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Celula-MDA-projeto-CNPq[1]

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CÉLULA DE ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÃO DO 
PONTAL DO PARANAPANEMA: PESQUISA E EXTENSÃO 
PARA O DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO RURAL 
 
Projeto apresentado em atendimento ao Edital MDA/CNPq 
005/2009 
 
 
Proponente: 
Faculdade de Ciências e Tecnologia 
Universidade Estadual Paulista – Unesp 
Campus de Presidente Prudente/SP 
 
 
 
 
 
coordenador: Prof. Dr. Luís Antonio Barone 
 (Depto. Planejamento, Urbanismo e Ambiente – FCT/Unesp) 
 
 
 
 
 
 
 
Fevereiro/2010 
 
O Projeto de pesquisa e extensão universitária: “CÉLULA DE 
ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÃO DO PONTAL DO PARANAPANEMA: 
PESQUISA E EXTENSÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO 
RURAL” tem, como entidade proponente e executora direta, o conjunto de Grupos 
de Pesquisa (cadastrados junto ao CNPq) da FCT/Unesp – Campus de Presidente 
Prudente abaixo listado: 
NERA (Núcleo de Estudos da Reforma Agrária); 
CEGET (Centro de Estudos de Geografia do Trabalho); 
GASPERR (Grupo Produção do Espaço e Redefinições Regionais); 
GAIA (Grupo de Pesquisa Interações na Superfície Terrestre, Água e 
Atmosfera); 
GEDRA (Grupo de Estudos de Desenvolvimento Rural e Agricultura); 
CEMESPP (Centro de Estudos e Mapeamentos da Exclusão Social para 
Políticas Públicas); 
GEPEP (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Popular). 
 
Este Projeto conta, ainda, com o apoio da Faculdade de Tecnologia (FATEC)/ 
Presidente Prudente – Fundação Paula Souza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. APRESENTAÇÃO 
 
 A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), unidade da Universidade 
Estadual Paulista/Unesp instalada em Presidente Prudente – município sede da 10ª. 
Região Administrativa do Estado e principal cidade do Pontal do Paranapanema – e 
reconhecida por sua excelência acadêmica apresenta, neste documento, sua proposta 
de projeto para atender ao edital MDA/SDT/CNPq No. 05/2009. 
 Este projeto representa mais um passo na trajetória de integração e diálogo 
entre a Unesp e a sociedade, objetivando a promoção e qualificação de políticas 
públicas socialmente inclusivas. Ressalta-se, no entanto, o ineditismo da cooperação 
buscada entre vários grupos de pesquisa sediados na FCT a fim de viabilizar, com 
qualidade e intensidade, as metas previstas para a implementação de ações de gestão 
e acompanhamento do Território Rural do Pontal do Paranapanema. 
A realidade regional do Pontal do Paranapanema - extremo oeste paulista 
(FIGURA 1)1 - apresenta, sem dúvida, grandes desafios para um desenvolvimento 
sustentável e substantivo. Com uma ocupação que data do final do século XIX, o 
Pontal do Paranapanema revela, em seu histórico fundiário, o mais conhecido caso de 
grilagem de terras do país (Leite, 1999). Apesar da flagrante irregularidade que cercou 
a ocupação daquele território, seu desenvolvimento econômico sempre esteve 
diretamente ligado aos empreendimentos agropecuários ali instalados. Primeiro, o 
café, depois o algodão e – a partir dos anos 1970 – com a exploração da pecuária 
extensiva de corte, culminando, mais recentemente com a introdução e generalização 
da cultura canavieira. 
Ressalvando pequenas intervenções oficiais – sobretudo através de 
reassentamentos de população atingida pelo impacto de barragens – somente a partir 
dos anos 1990 é que essa região irá ser palco da mais abrangente iniciativa de 
assentamento rural do Estado, caracterizando-se, a partir de então, pelos conflitos 
fundiários e pela forte intervenção do governo estadual na promoção de 
assentamentos de trabalhadores rurais (Fernandes, 1996). Mais de cem projetos de 
assentamentos e milhares de famílias assentadas: esta é a população-alvo das 
política da SDT/MDA no Pontal, ao lado de milhares de produtores familiares 
tradicionais, cuja regularização fundiária só aconteceu na década passada2. 
 
1 Na figura 1 constam as Regiões Administrativas do Estado de São Paulo que se localizam na porção 
Oeste (9ª. e 10ª. R.A.s), com destaque para a região tradicionalmente conhecida como Pontal do 
Paranapanema – aqui recortada com alguns municípios a mais do que os inseridos no Programa dos 
Territórios Rurais. 
2 Atualmente, tramita projeto de regularização fundiária promovido pelo governo do Estado. Este, porém, 
busca atender outro extrato de área, para além da agricultura familiar, gerando mais polêmica e conflitos. 
Região com forte presença do capital pecuário de corte, a chamada “terra do 
Nelore mocho” convive com uma situação de indefinição em sua estrutura fundiária 
(novas ações discriminatórias estão em andamento na Justiça, o que aponta para 
novas intervenções do Estado e novos assentamentos) e com uma dificuldade de 
décadas em superar a estagnação econômica. A presença do MST e de outros 
movimentos de trabalhadores rurais, pressionando pela cessão de terras para 
assentamentos, só torna mais instável essa situação. 
Figura 1. Localização da Área de Estudo
M A
 T 
O 
 G 
R O
 S 
S O
 D
 O 
 S
 U 
L
P A R A N Á51° 50° 49° 48°
ESCALA
Km10050
Fonte: IGC-2003; Leal, 2003
Org. : 
Ed. Gráfica: Maria S. Akinaga Botti
Thomaz Jr., 2002
52°
0
23°
PONTAL DO PARANAPANEMA
PRESIDENTE
 PRUDENTE
-53° -45°
-20°
-25°
N9ª R.A.
ARAÇATUBA
ESCALA
 0 100 200 Km
 OESTE PAULISTA
(REGIÕES ADMINISTRATIVAS) 
10ª R.A.
PRESIDENTE
 PRUDENTE
Fonte: Thomaz Jr., 2007. 
 
Neste sentido, projetos de desenvolvimento regional que ignorem a massiva 
presença de produtores assentados – tônica das iniciativas levadas a cabo pelo 
governo estadual nos últimos anos – estão fadados claramente ao fracasso, além de 
revelarem características extremamente conservadoras, ao menos com relação às 
conhecidas iniqüidades sociais que marcam a estrutura social e econômica do país. 
Com uma importância demográfica e social inegável, as milhares de famílias 
assentadas estavam à margem dessas alternativas de “desenvolvimento”. 
Ao longo desses anos, os trabalhadores rurais beneficiários dos Projetos de 
Assentamentos, acabam por construir sua inserção econômica no entorno de forma 
significativa3 para as economias locais, mas muitas vezes deficitária para os 
assentados, sobretudo a partir do incremento da exploração da pecuária leiteira. Dada 
a importância da população assentada para os municípios mais atingidos pela ação 
reformista do Estado, o destino dos Projetos de Assentamentos representa um dilema 
e um desafio para as políticas públicas. 
Os assentamentos, experiências inovadoras na gestão econômica e social do 
território, sem dúvida, expressam tensões que são reveladoras das contradições e 
possibilidades da chamada agricultura familiar frente ao poder do grande capital 
agropecuário e agroindustrial, no âmbito do desenvolvimento social no campo paulista 
(Ferrante, Barone e Bergamasco, 2008). Para os projetos de assentamentos 
implantados no Pontal do Paranapanema, a ação do MDA, através da Secretaria de 
Desenvolvimento Territorial e do Programa Territórios Rurais, possibilitou, mais do que 
o reconhecimento dessa população como prioritária para uma política de 
desenvolvimento regional, espaços de participação e negociação institucionalizados, 
garantindo aos assentados e produtores familiares tradicionais condições de se 
legitimarem através do diálogo com os Poderes Públicos - numa relação diferente do 
tradicional e subserviente clientelismo - e aprimorarem suas demandas, qualificando 
seus projetos e lideranças num debate acerca de um desenvolvimento substantivo. 
 
Breve discussão sobre o tema do desenvolvimento territorial rural 
 A abordagem territorial para as políticas de desenvolvimento tem sua origem 
em estudos acadêmicos nos anos 1990, logo sendo incorporada pelo discurso oficial – 
neste período, sublinha-se, sem conseqüências práticas nas ações governamentais. 
Essa tendência, marcada por estudos sobre redes institucionais “que permitem ações 
cooperativas – que incluem, evidentemente,a conquista de bens públicos como 
educação, saúde, informação - capazes de enriquecer o tecido social de uma certa 
localidade”(Abramovay, 2003, p. 84), não encontrou dificuldade para ser inserido em 
documentos oficiais, já na gestão FHC (1995 – 2002). 
 No tocante ao planejamento público das intervenções pró-desenvolvimento 
rural no Brasil, somente a partir da segunda metade da década de 1990 é que tal 
enfoque ganha importância decisiva. Segundo analistas da temática, o fundamental 
nessa nova tendência “é a mudança de prioridade do enfoque produtivista-reducionista 
 
