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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade DIREITO ADMINISTRATIVO A N O TA ÇÕ ES PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - LEGALIDADE E IMPESSOALIDADE PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Celso Antônio Bandeira de Mello representa esse tema como um prédio, em que as bordas e janelas seriam as leis e a base seria formada pelos princípios da Administração Pública, então, se algum princípio for violado, todo o prédio estará em ruínas. Isso significa que atentar a um princípio da Administração Pública é mais prejudicial que atentar à própria lei Para Bandeira de Mello: “violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico man- damento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegali- dade ou inconstitucionalidade (...)”. • Princípio expresso e não expresso (implícito) na Constituição. – Princípios expressos – LIMPE: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência. – Princípios expressos também são chamados de princípios mínimos. – Não há qualquer tipo de hierarquia entre os princípios. – É possível que o administrador utilize alguns princípios em detrimento de outros. – Princípios não expressos: motivação, segurança jurídica, proporcionalidade, razo- abilidade, principio do interesse público. Todos esses estão expressos na Lei n. 9.784/99. • Princípios expressos no caput, do art. 37, da CF, art. 37. “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publi- cidade e eficiência...”. – A Administração Pública indireta abrange também as empresas públicas e socieda- des de economia mista, que são regidas pelo direito privado. 5m 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade DIREITO ADMINISTRATIVO A N O TA ÇÕ ES Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Princípio da legalidade • Toda ação do administrador público deve ser pautada na lei. Ex.: um agente de trânsito (agente público) aborda um condutor que não está utilizando cinto de segurança. O agente enquadrará esse fato na lei e a lei determinará a aplicação da multa. Se o agente, não satisfeito, resolver apreender o veículo e levá-lo para o depósito do Detran, essa ação será ilegal, pois ela não está disposta na lei. Esse é o princípio da legalidade em sentido estrito. • O princípio da legalidade em sentido amplo é visto no Direito Constitucional, no artigo 5º, inciso II, que afirma: “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. • O particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe, enquanto que o administrado somente pode agir quando determinada ação for prevista em lei. • O Direito Administrativo estuda o princípio da Legalidade em seu sentido estrito, apli- cado apenas à Administração Pública. Regras X Princípios • Regras: lei ou ato normativo (tais como decreto, resolução, regimento interno) • Princípios: – Di Pietro o trata em dois sentidos: obediência à lei (sentido estrito) e obediência ao direito (sentido amplo, princípios). – Para Di Pietro, o administrador público deve atender às leis e aos princípios que nor- teiam a atividade pública. 10m 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade DIREITO ADMINISTRATIVO A N O TA ÇÕ ES ATENÇÃO A principal diferença entre a legalidade administrativa e a aplicada ao particular é que o administrador público só pode fazer o que a lei autoriza, enquanto o particular pode fazer tudo o que lei não proíbe. Deslegalização ou delegificação Rebaixa determinado assunto para ser tratado por um simples ato administrativo. Costuma acontecer nas agências reguladoras que possuem o chamado poder normativo técnico. As agências vão disciplinar as suas matérias través de atos administrativos. Ex.: a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estabelece que entre uma poltrona e outra deve haver, no mínimo, 50 centímetros. Essa é uma caraterística técnica que pode ser disciplinada por simples atos administrativos. • Em resumo: o tema será disciplinado por ato administrativo. DIRETO DO CONCURSO 1. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) A deslegalização é um fenômeno que o Legis- lativo rebaixa hierarquicamente determinada matéria (que antes era tratada por lei) para que ela possa vir a ser tratada por regulamento. O fenômeno da deslegalização, também chamada de delegificação, significa a retirada, pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei, passando-as para o domínio de regulamentos de hierarquia inferior. COMENTÁRIO • O regulamento é o ato administrativo. • A matéria que era disciplinada por lei agora será tratada por ato normativo, inferior à lei. Para que isso ocorra, deve haver a permissão legal, no caso das agências regulado- ras, a própria lei que as cria já permite esse processo. 