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CÉLULA DE ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÃO DO PONTAL DO PARANAPANEMA: PESQUISA E EXTENSÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO RURAL Projeto apresentado em atendimento ao Edital MDA/CNPq 005/2009 Proponente: Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Estadual Paulista – Unesp Campus de Presidente Prudente/SP coordenador: Prof. Dr. Luís Antonio Barone (Depto. Planejamento, Urbanismo e Ambiente – FCT/Unesp) Fevereiro/2010 O Projeto de pesquisa e extensão universitária: “CÉLULA DE ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÃO DO PONTAL DO PARANAPANEMA: PESQUISA E EXTENSÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO RURAL” tem, como entidade proponente e executora direta, o conjunto de Grupos de Pesquisa (cadastrados junto ao CNPq) da FCT/Unesp – Campus de Presidente Prudente abaixo listado: NERA (Núcleo de Estudos da Reforma Agrária); CEGET (Centro de Estudos de Geografia do Trabalho); GASPERR (Grupo Produção do Espaço e Redefinições Regionais); GAIA (Grupo de Pesquisa Interações na Superfície Terrestre, Água e Atmosfera); GEDRA (Grupo de Estudos de Desenvolvimento Rural e Agricultura); CEMESPP (Centro de Estudos e Mapeamentos da Exclusão Social para Políticas Públicas); GEPEP (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Popular). Este Projeto conta, ainda, com o apoio da Faculdade de Tecnologia (FATEC)/ Presidente Prudente – Fundação Paula Souza. I. APRESENTAÇÃO A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), unidade da Universidade Estadual Paulista/Unesp instalada em Presidente Prudente – município sede da 10ª. Região Administrativa do Estado e principal cidade do Pontal do Paranapanema – e reconhecida por sua excelência acadêmica apresenta, neste documento, sua proposta de projeto para atender ao edital MDA/SDT/CNPq No. 05/2009. Este projeto representa mais um passo na trajetória de integração e diálogo entre a Unesp e a sociedade, objetivando a promoção e qualificação de políticas públicas socialmente inclusivas. Ressalta-se, no entanto, o ineditismo da cooperação buscada entre vários grupos de pesquisa sediados na FCT a fim de viabilizar, com qualidade e intensidade, as metas previstas para a implementação de ações de gestão e acompanhamento do Território Rural do Pontal do Paranapanema. A realidade regional do Pontal do Paranapanema - extremo oeste paulista (FIGURA 1)1 - apresenta, sem dúvida, grandes desafios para um desenvolvimento sustentável e substantivo. Com uma ocupação que data do final do século XIX, o Pontal do Paranapanema revela, em seu histórico fundiário, o mais conhecido caso de grilagem de terras do país (Leite, 1999). Apesar da flagrante irregularidade que cercou a ocupação daquele território, seu desenvolvimento econômico sempre esteve diretamente ligado aos empreendimentos agropecuários ali instalados. Primeiro, o café, depois o algodão e – a partir dos anos 1970 – com a exploração da pecuária extensiva de corte, culminando, mais recentemente com a introdução e generalização da cultura canavieira. Ressalvando pequenas intervenções oficiais – sobretudo através de reassentamentos de população atingida pelo impacto de barragens – somente a partir dos anos 1990 é que essa região irá ser palco da mais abrangente iniciativa de assentamento rural do Estado, caracterizando-se, a partir de então, pelos conflitos fundiários e pela forte intervenção do governo estadual na promoção de assentamentos de trabalhadores rurais (Fernandes, 1996). Mais de cem projetos de assentamentos e milhares de famílias assentadas: esta é a população-alvo das política da SDT/MDA no Pontal, ao lado de milhares de produtores familiares tradicionais, cuja regularização fundiária só aconteceu na década passada2. 1 Na figura 1 constam as Regiões Administrativas do Estado de São Paulo que se localizam na porção Oeste (9ª. e 10ª. R.A.s), com destaque para a região tradicionalmente conhecida como Pontal do Paranapanema – aqui recortada com alguns municípios a mais do que os inseridos no Programa dos Territórios Rurais. 2 Atualmente, tramita projeto de regularização fundiária promovido pelo governo do Estado. Este, porém, busca atender outro extrato de área, para além da agricultura familiar, gerando mais polêmica e conflitos. Região com forte presença do capital pecuário de corte, a chamada “terra do Nelore mocho” convive com uma situação de indefinição em sua estrutura fundiária (novas ações discriminatórias estão em andamento na Justiça, o que aponta para novas intervenções do Estado e novos assentamentos) e com uma dificuldade de décadas em superar a estagnação econômica. A presença do MST e de outros movimentos de trabalhadores rurais, pressionando pela cessão de terras para assentamentos, só torna mais instável essa situação. Figura 1. Localização da Área de Estudo M A T O G R O S S O D O S U L P A R A N Á51° 50° 49° 48° ESCALA Km10050 Fonte: IGC-2003; Leal, 2003 Org. : Ed. Gráfica: Maria S. Akinaga Botti Thomaz Jr., 2002 52° 0 23° PONTAL DO PARANAPANEMA PRESIDENTE PRUDENTE -53° -45° -20° -25° N9ª R.A. ARAÇATUBA ESCALA 0 100 200 Km OESTE PAULISTA (REGIÕES ADMINISTRATIVAS) 10ª R.A. PRESIDENTE PRUDENTE Fonte: Thomaz Jr., 2007. Neste sentido, projetos de desenvolvimento regional que ignorem a massiva presença de produtores assentados – tônica das iniciativas levadas a cabo pelo governo estadual nos últimos anos – estão fadados claramente ao fracasso, além de revelarem características extremamente conservadoras, ao menos com relação às conhecidas iniqüidades sociais que marcam a estrutura social e econômica do país. Com uma importância demográfica e social inegável, as milhares de famílias assentadas estavam à margem dessas alternativas de “desenvolvimento”. Ao longo desses anos, os trabalhadores rurais beneficiários dos Projetos de Assentamentos, acabam por construir sua inserção econômica no entorno de forma significativa3 para as economias locais, mas muitas vezes deficitária para os assentados, sobretudo a partir do incremento da exploração da pecuária leiteira. Dada a importância da população assentada para os municípios mais atingidos pela ação reformista do Estado, o destino dos Projetos de Assentamentos representa um dilema e um desafio para as políticas públicas. Os assentamentos, experiências inovadoras na gestão econômica e social do território, sem dúvida, expressam tensões que são reveladoras das contradições e possibilidades da chamada agricultura familiar frente ao poder do grande capital agropecuário e agroindustrial, no âmbito do desenvolvimento social no campo paulista (Ferrante, Barone e Bergamasco, 2008). Para os projetos de assentamentos implantados no Pontal do Paranapanema, a ação do MDA, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e do Programa Territórios Rurais, possibilitou, mais do que o reconhecimento dessa população como prioritária para uma política de desenvolvimento regional, espaços de participação e negociação institucionalizados, garantindo aos assentados e produtores familiares tradicionais condições de se legitimarem através do diálogo com os Poderes Públicos - numa relação diferente do tradicional e subserviente clientelismo - e aprimorarem suas demandas, qualificando seus projetos e lideranças num debate acerca de um desenvolvimento substantivo. Breve discussão sobre o tema do desenvolvimento territorial rural A abordagem territorial para as políticas de desenvolvimento tem sua origem em estudos acadêmicos nos anos 1990, logo sendo incorporada pelo discurso oficial – neste período, sublinha-se, sem conseqüências práticas nas ações governamentais. Essa tendência, marcada por estudos sobre redes institucionais “que permitem ações cooperativas – que incluem, evidentemente,a conquista de bens públicos como educação, saúde, informação - capazes de enriquecer o tecido social de uma certa localidade”(Abramovay, 2003, p. 84), não encontrou dificuldade para ser inserido em documentos oficiais, já na gestão FHC (1995 – 2002). No tocante ao planejamento público das intervenções pró-desenvolvimento rural no Brasil, somente a partir da segunda metade da década de 1990 é que tal enfoque ganha importância decisiva. Segundo analistas da temática, o fundamental nessa nova tendência “é a mudança de prioridade do enfoque produtivista-reducionista 3 Cf. Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva”. Assentamento fundiário: uma política de geração de emprego e renda no Pontal do Paranapanema – Relatório sintético das ações e resultados da política agrária e fundiária do Estado de São Paulo no Pontal do Paranapanema. São Paulo, Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, agosto de 2005. para o enfoque da sustentabilidade – um conceito holístico, cuja abrangência envolve os condicionantes ambientais, históricos, sociais, políticos e econômicos, dentre outros” (Flores e Macedo, 1999, p. 43). Quando essa discussão se volta para a realidade dos assentamentos rurais, podemos citar o debate de anos atrás sobre a questão da descentralização das experiências de assentamentos. Esse processo, incipiente e inconstante, buscava retirar encargos do governo federal, sobrecarregando – muitas vezes sem contrapartida definida - as Prefeituras no desenvolvimento de ações institucionais nos P.A.s4. No âmbito federal, nesse período, essa problemática começa a aparecer através do debate acerca da "emancipação" dos assentamentos. Na época, teve significativa importância o chamado Projeto Lumiar, embora sua implementação - sobretudo no Estado de São Paulo - acabasse praticamente abortada. Ainda nesse período, mais especificamente a partir do governo transitório de Itamar Franco (1992- 1994), algumas mudanças na coordenação das políticas de assentamento passam a privilegiar a chamada agricultura familiar como "linha estratégica do desenvolvimento rural" (ABRA, 1994: p. 161). Com isso, a questão do desenvolvimento local começa a ganhar importância na elaboração das políticas públicas nos órgãos responsáveis pela reforma agrária. Buscando estabelecer uma linha de continuidade desde as ações do governo Itamar Franco, o governo FHC aprofunda a atuação do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) em 1996, como um passo primeiro na direção de uma política completa para o setor. Sobre o PRONAF, ressalta-se que sua viabilização no âmbito municipal cobra a organização de um Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, fórum cujas atribuições foram aperfeiçoadas nos últimos anos. Reconhecendo que o desenvolvimento de uma política pública para os projetos de assentamentos envolve uma série de dificuldades relativas aos órgãos responsáveis pelos mesmos, aos diferentes níveis de governo (União, Estados e Municípios) e à problemática mais eminentemente política da reforma agrária, qual seja, a forte pressão da mobilização popular e de diversas organizações não governamentais, a criação e fortalecimento de espaços de negociação e articulação de 4 Em abril de 1999, já no segundo mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, é apresentado pelo MDA, o documento "Agricultura Familiar, Reforma Agrária e Desenvolvimento Local para um Novo Mundo Rural - Política de desenvolvimento rural com base na expansão da agricultura familiar e sua inserção no mercado. Cf. a análise crítica deste documento, inclusive sobre sua não aplicação, feita por FERRANTE, V. L. S. B. e BARONE, L. A. "Assentamentos ruraux et pouvoir local: les tendances de la décentralisation de la réforme agraire" in: CAHIERS DU BRÉSIL CONTEMPORAIN no. 51/52 (Dynamique familiale, productive et culturelle dans assentamentos ruraux de São Paulo). Paris/FRA, CRBC/EHESS, 2003. todas as instâncias do poder público para elaboração e implementação de projetos específicos deveria receber apoio decisivo do governo federal. Concomitantemente, o privilegiamento da esfera local (municipal e microrregional) é patente5 no discurso oficial. Trata-se de um "retorno ao território" como base de iniciativas para o desenvolvimento, em substituição a uma perspectiva setorial, ineficaz na promoção da sustentabilidade idealizada. Propostas do governo federal buscando essa direção já estavam presentes nos documentos oficiais desde os anos 1990. A importância da base local para o desenvolvimento sustentável dos P.A.s, propondo linhas de investimentos (via PRONAF), parcerias (termo, a partir de então, substituto do pouco eficiente e burocrático "convênio") e, acima de tudo, uma série de medidas para a organização local de instituições capazes de acompanhar e suportar a difícil trajetória de consolidação dos assentamentos, no entanto, não tiveram correspondência na efetivação de investimentos e projetos executivos. Nota-se que essa nova abordagem pretendia dotar o espaço municipal e microrregional de uma capacidade de decisão e monitoramento até então inexistente. No "Novo Mundo Rural" (1999) estimulou-se a criação de Conselhos Municipais de Desenvolvimento Sustentável, responsáveis pela elaboração de um Plano Municipal de Desenvolvimento Sustentável - e de derivados Planos de Desenvolvimento dos Assentamentos (PDAs) - sob controle dos agentes institucionais locais, como Câmaras de Vereadores, Prefeituras, Sindicatos e outras entidades civis, sempre com a participação de técnicos dos órgãos federais e estaduais voltados para o desenvolvimento da agricultura e reforma agrária (INCRA, Secretarias Estaduais etc.). São esses planos, elaborados localmente, que idealmente deveriam orientar as ações governamentais em todos os níveis, garantindo um controle local bastante preciso sobre os rumos da dinâmica da produção familiar. O enfoque local dado pelo "Novo Mundo Rural" levou a um minucioso detalhamento de ações a serem desenvolvidas localmente, muito maiores, por exemplo, do que as iniciativas de responsabilidade do governo estadual (uma das esferas do poder público realmente promotora de Projetos de Assentamentos). Se a mudança de governo nas eleições de 2002 fez caducar a vigência do documento citado acima, o mesmo não se pode dizer dos termos aos quais ele se refere no tocante à estratégia para o desenvolvimento dos assentamentos rurais – sobretudo a readequação do chamado “enfoque territorial”. 5 Cf. o documento "Agricultura Familiar, Reforma Agrária e Desenvolvimento Local para um Novo Mundo Rural - Política de desenvolvimento rural com base na expansão da agricultura familiar e sua inserção no mercado, citado acima (nota 3). O desenvolvimento do “enfoque territorial” no MDA, hoje A chegada de uma coligação de partidos liderada pelo PT ao governo federal dinamizou o MDA, ampliando seus instrumentos de ação. Apesar de críticas com relação ao encaminhamento da política de assentamentos (Oliveira, 2006; Sauer e Souza, 2008), o certo é que um conjunto de iniciativas acabou por conformar um campo institucional e ampliou-se o corpo técnico que possibilitou, dentre outras coisas, dar realidade política à abordagem territorial do desenvolvimento rural concebida no período anterior. A reativação da CONAB, a interiorização e reequipamento do INCRA (de notável conseqüências no Pontal do Paranapanema) e, por fim, a institucionalização e operação da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), em cujo bojo o Edital sobre Gestão de Territórios Rurais (objeto deste projeto) se desenvolveu, são exemplos de um salto qualitativo na política de reforma agrária no Brasil, em curso desde 2004. Se o númerode novos assentamentos, descontadas as realocações e regularizações, não foi superior ao período FHC (Oliveira, 2006), ou se aconteceu um “rebaixamento” do programa agrário de Lula, comparando-se as campanhas de 1989 e 1994 com a de 2002 (Sauer e Souza, 2008) - principais argumentos críticos acerca da política federal atual – um investimento muito mais decisivo na agricultura familiar (que abrange, como no caso do Pontal, os assentamentos) gerou resultados sociais e econômicos notáveis para esse segmento. Para além desses resultados, que podem ser consignados na desonrosa rubrica de assistencialismo, a busca estratégica do governo federal pelo empoderamento desses sujeitos rurais, fomentando a organização de colegiados territoriais, nos quais essa população subalternizada (no caso regional abordado, sobretudo assentados rurais) pode conquistar sua emancipação, é prova de uma mudança de postura com conseqüências nada desprezíveis. A gestão de territórios rurais torna-se, portanto, estratégica para uma transformação política de longo alcance, no sentido de maior democratização política e econômica, justamente nas regiões mais carentes do país. A recuperação do histórico das discussões acerca de uma mudança de perspectiva sobre o desenvolvimento rural, valorizando-se aquilo que se convencionou chamar de “abordagem territorial”, apenas revela o acúmulo teórico com o qual o Ministério do Desenvolvimento Agrário pôde trabalhar a partir do início do governo Lula (2003), desenhando uma política de desenvolvimento territorial. A concorrência, de forma decisiva neste período (governo Lula) de atores políticos comprometidos com a reforma agrária e a superação da pobreza rural crônica garantiu tanto um aprofundamento dessas discussões como também a concretização de um programa federal para a promoção do desenvolvimento sustentável dos territórios rurais, que passou a ser implementada a partir de 2004. Segundo documento oficial do MDA6, em sua primeira fase, o programa teve por objetivos “promover e apoiar iniciativas das institucionalidades representativas dos territórios rurais que objetivem o incremento sustentável nos níveis de qualidade de vida da população rural” (MDA-SDT, 2004, s/pág.). Para atingir tal meta, propôs-se: 1) o fortalecimento das redes sociais de cooperação dos territórios, com ênfase para aquelas que articulam assentados, agricultores familiares e populações tradicionais; 2) o planejamento e gestão social desses territórios; 3) iniciativas fomentadoras da diversificação e dinamização econômica e; 4) uma articulação entre várias políticas públicas, para que tal iniciativa alcance a multidimensionalidade do desenvolvimento sustentável - econômica, sócio-cultural, político-institucional e ambiental (MDA-SDT, 2004). A priorização regional dos territórios teve por base a atuação do MDA (por isso a valorização dos segmentos descritos acima), definindo “territórios rurais” como aqueles territórios nos quais “explicita ou implicitamente” apresenta-se a “predominância de elementos rurais”, mesmo compreendendo os espaços urbanizados das “pequenas e médias cidades, vilas e povoados” (Atlas Territórios Rurais, 2004, pg. 10). A evolução do programa, com a implementação, em todo o país, de 60 territórios prioritários para a atuação do MDA/SDT, com seus colegiados territoriais representativos e um sem-número de ações em desenvolvimento aponta, naturalmente, para a necessária sistematização de todas essas iniciativas, coletividades e demandas. Daí a formação do “Sistema de Gestão Estratégica – SGE, que contribuirá com os processos de gestão de informação e conhecimento e a comunicação dentro dos processos e fluxos de decisão que compõem o complexo esquema da política de desenvolvimento rural com enfoque territorial” (MDA/SDT, s/d., pág. 3). Com o SGE, a SDT/MDA procura articular três tipos de atores, fundamentais para a qualificação da (auto)gestão da “formulação, execução e controle social” das políticas e projetos territoriais7. O primeiro é o agente público estatal, conformado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e a Secretaria de Desenvolvimento Territorial-SDT. O segundo grupo é composto pelos atores territoriais, a sociedade civil em projeção num dado espaço geográfico. Nesse grupo encontram-se os agentes públicos locais, regionais e federais e as organizações 6 Cf. Ministério do Desenvolvimento Agrário / SDT. Referências para o apoio ao desenvolvimento territorial (Série Documentos Institucionais - Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais). Brasília, 2004. 