3 Cf. Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva”. Assentamento 
fundiário: uma política de geração de emprego e renda no Pontal do Paranapanema – Relatório sintético 
das ações e resultados da política agrária e fundiária do Estado de São Paulo no Pontal do Paranapanema. 
São Paulo, Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, agosto de 2005. 
para o enfoque da sustentabilidade – um conceito holístico, cuja abrangência envolve 
os condicionantes ambientais, históricos, sociais, políticos e econômicos, dentre 
outros” (Flores e Macedo, 1999, p. 43). 
 Quando essa discussão se volta para a realidade dos assentamentos rurais, 
podemos citar o debate de anos atrás sobre a questão da descentralização das 
experiências de assentamentos. Esse processo, incipiente e inconstante, buscava 
retirar encargos do governo federal, sobrecarregando – muitas vezes sem 
contrapartida definida - as Prefeituras no desenvolvimento de ações institucionais nos 
P.A.s4. No âmbito federal, nesse período, essa problemática começa a aparecer 
através do debate acerca da "emancipação" dos assentamentos. Na época, teve 
significativa importância o chamado Projeto Lumiar, embora sua implementação - 
sobretudo no Estado de São Paulo - acabasse praticamente abortada. Ainda nesse 
período, mais especificamente a partir do governo transitório de Itamar Franco (1992-
1994), algumas mudanças na coordenação das políticas de assentamento passam a 
privilegiar a chamada agricultura familiar como "linha estratégica do desenvolvimento 
rural" (ABRA, 1994: p. 161). Com isso, a questão do desenvolvimento local começa a 
ganhar importância na elaboração das políticas públicas nos órgãos responsáveis pela 
reforma agrária. 
Buscando estabelecer uma linha de continuidade desde as ações do governo 
Itamar Franco, o governo FHC aprofunda a atuação do PRONAF (Programa Nacional 
de Fortalecimento da Agricultura Familiar) em 1996, como um passo primeiro na 
direção de uma política completa para o setor. Sobre o PRONAF, ressalta-se que sua 
viabilização no âmbito municipal cobra a organização de um Conselho Municipal de 
Desenvolvimento Rural, fórum cujas atribuições foram aperfeiçoadas nos últimos anos. 
 Reconhecendo que o desenvolvimento de uma política pública para os projetos 
de assentamentos envolve uma série de dificuldades relativas aos órgãos 
responsáveis pelos mesmos, aos diferentes níveis de governo (União, Estados e 
Municípios) e à problemática mais eminentemente política da reforma agrária, qual 
seja, a forte pressão da mobilização popular e de diversas organizações não 
governamentais, a criação e fortalecimento de espaços de negociação e articulação de 
 
4 Em abril de 1999, já no segundo mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, é apresentado 
pelo MDA, o documento "Agricultura Familiar, Reforma Agrária e Desenvolvimento Local para um 
Novo Mundo Rural - Política de desenvolvimento rural com base na expansão da agricultura familiar e 
sua inserção no mercado. Cf. a análise crítica deste documento, inclusive sobre sua não aplicação, feita 
por FERRANTE, V. L. S. B. e BARONE, L. A. "Assentamentos ruraux et pouvoir local: les tendances de 
la décentralisation de la réforme agraire" in: CAHIERS DU BRÉSIL CONTEMPORAIN no. 51/52 
(Dynamique familiale, productive et culturelle dans assentamentos ruraux de São Paulo). Paris/FRA, 
CRBC/EHESS, 2003. 
todas as instâncias do poder público para elaboração e implementação de projetos 
específicos deveria receber apoio decisivo do governo federal. 
 Concomitantemente, o privilegiamento da esfera local (municipal e 
microrregional) é patente5 no discurso oficial. Trata-se de um "retorno ao território" 
como base de iniciativas para o desenvolvimento, em substituição a uma perspectiva 
setorial, ineficaz na promoção da sustentabilidade idealizada. Propostas do governo 
federal buscando essa direção já estavam presentes nos documentos oficiais desde 
os anos 1990. A importância da base local para o desenvolvimento sustentável dos 
P.A.s, propondo linhas de investimentos (via PRONAF), parcerias (termo, a partir de 
então, substituto do pouco eficiente e burocrático "convênio") e, acima de tudo, uma 
série de medidas para a organização local de instituições capazes de acompanhar e 
suportar a difícil trajetória de consolidação dos assentamentos, no entanto, não 
tiveram correspondência na efetivação de investimentos e projetos executivos. 
 Nota-se que essa nova abordagem pretendia dotar o espaço municipal e 
microrregional de uma capacidade de decisão e monitoramento até então inexistente. 
No "Novo Mundo Rural" (1999) estimulou-se a criação de Conselhos Municipais de 
Desenvolvimento Sustentável, responsáveis pela elaboração de um Plano Municipal 
de Desenvolvimento Sustentável - e de derivados Planos de Desenvolvimento dos 
Assentamentos (PDAs) - sob controle dos agentes institucionais locais, como Câmaras 
de Vereadores, Prefeituras, Sindicatos e outras entidades civis, sempre com a 
participação de técnicos dos órgãos federais e estaduais voltados para o 
desenvolvimento da agricultura e reforma agrária (INCRA, Secretarias Estaduais etc.). 
São esses planos, elaborados localmente, que idealmente deveriam orientar as ações 
governamentais em todos os níveis, garantindo um controle local bastante preciso 
sobre os rumos da dinâmica da produção familiar. 
 O enfoque local dado pelo "Novo Mundo Rural" levou a um minucioso 
detalhamento de ações a serem desenvolvidas localmente, muito maiores, por 
exemplo, do que as iniciativas de responsabilidade do governo estadual (uma das 
esferas do poder público realmente promotora de Projetos de Assentamentos). Se a 
mudança de governo nas eleições de 2002 fez caducar a vigência do documento 
citado acima, o mesmo não se pode dizer dos termos aos quais ele se refere no 
tocante à estratégia para o desenvolvimento dos assentamentos rurais – sobretudo a 
readequação do chamado “enfoque territorial”. 
 
 
5 Cf. o documento "Agricultura Familiar, Reforma Agrária e Desenvolvimento Local para um Novo 
Mundo Rural - Política de desenvolvimento rural com base na expansão da agricultura familiar e sua 
inserção no mercado, citado acima (nota 3). 
O desenvolvimento do “enfoque territorial” no MDA, hoje 
 A chegada de uma coligação de partidos liderada pelo PT ao governo federal 
dinamizou o MDA, ampliando seus instrumentos de ação. Apesar de críticas com 
relação ao encaminhamento da política de assentamentos (Oliveira, 2006; Sauer e 
Souza, 2008), o certo é que um conjunto de iniciativas acabou por conformar um 
campo institucional e ampliou-se o corpo técnico que possibilitou, dentre outras coisas, 
dar realidade política à abordagem territorial do desenvolvimento rural concebida no 
período anterior. A reativação da CONAB, a interiorização e reequipamento do INCRA 
(de notável conseqüências no Pontal do Paranapanema) e, por fim, a 
institucionalização e operação da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), em 
cujo bojo o Edital sobre Gestão de Territórios Rurais (objeto deste projeto) se 
desenvolveu, são exemplos de um salto qualitativo na política de reforma agrária no 
Brasil, em curso desde 2004. 
 Se o númerode novos assentamentos, descontadas as realocações e 
regularizações, não foi superior ao período FHC (Oliveira, 2006), ou se aconteceu um 
“rebaixamento” do programa agrário de Lula, comparando-se as campanhas de 1989 e 
1994 com a de 2002 (Sauer e Souza, 2008) - principais argumentos críticos acerca da 
política federal atual – um investimento muito mais decisivo na agricultura familiar (que 
abrange, como no caso do Pontal, os assentamentos) gerou resultados sociais e 
econômicos notáveis para esse segmento. 
Para além desses resultados, que podem ser consignados na desonrosa 
rubrica de assistencialismo, a busca estratégica do governo federal pelo 
empoderamento desses sujeitos rurais, fomentando a organização de colegiados 
territoriais, nos quais essa população subalternizada (no caso regional abordado, 
sobretudo assentados rurais) pode conquistar sua emancipação, é prova de uma 
mudança de postura com conseqüências nada desprezíveis. A gestão de territórios 
rurais torna-se, portanto, estratégica para uma transformação política de longo 
alcance, no sentido de maior democratização política e econômica, justamente nas 
regiões mais carentes do país. 
A recuperação do histórico das discussões acerca de uma mudança de 
perspectiva sobre o desenvolvimento rural, valorizando-se aquilo que se convencionou 
chamar de “abordagem territorial”, apenas revela o acúmulo teórico com o qual o 
Ministério do Desenvolvimento Agrário pôde trabalhar a partir do início do governo 
Lula (2003), desenhando uma política de desenvolvimento territorial. A concorrência, 
de forma decisiva neste período (governo Lula) de atores políticos comprometidos com 
a reforma agrária e a superação da pobreza rural crônica garantiu tanto um 
aprofundamento dessas discussões como também a concretização de um programa 
federal para a promoção do desenvolvimento sustentável dos territórios rurais, que 
passou a ser implementada a partir de 2004. 
Segundo documento oficial do MDA6, em sua primeira fase, o programa teve 
por objetivos “promover e apoiar iniciativas das institucionalidades representativas dos 
territórios rurais que objetivem o incremento sustentável nos níveis de qualidade de 
vida da população rural” (MDA-SDT, 2004, s/pág.). Para atingir tal meta, propôs-se: 1) 
o fortalecimento das redes sociais de cooperação dos territórios, com ênfase para 
aquelas que articulam assentados, agricultores familiares e populações tradicionais; 2) 
o planejamento e gestão social desses territórios; 3) iniciativas fomentadoras da 
diversificação e dinamização econômica e; 4) uma articulação entre várias políticas 
públicas, para que tal iniciativa alcance a multidimensionalidade do desenvolvimento 
sustentável - econômica, sócio-cultural, político-institucional e ambiental (MDA-SDT, 
2004). A priorização regional dos territórios teve por base a atuação do MDA (por isso 
a valorização dos segmentos descritos acima), definindo “territórios rurais” como 
aqueles territórios nos quais “explicita ou implicitamente” apresenta-se a 
“predominância de elementos rurais”, mesmo compreendendo os espaços 
urbanizados das “pequenas e médias cidades, vilas e povoados” (Atlas Territórios 
Rurais, 2004, pg. 10). 
A evolução do programa, com a implementação, em todo o país, de 60 
territórios prioritários para a atuação do MDA/SDT, com seus colegiados territoriais 
representativos e um sem-número de ações em desenvolvimento aponta, 
naturalmente, para a necessária sistematização de todas essas iniciativas, 
coletividades e demandas. Daí a formação do “Sistema de Gestão Estratégica – SGE, 
que contribuirá com os processos de gestão de informação e conhecimento e a 
comunicação dentro dos processos e fluxos de decisão que compõem o complexo 
esquema da política de desenvolvimento rural com enfoque territorial” (MDA/SDT, s/d., 
pág. 3). 
Com o SGE, a SDT/MDA procura articular três tipos de atores, fundamentais 
para a qualificação da (auto)gestão da “formulação, execução e controle social” das 
políticas e projetos territoriais7. O primeiro é o agente público estatal, conformado no 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e a Secretaria de 
Desenvolvimento Territorial-SDT. O segundo grupo é composto pelos atores 
territoriais, a sociedade civil em projeção num dado espaço geográfico. Nesse grupo 
encontram-se os agentes públicos locais, regionais e federais e as organizações 
 
