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LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO
DE
DESENHO MECÂNICO
5
Sumário
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO MECÂNICO	2
INTRODUÇÃO	2
PERSPECTIVAS:	4
SUPRESSÃO DE VISTAS	13
COTAS E FORMAS DE COTAGEM:	23
CORTES	29
ENCURTAMENTO	34
SEÇÃO:	35
VISTAS LATERIAS:	38
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS:	39
TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS:	47
ESTADO DE SUPERFICIE:	52
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DESENHO MECÂNICO
INTRODUÇÃO
O desenho técnico é um ramo especializado do desenho, caracterizado pela sua normatização e pela apropriação que faz das regras da geometria descritiva. Tal forma de desenho é utilizada como base para a atividade projetual em disciplinas como a arquitetura, o design e a engenharia. O desenho técnico, é a ferramenta mais importante num projeto, por ser o meio de comunicação entre quem projeta e quem fabrica. Nele constam todas as informações referentes ao projeto.Existem dois modelos de representação: pelo método europeu (ou do primeiro diedro) e pelo método americano (ou do terceiro diedro).
FORMAS:
Para cada área da tecnologia existe uma especialização diferente do desenho técnico, normalmente envolvendo normatização específica. Alguns exemplos são os que seguem:
Desenho mecânico - voltado ao projeto de máquinas, motores, peças mecânicas, etc.
Desenho arquitetônico - voltado ao projeto de arquitetura, desenho urbano, paisagismo, etc.
LINHAS:
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas, conforme a norma NBR8403. Elas estão Abaixo.
PERSPECTIVAS:
Perspectiva é a maneira de representar objetos de acordo com sua posição, forma e tamanho.
Existem vários tipos de perspectiva. Aqui apresentamos a perspectiva isométrica que mantém as mesmas medidas de comprimento, largura e altura do objeto e é construída sobre os três eixos isométricos (c, a, l) que formam entre si ângulos de 120º. Os eixos oblíquos formam com o horizontal ângulo de 30º.
Qualquer linha paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica.
 
O prisma é usado como base para o traçado da perspectiva de qualquer objeto, cujo pode ser feito sobre o reticulado ou não.
Começa com os traçados dos eixos isométricos a partir de um ponto definido (A).
Em seguida, são marcadas nesses eixos as medidas de comprimento, largura e altura. do prisma; Após isso, são traçadas as faces de frente, de cima e do lado do prisma. tomando como referência as medidas marcadas nos eixos isométricos. Em seguida são marcadas as medidas do rebaixo e traçadas da mesma maneira que as faces do prisma.
E por último, para finalizar o traçado da perspectiva isométrica, são apagadas as linha de construção e reforçado o contorno do objeto.
As linhas que não são paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não-isométricas.
Perspectiva com elementos arredondados:
Perspectiva isométrica com diversos elementos:
PROJEÇÃO:
Em desenho técnico, projeção é a representação gráfica do modelo feita em um plano.
Existem várias formas de projeção tais como: NBR 10067, NBR 13273, NBR 13272,NBR 8993, NBR 12288, NBR 13104. A ABNT adota a projeção ortogonal, por ser a representação mais fiel à forma do modelo.
Para entender como é feita a projeção ortogonal, é necessário conhecer os seguintes elementos: observador, objeto (peça ou modelo), e plano de projeção.
Observe a linha projetante. A linha projetante é a linha perpendicular ao plano de projeção que sai do objeto e o projeta no plano de projeção.
10
Rebatimento de três planos de projeção
Quando se tem a projeção ortogonal do objeto, o objeto não é mais necessário e assim é possível rebater os planos de projeção.
Com o rebatimento, os planos de projeção, que estavam unidos perpendicularmente entre si, aparecem em um único plano de projeção.
Assim pode-se ver o rebatimento dos planos de projeção, imaginado-os como planos ligados por dobradiças.
Agora é possível tirar os planos de projeção e deixar apenas o desenho das vistas do objeto. Na prática, as vistas do objeto aparecem sem os planos de projeção. As linhas projetantes auxiliares indicam a relação entre as vistas do desenho técnico.
Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projeções da peça formadas pela vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda. Normalmente a vista frontal é a vista principal da peça. As distâncias entre as vistas ser iguais e proporcionais ao tamanho do desenho.
SUPRESSÃO DE VISTAS
Até este momento, todos os desenhos de peças que vimos foram apresentados em três vistas. Nem sempre isso é necessário pois, ao desenhar uma peça, é necessário fazer tantas vistas quantas forem suficientes para a compreensão de sua forma.
PEÇA EM TRÊS VISTAS:
PEÇA EM DUAS VISTAS
PEÇA EM UMA VISTA
20
Indicativo de superfícies planas
Superfícies planas são representadas por linhas contínuas estreitas, traçadas diagonalmente na indicação de partes, em peças arredondadas.
COTAS E FORMAS DE COTAGEM:
Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho conf. a norma NBR 10126. Para a cotagem de um desenho são necessários três elementos:
Linhas de cota são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça.
A linha auxiliar é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.
Cotas são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.
Cuidados na cotagem
Ao cotar um desenho é necessário observar o seguinte:
As cotas guardam uma pequena distância acima das linhas de cota (1mm). As linhas auxiliares também guardam uma pequena distância das vistas do desenho (1mm).
A unidade de medida usada é o milímetro (mm), e é dispensada a colocação do símbolo junto à cota. Quando se emprega outra distinta do milímetro (como a polegada), é colocado seu símbolo.
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.
Evita-se colocar cotas em linhas tracejadas.
Cotagem de peças simétricas
A utilização de linha de simetria em peças simétricas facilita e simplifica a cotagem, conforme os exemplos abaixo.
Com linha de simetria	Sem linha de simetria
Cotagem de diâmetro e raio
Cotagem de elementos esféricos
Elementos esféricos são elementos em forma de esfera. A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus raios.
ESF = Esférico Ø = Diâmetro R = Raio
Cotagem de elementos angulares
Existem peças que têm elementos angulares. Elementos angulares são formados por ângulos. O ângulo é medido com o goniômetro pela sua abertura em graus. O goniômetro é conhecido como transferidor. A cotagem da abertura do elemento angular é feita em linha de cota curva, cujo centro é vértice do ângulo cotado.
Cotagem de ângulos em peças cilíndricas
Cotagem de chanfros
Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas superfícies que se encontram. Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas lineares e por meio de cotas lineares e angulares. As cotas lineares indicam medidas de comprimento, largura e altura. As cotas angulares indicam medidas de abertura de ângulos.
Em peças planas ou cilíndricas, quando o chanfro está a 45º é possível simplificar.
	
Cotagem em espaços reduzidos
Para cotar em espaços reduzidos, é necessário colocar as cotas conforme os desenhos abaixo. Quando não houver lugar para setas, estas substituídas por pequenos traços oblíquos.
Cotagem por faces de referência
Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas a partir das faces. A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. A cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação de espaço, desde que não haja problemade interpretação. A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.
Cotagem por coordenadas
A cotagem aditiva em duas direções pode ser simplificada por cotagem por coordenadas. A peça fica relacionada a dois eixos. Fica mais prático indicar as cotas em uma tabela ao invés de indicá-la diretamente sobre a peça.
Cotagem por linhas básicas
Na cotagem por linha básica as medidas da peça são indicadas a partir de linhas.
Cotagem de furos espaçados igualmente
Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, furos espaçados igualmente. A cotagem da distâncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por cotas angulares.
Cotagem de peças com faces ou elementos inclinados
Existem peças que têm faces ou elementos inclinados. Nos desenhos técnicos de peças com faces ou elementos inclinados, a relação de inclinação deve estar indicada.
A relação de inclinação 1:10 indica que cada 10 milímetros do comprimento da peça, diminui-se um milímetro da altura. Com a relação de inclinação vem indicada do desenho técnico, não é necessário que a outra cota de altura da peça apareça.
Outros exemplos a seguir.
Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos
Existem peças cônicas ou com elementos cônicos. Nos desenhos técnicos de peças como estas, a relação de conicidade deve estar indicada.
A relação de conicidade 1:20 indica que a cada 20 milímetros do comprimento da peça, diminui-se um milímetro do diâmetro.