7 Ainda segundo o “Documento de Referência do Sistema de Gestão Estratégica”, MDA-SDT, s/d. representativas, conformados no Colegiado Territorial, além das instituições parceiras e as bases de serviços. Neste nível operam, também, as Células de Acompanhamento e Informação (CAI). Por fim, o terceiro grupo de atores reúne os pesquisadores (a Universidade, portanto), outros gestores públicos e a população em geral. A arquitetura institucional dessa articulação é o primeiro objeto deste projeto, conforme propõe o Edital 05/2009. A finalização dessa estrutura de informação/gestão prevê, a partir do Edital, a participação direta da universidade, respondendo pela organização da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI), colaborando na construção dessa articulação e ofertando profissionais capacitados para co-gerir essa complexa rede, segundo as normativas da SDE/SGE. Esta oportunidade vem ao encontro dos esforços da FCT/Unesp – Campus de Presidente Prudente, no sentido de ampliar os espaços de diálogo, via pesquisa e extensão, junto à comunidade regional. Além de qualificar melhor sua presença institucional, que já se faz sentir, mesmo antes do lançamento deste Edital, no Colegiado Territorial do Pontal e em inúmeros projetos e ações promovidos nos assentamentos rurais, por um significativo conjunto de pesquisadores. Estas são as razões pelas quais apresentamos esta proposta, em atendimento ao Edital MDA/CNPq 05/2009. II. OBJETIVO GERAL8 Articular institucionalmente e operacionalmente as Universidades, os Territórios Rurais e a Secretaria de Desenvolvimento Territorial para o estabelecimento do Sistema de Gestão Estratégica do Programa Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais, estimulando o desenvolvimento dos processos de acompanhamento, avaliação e informação nos territórios por meio de implantação e operacionalização da Célula de Acompanhamento e Informação do Território Rural do Pontal do Paranapanema/SP, assim como a execução de atividades de interesse dos pactuantes que convirjam para o esforço comum da geração e sistematização de conhecimentos, o desenvolvimento de capacidades humanas e organizacionais, o desenvolvimento dos territórios rurais e o aperfeiçoamento da gestão e dos investimentos públicos. III. OBJETIVOS ESPECÍFICOS9 1. Acompanhar e avaliar a evolução dos indicadores do Índice de Condições de Vida (ICV) e do Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS). 2. Acompanhar e registrar no Sistema de Gestão Estratégica – SGE as informações sobre a execução dos eventos que constam da agenda de trabalho do Colegiado Territorial, e que estejam relacionados ao Programa Desenvolvimento Sustentáveis de Territórios Rurais e/ou ao Programa Territórios da Cidadania. 3. Acompanhar e registrar no Sistema de Gestão Estratégica – SGE as informações sobre a execução de projetos que contemplem aportes de recursos gerenciados pela SDT. 4. Estabelecer bases de dados que alimentem as unidades de informação dos subsistemas do Sistema de Gestão Estratégica. 5. Acompanhar e registrar no Sistema de Gestão Estratégica – SGE as informações sobre o funcionamento do Colegiado, segundo instruçõespróprias. 6. Garantir o suporte e a plena atuação de grupos de pesquisa e pesquisadores das Instituições nas atividades de acompanhamento e avaliação do programa. 8 O Objetivo Geral deste projeto repete o proposto no Edital MDA/CNPq 05/2009. 9 Nos Objetivos Específicos, além daqueles apresentados explicitamente no referido Edital (objetivos de 1 a 8), este projeto acrescenta objetivos específicos que julgamos particulares para o Território do Pontal do Paranapanema (de números 9 a 13) e sobre os quais já existe um acúmulo de pesquisas e de ações extensionistas da FCT/Unesp. 7. Subsidiar os Colegiados com resultados do acompanhamento, monitoramento e avaliação para o aperfeiçoamento do processo de gestão do programa. 8. Informar e orientar a rede de comunicação do território sobre assuntos de interesse da SDT que lhe forem determinados. 9. Cartografar a implantação dos projetos da SDT no Território, compondo cartas temáticas com os sistemas produtivos, assentamentos e ações estimuladas pelo SDT. 10. Identificar ações de desenvolvimento em construção no Território, com apoio de cada uma das três esferas de administração (municipal, estadual e federal), avaliando seu alcance e propondo possíveis articulações potencializadoras. 11. Identificar aspectos dificultadores da dinamização dos assentamentos e das políticas de desenvolvimento em curso e propor, no diálogo com o Colegiado Territorial e SDT, ações de superação dos mesmos. 12. Estimular o protagonismo das entidades de produtores familiares do terrritório, mediante o patrocínio, em parceria com a Unesp, a FATEC e APTA, focando temas consensuados entre a Célula de Acompanhamento e Informação, as instituições parceiras e universidade e o Colegiado Territorial. 13. Assessorar e subsidiar a montagem do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável. IV. JUSTIFICATIVAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, situa-se em Presidente Prudente, cidade sede da 10 Região Administrativa do Estado de São Paulo e localidade central para a região que, comumente, denomina-se Pontal do Paranapanema. Única universidade pública em um raio de mais de 100 kms na região, o Campus da Unesp abriga treze cursos de graduação (nas três grandes áreas do conhecimento) e sete cursos de pós-graduação strictu senso. Além disto, são diversos os grupos de pesquisa (cadastrados junto ao CNPq) e as atividades de extensão desenvolvidas de maneira permanente. Sobre o ensino de graduação, o compromisso com a formação de docentes através de diferentes cursos de bacharelado e a formação de recursos humanos para a pós-graduação tem garantido boas avaliações em todos os processos nacionais realizados pelo MEC. Necessário se faz destacar a implementação do curso de Geografia para assentados da reforma agrária, em desenvolvimento desde 2007. Os cursos de pós-graduação (alguns inter-institucionais), em sua maioria de abrangência nacional (e, em alguns casos, internacional) obtêm sistematicamente notas altas junto à Capes e abriga programas de pós-doutoramento, linhas de publicação e constituem-se em núcleos de formação de pesquisadores e docentes de nível superior As atividades de pesquisa, através de grupos cadastrados junto ao CNPq e reconhecidos pela Reitoria da Unesp garantem a interação entre ensino de graduação e pós-graduação, a produção de novos conhecimentos e a formação de recursos humanos qualificados. Por fim, as atividades de extensão universitária, em diferentes áreas através de cursos, assessorias e consultorias etc. colocam frente a frente o desafio da inserção da universidade pública para que cumpra seu amplo papel nos processos de desenvolvimento local/regional. Com interface direta com a proposta do presente Edital CNPq/MDA destacam- se as atividades realizadas por docentes e alunos de diferentes níveis de formação através dos seguintes grupos de pesquisa, todos vinculados ao programa de pós- graduação em Geografia, nota seis Capes: NERA (Núcleo de estudos da reforma agrária), CEGET (Centro de estudos de geografia do trabalho), GASPERR (Grupo Produção do espaço e redefinições regionais), GAIA (Grupo de pesquisa interações na superfície terrestre, água e atmosfera), o GEDRA (Grupo de Estudos de Dinâmica Regional e Agropecuária) e o CEMESPP (Centro de estudos e mapeamentos da exclusão social para políticas públicas), além do GEPEP (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Popular) , único grupo que ainda não está vinculado ao programa de pós-graduação em Geografia. O NERA vem desenvolvendo um amplo rol de investigações sobre os processos de reforma agrária em suas interfaces com a luta pela terra, a territorialização do campesinato, o avanço do agronegócio e perspectivas de desenvolvimento regional a partir de assentamentos da reforma agrária. Destacam-se, neste conjunto, a formação e manutenção rigorosa do DataLuta (banco de dados da luta pela terra) e o RIST (Relatório de impactos socioterritoriais) que é uma metodologia de pesquisa utilizada para estudar os impactos socioterritoriais dos processos de conflitualidades territoriais. O CEGET dedica-se a problematizar uma área de conhecimentos conhecida e reconhecida como a geografia do trabalho. Além de análises que cobrem o extenso campo das relações de trabalho urbanas e rurais, possui um conhecimento acumulado a respeito do avanço da cana-de-açúcar no oeste paulista o que permite a seus pesquisadores situar o debate sobre processos de desenvolvimento regional nas diferentes interfaces dos conflitos, das redes de interesses e das transformações socioterritoriais produzidas. O Gasperr, em suas diferentes linhas de pesquisa, possui trabalhos desenvolvidos sobre o desenvolvimento regional, produção do espaço urbano, dinâmicas econômicas e novas territorialidades. A