havia alteraçdes dsseas que justificassem as iatrogenias causadas. Os autores, ao revisarem a literatura, encontraram algumas das possíveis explicações para a ocorrido, como por exemplo, traumas, doença. articular degenerativa e a persistencia do forame de Huschke no adulto, o que não ocorreram neste caso. Acreditaram que a inje@o salina usualmente utilizada sob pressão para distender a cápsula articular possa ter penetrado na fissura petrotimpdnica e, em seguida, ter rompido a membrana timpanica. Finalizaram chamando a aten@o para a importância do exame de TC com cortes bem finos do osso temporal, para identificar estes pacientes de afo risco para a artrscopia da ATM. Hasson 8 ~ e v ~ ' ' (1999) afirmaram que, durante algum tempo, a reposição cirrirgica do disco articular e a artroscopia da ATM eram as dnicaç opg8es para os pacientes com limitação de abertura bucal de origem articular, que não obtiveram um sucesso dinico esperado com o tratamento conservador. Obsenrararn ainda, que a artrocentese e lavagem da ATM vieram ocupar o lugar intermediário entre as duas oppões descritas anteriormente, com resultados animadores. Posslveis complicagks da artrocentese e lavagem da ATM incluem extrauasamento do soro fisiolbgico nos tecidos ao redor da ATM tratada com pmslvel fomf lo de hematoma. Alguns pacientes podem apresentar diminuiflo temporária da audiflo, mas somente por algumas horas. Os autores não mencionaram o mecanismo que pocieria explicar esta perda de audi@o rnomsntânea, nem mesmo a atribuiram a fatores anatdmicos locais. Trieger et al." (1 999) ao avaliarem o efeito da artrocentese da ATM em 12 pacientes com artrite reumatbide que apresentavam algum tipo de limitação de abertura bucal ou mesmo travamento articular, descreveram o procedimento cirúrgico iniciando-se sob anestesia IomI e consistindo na introdu@o de duas a'gulhas no espaço articular superior da ATM, em seguida, 6 realizada uma irrigação durante vinte a trinta minutos com uma soluçSo salina. Concomitante, a mandlbula foi continuamente forçada a movimentar-se para cima e para baixo. Segundo os autores, os resultados obtidos foram satisfatbrios. Ao reiatarem que os pacientes tinham alteraçães h e a s devido CL doença slst&mica, não. informaram qual tipo de estudo por imagem que utilizaram, como tambdrn nao mencionaram se pcisslveis complicações ocorreram durante e apbs a saIiza@o da inteniençáo. Barkin & weinberg6 (20001, ao estudarem os resultados da artroscopia e da artocentese com terapias para desordens internas da ATM, observaram que, na d6cada passada,a cirurgia artrosdpica e, mais te~ntemente a artrocentese t6m sido cada vez mais usadas. Tanto a primeira como a segunda técnica, são largamente utilizadas quando o tratamento consenrador preconizado não corresponde ao esperado. Afirmaram que a artrosmpia da ATM e minimamente invasiva e as complicações pbwperatbrias sgn poucas, no entanto não relatBram possiveis cornpIicaçUes que poderiam ocorrer durante e apbs a artroc8ntese. ~ u r i c e l l i ~ ~ (2000) afirmou que. devido B complexidade na definigáo diagnbstica das DTM e a grande variante de possibilidades tecnico cirirrgicas preconizadas como tratamento para a regi80 da ATM, incluindo desde uma artroscopia a@ a cirurgia articular aberb, existe um potencial niimero de possíveis complicaçües pbs-operatbrias que podem inadvertidamente ocorrer; no entanto não especificou quais seriam estas, complicaçües. Ponderou afirmando que a terapgutica cirfirgica que envolve o tratamento das atterafles estruturais e funcionais da ATM deveria ser somente indicada pata casos selecionados, como por exemplo, as redu-s bsseas, ''casos de anquitosa, hipopiasia e hiperplasia condilianas. Esta pesquisa se prop6s a realizar um estudo tomografico da persistgncia do foram de Huscbke, em indiuiduos n a fauraet&iaaeirria de dez anos de ambos os sexos, bem como abordar a impoMncia clínica da presença do foram. 4 MATERIAL E M ~ O B O Para o presente estudo, foram avaliadas um total de 150 tomografias compufadorizadas da região da orelha, cujos cortes tomogrdficos via de regra atingem a 8rea anatbrnica de interesse nesta pesquisa. As imagens tomogr4ficas analisadas foram obtidas através de exames tomogrAficos realizados em indivlduos com faixa etária superior a der anos d e idade, sendo 68 pertencentes ao sexo masculino e 82 ao sexo feminino, com idades entre 11 e 88 anos, &dia de idade de 47 anos. Estas imagens estavam arquivadas e foram recuperadas do arquivo de imagens do Serviço de Radiodlagnbstico MED IMAGEM do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (Capital) sendo em seguida restauradas pelos computadores, partes integrantes dos tomúgrafos. Todas as tomografias foram atentamente analisadas por dois observadores previamente calibrados, com o objetivo de pesquisar na região da fossa articular e da meata acirstico externa a persistência do foram de Huschke. Uma vez constatada a presença da anomalia anatbmica, as imagens de interesse foram fotografadas, duplicadas e impressas em pellculas prbprias para tomografia, sendo em seguida anotados em ficha apropriada os seguintes detalhes: a) presença ou ausencia do foram; b) sexo do paciente; c) incidencia uni ou bilateral e d) dentro da unilateralidade, se direita ou esquerda. 