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COGERACAO NA INDUSTRIA CANAVIERIA

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COGERAÇÃO NA INDÚSTRIA CANAVIERIA
Universidade Federal de São Carlos - DTAISER – MTA
Gestão do Setor Sucroalcooleiro
Disciplina: Tecnologia de produção de Açúcar e Álcool
02 de JUNHO DE 2007 – ARARAS / SP
ENGº CELSO PROCKNOR 
ENGº SÉRGIO L. FERREIRA
PROCKNOR ENGENHARIA LTDA
Rua Teodoro Sampaio, 1020 - 7º andar
05406-050 - São Paulo - SP
www.procknor.com
Tel.: (55-11) 3898-1511
Fax: (55-11) 3062-9369
celso.procknor@procknor.com.br
Energia na Indústria Canavieira
1. O que é a PROCKNOR ENGENHARIA
2. O que é cogeração
3. Uso de energia na indústria canavieira
4. Cogeração na indústria canavieira
5. Fases de um projeto de cogeração
6. Sistemas típicos de cogeração na indústria canavieira
7. Equipamentos típicos na indústria canavieira
8. Potencial de cogeração na indústria canavieira
9. Evolução da cogeração na indústria canavieira
10. Visão energética da cana de açúcar
Roteiro de Apresentação
A Procknor é uma empresa voltada para a elaboração e a 
implantação de projetos industriais e o desenvolvimento de 
equipamentos e de processos em plantas para a produção 
de açúcar, álcool e subprodutos da cana de açúcar.
O que é a Procknor Engenharia
A Procknor tem como objetivo permanente ser reconhecida 
como a melhor empresa de prestação de serviços de 
consultoria e de engenharia para as plantas industriais que 
processam cana de açúcar. Para isso, ela assume como 
seus compromissos a busca de inovações tecnológicas 
próprias ou com parceiros estratégicos e a formação ética e 
a capacitação técnica de seus colaboradores.
Objetivo
1. Capacitação específica.
2. Preocupação no desenvolvimento de processos 
equipamentos que visam a segurança dos operadores
e a preservação do meio ambiente.
3. Sólida formação e experiência de seus profissionais.
4. Parceria consolidada com diversas empresas.
5. Experiência em projetos nos diferentes níveis de 
processamento de cana de açúcar.
Diferenciais Procknor
Sistemas para medição da cor do açúcar em tempo 
real.
Circuladores mecânicos para tachos a vácuo, 
sistemas de agitação e sistemas de condicionamento 
de ar para otimização de secadores/resfriadores de 
açúcar.
Plantas para desidratação de álcool via peneiras 
moleculares e para produção de álcool neutro.
Plantas completas de açúcar refinado e líquido, 
sistemas de separação e de purificação, produção de 
frutose, glucose, sorbitol e produtos similares.
Nossos Parceiros
Waterloo Brasil é uma empresa com know-how 
tecnológico diferenciado que presta consultoria 
ambiental. Áreas de Atuação: Gerenciamento e 
Auditorias Ambientais, Diagnósticos e Remediação de 
Áreas Contaminadas, Avaliação de Riscos, 
Gerenciamento de Recursos Hídricos, Licenciamento, 
Controle Ambiental, Modelagem matemática e SIG.
Difusores para cana, sistemas de preparação de cana 
e sondas tipo microondas.
Tachos contínuos a vácuo, centrífugas contínuas para 
massas cozidas de alta pureza, secadores 
multitubulares, cristalizadores verticais, evaporadores 
de filme descendente, aquecedores para massa 
cozida etc. 
Nossos Parceiros
Desde 1998 existe uma parceria entre 
Procknor e o Projeto Âncora, uma 
entidade sem fins lucrativos, fundada em 
1995 e localizada na Granja Viana, em 
Cotia - SP, cujo objetivo é tirar das ruas as 
crianças carentes da região.
Parceira Social
Lista de Projetos
O que é Cogeração?
Cogeração - Definição
“ Produção simultânea de energia elétrica ou 
mecânica e energia térmica (utilizável) num 
sistema de conversão simples de energia”
ou
“ Produção combinada de potência – elétrica e/ou 
mecânica – e calor úteis a partir de uma única 
fonte primária”
(entre outras *)
* NÃO HÁ UMA DEFINIÇÃO TÉCNICA OFICIAL
Cogeração x Produção Convencional
Unidade de 
Processo
Concessionária de 
Eletricidade
Caldeira ou “chiller”
E
S
FP1
FP2
Unidade de 
Processo
Central de
Cogeração
E’
S’
FP
S
E
FP = Fonte Primária
E = Energia Eletromecânica Consumida E’ = Energia Eletromecânica Gerada
S = Energia Térmica Consumida S’ = Energia Térmica Gerada
E + S
FP Cogeração >
E + S
FP1 + FP2 Convencional
O que é Cogeração?
