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Se m in ár io d e P ar as it ol og ia ARANHAS Prof. Dra. Maria do Socorro Vieira dos Santos Módulo Relação Parasito-Hospedeiro EQUIPE Andreinna Ryanne Estênio Augusto João Guilherme Laysa Maria Luigi Soares Mateus Duarte Naira Lohani 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. SUMÁRIO EPIDEMIOLOGIA 01 03 0402 05 07 0806 CARACTERÍSTICAS DO AGENTE PATOGENIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL TRATAMENTO PROFILAXIA RELATO DE CASO INTRODUÇÃO Responsável por 21% dos ataques e 6% das mortes causadas por animais terrestres venenosos. Em 32% dos casos a espécie não é identificada. Existem três principais gêneros de aranha de preocupação médica no Brasil: Phoneutria, com 21% dos casos; Loxosceles, com 65%; e Latrodectus, com 0,6%. Acidentes se distribuem ao longo do ano, exceto no Sul, que diminui no inverno. Chippaux, J.-P. (2015). Epidemiology of envenomations by terrestrial venomous animals in Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases, 21(1). doi:10.1186/s40409-015-0011-1 INTRODUÇÃO Acidentes por aranhas, ou araneísmo, é o quadro clínico de envenenamento decorrente da inoculação da peçonha de aranhas, através de um par de ferrões localizados na parte anterior do animal. Recomenda-se atenção redobrada em três gêneros, sendo eles apresentados e descritos a seguir. ARANEÍSMO Disponível em:https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/animais-peconhentos/acidentes-por- aranhas#:~:text=Acidentes%20por%20aranhas%2C%20ou%20arane%C3%ADsmo,representantes%20da%20classe%20dos%20aracn%C3%ADdeos. EPIDEMIOLOGIA Latrodectus - Viúva negra Loxosceles - Aranha marrom Phoneutria - Armadeira PRINCIPAIS ESPÉCIES Lycosa - Aranha lobo. Grammostola rosea. Disponível em: http://portalsinan.saude.gov.br/notificacoes EPIDEMIOLOGIA Chippaux, J.-P. (2015). Epidemiology of envenomations by terrestrial venomous animals in Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases, 21(1). doi:10.1186/s40409-015-0011-1 EPIDEMIOLOGIA Chippaux, J.-P. (2015). Epidemiology of envenomations by terrestrial venomous animals in Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases, 21(1). doi:10.1186/s40409-015-0011-1 EPIDEMIOLOGIA TRINDADE, João Victor Ferreira et al. Spiders in Brazil: from arachnidism to potential therapeutic use of their venom part 1 of 2. Revista de Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology, v. 51, n. 1, 2022. EPIDEMIOLOGIA CEARÁ AZEVEDO, Raul et al. Acidentes causados por aranhas e escorpiões no Estado do Ceará, Nordeste do Brasil: casos subnotificados e superestimados baseados na distribuição geográfica das espécies. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, v. 1, n. 2, p. 144-158, 2017. EPIDEMIOLOGIA CEARÁ EPIDEMIOLOGIA Nesse estado, grande parte dos acidentes atribuídos a aranha marrom são errôneos, devido a confusão com a sicarius. Veneno similar que causa necrose tecidual. Sicarius tropicus. Possuem Sphingomyelinase D EPIDEMIOLOGIA AZEVEDO, Raul et al. Acidentes causados por aranhas e escorpiões no Estado do Ceará, Nordeste do Brasil: casos subnotificados e superestimados baseados na distribuição geográfica das espécies. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, v. 1, n. 2, p. 144-158, 2017. CEARÁ EPIDEMIOLOGIA. BRAZIL, Tania K. et al. Aranhas de importância médica do Estado da Bahia, Brasil. Gazeta Médica da Bahia, v. 79, n. 1, 2009. Phoneutria, antes encontrada somente em outras regiões, houve aparições nas matas do estado. Das oito espécies conhecidas no Brasil, duas estão aqui. P. bahienses e negriventer. Loxoscele amazonica, bem difundida na região norte e nordeste. Lactrodetismo, representa pouca porcentagem no Brasil, porém 80% dos casos ocorrem no nordeste, com 16 casos registrados na Bahia. Ocorre principalmente em ambientes peridomiciliares. BAHIA EPIDEMIOLOGIA BRAZIL, Tania K. et al. Aranhas de importância médica do Estado da Bahia, Brasil. Gazeta Médica da Bahia, v. 79, n. 1, 2009. BAHIA EPIDEMIOLOGIA Latrodectus geometricus - viúva marrom. --> SP. BRAZIL, Tania K. et al. Aranhas de importância médica do Estado da Bahia, Brasil. Gazeta Médica da Bahia, v. 79, n. 1, 2009. BAHIA EPIDEMIOLOGIA Loxoscele intermedia é a predominante nos estados de Santa Catarina e Paraná. Sul do país possui os maiores indíces de acidentes. Poucos casos de aranhas como a viúva-negra. Nos meses mais quentes os casos tendem a aumentar, porém mantém-se quase constante durante o ano. CRISTIANO, Maykon P.; CARDOSO, Danon C.; RAYMUNDO, Melissa S. Contextual analysis and epidemiology of spider bite in southern Santa Catarina State, Brazil. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 103, n. 9, p. 943-948, 2009. SANTA CATARINA EPIDEMIOLOGIA CRISTIANO, Maykon P.; CARDOSO, Danon C.; RAYMUNDO, Melissa S. Contextual analysis and epidemiology of spider bite in southern Santa Catarina State, Brazil. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 103, n. 9, p. 943-948, 2009. SANTA CATARINA EPIDEMIOLOGIASUL EPIDEMIOLOGIA A maior parte dos casos foi causado pelo gênero phoneutria. Somente 3,5% dos casos foram tratados com soro. Trabalho e lazer são as circunstâncias mais descritas. Gravidade na casa de 0,5%. O café. Análise: MARTINS, Francislene Juliana et al. Perfil dos acidentes causados por aranhas na área de abrangência sanitária do município de Juiz de Fora–MG. Revista de APS, v. 14, n. 3, 2011. SUDESTE EPIDEMIOLOGIA A principal fonte de acidentes no estado e região é com o gênero Phoneutria. Hiperalgesia geralmente com evolução benigna. Aproximadamente 2% se agravam. Intra ou peridomiciliar. Primeiros meses do ano, que coincide com as chuvas na região. De Paula Guerra, A. F., Dos Reis, F. C., Pessoa, A. D. M., & Da Silva Jr., N. J. (2015). Perfil dos acidentes com aranhas no estado de Goiás no período de 2007 a 2011. Scientia Medica, 24(4), 353. doi:10.15448/1980-6108.2014.4.17741 GOIÁS EPIDEMIOLOGIACENTRO-OESTE EPIDEMIOLOGIA 12 casos por 100 mil habitantes. Ocorrência em área urbana. As chuvas não demonstraram um aumento de casos em regiões como Cruzeiro do Sul, que se difere de regiões como o Amazonas, em que as chuvas e a cheia dos rios aumentam os casos. Crianças e adolescentes. Phoneuteria se apresenta como a mais prevalente, seguindo por casos de loxoscele na região amazônica. SILVA, Evandro Piccinelli da; MONTEIRO, Wuelton Marcelo; BERNARDE, Paulo Sérgio. Scorpion stings and spider bites in the Upper Juruá, Acre - Brazil. J. Hum. Growth Dev., São Paulo , v. 28, n. 3, p. 290-297, 2018 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0104- 12822018000300010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 nov. 2022. http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.152178. ACRE EPIDEMIOLOGIAACRE CARACTERÍSTICAS DO AGENTE Crustacea Uniramia REINO Animalia TAXONOMIA FILO Arthropoda SUBFILO Chelicerata CLASSE Arachnida FONTE: World Spider Catalog - National Board of Medical Examiners (NBME) 132 Famílias Mesothelae Araneomorphae CLASSE Arachnida TAXONOMIA ORDEM Araneae SUBORDEM FAMÍLIA Mygalomorphae O p is th ot h el a e FONTE: World Spider Catalog - National Board of Medical Examiners (NBME) FAMÍLIA TAXONOMIA GÊNEROS ESPÉCIES ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA 50491 Espécies132 Famílias 4286 Gêneros 150 Espécies FONTE: World Spider Catalog - National Board of Medical Examiners (NBME) e OMS ANATOMIA 1 - Pelos no Corpo 2 - Extremidades côncavas nos pelos 3 - Quelíceras 4 - Pedipalpos 5 - Exoesqueleto 6 - Sistema circulatório por hemolinfa 7 - Casulo de seda 8 - Filandeiras e tipos de seda/teia FONTE: Thales Molina - Mundo Estranho 2 ANATOMIA 1 - Cefalotórax 2 - Abdômen FONTE:UNICAMP ESTRUTURA CORPÓREA 1 - Cefalotórax (prossoma) + abdômen (opistossoma) 2 - Cefalotórax: quelíceras, pedipalpos, 4 pares de pernas locomotoras 3 - Pernas: coxa, trocanter, fêmur, patela, tíbia, metatarso, tarso 4 - Abdômen: segmentado ou não; com apêndices modificados ou sem apêndices FONTE: UNIVERSITY OF KENTUCKY SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO 1 - Sangue com hemocianina 2 - Pulmão vs Traqueia FONTE: E-DISCIPLINAS USP SISTEMA DIGESTÓRIO 1 - Predadores 2 - Veneno 3 - Digestão extracorpórea 4 - Ação bombeadora (faringe, estômago) FONTE: E-DISCIPLINAS USP SISTEMA EXCRETOR 1 - Glândulas coxais 2 - Túbulos de Malpighi FONTE: E-DISCIPLINAS USP SISTEMA NERVOSO 1 - Cérebro: Gânglio cerebral central fundidos no prossoma 2 - Nervos seguem para o opistossoma pelo cordão nervoso ventral e vão se ramificando ao longo do corpo FONTE: E-DISCIPLINAS USP SISTEMA SENSORIAL 1- Cerdas mecanorreceptoras (vibração, som, tato) 2 - Quimiorrecepção 3 - Propriocepção 4 - Fotorrecepção FONTE: E-DISCIPLINAS USP RELEVÂNCIA CLÍNICA GÊNERO: PHONEUTRIA 9 Espécies GÊNERO: LOXOSCELES 143 Espécies GÊNERO: LATRODECTUS 34 Espécies RELEVÂNCIA CLÍNICA GÊNERO: LOXOSCELES 143 Espécies ARANHA-MARROM Espécies: L. laete, L. gaucho, L. similis. Tamanho: 3 cm (total) e 1 cm (corpo) Habitat: Sob cascas de árvores, folhas secas de palmeiras, nas casas (atrás de móveis, sótãos, garagens etc.) Hábitos: Ativo durante a noite. Teia: Teia irregular revestido o substrato Acidentes: Pica quando espremida contra o corpo (roupa pessoal, na cama etc.). RELEVÂNCIA CLÍNICA GÊNERO: PHONEUTRIA 9 Espécies ARANHA-ARMADEIRA Espécies: P. fera, P. keyserlingi, P. reidyi, P. nigflvemer. Tamanho: 