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Nivelamento de Língua Portuguesa
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
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Luciana Fiamoncini
Patricia Maria Matedi
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitor de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Davi Schaefer Pasold
Revisão:
Diógenes Schweigert
José Rodrigues
Marina Luciani Garcia
Todos os direitos reservados à Editora Grupo UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVI
Fone/Fax: (47) 3281-9000/ 3281-9090
Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2011.
Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.
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Nesta unidade conheceremos um pouco mais sobre 
a construção textual. Por ser um aprendizado demorado, 
muitos apresentam difi culdades para redigir um bom texto. 
Alguns escrevem com facilidade, porém têm difi culdade de 
atingir seus objetivos ou não conseguem ser claros. 
FONTE: Disponível em: <http://desespreuniversitaria.blog.com/tag/
redacao/>. Acesso em: 10 jan. 2011.
Além disso, a língua falada é a mais utilizada no nosso 
dia a dia, portanto, poucos são os que efetivamente praticam 
a escrita. Pensando nas difi culdades apresentadas pela 
maioria das pessoas, sejam escritores ou não, elaboramos 
este material de forma clara para que você conheça e 
O ESTUDO DO TEXTO
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compreenda os principais métodos para redigir um bom texto. 
O texto escrito, quanto mais claro e coeso for, mais 
fácil será de compreendê-lo, sem deixarmos o leitor confuso 
com o que realmente queremos dizer. O ato de escrever é 
mais complexo do que a fala, pois quando falamos, podemos 
fazer inferências, como os gestos, podemos ratifi car a fala, 
especifi car melhor caso o interlocutor não compreenda o que 
queremos dizer, há a entonação e diversos outros fatores que 
facilitam a intermediação.
Para que, então, devemos escrever bem? A escrita tem 
funções sociais muito importantes. Transferir e preservar 
informações, por exemplo, é uma das principais funções da 
escrita. O que seria de nós se Camões não tivesse escrito seu 
poema “Os Lusíadas”? E se Pero Vaz de Caminha não tivesse 
escrito sua carta ao rei D. Manuel? Nós nem saberíamos que 
estas obras algum dia existiram. 
Sabemos que hoje em dia há os computadores, as 
gravações e diversas outras formas de se registrar este tipo 
de informação, mas a escrita ainda continua sendo a principal 
delas. 
Bem, agora que sabemos por que a escrita é importante, 
vamos adiante. Falamos de texto o tempo todo, mas afi nal, 
caro leitor, o que é um texto? Vejamos:
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De acordo com Maia (2009, p. 35), texto é
uma mensagem: uma passagem falada 
ou escrita que forma um todo signifi cativo 
independentemente de sua extensão. 
Os textos variam de acordo conforme as 
intenções do autor, podendo ser narrativos, 
descritivos, informativos, argumentativos, 
apelativos ou poéticos. Raramente um texto 
é construído com as características de um 
só tipo. O mais comum é encontrarmos 
os vários tipos em um só texto, por isso 
devemos observar qual a característica 
predominante. Um texto predominantemente 
narrativo pode ter passagens descritivas, 
informativas, argumentativas etc.
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NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO
Muito bem, companheiro de estudos, agora que já 
sabemos o que é um texto, vamos conhecer os três principais 
tipos. Começaremos pela descrição.
A descrição nada mais é do que apresentar características 
de algo ou de alguém. Estas características podem ser, no 
caso de pessoas, físicas (alto, magro, baixo, gordo, loiro, 
moreno) ou psicológicas (feliz, triste, angustiado, estressado 
etc.). Pode-se também descrever o tipo de vestimenta 
que a pessoa se encontra, enfi m, tudo o que apresenta 
características é descrição. Veja o exemplo, retirado da obra 
O Primo Basílio, de Eça de Queiroz:
Era alto, magro, vestido todo de preto, com 
o pescoço entalado num colarinho direito. 
