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Figura 1 Temas que Estruturam o Livro Tema 1: cogn e não passivos. Tema 2: processos cognitivos são notavelmente eficazes e Tema 3: negativas. Tema 4: n nter-relacionados; Tema 5: Os processos cognitivos q Parte A VERMELHO VERMELHO AMARELO VERMELHO Parte B Figura 2 (para a Demonstração 2.4) AZUL VERDE AMARELO VERDE AZUL AMARELO AZUL VERMELHO VERDE AMARELO VERDE AZUL VERMELHO VERDE AMARELO AZUL Figura 3 (para a Demonstração 2.5) Parte A X X o X o o X o X o XX o X X o o X O X X X o X O o o A1 A2 Parte B o X o o xº X o X o o X X o X X o O X X o o X o o o o B1 B2 Figura 4 (para a Fig. 8.4) Resultados da pesquisa PET scan para quatro tipos diferentes de rarefas de linguagem. A parte frontal do cérebro fica à esque:-da. A. Segundo Nível, Visual (Vendo Palavras) C. Terceiro Nível (Falando Palavras) B. Segcnào Nível, Auditivo Ouvindo Palavras) D. Quarto Nível (Produzindo Verbos) • • ••• Nenhuma Atividade Atividade Máxima PSICOLOGIA COGNITIVA MARGARET w. MATLIN SUNY Geneseo Tradução Stella Machado Revisão Técnica Cláudia Henschel de Lima Doutora em Psicologia Social e da Personalidade pela Universidade Federal do Ric de janeiro (UFRJ). LTC EDITORA ÜUINTA EDIÇÃO 1 1 Prefácio Em 1967, estava eu atravessando o saguão do Human Performance Center da Michigan University, quando meus pensamentos foram interrompidos por um jovem que passou correndo por mim. Ele gritava: "Ei, todo mun do! Acabei de conseguir um exemplar de Cognitive Psycho logy de Neisser!" Conforme sugere minha memória de flash, a nascente perspectiva cognitiva era recebida com entusiasmo, pelo menos em certos círculos. Tive a opor tunidade de testemunhar o desenvolvimento dessa dis ciplina durante sua infância, com uma interessante pes quisa inicial em tópicos como memória icónica, memó ria de curto prazo e compreensão da linguagem. Há vinte anos, comecei a redigir a primeira edição do meu livro COGNITION (Psicologia Cognitiva). Essa primeira edição americana, publicada em 1983, possuía 382 pági nas de texto. Trazia somente um capítulo sobre a memó ria e um sobre a linguagem - e não mais que 23 páginas de referências bibliográficas. Atualmente, após o ano 2000, a psicologia cognitiva já passou da infância e até mesmo da adolescência. Nos sa disciplina relativamente madura orgulha-se agora de dezenas de periódicos, centenas de livros profissionais e vários manuais. De fato, foi uma luta limitar esta quinta edição de Psicologia Cognitiva às páginas de texto e refe �ências que aqui se encontram. Redigir este prefácio para a edição atual de Psicologia Cognitiva me faz lembrar os progressos esplêndidos nesta ::lisciplina desde que a primeira edição foi publicada. Os :::isicólogos cognitivistas têm explorado tópicos nem se .=ruer mencionados na primeira edição - como metame �ória, componentes cognitivos da escrita e bilingüismo. 2les também desenvolveram novas abordagens teóricas. ?or exemplo: a perspectiva da capacidade de fixidez da ::iemória de curto prazo foi agora substituída pelo mo .::elo sofisticado de Baddeley sobre a memória de traba- lho. Além disso, a abordagem de processamento de dis tribuição paralela sequer foi mencionada na primeira edi ção - e na segunda foi discutida em um parágrafo ape nas-, agora desempenha um papel mais importante na discussão da memória semântica. Novas técnicas de pesquisa também abriram cami nhos inexplorados, como as pesquisas da neurociência que nos permitem investigar as bases biológicas da aten ção, da memória, da imaginação mental e da lingua gem. Os psicólogos cognitivistas mostram-se cada vez mais criativos no desenvolvimento de suas técnicas de pesquisa, o que torna empolgante fazer uma idéia de como o campo da cognição se expandirá nas próximas décadas. Esse campo de pesquisa continua a dar ênfase à im pressionante competência de nossos processos cogniti vos. Conseguimos lembrar-nos dos nomes de nossas pri meiras professoras, de detalhes de uma festa de aniver sário ocorrida dez anos antes e até mesmo do significado do vocabulário de uma língua estrangeira em que não pensamos mais desde o ensino médio. As crianças de um ano e dois meses podem lembrar informações sobre um acontecimento comum passado há três meses e as de seis anos conhecem cerca de 14.000 palavras, que empregam para construírem frases que são, ao mesmo tempo, incomparáveis e exatas. Ainda assim, muitos livros de psicologia cognitiva são escritos num estilo tão seco e acadêmico que deixam de apreender essas capacidades inerentemente interessan tes. Durante anos, tenho recebido cartas e comentários de centenas de alunos e de professores dizendo-me o quanto gostaram de ler Psicologia Cognitiva. Com base nesse retomo, tentei redigir esta quinta edição de modo que as qualidades mais apreciadas pelos leitores tenham ainda mais destaque do que nas edições anteriores. ASPECTOS ESSENCIAIS DO LIVRO .- á ministrei o curso de Psicologia Cognitiva em SUNY ::::-eneseo cerca de trinta vezes. A cada vez que redijo Psi :: !:igia Cognitiva, procuro pensar nos alunos como se fos- 5 :::ri os de minhas turmas. Essa precaução parece-me ::::::equada, porque me leva a estar sempre perguntando a :-:-_:m mesma: "Meus próprios alunos realmente entende �:J.m isto, ou simplesmente olhariam para mim com um .. . . ?" : __ �_ar mexpress1vo. Vão aqui algumas características que me fazem julgar este livro dirigido aos alunos: 1. O estilo da redação é claro e interessante, com muitos exemplos. 2. O texto demonstra como os nossos processos cognitivos são pertinentes às nossas experiências da realidade diária. viii PREFÁCIO 3. O livro examina constantemente como a cogni ção pode ser aplicada a outras disciplinas, como educação, comunicação, negócios, psicologia clí nica, psicologia social. medicina, direito e psico logia do consumidor. 4. O primeiro capítulo apresenta cinco temas de maior importância. Investigo esses temas ao lon go de todo o livro, oferecendo aos alunos um sen tido de continuidade por meio do desdobramen to dos assuntos em muitos tópicos diferentes. 5. Muitas demonstrações fáceis de executar ilustram experimentos importantes de cognição, esclare cendo conceitos centrais da disciplina. Planejei essas demonstrações de modo a exigirem um equi pamento que possa estar disponível aos universi tários. (Sim, talvez os alunos precisem exercer sua criatividade para encontrar alguns "itens", como uma criança com menos de dez anos para a De monstração 12.5, no Capítulo 12!) 6. Cada termo novo é apresentado em negrito e acompanhado por uma definição concisa que apa rece na mesma frase. 7. Cada capítulo é precedido de um sumário e de uma apresentação, propiciando uma estrutura apropriada para o novo material. 8. As seções mais importantes dos capítulos são con cluídas com um resumo. Esse detalhe capacita o aluno a rever e a consolidar o material antes de passar para a seção seguinte, em vez de esperar até o final do capítulo para ter um resumo único e extenso. 9. Cada capítulo inclui exercícios de revisão e uma lista de novos termos. 10. Ao final de cada capítulo, há uma lista de leituras recomendadas e uma breve descrição de cada fon te bibliográfica. 11. No fim do livro, há um glossário com a definição de termos novos. Tentei incluir informações contextuais extras em alguns tópicos, a fim de esclarecer os termos tanto quanto possível. ORGANIZAÇÃO DO LIVRO Um livro-texto deve ser interessante e útil. Também deve refletir os progressos atuais da disciplina em questão, permitindo que os professores se adaptem aos próprios planejamentos de ensino. Os seguintes elementos deste livro são atraentes para situações pedagógicas: 1. Psicologia Cognitiva oferece uma visão abrangente do campo, incluindo capítulos sobre percepção, me mória, imaginação, conhecimento geral, linguagem, resolução de problemas e criatividade,raciocínio e tomada de decisões e desenvolvimento cognitivo. 2. Cada capítulo é uma unidade independente. É o caso, por exemplo, dos termos específicos, como heurística ou processamento top-down. Eles são defi nidos nos capítulos em que são empregados. Esse aspecto concede aos professores uma flexibilida de considerável na seqüência de seu curso. Por exemplo: alguns professores podem querer discu tir o tópico sobre imaginação (Capítulo 6) antes dos três capítulos sobre a memória. Outros pro fessores podem desejar ministrar a matéria do ca pítulo sobre conhecimento geral (Capítulo 7) an tecipadamente. 3. Cada seção dentro de um capítulo pode permane cer como uma unidade à parte, em especial devido ao resumo com que são concluídas. Os professo res podem optar por cobrir seções individuais numa ordem diferente. Por exemplo: um professor pode decidir-se por incluir a seção sobre esquemas antes do capítulo sobre a memória de longo prazo. Ou tro professor poderia preferir subdividir o Capítulo 12, sobre o desenvolvimento cognitivo, de modo que a primeira seção desse capítulo se seguisse ao Capítulo 4, a segunda seção se seguisse ao Capítu lo 5, e a terceira, ao Capítulo 9. 4. Os Capítulos 2 a 12 incluem um tópico denomina do "Em Profundidade", que aborda pesquisas re centes sobre tópicos escolhidos da psicologia cog nitiva e fornece detalhes sobre métodos de pesqui sa. Seis deles são novos nesta quinta edição, e os cinco restantes foram atualizados e revisados. 