15cm (total) e 3cm (corpo) Habitat: Bananeiras, terrenos baldios, zonas rurais, junto às residências humanas. Hábitos: Ativa à noite, abriga-se durante o dia em locais escuros (roupas, sapatos etc.). Teia: Não faz teias. Acidentes: Não foge quando surpreendida, coloca-se em posição de ataque, apoia-se nas pernas traseiras, ergue as dianteiras e procura picar. RELEVÂNCIA CLÍNICA GÊNERO: LATRODECTUS 34 Espécies VIÚVA-NEGRA Espécies: Grupo mactans e L. geomefricus. Tamanho: 3cm (total) e 1,5 cm (corpo) Habitat: Casas de zonas rurais, plantações, “salsa da praia” etc. Hábitos: Ativa durante o dia Teia: Teia irregular suspensa entre a vegetação. Acidentes: Semelhantes a Loxosceles (roupa pessoal, na cama e em colheitas no campo). OUTRAS ARANHAS GÊNERO: LYCOSA 224 Espécies FAMÍLIA: THERAPHOSIDAE 13 Subfamílias OUTRAS ARANHAS GÊNERO: LYCOSA 224 Espécies ARANHA-LOBO ou ARANHA-DE-JARDIM Espécies: L. erythrognatha, L. nychtemera, L. raptoria. Tamanho: 5cm (total) e 3cm (corpo) Habitat: Gramados, pastos, junto a piscinas, nos jardins. Hábitos: Ativa durante o dia e a noite. Acidentes: Pica ao ser pisada (gramados) ou quando está impossibilitada de fuga. OUTRAS ARANHAS FAMÍLIA: THERAPHOSIDAE 13 Subfamílias ARANHA-CARANGUEJEIRA ou TARÂNTULA Espécies: Oligoxystre diamantinensis Tamanho: 15 cm a 25 cm (total), podendo chegar até 30 cm Habitat: Tocas próximas a raízes de árvores e pedras. Existem espécies que também são arbóreas — fazem tocas em buracos nas árvores. Hábitos: Solitária e ativa à noite. Alimentam-se de pequenos animais, que nas espécies maiores podem incluir pequenos pássaros, roedores ou anfíbios. Canibalismo. Acidentes: Os acidentes pela picada são pouco frequentes, causando dor local discreta. É mais comum a dermatite pruriginosa ocasionada pela ação irritante dos pelos situados no dorso do abdômen, que o animal desprende quando se sente ameaçado ou é manipulado. https://pt.wikipedia.org/wiki/Canibalismo REPRODUÇÃO Fertilização interna (métodos indiretos ou diretos) Espermatóforos/apêndices/pênis Partenogênese Cuidado à prole. FONTE: E-DISCIPLINAS USP VAMOS PRATICAR CRIANÇA DE 11 ANOS SEXO MASCULINO GOIÁS TERRENO BALDIO ARANHA GRANDE - ATACOU AO SE APROXIMAR APRESENTOU MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS SIGNIFICATIVAS C D VAMOS PRATICAR A B PHONEUTRIA LOXOSCELES É MAIS PROVÁVEL QUE ESSE ACIDENTE TENHA SIDO CAUSADO POR QUAL ANIMAL PEÇONHENTO? LYCOSA LACTRODECTUS ? PATOGENIA Três gêneros são considerados de importância médica Loxosceles Phoneutria Latrodectus FONTE: GOOGLE FOTOS FONTE: GOOGLE FOTOS FONTE: GOOGLE FOTOS Loxosceles (Aranha-marrom) Corresponde à forma mais grave de araneísmo no Brasil. Uma única picada pode matar um adulto idoso ou criança. 01. 02. 03. Distribuição centrípeta das picadas, acometendo mais a coxa, tronco ou braço. 04. Não é agressiva, pica quando comprimida contra a pele. 05. A picada nem sempre é percebida pela pessoa, por ser pouco dolorosa. A dor pode iniciar várias horas após. Nas formas mais graves, acredita-se que a ativação desses sistemas leve à hemólise intravascular, constituindo um dos principais eventos desencadeados nas manifestações sistêmicas. O acometimento do tecido muscular subjacente à lesão dermonecrótica pode levar à rabdomiólise que, em conjunto com as ações relatadas anteriormente, pode desencadear insuficiência renal aguda, sendo a principal causa de morte nos casos graves de laxoscelismo. Ações do veneno: FONTE: GOOGLE FOTOS A enzima esfingomielinase-D é o componente mais importante do veneno e atua sobre os constituintes das membranas das células, principalmente do endotélio vascular e hemácias, ativando as cascatas do sistema complemento, da coagulação e das plaquetas, desencadeando intenso processo inflamatório no local da picada, acompanhado de obstrução de pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose focal. Proteolítica Ação do Veneno Hemolítica Raramente leva a quadro grave, embora seja agressiva.01. 02. Picadas preferencialmenteocorrem em mãos e pés, deixando marcas de inoculação. 03. Phoneutria (Aranha armadeira) Causa ativação e retardo da inativação dos canais neuronais de sódio, cálcio e potássio, que pode provocar despolarização das fibras musculares e terminações nervosas sensitivas, motoras e do sistema nervoso autônomo, favorecendo a liberação de neurotransmissores, principalmente acetilcolina e catecolaminas. Além disso, aumenta a permeabilidade vascular devido a ação das cininas liberadas pelas bradicinas. Ações do veneno: FONTE: GOOGLE FOTOS Ação do Veneno Neurotóxica Não é agressiva, pica quando comprimida contra o corpo.01. 