O rosto aguçado no queixo ia-se alargando 
até à calva, vasta e polida, um pouco 
amolgado no alto; tingia os cabelos que 
de uma orelha à outra lhe faziam colar por 
trás da nuca - e aquele preto lustroso dava, 
pelo contraste, mais brilho à calva; mas 
não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto, 
caído aos cantos da boca. Era muito pálido; 
nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma 
covinha no queixo, e as orelhas grandes 
muito despegadas do crânio. (Disponível 
em: <http://lportuguesa.malha.net/content/
view/30/1/>. Acesso em: 10 jan. 2011)
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Já a narração é o ato de contar histórias com 
personagens e acontecimentos. Constantemente em nossa 
vida narramos fatos, sejam eles fi ctícios ou reais. O simples 
fato de contarmos ao nosso amigo como foi nosso dia é um 
exemplo de narração. 
Para que haja narração, é necessário que haja um 
narrador. Em uma narração, o narrador pode ou não fazer 
parte da história. Ele pode contar a história como se fosse 
uma terceira pessoa, ou seja, como se ele apenas observasse 
o que acontece, ou fazer parte dela, contando fatos que o 
incluem e tendo falas. Veja um exemplo de narração retirada 
do livro Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll (2002). 
Neste caso, o narrador não participa da história, apenas conta 
o que se passa:
Alice estava começando a fi car muito 
cansada de estar sentada ao lado de sua 
irmã e não ter nada para fazer: uma vez ou 
duas ela dava uma olhadinha no livro que a 
irmã lia, mas não havia fi guras ou diálogos 
nele e “para que serve um livro”, pensou 
Alice, “sem fi guras nem diálogos?” Então, 
ela pensava consigo mesma (tão bem 
quanto era possível naquele dia quente que 
a deixava sonolenta e estúpida) se o prazer 
de fazer um colar de margaridas era mais 
forte do que o esforço de ter de levantar e 
colher as margaridas, quando subitamente 
um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa 
passou correndo perto dela. [...]
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Já sabemos o que é uma narração e uma descrição. 
Vamos à dissertação. Dissertar, segundo o dicionário Houaiss 
da língua portuguesa, é o ato de “expor um assunto de modo 
sistemático, abrangente e profundo, oralmente ou por escrito” 
(HOUAISS, 2004). Em uma dissertação, você deve escrever 
suas ideias sobre um assunto argumentando sobre elas, 
ou seja, defendendo seu ponto de vista acerca do tema. 
Geralmente a dissertação é o gênero textual solicitado em 
concursos e vestibulares.
Encerramos mais uma pequena etapa da nossa jornada.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL
A partir daqui falaremos um pouco sobre concordância. 
O nome concordância já nos remete ao ato de concordar, 
certo? Então, a concordância nominal é o ato de fazer com 
que toda palavra variável se adapte ao substantivo ao qual 
se refere. Parece difícil, não? Na realidade é bem simples. 
Observe: 
As meninas compraram dois pirulitos. 
As – artigo feminino plural 
Meninas – substantivo feminino plural
(Neste caso, o artigo concorda com seu substantivo). 
Dois – numeral masculino plural 
Pirulitos: substantivo masculino plural. 
(Neste caso, o artigo concorda com seu substantivo também). 
Os carro foram roubados.
Os – artigo masculino plural. 
Carro – substantivo masculino singular. 
(Neste caso, o artigo deve concordar com seu substantivo 
também). 
Observe a forma correta: Os carros foram roubados. 
No entanto, você deve estar se perguntando: “e quando 
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o adjetivo deve concordarcom mais de um substantivo?” 
Quando isso ocorre, há várias formas de concordar. 
a. Quando o adjetivo aparece depois de substantivos do 
mesmo gênero: 
Pode-se fazer da seguinte forma: 
Ele comprou um carro e um caminhão novo. (concorda com 
o último)
Ou
Ele comprou um carro e um caminhão novos. (concorda 
com os dois, formando, assim, plural)
b. Quando o adjetivo aparece depois de substantivos de 
gêneros diferentes:
Pode-se fazer da seguinte forma: 
Ele comprou um caminhão e moto nova. (concorda com o 
último, no feminino)
Ou
Ele comprou um caminhão e moto novos. (concorda com os 
dois, no plural masculino).