CORTES	
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre imaginário conf. normalização NBR 12298. Ele permite ver as partes internas da peça.
Hachuras
Na projeção em corte, a superfície imaginaria cortada é preenchida com hachuras.
Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginada cortada, mostram também os tipos de materiais.
O hachurado é traçado com inclinação de 45 graus.
Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peça será imaginada cortada. Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição do observador.
Observações:
A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada.
As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas.
Na vista hachurada, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não dificulte a leitura do desenho.
Mais de um corte no desenho técnico
Às vezes, um só corte não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos é necessário representar mais de um corte na mesma peça.
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Meio-corte
O meio-corte é empregado no desenho de peças simétricas no qual aparece somente meia-vista em corte. O meio-corte apresenta a vantagem de indicar, em uma só vista, as partes internas e externas da peça.
Em peças com a linha de simetria vertical, o meio-corte é representado à direita da linha de simetria, de acordo com a NBR 10067. Na projeção da peça com aplicação de meio-corte, as linhas tracejadas devem ser omitidas na parte não-cortada.
Corte composto
Corte parcial
Usado quando é necessário mostrar apenas determinados detalhes internos na projeção. Para limitar a parte cortada, usa-se a linha de ruptura (sinuosa estreita).
ESCALA
Escala é a relação entre as medidas da peça (objeto) e do desenho. A escala é necessária porque nem sempre os desenhos industriais são do mesmo tamanho das peças a serem produzidas. Assim, quando se trata de uma peça muito grande, o
desenho é feito em tamanho menor com redução igual em todas as suas medidas.
Quando se trata de uma peça muito pequena, o desenho é feito em tamanho maior com ampliação igual em todas as suas medidas.
Escalas usuais
Natural	1:1 (um por um) Redução................ 1:2 - 1:5 - 1:10 - 1:20 - etc.
Ampliação ............. 2:1 - 5:1 - 10:1 - 20: 1 - etc.
Observação
A redução ou a ampliação só tem efeito para o traçado do desenho. As cotas não sofrem alteração.
ENCURTAMENTO:
Quando o desenho técnico em escala de redução prejudica a interpretação dos elementos da peça, usa-se a representação com ruptura. Nesse tipo de representação imagina-se a retirada de uma ou mais partes da peça.
A representação com encurtamento é feita em peças longas que têm forma constante; também em peças que têm partes longas, com forma constante.
Quando necessário, aplica-se mais de um encurtamento em um mesmo desenho ou em mais de um sentido.
SEÇÃO:
Sempre que necessário, usa-se a seção em desenho técnico para mostrar, de maneira simples, a forma da peça no local secionado, conforme a norma ABNT NBR 10067.
Nos desenhos abaixo, observe a diferença entre as representações em corte simples e corte em seção respectivamente.
Omissão de Corte
A omissão de corte indica as partes não-cortadas de uma peça representada em corte.
Ela é representada pela ausência de hachuras e é usada para destacar certos elementos como: nervuras, chavetas, porcas, parafusos, eixos, etc.
Nervura
A nervura representada em corte no seu sentido longitudinal não é hachurada.
Quando o corte atinge duas ou mais peças montadas, inverte-se a posição das hachuras.
Quando o corte atinge partes muito fina como chapas, guarnições, juntas e estruturas metálicas, as partes que seriam hachuradas são enegrecidas.
VISTAS LATERIAS:
Vista lateral direita é a vista projetada em plano lateral situado à esquerda da vista frontal.Esta forma de projeção segue de acordo com a norma ABNT NBR 10067.
Nos casos em que o maior número de elementos visíveis está colocado ao lado direito da peça, usam-se a vista lateral direita.
Vistas laterais esquerdas e direitas
As vistas laterais esquerdas e direitas são usadas quando a peça a ser desenhada apresenta elementos importantes nos seus lados esquerdos e direito. Nesse caso, as linhas tracejadas desnecessárias devem ser omitidas nas vistas laterais.
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS:
Tolerância é o valor da variação permitida na dimensão de uma peça. Em termos práticos, é a diferença tolerada entre as dimensões máxima e mínima de uma dimensão nominal.