02. Latrodectus (Viúva-negra) Atua sobre terminações nervosas sensitivas provocando quadro doloroso no local da picada. Sua ação sobre o sistema nervoso autônomo leva à liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos e, na junção neuromuscular pré-sináptica, altera a permeabilidade aos íons sódio e potássio. Ações do veneno: FONTE: GOOGLE FOTOS Ação do Veneno Neurotóxica Potente PATOGENIA Os principais grupos sem relevância em saúde pública pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades. Caranguejeiras Aranhas de grama ou jardim FONTE: GOOGLE FOTOS FONTE: GOOGLE FOTOS 01. 02. Lycosa (Aranha de jardim) Ação proteolítica local - que pode levar à necrose superficial (raro). Contém fração neurotóxica que age no SNC e periférico. Ações do veneno: Geralmente não causa lesão, mas quando causa, sua ferida é de difícil cura - aumenta os riscos de infecções secundárias. FONTE: GOOGLE FOTOS 01. 02.Irritação ocasionada na pele emucosas devido aos pêlos urticantes, que algumas espécies liberam como forma de defesa. Mygalomorphae (Aranha caranguejeira) Não apresenta atividade importante para a espécie humana. Ações do veneno: FONTE: GOOGLE FOTOS VAMOS PRATICAR PACIENTE DO SEXO FEMININO CRIANÇA, 3 ANOS ACORDOU SE QUEIXANDO DE DOR PICADAS DE DISTRIBUIÇÃO CENTRÍPETA NA COXA E NOS BRAÇOS C D PHONEUTRIA LOXOSCELES VAMOS PRATICAR INFELIZMENTE, A CRIANÇA FOI A ÓBITO. NESSE SENTIDO, É MAIS PROVÁVEL QUE ESSE ACIDENTE TENHA SIDO CAUSADO POR QUAL ANIMAL PEÇONHENTO? A B LYCOSA LACTRODECTUS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Loxosceles (Aranha Marrom) Existem duasformas de loxoscelismo Loxoscelismo Cutâneo Loxoscelismo Cutâneo- hemolítico Manifestações Clínicas Loxoscelismo Cutâneo Forma mais comum (87% – 99%) Primeiros sinais e sintomas de 2 a 8h após a picada - Edema e eritema local Primeiras 24h - Palidez, mesclada com áreas equimóticas (placa marmórea) instalada sobre uma área endurada cercada por eritema de tamanho variável Vesículas e/ou bolhas podem ser observadas, de conteúdo serossanguinolento ou hemorrágico Manifestações Clínicas Loxoscelismo Cutâneo Alterações do estado geral (primeiros 3 dias) Febre, mal-estar, fraqueza, náusea, vômitos, visão turva, desconforto respiratório, taquicardia, boca seca, sede, mialgia, astenia, prurido generalizado e petéquias De uma semana à 10 dias - Evolui para necrose seca, deixar uma úlcera de profundidade extensão variáveis. Sendo observado desde acometimento superficial até perda substancial de tecido Áreas com alta concentração de tecido adiposo, tendem a evoluir com lesões mais extensas e profundas Algumas lesões evoluem com predomínio de edema (sem necrose) Manifestações Clínicas Loxoscelismo Cutâneo-hemolítico Forma mais grave do loxoscelismo Hemólise intravascular associada à lesão cutânea Anemia, icterícia e hemoglobinúria instalam-se nas primeiras 24h Manifestações Clínicas Loxoscelismo Cutâneo-hemolítico Complicações Locais Cicatrizes desfigurantes Infecção cutânea (infrequente - 3 a 10%) Sistêmicas Insuficiência renal aguda – Deposição de hemoglobina nos túbulos renais Rabdomiólise decorrente do dano tecidual no local da picada contribui para a IRA Evolui para necrose tubular aguda IRA - Principal causa de óbito do loxoscelismo Loxosceles (Aranha Marrom) Manifestações Clínicas Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. PROTOCOLO CLÍNICO Acidente por aranha do gênero Loxosceles. USP FONTE: Phoneutria (aranha armadeira) Manifestações Clínicas Phoneutria (aranha armadeira) Os acidentes em geral são de pouca gravidade Correspondem a 90% dos casos Maioria dos casos causa apenas dor intensa imediata no local da picada, com ou sem irradiação Sinais locais discretos: eritema, edema, duas lesões (quelíceras/ferrões) LEVES MODERADOS Em torno de 9% dos casos Dor local mais intensa Sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, sialorréia, ansiedade, agitação psicomotora, sudorese, hipertensão arterial, taquicardia OBS: Alguns desses sintomas podem decorrer de dores intensas no geral GRAVE Aproximadamente 1% do total Além dos sintomas descritos, pode apresentar: Priapismo (ereção), hipotensão arterial, choque, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, convulsões e coma. Manifestações Clínicas Phoneutria (aranha armadeira) Manifestações Clínicas Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. PROTOCOLO CLÍNICO Acidente por aranha do gênero Phoneutria. USP FONTE: Latrodectus (Viúva negra) Manifestações Clínicas Latrodectus (Viúva negra) Dor é uma característica universal, podendo ser local, regional ou irradiante, nas costas, peito ou abdominal e dor muscular, O início e progressão da dor é gradual e persiste por horas a