produção sistemática de dados e indicadores locais/regionais consubstancia-se na publicação “Conjuntura Prudente” (em sua quarta edição) que compila, organiza e interpreta informações quantitativas e qualitativas sobre a Presidente Prudente e região. O GAIA desenvolve pesquisas sobre os processos e as dinâmicas da natureza em três grandes áreas do conhecimento: Climatologia, Geomorfologia e Hidrologia, aplicadas aos ambientes urbanos e rurais. Além de pesquisas de natureza empírica e de modelagem, o GAIA também aborda as questões teóricas e de método no âmbito da Geografia Física. Para o desenvolvimento dos projetos conta com quatro laboratórios: Laboratório de Climatologia, Laboratório de Solos, Laboratório de Geologia e Sedimentologia. O GEDRA desenvolve pesquisas sobre as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural, com especial ênfase para aquelas finaciadas pelo PRONAF, pelo Programa de Microbacias Hidrográficas, pela CONAB e pelo Crédito Rural. Também estuda o processo de descentralização (municipalização) dos serviços para o rural e o associativismo. Tem suas pesquisas voltadas para a região da raia divisória entre os Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. O GEPEP desenvolve projetos de pesquisa e extensão nas áreas de educação formal rural (escolas), educação de jovens e adultos, educação ambiental, além de contar uma linha de pesquisa sobre o desenvolvimento dos projetos de assentamentos, em sua inserção local (municipal) e microrregional, vis-á-vis as políticas públicas implementadas para esses espaços rurais. Por fim, o CEMESPP dedica-se à análise de processos de exclusão social, do ponto de vista teórico e do ponto de vista de sua identificação, mensuração e mapeamento, desenvolve indicadores sociais e territoriais e tecnologias apropriadas para sua representação cartográfica e dedica-se aos estudos dos processos de formulação, implementação e avaliaçãode políticas públicas. Os grupos de pesquisa assinalados (cujos projetos concluídos e em andamento serão apresentados no item seguinte) fornecem seu conhecimento teórico e metodológico acumulado, seus pesquisadores (alunos e docentes) e suas instalações como bases consolidadas a partir das quais este projeto será desenvolvido de maneira articulada entre eles e as demais instituições parceiras. Em suma, como justificativa para a presente proposição de instalação e coordenação de uma Célula de Acompanhamento e Informação no contexto da implantação do Sistema de Gestão Estratégica, encontra-se a participação direta de docentes desta instituição em diferentes ações do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais da Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT, notadamente na participação direta no Colegiado do Programa e em suas Câmaras Técnicas (como representantes da Universidade), bem como através de palestras, levantamento de dados, participação em fóruns etc.. V. O ENVOLVIMENTO DO PROPONENTE E DA INSTITUIÇÃO COM PROJETOS EM EXECUÇÃO RELACIONADOS COM OS OBJETIVOS DESTE EDITAL Todos os sete grupos de pesquisa da FCT/Unesp listados como responsáveis pela condução acadêmica deste projeto (e cadastrados no CNPq) têm uma produção consistente, tanto em pesquisa quanto em extensão universitária, relacionada aos objetivos propostos pelo Edital MDA/CNPq 005/2009. Reafirmamos que a ocasião deste projeto ora apresentado propiciou a colaboração inédita desses grupos, potencializando seus resultados. 1) O NERA pesquisa há 12 anos as conflitualidades dos modelos de desenvolvimento territorial, possuindo experiência para analisar as negociações sobre o tipo de desenvolvimento esperado, suas prioridades, recursos e mecanismos fundamentais que orientem as ações dos diferentes sujeitos. Para construir as condições essenciais para a implantação deste modelo, o NERA contribuirá em: a) Atualizar o conhecimento sobre a situação fundiária do território a partir da análise dos dados do censo agropecuário, do Sistema Nacional de Cadastro Rural e dos cartórios de registro de imóveis e das propostas do governo estadual e dos sujeitos sociais envolvidos na questão da terra. b) Organizar as informações sobre os sistemas de produção, industrialização e comercialização, bem como as políticas públicas e privadas destinadas ao fortalecimento das redes sociais de cooperação necessárias para a qualificação das organizações por meio de relações solidárias. c) Sistematizar informações e dados sobre os conflitos fundiários no território para proposição de gestão social que enfrente restrições ao desenvolvimento e promovam políticas públicas fundamentais para destravar as soluções de desenvolvimento sustentável. 2) No que se refere ao CEMESPP, a experiência acumulada a partir de diferentes projetos de Políticas Públicas realizados com financiamento da FAPESP nas áreas de sistemas de indicadores e elaboração de mapeamentos com diferentes metodologias, análise de processos de exclusão social e políticas públicas (sua formulação, implementação e avaliação) permitem que a experiência acumulada seja direcionada a: a) contribuir efetivamente com dados e informações sobre a região, estratégias e metodologias para os trabalhos de campo e processos de mapeamentos utilizando-se de diferentes bases digitais e softwares específicos; b) avançar na discussão sobre desenvolvimento regional a partir da sistematização e análise de bancos de dados do Índice de Desenvolvimento das Famílias – IDF (MDS/IPEA), bem como dos dados relacionados à saúde (PSF e outros) e educação (freqüência à escola e outros). Para tanto, será necessários o acesso a tais dados através de cada órgão gestor responsável. 3) O CEGeT se propõe a desenvolver pesquisas e estudos sobre os diferentes assuntos que recobrem a temática do trabalho; sendo pois o trabalho visto e entendido enquanto materialidade do processo de metabolismo societário do capital, contemplando a reestruturação produtiva do capital. Sendo assim, o grupo propõe participar ativamente das discussões sobre as mutações e dinâmica do trabalho nessa viragem do século XXI, de forma a contribuir criticamente com a apreensão da dinâmica territorial do Pontal do Paranapanema, a partir da “leitura” geográfica. Dos projetos em curso no CEGET, citamos os que mais diretamente podem contribuir para o projeto ora apresentados, tanto em termos de dados quanto metodologias e reflexões: a) “Território Mutante e Fragmentação da Práxis Social do Trabalho” - Projeto aceito pelo CNPq na alínea Produtividade em Pesquisa (PQ). Esse Projeto é a referência para o conjunto dos demais Projetos de Pesquisas em curso no âmbito do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT) e abrange um vasto campo de manifestações da práxis social do trabalho na região. b) “Agronegócio e Dinâmica Geográfica da Expansão da Cana-de-açúcar no Oeste Paulista”. (Alínea: Auxílio à Pesquisa/Fundunesp). Projeto especificamente voltado para o estudo da expansão da cultura canavieira no Oeste Paulista, vis-à-vis o movimento de luta pela terra e pela reforma agrária. c) “Movimentos Camponeses e Agronegócio na América Latina e Caribe”. Grupo de Trabalho Desenvolvimento Rural – CLACSO. Vigência: a partir de 2005. d) “A Ergonomia da superexploração do Trabalho no Corte da Cana-de-açúcar”. Co-Participação: Iracimara Anchieta Messias; Coordenação: Luis Antonio Barone. Apoio: Fundunesp. Vigência: a partir de 02/2008. Estudo específico das condições e organização do trabalho no corte de cana na região. 4) O GAsPERR trabalha com temas que articulam as pesquisas em seus diferentes níveis (verticalizadas nas relações de orientação) e entre pesquisadores de mesmo nível (horizontalizadas entre membros do grupo): a) produção do espaço urbano; b) dinâmica econômica e novas territorialidades; c) reestruturação e centralidades urbanas; d) poder e ideologia. Os temas trabalhados têm, como recorte transversal, o estudo das cidades médias, tomadas como base empírica para as pesquisas realizadas, com a perspectiva de se contribuir para a construção teórica do conceito. Também se propõe a colaborar: a) Na discussão da dinâmica urbano-rural na região do Território do Pontal, tendo a cidade de Presidente Prudente como pólo (cidade média) de referência. b) Na contribuição com dados e informações sobre a região, estratégias e metodologias para os trabalhos de campo e processos de mapeamentos utilizando-se de diferentes bases digitais e softwares específicos. 5) O GEDRA tem como objetivo criar um espaço de discussão e reflexão sobre temas relacionados ao desenvolvimento rural, à dinâmica regional e à questão agrária brasileira. Seu envolvimento se dará a partir desses projetos: a) “Desenvolvimento Territoria e Políticas Públicas” - análise dos efeitos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF Crédito Rural (Custeio e Investimento), do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e da aposentadoria rural sobre os produtores rurais, sobretudo os situados em municípios de pequeno porte. b) “O associativismo rural como estratégia de reprodução econômica e social na região do Pontal do Paranapanema” - Compreender o associativismo na região do Pontal do Paranapanema, a partir das diferentes estratégias de reprodução econômica e social dos pequenos produtores rurais convencionais (“com-terra”) e produtores rurais assentados pela reforma agrária (“sem-terra”). 