0 s exames tomogrAficos que constam da amostra, foram realizados em pacientes com indicaçbes Mdicas variadas. Com o objetivo de nao prejudicar esta amstragem, foram excluidos exames de paaentes operados na região da orelha dou com história de trauma na mesma região, exames de pacientes que dificultaram tecnicamente sua realizaçiio e exames controle de pacientes uma vez avaliados. NBo foram excluidos exames realizados utilizando-se contraste intravenoso. T o d a os exames informam a idade, o sexo e onumero do registro geral (RG) que identificam o paciente no Serviço. Somente os exames que sugerirem a persistgncia do foram de Huschke identificarao: a skrie e a seq08ncia em que as imagens foram obtidas, e se estavam presentes do lado direito, esquerdo'ou de ambos os lados. Os exames tomogr&fícos que foram avaliados sao de cortas no plano axial da regiao da orelha, com espessura do cozte.de 1 ,O a 1,5mm, e incremento, que representa a disuncia entre os cortes, de 7 , O m . As imagens foram obtidas individualmente utilizando-se dois tipos de apare!hos, como mostra o quadro I. Quadro 1 - Aparelhos utilizados para a realização dos exames I Aparelho A Aparelho B Hi-Speed CTli I Modelo 9800 Quick Hi-Light I Algoritmo EDGE 1 Algoritmo EDGE 1 I (Usado de forma convencional) - tcÕi-~anv~~i6"ãl Para exame de pequenas estruturas como, por exemplo, os ossos temporais, o aparelho A (helicoidal) foi utilizado na forma convencional. O fato justifica-se para a obtençao da mesma qualidade de imagem obtida com o aparelho R (con~encional)~ Apbs a avaliação de todos os exames pelos dois observadores, os resultados obtidus foram submetidos ao tratamento estatlstico com o auxilio do teste exato de Fisher, para avaliar se a persisthcia do forame de Huschke, no total da amostra, ocorreu com maior freqtibncia em pacientes do sexo feminino ou masculino, se em relação ao sexo houue maior incidencia uni ou bilateral, e verificar ainda sua incidgncia com relaçSo ao lado. 5 RESULTADOS Apbs serem avaliados todos os 150 exames de TC que comp&m a amostra desta pesquisa, foram obtidos as seguintes resuftados: o foram de Huschke estava presente em 17 (17,3%) e ausente em 133 (88,7%) dos paciehtes. No total de 17 pacientes em que este estava presente, 1 3 (76,5%) eram do sexo feminino e quatro (23,5%) eram do sexo masculino, mostrando uma maior incidencia do fosame em indivíduos do sexo feminino, o que foi significante estatisticamente atrav4s do teste exab de Fischer. Portanto, podese afirmar que a incidgncia do forame de Huschke 6 maior em indivíduos femininos do que em indivíduos masculinos. Com relaflo ao lado, verificou-se que o foram de Huschke foi identificado bilateralmente em 11 (64,7%) pacientes e unilateralmente em seis (35,3%) pacientes, não mustrando preval8ncia para qualquer um dos lados. Os dados podem ser obsenrados nas Tabelas apresentadas a seguir, numeradas de um a oito. Na Tabela 7, pode-se verificar que nos 750 exames avafiados, o foram de Huschke estava presente em 17 (li,3%) e ausente em 133 (88,7%) pacientes do total da amostra. Tabela 1 - Presença ou ausencia do foram de Huschke no total da amostra Foram de Huschke Presença" Aus&nciaW Total da amostra' Número de pacientes 17 (1 1,3) t 33 (88,7) í 50 (100) (*) FrequBncia absoluta: fora dos parênteses FreqMmia re4ativa: dentro dos -teses Na Tabela 2, pode-se obsenrar a prevalencia do foram de Huschke com relação ao sexo. Verificamos que 23 (8,796) indiu[duos da total da amostra eram do sexo feminino e quatro (2,7%) eram do sexo masculino. Tabela 2 - Prevalencia do forame de Huschke com relação ao sexo Sexo Feminino* Masculino* Tobl da amostra* Forame de Huschke 13 (8,7) 4 (2,7) 150 (1 00) (") Frequericia absoluta: fora das parenteses FregWncia relativa: dentro das parenteses A Tabela 3 mostra que o foram de Huschke foi identificado unilateralmente em seis (4,0%) pacientes, e bilateralmente em 1 I (7,3%) do total de pacientes. Tabela 3 - Uni ou bilateralidade do forame de Huschke UnilBilateralidade Unilateral* Bilateral' Total da amostra* Foram de Huschke 6 (4,O) í 1 (7,3) i 50 (f 00) (7 Frequbncia absoluta: fora dos parên- FreqlSBncia relativa: dentro dos parenteses A Tabela 4 mostra que os seis forames de Huschke unilaterais encontrados na amostra estão em uma equanim distribuição dentro da unilateralidade, ou seja, três (2,0%) do lado direito e os outros três (2,0%) do lado esquerdo. Tabela 4 - Dentro da unilateralidade, incid&ncia direita ou esquerda Unilateralidade Direita* ~ s q úerda' Total da amostra* Foram de Huschke 3 (2,O) 3 (2,O) 150 (1 00) (7 Freq~&tci~absoiuta: fora dos parenteses FreqMncia relativa: dentro dos parênteses Para verificar as hipbieses de que, na regi80 da fossa articular e do mato acústico externo, os sexos induzam frequencias iguais da presença do foram de Huschke; frequ&wias unilaterais iguais As das bilaterais; freqU$ncias uniiaterais esquerdas iguais &s fcequencias unilaterais direitas, foi realizado o tratamento estatístico dos dados obtidos com o auxjlio do teste exato de Fisher. Essa verificação se efetivou no nível de signifidncia
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