5. No total, a bibliografia contém 1.779 referências: 865 são novas e 782 já vinham sendo publicadas nos últimos cinco anos. Como resultado, o livro proporciona uma visão geral bastante atualizada da disciplina. DESTAQ!JES DA Q!JINTA EDIÇÃO A disciplina psicologia cognitiva realizou avanços enor mes desde a quarta edição deste livro, em 1998. As pes quisas nas áreas da memória e da linguagem têm sido especialmente ambiciosas, e as abordagens teóricas da disciplina têm-se expandido grandemente. Entre outros, vêm-se empregando técnicas da neurociência para se obterem informações sobre tópicos cognitivos tão dife rentes quanto profundidade do processamento, memó ria implícita e desenvolvimento da linguagem durante a infância. Fiz algumas alterações estruturais ao redigir a quinta edição de Psicologia Cognitiva. Pessoas que utilizaram a edi- ção anterior sugeriram que a abrangência do tópico me mória sensorial poderia ser consideravelmente reduzida. Também propuseram que eu reorganizasse o material do Capítulo 3 da quarta edição - "Modelos de Memórd'. Essas teorias estão agora incorporadas aos Capítulos 1, 4 e 7. Além disso, a seção sobre o desenvolvimento da memória foi combinada com as seções sobre metame mória e metacompreensão para formar um novo capí tulo. Também revi com muito cuidado os outros capí tulos. De fato, cada página deste livro foi atualizada e reescrita. Algumas alterações dignas de nota são as se guintes: • O Capítulo 1 examina algumas novas pesquisas sobre tendências históricas nas abordagens cogni tiva e behaviorista. Também reorganizei a discus são no final do capítulo sobre como usar o livro de forma mais proveitosa. • O Capítulo 2 discute vários tópicos atuais interes santes, como visão cega para mudanças, reconhe cimento de rostos em fotos de carteiras de identi dade e visão cega. Além disso, a discussão sobre o efeito Stroop explora duas aplicações na psicologia clínica. • O Capítulo 3, sobre a memória de trabalho, é uma versão reorganizada do Capítulo 4 da quarta edi ção, iniciando-se com uma visão histórica geral e, depois, apresentando a clássica pesquisa sobre a memória de curto prazo. A parte mais importante do Capítulo 3 examina a abordagem de Baddeley sobre a memória de trabalho, bem como as pes quisas atuais sobre ela. O capítulo inclui também um novo tópico "Em Profundidade" sobre as dife renças individuais na memória de trabalho. • O Capítulo 4, sobre memória de longo prazo, foi replanejado de modo a apresentar três seções: co dificação, recuperação e memória autobiográfica. Há também um material novo a respeito do efeito de auto-referência, de humor e memória, de moni toramento de fonte e da controvérsia sobre memó ria recuperada/memória falsa. • O Capítulo 5 combina a discussão sobre o aprimo ramento da memória com as seções sobre metacognição da edição anterior. Esse capítulo in clui também novas pesquisas sobre a memória prospectiva, a metamemória, o fenômeno ponta da-língua e a regulação das estratégias de leitura. PREFÁCIO ix • O Capítulo 6 apresenta novas pesquisas sobre tó picos como rotação mental nos indivíduos que usam a Língua Americana de Sinais (American Sign Language - ASL), movimento motor e imagina ção motora e a neuropsicologia da imaginação mental. • O Capítulo 7, sobre o conhecimento geral, discute as pesquisas da neurociência na abordagem de pro tótipos. Dois novos tópicos são a abordagem exem plar e a extensão dos limites. • O Capítulo 8 inclui agora a teoria cognitivo-funci onal da linguagem. Além disso, foram acrescenta das novas pesquisas sobre neurolingüística, reco nhecimento de palavras e inferências. • No Capítulo 9 foi acrescentado novo material so bre a teoria de produção de palavras, um modelo cognitivo de escrita e bilingüismo. • O Capítulo 10 traz uma cobertura atualizada de tópicos como cognição situada, expertise em reso lução de problemas e irracionalidade. Um novo tópico, "Em Profundidade", focaliza a motivação e a criatividade. • O Capítulo 11 apresenta uma descussão reorgani zada do raciocínio condicional, bem como novas pesquisas sobre a tendenciosidade da confirmação, a falácia da conjunção e as três heurísticas mais importantes. Um novo tópico "Em Profundidade" discute o excesso de confiança na tomada de deci sao. • O Capítulo 12 aborda novas pesquisas sobre a memória infantil, o monitoramento de fonte du rante a infância, a memória nos idosos, a compre ensão da linguagem na primeira infância e aspec tos pragmáticos do uso da linguagem na criança. Ao preparar esta nova edição, despendi todos os es forços possíveis para enfatizar as pesquisas atuais. Exa minei todos os artigos relevantes relacionados com o as sunto em oito periódicos de psicologia cognitiva. Essa investigação foi suplementada por várias buscas especí ficas na PsycLIT. Além disso, procurei todos os livros im portantes comentados por críticos em Contemporary Psvchologv. Também escrevi a mais de duzentos pesqui sadores solicitando reproduções. A pesquisa em cognição está se expandindo a uma velocidade cada vez maior, e este livro apreende a efervescência das pesquisas atuais. AGRADECIMENTOS Quero agradecer a muitas pessoas por seus magníficos esforços na elaboração deste livro. Primeiro, gostaria de elogiar o pessoal da Harcourt College Publishers. Tracy Napper e eu já trabalhamos juntos em três livros. É um prazer trabalhar com uma profissional consciente, que consegue descobrir revisores excelentes, oferecer um re- torno útil da leitura dos originais e encontrar exemplos interessantes dos princípios cognitivos na vida real! Tam bém gostaria de agradecer a Carol Wada, Lisa Hensley, Bradley Potthof e Earl McPeek por suas contribuições editoriais durante as fases de planejamento e redação deste livro. X PREFÁCIO A Harcourt reuniu uma equipe de pessoas brilhantes para produzir esta quinta edição. Laura Hanna, minha diretora sénior de projeto, é inteligente e bem organiza da - uma expert no gerenciamento de todas as fases do trabalho! Holly Lewerenz, gerente de produção, também supervisionou as muitas decisões que precisaram ser to madas durante toda a produção de Psicologia Cognitiva. Brian Salisbury1 diretor de arte do livro, compreendeu ver dadeiramente o meu desejo de um projeto despojado que sublinhasse princípios pedagógicos. Brian também criou o estonteante desenho de capa para esta nova edição. Se os editores pudessem receber o aplausopúblico que merecem, Michele Gitlin receberia uma ovação de pé! Michele editou este livro com bastante cuidado, evi tando contradições, ambigüidades e expressões difíceis. Suas habilidades editoriais enriqueceram o livro inteiro! Mais uma vez, Linda Webster compilou tanto o índi ce de assuntos quanto o índice de autores e também pre parou o glossário. Continuo impressionado com seu tra balho inteligente e cuidadoso nesses componentes im portantes do livro. Também devo enviar elogios especiais a Cindy Geiss, diretora de arte, e Linda Smith, diagramadora, do Grafic World nesta quinta edição. Foram notavelmente habili dosas em criar figuras, colocando as demonstrações nos locais apropriados e cumprindo todas as tarefas com ra pidez recorde! Gostaria ainda de agradecer a Katie Matthews, estra tegista de marketing, e aos representantes de vendas da Harcourt pelo bom trabalho e apoio empolgante. Durante minha formação acadêmica, muitos catedrá ticos me entusiasmaram em relação ao campo crescente da cognição. Gostaria de agradecer a Gordon Bower, Al bert Hastorf, Leonard Horowitz, e Eleanor Maccoby da Stanford University, e Edwin Martin, Arthur Melton, Ri chard Pew, e Robert Zajonc da University of Michigan. Muitos outros colaboraram de maneira importante neste livro. Melissa Katter, Shirin Ghazanfari, Jennifer Albaugh e Allison Katter são estagiários exemplares que ajudaram a localizar referências e a preparar a bibliogra fia. Shirley Thompson, Carolyn Emmert e Connie Ellis mantiveram outros aspectos de minha vida funcionando sem problemas, permitindo-me ter mais tempo para tra balhar na redação deste projeto. Recebi também ajudas diversas. Vários membros da Milne Library, em SUNY Geneseo, por exemplo, mere cem agradecimentos especiais: Paula Henry encomendou vários livros para mim, mantendo-me atualizada em re ferências interessantes e pertinentes. Judith Bushnell aju dou-me a seguir a pista de referências caprichosas e in formações suplementares esquivas. Harriet Sleggs, Mina Orman e sua equipe encomendaram com eficiência cen tenas de livros e artigos por meio de empréstimos entre bibliotecas. Contei com a contribuição de alunos que apresenta ram sugestões úteis depois de terem lido as três primei- ras edições: Jennifer Balus, Mary Jane Brennan, A Eleanor Chand, Miriam Dowd, Elizabeth Einemann, Michelle Fischer, Sarah Gonnella, Benjamin Griffin, Jessica Hosey, Don Hudson, Jay Kleinman, Mary Kroll, Eun Jung Lim, Pamela Mead, Pamela Mino, Kaveh Moghbeli, Jacquilyn Moran, Michelle Morante, J ennifer Niemczyk, Danielle Palermo, Judith Rickey, Mary Riley, Margery Schemmel1 Richard Slocum1 John Tanchak, Brenna Terry, Dan Vance, Heather Wallach1 e Rachelle Yablin. Vários alunos da Casa Zapata da Stanford University forneceram insights sobre bilingüismo: Laura Aizpuru, Sven Halstenburg, Rodrigo Liong, Jean Lu, Edwardo Martinez, Sally Matlin, Dorin Parasca e Laura Uribarri. Outros ofereceram informações sobre artigos úteis de psicologia cognitiva: Ned Abbott, Patricia Kramer, Leslie Lauer, Sally Matlin, Cristopher Piersante, Laura Segovia e Nancy Tomassino. Agradeço também aos colegas Drew Appleby, Ada Azodo, K. Anders Ericsson, Hugh Foley, Mark Graber, Douglas Herrmann, Ken Kallio, Lisbet Nielsen, Bennett L. Schwartz, Douglas Vipond, Lori Van Wallendael, e Alan Welsh pelas sugestões que fizeram sobre referências e sobre a redação de passagens do texto. Além disso1 quero agradecer a David Irwin por haver descoberto a fonte da foto do náutilo que escolhemos para o desenho de capa. Devo agradecimentos especiais a Lucinda DeWitt, que assistiu a preparação do Arquivo de Itens de Teste para esta quinta edição de Psicologia Cognitiva. Lucinda foi de ajuda particularmente útil na revisão das edições anterio res deste livro. Ela foi também co-autora do Arquivo de Itens de Teste de meu livro Psychology (terceira edição), bem como co-autora do Manual para o professor e do Banco de Testes de meu livro