6) O Grupo de Pesquisa GAIA (Interações na superficie terrestre, água e atmosfera) foi criado em 2002, contando com a participação dos seguintes professores: Prof. Dr. João Lima Sant’Anna Neto, Prof. Dr. João Osvaldo Rodrigues Nunes, Prof. Dr. José Tadeu Garcia Tommazelli, Profa. Dra. Margarete C.C. T. Amorim e Prof. Dr. Paulo César Rocha, além de alunos da graduação e pós-graduação. Atualmente desenvolve projetos de pesquisa em três grandes áreas do conhecimento: Climatologia, Geomorfologia e Hidrologia, aplicadas às paisagens e aos ambientes urbanos e rurais. Seu envolvimento está relacionado aos seguintes temas: a) análise de dados pluviométricos e fluviométricos (consistência do banco de dados do DAEE); b) acompanhamento de sistemas automáticos de aquisição dados climáticos; c) mapeamentos geomorfológicos de áreas urbanas e rurais; d) identificação de feições erosivas (ravinas e voçorocas) associado aos tipos de solos. 7) O GEPEP, único grupo que não se vincula diretamente ao Programa de pós- graduação em Geografia, tem realizado pesquisas qualitativas e quantitativas nos assentamentos do Pontal, com vistas ao estudo dos processos de integração local/microrregional, bem como das políticas públicas municipais voltadas para essa população, notadamente na área de educação. Sua contribuição pode ser entendida como: a) metodológica – o GEPEP tem desenvolvido metodologias participativas em seus projetos, visando a construção de uma relação mais dialógica entre pesquisadores e população alvo das políticas públicas. b) dados qualitativos (fornecimento e produção) acerca da sociabilidade, organização política e participação da população assentada no desenvolvimento dos projetos de assentamentos e implantação das políticas públicas. VI. AS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO I. Articulação entre pesquisa e extensão: Os diferentes Grupos de Pesquisa listados neste projeto têm larga experiência em pesquisa e extensão. O diferencial estratégico gerado por esse projeto é a possibilidade concreta de constituição de um fórum de grupos de pesquisa, uma novidade no âmbito da FCT/Unesp. A constituição do Comitê Científico e de Extensão proverá esse espaço de diálogo e articulação entre os pesquisadores no interior da Universidade. Nele serão discutidos projetos complementares de pesquisa e extensão para atendimento à demandas do Colegiado Territorial. Sua composição contará com um representante de cada Grupo de Pesquisa da FCT, mais representantes de grupos de pesquisa das instituições parceiras (FATEC, APTA). Os coordenadores do Projeto (coordenador mais professor colaborador) e o responsável pela Célula de Acompanhamento e Informação (CAI) também farão parte deste Comitê. Completa o Comitê um representante do Colegiado Territorial, que junto com o responsável pela CAI, será interlocutor da Universidade e da comunidade alvo das políticas do MDA/SDT. II. Estratégia operacional e arcabouço institucional de articulação entre as partes II.1. Instalação da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI) Como estratégia inicial, deflagraremos o processo de discussão para definir o espaço físico e infra-estrutura técnica para funcionamento da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI). Esta discussão terá como elemento norteador a escolha de um local que proporcione, tanto para a equipe gestora do projeto quanto ao coordenador de célula, o conforto necessário para o bom desenvolvimento dos trabalhos de monitoramente, avaliação e acompanhamento do Colegiado Territorial. A instalação do (CAI) representará o marco zero para início do desenvolvimento dos trabalhos. II.2. Instituição do Comitê de Avaliação e Acompanhamento (CAA) Paralelo à instalação da (CAI), constituiremos o Comitê de Acompanhamento e Avaliação (CAA), para o qual apresentaremos e discutiremos o conjunto dos objetivos propostos no presente edital, bem como os planos de trabalho e regulamento interno da Célula de Acompanhamento. II.3. Montagem do Comitê Científico e de Extensão (CCE) A montagem do Comitê Científico e de Extensão dará suporte à Célula de Acompanhamento e Informação na condução dos trabalhos de pesquisa e extensão. Constituída por líderes dos Grupos de Pesquisa da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente, este fórum, dado seu reconhecimento acadêmico – conferido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES) - pode constituir-se numa instituição de projeção internacional em assuntos relacionados ao Desenvolvimento Territorial (matéria deste Edital), condição esta que promoverá o enriquecimento do conjunto das ações desenvolvidas pela CAI. II.4. Construção e Discussão do Plano de Trabalho do Coordenador de Célula Concomitante às estratégias anteriormente apresentadas e juntamente com o Colegiado Territorial, o CAA e o CCE, discutiremos o plano de trabalho específico do Coordenador de Célula. A idéia é estabelecer uma rotina preliminar de desenvolvimento das atividades previstas no plano de trabalho do projeto. Esta rotina será colocada em debate e reajustada de forma a possibilitar a instalação de processos dialógicos e de trocas de experiências entre todos os envolvidos no arranjo institucional para desenvolvimento dos trabalhos do CAI, conforme pode ser visualizados no organograma abaixo (Figura 2). Figura 2: Organograma – arranjo institucional preliminar da Célula e Comitê de Acompanhamento com Colegiado Territorial, Universidade, Instituições Parceiras e SDT/SGE II.5. Realização de oficina para apresentação e discussão do plano de trabalho da CAI com Colegiado Territorial (CT) e escolha do membro do Colegiado Territorial (CT) que irá compor o Comitê de Avaliação e Acompanhamento (CAA) Nesta oficina, os três membros que compõem a CAI (coordenador do projeto, professor colaborador e coordenador de célula) farão a apresentação e debaterão, em reunião plenária com Colegiado Territorial (CT), o plano de trabalho do presente projeto. Ainda nesta reunião, deverá ser escolhido um membro do CT que irá compor o CAA (ver Figura 2). Em linhas gerais, esta oficina terá como proposta orientar os membros da plenária do Colegiado Territorial sobre a dinâmica dos trabalhos, visando a otimização do conjunto dos recursos humanos envolvidos neste processo. II.6. Apresentação de agenda de trabalho construída em consenso com plenária do Colegiado Territorial (CT) Considerando que a Matriz de ações o Colegiado Territorial (CT) é composta tanto pelas atividades previstas no plano de trabalho deste edital quanto do plano a ser construído pela plenária do CT, faz-se necessária a realização de reunião(ões) para consensuar metas, estratégias e dinâmicas de trabalho. O conjunto das ações previstas nesta agenda de trabalho constará no Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS) que oportunamente será encaminhado à Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Vale salientar que o plano em questão é um documento mais amplo que as propostas contempladas no âmbito deste edital, haja vista, que no PTDRS também serão incorporas na matriz de ações a agenda de trabalho do colegiado territorial. II.7. Apresentação dos membros do (CCE) e das instituições parceiras em reunião plenária do Colegiado Territorial (CT) Com intuito de aproximar o CT dos Membros do Comitê Científico e de Extensão (CCE) e, consequentemente, da Universidade, depois de resolvidas algumas questões preliminares de âmbito operacional, apresentaremos o CCE à plenária do Colegiado. Nesta ocasião, os membros do CEE apresentarão seus Grupos de Pesquisa e debaterão com membros do CT, do ponto de vista da Universidade, possibilidades de encaminhamento para otimização das ações do CT direcionadas ao desenvolvimento do território do Pontal. Este tipo de ação, desde que avaliada positivamente, poderá repetir-se ao longo do desenvolvimento do projeto. II.8. Levantamento preliminar de dados para alimentar o Sistema de Gestão Estratégica (SGE) Considerando-se que oSGE/SDT é um subsistema baseado em indicadores econômicos, sociais, ambientais, institucionais, culturais e políticos, que permitem a descrição das diferentes dimensões dos territórios, inicialmente, realizaremos o levantamento de dados secundários. Este levantamento será realizado com dados de pesquisas desenvolvidas tanto pelos Grupos de Pesquisas que compõe o CEE quanto de pesquisas disponíveis no acervo da FCT/UNESP e produzidas no âmbito do seu Programa de Pós-Graduação10 em Geografia. II.9. Avaliações e apresentações dos resultados obtidos Valendo-se da premissa que os trabalhos de assessoramento visando monitoramento, avaliação e acompanhamento estarão sendo prestados por professores/profissionais vinculados a uma instituição pública de ensino, realizaremos semestralmente avaliações e apresentação dos resultados obtidos no desenvolvido dos trabalhos. Esta iniciativa tem como objetivo estender à plenária do colegiado a mesma transparência e grau de publicidade e compromisso que a Universidade Pública tem como a sociedade no desenvolvimento de seus trabalhos de pesquisa, ensino e extensão. II.10. Pesquisa sobre o Índice de Condições de Vida (ICV) e Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS) A equipe gestora da CAI contará, no desenvolvimento das pesquisas de ICV e IDS, com suas equipes de pesquisas, constituídas por alunos de graduação, pós- graduação e pesquisadores da universidade/grupos de pesquisa e instituições parceiras. Conforme consta no orçamento do projeto, as pesquisas de campo do ICV e IDS serão realizadas mediante locação de automóveis para aplicação de questionários em áreas e plano amostral que serão definidos pela Secretária de Desenvolvimento Territorial (SDT). II.11. Atividades de formação de recursos humanos Do ponto de vista da formação de recursos humanos, a Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente (FATEC), vinculada ao Centro Paula Souza, em parceria com a FCT/UNESP - consensuados com a plenária do