15m 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade DIREITO ADMINISTRATIVO A N O TA ÇÕ ES Princípio da impessoalidade • A ação do administrador deve atender ao interesse púbico. – A doutrina trata em dois aspectos a atividade impessoal do administrador público: a ação pública deve atender ao interesse público e não pode ser utilizada para promo- ção pessoal. Ex.: um secretário de obras de determinado município recebe verba para realizar o asfalto de alguma estrada. Nesse município há duas estradas: uma estrada importante, que liga o município a outro município e na qual há trânsito intenso de pessoas, e uma outra, que leva à fazenda do prefeito. O secretário, então, determina que o asfalto seja realizado na estrada que liga à fazenda do prefeito. Nesse momento, o ato foi praticado para atender a um inte- resse específico, e não ao interesse público. – A Administração pode praticar um ato para atender a interesse pessoal, desde que este não prejudique o interesse da coletividade, um exemplo disso é a emissão de CNH, alvará para construção civil etc. • Veda que o agente público valha-se da atividade desenvolvida pela Administração para obter promoção pessoal. Ex.: o prefeito de determinado município, após realizar a reforma de uma praça, coloca uma placa informando que a reforma foi realizada por ele. O dinheiro utilizado, no entanto, não é do prefeito, mas do município, e, por isso, não poderá haver a promoção pessoal do prefeito. Art. 37, § 1º, CF – “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo cons- tar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”. • Não podem ocorrer favoritismos nem perseguições. A impessoalidade tem ligação íntima com o princípio da Igualdade e da Isonomia. Quando a Administração realiza concurso público ou licitação pública, ela está respeitandoo princípio da impessoalidade. • Todas as vezes que o administrador fere algum princípio, automaticamente ele estará ferindo, também, o princípio da legalidade. Em uma questão de prova, deve-se obser- var o princípio que mais faz referência ao texto constante em prova. 20m 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade DIREITO ADMINISTRATIVO A N O TA ÇÕ ES Aplicação do princípio da impessoalidade: a. Concurso público e licitação; b. Teoria do órgão; – a ação do agente é de responsabilidade do órgão em que ele trabalha, e a ação do órgão é de responsabilidade da entidade política. Por isso, a ação do agente público não é realizada em seu próprio nome, mas em nome do órgão em que ele realizou as atribuições. c. Responsabilidade objetiva do Estado; – a responsabilidade não é demandada diretamente ao agente. Ex.: um carro dirigido por um agente público acaba colidindo com um carro de um particular, causando a este prejuízo de 30 mil reais. O particular deverá entrar com ação contra a Adminis- tração Pública, e não contra o agente que dirigia no momento da colisão. – A responsabilidade independe de dolo ou culpa do agente. d. Impedimento e suspeição; – Pode ser que o agente público seja impedido de atuar em um processo. Não pode atuar em processos que envolvam, por exemplo, os pais. – A suspeição tem como base a amizade ou inimizade com a parte do processo. – O impedimento deve, obrigatoriamente, ser declarado no processo, o servidor deve se manifestar. Princípio da Juridicidade e Princípio da Legalidade – Princípio da Legalidade: o agente deve atender à lei. – Princípio da Juridicidade: considera não apenas a lei em sentido estrito, mas também os costumes, as decisões dos tribunais, as súmulas, a ética, os princípios etc. (cha- mado de bloco de legalidade). É, portanto, a evolução do princípio da legalidade. 25m 30m 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 2267805 Realce 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Princípios da Administração Pública – Legalidade e Impessoalidade DIREITO ADMINISTRATIVO DIRETO DO CONCURSO 2. (QUADRIX/IDURB/TÉCNICO/2020) A atuação administrativa deve ser pautada pela indis- ponibilidade do interesse público. A fim de balizar essa atividade, existem os princípios orientadores das normas de conduta do Estado. Acerca dos princípios de direito adminis- trativo, julgue o item. Um servidor público que deixe de realizar atividades de sua competência para prejudicar um desafeto afronta o princípio da impessoalidade, que se traduz na ideia de que a atuação estatal deve se pautar pela busca dos interesses coletivos. COMENTÁRIO O agente não pode agir de forma pessoal para prejudicar um desafeto ou beneficiar um amigo. GABARITO 1. C 2. C ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomenda- mos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material. _GoBack
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