6 Cf. Ministério do Desenvolvimento Agrário / SDT. Referências para o apoio ao desenvolvimento 
territorial (Série Documentos Institucionais - Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de 
Territórios Rurais). Brasília, 2004. 
7 Ainda segundo o “Documento de Referência do Sistema de Gestão Estratégica”, MDA-SDT, s/d. 
representativas, conformados no Colegiado Territorial, além das instituições parceiras 
e as bases de serviços. Neste nível operam, também, as Células de Acompanhamento 
e Informação (CAI). Por fim, o terceiro grupo de atores reúne os pesquisadores (a 
Universidade, portanto), outros gestores públicos e a população em geral. 
A arquitetura institucional dessa articulação é o primeiro objeto deste projeto, 
conforme propõe o Edital 05/2009. A finalização dessa estrutura de informação/gestão 
prevê, a partir do Edital, a participação direta da universidade, respondendo pela 
organização da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI), colaborando na 
construção dessa articulação e ofertando profissionais capacitados para co-gerir essa 
complexa rede, segundo as normativas da SDE/SGE. 
Esta oportunidade vem ao encontro dos esforços da FCT/Unesp – Campus de 
Presidente Prudente, no sentido de ampliar os espaços de diálogo, via pesquisa e 
extensão, junto à comunidade regional. Além de qualificar melhor sua presença 
institucional, que já se faz sentir, mesmo antes do lançamento deste Edital, no 
Colegiado Territorial do Pontal e em inúmeros projetos e ações promovidos nos 
assentamentos rurais, por um significativo conjunto de pesquisadores. Estas são as 
razões pelas quais apresentamos esta proposta, em atendimento ao Edital MDA/CNPq 
05/2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. OBJETIVO GERAL8 
Articular institucionalmente e operacionalmente as Universidades, os Territórios 
Rurais e a Secretaria de Desenvolvimento Territorial para o estabelecimento do 
Sistema de Gestão Estratégica do Programa Desenvolvimento Sustentável de 
Territórios Rurais, estimulando o desenvolvimento dos processos de 
acompanhamento, avaliação e informação nos territórios por meio de implantação 
e operacionalização da Célula de Acompanhamento e Informação do Território 
Rural do Pontal do Paranapanema/SP, assim como a execução de atividades de 
interesse dos pactuantes que convirjam para o esforço comum da geração e 
sistematização de conhecimentos, o desenvolvimento de capacidades humanas e 
organizacionais, o desenvolvimento dos territórios rurais e o aperfeiçoamento da 
gestão e dos investimentos públicos. 
 
III. OBJETIVOS ESPECÍFICOS9 
1. Acompanhar e avaliar a evolução dos indicadores do Índice de Condições de 
Vida (ICV) e do Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS). 
2. Acompanhar e registrar no Sistema de Gestão Estratégica – SGE as 
informações sobre a execução dos eventos que constam da agenda de trabalho 
do Colegiado Territorial, e que estejam relacionados ao Programa 
Desenvolvimento Sustentáveis de Territórios Rurais e/ou ao Programa Territórios 
da Cidadania. 
3. Acompanhar e registrar no Sistema de Gestão Estratégica – SGE as 
informações sobre a execução de projetos que contemplem aportes de recursos 
gerenciados pela SDT. 
4. Estabelecer bases de dados que alimentem as unidades de informação dos 
subsistemas do Sistema de Gestão Estratégica. 
5. Acompanhar e registrar no Sistema de Gestão Estratégica – SGE as 
informações sobre o funcionamento do Colegiado, segundo instruçõespróprias. 
6. Garantir o suporte e a plena atuação de grupos de pesquisa e pesquisadores 
das Instituições nas atividades de acompanhamento e avaliação do programa. 
 
8 O Objetivo Geral deste projeto repete o proposto no Edital MDA/CNPq 05/2009. 
9 Nos Objetivos Específicos, além daqueles apresentados explicitamente no referido Edital (objetivos de 1 
a 8), este projeto acrescenta objetivos específicos que julgamos particulares para o Território do Pontal do 
Paranapanema (de números 9 a 13) e sobre os quais já existe um acúmulo de pesquisas e de ações 
extensionistas da FCT/Unesp. 
7. Subsidiar os Colegiados com resultados do acompanhamento, monitoramento e 
avaliação para o aperfeiçoamento do processo de gestão do programa. 
8. Informar e orientar a rede de comunicação do território sobre assuntos de 
interesse da SDT que lhe forem determinados. 
9. Cartografar a implantação dos projetos da SDT no Território, compondo cartas 
temáticas com os sistemas produtivos, assentamentos e ações estimuladas pelo 
SDT. 
10. Identificar ações de desenvolvimento em construção no Território, com apoio 
de cada uma das três esferas de administração (municipal, estadual e federal), 
avaliando seu alcance e propondo possíveis articulações potencializadoras. 
11. Identificar aspectos dificultadores da dinamização dos assentamentos e das 
políticas de desenvolvimento em curso e propor, no diálogo com o Colegiado 
Territorial e SDT, ações de superação dos mesmos. 
12. Estimular o protagonismo das entidades de produtores familiares do terrritório, 
mediante o patrocínio, em parceria com a Unesp, a FATEC e APTA, focando 
temas consensuados entre a Célula de Acompanhamento e Informação, as 
instituições parceiras e universidade e o Colegiado Territorial. 
13. Assessorar e subsidiar a montagem do Plano Territorial de Desenvolvimento 
Rural Sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV. JUSTIFICATIVAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO 
 
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, 
situa-se em Presidente Prudente, cidade sede da 10 Região Administrativa do Estado 
de São Paulo e localidade central para a região que, comumente, denomina-se Pontal 
do Paranapanema. Única universidade pública em um raio de mais de 100 kms na 
região, o Campus da Unesp abriga treze cursos de graduação (nas três grandes áreas 
do conhecimento) e sete cursos de pós-graduação strictu senso. Além disto, são 
diversos os grupos de pesquisa (cadastrados junto ao CNPq) e as atividades de 
extensão desenvolvidas de maneira permanente. 
Sobre o ensino de graduação, o compromisso com a formação de docentes 
através de diferentes cursos de bacharelado e a formação de recursos humanos para 
a pós-graduação tem garantido boas avaliações em todos os processos nacionais 
realizados pelo MEC. Necessário se faz destacar a implementação do curso de 
Geografia para assentados da reforma agrária, em desenvolvimento desde 2007. 
Os cursos de pós-graduação (alguns inter-institucionais), em sua maioria de 
abrangência nacional (e, em alguns casos, internacional) obtêm sistematicamente 
notas altas junto à Capes e abriga programas de pós-doutoramento, linhas de 
publicação e constituem-se em núcleos de formação de pesquisadores e docentes de 
nível superior 
As atividades de pesquisa, através de grupos cadastrados junto ao CNPq e 
reconhecidos pela Reitoria da Unesp garantem a interação entre ensino de graduação 
e pós-graduação, a produção de novos conhecimentos e a formação de recursos 
humanos qualificados. 
Por fim, as atividades de extensão universitária, em diferentes áreas através de 
cursos, assessorias e consultorias etc. colocam frente a frente o desafio da inserção 
da universidade pública para que cumpra seu amplo papel nos processos de 
desenvolvimento local/regional. 
Com interface direta com a proposta do presente Edital CNPq/MDA destacam-
se as atividades realizadas por docentes e alunos de diferentes níveis de formação 
através dos seguintes grupos de pesquisa, todos vinculados ao programa de pós-
graduação em Geografia, nota seis Capes: NERA (Núcleo de estudos da reforma 
agrária), CEGET (Centro de estudos de geografia do trabalho), GASPERR (Grupo 
Produção do espaço e redefinições regionais), GAIA (Grupo de pesquisa interações na 
superfície terrestre, água e atmosfera), o GEDRA (Grupo de Estudos de Dinâmica 
Regional e Agropecuária) e o CEMESPP (Centro de estudos e mapeamentos da 
exclusão social para políticas públicas), além do GEPEP (Grupo de Estudos e 
Pesquisas em Educação Popular) , único grupo que ainda não está vinculado ao 
programa de pós-graduação em Geografia. 
O NERA vem desenvolvendo um amplo rol de investigações sobre os 
processos de reforma agrária em suas interfaces com a luta pela terra, a 
territorialização do campesinato, o avanço do agronegócio e perspectivas de 
desenvolvimento regional a partir de assentamentos da reforma agrária. Destacam-se, 
neste conjunto, a formação e manutenção rigorosa do DataLuta (banco de dados da 
luta pela terra) e o RIST (Relatório de impactos socioterritoriais) que é uma 
metodologia de pesquisa utilizada para estudar os impactos socioterritoriais dos 
processos de conflitualidades territoriais. 
O CEGET dedica-se a problematizar uma área de conhecimentos conhecida e 
reconhecida como a geografia do trabalho. Além de análises que cobrem o extenso 
campo das relações de trabalho urbanas e rurais, possui um conhecimento acumulado 
a respeito do avanço da cana-de-açúcar no oeste paulista o que permite a seus 
pesquisadores situar o debate sobre processos de desenvolvimento regional nas 
diferentes interfaces dos conflitos, das redes de interesses e das transformações 
socioterritoriais produzidas. 
O Gasperr, em suas diferentes linhas de pesquisa, possui trabalhos 
desenvolvidos sobre o desenvolvimento regional, produção do espaço urbano, 
dinâmicas econômicas e novas territorialidades. A produção sistemática de dados e 
indicadores locais/regionais consubstancia-se na publicação “Conjuntura Prudente” 
(em sua quarta edição) que compila, organiza e interpreta informações quantitativas e 
qualitativas sobre a Presidente Prudente e região. 
O GAIA desenvolve pesquisas sobre os processos e as dinâmicas da natureza 
em três grandes áreas do conhecimento: Climatologia, Geomorfologia e Hidrologia, 
aplicadas aos ambientes urbanos e rurais. Além de pesquisas de natureza empírica e 
de modelagem, o GAIA também aborda as questões teóricas e de método no âmbito 
da Geografia Física. Para o desenvolvimento dos projetos conta com quatro 
laboratórios: Laboratório de Climatologia, Laboratório de Solos, Laboratório de 
Geologia e Sedimentologia. 
O GEDRA desenvolve pesquisas sobre as políticas públicas voltadas para o 
desenvolvimento rural, com especial ênfase para aquelas finaciadas pelo PRONAF, 
pelo Programa de Microbacias Hidrográficas, pela CONAB e pelo Crédito Rural. 
Também estuda o processo de descentralização (municipalização) dos serviços para o 
rural e o associativismo. Tem suas pesquisas voltadas para a região da raia divisória 
entre os Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. 
O GEPEP desenvolve projetos de pesquisa e extensão nas áreas de educação 
formal rural (escolas), educação de jovens e adultos, educação ambiental, além de 
contar uma linha de pesquisa sobre o desenvolvimento dos projetos de 
assentamentos, em sua inserção local (municipal) e microrregional, vis-á-vis as 
políticas públicas implementadas para esses espaços rurais. 
Por fim, o CEMESPP dedica-se à análise de processos de exclusão social, do 
ponto de vista teórico e do ponto de vista de sua identificação, mensuração e 
mapeamento, desenvolve indicadores sociais e territoriais e tecnologias apropriadas 
para sua representação cartográfica e dedica-se aos estudos dos processos de 
formulação, implementação e avaliaçãode políticas públicas. 
Os grupos de pesquisa assinalados (cujos projetos concluídos e em 
andamento serão apresentados no item seguinte) fornecem seu conhecimento teórico 
e metodológico acumulado, seus pesquisadores (alunos e docentes) e suas 
instalações como bases consolidadas a partir das quais este projeto será desenvolvido 
de maneira articulada entre eles e as demais instituições parceiras. 
Em suma, como justificativa para a presente proposição de instalação e 
coordenação de uma Célula de Acompanhamento e Informação no contexto da 
implantação do Sistema de Gestão Estratégica, encontra-se a participação direta de 
docentes desta instituição em diferentes ações do Programa de Desenvolvimento 
Sustentável de Territórios Rurais da Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT, 
notadamente na participação direta no Colegiado do Programa e em suas Câmaras 
Técnicas (como representantes da Universidade), bem como através de palestras, 
levantamento de dados, participação em fóruns etc.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V. O ENVOLVIMENTO DO PROPONENTE E DA INSTITUIÇÃO COM PROJETOS 
EM EXECUÇÃO RELACIONADOS COM OS OBJETIVOS DESTE EDITAL 
 
