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Aula 2 - Princípios da Administração Pública - Legalidade e Impessoalidade

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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - LEGALIDADE E 
IMPESSOALIDADE
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Celso Antônio Bandeira de Mello representa esse tema como um prédio, em que as 
bordas e janelas seriam as leis e a base seria formada pelos princípios da Administração 
Pública, então, se algum princípio for violado, todo o prédio estará em ruínas. Isso significa 
que atentar a um princípio da Administração Pública é mais prejudicial que atentar à própria lei
Para Bandeira de Mello: “violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma 
norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico man-
damento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegali-
dade ou inconstitucionalidade (...)”.
• Princípio expresso e não expresso (implícito) na Constituição.
– Princípios expressos – LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, 
Eficiência.
– Princípios expressos também são chamados de princípios mínimos.
– Não há qualquer tipo de hierarquia entre os princípios.
– É possível que o administrador utilize alguns princípios em detrimento de outros.
– Princípios não expressos: motivação, segurança jurídica, proporcionalidade, razo-
abilidade, principio do interesse público. Todos esses estão expressos na Lei n. 
9.784/99. 
• Princípios expressos no caput, do art. 37, da CF, art. 37. “A administração pública direta 
e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publi-
cidade e eficiência...”.
– A Administração Pública indireta abrange também as empresas públicas e socieda-
des de economia mista, que são regidas pelo direito privado.
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Princípio da legalidade
• Toda ação do administrador público deve ser pautada na lei.
Ex.: um agente de trânsito (agente público) aborda um condutor que não está utilizando 
cinto de segurança. O agente enquadrará esse fato na lei e a lei determinará a aplicação da 
multa. Se o agente, não satisfeito, resolver apreender o veículo e levá-lo para o depósito do 
Detran, essa ação será ilegal, pois ela não está disposta na lei.
Esse é o princípio da legalidade em sentido estrito.
• O princípio da legalidade em sentido amplo é visto no Direito Constitucional, no artigo 
5º, inciso II, que afirma: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei”.
• O particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe, enquanto que o administrado 
somente pode agir quando determinada ação for prevista em lei.
• O Direito Administrativo estuda o princípio da Legalidade em seu sentido estrito, apli-
cado apenas à Administração Pública. 
Regras X Princípios
• Regras: lei ou ato normativo (tais como decreto, resolução, regimento interno)
• Princípios:
– Di Pietro o trata em dois sentidos: obediência à lei (sentido estrito) e obediência ao 
direito (sentido amplo, princípios).
– Para Di Pietro, o administrador público deve atender às leis e aos princípios que nor-
teiam a atividade pública.
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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ATENÇÃO
A principal diferença entre a legalidade administrativa e a aplicada ao particular é que 
o administrador público só pode fazer o que a lei autoriza, enquanto o particular pode fazer 
tudo o que lei não proíbe.
Deslegalização ou delegificação
Rebaixa determinado assunto para ser tratado por um simples ato administrativo.
Costuma acontecer nas agências reguladoras que possuem o chamado poder normativo 
técnico. As agências vão disciplinar as suas matérias través de atos administrativos.
Ex.: a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estabelece que entre uma poltrona e 
outra deve haver, no mínimo, 50 centímetros. Essa é uma caraterística técnica que pode ser 
disciplinada por simples atos administrativos.
• Em resumo: o tema será disciplinado por ato administrativo. 
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A deslegalização é um fenômeno que o Legis-
lativo rebaixa hierarquicamente determinada matéria (que antes era tratada por lei) para 
que ela possa vir a ser tratada por regulamento.
O fenômeno da deslegalização, também chamada de delegificação, significa a retirada, 
pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei, passando-as para o domínio de 
regulamentos de hierarquia inferior.
COMENTÁRIO
• O regulamento é o ato administrativo.
• A matéria que era disciplinada por lei agora será tratada por ato normativo, inferior à lei. 
Para que isso ocorra, deve haver a permissão legal, no caso das agências regulado-
ras, a própria lei que as cria já permite esse processo.
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Princípio da impessoalidade
• A ação do administrador deve atender ao interesse púbico.