A tolerância é aplicada na execução de peças em série e possibilita a intercambiabilidade delas.
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As tolerâncias podem ser representadas por afastamentos ou pela norma ISO adotada pela ABNT.
Tolerância ISO (International Organization for Standardization)
O sistema de tolerância ISO adotado pela ABNT, conhecido como sistema internacional de tolerância, adotado conforme a norma NBR 6158, consiste numa série de princípios, regras e tabelas que permitem a escolha racional de tolerâncias na produção de peças. A unidade de medida para tolerância ISO é o micrômetro (µm = 0,001 mm).
A tolerância ISO é representada normalmente por uma letra e um numeral colocados à direita da cota. A letra indica a posição do campo de tolerância e o numeral, a qualidade de trabalho.
Campo de tolerância
É o conjunto dos valores compreendidos entre as dimensões máximas e mínimas. O sistema ISO prevê 28 campos representados por letras, sendo as maiúsculas para furos e as minúsculas para eixos:
Furos
A, B, C, CD, D, E, EF, F, FG, G, H, J, JS, K M, N, P, R, S, T, U, V, X, Y, Z, ZA, ZB, ZC
Eixos
a, b, c, cd, d, e, ef, f, fg, g, h, j, js, k, m, n, p, r, s, t, u, v, x, y, z, za, zb, zc.
Qualidade de trabalho
A qualidade de trabalho (grau de tolerância e acabamento das peças) varia de acordo com a função que as peças desempenham nos conjuntos.
O sistema ISO estabelece dezoito qualidades de trabalho, que podem ser adaptadas a qualquer tipo de produção mecânica. Essas qualidades são designadas por IT 01, IT 0, IT 1, IT 2... IT 1.6 (I = ISO e T = tolerância).
Grupos de dimensões
O sistema de tolerância ISO foi criado para produção de peças intercambiáveis com dimensões compreendidas entre 1 e 500mm. Para simplificar o sistema e facilitar sua utilização, esses valores foram reunidos em treze grupos de dimensões em milímetros.
Ajustes
O ajuste é a condição ideal para fixação ou funcionamento entre peças executadas dentro de um limite. São determinados de acordo com aposição do campo de tolerância.
Para não haver uma diversificação exagerada de tipos de ajustes, a tolerância do furo ou do eixo é padronizada. Geralmente, padroniza-se o furo em H7.
A origem dos termos furo e eixo provêm da importância que as peças cilíndricas têm nas construções mecânicas.
Na prática, porém, os termos furo e eixo são entendidos como medida interna e medida externa, respectivamente.
Para estabelecer a tolerância, usa-se a tabela
Cotagem com indicação de tolerância
Peças que serão montadas
Nos desenhos de conjuntos, onde as peças aparecem montadas, a indicação da tolerância poderá ser feita do seguinte modo:
TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS:
Tolerâncias de Forma Tolerância de Planeza
A tolerância de planeza corresponde distancia t entre dois planos ideais imaginários, entre os quais deve encontrar-se a superfície real da peça.
Tolerância de Cilindricidade
Quando uma peça é cilíndrica, a forma. real da peça fabricada deve estar situada entre as superfícies de dois cilindros que tem o mesmo
eixo e raios diferentes.
Tolerância de Forma de uma superfície qualquer:
È definida por uma esfera de ‚metro t, cujo centro movimenta-se por uma superfície que tem a forma geométrica ideal. O campo de Tolerância È limitado por duas superfícies tangentes ‡
esfera t, como mostra o desenho a seguir.
Tolerância de Circularidade
A tolerância de circularidade È determinada por duas circunferências que tem o mesmo centro e raios diferentes.
O centro dessas circunferências È um ponto situado no eixo da peça.
O campo de tolerância de circularidade corresponde ao espaço t entre as duas circunferências, dentro do qual deve estar compreendido o contorno de cada. Se a da peça.
	
Tolerância de forma de uma linha qualquer:
A tolerância de um perfil ou contorno qualquer È determinada por duas linhas envolvendo uma circunferência de diâmetro t cujo centro se desloca por uma linha que tem o perfil geométrico desejado.
Note que o contorno de cada seção do perfil deve estar compreendido entre duas linhas paralelas, tangentes ‡ circunferência.