 Todos os sete grupos de pesquisa da FCT/Unesp listados como responsáveis 
pela condução acadêmica deste projeto (e cadastrados no CNPq) têm uma produção 
consistente, tanto em pesquisa quanto em extensão universitária, relacionada aos 
objetivos propostos pelo Edital MDA/CNPq 005/2009. Reafirmamos que a ocasião 
deste projeto ora apresentado propiciou a colaboração inédita desses grupos, 
potencializando seus resultados. 
 
1) O NERA pesquisa há 12 anos as conflitualidades dos modelos de desenvolvimento 
territorial, possuindo experiência para analisar as negociações sobre o tipo de 
desenvolvimento esperado, suas prioridades, recursos e mecanismos fundamentais 
que orientem as ações dos diferentes sujeitos. Para construir as condições essenciais 
para a implantação deste modelo, o NERA contribuirá em: 
 
a) Atualizar o conhecimento sobre a situação fundiária do território a partir da 
análise dos dados do censo agropecuário, do Sistema Nacional de Cadastro Rural 
e dos cartórios de registro de imóveis e das propostas do governo estadual e dos 
sujeitos sociais envolvidos na questão da terra. 
 
b) Organizar as informações sobre os sistemas de produção, industrialização e 
comercialização, bem como as políticas públicas e privadas destinadas ao 
fortalecimento das redes sociais de cooperação necessárias para a qualificação 
das organizações por meio de relações solidárias. 
 
c) Sistematizar informações e dados sobre os conflitos fundiários no território para 
proposição de gestão social que enfrente restrições ao desenvolvimento e 
promovam políticas públicas fundamentais para destravar as soluções de 
desenvolvimento sustentável. 
 
 
2) No que se refere ao CEMESPP, a experiência acumulada a partir de diferentes 
projetos de Políticas Públicas realizados com financiamento da FAPESP nas áreas de 
sistemas de indicadores e elaboração de mapeamentos com diferentes metodologias, 
análise de processos de exclusão social e políticas públicas (sua formulação, 
implementação e avaliação) permitem que a experiência acumulada seja direcionada 
a: 
a) contribuir efetivamente com dados e informações sobre a região, estratégias e 
metodologias para os trabalhos de campo e processos de mapeamentos 
utilizando-se de diferentes bases digitais e softwares específicos; 
b) avançar na discussão sobre desenvolvimento regional a partir da 
sistematização e análise de bancos de dados do Índice de Desenvolvimento 
das Famílias – IDF (MDS/IPEA), bem como dos dados relacionados à saúde 
(PSF e outros) e educação (freqüência à escola e outros). Para tanto, será 
necessários o acesso a tais dados através de cada órgão gestor responsável. 
 
3) O CEGeT se propõe a desenvolver pesquisas e estudos sobre os diferentes 
assuntos que recobrem a temática do trabalho; sendo pois o trabalho visto e entendido 
enquanto materialidade do processo de metabolismo societário do capital, 
contemplando a reestruturação produtiva do capital. Sendo assim, o grupo propõe 
participar ativamente das discussões sobre as mutações e dinâmica do trabalho nessa 
viragem do século XXI, de forma a contribuir criticamente com a apreensão da 
dinâmica territorial do Pontal do Paranapanema, a partir da “leitura” geográfica. Dos 
projetos em curso no CEGET, citamos os que mais diretamente podem contribuir para 
o projeto ora apresentados, tanto em termos de dados quanto metodologias e 
reflexões: 
 
a) “Território Mutante e Fragmentação da Práxis Social do Trabalho” - Projeto aceito pelo 
CNPq na alínea Produtividade em Pesquisa (PQ). Esse Projeto é a referência para o 
conjunto dos demais Projetos de Pesquisas em curso no âmbito do Centro de Estudos de 
Geografia do Trabalho (CEGeT) e abrange um vasto campo de manifestações da práxis 
social do trabalho na região. 
b) “Agronegócio e Dinâmica Geográfica da Expansão da Cana-de-açúcar no Oeste 
Paulista”. (Alínea: Auxílio à Pesquisa/Fundunesp). Projeto especificamente voltado 
para o estudo da expansão da cultura canavieira no Oeste Paulista, vis-à-vis o 
movimento de luta pela terra e pela reforma agrária. 
c) “Movimentos Camponeses e Agronegócio na América Latina e Caribe”. Grupo 
de Trabalho Desenvolvimento Rural – CLACSO. Vigência: a partir de 2005. 
d) “A Ergonomia da superexploração do Trabalho no Corte da Cana-de-açúcar”. 
Co-Participação: Iracimara Anchieta Messias; Coordenação: Luis Antonio Barone. 
Apoio: Fundunesp. Vigência: a partir de 02/2008. Estudo específico das condições 
e organização do trabalho no corte de cana na região. 
4) O GAsPERR trabalha com temas que articulam as pesquisas em seus diferentes 
níveis (verticalizadas nas relações de orientação) e entre pesquisadores de mesmo 
nível (horizontalizadas entre membros do grupo): a) produção do espaço urbano; b) 
dinâmica econômica e novas territorialidades; c) reestruturação e centralidades 
urbanas; d) poder e ideologia. Os temas trabalhados têm, como recorte transversal, o 
estudo das cidades médias, tomadas como base empírica para as pesquisas 
realizadas, com a perspectiva de se contribuir para a construção teórica do conceito. 
Também se propõe a colaborar: 
 a) Na discussão da dinâmica urbano-rural na região do Território do 
Pontal, tendo a cidade de Presidente Prudente como pólo (cidade média) de 
referência. 
 
b) Na contribuição com dados e informações sobre a região, estratégias e 
metodologias para os trabalhos de campo e processos de mapeamentos 
utilizando-se de diferentes bases digitais e softwares específicos. 
 
5) O GEDRA tem como objetivo criar um espaço de discussão e reflexão sobre temas 
relacionados ao desenvolvimento rural, à dinâmica regional e à questão agrária 
brasileira. Seu envolvimento se dará a partir desses projetos: 
a) “Desenvolvimento Territoria e Políticas Públicas” - análise dos efeitos do 
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF 
Crédito Rural (Custeio e Investimento), do Programa de Aquisição de 
Alimentos (PAA) e da aposentadoria rural sobre os produtores rurais, 
sobretudo os situados em municípios de pequeno porte. 
b) “O associativismo rural como estratégia de reprodução econômica e social 
na região do Pontal do Paranapanema” - Compreender o associativismo na 
região do Pontal do Paranapanema, a partir das diferentes estratégias de 
reprodução econômica e social dos pequenos produtores rurais convencionais 
(“com-terra”) e produtores rurais assentados pela reforma agrária (“sem-terra”). 
 
6) O Grupo de Pesquisa GAIA (Interações na superficie terrestre, água e atmosfera) 
foi criado em 2002, contando com a participação dos seguintes professores: Prof. Dr. 
João Lima Sant’Anna Neto, Prof. Dr. João Osvaldo Rodrigues Nunes, Prof. Dr. José 
Tadeu Garcia Tommazelli, Profa. Dra. Margarete C.C. T. Amorim e Prof. Dr. Paulo 
César Rocha, além de alunos da graduação e pós-graduação. Atualmente desenvolve 
projetos de pesquisa em três grandes áreas do conhecimento: Climatologia, 
Geomorfologia e Hidrologia, aplicadas às paisagens e aos ambientes urbanos e rurais. 
Seu envolvimento está relacionado aos seguintes temas: 
a) análise de dados pluviométricos e fluviométricos (consistência do banco de 
dados do DAEE); 
b) acompanhamento de sistemas automáticos de aquisição dados climáticos; 
c) mapeamentos geomorfológicos de áreas urbanas e rurais; 
d) identificação de feições erosivas (ravinas e voçorocas) associado aos tipos 
de solos. 
 