Psvchology o(Women (quarta edição). Por sorte, Lucinda concordou em trabalhar tam bém no texto auxiliar de Psicologia Cognitiva. Lucinda aju dou-nos a atualizar todas as perguntas desse Arquivo de Itens de Teste* e também revisou todas as páginas dos originais para dar-lhes continuidade, exatidão e clareza. Obrigada, Lucinda! Também gostaria de exprimir meus agradecimentos permanentes aos revisores das cinco edições de Cognição. Revisores da primeira edição: Mark Ashcraft, Cleveland State University; Randolph Easton, Boston College; Barbara Goldman, University of Michigan, Dearborn; Harold Hawkins, University of Oregon; Joseph Hellige, University of Southern California; Richard High, Lehigh University; James Juola, University of Kansas; Richard Kasschau, University of Houston; e R. A Kinchla, Prin ceton University. Revisores da segunda edição: Harriett Amster, Univer sity of Texas, Arlington; Francis T. Durso, University of Oklahoma; Susan E. Dutch, Westfield State College; Sallie Gordon, University of Utah; Richard Gottwald, Universi- *Do Arquivo de Itens de Teste, a Editora LTC selecionou 100 questões e inseriu como apêndice ao final de Psicologia Cognitiva (nota do editor). "":'/ of Indiana, South Bend; Kenneth R. Graham, Muhlen ·CJerg College; MortonA. Heller, Winston-Salem State Uni versity; Michael W. O'Boyle, Iowa Sta te University; David G. Payne, SUNY Binghamton, Louisa M. Slowiaczek, :'...,oyola University, Chicago; Donald A Smith, Northern Illinois University; Patricia Snyder, Albright College; e Ri chard K. Wagner, Florida State University. Revisores da terceira edição: Ira Fischler, University of Florida; John Flowers, University of Nebraska; Nancy Franklin, SUNY Stony Brook; Joanne Gallivan, Universi ty College of Cape Breton; Margaret Intons-Peterson, Indiana University; Christine Lofgren, University of Ca lifornia, Irvine; Bill McKeachie, University of Michigan; William Oliver, Florida State University; Andrea Richards, University of California, Los Angeles; Jonathan Schooler, University of Pittsburgh; e Jyotsna Vaid, Texas A & M University. Revisores da quarta edição: Lucinda DeWitt, Concor dia College; Susan Dutch, Westfield State College; Kathleen Flannery, Saint Anselm College; Linda Gerard, Michigan Sta te University; Catherine Hale, University of Puget Sound; Timothy Jay, North Adams State College; W. Daniel Phillips, Trenton State College; Dana Plude, University of Maryland; Jonathan Schooler, University of Pittsburgh; Matthew Sharps, California State Univer sity, Fresno; Greg Simpson, University of Kansas; Mar garet Thompson, University of Central Florida; e Paul Zelhart, East Texas Sta te University. O excelente conse lho dos revisores dessas quatro edições continuaram a guiar-me enquanto eu preparava esta versão mais recen te do livro. Por fim, sou grata aos revisores da quinta edição, que deram conselhos sobre como reestruturar os capítulos deste livro e recomendaram a inclusão de um glossário. PREFÁCIO xi Aprecio a habilidade deles, na revisão de meus originais tanto do ponto de vista de um profissional informado como de um estudante de psicologia bem ingênuo. Agra deço com entusiasmo às seguintes pessoas: Lise Abrams, University of Florida; Tom Alley, Clemson University; Kurt Baker, Emporia State University; Richard Block, Montana State University; Kyle Cave, University of Southampton (Reino Unido); Lucinda De Witt, Univer sity of Minnesota; Susan Dutch, Westfield Sta te College; James Enns, University of British Columbia; Philip Higham1 University of Northern British Columbia; Mark Hoyert, Indiana University Northwest; Anita Meehan, Kutztown University of Pennsylvania; Joan Piroch, Coastal Carolina University; David Pittenger, Marietta College; e Matthew Sharps, California State University, Fresno. As últimas palavras de agradecimento pertencem aos membros de minha família. Arnie Matlin1 meu marido, encorajou-me a escrevera primeira edição deste livro durante o início da década de 1980. Seu entusiasmo con tínuo e apoio amoroso sempre trouxeram alegria ao meu trabalho de redação - e à minha vida! Nossas filhas e seus maridos vivem agora em outras partes dos Estados Unidos. Gostaria de agradecer a Beth Matlin-Heiger, Neil Matlin-Heiger, Sally Matlin e Octavio Gonzalez. Seu or gulho incessante por causa do que realizei torna ainda mais gratificante o fato de ser escritora! Por fim, gostaria de exprimir minha gratidão a outras quatro pessoas im portantes que decidiram minha vida: Helen e Donald White, meus pais, pelo meu nascimento, e Clare e Harry Matlin, meus sogros, pelo meu casamento. Margaret W. Matlin Geneseo, Nova York Sumário CAPfTULO 1 Introdução 1 Uma Breve História da Abordagem Cognitiva 3 • Origens da Psicologia Cognitiva 3 Wilhelm Wundt 3 Primeiros Pesquisadores em Memória 3 William James 4 Behaviorismo 4 A Abordagem da Gestalt 4 Frederick C. Bartlett 5 • Surgimento da Psicologia Cognitiva Contemporânea 5 Fatores que Contribuíram para o Crescimento da Psicologia Cognitiva 5 A Abordagem do Processamento da Informação 7 Questões Teóricas Atuais em Psicologia Cognitiva 9 • Ciência Cognitiva 10 • Neurociência Cognitiva 10 Lesões Cerebrais 10 Técnicas de Imagem Cerebral 11 Potencial Ligado a Eventos 11 Técnica de Registro de uma Única Célula 12 • Inteligência Artificial 12 A Metáfora Computacional 12 IA Pura 13 Simulação Computacional 13 • A Abordagem do Processamento de Distribuição Paralela 13 Origens da Abordagem PDP 14 Características Básicas da Abordagem PDP 14 Reações a Abordagem PDP 15 Visão Geral Deste Livro 15 • Apresentação dos Capítulos 15 • Temas Abordados 16 • Como Usar Este Livro 17 Sumário do Capítulo 17 Apresent.ação do Capítulo 17 Aplicações 17 Novos Termos 18 "Em Profundidade" 18 Resumo de Cada Seção 18 Exercícios de Revisão de cada Capítulo 18 Leituras Recomendadas 18 Glossário 18 Exercícios de Revisão do Capítulo 18 Novos Termos 19 Leituras Recomendadas 19 CAPfTULo 2 Processos Perceptivos 21 Introdução 22 Reconhecimento do Objeto 22 • Histórico do Reconhecimento do Objeto 23 • Teorias do Reconhecimento do Objeto 24 Teoria da Correspondência de Gabaritos 24 Modelo de Análise de Características 25 O Modelo de Reconhecimento pelos Componentes 27 • Como o Processamento Top-Down Influi no Reconhecimento do Objeto 28 A Distinção entre o Processamento Bottom-Up e o Processamento Top-Down 28 Pesquisas em Processamento Top-Down 28 Processamento Top-Down Superativo 30 • Em Proftmdidade: Percepção de Rostos 31 Reconhecimento de Rostos versus Reconhecimento de Outros Objetos 31 Pesquisas em Neurociência sobre Reconhecimento de Rostos 32 Pesquisas Aplicadas ao Reconhecimento de Rostos 32 • Visão Cega para Mudança 33 Atenção 35 • Atenção Dividida 35 Pesquisas sobre Atenção Dividida 36 Atenção Dividida e Prática 36 • Atenção Seletiva 36 Escuta Dicótica 36 O Efeito Stroop 38 • Teorias da Atenção 39 Primeiras Teorias da Atenção 39 Processamento Automático versus Processamento Controlado 39 Teoria de Integração de Características 40 • Pesquisas em Neurociência sobre a Atenção 43 A Rede Posterior de Atenção 44 A Rede Anterior de Atenção 44 Usando a Técnica de Potencial Ligado a Eventos para Explorar a Atenção 44 :X:ÍV SUMARIO • Consciência 45 A Consciência de Nossos Processos Mentais Superiores 45 Supressão do Pensamento 46 Visão Cega 47 O Inconsciente Cognitivo 47 Exercícios de Revisão do Capítulo 49 Novos Termos 49 Leituras Recomendadas 50 CAPfTULO 3 Memória de Trabalho 51 Introdução 52 A História da Pesquisa sobre Memória de Trabalho 53 • "O Mágico Número Sete" de George Miller 53 • A Pesquisa Clássica sobre a Memória de Curto Prazo 54 A Técnica de Brown/Peterson & Peterson 54 O Efeito de Recenticidade 55 Span da Memória 55 • O Modelo de Atkinson e Shiffrin 56 • Uma Perspectiva Diferente: A Abordagem de Baddeley 56 Fatores que Afetam a Capacidade da Memória de Trabalho 57 • Tempo de Pronúncia 57 • Similaridade Semântica dos Itens na Memória de Trabalho 57 A Abordagem de Baddeley sobre Memória de Trabalho 60 • Evidências de Componentes com Capacidades Independentes 61 • O Circuito Fonológico 61 Outras Pesquisas sobre o Circuito Fonológico 61 Dois Componentes do Circuito Fonológico 62 A Base Biológica do Circuito Fonológico 63 Outros Empregos do Circuito Fonológico 63 • Bloco de Esboço Visuoespacial 63 Codificação Visual na Memória de Trabalho 64 Codificação Espacial na Memória de Trabalho 64 Base Biológica do Bloco de Esboço Visuoespacial 66 • Executivo Central 66 O Executivo Central e o Pensamento Independente de Estímulo 67 A Base Biológica do Executivo Central 67 • Novos Rumos para as Pesquisas sobre Memória de Trabalho 67 • Em Profimdidade: Diferenças Individuais na Memória de Trabalho 68 Memória de Trabalho e Habilidades de Linguagem 68 Memória de Trabalho e Habilidades de Leitura 70 Memória de Trabalho e Experts da Memória 70 Exercícios de Revisão do Capítulo 71 Novos Termos 72 Leituras Recomendadas 72 CAPfTULO 4 Memória de Longo Prazo 73 Introdução 7 4 A Codificação na Memória de Longo Prazo 75 • Profundidade do Processamento 75 Profundidade do Processamento e Memória de Material Verbal 76 Profundidade do Processamento e Memória para Rostos 77 • Em Profimd1dade: O Efeito de Auto-referência 77 A Pesquisa sobre o Efeito de Auto-referência 77 Explicações para o Efeito de Auto-referência 78 Correlatos Biológicos do Efeito de Auto- referência 79 Aplicações do Efeito de Auto-referência 79 • Os Efeitos do Contexto: Especificidade da Codificação 80 Pesquisas sobre a Especificidade da Codificação 80 Profundidade do Processamento e Especificidade da Codificação 82 • Emoções, Humor e Memória 82 Memória para Itens que Diferem em Emoção 83 Efeitos da Violência na Televisão sobre a Memória para Comerciais 83 Congruência do Humor 83 Memória Dependente do Humor 84 A Recuperação na Memória de Longo Prazo 85 • Tarefas de Memória Explícita versus Tarefas de Memória Implícita 85 Definições e Exemplos 85 Pesquisas com Adultos Normais 86 O Status Atual da Memória Implícita 87 • Memória de Prazo Muito Longo 87 • Expertise (Perícia) 88 A Natureza Específica do Contexto da Expertise 89 Em que Diferem Experts e Novatos? 