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Bases Legais do SUS
Planejamento Estratégico Situacional em Saúde
É uma ferramenta gerencial, com o objetivo de melhorar as atividades existentes e futuras na empresa.
A metodologia do PES foi proposta na década de 1980 por Carlos Matus, economista chileno. O pesquisador, considera que a realidade precisa ser constantemente acompanhada e reorientada, ou seja, quando há alguma mudança, o plano precisa ser ajustado.
Momentos do planejamento situacional?
Matus propôs quatro momentos. São eles:
Momento explicativo
Corresponde à etapa do diagnóstico. Nele, se identifica, analisa os indicadores, escolhe e prioriza os problemas, selecionado as causas prováveis. A principal diferença é que ele considera não apenas as avaliações do próprio planejador, mas também os indicadores, os levantamentos, as estimativas, as pesquisas e a opinião de uma equipe técnica.
Momento normativo
É quando se traçam objetivos e prazos e metas, que não devem restringir a ação na resolução dos problemas, ou seja, é momento em que são quantificados todos os recursos necessários para a implantação do plano.
Formulação de soluções.
Momento estratégico
É nesse momento que se pesam a viabilidade de implantação. Devem ser analisados os dados referentes à tecnologia necessária, fatores políticos e econômicos, e os recursos. 
Formulação de estratégias.
Momento tático operacional
É nesse momento que ocorre implantação do plano em si, no qual as ações são monitoradas e avaliadas continuamente, desde a execução dos trabalhos até a supervisão e o acompanhamento dos resultados. 
O MOPP tem o objetivo de viabilizar a planificação a partir de uma base popular. 
 uma das principais propostas metodológicas para o nível local é o método MOPP que é rápido e de baixo custo
O principal ponto que o Método ZOOP utiliza do enfoque estratégico, nele se realiza a análise situacional para conhecimento da realidade da situação de saúde. 
Os primórdios do cuidado e sua relevância
O conjuto de planos e ações voltadas ao interesse público chama-se de políticas públicas. No contexto do cuidado, diversos setores apresentam-se ligados por interfaces e ações comuns. Essa confluência de interesses observa-se nos setores de saúde, educação, infraestrutura, ação social, moradia, emprego e renda.
No decorrer da história da sociedade, a instituição do cuidado com as parcelas mais frágeis da população surge por três razões básicas: religiosas e humanitárias, sociais e econômicas.
O foco do cuidado humanitário religioso
As razões religiosas se manifestaram prioritariamente, sobretudo na cultura judaico-cristã ocidental. Há várias referências bíblicas do dever de se cuidar dos órfãos e das viúvas, desde o pentateuco ao Novo Testamento, com uma nota interessante em Deuteronômio cap. 27: 19:
“Maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva”.
O cristianismo trouxe como dever dos cristãos o amparo aos necessitados, registrado nos primórdios da igreja, havendo pessoas especialmente designadas para cuidar da assistência aos frágeis. A instituição dos diáconos demostra a importância do problema para os primeiros cristãos (Atos 6: 1 a 5).
Roda dos enjeitados: ficava no convento, para colocar os bebês para adoção. 
O Brasil assume dos enjeitados na Durante a colônia, primeira casa dos enjeitados no Brasil foi registrada em Salvador/BA em 1726.
O abrigamento, apesar de benéfico, não impedia a morte dessas crianças até um ano de idade, fosse por dificuldades nos cuidados, que proporcionavam maior fragilidade e maior número de doenças, a dificuldade em achar-se amas de leite para os recém-nascidos, que eram alimentados com leite de outros animais, mas sem a devida higiene, visto que se desconhecia as necessidades de esterilização do leite, além do problema das doenças prevalentes, como a sífilis congênita ou adquirida de amas cuidadoras.
O foco do cuidado social e comunitário
A partir do século XIII os hospitais começam a mudar de administração e objetivos, sendo a sua gestão transferida para o município, ainda que as ordens religiosas se mantivessem no cuidado dos doentes.
Os custos com as ações de saúde sempre são entendidos como despesas, porque não são vistos retornos imediatos dos investimentos realizados. Para que aconteça uma mudança na visão de gasto para a visão de investimento, faz-se necessária uma mudança de conceitos, como aconteceu na Inglaterra, na Alemanha e na França a partir do século XVII.