7) O GEPEP, único grupo que não se vincula diretamente ao Programa de pós-
graduação em Geografia, tem realizado pesquisas qualitativas e quantitativas nos 
assentamentos do Pontal, com vistas ao estudo dos processos de integração 
local/microrregional, bem como das políticas públicas municipais voltadas para essa 
população, notadamente na área de educação. Sua contribuição pode ser entendida 
como: 
a) metodológica – o GEPEP tem desenvolvido metodologias participativas em 
seus projetos, visando a construção de uma relação mais dialógica entre 
pesquisadores e população alvo das políticas públicas. 
b) dados qualitativos (fornecimento e produção) acerca da sociabilidade, 
organização política e participação da população assentada no 
desenvolvimento dos projetos de assentamentos e implantação das políticas 
públicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI. AS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 
 
I. Articulação entre pesquisa e extensão: 
Os diferentes Grupos de Pesquisa listados neste projeto têm larga experiência em 
pesquisa e extensão. O diferencial estratégico gerado por esse projeto é a 
possibilidade concreta de constituição de um fórum de grupos de pesquisa, uma 
novidade no âmbito da FCT/Unesp. 
A constituição do Comitê Científico e de Extensão proverá esse espaço de diálogo 
e articulação entre os pesquisadores no interior da Universidade. Nele serão 
discutidos projetos complementares de pesquisa e extensão para atendimento à 
demandas do Colegiado Territorial. Sua composição contará com um representante 
de cada Grupo de Pesquisa da FCT, mais representantes de grupos de pesquisa das 
instituições parceiras (FATEC, APTA). Os coordenadores do Projeto (coordenador 
mais professor colaborador) e o responsável pela Célula de Acompanhamento e 
Informação (CAI) também farão parte deste Comitê. Completa o Comitê um 
representante do Colegiado Territorial, que junto com o responsável pela CAI, será 
interlocutor da Universidade e da comunidade alvo das políticas do MDA/SDT. 
 
II. Estratégia operacional e arcabouço institucional de articulação entre 
as partes 
II.1. Instalação da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI) 
Como estratégia inicial, deflagraremos o processo de discussão para definir o 
espaço físico e infra-estrutura técnica para funcionamento da Célula de 
Acompanhamento e Informação (CAI). Esta discussão terá como elemento norteador a 
escolha de um local que proporcione, tanto para a equipe gestora do projeto quanto ao 
coordenador de célula, o conforto necessário para o bom desenvolvimento dos 
trabalhos de monitoramente, avaliação e acompanhamento do Colegiado Territorial. A 
instalação do (CAI) representará o marco zero para início do desenvolvimento dos 
trabalhos. 
 
II.2. Instituição do Comitê de Avaliação e Acompanhamento (CAA) 
Paralelo à instalação da (CAI), constituiremos o Comitê de Acompanhamento e 
Avaliação (CAA), para o qual apresentaremos e discutiremos o conjunto dos objetivos 
propostos no presente edital, bem como os planos de trabalho e regulamento interno 
da Célula de Acompanhamento. 
 
 
 
 
II.3. Montagem do Comitê Científico e de Extensão (CCE) 
 A montagem do Comitê Científico e de Extensão dará suporte à Célula de 
Acompanhamento e Informação na condução dos trabalhos de pesquisa e extensão. 
Constituída por líderes dos Grupos de Pesquisa da Faculdade de Ciência e Tecnologia 
da Universidade Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente, este fórum, dado 
seu reconhecimento acadêmico – conferido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Nível Superior (CAPES) - pode constituir-se numa instituição de projeção internacional 
em assuntos relacionados ao Desenvolvimento Territorial (matéria deste Edital), 
condição esta que promoverá o enriquecimento do conjunto das ações desenvolvidas 
pela CAI. 
 
II.4. Construção e Discussão do Plano de Trabalho do Coordenador de 
Célula 
Concomitante às estratégias anteriormente apresentadas e juntamente com o 
Colegiado Territorial, o CAA e o CCE, discutiremos o plano de trabalho específico do 
Coordenador de Célula. A idéia é estabelecer uma rotina preliminar de 
desenvolvimento das atividades previstas no plano de trabalho do projeto. Esta rotina 
será colocada em debate e reajustada de forma a possibilitar a instalação de 
processos dialógicos e de trocas de experiências entre todos os envolvidos no arranjo 
institucional para desenvolvimento dos trabalhos do CAI, conforme pode ser 
visualizados no organograma abaixo (Figura 2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Organograma – arranjo institucional preliminar da 
Célula e Comitê de Acompanhamento com Colegiado Territorial, 
Universidade, Instituições Parceiras e SDT/SGE 
 
 
 
 
 
II.5. Realização de oficina para apresentação e discussão do plano de 
trabalho da CAI com Colegiado Territorial (CT) e escolha do membro do 
Colegiado Territorial (CT) que irá compor o Comitê de Avaliação e 
Acompanhamento (CAA) 
 Nesta oficina, os três membros que compõem a CAI (coordenador do projeto, 
professor colaborador e coordenador de célula) farão a apresentação e debaterão, em 
reunião plenária com Colegiado Territorial (CT), o plano de trabalho do presente 
projeto. Ainda nesta reunião, deverá ser escolhido um membro do CT que irá compor 
o CAA (ver Figura 2). Em linhas gerais, esta oficina terá como proposta orientar os 
membros da plenária do Colegiado Territorial sobre a dinâmica dos trabalhos, visando 
a otimização do conjunto dos recursos humanos envolvidos neste processo. 
 
II.6. Apresentação de agenda de trabalho construída em consenso com 
plenária do Colegiado Territorial (CT) 
 Considerando que a Matriz de ações o Colegiado Territorial (CT) é composta 
tanto pelas atividades previstas no plano de trabalho deste edital quanto do plano a 
ser construído pela plenária do CT, faz-se necessária a realização de reunião(ões) 
para consensuar metas, estratégias e dinâmicas de trabalho. O conjunto das ações 
previstas nesta agenda de trabalho constará no Plano Territorial de Desenvolvimento 
Rural Sustentável (PTDRS) que oportunamente será encaminhado à Secretaria de 
Desenvolvimento Territorial. Vale salientar que o plano em questão é um documento 
mais amplo que as propostas contempladas no âmbito deste edital, haja vista, que no 
PTDRS também serão incorporas na matriz de ações a agenda de trabalho do 
colegiado territorial. 
 
II.7. Apresentação dos membros do (CCE) e das instituições parceiras em 
reunião plenária do Colegiado Territorial (CT) 
 Com intuito de aproximar o CT dos Membros do Comitê Científico e de 
Extensão (CCE) e, consequentemente, da Universidade, depois de resolvidas algumas 
questões preliminares de âmbito operacional, apresentaremos o CCE à plenária do 
Colegiado. Nesta ocasião, os membros do CEE apresentarão seus Grupos de 
Pesquisa e debaterão com membros do CT, do ponto de vista da Universidade, 
possibilidades de encaminhamento para otimização das ações do CT direcionadas ao 
desenvolvimento do território do Pontal. Este tipo de ação, desde que avaliada 
positivamente, poderá repetir-se ao longo do desenvolvimento do projeto. 
 
II.8. Levantamento preliminar de dados para alimentar o Sistema de 
Gestão Estratégica (SGE) 
Considerando-se que oSGE/SDT é um subsistema baseado em indicadores 
econômicos, sociais, ambientais, institucionais, culturais e políticos, que permitem a 
descrição das diferentes dimensões dos territórios, inicialmente, realizaremos o 
levantamento de dados secundários. Este levantamento será realizado com dados de 
pesquisas desenvolvidas tanto pelos Grupos de Pesquisas que compõe o CEE quanto 
de pesquisas disponíveis no acervo da FCT/UNESP e produzidas no âmbito do seu 
Programa de Pós-Graduação10 em Geografia. 
 
II.9. Avaliações e apresentações dos resultados obtidos 
 Valendo-se da premissa que os trabalhos de assessoramento visando 
monitoramento, avaliação e acompanhamento estarão sendo prestados por 
professores/profissionais vinculados a uma instituição pública de ensino, realizaremos 
semestralmente avaliações e apresentação dos resultados obtidos no desenvolvido 
dos trabalhos. Esta iniciativa tem como objetivo estender à plenária do colegiado a 
mesma transparência e grau de publicidade e compromisso que a Universidade 
Pública tem como a sociedade no desenvolvimento de seus trabalhos de pesquisa, 
ensino e extensão. 
 
II.10. Pesquisa sobre o Índice de Condições de Vida (ICV) e Índice de 
Desenvolvimento Sustentável (IDS) 
 A equipe gestora da CAI contará, no desenvolvimento das pesquisas de ICV e 
IDS, com suas equipes de pesquisas, constituídas por alunos de graduação, pós-
graduação e pesquisadores da universidade/grupos de pesquisa e instituições 
parceiras. 
 Conforme consta no orçamento do projeto, as pesquisas de campo do ICV e 
IDS serão realizadas mediante locação de automóveis para aplicação de questionários 
em áreas e plano amostral que serão definidos pela Secretária de Desenvolvimento 
Territorial (SDT). 
 
II.11. Atividades de formação de recursos humanos 
 Do ponto de vista da formação de recursos humanos, a Faculdade de 
Tecnologia de Presidente Prudente (FATEC), vinculada ao Centro Paula Souza, em 
parceria com a FCT/UNESP - consensuados com a plenária do Colegiado Territorial e 
Comitê de Avaliação e Acompanhamento - poderão ministrar, ao longo dos 36 meses 
de desenvolvimento do projeto, 6 cursos de extensão gratuitos com duração de um 
semestre cada. 
 A matriz curricular destes cursos será desenhada buscando promover a 
qualificação de recursos humanos em atendimento às demandas apontadas pela 
análise da matriz de variáveis armazenadas no SGE. Além que contribuir com a 
 
10 O Programa de Pós Graduação em Geografia (PPG) da FCT/UNESP encontra-se subdividido em 
quatro linhas de pesquisa. São elas: espaço rural e movimentos sociais, desenvolvimento regional, 
dinâmica e gestão ambiental e produção do espaço urbano. 
qualificação da formação de recursos humanos a partir de demandas previamente 
identificadas, estes cursos também poderão contribuir com a construção de uma 
leitura do desenvolvimento, do ponto de vista dos membros do Colegiado Territorial, 
que se aproxime mais da leitura da SDT, facilitando a gestão das políticas públicas 
apoiadas pela secretária. 
 