89 Atores Profissionais 90 Tendenciosidade da Própria Raça 90 • Sujeitos Amnésicos 90 Memória Autobiográfica 92 • Lembranças de Flash 92 Pesquisa Clássica 93 Pesquisas Mais Recentes 93 • Esquemas e Memória Autobiográfica 94 Memória Repisódica 94 O Viés da Consistência 94 • Monitoramento de Fonte 95 • Testemunho Ocular 95 O Efeito da Desinformação 96 Fatores que Afetam a Exatidão do Testemunho Ocular 97 A Controvérsia Lembrança (Memória) Recuperada/ Lembrança (Memória) Falsa 97 • Testemunho Auditivo 99 Exercícios de Revisão do Capítulo 100 Novos Termos 101 Leituras Recomendadas 101 CAPfTULO 5 Estratégias de Memória e Metacognição 103 Introdução 104 Estratégias de Memória 104 • Sugestões dos Capítulos Anteriores: Revisão 104 • Prática 105 • A Mnemônica Usando a Imaginação 107 O Método de Palavras-Chave 107 O Método dos Lugares (Loci) 108 • A Mnemônica Usando a Organização 109 Chunking 109 Técnica de Hierarquias 109 Técnica da letra Inicial 11 O Técnica da Narra tiva 11 O • A Abordagem Multimodal 11 O • Aprimorando a Memória Prospectiva 111 Comparando a Memória Prospectiva com a Memória Retrospectiva 112 Pesquisas em Memória Prospectiva 112 Distração 112 Sugestões para o Aprimoramento da Memória Prospectiva 112 Metacognição 114 • Em Profundidade: Metamemória 115 A Exatidão da Metamemória 115 A Relação entre a Metamemória e o Desempenho da Memória 117 Conscientização Acerca dos Fatores que Afetam a Memória 117 Regulando Estratégias de Estudo 118 • O Fenômeno Ponta-da-língua 120 A Pesquisa Clássica de Brown e McNeill 120 Pesquisas Mais Recentes sobre o Fenômeno Ponta-da-Língua121 • Metacompreensão 121 Acurácia da Metacompreensão 121 Aprimorando a Metacompreensão 123 SUMÁRIO XV Exercícios de Revisão do Capítulo 124 Novos Termos 125 Leituras Recomendadas 125 CAPÍTULO 6 Imaginação 126 Introdução 127 Características das Imagens Mentais 128 • Imaginação e Rotação 129 A Pesquisa de Shepard e Metzler 129 A Pesquisa Mais Recente sobre a Rotação Mental 130 • Imaginação e Tamanho 131 A Pesquisa de Kosslyn 131 A Pesquisa Mais Recente sobre Imaginação e Tamanho 131 • Imaginação e Forma 132 Formas Simples 132 Formas Complexas 134 • Imaginação e Interferência 134 Imagens Visuais e Percepção Visual 135 Movimento Motor e Imagens Motoras 136 • Imaginação e Figuras Ambíguas 136 • Imaginação e Outros Processos de Tipo Visual 138 • Imaginação e Evidências Neuropsicológicas 138 Imaginação Visual 138 Imaginação Auditiva e Motora 139 • A Controvérsia da Imaginação Revisitada 139 A Perspectiva Analógica 139 A Perspectiva Proposicional 140 Mapas Cognitivos 141 • Informações Básicas sobre Mapas Cognitivos 142 • Mapas Cognitivos e Distância 143 Número de Cidades Intermediárias 143 Categorias Semânticas 143 Pontos de Referência versus Pontos de Não-Referência como locais de Destino 144 • Mapas Cognitivos e Forma 144 Ângulos 144 Curvas 145 • Mapas Cognitivos e Posição Relativa 145 A Heurística da Rotação 146 A Heurística de Alinhamento 146 Arranjo Espacial 147 • Em Profzmdtdade: Usando Descrições Verbais para Criar Modelos Mentais 147 A Pesquisa de Franklin e Tversky 148 O Modelo da Estrutura Espacial 149 Outras Pesquisas sobre Modelos Mentais 149 Exercícios de Revisão do Capítulo 150 Novos Termos 151 Leituras Recomendadas 151 xvi SUMÁRIO CAPÍTULO 7 Conhecimento Geral 152 Introdução 153 A Estrutura da Memória Semântica 154 • Panorama da Memória Semântica 154 • O Modelo de Comparação de Características 155 Componentes Estruturais do Modelo de Comparação de Características 155 Pesquisas sobre o Modelo de Comparação de Características 156 Conclusões sobre o Modelo de Comparação de Características 157 • Em Profundidade: A Abordagem de Protótipos 157 Características dos Protótipos 158 Níveis de Categorização 160 Conclusões sobre a Abordagem de Protótipos 162 • A Abordagem Exemplar 162 Um Estudo Representativo sobre a Abordagem Exemplar 163 Comparando a Abordagem Exemplar a Outras Abordagens 164 Novos Rumos na Abordagem Exemplar 164 • Modelos de Rede 164 O Modelo de Rede de Collins e Loftus 165 A Teoria ACT de Anderson 165 A Abordagem do Processamento de Distribuição Paralela 167 Esquemas e Scripts 172 • Esquemas e Scripts: Fundamentos 173 • Fatores Relacionados à Evocação de Scripts 173 Identificação de Scripts 173 Avaliando a Semelhança de Scripts Relacionados 173 • Esquemas e Seleção da Memória 174 Memória Aprimorada para Material Consistente com o Esquema 174 Memória Aprimorada para Material Inconsistente com o Esquema 175 O Status Atual dos Esquemas e da Seleção de Memórias 176 • Esquemas e Extensão dos Limites 176 • Esquemas e Abstração da Memória 178 A Abordagem Construtiva 179 A Abordagem Pragmática 179 O Atual Status dos Esquemas e Abstração da Memória 180 • Esquemas e Inferências na Memória 180 A Pesquisa Clássica sobre Inferência 180 Implicações para a Publicidade 181 • Esquemas e Integração na Memória 181 Integração e Atraso da Evocação 181 Integração e Capacidade Limitada da Memória 182 • Conclusões sobre os Esquemas 182 Exercícios de Revisão do Capítulo 183 Novos Termos 184 Leituras Recomendadas 184 CAPíTULO 8 Linguagem 1: Introdução à Linguagem e à Compreensão da Linguagem 185 Introdução 186 A Natureza da Linguagem 187 • Fundamentos da Estrutura da Linguagem 188 Utilidade da Estrutura Sintagmática 188 Pesquisas sobre a Estrutura Sintagmática 188 • Breve História da Psicolingüística 188 A Gramática Transformacional de Chomsky 189 Pesquisas sobre a Teoria de Chomsky 190 Teorias em Psicolingüística que Enfatizam o Significado 190 • Fatores que Afetam a Compreensão 191 Negativas 191 Voz Passiva 191 Estruturas Embutidas 192 Ambigüidade 192 • Neurolingüística 193 Especialização Hemisférica 193 Indivíduos Portadores de Afasia 194 Pesquisa em Neuroimagem com Indivíduos Normais 194 Imagem Cerebral e Conhecimento Específico da Linguagem 195 Percepção da Fala 196 • Características da Percepção da Fala 196 Variabilidade na Pronúncia dos Fonemas 197 O Contexto e a Percepção da Fala 197 Pistas Visuais como Auxílio para Percepção da Fala 198 Limites das Palavras 199 • Teorias da Percepção da Fala 199 A Abordagem do Mecanismo Especial 199 A Abordagem do Mecanismo Geral 200 Processos Básicos de Leitura 201 • Comparando a Linguagem Escrita com a Linguagem Falada 201 • Movimentos Sacádicos dos Olhos 202 • Descobrindo o Significado de uma Palavra Não Familiar 203 • Leitura e Memória de Trabalho 204 • Teorias sobre o Papel do Som no Reconhecimento de Palavras 204 Pesquisas sobre a Hipótese da Rota Dual 204 Implicações no Ensino da Leitura às Crianças 205 Compreensão do Discurso 206 • Formando uma Representação Coerente do Texto 207 • Em Profundidade: Inferências na Leitura 207 Perspectiva Construtivista versus Perspectiva Minimalista das Inferências 208 Fatores que Estimulam Inferências 209 Inferências de Nível Superior 210 • Inteligência Artificial e Leitura 210 O Projeto FRUMP 211 Projetos Mais Recentes 211 Exercícios de Revisão do Capítulo 212 Novos Termos 212 Leituras Recomendadas 213 CAPÍTULO 9 Linguagem II: Produção da Linguagem e Bilingüismo 214 Introdução 215 A Fala 215 • Produzindo uma Palavra 215 • Produzindo uma Sentença 216 • Erros de Fala 216 Tipos de Erros dos Lapsos de Língua 217 • Produzindo o Discurso 218 • O Contexto Social da Fala 219 Repertório Comum 219 Formato Conversacional 220 Diretivas 221 A Escrita 222 • Um Modelo Cognitivo de Escrita 223 • Planejando a Tarefa Escrita 223 • Geração de Sentenças Durante a Escrita 224 • A Fase de Revisão da Escrita 224 • Estilo de Escrita em Psicologia 225 O Bilingüismo 226 • Fundamentos do Bilingüismo 226 • Vantagens do Bilingüismo 227 • Em Profundidade: A Proficiência na Segunda Língua como Função da Idade de Aquisição 228 Fonologia 228 Vocabulário 229 Gramática 229 Exercícios de Revisão do Capítulo 231 Novos Termos 232 Leituras Recomendadas 232 CAPÍTULO 1 O Resolução de Problemas e Criatividade 233 Introdução 234 Compreendendo o Problema 235 SUMÁRIO x:vii • As Exigências para a Compreensão do Problema 235 • Prestando Atenção a Informações Importantes 236 • Métodos de Representação do Problema 236 Símbolos 236 Matrizes 238 Diagramas 238 Imagens Visuais 239 • A Cognição Situada: Importância do Contexto 239 Abordagens de Resolução de Problemas 240 • A Heurística da Subida-de-Morro 241 • A Heurística de Meios e Fins 242 Pesquisas sobre a Heurística de Meios e Fins 242 Simulação Computacional 242 • A Abordagem da Analogia 243 Estrutura da Abordagem da Analogia 244 Fatores que Estimulam o Uso Adequado das Analogias 244 Fatores que Influem na Resolução de Problemas 245 • Perícia (ou Expertise) 245 Base de Conhecimentos 245 Memória 245 Representação 246 Abordagens da Resolução de Problemas 246 Elaboração a Partir de Estados Iniciais 246 Rapidez e Exatidão 246 Habilidades Metacognitivas 246 • Configuração Mental 246 • Fixidez Funcional 248 • Problemas de lnsight versus Problemas de Não-Jnsight 248 A Natureza do Insight 249 A Metacognição durante a Resolução de Problemas 249 O Papel da Linguagem na Resolução de Problemas 250 Criatividade 251 • Definições 252 • Abordagens da Criatividade 252 Produção Divergente 252 Teoria de Investimento da Criatividade 252 • Em Profundidade: Motivação de Tarefa e Criatividade 253 A Relação entre Motivação Intrínseca e Criatividade 254 A Relação entre Motivação Extrínseca e Criatividade 255 • Incubação e Criatividade 256 Exercícios de Revisão do Capítulo 257 Novos Termos 257 Leituras Recomendadas 258 xviii SUMÁRJO CAPíTULO 11 Raciocínio Dedutivo e Tomada de Decisão260 Introdução 261 Raciocínio Dedutivo 262 • Visão Geral