Que rumo deve o governo tomar para aumentar o poder e a riqueza da nação? Ter uma população grande é a resposta imediata, o que proporcionaria uma mão-de-obra de qualidade. Nesse caso, há que se cuidar da saúde da população e controlá-la para que seja usada para os interesses do Estado. 
Para o governo tornou-se mais vantajoso manter as crianças vivas para destinar os meninos ao exército e as meninas aos conventos e casas nobres para trabalhar, do que matar as crianças ou apenas tomar cuidados para a sobrevivência mínimas das crianças.
Ex.: Uma empregada de uma casa da coroa portuguesa engravida de um homem, este que viajou a trabalho pelos navios, sozinha deixa sua criança na Roda dos enjeitados. O que faltava na época para o cuidado desta criança.
Bem, a coroa portuguesa aqui no brasil, não tinha a visão que o progresso do desenvolvimento social é a base para o desenvolvimento econômico, que foi o elemento propulsor dos benefícios sociais e de saúde na Inglaterra e Alemanha.
As primeiras políticas públicas brasileiras
A primeira iniciativa reconhecida como política pública de saúde no Brasil só aconteceu no início do século XX.
Um dos grandes entendimentos sobre o que é saúde foi elaborado pela VIII Conferência Nacional de Saúde de 1986. Há que se notar que quase 100 anos após a formação da república, ainda não havia um entendimento do que significava cuidar da saúde das pessoas. 
- Período do Sanitarismo campanhista- 1900 a 1930
A república trouxe o primeiro ato de saúde pública com a implantação da vacinação contra varíola. Infelizmente, a metodologia militarizada aplicada para implementação desta ação, gerou um movimento de revolta popular que ficou conhecida como “a revolta da vacina”.
Um órgão do governo, a SUCAM - Superintêndencia de Campanhas de Saúde Pública -, teve uma atuação muito importante e representativa de saúde pública no que diz respeito às doenças infectocontagiosas, antigamente chamadas de “doenças tropicais”. Ligada a Fundação Nacional de Saúde, a SUCAM levou seus agentes às áreas rurais do país, inclusive na Amazônia. Doenças como a malária, esquistossomose, filariose, febre tifoide e outras doenças endêmicas, foram tratadas e monitoradas.
- Período Médico Assistencial Privatista – 1930 a 1960
Os movimentos sociais ligados aos trabalhadores estavam em efervescência, porque estes enfrentavam péssimas condições de trabalho. 
A Lei Eloi Chaves, de 1923, traz uma diretiva oficial e a contribuição do Estado a essa iniciativa. A lei é considerada a mãe da previdência social brasileira. Ela trouxe as regras oficiais de assistência e limite de idade para aposentadoria. Seria um investimento conjunto de patrões e empregados. Mais tarde, a união assume um controle das caixas, formatando-as em institutos de aposentadorias e pensões. Além da assistência previdenciária, as caixas ainda eram provedoras de assistência médica, diminuição do custo de medicamentos, auxílio funeral e pensão para herdeiros em caso de morte.
Um marco dessa etapa foi a Consolidação das leis do trabalho, regida pela Lei n° 5.452, de 01 de maio de 1943. A legislação trabalhista estabeleceu limites para o horário de trabalho, descanso remunerado, férias e aposentadoria.
O Instituto Nacional de Assistência médica da Previdência Social (INAMPS)
Tinha a responsabilidade de prestar assistência à saúde de seus associados, era formados por determinadas categorias profissionais e eram patrocinados por eles e pelo governo.
Territorialização
Divisão geográfica que serve para monitoramento da população de acordo com os preceitos daleis 8.080/90 do SUS, com o processo de descentralização e a organização desses serviços seguem os princípios da regionalização e hierarquização, onde os agentes comunitário de saúde cuidam da população daquele local com base em fatores ambientais, políticos, sociais, culturais e epidemiológico.
Estratégia de Saúde da Família: estratégias que as equipes tem de responsabilidade sanitária por esse território.
A vigilância em saúde é um conjunto de ações que visa controlar fatores de risco à saúde, tendo como principal objetivo a garantia da integralidade da atenção diante dos problemas de saúde em uma abordagem coletiva individual.
Constituem-se como componentes da vigilância em saúde: vigilância ambiental, vigilância sanitária, vigilância epidemiológica e saúde do trabalhador.