II.12. Elaboração de relatórios parciais semestralmente 
 Semestralmente elaboraremos um relatório parcial onde será informado o 
conjunto das atividades desenvolvidas ao longo do período. Este relatório será 
redigido em diálogo com membros do CCE e posteriormente apresentado à plenária 
do Colegiado Territorial. 
 Constarão da estrutura deste relatório um texto síntese elaborado pelos 
membros da CAI e do CCE sobre condução dos trabalhos. Este texto apresentará 
quais foram os pontos positivos, negativos, ameaças e oportunidades, enfrentadas no 
período em questão, para realização do cumprimento do plano de trabalho. Este tipo 
de relatório visa contribuir com o aprimoramento da condução dos trabalhos, 
sistematizando, no intervalo de tempo de um semestre, todas as ações implementadas 
no período. Assim, cria-se a condição de superar, já na agenda de trabalho do 
semestre subsequente, falhas cometidas no semestre anterior. 
 
II.13. Atmosfera de trabalho 
 Todas essas ações serão realizadas num ambiente pró-ativo, permeado por 
processos dialógicos, entre a CAI, o Colegiado Territorial e demais instituições 
parceiras que participam do arranjo institucional previsto para desenvolvimento dos 
trabalhos (Figura 2). Este processo permanente de diálogo terá como escopo principal 
contribuir com os processos de gestão e negociações que visem a articulação da 
melhoria do acesso às políticas públicas do governo federal, bem como de demais 
políticas promovidas por outras esferas de poder. A transparência pretendida na 
condução dos trabalhos previstos neste projeto também é um ponto alto, que merece 
destaque na construção da coesão do grupo como um todo. 
VII. INSTITUIÇÕES E PESQUISADORES ENVOLVIDOS 
 Neste item, optamos por apresentar informações detalhadas apenas dos pesquisadores diretamente envolvidos no projeto 
(coordenador, professor colaborador, responsável pela CAI e os integrantes do Apoio Técnico). Apenas listaremos, ao final, o nome dos 
pesquisadores que estão ligados aos grupos de pesquisa da FCT/Unesp e que, de alguma forma (conforme o item “Envolvimento do 
proponente e instituição com projetos relacionados aos objetivos”), serão colaboradores deste projeto. 
INSTITUIÇÃO NOME EXPERIÊNCIA DEDICAÇÃO 
FCT/UNESP Prof. Dr. Luis Antonio Barone 
Professor Assistente-Doutor do Departamento de 
Planejamento, Urbanismo e Ambiente da 
FCt/Unesp – Campus de Presidente Prudente. 
Possui doutorado na área de Sociologia, 
especializando-se nas linhas de pesquisa: 
assentamentos rurais, desenvolvimento rural, 
movimentos sociais no campo e políticas 
públicas. Pesquisador associado ao Grupo de 
Estudos e Pesquisas em Educação Popular 
(GEPEP) e ao Núcleo de Pesquisa e 
Documentação Rural (Nupedor) – ambos grupos 
cadastrados no CNPq. Desenvolve os projetos: 
“Poder Local e Assentamentos: expressões de 
conflito, acomodação e resistência”, 
“ASSENTAMENTOS RURAIS E 
DESENVOLVIMENTO: tensões, bloqueios e 
perspectivas - uma análise comparativa em duas 
regiões do Estado de São Paulo” (com apoio do 
CNPq) e “A Ergonomia da superexploração do 
Trabalho no Corte da Cana-de-açúcar” (apoio 
Fundunesp). Foi organizador do Simpósio 
“Reforma Agrária e Desenvolvimento: desafios e 
rumos da política de assentamentos rurais” 
(Uniara/MDA/Unesp, 2008). 
 
 
10 horas semanais (coordenador do 
projeto) 
FCT/UNESP Prof. Dr. Everaldo Santos Melazzo 
Economista. Doutor em Geografia pela 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita 
Filho e Mestre em Planejamento Urbano e 
Regional pela Universidade Federal do Rio de 
Janeiro. Atualmente é PROFESSOR 
ASSISTENTE da Universidade Estadual Paulista 
Júlio de Mesquita Filho em Presidente Prudente, 
SP. Coordenador do Grupo de Pesquisa “Centro 
de informações e mapeamentos da exclusão 
social para políticas públicas”, cadastrado junto à 
UNESP e ao CNPq. Membro do Codeter do 
Pontal do Paranapanema representando a 
UNESP. 
10 horas semanais 
(professor colaborador) 
FATEC DE PRESIDENTE 
PRUDENTE 
Prof. Ms. Anderson Antonio da Silva 
Função: coordenador de célula 
 
 
Possui graduação e mestrando em Geografia pela 
FCT/UNESP. Pesquisador do NERA – Núcleo de 
Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária 
deste 2001. Coordenador do DATALUTA – 
Banco de Dados da Luta pela Terra período 2001-
2005. Assessor da CPT NACIONAL – Comissão 
Pastoral da Terra período 2001–2005. 
Coordenador Regional da Pesquisa Nacional de 
Educação da Reforma Agrária. Coordenador dos 
Relatórios de Impactos Socioterritoriais – RIST’s 
de mais de 20 Assentamentos Rurais da Região 
do Pontal do Paranapanema. Autor do Livro 
Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas 
no Pontal do Paranapanema publicado pelo 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma 
Agrária – INCRA. Pesquisador de campo (2008) 
do Projeto Juventude e Projetos de Vida: desafios 
e perspectivas para aagricultura familiar no 
contexto dos assentamentos rurais de São Paulo 
(Projeto de). Atualmente é Professor e 
Coordenador do Curso Superior de Tecnologia 
em Agronegócio da Faculdade de Tecnologia de 
Presidente Prudente – FATEC. 
30 horas semanais 
(coordenador da Célula de 
Acompanhamento e Informação – 
CAI) 
FCT/UNESP Edvânia Aparecida da Silva Função: bosista ATP 
Licenciada em Pedagogia pela FCT/Unesp no ano 
de 2009, desenvolve projeto tematizando a 
questão de gênero nos assentamentos rurais do 
Pontal do Paranapanema (IC/CNPq). Atualmente 
cursa habilitação na FCT/Unesp. Tem experiência 
em pesquisa de campo nos assentamentos rurais 
do Pontal do Paranapanema e conta com 
trabalhos acadêmicos apresentados em eventos 
específicos sobre a questão da reforma agrária. 
 
 
12 horas semanais (ATP) 
FATEC DE PRESIDENTE 
PRUDENTE 
Elizabeth Teronze 
Função: bolsista ATP 
 
Graduada no Curso Superior de Tecnologia em 
Agronegócio pela FATEC de Presidente 
Prudente. Possui cursos de especialização pelo 
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – 
SENAR na área de Turismo Rural e 
Agroecologia. Foi secretária geral do I Simpósio 
Nacional de Tecnologia em Agronegócio 
realizado entre 19 a 21 de outubro em Presidente 
Prudente. Defendeu seu Trabalho de Graduação 
na área de Fruticultura. 
12 horas semanais (ATP) 
 
 
 
 
 
Pesquisadores da FCT/Unesp ligados aos grupos de pesquisa participantes 
deste projeto (aqui são listados apenas os docentes pesquisadores da 
FCT/Unesp): 
Antonio Cezar Leal 
Antonio Thomaz Júnior 
Iracimara de Anchieta Messias 
Bernardo Mançano Fernandes 
Clifford Andrew Welch 
Arthur Magon Whitacker 
Eda Maria Goes 
Eliseu Savério Sposito 
Everaldo Santos Melazzo 
Maria Encarnação Beltrão Sposito 
Antonio Nivaldo Hespanhol 
Rosangela Ap. Medeiros Hespanhol 
João Lima Sant'Anna Neto 
Margarete C. C. T. Amorim 
João Osvaldo Rodrigues Nunes 
José Tadeu Garcia Tommaselli 
Paulo César Rocha 
Ana Lúcia de Jesus Almeida 
Aparecida Donisete Pires de Souza 
Renata Coimbra Libório 
Eliane Ferrari Chagas 
Encarnita Salas martin 
Jayro Gonçalves melo 
Raul Borges Guimarães 
Renilton José Pisol 
Sérgio Braz Magaldi 
Regina Helena Penati Cardoso Ferreira 
Maria Peregrina de Fátima Rotta Furlanetti 
Renata Ribeiro de Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIII. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA, RECURSOS FINANCEIROS E COMPETÊNCIAS 
EXISTENTES NAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES DO PROJETO, INCLUINDO O 
ENVOLVIMENTO DA EQUIPE TÉCNICA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES NO 
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DO PROJETO 
 
 
A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) conta, atualmente, com doze 
Cursos de Graduação sendo eles: Arquitetura e Urbanismo, Ciências da Computação, 
Educação Física, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, Estatística, Física, 
Fisioterapia, Geografia, Matemática, Pedagogia e Química, somando mais de 2.500 
alunos regulares, especiais e ouvintes. A FCT tem 08 Departamentos de Ensino com 
mais de 190 docentes e 220 servidores técnico-administrativos. 
Destaque deve ser dado ao amplo processo de titulação do corpo docente, que 
hoje atinge mais de 2/3 do conjunto dos professores, o que garante o funcionamento 
de cinco programas de pós-graduação que sistematicamente vem obtendo excelentes 
notas junto à CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível 
Superior). 
A produção acadêmica, o permanente acesso a recursos junto a agências de 
financiamento, a busca de financiamentos externos, as parcerias (particularmente com 
órgãos e instituições públicas) nacionais e internacionais tem garantido a existência de 
instalações adequadas e compatíveis com o desenvolvimento das atividades de 
ensino, extensão e pesquisa. 
Em relação às atividades de pesquisa, faz-se necessário apontar que desde 
2008 a unidade conta com uma “Central de Grupos de Pesquisa”, onde os grupos de 
pesquisa (principalmente aqueles que fazem parte diretamente da presente proposta) 
tem salas adequadas e equipadas para o desenvolvimento de suas atividades, bem 
como salas de aula, laboratório de informática e sala de reuniões, além de outras 
dependências necessárias, como depósitos, banheiros etc. Garante-se, assim, a infra-
estrutura-física necessária ao funcionamento do presente projeto. 
Em relação aos equipamentos, todos os grupos de pesquisa possuem, hoje, 
equipamentos de informática atualizados, bem como licenças de softwares de 
trabalho. O parque tecnológico disponível garante, também, o apoio necessário ás 
atividades. 
Por fim, o envolvimento de diferentes grupos de pesquisa neste projeto 
(envolvimento este que permitirá efetivamente a sinergia necessária para o trabalho 
interdisciplinar) permite afirmar que as competências já desenvolvidas e acumuladas 
por pesquisas já realizadas, trabalhos acadêmicos produzidos (teses, dissertações, 
trabalhos de conclusão de curso de graduação, relatórios de pesquisas, bem como 
todas as publicações daí decorrentes) serão plenamente utilizadas para o sucesso do 
projeto. 
Não seria o caso, aqui, de uma listagem extensiva e detalhada de publicações, 
demais trabalhos acadêmicos e pesquisas realizadas ou em andamento. Porém, 
apenas reafirmamos que os diferentes grupos de pesquisa, todos cadastrados e 
reconhecidos pelo CNPq, possuem experiências diversas no levantamento, 
processamento e análise de dados, bem como na produção e divulgação de 
conhecimento, particularmente no nível regional, o que pode ser verificado por 
exemplo, pela referência ao DataLuta (do NERA), Conjuntura Prudente (do Gasperr) e 
pelo Atlas da inclusão/exclusão social do interior paulista (do Cemespp). 
 