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Muitas palavras ou expressões podem causar certa 
dúvida na hora de concordá-las dentro de um texto. É o caso 
das palavras que apresentaremos, uma a uma, a você, para 
tentar auxiliá-lo a resolver essas dúvidas que normalmente 
nos assolam na hora de escrever. 
Vamos lá? 
a. Bastante, meio e mesmo. 
Antes de iniciar a explicação, você deve prestar atenção 
à função que a palavra exerce dentro da frase. Quando elas 
estão se referindo ao substantivo, concordam com ele. 
EXEMPLOS: 
Ela tem bastantes bonecas. 
Bebi meia xícara de café. 
As meninas mesmas compraram os sorvetes para a festa. 
(Bonecas, xícara e meninas = substantivos)
Já quando estão se referindo ao adjetivo ou ao verbo, 
tomam função de advérbio, Por este motivo não variam. 
EXEMPLOS: 
O salão estava bastante vazio. 
A mulher anda meio preocupada com o marido. 
Ele chorou mesmo. 
(Vazio e preocupada = adjetivos; chorou = verbo)
b. Anexo, obrigado e só. 
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As palavras anexo e obrigado concordam sempre com 
o pronome ou substantivo no qual se referem. 
EXEMPLO: 
A menina disse obrigada. (menina – obrigada)
O menino disse obrigado. (menino – obrigado)
O extrato segue anexo. (extrato – anexo)
A cópia segue anexa. (cópia – anexa)
A palavra só, quando quer dizer sozinhos, fl exiona para 
o plural. 
Ex.: Eles querem fi car sós na sala, pois brigaram esta tarde. 
Já quando quer dizer somente, fi ca no singular. 
Ex.: Eles querem fi car só na sala, não na cozinha. 
c. Expressões: é proibido, é bom, é necessário. 
Se antes do substantivo vier um artigo ou pronome, o 
adjetivo concordará com o substantivo. 
EXEMPLOS:
É proibida a entrada de animais. 
A água é boa para a saúde. 
É necessária muita força para abrir este portão. 
 Se não houver artigo nem pronome antes do substantivo, 
o adjetivo não varia. 
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EXEMPLOS: 
É proibido entrada de animais.
Água é bom para a saúde. 
É necessário força para abrir este portão.
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CONCORDÂNCIA VERBAL
Agora que você já sabe o que é a concordância nominal, 
não fi ca difícil saber o que é a concordância verbal. Apenas 
observe estas frases: 
 
Um gato caiu do telhado. 
Neste caso, o verbo está no singular, concordando com seu 
sujeito, no caso, gato. 
Dois gatos caíram do telhado.
Neste caso, o verbo está no plural, concordando com seu 
sujeito, no caso, gatos. 
Assim, podemos concluir que a concordância verbal é o ato 
de fazer com que o verbo se fl exione de acordo com o sujeito. 
Há, no entanto, algumas regras de concordância 
que você deve saber. Vamos mais uma vez juntos a esta 
caminhada? 
• Principais regras para a concordância verbal com 
sujeito simples, ou seja, aquele que apresenta somente 
um núcleo. 
• Regra geral: O verbo deve concordar em número e pessoa 
com seu sujeito. 
 Exemplo: Eles sempre viajam no Natal. 
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• Verbo + se: se conseguimos transformar a frase em locução 
verbal, ou seja, usá-la com dois verbos, devemos fazer com 
que o verbo concorde com o sujeito. 
 Exemplo: Atiraram-se as pedras. = As pedras foram 
atiradas. 
• Quando usamos grande número de, uma porção de, a 
maior parte de + um nome no plural, podemos usar o 
verbo tanto no singular quanto no plural, e ele estará correto. 
 Exemplo: Uma porção de cães fugiram do canil OU Uma 
porção de cães fugiu do canil. (ambas estão corretas). 