Colegiado Territorial e Comitê de Avaliação e Acompanhamento - poderão ministrar, ao longo dos 36 meses de desenvolvimento do projeto, 6 cursos de extensão gratuitos com duração de um semestre cada. A matriz curricular destes cursos será desenhada buscando promover a qualificação de recursos humanos em atendimento às demandas apontadas pela análise da matriz de variáveis armazenadas no SGE. Além que contribuir com a 10 O Programa de Pós Graduação em Geografia (PPG) da FCT/UNESP encontra-se subdividido em quatro linhas de pesquisa. São elas: espaço rural e movimentos sociais, desenvolvimento regional, dinâmica e gestão ambiental e produção do espaço urbano. qualificação da formação de recursos humanos a partir de demandas previamente identificadas, estes cursos também poderão contribuir com a construção de uma leitura do desenvolvimento, do ponto de vista dos membros do Colegiado Territorial, que se aproxime mais da leitura da SDT, facilitando a gestão das políticas públicas apoiadas pela secretária. II.12. Elaboração de relatórios parciais semestralmente Semestralmente elaboraremos um relatório parcial onde será informado o conjunto das atividades desenvolvidas ao longo do período. Este relatório será redigido em diálogo com membros do CCE e posteriormente apresentado à plenária do Colegiado Territorial. Constarão da estrutura deste relatório um texto síntese elaborado pelos membros da CAI e do CCE sobre condução dos trabalhos. Este texto apresentará quais foram os pontos positivos, negativos, ameaças e oportunidades, enfrentadas no período em questão, para realização do cumprimento do plano de trabalho. Este tipo de relatório visa contribuir com o aprimoramento da condução dos trabalhos, sistematizando, no intervalo de tempo de um semestre, todas as ações implementadas no período. Assim, cria-se a condição de superar, já na agenda de trabalho do semestre subsequente, falhas cometidas no semestre anterior. II.13. Atmosfera de trabalho Todas essas ações serão realizadas num ambiente pró-ativo, permeado por processos dialógicos, entre a CAI, o Colegiado Territorial e demais instituições parceiras que participam do arranjo institucional previsto para desenvolvimento dos trabalhos (Figura 2). Este processo permanente de diálogo terá como escopo principal contribuir com os processos de gestão e negociações que visem a articulação da melhoria do acesso às políticas públicas do governo federal, bem como de demais políticas promovidas por outras esferas de poder. A transparência pretendida na condução dos trabalhos previstos neste projeto também é um ponto alto, que merece destaque na construção da coesão do grupo como um todo. VII. INSTITUIÇÕES E PESQUISADORES ENVOLVIDOS Neste item, optamos por apresentar informações detalhadas apenas dos pesquisadores diretamente envolvidos no projeto (coordenador, professor colaborador, responsável pela CAI e os integrantes do Apoio Técnico). Apenas listaremos, ao final, o nome dos pesquisadores que estão ligados aos grupos de pesquisa da FCT/Unesp e que, de alguma forma (conforme o item “Envolvimento do proponente e instituição com projetos relacionados aos objetivos”), serão colaboradores deste projeto. INSTITUIÇÃO NOME EXPERIÊNCIA DEDICAÇÃO FCT/UNESP Prof. Dr. Luis Antonio Barone Professor Assistente-Doutor do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente da FCt/Unesp – Campus de Presidente Prudente. Possui doutorado na área de Sociologia, especializando-se nas linhas de pesquisa: assentamentos rurais, desenvolvimento rural, movimentos sociais no campo e políticas públicas. Pesquisador associado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Popular (GEPEP) e ao Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural (Nupedor) – ambos grupos cadastrados no CNPq. Desenvolve os projetos: “Poder Local e Assentamentos: expressões de conflito, acomodação e resistência”, “ASSENTAMENTOS RURAIS E DESENVOLVIMENTO: tensões, bloqueios e perspectivas - uma análise comparativa em duas regiões do Estado de São Paulo” (com apoio do CNPq) e “A Ergonomia da superexploração do Trabalho no Corte da Cana-de-açúcar” (apoio Fundunesp). Foi organizador do Simpósio “Reforma Agrária e Desenvolvimento: desafios e rumos da política de assentamentos rurais” (Uniara/MDA/Unesp, 2008). 10 horas semanais (coordenador do projeto) FCT/UNESP Prof. Dr. Everaldo Santos Melazzo Economista. Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é PROFESSOR ASSISTENTE da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho em Presidente Prudente, SP. Coordenador do Grupo de Pesquisa “Centro de informações e mapeamentos da exclusão social para políticas públicas”, cadastrado junto à UNESP e ao CNPq. Membro do Codeter do Pontal do Paranapanema representando a UNESP. 10 horas semanais (professor colaborador) FATEC DE PRESIDENTE PRUDENTE Prof. Ms. Anderson Antonio da Silva Função: coordenador de célula Possui graduação e mestrando em Geografia pela FCT/UNESP. Pesquisador do NERA – Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária deste 2001. Coordenador do DATALUTA – Banco de Dados da Luta pela Terra período 2001- 2005. Assessor da CPT NACIONAL – Comissão Pastoral da Terra período 2001–2005. Coordenador Regional da Pesquisa Nacional de Educação da Reforma Agrária. Coordenador dos Relatórios de Impactos Socioterritoriais – RIST’s de mais de 20 Assentamentos Rurais da Região do Pontal do Paranapanema. Autor do Livro Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas no Pontal do Paranapanema publicado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Pesquisador de campo (2008) do Projeto Juventude e Projetos de Vida: desafios e perspectivas para aagricultura familiar no contexto dos assentamentos rurais de São Paulo (Projeto de). Atualmente é Professor e Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio da Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente – FATEC. 30 horas semanais (coordenador da Célula de Acompanhamento e Informação – CAI) FCT/UNESP Edvânia Aparecida da Silva Função: bosista ATP Licenciada em Pedagogia pela FCT/Unesp no ano de 2009, desenvolve projeto tematizando a questão de gênero nos assentamentos rurais do Pontal do Paranapanema (IC/CNPq). Atualmente cursa habilitação na FCT/Unesp. Tem experiência em pesquisa de campo nos assentamentos rurais do Pontal do Paranapanema e conta com trabalhos acadêmicos apresentados em eventos específicos sobre a questão da reforma agrária. 12 horas semanais (ATP) FATEC DE PRESIDENTE PRUDENTE Elizabeth Teronze Função: bolsista ATP Graduada no Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio pela FATEC de Presidente Prudente. Possui cursos de especialização pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR na área de Turismo Rural e Agroecologia. Foi secretária geral do I Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio realizado entre 19 a 21 de outubro em Presidente Prudente. Defendeu seu Trabalho de Graduação na área de Fruticultura. 12 horas semanais (ATP) Pesquisadores da FCT/Unesp ligados aos grupos de pesquisa participantes deste projeto (aqui são listados apenas os docentes pesquisadores da FCT/Unesp): Antonio Cezar Leal Antonio Thomaz Júnior Iracimara de Anchieta Messias Bernardo Mançano Fernandes Clifford Andrew Welch Arthur Magon Whitacker Eda Maria Goes Eliseu Savério Sposito Everaldo Santos Melazzo Maria Encarnação Beltrão Sposito Antonio Nivaldo Hespanhol Rosangela Ap. Medeiros Hespanhol João Lima Sant'Anna Neto Margarete C. C. T. Amorim João Osvaldo Rodrigues Nunes José Tadeu Garcia Tommaselli Paulo César Rocha Ana Lúcia de Jesus Almeida Aparecida Donisete Pires de Souza Renata Coimbra Libório Eliane Ferrari Chagas Encarnita Salas martin Jayro Gonçalves melo Raul Borges Guimarães Renilton José Pisol Sérgio Braz Magaldi Regina Helena Penati Cardoso Ferreira Maria Peregrina de Fátima Rotta Furlanetti Renata Ribeiro de Araújo VIII. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA, RECURSOS FINANCEIROS E COMPETÊNCIAS EXISTENTES NAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES DO PROJETO, INCLUINDO O ENVOLVIMENTO DA EQUIPE TÉCNICA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES NO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DO PROJETO A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) conta, atualmente, com doze Cursos de Graduação sendo eles: Arquitetura e Urbanismo, Ciências da Computação, Educação Física, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, Estatística, Física, Fisioterapia, Geografia, Matemática, Pedagogia e Química, somando mais de 2.500 alunos regulares, especiais e ouvintes. A FCT tem 08 Departamentos de Ensino com mais de 190 docentes e 220 servidores técnico-administrativos. Destaque deve ser dado ao amplo processo de titulação do corpo docente, que hoje atinge mais de 2/3 do conjunto dos professores, o que garante o funcionamento de cinco programas de pós-graduação que sistematicamente vem obtendo excelentes notas junto à CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior). A produção acadêmica, o permanente acesso a recursos junto a agências de financiamento, a busca de financiamentos externos, as parcerias (particularmente com órgãos e instituições públicas) nacionais e internacionais tem garantido a existência de instalações adequadas e compatíveis com o desenvolvimento das atividades de ensino, extensão e pesquisa. Em relação às atividades de pesquisa, faz-se necessário apontar que desde 2008 a unidade conta com uma “Central de Grupos de Pesquisa”, onde os grupos de pesquisa (principalmente aqueles que fazem parte diretamente da presente proposta) tem salas adequadas e equipadas para o desenvolvimento de