dias Diaforese é outro traço característico, se apresentando no local da picada, bilateral abaixo do joelho e/ou regional assimétrica Sintomas não específicos como náuseas, vômitos, cefaleia e fadiga são relatados na maioria das espécies Pode ocorrer fasciculação muscular e paralisia localizada irregular Lesão miocárdica foi relatada para algumas espécies (Ex.: Latrodectus tredecimguttatus), podendo levar a óbito Outros sintomas observados são: eritema escleral, arritmias cardíacas, contrações espamódicas dos membros e convulsões Manifestações Clínicas Latrodectus (Viúva negra) Manifestações Clínicas FONTE: Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. VAMOS PRATICAR QUAL DOS SEGUINTES GÊNEROS APRESENTA COMO MANIFESTAÇÃO CLÍNICA NECROSE E ULCERAÇÃO? C D PHONEUTRIA LOXOSCELESA B LYCOSA LACTRODECTUS DIAGNÓSTICO Ferramentas que emergem para otimizar o prognóstico e potencializar o tratamento em face de acidentes que envolvem aranhas O DIAGNÓSTICO, NA MAIORIA DOS CASOS, É EMINENTEMENTE CLÍNICO, DE MODO QUE É CRUCIAL A ATENÇÃO AOS SEGUINTES ASPECTOS: HISTÓRIA DO PACIENTE SINAIS FÍSICOS TESTEMUNHO DO ACIDENTE IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL FASCEÍTE NECROZANTE PICADA DE INSETO CELULITE PICADA DE ESCORPIÃO REPRODUÇÃO: Shutterstock DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL QUEIMADURA QUÍMICA CARBÚNCULO POR ANTRAZ LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA ÚLCERA DECORRENTE DE DIABETES REPRODUÇÃO: Shutterstock ACIDENTES COM ARANHAS Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010 (ratificada na Portaria Nº 104, de 25 de janeiro de 2011) NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Ministério da Saúde, Portal SINAN: Ficha de Preenchimento para Acidentes com Animais peçonhentos. ACIDENTE LOXOSCÉLICOACIDENTE LOXOSCÉLICOPicada usualmente poucodolorosa, que pode não ser percebida. Após algumas horas: dor, eritema, edema; equimose central e áreas de palidez (placa marmórea). DIAGNÓSTICO Amplamente distribuídas ao redor do globo, as aranhas do gênero Loxosceles estão relacionadas com a mais severa forma de necrose secundária associada ao araneísmo em muitos países. MARQUES, Mario Octávio Thá et al. Envenenamento por aranhas do gênero Loxosceles: revisão de casos e literatura. 2020. Sistematicamente, ocorrem queixas inespecíficas (mal-estar, cefaleia, febre, exantema). ACIDENTE LOXOSCÉLICOACIDENTE LOXOSCÉLICO LOXOSCELISMO CUTÂNEO DIAGNÓSTICO O mecanismo de ação do veneno loxoscélico resulta, principalmente, da atividade tipo esfingomielinase D, podendo ocasionar dermonecrose local (loxoscelismo cutâneo) e, mais raramente, hemólise intravascular (loxoscelismo cutâneo-hemolítico ou cutâneo-visceral). BRASIL/ FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 1998, 2001. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. LAXOSCELISMO VISCERAL Instalação lenta e progressiva; Dor, edema e eritema no local; Sintomas locais atenuam em 24 até 72 horas; Evolui para necrose seca. Anemia, icterícia e hemoglobinúria; Petéquias e equimoses; Pode ocorrer a coagulação intravascular disseminada; Insuficiência renal. ACHADOS LABORATORIAISACHADOS LABORATORIAIS LOXOSCELISMO CUTÂNEODIAGNÓSTICO Não existe exame diagnóstico específico. Alterações laboratoriais dependem da forma clínica do envenenamento BRASIL/ FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 1998, 2001. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. LAXOSCELISMO VISCERAL Anemia aguda; Plaquetopenia; Reticulocitose; Hiperbilirrubinemia indireta; Queda dos níveis séricos de haptoglobina; Elevação dos séricos de potássio, creatinina e uréia; Coagulograma alterado. Leucocitose com neutrofilia; Aumento de creatina-quinase em casos de lesão flogística mais evidente. OUTROS EXAMES UTILIZADOS MENSURAÇÃO DE G6PD TESTE DE COOMBSELISA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA MARQUES, Mario Octávio Thá et al. Envenenamento por aranhas do gênero Loxosceles: revisão de casos e literatura. 2020. MNEMÔNICA Stoecker WV, Vetter RS, Dyer JA. NOT RECLUSE-A Mnemonic Device to Avoid False Diagnoses of Brown Recluse Spider Bites. JAMA Dermatol. 