Tolerância de Parelelismo:
Nesta peça, o eixo do furo superior deve ficar paralelo ao eixo do furo inferior, tomado como referencia.
O eixo do furo superior deve estar compreendido dentro de uma zona cilíndrica de diâmetro t, paralela ao eixo do furo inferior, que. Constitui a reta de referencia.
Tolerância de Perpendicularidade:
Nesta peça, o eixo do furo vertical B deve ficar perpendicular ao eixo do furo horizontal C. Portanto, È necessário determinar a tolerância de perpendicularidade de um eixo em relação, ao outro.
Tolerância de Inclinação;
O furo de a peça representada a seguir deve ficar inclinado em relação ‡ base.
Para que o furo apresente a inclinação„o correta È necessário determinar a Tolerância de inclinação o do eixo do furo. O elemento de referencia para determina, O da tolerância, neste caso, È o plano da base da peça.
O campo de tolerância
È limitado por duas retas paralelas, distantes entre si uma distancia t, que formam com a base o ‚angulo de inclinação„o especificado a.
Tolerância de Posição:
Quando a localização„o exata de um elemento, como por exemplo: uma linha, um eixo ou uma superfície, È essencial para o funcionamento da peça, sua Tolerância de localização deve ser determinada. Observe a placa com furo, a seguir.
Tolerância de Concentricidade ou Coaxialidade:
Quando duas ou mais figuras geométricas planas regulares tem o mesmo centro, dizemos que elas s„o concêntricas concêntricas. Quando dois ou mais sólidos de revolução„o tem o eixo comum, dizemos que eles seção coaxiais.
Em diversas peças, a concentricidade ou a coaxialidade de partes ou de elementos, È condição„o necessária para seu funcionamento adequado. Mas, determinados desvios, dentro de limites estabelecidos, não chegam a prejudicar a funcionalidade da peça. DaÌ a necessidade de serem indicadas as tolerâncias de concentricidade ou de coaxialidade. Veja a peça abaixo, por exemplo:
Tolerância de Simetria:
Para determinar a tolerância de simetria, tomamos como elemento de referencia o plano médio ou eixo da peça.
O campo de tolerância È limitado por dois planos paralelos, eqüidistantes do plano médio de referencia, e que guardam. Entre si uma distancia t.
Tolerância de Batimento Axial:
Batimento axial quer dizer balanço no sentido do eixo. O campo de tolerância, no batimento axial, fica delimitado por dois planos paralelos entre si, a uma distancia t e que são perpendiculares ao eixo de rotação.
Tolerância de Batimento Radial:
O campo de tolerância, no batimento radial È delimitado por um plano perpendicular ao eixo de giro que define dois círculos concêntricos, de raios diferentes. A diferença t dos raios corresponde tolerância radial.
Representação:
1	2	3
Tolerância.
Valor da tolerância.
Elemento de Referência.
50
ESTADO DE SUPERFICIE:
A produção„o de uma peça, ou de um objeto qualquer, parte sempre de um corpo bruto para, passo a passo, chegar ao estado acabado. Durante o processo de fabricação, o material bruto sofre transformações de forma, de tamanho e de propriedades.
A peça pronta deve ficar de acordo com o seu desenho técnico. Você já sabe que o desenho técnico traz informações sobre as características geométricas e dimensionais da peça. Você já aprendeu, também, que certos desvios de tamanho e de forma, dentro de limites de tolerância estabelecidos no desenho técnico, são acessíveis porque não comprometem o funcionamento da peça. Mas, em alguns casos, para garantir a perfeita funcionalidade da peça,
È necessário especificar, também, o acabamento das superfícies, isto È, a aparência final da peça e as propriedades que ela deve ter. As informações sobre os estados de superfície são indicadas, no desenho técnico, através de simbologia normalizada.
Indicação do estado de superfície:
No Brasil, até 1984, a NBR6402 indicava o acabamento superficial por meio de uma simbologia que transmitia apenas informações qualitativas. Esta simbologia, que hoje se encontra ultrapassada, n„o deve ser utilizada em desenhos técnicos mecânicos. Entretanto, È importante que você a conheça, pois pode vir a encontrá-la em desenhos mais antigos.