suas atividades, bem como salas de aula, laboratório de informática e sala de reuniões, além de outras dependências necessárias, como depósitos, banheiros etc. Garante-se, assim, a infra- estrutura-física necessária ao funcionamento do presente projeto. Em relação aos equipamentos, todos os grupos de pesquisa possuem, hoje, equipamentos de informática atualizados, bem como licenças de softwares de trabalho. O parque tecnológico disponível garante, também, o apoio necessário ás atividades. Por fim, o envolvimento de diferentes grupos de pesquisa neste projeto (envolvimento este que permitirá efetivamente a sinergia necessária para o trabalho interdisciplinar) permite afirmar que as competências já desenvolvidas e acumuladas por pesquisas já realizadas, trabalhos acadêmicos produzidos (teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso de graduação, relatórios de pesquisas, bem como todas as publicações daí decorrentes) serão plenamente utilizadas para o sucesso do projeto. Não seria o caso, aqui, de uma listagem extensiva e detalhada de publicações, demais trabalhos acadêmicos e pesquisas realizadas ou em andamento. Porém, apenas reafirmamos que os diferentes grupos de pesquisa, todos cadastrados e reconhecidos pelo CNPq, possuem experiências diversas no levantamento, processamento e análise de dados, bem como na produção e divulgação de conhecimento, particularmente no nível regional, o que pode ser verificado por exemplo, pela referência ao DataLuta (do NERA), Conjuntura Prudente (do Gasperr) e pelo Atlas da inclusão/exclusão social do interior paulista (do Cemespp). IX. PLANO DE TRABALHO DETALHADO (OBJETIVOS, ATIVIDADES PRINCIPAIS, METODOLOGIA E CRONOGRAMA) (Os períodos são apresentados em intervalos trimestrais) OBJETIVOS ATIVIDADES PRINCIPAIS METODOLOGIA PERÍODO 1. Instituição do Comitê de Avaliação e Acompanhamento (CAA) Encaminhamento das atividades, diálogo com colegiado e SGE/SDT, emissão de pareceres, levantamento de propostas e construção – junto ao colegiado – de consensos em termos de demandas. A partir do diálogo entre as partes (SDT, Colegiado Territorial e instituições), indicação de um membro do colegiado para compor, junto com o coordenador do Projeto e um membro da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), o Comitê de Avaliação e Acompanhamento. Este núcleo deverá montar regimento próprio, tendo como parâmetros reunir-se regularmente sempre antes e depois da reunião da plenária do colegiado; e extraordinariamente sempre que solicitado. 1º. Trimestre de vigência do Projeto 2. Montagem do Comitê Científico Apoiar a operação da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI) e discussão das pesquisas a serem efetivadas Articulação com os grupos de pesquisa das instituições de pesquisa e de ensino superior públicas (Unesp, FATEC e APTA), indicação e reuniões regulares para debates e orientações. 1º. Trimestre do Projeto 3. Organização e instalação da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI) Definir espaço físico e infraestrutura técnica para o funcionamento da Célula (CAI), cujas atividades principais serão: coletar e sistematizar as informações necessárias para a gestão estratégica e social dos Territórios, encaminhamento de pesquisas de campo, garantir o fluxo de informações e articular atividades de formação e discussão acerca dos dados coletados. A Célula (CAI) terá responsável direto, indicado pelo Projeto, que será articulador entre o Colegiado dos Territórios e as instituições acadêmicas e o Sistema de Gestão Estratégica-SDT/MDA. Este responsável deverá estar sob orientação dos coordenadores e terá apoio técnico de bolsistas, para realizar os levantamentos previstos no Edital e outras demandas do Colegiado. A definição de um plano detalhado de ação para a Célula deverá serproduto coletivo CAI/Comitês e Colegiado. 1º. Trimestre do Projeto Será promovida uma capacitação junto à equipe do Projeto (prevista em 4 dias nesta primeira etapa e dois dias nos anos subseqüentes – vide objetivo 8). 4.Levantamento preliminar de dados para alimentar o SGE Coletar e registrar nas bases do sistema, sobretudo, dados relacionados com os seus primeiros cinco componentes (territórios, atores, planos, projetos e colegiados): i) informação básica, caracterização e tipologias dos territórios; ii) redes de colaboradores e parceiros existentes e número e tipo de organizações existentes no território; iii) desempenho dos colegiados, agenda dos colegiados e seus integrantes; iv) Plano de Desenvolvimento Territorial registrando o número e tipo de atores que participaram na sua elaboração, o processo metodológico, os projetos definidos e a síntese do plano que alimenta o caderno territorial; v) acompanhamento e avaliação de projetos desde a elaboração da proposta até sua sistematização. A CAI fará o levantamento desses dados mediante entrevistas, questionários e análise documental das atas e projetos em execução no território. A metodologia para essa coleta deverá seguir orientação da SGE/SDT e do Comitê Científico. 1º. e 2º. Trimestres do Projeto 5. Avaliações Elaboração de dois relatórios anuais, observando-se o desenvolvimento das ações do território, para avaliação e orientação futura. Envio ao SGE/SDT. Os relatórios serão organizados pela CAI, em parceria com o Comitê de Avaliação e com orientação do Comitê Científico. Serão trabalhados dados das informações sistematizadas no período e feitas, para cada relatório, uma visita a campo (equipe da CAI e do CAA). 2º., 4º., 6º., 8º., 10º. e 12º. Trimestres (periodicidade semestral). 6. Pesquisa sobre o Índice de Condições de Vida (ICV) Realização de pesquisa de campo, coleta de dados e sistematização junto ao SGE. Elaboração de relatório de dados, sob orientação do SGE, do CAA e Comitê A pesquisa será amostral, junto à população-alvo dos projetos apoiados pela SDT (assentados do Pontal do Paranapanema), através de questionário 3º. Trimestre do Projeto, 7º. Trimestre do Projeto e Científico. orientado pela SGE/SDT. Esta pesquisa será realizada pela CAI, em parceria com Universidade e entidades, durante os três anos de vigência do Projeto. 10º. Trimestre do Projeto (periodicidade anual) 7. Avaliação das atividades desenvolvidas no Projeto Elaboração de relatório e parecer de avaliação da execução do Projeto, discussão e envio ao SGE/SDT. O CAA deverá reunir informações junto à CAI e Colegiado e, coletivamente, discutir o andamento da execução do projeto, bem como propor aprimoramentos. 4º. Trimestre, 8º. Trimestre e 12º. Trimestre do Projeto (periodicidade anual) 8. Atividades de formação Propor e executar projetos de extensão (cursos, palestras etc.) junto ao Colegiado e demais agentes, com vistas ao aprimoramento da gestão e da qualificação das demandas e projetos. Realizar atividades de capacitação da equipe gestora do Projeto. As atividades de capacitação da equipe gestora do projeto deverá ser propiciada a partir de orientação da SDT, previstas para serem anuais. As atividades consignadas como de extensão (cursos e palestras), serão organizadas pelo CAA e pelas entidades parceiras, com suporte da Universidade. Capacitação da equipe = 1 X ano; Demais atividades de formação = em função da demanda. 9. Pesquisa sobre Índice de Desenvolvimento Sustentável Realização de pesquisa de campo, coleta de dados e sistematização junto ao SGE. Elaboração de relatório de dados, sob orientação do SGE, do CAA e Comitê Científico. A pesquisa consta da composição de indicadores primários e secundários (questionários e entrevistas de campo + sistematização de informações já disponíveis) segundo tipologias territoriais a serem discutidas no CAA e no Comitê Científico e sob orientação do SGE/SDT 4º. Trimestre e 9º. Trimestre (estão previstos dois levantamentos durante a vigência do Projeto) – pesquisa bienal. 10. Assessoria ao Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável Gerar subsídios, estimular a discussão no Colegiado Territorial e demais entidades, colaborar na formatação do Plano Através do conjunto de informações coletadas e sistematizadas pela CAI e disponíveis no SGE/SDT, elaborar textos e reflexões. Apoiar e colaborar no debate acerca de demandas e projetos junto ao Colegiado Territorial. Colaborar na elaboração e redação do PTDRS Esta atividade estará sendo desenvolvida ao longo de todo o período de vigência do projeto: 1º. ao 12º. Trimestre. X. DESCRIÇÃO SUCINTA DAS TAREFAS ESPECÍFICAS DOS MEMBROS DA EQUIPE E PLANO DE TRABALHO RESUMIDO DOS BOLSISTAS DA APOIO TÉCNICO À PESQUISA. EQUIPE FUNÇÃO TAREFAS ESPECÍFICAS Luís Antonio Barone coordenador compor o Comitê Científico e de Extensão/CCE (a coordenação do mesmo será objeto de deliberação desse coletivo); compor o Comitê de Acompanhamento e Avaliação (CAA); supervisionar a Célula de Acompanhamento e Informação (CAI), responsabilizando-se, em última instância, pela sua manutenção; indicar e avaliar o desempenho do coordenador da Célula (CAI) e demais bolsistas; participar das atividades de formação patrocinadas pela SDT/SGE; assessorar o Colegiado Territorial (CT), atendendo seus convites e elaborando relatórios, sínteses e análises; responder à SDT/SGE sobre esclarecimentos; orientar e supervisionar os trabalhos de campo; coordenar a elaboração dos relatórios à SDT/SGE; acompanhar as visitas de avaliação ao território. Everaldo Santos Melazzo Professor colaborador compor o Comitê Científico e de Extensão/CCE, auxiliando a articulação entre a Universidade e o Colegiado Territorial (CT); exercer a suplência do coordenador no CAA; acompanhar os trabalhos da CAI; colaborar na elaboração dos relatórios demandados; participar das plenárias do CT sempre