2017 May 1;153(5):377-378. doi: 10.1001/jamadermatol.2016.5665. PMID: 28199453. Com o propósito de contribuir para a redução de diagnósticos errôneos do loxoscelismo, foi desenvolvido um dispositivo mnemônico, chamado de NOT RECLUSE, que resume os achados típicos e não 34 típicos da lesão cutânea causada por L. reclusa. N O T R E C L U SS E NÚMEROOCORRÊNCIA TEMPO CENTRO VERMELHO LESÕES ELEVADAS LESÕES CRÔNICAS LESÕES GRANDES ULCERAÇÃO PRECOCE EDEMA EXSUDATO ACIDENTES PORACIDENTES POR Phoneutria sp.Phoneutria sp. A dor imediata é o sintoma mais frequente, podendo ser de forte intensidade. Cessada a dor mais intensa, os pacientes referem parestesia na região da picada. Outras manifestações, como edema, eritema, sudorese e fasciculações podem ser observadas . DIAGNÓSTICO Do ponto de vista clínico, o foneutrismo apresenta manifestações similares ao escorpionismo e, quando o animal não é visualizado, pode não ser possível diferenciar um acidente do outro, com exceção quando o paciente apresenta dois furos no local da picada. Secretária de Saúde do Estado do Ceará, 2021, Guia de Suporte para Diagnóstico e Tratamento de Vítimas por Acidentes por Animais peçonhentos. Ocorrem, em alguns casos, manifestações sistêmicas como vômitos, sudorese, hipertensão arterial, priapismo, bradicardia, hipotensão arterial, arritmias, edema agudo do pulmão, convulsões e coma. ALTERAÇÕES LABORATORIAIS LEUCOCITOSE COM NEUTROFILIA ACIDOSE METABÓLICA HIPERGLICEMIA TAQUICARDIA SINUSAL BRASIL/ FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 1998, 2001. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. ACIDENTES PORACIDENTES POR Latrodectus sp.Latrodectus sp. Dor local imediata que pode serintensa e irradiar-se aos gânglios linfáticos regionais DIAGNÓSTICO O diagnóstico de latrodectismo é clínico e baseia-se na história de picada de aranha, resultando em efeitos clínicos compatíveis com latrodectismo, que podem variar para diferentes espécies de Latrodectus. Secretária de Saúde do Estado do Ceará, 2021, Guia de Suporte para Diagnóstico e Tratamento de Vítimas por Acidentes por Animais peçonhentos. São descritos trismo, blefaro- conjuntivite, sudorese, hipertensão arterial, taquicardia que pode evoluir para bradicardia, retenção urinária, priapismo e choque. ALTERAÇÕES LABORATORIAIS LEUCOCITOSE COM LINFOPENIA ALBUMINÚRIA EHEMATÚRIA HIPERGLICEMIA FIBRILAÇÃO ATRIAL BRASIL/ FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 1998, 2001. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001.As alterações laboratoriais são inespecíficas DIAGNÓSTICO ACIDENTE POR MYGALOMORPHAE Azevedo-Marques MM, Cupo P, Hering SE. Acidentes por animais peçonhentos: escorpiões e aranhas. Medicina, Ribeirão Preto. 2003;36:490- 97. DIAGNÓSTICO ACIDENTE POR LYCOSA SP. VENENO POUCO POTENTE EDEMA DOR PRURIDO RARA NECROSE SUPERFICIAL COSTUMA ASSUSTAR CERDAS URTICANTES REAÇÕES ALÉRGICAS DOR LOCAL POUCO INTENSA Não há descrições de alterações laboratoriais relevantes VAMOS PRATICAR PACIENTE DO SEXO MASCULINO BOMBEIRO, 31 ANOS DOR PROGRESSIVAMENTE FORTE AO RETIRAR A BOTA, REPAROU A LESÃO VAMOS PRATICAR C D PHONEUTRIA LOXOSCELES VAMOS PRATICAR É MAIS PROVÁVEL QUE TENHA SIDO UM ACIDENTE POR QUAL DESSES ANIMAIS PEÇONHENTOS? A B LYCOSA LACTRODECTUS TRATAMENTO Conjunto de meios (terapias) empregados visando a debelar uma doença ou proporcionar ao doente cuidados paliativos. IMEDIATO Não usar garrotes ou torniquetes Não fazer incisões no local da picada Não aplicar substâncias irritantes. SINTOMÁTICO Uso de analgésicos e benzodiazepínicos. ESPECÍFICO Utilização de soroterapia específica para o veneno. PROTOCOLO GERAL PARA ACIDENTES COM ARANHAS TRATAMENTO ACIDENTE POR Phoneutria sp. Procedimentos terapêuticos para alívio da dor. Infiltração anestésica Lidocaína a 2% sem vasoconstritor Analgésicos por Via Oral Dipirona Paracetamol Analgésicos opióides de uso intravenoso Tramadol, Morfina Associação: Paracetamol + Codeína 1. a. i. 2. a. b. 3. a. 4. a. Soroterapia antiveneno Soro antiaracnídico(SAA) Doses de aplicação do soro: de 3 ou 6 ampolas Observação Uso de drogas anti- histamínicas: prometazina 1. a. i. 2. a. i. ESPECÍFICO Manual de Diagnóstico e Tratamento Por Animais Peçonhentos - <icict.fiocruz.br> SORO ANTIARACNÍDICO(SAA) Loxosceles gaucho: 15,0 DMN/mL Phoneutria nigriventer: 1,5 DMM/mL Tityus serrulatus: 1,5 DMM/mL Doença do Soro; Febre, calafrios e sudorese; Choque anafilático ou edema de glote. (muito raros) Imunoglobulinas contra venenos de: Reações possíveis do uso do soro: TRATAMENTO Loxosceles gaucho Phoneutria nigriventer Tityus serrulatusBula do soro antiaracnínido (SAA) instituto Butantan <https://butantan.gov.br/soros-e-vacinas/soros> ACIDENTE FONÊUTRICO - Tratamento pelo grau das manifestações Aranha não Identificada Quadro leve: Predomínio de manifestações locais: Dor, edema, eritema, irradiação, sudorese, parestesia, taquicardia e agitação secundárias à dor. Phoneutria sp. provável Aranha Identificada Phoneutria sp. confirmado Quadro Moderado Manifestações locais associadas à sudorese, taquicardia, vômitos ocasionais, agitação, hipertensão arterial. Quadro Grave Prostração, sudorese profusa, hipotensão, priapismo, diarreia, bradicardia, arritmias