do Raciocínio Condicional 262 • Dificuldades com Informações Negativas 264 • Dificuldades com Problemas de Raciocínio Abstrato 264 • O Efeito do Viés da Crença 264 • Fazendo uma Conversão Ilícita 265 • O Viés da Confirmação 266 A Tarefa Padrão de Seleção de Wason 266 Variações na Tarefa de Seleção de Wason 266 • Deixando de Transferir Conhecimento para uma Nova Tarefa 267 Tomada de Decisão 268 • A Heurística da Representatividade 268 Tamanho da Amostra e Representatividade 270 Taxa de Base e Representatividade 270 A Falácia de Conjunção e a Representatividade 271 • A Heurística da Disponibilidade 273 Recenticidade e Disponibilidade 27 4 Familiaridade e Disponibilidade 275 Correlação Ilusória e Disponibilidade 275 Heurística da Simulação e Disponibilidade 277 • A Heurística da Ancoragem e Ajuste 278 Pesquisas sobre a Heurística da Ancoragem e Ajuste 279 Aplicações de Heurística da Ancoragem e Ajuste 279 Estimando Intervalos de Confiança 280 • O Efeito de Enquadramento (The Framing Effect) 281 Informações Básicas e o Efeito de Enquadramento 281 Formulação de uma Pergunta e o Efeito de Enquadramento 281 Motivos do Efeito de Enquadramento 283 • Em Profundidade: Superconfiança nas Decisões 284 Estudos Gerais sobre a Superconfiança 284 Superconfiança na Tomada de Decisão Política 285 O Excesso de Confiança dos Estudantes em Completar Projetos no Prazo 285 Razões da Superconfiança 286 • O Viés Retrospectivo (The Hindsight Bias) 286 Pesquisas sobre Viés Retrospectivo 287 Explicações para o Viés Retrospectivo 288 • Duas Perspectivas sobre Tomada de Decisão: Otimistas versus Pessimistas 288 Exercícios de Revisão do Capítulo 289 Novos Termos 290 Leituras Recomendadas 291 CAPÍTULO 12 Desenvolvimento Cognitivo 292 Introdução 293 O Desenvolvimento da Memória 294 • A Memória na Primeira Infância 294 Reconhecimento da Mãe 294 Reforço Conjugado com um Móbile 294 Imitação 296 • Em Profundidade: A Memória nas Crianças 297 A Memória de Trabalho das Crianças 297 Aspectos Gerais da Memória de longo Prazo das Crianças 297 A Memória de longo Prazo das Crianças: Memória Autobiográfica 298 As Estratégias de Memória das Crianças 301 • A Memória nos Idosos 303 A Memória de Trabalho no Idoso 303 A Memória de longo Prazo nos Idosos 303 Explicações sobre Diferenças de Idade na Memória 304 O Desenvolvimento da Metacognição 306 • A Metacognição em Crianças 306 A Metamemória das Crianças: Como a Memória Funciona 306 A Metamemória das Crianças: Compreendendo a Necessidade do Esforço 306 A Metamemória das Crianças: Acurácia das Predições 306 A Metamemória das Crianças: Relação entre Metamemória e Desempenho da Memória 308 A Metacompreensão das Crianças 308 • A Metacognição em Idosos 308 O Desenvolvimento da Linguagem 310 • A linguagem na Primeira Infância 31 O Percepção da Fala na Primeira Infância 310 Compreensão da linguagem na Primeira Infância 311 Produção da linguagem na Primeira Infân eia 312 A linguagem dos Pais com os Bebês 312 • A linguagem nas Crianças 313 As Palavras 313 A Morfologia 315 Sintaxe 316 A Pragmática 316 Exercícios de Revisão do Capítulo 318 Novos Termos 318 Leituras Recomendadas 319 Uma Última Tarefa 319 Apêndice 320 Glossário 332 Referências 344 Créditos 395 Índice 396 ---�· ·---- -·-·----- CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO UMA BREVE HISTÓRIA DA ABORDAGEM COGNITIVA Origens da Psicologia Cognitiva Surgimento da Psicologia Cognitiva Contemporânea Q!)ESTÕES TEÓRICAS ATUAIS EM PSICOLOGIA COGNITIVA Ciência Cognitiva Neurociência Cognitiva Inteligência Artificial A Abordagem do Processamento de Distribuição Paralela VISÃO GERAL DESTE LIVRO Apresentação dos Capítulos Temas Abordados Como Usar Este Livro 2 CAPÍTULO UM APRESENTAÇÃO Este capítulo apresenta você à cognição, área da psico logia que descreve como adquirimos, armazenamos, transformamos e aplicamos o conhecimento. Por lon go tempo, os processos do pensamento humano têm intrigado os teóricos. Contudo, a origem do estudo contemporâneo da cognição pode ser encontrada no desenvolvimento que Wundt fez da técnica de introspecção, a pesquisa inicial da memória, e na ela boração teórica de William James sobre os processos cognitivos. No início do século XX, os behavioristas enfatizavam o comportamento observável em vez dos processos mentais. Novas pesquisas em áreas como memória e linguagem produziram um desencantamento com o behaviorismo e a abordagem cognitiva logo tor nou-se popular. A psicologia cognitiva é hoje parte de uma área inter disciplinar atuante conhecida como ciência cognitiva. A psicologia cognitiva tem sofrido a influência dos pro gressos da neurociência cognitiva, da inteligência artifi cial e de uma estrutura teórica denominada abordagem do processamento distribuído paralelo. Este capítulo introdutório também apresenta um pa norama preliminar dos capítulos e uma visão geral dos cinco grandes temas do lívro. Ao final, encontram-se al gumas sugestões sobre a maneira de fazer o melhor uso dos aspectos especiais do livro. INTRODUÇÃO Neste exato momento, você está executando uma grande variedade de tarefas cognitivas. Para chegar a esta segunda oração do primeiro parágrafo, você empregou o reconheci mento de padrão para interpretar os diversos traçados que formam as letras e as palavras desta página. Consultou a memória para pesquisar significados de palavras e para ar ticular as idéias neste parágrafo. Justamente agora, enquan to reflete sobre essas duas tarefas, você está empenhado em outra tarefa cognitiva denominada metacognição, ou a atividade de pensar sobre seus processos de pensamento. Você também empregou um outro processo cognitivo de nominado tomada de decisão, ao tentar avaliar quanto tem po levaria para ler este primeiro capítulo. A cognição, ou atividade mental, descreve a aquisição, o armazenamento, a transformação e a aplicação do co nhecimento. Como você poderia imaginar. a cognição in clui um amplo leque de processos mentais que operam necessariamente a cada vez que adquirimos alguma infor mação, armazenamos e transformamos essa informação e a aplicamos. Este livro explorará processos mentais como percepção, memória, imagética, linguagem, resolução de problemas, raciocínio e tomada de decisão. A expressão relacionada, psicologia cognitiva, tem dois significados: (1) Algumas vezes é sinônimo do vocábulo cognição, referindo-se assim às muitas atividades mentais que acabamos de citar. (2) Outras vezes refere-se a uma deter minada abordagem teórica em psicologia. De maneira es pecífica, a abordagem cognitiva é uma orientação teórica que enfatiza o conhecimento que as pessoas têm e os seus processos mentais. Por exemplo: uma explicação elabora da pela psicologia cognitiva sobre estereótipos enfatizaria tópicos como a influência dos estereótipos nas categorias mentais que criamos e nos julgamentos sociais que faze mos (Wyer, 1998). A abordagem cognitiva é muitas vezes contrastada com outras abordagens psicológicas atuais, como o behavioris mo e a psicodinâmica. A abordagem behaviorista enfatiza os comportamentos observáveis e a abordagem psicodi nâmica focaliza as emoções inconscientes. Com o objeti vo de explicar os estereótipos, essas duas abordagens des creveriam comportamentos ou emoções, e não os proces sos cognitivos. Por que deveriam os estudantes de psicologia aprende� sobre a cognição? Uma razão é que a cognição ocupa umc. parte fundamental do domínio da psicologia humana. O que você fez no passado que não tenha exigido a percepção. e. memória, a linguagem ou algum outro processo mental sc perior? Como se verá adiante, os psicólogos têm cond uzid::: ativamente um grande número de pesquisas sobre cada uc dos tópicos que estão inseridos na psicologia cognitiva. Uma segunda razão para se estudar a cognição é que õ abordagem cognitiva tem uma influência muito difuné;::'.õ sobre outras áreas da psicologia.É o caso da psicologia :::o educação (Greeno et al., 1997; Landauer & Dumais, 199- da psicologia social (Barone et al., 1997; J. G. Miller, 19;.;. da psicologia da saúde (Taylor et al., 1997) e dos leva::_:ê mentos (Schwarz & Sudman, 1996). A psicologia cogd::··õ também tem exercido influência em áreas interdisciplina:-= ô É o caso, por exemplo, do periódico Po!itical Psycho!og1• =--= destaca como os fatores cognitivos podem influir em s::·_. ações políticas. Em resumo, compreender os fatores .:. = � nitivos irá ajudar você a apreciar muitas outras área5 ::: psicologia. A razão final para se estudar a cognição é mais pess = ê. Você possui um equipamento cuja sofisticação é imp�""� onante - sua mente - e usa esse equipamento a :=..:.:. minuto do dia. Ao comprar um carro, você normal:-::�::-.