• Quando usamos perto de, cerca de, mais de, menos de 
+ numeral, o verbo deve concordar sempre com o numeral 
que aparece.
• 
 Exemplo: Mais de uma pessoa desistiu. / Mais de dez 
pessoas desistiram. 
• Quando aparece, em uma frase, um nome próprio que 
somente apresenta forma no plural, como é o caso de 
Estados Unidos, por exemplo, e este estiver acompanhado 
de artigo, o verbo acompanha o artigo. Caso não apareça 
artigo na frase, o verbo permanece no singular. 
 Exemplo: Os Estados Unidos são uma grande potência. / 
O Amazonas é um grande estado.
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Estados Unidos é um país. Amazonas é um estado.
• Principais regras para a concordância verbal com 
sujeito composto, ou seja, aquele que apresenta mais 
de um núcleo.
• Quando o sujeito composto aparece antes do verbo, 
devemos sempre colocar o verbo no plural. 
 Exemplo: O pai e a mãe brigaram com os fi lhos.
• Quando o sujeito composto aparece depois do verbo, 
podemos colocar o verbo no plural ou concordá-lo apenas 
com o primeiro verbo que estiver no sujeito. 
 Exemplo: Brigou com os fi lhos o pai e a mãe OU Brigaram 
com os fi lhos o pai e a mãe. 
• Quando os núcleos do sujeito, ou seja, os componentes 
principais forem ligados pela palavra OU indicando 
exclusão, o verbo fi ca no singular. Se a palavra OU 
não indicar exclusão, o verbo vai para o plural. 
 Exemplo: Eu ou meu pai buscará minha irmã no colégio. 
(nesta frase, OU indica exclusão) / Flores ou chocolate sempre 
agradam. (nesta frase, OU não indica exclusão).
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REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
Agora que já estudamos a concordância, que é 
imprescindível na hora de redigir um texto, vamos a mais um 
passo importante na nossa caminhada: a regência. A regência 
é o estabelecimento de relação entre o termo principal da 
oração e seu complemento.
A regência nominal é quando um nome faz papel de 
termo regente. 
EXEMPLO: A menina era parecida com a mãe. Neste 
caso, parecida vem a ser o nome (termo regente) e com a 
mãe é o complemento (termo regido).
Já a regência verbal, é quando quem faz papel de termo 
regente é um verbo. 
EXEMPLO: Muitas pessoas gostam de teatro. Neste 
caso, gostam é o verbo (termo regente) e de teatro é o 
complemento (termo regido). 
A regência verbal estuda também qual a relação sintática 
que se estabelece dependendo da transitividade do verbo. 
Para tal, é necessário que você relembre o que são os verbos 
transitivo direto e indireto.
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Os verbos transitivos diretos não possuem sentido 
completo, necessitando de um complemento, que 
chamamos de objeto direto. 
EXEMPLO: A menina comprou um doce. Comprou 
o quê? Um doce. A palavra doce é o complemento 
(objeto direto) do verbo. 
O verbo transitivo indireto da mesma forma 
precisa de um complemento, mas desta vez este 
complemento recebe, antes dele, uma preposição. 
Estes complementos, neste caso, são os objetos 
indiretos. 
EXEMPLO: Ele obedece ao pai. Obedece a quem? 
Ao pai. As palavras ao pai, neste caso, são o 
complemento (objeto indireto) do verbo.
Muito bem. Agora que já relembramos o que é um verbo 
transitivo direto e indireto, vamos ver uma lista de verbos 
usados no nosso dia a dia com seus sentidos e a regência 
correta:
• Agradar: 
ο Quando tem sentido de satisfazer, é transitivo indireto. 
Exemplo: Os alunos agradaram ao professor.
ο Quando tem sentido de fazer carinho, é transitivo direto. 
Exemplo: Meu fi lho agradou o cachorro. 
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• Agradecer: 
ο Quando se agradece por alguma coisa, usamos como 
transitivo direto. 
Exemplo: Eu agradecio bolo. 