 
 
IX. PLANO DE TRABALHO DETALHADO (OBJETIVOS, ATIVIDADES PRINCIPAIS, METODOLOGIA E CRONOGRAMA) 
(Os períodos são apresentados em intervalos trimestrais) 
OBJETIVOS ATIVIDADES PRINCIPAIS METODOLOGIA PERÍODO 
1. Instituição do Comitê 
de Avaliação e 
Acompanhamento 
(CAA) 
Encaminhamento das atividades, diálogo 
com colegiado e SGE/SDT, emissão de 
pareceres, levantamento de propostas e 
construção – junto ao colegiado – de 
consensos em termos de demandas. 
A partir do diálogo entre as partes (SDT, 
Colegiado Territorial e instituições), 
indicação de um membro do colegiado para 
compor, junto com o coordenador do Projeto 
e um membro da Secretaria de 
Desenvolvimento Territorial (SDT), o Comitê 
de Avaliação e Acompanhamento. Este 
núcleo deverá montar regimento próprio, 
tendo como parâmetros reunir-se 
regularmente sempre antes e depois da 
reunião da plenária do colegiado; e 
extraordinariamente sempre que solicitado. 
1º. Trimestre de 
vigência do Projeto 
2. Montagem do 
Comitê Científico 
Apoiar a operação da Célula de 
Acompanhamento e Informação (CAI) e 
discussão das pesquisas a serem 
efetivadas 
Articulação com os grupos de pesquisa das 
instituições de pesquisa e de ensino 
superior públicas (Unesp, FATEC e APTA), 
indicação e reuniões regulares para debates 
e orientações. 
1º. Trimestre do Projeto 
3. Organização e 
instalação da Célula de 
Acompanhamento e 
Informação (CAI) 
Definir espaço físico e infraestrutura técnica 
para o funcionamento da Célula (CAI), 
cujas atividades principais serão: coletar e 
sistematizar as informações necessárias 
para a gestão estratégica e social dos 
Territórios, encaminhamento de pesquisas 
de campo, garantir o fluxo de informações e 
articular atividades de formação e 
discussão acerca dos dados coletados. 
 
 
A Célula (CAI) terá responsável direto, 
indicado pelo Projeto, que será articulador 
entre o Colegiado dos Territórios e as 
instituições acadêmicas e o Sistema de 
Gestão Estratégica-SDT/MDA. Este 
responsável deverá estar sob orientação 
dos coordenadores e terá apoio técnico de 
bolsistas, para realizar os levantamentos 
previstos no Edital e outras demandas do 
Colegiado. A definição de um plano 
detalhado de ação para a Célula deverá serproduto coletivo CAI/Comitês e Colegiado. 
1º. Trimestre do Projeto 
Será promovida uma capacitação junto à 
equipe do Projeto (prevista em 4 dias nesta 
primeira etapa e dois dias nos anos 
subseqüentes – vide objetivo 8). 
4.Levantamento 
preliminar de dados 
para alimentar o SGE 
Coletar e registrar nas bases do sistema, 
sobretudo, dados relacionados com os seus 
primeiros cinco componentes (territórios, 
atores, planos, projetos e colegiados): i) 
informação básica, caracterização e 
tipologias dos territórios; ii) redes de 
colaboradores e parceiros existentes e 
número e tipo de organizações existentes 
no território; iii) desempenho dos 
colegiados, agenda dos colegiados e seus 
integrantes; iv) Plano de Desenvolvimento 
Territorial registrando o número e tipo de 
atores que participaram na sua elaboração, 
o processo metodológico, os projetos 
definidos e a síntese do plano que alimenta 
o caderno territorial; v) acompanhamento e 
avaliação de projetos desde a elaboração 
da proposta até sua sistematização. 
A CAI fará o levantamento desses dados 
mediante entrevistas, questionários e 
análise documental das atas e projetos em 
execução no território. A metodologia para 
essa coleta deverá seguir orientação da 
SGE/SDT e do Comitê Científico. 
1º. e 2º. Trimestres do 
Projeto 
5. Avaliações Elaboração de dois relatórios anuais, 
observando-se o desenvolvimento das 
ações do território, para avaliação e 
orientação futura. Envio ao SGE/SDT. 
Os relatórios serão organizados pela CAI, 
em parceria com o Comitê de Avaliação e 
com orientação do Comitê Científico. Serão 
trabalhados dados das informações 
sistematizadas no período e feitas, para 
cada relatório, uma visita a campo (equipe 
da CAI e do CAA). 
2º., 4º., 6º., 8º., 10º. e 
12º. Trimestres 
(periodicidade 
semestral). 
6. Pesquisa sobre o 
Índice de Condições de 
Vida (ICV) 
Realização de pesquisa de campo, coleta 
de dados e sistematização junto ao SGE. 
Elaboração de relatório de dados, sob 
orientação do SGE, do CAA e Comitê 
A pesquisa será amostral, junto à 
população-alvo dos projetos apoiados pela 
SDT (assentados do Pontal do 
Paranapanema), através de questionário 
3º. Trimestre do 
Projeto, 
7º. Trimestre do Projeto 
e 
Científico. orientado pela SGE/SDT. Esta pesquisa 
será realizada pela CAI, em parceria com 
Universidade e entidades, durante os três 
anos de vigência do Projeto. 
10º. Trimestre do 
Projeto 
(periodicidade anual) 
7. Avaliação das 
atividades 
desenvolvidas no 
Projeto 
Elaboração de relatório e parecer de 
avaliação da execução do Projeto, 
discussão e envio ao SGE/SDT. 
O CAA deverá reunir informações junto à 
CAI e Colegiado e, coletivamente, discutir o 
andamento da execução do projeto, bem 
como propor aprimoramentos. 
4º. Trimestre, 8º. 
Trimestre e 12º. 
Trimestre do Projeto 
(periodicidade anual) 
8. Atividades de 
formação 
Propor e executar projetos de extensão 
(cursos, palestras etc.) junto ao Colegiado e 
demais agentes, com vistas ao 
aprimoramento da gestão e da qualificação 
das demandas e projetos. Realizar 
atividades de capacitação da equipe 
gestora do Projeto. 
As atividades de capacitação da equipe 
gestora do projeto deverá ser propiciada a 
partir de orientação da SDT, previstas para 
serem anuais. 
As atividades consignadas como de 
extensão (cursos e palestras), serão 
organizadas pelo CAA e pelas entidades 
parceiras, com suporte da Universidade. 
Capacitação da equipe 
= 1 X ano; 
Demais atividades de 
formação = em função 
da demanda. 
9. Pesquisa sobre 
Índice de 
Desenvolvimento 
Sustentável 
Realização de pesquisa de campo, coleta 
de dados e sistematização junto ao SGE. 
Elaboração de relatório de dados, sob 
orientação do SGE, do CAA e Comitê 
Científico. 
A pesquisa consta da composição de 
indicadores primários e secundários 
(questionários e entrevistas de campo + 
sistematização de informações já 
disponíveis) segundo tipologias territoriais a 
serem discutidas no CAA e no Comitê 
Científico e sob orientação do SGE/SDT 
4º. Trimestre e 9º. 
Trimestre (estão 
previstos dois 
levantamentos durante 
a vigência do Projeto) – 
pesquisa bienal. 
10. Assessoria ao 
Plano Territorial de 
Desenvolvimento Rural 
Sustentável 
Gerar subsídios, estimular a discussão no 
Colegiado Territorial e demais entidades, 
colaborar na formatação do Plano 
Através do conjunto de informações 
coletadas e sistematizadas pela CAI e 
disponíveis no SGE/SDT, elaborar textos e 
reflexões. Apoiar e colaborar no debate 
acerca de demandas e projetos junto ao 
Colegiado Territorial. Colaborar na 
elaboração e redação do PTDRS 
Esta atividade estará 
sendo desenvolvida ao 
longo de todo o período 
de vigência do projeto: 
1º. ao 12º. Trimestre. 
X. DESCRIÇÃO SUCINTA DAS TAREFAS ESPECÍFICAS DOS MEMBROS DA 
EQUIPE E PLANO DE TRABALHO RESUMIDO DOS BOLSISTAS DA APOIO 
TÉCNICO À PESQUISA. 
 