Veja a seguir, os símbolos de acabamento superficial e seu significado.
Atualmente, a avaliação„o da rugosidade, no Brasil, baseia-se nas normas NBR6405/88 e NBR8404/84, que tratam a rugosidade de forma quantitativa quantitativa, permitindo que ela seja medida. Este È o próximo assunto que você vai estudar.
Avaliação de rugosidade:
A norma brasileira adota o sistema de linha media para avaliação„o da rugosidade.
Veja, no desenho do perfil de uma superfície, a representa„o da linha media.
A linha media acompanha a direção„o geral do perfil, determinando ·regras superiores e ·regras inferiores, de tal forma que a soma das ·regras superiores (A1 e A2, no exemplo) seja igual soma das ·regras inferiores (A3 e A4, no mesmo exemplo), no comprimento da amostra. A medida da rugosidade È o desvio médio aritmético (Ra Ra) calculado em relação ‡ linha media.
A norma NBR 8404/84 define 12 classes de rugosidade, que correspondem a determinados desvios médios aritméticos ( Ra) expressos em mÌcrons (µm).
Veja, na tabela reproduzida a seguir as 12 classes de rugosidade e os desvios correspondentes.
Indicação de rugosidade:
Este símbolo, isoladamente, não tem qualquer valor. Quando, no processo de fabricação, È exigida remoção de material, para obter o estado de superfície previsto, o símbolo básico È representado com um traço adicional.
A remoção de material sempre ocorre em processos de fabricação„o que envolvem corte, como por exemplo: o torneamento, a frensagem, a perfuração entre outros. Quando a remoção de material não é permitida, o símbolo básico é representado com um circulo, como segue.
O símbolo básico com um circulo pode ser utilizado, também, para indicar que o estado de superfície deve permanecer inalterado mesmo que a superfície venha a sofrer novas operações.
Quando for necessário fornecerindicações complementares, prolonga-se o traço maior do símbolo básico com um traço horizontal e sobre este traço escreve-se a informação desejada.
No exemplo anterior esta· indicado o processo de remoção de material por frenagem.
Indicação do valor de rugosidade:
Você já sabe que o valor da rugosidade tanto pode ser expresso numericamente, em mÌcrons, como também por classe de rugosidade.
O valor da rugosidade vem indicado sobre o símbolo básico, com ou sem sinais adicionais.
As duas formas de indicar a rugosidade (figuras A e B) s„o corretas.
Quando for necessário estabelecer os limites Maximo e mínimo das classes de rugosidade, estes valores devem ser indicados um sobre o outro. O limite Maximo deve vir escrito em cima.
Indicação de sobremetal de usinagem
Quando uma peça fundida deve ser submetida a usinagem posterior, È necessário prever e indicar a quantidade de sobremetal sobremetal, isto È, de metal a mais, exigido para a usinagem.
Quando for necessário indicar esse valor, ele deve ser representado esquerda do símbolo, de acordo com o sistema de medidas utilizado para cotagem. Veja um exemplo.
Representação das indicações dos estados de superfície
Relembre o que cada uma das letras indica:
a - valor da rugosidade Ra, em mm, ou classe de rugosidade N 1 a N 12; b -método de fabricação, tratamento ou revestimento da superfície;
c - comprimento da amostra para avaliação„o da rugosidade, em mm; d -direção predominante das estrias;
e - sobremetal para usinagem (mm).
Indicação do estado de superfície nos desenhos
Os símbolos e as inscrições devem estar representados de tal modo que possam ser lidos sem dificuldade. Veja um exemplo.
Correspondência entre os símbolos de acabamento e classes de rugosidade
Indicação de tratamento
O processo de tratamento pode vir indicado nos desenhos técnicos de duas Maneiras. Uma delas você já conhece: a indicação.
È feita sobre a linha horizontal do símbolo de rugosidade: Outra forma consiste em indicar o tratamento Sobre uma linha de chamada ligada superfície qual deve ser aplicado o tratamento.
Nos desenhos técnicos podemos indicar mais de um tipo de tratamento para a mesma peça, como no exemplo a seguir.
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