ο Quando se agradece alguém, usamos como transitivo 
indireto. 
Exemplo: Eu agradeço aos meus amigos. 
• Aspirar: 
ο Quando tem sentido de inalar ou respirar, usamos como 
transitivo direto. 
Exemplo: Eu aspirei água quando caí na piscina. 
ο Quando tem sentido de almejar, desejar, usamos como 
transitivo indireto. 
Exemplo: Eu aspirei ao cargo de supervisor.
• Assistir
ο Quando usado no sentido de prestar assistência, usamos 
como transitivo direto. 
Exemplo: O médico assiste o paciente com paciência. 
ο Quando usado no sentido de ver, presenciar, usamos como 
transitivo indireto. 
Exemplo: O médico assistiu ao jogo de futebol no fi m de 
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semana. 
• Lembrar e esquecer: 
ο Quando não são acompanhados de pronome, usamos 
como transitivo direto. 
Exemplo: Esqueci o nome do rapaz. / Lembrei o seu endereço. 
ο Quando são acompanhados de pronome, usamos como 
transitivo indireto. 
Exemplo: Esqueci-me do nome do rapaz. / Lembrei-me do 
seu endereço. 
• Obedecer e desobedecer. 
ο Sempre serão transitivos indiretos. 
Exemplo: Ele obedeceu às ordens./ A criança desobedeceu 
ao professor. 
• Precisar: 
ο Quando usado no sentido de informar com precisão, usamos 
como transitivo direto. 
Exemplo: Ele precisou a hora e o local do crime. 
ο Quando usado no sentido de necessitar, usamos como 
transitivo indireto. 
Exemplo: Ela precisou de uma explicação mais clara.
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COESÃO E COERÊNCIA
A partir de agora entraremos em mais uma fase 
importante para a compreensão textual. Coesão e coerência 
são fatores importantes para uma melhor compreensão 
durante a leitura e escrita do texto. 
Sabemos que, para distinguir um texto de um amontoado 
de palavras ou frases é necessário que haja harmonia entre 
os elementos, certo? Você certamente já leu algo do qual não 
tenha entendido ao certo o que queria dizer. Certamente a 
este texto faltavam elementos de coesão e coerência. 
São os elementos de coesão que determinam a relação 
das palavras a fi m de formar uma frase. Note o exemplo a 
seguir:
Os sem-terra fi zeram um protesto em 
Brasília contra a política agrária do 
país, porque consideram injusta a atual 
distribuição de terras. Porém, o ministro da 
Agricultura considerou a manifestação um 
ato de rebeldia, uma vez que o projeto de 
Reforma Agrária pretende assentar milhares 
de sem-terra”. (JORDÃO, R; BELLEZI, C. 
Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 
2007, p. 566).
Podemos dizer que as palavras destacadas são 
responsáveis pela coesão do texto, pois são elas que 
garantem uma boa sequência de eventos. 
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A coerência textual, por sua vez, é a relação entre as 
ideias, sendo que essas devem complementar-se. Em outras 
palavras, é o resultado da não contradição entre as partes do 
texto. 
Um texto tornar-se-á incoerente para determinada 
situação quando o autor não conseguir inferir um sentido a 
ele. Para garantir a coerência de um texto, o conhecimento 
que o produtor e o receptor têm do assunto abordado 
é muito importante, como o conhecimento de mundo, a 
intertextualidade, o conhecimento que esses têm da língua 
que usam.
Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado 
ao conteúdo, ou seja, está no sentido constituído pelo leitor.
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DISCURSO DIRETO E INDIRETO
Vimos anteriormente alguns tipos de texto, não é 
mesmo? Agora conheceremos os tipos de discurso dos quais 
se vale o narrador para relatar a fala das personagens. São 
eles o discurso direto e discurso indireto.
Formalmente, um enunciado em discurso direto é 
marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, 
afi rmar, ponderar, sugerir, perguntar, indagar ou responder. 
Na falta de um desses verbos declarativos, cabe ao 
contexto e a recursos gráfi cos a função de indicar a fala da 
personagem.