EQUIPE FUNÇÃO TAREFAS ESPECÍFICAS 
Luís Antonio 
Barone 
coordenador compor o Comitê Científico e de 
Extensão/CCE (a coordenação do mesmo 
será objeto de deliberação desse coletivo); 
compor o Comitê de Acompanhamento e 
Avaliação (CAA); supervisionar a Célula de 
Acompanhamento e Informação (CAI), 
responsabilizando-se, em última instância, 
pela sua manutenção; indicar e avaliar o 
desempenho do coordenador da Célula (CAI) 
e demais bolsistas; participar das atividades 
de formação patrocinadas pela SDT/SGE; 
assessorar o Colegiado Territorial (CT), 
atendendo seus convites e elaborando 
relatórios, sínteses e análises; responder à 
SDT/SGE sobre esclarecimentos; orientar e 
supervisionar os trabalhos de campo; 
coordenar a elaboração dos relatórios à 
SDT/SGE; acompanhar as visitas de avaliação 
ao território. 
Everaldo 
Santos 
Melazzo 
Professor 
colaborador 
compor o Comitê Científico e de 
Extensão/CCE, auxiliando a articulação entre 
a Universidade e o Colegiado Territorial (CT); 
exercer a suplência do coordenador no CAA; 
acompanhar os trabalhos da CAI; colaborar na 
elaboração dos relatórios demandados; 
participar das plenárias do CT sempre que 
convidado; participar da atividades de 
formação promovidas pela SDT/SGE; exercer 
a suplência do coordenador em quaisquer 
situações, sempre que demandado. 
Anderson 
Antonio da 
Silva 
Coordenador da 
Célula de 
Acompanhamento 
e Informação 
(CAI) 
profissional responsável pela instalação e 
manutenção da CAI, alimentando o banco de 
dados do SGE; responderá diretamente ao 
coordenador e professor colaborador e à 
SDT/SGE; exercer papel mediador entre 
SDT/SGE e o Colegiado (CT); participar das 
reuniões do CT; coordenar o processo de 
levantamento e sistematização dos dados de 
todas as pesquisas realizadas pela CAI; 
elaborar, sob supervisão, os relatórios 
demandados; estimular a participação e a 
qualificação do CT; exercer papel articulador 
entre o CT, a CAI e as entidades parceiras, 
estimulando e colaborando em projetos afins; 
participar das atividades de formação 
promovidas pela SDT/SGE; acompanhar a 
execução dos projetos que constam da 
agenda de trabalho do CT; apoiar 
logisticamente a equipe do projeto nas 
atividades de monitoramento e avaliação; 
colaborar no debate e elaboração do PTDRS; 
Elizabeth 
Teronze 
Apoio Técnico de 
Pesquisa 
colaborar na implantação e manutenção da 
CAI; acompanhar as reuniões do CCE e do 
CT, apoiando o coordenador da CAI em sua 
atribuição de estimulador e mediador; 
acompanhar as atividades de campo das 
pesquisas sob responsabilidade da CAI; 
desenvolver plano de trabalho de pesquisa e 
extensão detalhado, a ser elaborado sob 
orientação do coordenador do projeto, do 
colaborador e supervisionado pelo 
coordenador da CAI. 
Edvânia 
Aparecida da 
Silva 
Apoio Técnico de 
Pesquisa 
colaborar na implantação da CAI; acompanhar 
as reuniões do CCE e do CT, apoiando as 
ações do projeto; acompanhar as atividades 
de campo das pesquisas sob responsabilidade 
da CAI; desenvolver plano de trabalho de 
pesquisa e extensão detalhado, a ser 
elaborado sob orientaçãodo coordenador do 
projeto e do colaborador, especialmente na 
organização de atividades de formação e 
informação. 
 
 
 
 
Plano de Trabalho resumido dos bolsistas de apoio técnico à pesquisa 
(ATP)11 
1. Elizabeth Teronze (ATP): 
a. esta bolsista será o apoiador direto do coordenador da Célula de 
Acompanhamento e Informação (CAI), auxiliando-o na instalação e 
manutenção da mesma. 
b. seu trabalho será responsabilizar-se, juntamente e sob supervisão do 
coordenador da CAI, da manutenção e alimentação do sistema de 
informação que tem a CAI como base. 
c. Realizar, sob supervisão do coordenador da CAI e orientação do 
coordenador do projeto e professor colaborador, coleta de dados 
secundários que subsidiarão a elaboração de relatórios e comporão 
indicadores da pesquisa; 
d. Ser membro efetivo da equipe de coleta de dados (trabalhos de campo) 
nas pesquisas programadas pelo projeto. 
e. Acompanhar as atividades do Colegiado Territorial e dos Grupos de 
Pesquisa, auxiliando a realização de pesquisas correlatas aos objetivos 
deste projeto de da CAI. 
Obs.: A montagem de um cronograma de atividades (de 36 meses) se dará em 
função das deliberações relativas à CAI, consensuadas com o Comitê Científica e 
de Extensão e o Colegiado Territorial. 
 
2. Edvânia Aparecida da Silva (ATP): 
a. esta bolsista terá como atividade diferencial a atuação no âmbito da 
extensão universitária, auxiliando na promoção do diálogo e da troca de 
conhecimentos entre a universidade e a comunidade (expressa sobretudo 
no CT e nos assentamentos do Território). Dessa forma, sua função será 
auxiliar na elaboração de ações extensionistas (cursos, dias de campo, 
palestras, material de divulgação) a serem realizadas no bojo do projeto. 
b. Realizar, sob supervisão do coordenador da CAI e orientação do 
coordenador do projeto e professor colaborador, coleta de dados 
secundários que subsidiarão a elaboração de relatórios e comporão 
indicadores da pesquisa; 
c. Ser membro efetivo da equipe de coleta de dados (trabalhos de campo) 
nas pesquisas programadas pelo projeto. 
 
11 Anexamos apenas os planos de trabalho resumidos dos ATPs visto que os planos de atividades 
detalhados do coordenador do projeto, professor colaborador e coordenador da Célula (CAI) deverão ser 
elaborador em consenso com o Colegiado Territorial, o Comitê Científico e de Extensão e a SDT//SGE. 
 
d. Acompanhar as atividades do Colegiado Territorial e dos Grupos de 
Pesquisa, auxiliando a realização de pesquisas correlatas aos objetivos 
deste projeto de da CAI. 
Obs.: A montagem de um cronograma de atividades (de 36 meses) se dará em 
função das deliberações relativas à CAI, consensuadas com o Comitê Científica e 
de Extensão e o Colegiado Territorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XI. RESULTADOS, AVANÇOS, APLICAÇÕES ESPERADAS E INDICADORES 
DE PROGRESSO, COM SUAS ESPECIFICAÇÕES 
 A constituição da Célula de Acompanhamento e Informação (CAI), bem 
como da arquitetura institucional, conforme apontada no organograma da Figura 2, 
sem dúvida resultará em avanços nas relações universidade-sociedade. As 
possíveis aplicações, resultado concretos e indicadores de progresso podem ser 
evidenciados da seguinte forma: 
1) Para a universidade: 
A expectativa de resultados de um projeto que está estreitamente vinculado 
aos prognósticos e formulações, metodologias fornecidos previamente é um desafio 
particular. Os resultados, porém, assim como os avanços, com base na evolução da 
tomada e coleta de informações, podem, em alguma medida, possibilitar 
compreensões analíticas que ultrapassem os prognósticos demandados pela política 
pública. 
É exatamente essa possibilidade que dotará a equipe de condições para 
formular a análise qualitativa das informações a serem coletadas, explorando 
exaustivamente esse banco de dados a ser constituído. Isto é, enquanto o 
cumprimento do plano de trabalho requererá dedicação e atenção direcionada pela 
metodologia pré-definida, a “leitura” dessas informações possibilitará à equipe avançar 
entendimentos por meio dos resultados obtidos. 
Assim, as aplicações, por essa via, permitirão não somente a ampliação dos 
conhecimentos e a socialização dos mesmos com os trabalhadores e a comunidade 
interessada, como também a viabilização de projetos de pesquisa que poderão 
verticalizar ainda mais os conhecimentos já disponíveis. Seja em nível de graduação -
Iniciação Científica - ou de Pós-Graduação (mestrado, doutorado etc.), as 
possibilidades são infindas e, por isso, a aposta nesse projeto. 
Se esses resultados revelarão indicadores de progresso é cedo para afirmar. 
No entanto, os exercícios de pesquisa associados ao ineditismo da reunião de todos 
os Grupos de Pesquisa vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Geografia, 
dessa Faculdade, em torno de um único projeto, é o sinal que faltava para firmar 
novos tempos e relações de aprendizado e de convivência. 
 
 
2) No âmbito do Colegiado Territorial e da SGE/SDT: 
 Os resultados concretos das iniciativas da Célula de Acompanhamento e 
Informação (CAI) estão assim listados no Edital MDA/CNPq – 005/2009: 
 a) Observar e acompanhar os processos territoriais e coletar dados e informações 
para registro, controle e avaliação. 
b) Fornecer aos Colegiados Territoriais informações elaboradas como subsídio à 
qualificação do processo de gestão social do desenvolvimento. 
c) Disponibilizar para as Universidades dados e informações que possam constituir 
insumos relevantes às atividades de pesquisa, ensino e extensão. 
d) Manter fluxos de comunicação entre os componentes do sistema para que os dados 
constituam informações fundamentais para o planejamento estratégico e para a 
gestão, orientando o aperfeiçoamento dos processos e favorecendo a geração e 
sistematização de conhecimentos, bem como a aprendizagem sobre as realidades, 
dinâmicas e especificidades do desenvolvimento rural e regional, segundo a 
abordagem territorial. 
e) Disponibilizar e/ou conseguir gestionar recursos que possam apoiar os avanços nos 
sistemas de planejamento, avaliação e gestão, bem como na diversificação e na 
inovação. 
f) Apoiar as iniciativas das Universidades que ampliem e diversifiquem o escopo da 
parceria estabelecida. 
Além desse conjunto de ações esperadas, acrescentamos, a partir da realidade local e 
da demanda explicitada no Colegiado: 
g) Colaborar ativamente na confecção do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural 
Sustentável (PTDRS). 
 
Indicadores de progresso: 
A própria constituição do arranjo institucional previsto neste projeto (e descrito 
na figura 2) já é um indicador de progresso no objetivo maior de envolver a 
universidade pública na consecução das políticas gestionadas pelo MDA/SDT. No 
entanto, listamos indicadores concretos de avanços, que poderão ser mensuráveis ao 
longo do tempo de vigência do projeto. 
1) produção de relatórios circunstanciados e sintéticos dos dados levantados 
pela Célula de Acompanhamento e Avaliação (CAI), a serem distribuídos no interior 
do Colegiado Territorial (CT) e para instituições do poder público, contendo sínteses e 
análises da conjuntura sócio-econômica do Território, bem como do desenvolvimento 
das políticas específicas. 
2) Acompanhamento da evolução dos indicadores ICV e IDS para o Território, 
produzindo análises acerca dos avanços e obstáculos na melhoria das condições de 
vida e do desenvolvimento do Território do Pontal. 
3) Em conseqüência dos produtos acima indicados, elaboração de estudos 
sobre ações de superação dos empecilhos (projetos auxiliares aos programas), a 
serem discutidos no CT e encaminhados para a SDT/MDA. A inovação em termos de 
qualificação das demandas do Território junto ao MDA será um importante indicador 
de evolução da formação de lideranças territoriais com autonomia para elaborar e 
encaminhar projetos detalhados.

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