– A doutrina trata em dois aspectos a atividade impessoal do administrador público: a 
ação pública deve atender ao interesse público e não pode ser utilizada para promo-
ção pessoal.
Ex.: um secretário de obras de determinado município recebe verba para realizar o asfalto 
de alguma estrada. Nesse município há duas estradas: uma estrada importante, que liga o 
município a outro município e na qual há trânsito intenso de pessoas, e uma outra, que leva 
à fazenda do prefeito. O secretário, então, determina que o asfalto seja realizado na estrada 
que liga à fazenda do prefeito. Nesse momento, o ato foi praticado para atender a um inte-
resse específico, e não ao interesse público.
– A Administração pode praticar um ato para atender a interesse pessoal, desde que 
este não prejudique o interesse da coletividade, um exemplo disso é a emissão de 
CNH, alvará para construção civil etc. 
• Veda que o agente público valha-se da atividade desenvolvida pela Administração 
para obter promoção pessoal.
Ex.: o prefeito de determinado município, após realizar a reforma de uma praça, coloca 
uma placa informando que a reforma foi realizada por ele. O dinheiro utilizado, no entanto, 
não é do prefeito, mas do município, e, por isso, não poderá haver a promoção pessoal 
do prefeito.
Art. 37, § 1º, CF – “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo cons-
tar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos”.
• Não podem ocorrer favoritismos nem perseguições. A impessoalidade tem ligação íntima 
com o princípio da Igualdade e da Isonomia. Quando a Administração realiza concurso 
público ou licitação pública, ela está respeitandoo princípio da impessoalidade.
• Todas as vezes que o administrador fere algum princípio, automaticamente ele estará 
ferindo, também, o princípio da legalidade. Em uma questão de prova, deve-se obser-
var o princípio que mais faz referência ao texto constante em prova.
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
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Aplicação do princípio da impessoalidade:
a. Concurso público e licitação;
b. Teoria do órgão;
– a ação do agente é de responsabilidade do órgão em que ele trabalha, e a ação do 
órgão é de responsabilidade da entidade política. Por isso, a ação do agente público 
não é realizada em seu próprio nome, mas em nome do órgão em que ele realizou 
as atribuições.
c. Responsabilidade objetiva do Estado;
– a responsabilidade não é demandada diretamente ao agente. Ex.: um carro dirigido 
por um agente público acaba colidindo com um carro de um particular, causando a 
este prejuízo de 30 mil reais. O particular deverá entrar com ação contra a Adminis-
tração Pública, e não contra o agente que dirigia no momento da colisão.
– A responsabilidade independe de dolo ou culpa do agente.
d. Impedimento e suspeição;
– Pode ser que o agente público seja impedido de atuar em um processo. Não pode 
atuar em processos que envolvam, por exemplo, os pais.
– A suspeição tem como base a amizade ou inimizade com a parte do processo.
– O impedimento deve, obrigatoriamente, ser declarado no processo, o servidor deve 
se manifestar.
Princípio da Juridicidade e Princípio da Legalidade
– Princípio da Legalidade: o agente deve atender à lei.
– Princípio da Juridicidade: considera não apenas a lei em sentido estrito, mas também 
os costumes, as decisões dos tribunais, as súmulas, a ética, os princípios etc. (cha-
mado de bloco de legalidade). É, portanto, a evolução do princípio da legalidade. 
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Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIRETO DO CONCURSO
2. (QUADRIX/IDURB/TÉCNICO/2020) A atuação administrativa deve ser pautada pela indis-
ponibilidade do interesse público. A fim de balizar essa atividade, existem os princípios 
orientadores das normas de conduta do Estado. Acerca dos princípios de direito adminis-
trativo, julgue o item.
Um servidor público que deixe de realizar atividades de sua competência para prejudicar 
um desafeto afronta o princípio da impessoalidade, que se traduz na ideia de que a atuação 
estatal deve se pautar pela busca dos interesses coletivos.
COMENTÁRIO
O agente não pode agir de forma pessoal para prejudicar um desafeto ou beneficiar um 
amigo.
GABARITO
 1. C
 2. C
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso. A presente degravação tem como objetivo 
auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomenda-
mos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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