Em outras palavras, podemos dizer que o discurso direto 
caracteriza-se pela reprodução fi el da fala da personagem. 
Para clarear as ideias sobre o tema, reafi rmamos o exposto 
através do exemplo a seguir: 
“O amigo abraçou-o. E logo recuou com certo espanto: 
- O seu chapéu, Zé Maria? 
- Ah, não uso mais. 
- Felizardo! 
(A. M. Machado)
Podemos chamar de discurso indireto, segundo Celso 
Cunha (2008), o processo de reproduzir enunciados. Note um 
exemplo na seguinte frase de Machado de Assis: 
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“José Dias deixou-se estar calado, suspirou e acabou 
confessando que não era médico.” 
Nela, o narrador incorpora ao seu falar uma informação 
da personagem (José Dias), transmitindo ao leitor apenas o 
conteúdo sem preocupação com a forma linguística realmente 
empregada. Em outras palavras, podemos dizer que no 
discurso indireto não há diálogo, o narrador faz-se intérprete 
das personagens, transmitindo ao leitor o que disseram ou 
pensaram. 
Para analisar, na prática, as diferenças entre os tipos de 
discurso, observe o quadro a seguir:
Discurso Direto Discurso Indireto
1. O aluno disse-lhe: 
- Eu o conheço. 
1. O aluno disse-lhe que o conhecia. 
2. Apontou para o prédio e falou: 
- Isto que é uma construção forte. 
2. Apontou para o prédio e falou que 
aquilo ali era uma construção forte. 
3. Clarice olhou-o severamente 
pedindo: 
- Pare com estas brincadeiras. 
3. Clarice olhou-o severamente 
pedindo que parasse com aquelas 
brincadeiras. 
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AMBIGUIDADE
Este é certamente, um dos maiores problemas na hora 
de redigir um texto. A transmissão errada do que se quer dizer 
pode causar sérias consequências, portanto, é bom tomar 
alguns cuidados para não cometê-los. Observe os seguintes 
casos: 
“O médico falou com o enfermeiro nervoso.” 
Esta frase pode ser interpretada de duas maneiras: quem 
estava nervoso, o médico ou o enfermeiro? Para consertá-la, 
bastaria reescrevê-la da seguinte forma: 
“O médico, nervoso, falou com o enfermeiro.” (se quem 
estava nervoso era o médico). Ou “O médico falou com o 
enfermeiro, que estava nervoso.” (se quem estava nervoso 
era o enfermeiro).
“Pessoas que fumam com frequência apresentam 
difi culdade respiratória e fadiga.”
Neste caso, a má colocação da palavra frequência 
nos confunde. Pessoas que fumam com frequência ou com 
frequência apresentam difi culdade respiratória e fadiga? Para 
consertá-la, bastaria reescrevê-la da seguinte forma:
“Pessoas que fumam apresentam difi culdade respiratória 
e fadiga com frequência.” Ou “Pessoas que com frequência 
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fumam apresentam difi culdade respiratória e fadiga.”
Em alguns casos, a ambiguidade é utilizada 
propositalmente. Isto ocorre em piadas e textos humorísticos. 
Veja:
- Qual o seu maior sonho de consumo?
- Quero morar um dia na praia.
- Mas só um?
- Doutor, já quebrei o braço em vários lugares.
- Se eu fosse o senhor, não voltava mais para esses lugares.
- Não deixe sua cadela entrar na minha casa de novo. Ela 
está cheia de pulgas.
- Diana, não entre nessa casa de novo. Ela está cheia de 
pulgas.
O bêbado está no consultório e o médico diz:
- Eu não atendo bêbado.
- Quando o senhor estiver bom eu volto. - disse o bêbado.
FONTE: Disponível em: <http://www.escreverbem.com.br/index.php?lingua=1&p
agina=escreva_01>. Acesso em: 5 dez. 2010.