cardíacas, convulsões, cianose, edema pulmonar, choque. Paciente maior de 7 anos Paciente menor de 7 anos Alívio da dor: Anestesia local e/ou analgesia SAA IV: 6 ampolas Terapia de suporte / cuidados intensivos Anestesia local e/ou analgesia SAA IV: 3 ampolas Anestesia local e/ou analgesia Ut iliz aç ão ra cio na l d e s oro s a nti ve ne no s e ap rov aç ão de pro toc oo s c lín ico s p ara ar an ha s d os gê ne ros Ph on eu tri a e La xo sce les , e se rpe nte s d a f am ília El ap ida e TRATAMENTO ACIDENTE POR Loxosceles sp. Corticosteróides Prednisona por VO de 5 a 10 dias Analgésicos Dipirona Paracetamol Paracetamol + Codeína Hidratação - Forma cutâneo - hemolítica para adequada perfusão renal. Forma Hemolítica Diálise Reposição de concentrado de Hemácias 1. a. 2. a. b. c. 3. 4. a. b. Limpeza da lesão; Desbridamento da crosta necrótica 1. TRATAMENTO DA LESÃO DERMONECRÓTICA Manual de Diagnóstico e Tratamento Por Animais Peçonhentos - <icict.fiocruz.br> ESPECÍFICO Soroterapia antiveneno Soro antiaracnídico(SAA) ou soro antiloxoscélico(SALox) Doses de aplicação do soro: de 5 ou 10 ampolas 1. a. i. ACIDENTE LOXOSCÉLICO - Tratamento pelo grau das manifestações Forma cutânea Quadro leve: Lesão incaracterística Sem comprometimento do estado geral Sem sinal de hemólise Quadro Moderado Lesão provável ou “característica” e (com placa marmórea < 3 cm) Com ou sem comprometimento do estado geral Sem sinal de hemólise Quadro Grave Lesão “característica”e (com placa marmórea > 3 cm) Com ou sem comprometimento do estado geral Sem sinal de hemólise Ut iliz aç ão ra cio na l d e s oro s a nti ve ne no s e ap rov aç ão de pro toc oo s c lín ico s p ara ar an ha s d os gê ne ros Ph on eu tri a e La xo sce les , e se rpe nte s d a f am ília El ap ida e Forma cutâneo- hemolítica Quadro Grave Presença ou não de lesão local significativa e dor Hemóliseconfirmada por exames complementares. Tratamento Sintomático: analgésico, anti‐ histamínico, corticóide tópico Orientar paciente a retorno diário, a cada 12 horas. Tratamento Prednisona: 5 dias Adultos: 40 mg/dia Crianças: 0,5 ‐ 1 mg/Kg/dia (máximo 40 mg/dia) Sintomático: Tratamento SALox/SAA IV: 5 ampolas Prednisona: 7 dias Adultos: 40 mg/dia Crianças: 0,5 ‐ 1 mg/Kg/dia (máximo 40 mg/dia). Sintomático Tratamento SALox/SAA IV: 10 ampolas Prednisona: 7 dias o Adultos: 40 mg/dia o Crianças: 0,5 ‐ 1 mg/Kg/dia (máximo 40 mg/dia) Sintomático Hidratação adequada visando manter boa perfusão renal TRATAMENTO ACIDENTE POR Latrodectus sp. Analgésicos Dipirona Paracetamol Paracetamol + Codeína Benzodiazepínicos Diazepam Gluconato de Cálcio Para reduzir dor e espasmos musculares Clorpromazina Hidratação 1. a. b. c. 2. a. 3.a. 4. 5. Manual de Diagnóstico e Tratamento Por Animais Peçonhentos - <icict.fiocruz.br> ESPECÍFICO Soroterapia antiveneno Soro antilatrodectus(SALAT) Doses de aplicação do soro: de 1 ou 2 ampolas - Intramuscular ou endovenosa OBS.: Soro difícil de ser encontrado no Brasil. 1. a. i. b. VAMOS PRATICAR PACIENTE DO SEXO MASCULINO CRIANÇA, 5 ANOS A CRIANÇA APRESENTOU INICIALMENTE UMA DOR FORTE NA PERNA QUE FOI PICADA APÓS UM PERÍODO, COMEÇOU A TER NÁUSEAS E CONVULSÕES VAMOS PRATICAR C D VAMOS PRATICAR SABENDO QUE A ARANHA FOI IDENTIFICADA COMO LATRODECTUS E OBSERVANDO OS SINTOMAS APRESENTADOS, QUAL O TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA ESCOLHIDO? A B SORO ANTIARACNÍDICO + ANALGÉSICOS SORO ANTILATRODECTUS + DIAZEPAM SORO ANTILOXOSCÉLICO + DIPIRONA SORO ANTIARACNÍDICO + CODEÍNA Profilaxia Como evitar os acidentes com aranhas? Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas e lixo dentro e fora de casa; Supervisionar crianças para que não adentrem terrenos baldios e construções; Sacudir roupas e calçados antes de usá-los; Afastar camas e berços das paredes; Evitar que mosquiteiros e roupas de cama encostem no chão; Vedar frestas e buracos das paredes, consertar forros e rodapés despregados; Como evitar os acidentes com aranhas? Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede; Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas; Manter a grama sempre cortada; Controle de pragas. Como evitar os acidentes com aranhas? Como evitar os acidentes com aranhas? CASO CLÍNICO CASO CLÍNICO FERREIRA, Marceli Dias; VEIGA, Silvio Sanches; DOS SANTOS, Fábio André. Brown spider (Loxosceles sp.) bite and COVID- 19: A case report. Toxicon, v. 212, p. 1-7, 2022. Abstract "We present the case of a 32-year-old male patient hospitalized during the COVID-19 pandemic because of a Brown spider bite on his lower lip. The Brown spider accident occurred in southern Brazil; at hospital admission, the patient presented on his lip: edema, pustules, necrotic regions, and ulcerations [...]