que convidado; participar da atividades de formação promovidas pela SDT/SGE; exercer a suplência do coordenador em quaisquer situações, sempre que demandado. Anderson Antonio da Silva Coordenador da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI) profissional responsável pela instalação e manutenção da CAI, alimentando o banco de dados do SGE; responderá diretamente ao coordenador e professor colaborador e à SDT/SGE; exercer papel mediador entre SDT/SGE e o Colegiado (CT); participar das reuniões do CT; coordenar o processo de levantamento e sistematização dos dados de todas as pesquisas realizadas pela CAI; elaborar, sob supervisão, os relatórios demandados; estimular a participação e a qualificação do CT; exercer papel articulador entre o CT, a CAI e as entidades parceiras, estimulando e colaborando em projetos afins; participar das atividades de formação promovidas pela SDT/SGE; acompanhar a execução dos projetos que constam da agenda de trabalho do CT; apoiar logisticamente a equipe do projeto nas atividades de monitoramento e avaliação; colaborar no debate e elaboração do PTDRS; Elizabeth Teronze Apoio Técnico de Pesquisa colaborar na implantação e manutenção da CAI; acompanhar as reuniões do CCE e do CT, apoiando o coordenador da CAI em sua atribuição de estimulador e mediador; acompanhar as atividades de campo das pesquisas sob responsabilidade da CAI; desenvolver plano de trabalho de pesquisa e extensão detalhado, a ser elaborado sob orientação do coordenador do projeto, do colaborador e supervisionado pelo coordenador da CAI. Edvânia Aparecida da Silva Apoio Técnico de Pesquisa colaborar na implantação da CAI; acompanhar as reuniões do CCE e do CT, apoiando as ações do projeto; acompanhar as atividades de campo das pesquisas sob responsabilidade da CAI; desenvolver plano de trabalho de pesquisa e extensão detalhado, a ser elaborado sob orientaçãodo coordenador do projeto e do colaborador, especialmente na organização de atividades de formação e informação. Plano de Trabalho resumido dos bolsistas de apoio técnico à pesquisa (ATP)11 1. Elizabeth Teronze (ATP): a. esta bolsista será o apoiador direto do coordenador da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI), auxiliando-o na instalação e manutenção da mesma. b. seu trabalho será responsabilizar-se, juntamente e sob supervisão do coordenador da CAI, da manutenção e alimentação do sistema de informação que tem a CAI como base. c. Realizar, sob supervisão do coordenador da CAI e orientação do coordenador do projeto e professor colaborador, coleta de dados secundários que subsidiarão a elaboração de relatórios e comporão indicadores da pesquisa; d. Ser membro efetivo da equipe de coleta de dados (trabalhos de campo) nas pesquisas programadas pelo projeto. e. Acompanhar as atividades do Colegiado Territorial e dos Grupos de Pesquisa, auxiliando a realização de pesquisas correlatas aos objetivos deste projeto de da CAI. Obs.: A montagem de um cronograma de atividades (de 36 meses) se dará em função das deliberações relativas à CAI, consensuadas com o Comitê Científica e de Extensão e o Colegiado Territorial. 2. Edvânia Aparecida da Silva (ATP): a. esta bolsista terá como atividade diferencial a atuação no âmbito da extensão universitária, auxiliando na promoção do diálogo e da troca de conhecimentos entre a universidade e a comunidade (expressa sobretudo no CT e nos assentamentos do Território). Dessa forma, sua função será auxiliar na elaboração de ações extensionistas (cursos, dias de campo, palestras, material de divulgação) a serem realizadas no bojo do projeto. b. Realizar, sob supervisão do coordenador da CAI e orientação do coordenador do projeto e professor colaborador, coleta de dados secundários que subsidiarão a elaboração de relatórios e comporão indicadores da pesquisa; c. Ser membro efetivo da equipe de coleta de dados (trabalhos de campo) nas pesquisas programadas pelo projeto. 11 Anexamos apenas os planos de trabalho resumidos dos ATPs visto que os planos de atividades detalhados do coordenador do projeto, professor colaborador e coordenador da Célula (CAI) deverão ser elaborador em consenso com o Colegiado Territorial, o Comitê Científico e de Extensão e a SDT//SGE. d. Acompanhar as atividades do Colegiado Territorial e dos Grupos de Pesquisa, auxiliando a realização de pesquisas correlatas aos objetivos deste projeto de da CAI. Obs.: A montagem de um cronograma de atividades (de 36 meses) se dará em função das deliberações relativas à CAI, consensuadas com o Comitê Científica e de Extensão e o Colegiado Territorial. XI. RESULTADOS, AVANÇOS, APLICAÇÕES ESPERADAS E INDICADORES DE PROGRESSO, COM SUAS ESPECIFICAÇÕES A constituição da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI), bem como da arquitetura institucional, conforme apontada no organograma da Figura 2, sem dúvida resultará em avanços nas relações universidade-sociedade. As possíveis aplicações, resultado concretos e indicadores de progresso podem ser evidenciados da seguinte forma: 1) Para a universidade: A expectativa de resultados de um projeto que está estreitamente vinculado aos prognósticos e formulações, metodologias fornecidos previamente é um desafio particular. Os resultados, porém, assim como os avanços, com base na evolução da tomada e coleta de informações, podem, em alguma medida, possibilitar compreensões analíticas que ultrapassem os prognósticos demandados pela política pública. É exatamente essa possibilidade que dotará a equipe de condições para formular a análise qualitativa das informações a serem coletadas, explorando exaustivamente esse banco de dados a ser constituído. Isto é, enquanto o cumprimento do plano de trabalho requererá dedicação e atenção direcionada pela metodologia pré-definida, a “leitura” dessas informações possibilitará à equipe avançar entendimentos por meio dos resultados obtidos. Assim, as aplicações, por essa via, permitirão não somente a ampliação dos conhecimentos e a socialização dos mesmos com os trabalhadores e a comunidade interessada, como também a viabilização de projetos de pesquisa que poderão verticalizar ainda mais os conhecimentos já disponíveis. Seja em nível de graduação - Iniciação Científica - ou de Pós-Graduação (mestrado, doutorado etc.), as possibilidades são infindas e, por isso, a aposta nesse projeto. Se esses resultados revelarão indicadores de progresso é cedo para afirmar. No entanto, os exercícios de pesquisa associados ao ineditismo da reunião de todos os Grupos de Pesquisa vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Geografia, dessa Faculdade, em torno de um único projeto, é o sinal que faltava para firmar novos tempos e relações de aprendizado e de convivência. 2) No âmbito do Colegiado Territorial e da SGE/SDT: Os resultados concretos das iniciativas da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI) estão assim listados no Edital MDA/CNPq – 005/2009: a) Observar e acompanhar os processos territoriais e coletar dados e informações para registro, controle e avaliação. b) Fornecer aos Colegiados Territoriais informações elaboradas como subsídio à qualificação do processo de gestão social do desenvolvimento. c) Disponibilizar para as Universidades dados e informações que possam constituir insumos relevantes às atividades de pesquisa, ensino e extensão. d) Manter fluxos de comunicação entre os componentes do sistema para que os dados constituam informações fundamentais para o planejamento estratégico e para a gestão, orientando o aperfeiçoamento dos processos e favorecendo a geração e sistematização de conhecimentos, bem como a aprendizagem sobre as realidades, dinâmicas e especificidades do desenvolvimento rural e regional, segundo a abordagem territorial. e) Disponibilizar e/ou conseguir gestionar recursos que possam apoiar os avanços nos sistemas de planejamento, avaliação e gestão, bem como na diversificação e na inovação. f) Apoiar as iniciativas das Universidades que ampliem e diversifiquem o escopo da parceria estabelecida. Além desse conjunto de ações esperadas, acrescentamos, a partir da realidade local e da demanda explicitada no Colegiado: g) Colaborar ativamente na confecção do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS). Indicadores de progresso: A própria constituição do arranjo institucional previsto neste projeto (e descrito na figura 2) já é um indicador de progresso no objetivo maior de envolver a universidade pública na consecução das políticas gestionadas pelo MDA/SDT. No entanto, listamos indicadores concretos de avanços, que poderão ser mensuráveis ao longo do tempo de vigência do projeto. 1) produção de relatórios circunstanciados e sintéticos dos dados levantados pela Célula de Acompanhamento e Avaliação (CAI), a serem distribuídos no interior do Colegiado Territorial (CT) e para instituições do poder público, contendo sínteses e análises da conjuntura sócio-econômica do Território, bem como do desenvolvimento das políticas específicas. 2) Acompanhamento da evolução dos indicadores ICV e IDS para o Território, produzindo análises acerca dos avanços e obstáculos na melhoria das condições de vida e do desenvolvimento do Território do Pontal. 3) Em conseqüência dos produtos acima indicados, elaboração de estudos sobre ações de superação dos empecilhos (projetos auxiliares aos programas), a serem discutidos no CT e encaminhados para a SDT/MDA. A inovação em termos de qualificação das demandas do Território junto ao MDA será um importante indicador de evolução da formação de lideranças territoriais com autonomia para elaborar e encaminhar projetos detalhados.
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