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D ICAS
Encontramos uma lista de dicas divertidas e úteis para que 
você possa construir seu texto evitando cometer alguns erros 
muito comuns. Veja: 
1. Vc. deve evitar abrev. etc. 
2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita 
demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento 
inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero 
excessivo que beira o exibicionismo narcisístico. 
3. Anule aliterações altamente abusivas. [aliteração:repetição 
sequenciada dos mesmos sons, neste caso a letra “a” inicial] 
4. “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia dona loreta, 
minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.
5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz. 
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é 
desnecessário. 
7. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam 
maneiras, tá ligado? 
8. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre 
é um erro. 
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9. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai fi car uma 
palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a 
palavra repetida desqualifi que o texto onde a palavra se encontra 
repetida. 
10. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: 
“Quem cita os outros não tem ideias próprias”. 
11. Frases incompletas podem causar 
12. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de 
formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma 
só vez. Em outras palavras, não fi que repetindo a mesma ideia. 
13. Seja mais ou menos específi co. 
14. Frases com apenas uma palavra? Jamais! 
15. A voz passiva deve ser evitada. 
16. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula 
especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de 
interrogação 
17. Quem precisa de perguntas retóricas?
18. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas 
desconhecidas.
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19. Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação. 
20. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evita-las-ei!” 
[mesóclise: quando utilizamos o pronome no meio do verbo no 
futuro do presente ou futuro do pretérito]. 
21. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa 
galinha. [Analogia: é uma relação de equivalência entre duas ou 
mais relações]. 
22. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fi ca horrível! 
23. Evite frases exageradamente longas, pois estas difi cultam a 
compreensão da ideia contida nelas, e, concomitantemente, por 
conterem mais de uma ideia central, o que nem sempre torna o 
seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a 
separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las 
compreensíveis, o que não deveria ser, afi nal de contas, parte 
do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do 
uso de frases mais curtas. 
24. Cuidado com a hortografi a, para não estrupar a língüa 
portuguêza. 
25. Seja incisivo e coerente, ou não.” 
FONTE: Adaptado de: <http://objetivandodisponibilizar.
wordpress.com/2009/07/02/como-escrever-bem/>. Acesso em: 9 
dez. 2010.
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Neste site você encontra 10 dicas muito interessantes 
de redação. Acesse: <http://falabonito.wordpress.
com/2006/12/04/dez-dicas-rapidas-para-fazer-uma-boa-
redacao/>.
S ITES, ATUALIDADES, FILMES
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Agora chegou a sua vez! Baseando-se no que já aprendeu 
até aqui, relacione o conceito ao seu exemplo: 
I- Ambiguidade.
II- Discurso direto.
III- Internetês.
IV- Discurso indireto. 
a. ( ) A menina disse que tinha fome. 
b. ( ) A mãe falou com a fi lha assustada. 
c. ( ) Ele disse: - Vamos em cinco minutos. 
d. ( ) Vc tem q me ver hj.
A UTOATIVIDADE
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AMARAL, Emília F; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; 
ANTÔNIO, Severino. Português. São Paulo: FTD, 2000. 
BATTISTI, Julio. Regência. Disponível em: <http://www.
juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/regencia001.asp>. 
Acesso em: 8 dez. 2010. 
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. 
Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/alicep.
html>. Acesso em: 5 dez. 2010. 
CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. 
Rio de Janeiro: L&PM, 2008. 
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática 
do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2001. 
GUIMARÃES, Nilma. Ambiguidade. Disponível em: <http://
educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u74.htm>. Acesso 
em: 5 dez. 2010. 
HOUAISS, Antônio. Mini Houaiss – Dicionário da Língua 
Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. 
MAIA, João Domingues. Português. São Paulo: Ática, 2009.
R EFERÊNCIAS
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MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. 
Português instrumental. São Paulo: Editora Atlas, 2004.
NERY, Alfredina. Texto. Disponível em: <http://educacao.uol.
com.br/portugues/ult1693u10.htm>. Acesso em: 5 dez. 2010.
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G ABARITO

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