A vigilância epidemiológica é um dos componentes da vigilância em saúde que permite o conhecimento da situação por meio de ações que proporcionam a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
As funções da vigilância epidemiológica são:
- Coleta de dados;
- Processamento de dados coletados;
- Análise e interpretação dos dados processados;
- Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriados;
- Promoção das ações de prevenção e controle indicados;
- Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; e
- A divulgação de informações.
São analisadas por:
- Dados demográficos
- Dados de morbidade
- Dados de mortalidade
Importante: O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária foi definido pela Lei 9.782, de 26 de janeiro de 1999. 
A vigilância epidemiológica: cuida da questão patológica
A vigilância Sanitária: cuida da questão da higiene em estabelecimentos para o consumidor.
A vigilância ambiental: cuida e analisa qualquer mudança do ambiente que podem interferir em fatores que influenciam no processo saúde- doença.
A vigilância do trabalhador é o conjunto de atividades que se destina à promoção da saúde de trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação de saúde dos trabalhadores acometidos de riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
A partir das definições legais estabelecidas pela Constituição Federal de 1988 e da Lei Orgânica de Saúde, iniciou-se o processo de implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma pactuada entre o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
Esse processo foi orientado pelas Normas Operacionais do SUS, instituídas por meio de portarias ministeriais. Tais normas definiram as competências de cada esfera de governo e as condições necessárias para que estados e municípios pudessem assumir as novas atribuições no processo de implantação do SUS.
Pacto pela saúde
O Pacto pela Saúde foi construído com base nos princípios constitucionais do Sistema Único de Saúde (SUS), com a finalidade de qualificação da gestão pública do SUS. Esse pacto pôs grande ênfase nas necessidades de saúde da população, com fortes características do planejamento estratégico, e isso implicou o exercício simultâneo de definição de prioridades articuladas e integradas nos seus três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS.
Pacto pela vida
O Pacto pela Vida foi constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal, estadual e municipal. 
Na implantação do Pacto pela Saúde, as prioridades do Pacto pela Vida foram: saúde do idoso; câncer de colo de útero e de mama; mortalidade infantil e materna; doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; promoção da saúde; e atenção básica à saúde (BRASIL, 2006).
Pacto em defesa do SUS 
A concretização desse pacto passa por um movimento de repolitização da saúde, com uma clara estratégia de mobilização social. Tem como objetivo defender o SUS e assegura-lo como política pública.
Pacto pela Gestão
O Pacto de Gestão estabeleceu as responsabilidades claras de cada ente federado, a fim de diminuir as competências concorrentes e tornar mais claro quem deve fazer o que, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS.
Financiamento e Instrumentos de Gestão no SUS
A gestão ou ação administrativa pressupõe o desenvolvimento de um processo que envolve as funções de planejamento, organização, direção e controle (BRASIL, 2011 b).
Financiamento do SUS Até outubro de 1988, a saúde disputava recursos, na esfera federal, em duas arenas distintas:  A primeira é situada na órbita previdenciária (benefícios previdenciários, assistência social e atenção médico-hospitalar); 
 A segunda é situada no orçamento fiscal, nos programas a cargo do Ministério da Saúde que concorriam com a educação, a justiça, os transportes, a defesa nacional, a previdência do servidor público e outras responsabilidades da União, inclusive os Poderes Legislativo e CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Judiciário.
A regulamentação da Constituição de 1988 para o setor de saúde é feita por meio da Lei Orgânica de Saúde n. 8.080/90, que na parte de financiamento do SUS afirma ser esse setor de responsabilidade das três esferas de gestão (União, Estados e municípios), e na parte do planejamento reafirma a necessidade de planejamento ascendente e integrado nas três esferas de governo. 
Os recursos de cada bloco de financiamento devem ser aplicados exclusivamente nas ações e nos serviços de saúde relacionados ao bloco (BRASIL, 2007). Dessa forma, os blocos de financiamento federal foram assim estabelecidos: CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico
- Atenção Básica; 
- Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar;
- Vigilância em Saúde; 
- Assistência Farmacêutica; 
- Gestão do SUS;
- Investimentos na Rede de Serviços de Saúde.
A Lei Complementar n. 141/12 veio regulamentar a Constituição Federal, estabelecendo critérios de rateio dos recursos de transferência para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três esferas de governo.

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