·: recebe um manual que descreve seu funcionamento. ::: . do você nasceu, porém, ninguém publicou um manual do proprietário para a sua mente. De certo modo, este livro lembra um manual do proprietário, descrevendo o que se conhece sobre o funcionamento de sua mente. E tal como um manual, este livro também contém sugestões sobre como aprimorar o desempenho. INTRODUÇÃO 3 Este capítulo introdutório concentra-se em três seções. Primeiro, consideraremos rapidamente a história da psico logia cognitiva e, depois. faremos o esboço de algumas ques tões atuais importantes. A parte final do capítulo descreve este livro, incluindo conteúdo e temas principais; oferece também sugestões para usá-lo com proveito. UMA BREVE HISTÓRIA DA ABORDAGEM COGNITIVA A abordagem cognitiva em psicologia remonta aos filóso fos gregos clássicos e ao desenvolvimento da psicologia dos séculos XIX e XX. Contudo, como veremos nesta seção, a versão contemporânea da psicologia cognitiva surgiu nos últimos cinqüenta anos. ÜRIGENS DA PSICOLOGIA COGNITIVA A atividade de pensamento humano tem intrigado filóso fos e outros teóricos há pelo menos dois mil anos. O filó sofo grego Aristóteles elaborou leis de aprendizagem e memória e discutiu a importância da imagética mental. Aris tóteles também salientou que os seres humanos adquirem o conhecimento através da experiência e pela observação (Mayer, 1983; Sternberg, 1999a). A perspectiva aristotélica configurou a base original da ênfase que os psicólogos cog nitivistas dão à evidência empírica, ou evidência científica obtida pela observação e experimentação cuidadosas. Aris tóteles preparou as condições que possibilitaram séculos de debates filosóficos acerca da aquisição do conhecimen to. Contudo, a psicologia como disciplina só veio a surgir no final do século XIX. lfli/he!m lfltmdt. Os teóricos em história da psicologia costumam celebrar o ano de 1879 como o do nascimento da psicologia científica: foi nesse ano que Wilhelm Wundt inaugurou seu laboratório em uma pequena sala de aula em Leipzig, na Alemanha. Esse evento marcou o início da psicologia como uma nova disciplina independente da filo sofia e da fisiologia. Por vários anos, reuniram-se estudan tes de todo o mundo para estudar com Wundt, que lecio nou para cerca de 28.000 deles durante a vida (Bechtel et al., 1998). Wundt sustentava que a psicologia deveria estudar os processos mentais empregando uma técnica chamada introspecção. Introspecção, neste caso, significava que observadores cuidadosamente treinados poderiam analisar de forma sistemática as próprias sensações, relatando-as da maneira mais objetiva possível (Bechtel et al., 1998). Por exemplo, os observadores podiam ser solicitados a relatar as reações determinadas por um acorde musical es pecífico. Tais observadores eram encorajados a descrever as sensações que tinham em vez dos estímulos que pro duziam as sensações. Eram também instruídos a relatar pensamentos e imagens sem tentar atribuir-lhes um signi ficado. O trabalho de Wundt dava ênfase ao treinamento cuidadoso dos observadores. Wundt também chamava a atenção para a importância da repetição, na qual os expe rimentos testam um fenômeno sob uma variedade de con dições diferentes (como diferentes participantes, diferentes estímulos ou diferentes condições de testagem). A maior parte das pesquisas descritas neste livro foi repetida várias vezes. A técnica de introspecção elaborada por Wundt soa um tanto subjetiva à maioria dos psicólogos cognitivistas atu ais (Sternberg, 1999a). Como você aprenderá no Cap. 2, nossas introspecções às vezes não correspondem aos nos sos processos cognitivos verdadeiros. Por exemplo: você pode constatar pela introspecção que seus olhos estão mo vendo-se em linha reta nesta página, porém os psicólogos cognitivistas constataram que, na verdade, os olhos se mo vem em pequenos saltos - como será visto no Cap. 8. Primeiros Pesquisadores em k1emória. Contudo, nem to dos os colegas de Wundt adotaram a técnica introspeccio nista. Um outro psicólogo alemão chamado Hermann Eb binghaus (1885-1913), elaborou métodos próprios de estu do da memória humana. Construiu mais de duas mil síla bas sem sentido (DAK, por exemplo) e testou sua própria habilidade para aprender esses estímulos. Ebbinghaus exa minou um grande número de fatores que poderiam influ enciar na performance, como a quantidade de tempo entre a apresentação das listas. Ele escolheu propositalmente sí labas sem sentido - em vez de material com sentido - para que os estímulos não tivessem associações prévias com a experiência anterior. Enquanto isso, nos Estados Unidos, pesquisas semelhan tes estavam sendo realizadas por psicólogos como Mary Whiton Calkins (1894), a primeira mulher a presidir a Ame rican Psychological Association. Ela relatou, por exemplo, um fenômeno de memória chamado efeito da recenticida de (Madigan & O'Hara, 1992). O efeito de recenticidade refere-se à observação de que nossas recordações são espe cialmente precisas para os itens finais presentes em uma série de estímulos. Ebbinghaus, Calkins e outros pesquisadores em me mória tiveram maior influência sobre a psicologia cogniti va do que Wundt e sua técnica de introspecção. Isso fica visível pelo fato de pesquisadores posteriores terem tido maior possibilidade de realizar experimentos testando maneiras pelas quais as variáveis selecionadas influem na memória do que solicitando que os observadores relatas sem as sensações produzidas por um estímulo. Contudo. o método de Ebbinghaus encorajou por décadas os psicó- 4 CAPÍTULO UM logos experimentais a empregarem os estímulos sem sen tido na investigação da memória. Como resultado, não investigaram uma abordagem muito diferente daquela que as pessoas adotam quando tentam recordar material sig nificativo. Wl!!tàm James. Outra figura crucial na história da psi cologia cognitiva é William James, um americano cujas teorias tornaram-se especialmente proeminentes no final do século XIX. James não ficou impressionado com a téc nica introspeccionista de Wundt nem com as pesquisas de Ebbinghaus com as sílabas sem sentido. Em vez disso, James preferiu teorizar sobre os tipos de questões psico lógicas encontradas no dia-a-dia. Ele é mais conhecido por seu livro Princípios de Psicologia, publicado em 1890, que foi descrito como "provavelmente o tratado psicológico mais digno de nota já escrito nos Estados Unidos" (Evans, 1990, p. 11). O livro Princípios de Psicologia apresenta descrições deta lhadas sobre as experiências humanas quotidianas, enfati zando o fato de que a mente humana é ativa e inquiridora. O livro prefigura inúmeros tópicos que atualmente fasci nam os psicólogos cognitivistas, como percepção, atenção, raciocínio e o fenômeno po11ta-da-!í11g11a. Veja1 por exemplo1 uma parte da descrição feita por James da experiência tipo ponta-da-língua: Suponha que estamos tentando recordar um nome esqueci do. O estado de nossa consciência é característico. Há nela um hiato, mas não um hiato qualquer. É um hiato intensa mente ativo. Há nele um tipo de espectro do nome, acenan do-nos emuma dada direção, causando-nos um formiga mento em certos momentos com a sensação de estar perto dele e depois deixando-nos afundar de volta sem o termo há muito desejado. (1890, p. 251) Talvez1 as mais significativas contribuições de James para o campo da psicologia cognitiva tenham sido suas teorias sobre a memória. Ele propunha dois tipos diferentes de memória: uma de curto prazo e outra duradoura. Essa es trutura foi precursora do importante modelo de memória proposto por Atkinson e Shiffrin (1968) cerca de oitenta anos mais tarde, e que será discutido mais adiante neste capítulo. Be!wviorismo. A mais proeminente perspectiva teórica nos Estados Unidos durante o início do século XX foi o behaviorismo. De acordo com a abordagem behaviorista1 a psicologia deve concentrar-se apenas em reações objeti vas e observáveis. O behaviorismo enfatiza os estímulos ambientais que determinam o comportamento. Os behavi oristas ortodoxos (muitas vezes chamados beha1•1óristas ra dicais) rejeitavam especulações sobre os pensamentos inter nos (Sternberg, 1999a). O mais proeminente dos primeiros behavioristas foi o psicólogo americano John B. Watson (1913). A ênfase dada pelos behavioristas ao comportamento observável levou-os a rejeitar termos referentes a eventos mentais, como imagem, idéia e pensamento. Muitos behavio- ristas classificavam o pensamento simplesmente como uma fala subvocal. Presume-se assim que um equipamento adequado poderia ser capaz de detectar os minúsculos movimentos feitos pela língua (comportamentos observá veis) durante a atividade de pensar. Por exemplo: se você pensa, enquanto lê esta frase, alguns dos primeiros behavi oristas teriam dito que você, na verdade, está conversando consigo mesmo, mas de maneira tão quieta que a emissão de sua voz não pode ser ouvida. É significativo o fato de que os behavioristas tendessem a evitar o emprego de par ticipantes humanos nas pesquisas, que até então eram usa dos nas pesquisas de preferidos por Wundt e Ebbinghaus. A maioria das pesquisas dos behavioristas foi realizada com animais de laboratório. Os behavioristas não contribuíram para o estudo da atividade mental, porém contribuíram de forma rele vante para os métodos da atual psicologia cognitiva (Simon, 1992). Os behavioristas ressaltavam que os conceitos devem ser definidos com cuidado e precisão. Por exemplo, desempenho poderia ser definido como o número de tentativas necessárias a um rato para corr> pletar sem erro um labirinto. Ou seja, os behavioristas insistiam na importância da definição operacional, umc. definição precisa que especifica exatamente como o con ceito deverá ser mensurado. Os atuais psicólogos cog nitivistas também dão ênfase às definições operacionais. Um pesquisador cognitivo, por exemplo, precisa espe cificar exatamente como a memória deverá ser mensura da em um estudo. Os behavioristas também valorizavam o controle expe rimental. Por isso. como os animais podem ser criados err_ condições controladas com muito mais cuidado, os pes quisadores em psicologia a princípio estudavam anima::: em vez de seres humanos. A da Gestalt. O behaviorismo prospero� nos Estados Unidos por várias décadas, porém teve influ ência menor na psicologia européia. Um desenvolvimer_ to importante na Europa no início do século XX foi ::: gestaltismo, que ressalta que os seres humanos apreser_ tam tendências básicas a organizarem o que vêem e que :: todo é maior do que a soma das partes. Vejamos, por exerr_ plo, as primeiras sete notas da conhecida canção do alfa beto ("ab-cd-efg ... "). A melodia resultante é mais do que simplesmente sete notas reunidas; parece ter unidade e organização. Apresentam uma Gestalt, ou qualidade ger2� que transcende os elementos individuais. Por valorizarec a unidade dos fenômenos psicológicos, os psicólogos doo. Gestalt criticavam a ênfase behaviorista na elementariza ção do comportamento em unidades isoladas de estímv lo-resposta (Sternberg, 1999a). Os