• Cogeração é uma prática de conservação de 
energia e de racionalidade energética
• Baseia-se no princípio de aproveitamento do 
calor rejeitado em máquinas térmicas
• Exemplo:
bA eficiência máxima (hoje) de uma máquina térmica (p.ex. 
motor a combustão) é de 57%; 
bAssim, no mínimo 43% da energia contida na fonte primária 
(combustível) é descartada sob a forma de calor.
bA cogeração propicia o aproveitamento do calor rejeitado, 
elevando a eficiência total para valores de até 93%.
Cogeração - Princípio
• Ciclos Térmicos de Conversão de Energia
• Ciclos “Padrão Ar”: 
b Carnot (Teórico)
b Otto (Motor de Combustão Interna de Ignição por Centelha)
b Diesel (Motor de Ignição por Compressão)
b Stirling e Ericsson (Motores com Regeneração)
b Brayton (Turbinas a Gás)
• Ciclo “Padrão Vapor”: Rankine
• Ciclos Combinados
Cogeração e Ciclos Térmicos
• Ciclos “Padrão Ar”
a Utilizados em motores e centrais termelétricas a gás natural ou óleo
Na Cogeração:
1. Conversão da energia termoquímica em eletromecânica
bGeradores de Energia Eletromecânica: Turbinas ou Motores a Combustão
bFonte Primária: Normalmente combustíveis gasosos ou líquidos (gás 
natural, gasolina, diesel, álcool)
2. Recuperação do calor “rejeitado” na máquina térmica
bDiretamente em processos: p.ex. Secagem
bGeradores de Energia Térmica: Caldeiras de Vapor de Recuperação de 
Calor (HRSG); Chillers de Absorção (Geração de “frio”)
3. A energia eletromecânica produzida (eletricidade) e a energia térmica 
recuperada (vapor, gases quentes, água gelada, água quente) são utilizadas 
nos processos 
• Ciclo a Vapor ou Rankine
a O primeiro a ser utilizado (máquinas a vapor e centrais termelétricas a carvão)
Na Cogeração:
1. Geração de vapor de alta pressão
bGeradores de Energia Térmica: Caldeiras de Alta Pressão
bFontes: Combustíveis (gás, líquido ou sólido) ou Gases quentes residuais 
de processo 
2. Utilização do vapor como energia térmica para o processo e para geração de 
energia eletromecânica (expansão - rebaixamento de pressão) 
bGeradores de Energia Eletromecânica: Turbinas de geração de 
eletricidade, Turbinas de acionamentos mecânicos
bConfiguração “Topping” – o vapor é expandido a montante (mais utilizado)
bConfiguração “Bottoming” – o vapor é expandido a jusante
3. A energia térmica (vapor) e a energia eletromecânica (eletricidade -
acionamentos) produzidas são utilizadas no processo
Cogeração e Ciclos Térmicos
• Ciclo Combinado
a Utilizado em modernas centrais termelétricas a gás natural
Na Cogeração (Tipicamente Ciclo Brayton + Ciclo a Vapor)
1. Geração de Energia Eletromecânica: Turbina a Gás
bCombustível Típico: Gás Natural 
2. Geração de vapor a alta pressão com o calor rejeitado da turbina (gases 
quentes): Caldeiras de Vapor de Recuperação de Calor (HRSG)
3. Geração de Energia Eletromecânica: Turbina a Vapor
4. A energia térmica (vapor) e a energia eletromecânica (eletricidade 
acionamentos) produzidas são utilizadas no processo
Cogeração e Ciclos Térmicos
ciclo Rankine
ciclo Brayton
ciclo Combinado
ar
água
TG
CR TV
gases
ar TG
água
LEGENDA
TG - turbina a gás
TV - turbina a vapor
CA - caldeira convencional
CR - caldeira de recuperação
vapor
eletricidade
CA TV
CA
ciclo Rankine (bottoming)
(topping) TV
água
MC
MC - motor de combustão
UP - unidade de processo