. This case illustrates the difficulties and risks in treating patients with venomous animal accidents during the pandemic, and the importance of a multi-professional team in treating such cases." CASO CLÍNICO FERREIRA, Marceli Dias; VEIGA, Silvio Sanches; DOS SANTOS, Fábio André. Brown spider (Loxosceles sp.) bite and COVID- 19: A case report. Toxicon, v. 212, p. 1-7, 2022. RELATO DE CASO Paciente jovem de 32 anos Acidente doméstico com Loxosceles na região oral Associação de duas doenças - Loxoscelismo e Covid-19 Falência renal, resposta inflamatória sistêmica e complicações pulmonares Paciente foi a óbito CASO CLÍNICO FERREIRA, Marceli Dias; VEIGA, Silvio Sanches; DOS SANTOS, Fábio André. Brown spider (Loxosceles sp.) bite and COVID- 19: A case report. Toxicon, v. 212, p. 1-7, 2022. RELATO DE CASO Diagnóstico de loxoscelismo é clínico mas no caso da paciente foi complementado pela apresentação da aranha causadora do acidente. O veneno apresenta toxinas da família das fosfolipases (Dermonecróticas) e são as responsáveis pela resposta inflamatória descontrolada CASO CLÍNICO FERREIRA, Marceli Dias; VEIGA, Silvio Sanches; DOS SANTOS, Fábio André. Brown spider (Loxosceles sp.) bite and COVID- 19: A case report. Toxicon, v. 212, p. 1-7, 2022. RELATO DE CASO Paciente apresentou no leucograma: Linfopenia,monocitose, leucocitose e neutrofilia Outros exames laboratoriais: Elevação do D-dímero,PCR, Glutamato-piruvatos transaminase, delta-bilirrubina, creatina fosfoquinase, procalcitonina e fibrinogênio Urinálise: Proteinúria e hematúria; CASO CLÍNICO FERREIRA, Marceli Dias; VEIGA, Silvio Sanches; DOS SANTOS, Fábio André. Brown spider (Loxosceles sp.) bite and COVID- 19: A case report. Toxicon, v. 212, p. 1-7, 2022. RELATO DE CASO 15° dia de IH - Aumento da PCR, Creatinina e ureia, alterações de coagulação e anemia - incerteza se a alteração renal foi causada pela antibioticoterapia ou pelo toxocelismo 26° dia de IH - Iniciado tratamento das lesões com equipe odontológica 28° dia de IH - Apresentou episódio de dessaturação ( SAT O2 65 a 75%), taquipneia e necessitou de oxigenioterapia. O teste realizado para COVID-19 foi positivo e ao se realizar TC de tórax foram evidenciados sinais típicos de pneumonia viral por COVID-19. Hemograma evidenciou anemia normocromica, linfocitopenia, neutrofilia, aumentos de ureia e creatinina, PCR e D-dímero. Necessidade Ventilação mecânica. CASO CLÍNICO FERREIRA, Marceli Dias; VEIGA, Silvio Sanches; DOS SANTOS, Fábio André. Brown spider (Loxosceles sp.) bite and COVID- 19: A case report. Toxicon, v. 212, p. 1-7, 2022. RELATO DE CASO 37° dia de IH - Constatada melhora das alterações bucais, Pneumonia associada à ventilação mecânica por Burkholderia CASO CLÍNICO FERREIRA, Marceli Dias; VEIGA, Silvio Sanches; DOS SANTOS, Fábio André. Brown spider (Loxosceles sp.) bite and COVID- 19: A case report. Toxicon, v. 212, p. 1-7, 2022. RELATO DE CASO 53° dia de IH - Quadro grave com piora da função renal. PCR elevada. Paciente em VM com IOF2 em 100% com uso de droga vasoativa dobrada. Parada cardiorrespiratória com evolução para o óbito. REFERÊNCIAS MARQUES, Mario Octávio Thá et al. Envenenamento por aranhas do gênero Loxosceles: revisão de casos e literatura. 2020 Stoecker WV, Vetter RS, Dyer JA. NOT RECLUSE-A Mnemonic Device to Avoid False Diagnoses of Brown Recluse Spider Bites. JAMA Dermatol. 2017 May 1;153(5):377-378. doi: 10.1001/jamadermatol.2016.5665. PMID: 28199453. BRASIL/ FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 1998, 2001. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília: MS/FUNASA MS (Ministério da Saúde) / FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. Secretária de Saúde do Estado do Ceará, 2021, Guia de Suporte para Diagnóstico e Tratamento de Vítimas por Acidentes por Animais peçonhentos. Azevedo-Marques MM, Cupo P, Hering SE. Acidentes por animais peçonhentos: escorpiões e aranhas. Medicina, Ribeirão Preto. 2003;36:490-97. SCHÜTZE, M. et al. Caso 1. Rev Med Minas Gerais , v. 21, n. 1, pág. 121–122, [sd]. NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2016. 588 p. Andrade Filho, A; Campolina, D; Dias, MB. 1a Ed. 2001 FOLIUM. Acidentes por Aranhas. Disponível em: <https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Acidentes-por- Aranhas>. ADEBAL DE ANDRADE FILHO et al. Toxicologia na prática clínica.2 ed. Belo Horizonte: Folium, 2013. Acidente por aranha do gênero Loxosceles. Disponível em <http://nhe.fmrp.usp.br/wp- content/uploads/2017/12/protocolo_Acidente_por_aranha_do_gênero_Loxosceles.pdf> Isbister GK, Fan HW. 2011. 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