gestaltistas, ao enfatizarem que a totalidade da expe riência possui uma organização que lhe é inerente, fazian:. muitas objeções à técnica introspeccionista de Wundt que: analisava a experiência em componentes separados. P2�= descrever essa organização, elaboraram várias leis que ex plicam por que certos componentes de um padrão pare :em fazer parte do todo. A proximidade é uma dessas leis. A. partir dela, afirma-se que tendemos a agrupar itens men :almente quando eles estão fisicamente próximos uns dos :mtros. Os gestaltistas também ressaltavam a importância do :··isight na resolução de problemas (Holyoak & Spellman. :993). Quando estamos tentando resolver um problema, a.s suas partes inicialmente parecem não ter relação umas :om as outras. Contudo, com um �ash repentino de insight. a.s partes se encaixam em uma solução. A maior parte das Drimeiras pesquisas relacionadas a resolução de problemas foi conduzida pelos psicólogos da Gestalt. No Cap. 1 O exa minaremos o conceito de insight - bem como progres sos mais recentes. Frederick C. Bart!ett. No início do século XX os beha vioristas predominavam nos Estados Unidos e os psicólo- 5os da Gestalt tinham influência na Europa continental. �nquanto isso, um psicólogo britânico chamado Frederick C. Bartlett realizava suas pesquisas sobre a memória hu mana. Seu importante livro Remembering: A11 Experimenta! �md Social Study (Bartlett, 1932) rejeitava as pesquisas cui ::ladosamente controladas de Ebbinghaus. Em vez disso, Bartlett empregava materiais significativos como histórias iongas. Examinava também como as experiências passa ::las das pessoas influíam em sua evocação posterior do material. Ele propôs que a memória humana é um proces so construtivo no qual interpretamos e transformamos o material original. A obra de Bartlett foi amplamente ignorada nos Estados Unidos durante a década de 1930 porque os psicólogos americanos estavam comprometidos com a metodologia experimental do behaviorismo. Contudo, os psicólogos cognitivistas americanos descobriram mais tarde a sua obra e gostaram do modo como ele usava o material naturalista, em contraste com o artificialismo das sílabas sem sentido de Ebbinghaus (Bransford & Johnson, 1972; Hintzman, 1993). A ênfase dada por Bartlett a uma abordagem da memória com base em esquemas prefigurava algumas pes quisas que iremos explorar nos Caps. 4 e 7 (Bechtel et al., 1998). SURGIMENTO DA PSICOLOGIA COGNITNA CONTEMPORÂNEA Apresentamos em breves traços as raízes históricas da psi cologia cognitiva, mas quando foi realmente que essa nova abordagem "nasceu"? Os psicólogos cognitivistas concor dam de maneira geral em que o nascimento da psicologia cognitiva deve ser estabelecido em 1956 (Eysenck, 1990; Gardner, 1985). Durante esse ano prolífico, muitos pesqui sadores publicaram livros e artigos influentes sobre aten ção, memória, linguagem, formação de conceitos e resolu ção de problemas. !NTR.ODUÇÃO 5 Alguns psicólogos até mesmo especificam um dia para o nascimento da psicologia cognitiva.* No dia 11 de setem bro de 1956, vários pesquisadores importantes assistiam a um simpósio no Massachusetts Institute of Technology (MIT). George Miller relembra o evento: Saí do simpósio com uma forte convicção, mais intuitiva que racional, de que a psicologia humana experimental, a lingüística teórica e a simulação computacional dos proces sos cognitivos eram. todos eles, peças de um todo maior e de que o futuro iria ver a elaboração e a coordenação pro gressiva de seus interesses em comum. (Miller, 1979, p. 9) O entusiasmo pela abordagem cognitiva cresceu com rapi dez. de modo que por volta de 1960 a metodologia, a abor dagem e as atitudes haviam mudado bastante (Mandler, 1985). Um marco dessa mutação foi a publicação do livro Cognitive Psvcho!ogy, de Ulric Neisser (Neisser, 1967). O entusiasmo crescente pela abordagem cognitiva tem sido chamado às vezes de "revolução cognitiva"(Bruner, 1997). Alguns psicólogos não acreditam que a abordagem atual difira substancialmente da estrutura "pré-revolu cionária" (Hintzman, 1993). Contudo, outros alegam que a transição assemelhou-se a uma explosão. Sperry (1993, p. 881). por exemplo, escreveu: "Foi como se as com portas que retinham as muitas pressões da consciência e da subjetividade se abrissem de repente." Há alguns fatores que contribuíram para o impressio nante aumento de popularidade da psicologia cognitiva, dentre eles, a abordagem do processamento da informa ção. uma das forças mais influentes no início do desenvol vimento da psicologia cognitiva. Cc:ntrib11íram vara o Cresci111e11to da 'ci. A origem da popularidade da abordagem cog nitiva pode ser encontrada no desencanto dos psicólogos com o behaviorismo, bem como nos novos progressos em lingüística, na pesquisa em memória e na psicologia do de senvolvimento. Antes do final da década de 1960, os psicólogos esta vam ficando cada vez mais desapontados com a perspecti va behaviorista que tinha dominado a psicologia america na. A complexidade do comportamento humano não po dia ser prontamente explicada usando-se somente os con- *O psicólogo George lvliller fixou a data de nascimento da ciência cogni tiva em 11 de setembro de 1956. O simpósio sobre Teoria da Informação, ocorrido no MIT. aconteceu no período de 10 a 12 de setembro de 1956. O dia 11 de setembro representa o segundo dia do simpósio e este se destaca para /l.1iller em função da apresentação de dois artigos: a "Máqui na de Teoria Lógica" Jogic Theory Machine) de Allen Newell e Herbert Simon. e 'Três Modelos de Linguagem" apresentado por Noam Chomsky. O artigo de Newell e Simon representava a primeira verificação de um teorema. executada em um computador; o artigo de Chomsky de mor.stra\·a a hipótese de que a lmguagem contém a precisão formal da matemática. Não parece ser contigente o entusiasmo de George /vliller em relação a 11 de setembro: ali parece tomar-se possível uma ciência da mente (Gard ner. : 985). \nota do revisor técnico; 6 CAPÍTULO UM ceitos da teoria behaviorista tradicional, como é o caso do estímulo, da resposta e do reforço. Muitas atividades psi cológicas não podiam ser estudadas porque os behavioris tas limitavam-se somente a respostas observáveis. Por exem plo: suponhamos que apresentamos um problema difícil (o estímulo) a uma pessoa. Aguardamos vinte minutos até que ela apresente a solução (a resposta). Mas esse enfoque ex clusivo nos estímulos e respostas observados nada nos in forma sobre os processos psicologicamente interessantes, como o pensamento e as estratégias empregados na resolu ção do problema (Bechtel et aL. 1998). Os novos progressos na lingüística também aumenta ram a insatisfação dos psicólogos com o behaviorismo (Bechtel et al., 1998). As contribuições mais importantes vieram do lingüista Noam Chomsky (1957), que rejeitava a abordagem behaviorista da aquisição da linguagem. Em vez disso, Chomsky dava ênfase aos processos mentais de que precisamos para compreender e produzir a linguagem. lin güistas como Chomsky convenceram a muitos psicólogos de que a estrutura da língua era por demais complexa para ser explicada em termos behavioristas (Barsalou, 1992a). Muitos lingüistas argumentavam que os seres humanos têm uma capacidade inata para dominar a linguagem, idéia que claramente contradizia o princípio behaviorista de que a aprendizagem é responsável pela aquisição da linguagem. 20 18 � 16 u .D -5 14 J, � 12 o. s 8 10 ô (.) :;:; �g " o. 8 Abordagem cognitiva • Abordagem behaviorista V "d ô .?!' 6 ....... . 1 .... /....--.. __ ...- � 4 1 / -- / : ______ / j --1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o ..,., °' ,.,.., ..,., °' 'O ..,., °' °' ..,., °' N 'á?. ..,., 'O °' 00 'O °' 1 1 ....... t-- °' 1 A pesquisa sobre a memória humana começou a desa brochar no final da década de 1950, aumentando ainda mais o desencanto com o behaviorismo. Os pesquisadores ex ploraram a possibilidade de diferentes tipos de memória. Eles também examinaram sua organização propondo mo delos explicativos de memória. Os conceitos behavioristas não podiam ser aplicados com facilidade aos fenômenos da memória. As pesquisas descobriam com freqüência que o material era alterado durante a retenção da memória, por exemplo, pelos conhecimentos anteriores da pessoa; prin cípios behavioristas como "reforço" não conseguiam expli car essas alterações. Outra força influente veio das pesquisas sobre os pro cessos de pensamento das crianças. O teórico suíço Jean Piaget enfatizava o desenvolvimento da compreensão de conceitos pela criança. Por exemplo: as crianças pequenas desenvolvem a permanência do objeto, o conhecimento de que um objeto existe mesmo quando é temporariamen te movido para um outro lugar. Os livros de Piaget começa ram a atrair a atenção dos psicólogos e educadores ameri canos em torno do final da década de 1950. A popularidade nascente da abordagem cognitiva - e o declínio simultâneo da abordagem behaviorista - foi do cumentada por Robins e colaboradores (1999). Vamos fo calizar apenas uma parte de suas pesquisas. Empregando 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 tj- t-- o '""" 'O °' N ..,., {'-.. {'-.. 00 00 00 00 °' °' °' °' °' °' °' °' °' °' ....... ....... ....... ....... ....... Ano Fig. 1.1 Porcentagem de artigos publicados em quatro renomados periódicos de psicologia que contêm palavras-chave perti nentes às abordagens cognitiva e behaviorista. Observação: Os quatro periódicos incluídos neste estudo são: American Psychologist. Annual Review of Psychology. Psychological Bulletin e Psychological Review Fonte: Robins et al., 1999. ·..:.ma base de dados computadorizados dos periódicos em :: sicologia, esses psicólogos examinaram os artigos publi ::3.dos em quatro renomados periódicos de psicologia de :::-_teresse geral. Eles fizeram também um levantamento do ::-_'.Ímero de artigos dos periódicos que usavam palavras-cha :e como cognitivo (cognitive) e cognição (cognition) (um índice da : :::pularidade da abordagem cognitiva) e do número de ar :.5os que usavam palavras-chave como reforço (reinforcement) : :ondicionamento (conditioning) (um índice da popularidade ::_3 abordagem behaviorista). A fig. 1.1 mostra o número de artigos com palavras-cha :e relacionadas às abordagens cognitiva e behaviorista. ?.:::bins e colaboradores (1999) advertem que não devería :-::::::s comparar diretamente as duas linhas nesta figura por ::·..:.e as duas listas de palavras-chave podem não ser compa ��·.·eis (um artigo pode possivelmente ser escrito a partir de _:-::1a perspectiva behaviorista sem o emprego de palavras ::o::iecíficas). Em vez disso, deveríamos focalizar a tendên : : :: dentro de cada abordagem. De modo específico, o nú :-:::ero de artigos de orientação cognitivista aumenta razoa ::::mente a partir de 1950. O número de artigos de orienta ;�::: behaviorista atingiu o ponto máximo na década de 1960 : :e:n diminuído desde então. Vimos que o conhecimento da abordagem cognitiva foi :::-.:orajado pelas pesquisas em lingüística, memória e psi : :::ogia do desenvolvimento. Vamos ver agora outro fator ::·..:.e contribuiu para esse crescimento: o entusiasmo pela ::·:-ordagem do processamento da informação. Por muitos ::::-_os. essa abordagem foi a mais popular no interior da abor :::.gem cognitiva. .-i. Abordagem do Processamento da Informação. Duran ::: 3. década de 1950, a ciência da comunicação e a ciência : :mputacional começaram a se desenvolver e a ganhar :: :pularidade. Os pesquisadores começaram então a con ::LUrar se os processos do pensamento humano poderi- :::-::: ser analisados a partir de uma perspectiva semelhante :=:.eed, 1997). Dois componentes importantes da aborda gem do processamento da informação são que (a) um :�:::cesso mental pode ser mais bem compreendido quan:: comparado com as operações realizadas por um com :·_ :ador e (b) um processo mental pode ser interpretado : : ::lo processamento da informação por meio de um sis :::::::a composto por uma série de estágios, que se correla :::nam e são seguidos passo a passo (Eysenck, 1993; :·.�3ssaro e Cowan, 1993). \!ejamos, por exemplo, o fluxo de informações que : :::=irre quando você quer saber se um determinado ôni �·.:.s vai para o destino desejado em uma cidade desconhe ::::ia. Primeiro, seus sentidos recebem os estímulos (a for :-::::. de um veículo grande está registrada na sua retina). :=::oses dados são então comparados com as informações ::�:::1azenadas na memória (as imagens na retina combi ::-.::.:::1 com as informações que você já armazenou sobre .: :-_:bus). A seguir, você procura informações extras (per �·..::-ita ao motorista sobre o destino), e esses dados são INTRODUÇÃO 7 comparados com as informações armazenadas na memó ria (a resposta do motorista combina com o destino que você armazenou). Você então toma a decisão (planeja embarcar no ônibus). Finalmente, executa a resposta (en tra no ônibus). Repare que a abordagem do processamen to da informação pode examinar o fluxo de informações tanto dentro do organismo quanto entre o organismo e o ambiente (Mandler. 1985). O exemplo que mais se destaca na abordagem do pro cessamento da informação é um modelo projetado para explicar a memória humana. Durante a década de 1960 fo ram esboçados muitos modelos diferentes que propunham armazenamentos separados de memória para tipos diferen tes de memória (por exemplo, Waugh & Norman, 1965). Richard Atkinson e Richard Shiffrin (1968) desenvolveram um modelo de múltiplo armazenamento, que é o discutido com mais freqüência. Esse modelo logo se tornou extrema mente popular dentro do campo nascente da psicologia cognitiva (Squire et al., 1993). Como a teoria de Atkinson e Shiffrin se tornou logo a abordagem-padrão, ela é, em geral, chamada de "modelo modal". O modelo de Atkinson-Shi ffrin propunha que a memória pode ser compreendida em uma seqüência de etapas distintas, em que as informações são transferidas de uma área de armazenamento para outra. Discutiremos esse modelo com alguns detalhes porque ele exerceu grande influência a ponto de persuadir os psicólo gos a adotarem a perspectiva da psicologia cognitiva. A fig. 1.2 mostra o modelo de Atkinson-Shiffrin, com setas indicando a transferência da informação. Os estímu los externos (ambientais) entram primeiro pela memória sen sorial. A memória sensorial é um sistema de armazena mento de grande capacidade que registra informações de cada um dos sentidos com razoável exatidão. Durante as décadas de 1960 e 1970, os psicólogos tendiam especial mente a estudar a memória icónica (memória sensorial visual) e a memória ecóica (memória sensorial auditiva) (por exem plo, Darwin et al., 1972; Sperling, 1960). O modelo propu nha que as informações são armazenadas na memória sen sorial por dois segundos ou menos, e depois a maior parte é esquecida. Por exemplo: sua memória ecóica armazena por pouco tempo as últimas palavras de uma frase pronun ciada pelo seu professor, mas o "eco" dessas palavras desa parece em dois segundos. O modelo de Atkinson-Shiffrin propunha que algum material da memória sensorial passa então para a memória de curto prazo. A memória de curto prazo (chamada ago ra memória de trabalho) contém somente a pequena quan tidade de informações que estamos usando de maneira ati va. As lembranças de curto prazo são frágeis, embora não tão frágeis como as da memória sensorial; podem perder se da memória em cerca de 30 segundos, a menos que de alguma maneira sejam repetidas. De acordo com o modelo, o material que foi usado re petidamente é transferido da memória de curto prazo para a memória de longo prazo. A memória de longo prazo possui uma capacidade grande e contém lembranças que 8 CAPITULO UM Perdido da memória sensorial Perdido da memória de curto prazo Perdido da memória de longo prazo - 1- --<-- Fig. 1.2 Modelo de memória de Atkinson-Shiffrin. Fonte: Atkinson e Shiffrin. 1968. 1 têm algumas décadas, além de lembranças chegadas pou cos minutos antes. Atkinson e Shiffrin propuseram que as informações armazenadas na memória de longo prazo são relativamente permanentes, sem probabilidade de se per derem. Repare também a seta que volta da memória de lon go prazo para a memória de curto prazo. Esta seta repre senta nossa capacidade de recuperar informações da me mória de longo prazo e trazê-las de volta à memória de curto prazo quando queremos trabalhar de maneira ativa com aquelas informações outra vez. O modelo de processamento da informação de Atk.in son e Shiffrin (1968) dominou por muitos anos a pesquisa sobre a memória. Contudo, sua influência está reduzida agora. O conceito de memória sensorial ficou menos atra ente quando os pesquisadores começaram a questionar se a memória icônica desempenhava um papel importante na nossa vida diária (Haber, 1983a, 1983b; Healy & McNama ra, 1996). Além disso, a maioria dos psicólogos cognitivis tas consideram hoje a memória sensorial um processo muito breve de armazenamento que forma parte da percepção (Baddeley, 1995b). Um assunto mais controverso é a distinção feita por Atk.inson e Shiffrin (1968) entre a memória de curto prazo e a memória de longo prazo. Centenas de psicólogos realiza ram pesquisas destinadas a determinar se nosso sistema cognitivo realmente distingue entre o material que deve mos lembrar por alguns segundos e o material que deve mos lembrar por um período de tempo maior (por exem plo, Kintsch e Buschke, 1969; Melton, 1963; Milner, 1966). A bem da verdade, essa controvérsia nunca foi realmente resolvida (Baddeley, 1995b; Healy & McNamara, 1996). Input externo T Memória sensorial ' Memória de curto prazo (Memória de trabalho) Memória de longo prazo Contudo, a maioria dos psicólogos cognitivistas dividem o enorme domínio de investigação da memória em duas par tes, mais por conveniência do que pela convicção de que possuímos dois tipos completamente diferentes de memó ria. O Cap. 3 examina a memória de curto prazo, embora eu empregue o termo "memória de trabalho", atual e mais des critivo, como título do capítulo. Os Caps. 4, 5, 6 e 7 exami nam os diversos componentes da memória de longo prazo. Estamos discutindo o modelo de memória de Atk.inson Shiffrin (1968) porque é o exemplo mais conhecido da abordagem do processamento da informação. Conforme vimos, declinou o entusiasmo quanto à utilidade do mode lo. Também declinou o entusiasmo pela abordagem do pro cessamento da informação; os psicólogos cognitivistas re conhecem hoje que precisamos de modelos mais comple xos para explicar o pensamento humano. Embora alguns psicólogos cognitivistas ainda prefiram a estrutura do processamento da informação, muitos se guiram direções diversas. Alguns enfatizam as abordagens da neurociência ou a abordagem do processamento dis tribuído paralelo. Iremos explorar ambas nesta seção. Outros ainda não permanecem mais leais à abordagem do processamento da informação, porém não possuem uma estrutura teórica clara dentro da psicologia cognitiva. Conforme observaram alguns pesquisadores reconhecidos no campo, a disciplina atualmente sofre uma crise de iden tidade; falta-lhe uma direção teórica clara para o futuro (Bechtel et al., 1998; Neisser, 1994; Sperry, 1993). Ao lon go deste livro iremos considerar várias perspectivas teóri cas conforme avançarmos no exame da pesquisa em psi cologia cognitiva. INTRODUÇÃO 9 li REsuMo DA SEçÃo: UMA BREVE H1srôRJA DA ABORDAGEM CocNJTNA 1. O termo cognição refere-se a aquisição, armazenamen to, transformação e aplicação do conhecimento; a ex pressão psicologia cognitiva é algumas vezes empregada como sinônimo de cognição e outras como um termo referente a uma abordagem teórica da psicologia.
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