UP
UP
UP
UP
ciclo Diesel ar
UP água quente
água
Cogeração
E
Ciclos Térmicos
Cogeração 
Escolha da Configuração
Central de
Cogeração
E’
S’
FP
E´ ... potência elétrica gerada, [kW]
S´ ... potência térmica gerada, [kW]
Ciclo a Vapor Ciclo a Gás Ciclo Combinado Ciclo Diesel
0,10 a 0,30 - Contrapressão 0,30 a 0,80 0,60 a 1,50 0,80 a 2,40
0,40 a 1,5 - Condensação
Faixas médias de razão potência / calor em ciclos térmicos - regime "topping" (E'/S')
Cogeração 
Regimes de Operação
PARIDADE TÉRMICA:
b Operação seguindo a demanda térmica; eletricidadeproduzida de acordo
com as características do sistema (excesso ou falta)
b Exemplo: indústrias com grande demanda térmica / setor canavieiro
PARIDADE ELÉTRICA (ou de POTÊNCIA):
OPERAÇÃO NA BASE
b Operação seguindo a demanda elétrica (ou mecânica); calor obtido como um 
subproduto de acordo com as características do sistema (excesso ou falta 
supridos por outro sistema)
b Exemplo: turboacionamentos do setor canavieiro
b Operação em regime contínuo; em geral atende a necessidade de queima
de resíduos ou subprodutos de processo (não atende a nenhuma demanda); 
excesso descartado ou ausência suprida por outros meios
b Exemplo: setor siderúrgico; setor de papel e celulose (Kraft)
OPERAÇÃO A PLENA CARGA
b O sistema produz a quantidade máxima possível de eletricidade; 
calor excedente é desperdiçado
b Exemplo: setor siderúrgico; usinas termelétricas
OPERAÇÃO NA PONTA
b Operação restrita aos horários de ponta, quando o preço da eletricidade
é elevado.
b Exemplo: edifícios comerciais ou pequenas indústrias atendidas em 
média tensão (A4 ou superior) 
O REGIME DE OPERAÇÃO NÃO PRECISA SER ÚNICO
Cogeração 
Regimes de Operação
Energia na Indústria Canavieira
Uso Típico
2. ENERGIA TÉRMICA (Aquecimento, Evaporação,
Cozimento, Destilação, Resfriamento)
1. ENERGIA ELETROMECÂNICA (Acionamentos, 
Motores, Transporte, Iluminação)
Energia na Indústria Canavieira
Fontes de Suprimento para o Processo
2. ENERGIA TÉRMICA 
Vapor Saturado: Evaporação / Cozimento / 
Destilação 
1. ENERGIA ELETROMECÂNICA 
Vapor Motriz:Moendas / Turbo Bombas
Eletricidade: Motores / Iluminação 
Energia na Indústria Canavieira
Geração de Energia
1. GERAÇÃO: 
a Vapor (Motriz e Saturado): Caldeiras de 
Alta Pressão
a Eletricidade: Auto-Produção c/ Turbinas 
a Vapor
2. COMBUSTÍVEL: 
a Bagaço de cana
Bagaço de Cana
Demanda x Disponibilidade
O BAGAÇO PODE SUPRIR PLENAMENTE AS 
NECESSIDADES ENERGÉTICAS DA USINA
Açúcar (MJ) - 100% Álcool (MJ) - 100%
1.176 1.673
Base: 1 ton de cana processada (produtividade média)
Energia Total: Eletromecânica + Térmica
Açúcar (MJ / kg) Álcool (MJ / litro)
13,065 18,59
Fonte: Camargo et al (1990)
Oferta de Bagaço @ 50% de umidade (MJ)
2600
Consumo Específico de Energia
Demanda Energética da Produção
Energia na Indústria Canavieira
Diagrama Típico
Picadores, 
Desfibradores, 
Moendas
Fabricação de 
Açúcar
Fabricação de 
Álcool
Vapor Motriz ou Vapor Vivo (Alta Pressão e Temperatura)
Vapor de Escape (Baixa Pressão)
Eletricidade
Bagaço Excedente
Bagaço da Extração
Turbo Bomba Turbo Acionamento
Turbo Gerador
CALDEIRAS
“CASA DE FORÇA”
Condensados Recuperáveis
Água de “Make-up”
Vapor Vegetal
Energia na Indústria Canavieira
Característica Geral
CONSUMO: b TÉRMICO (Vapor)
b ELETROMECÂNICO (Acionamentos/Eletricidade)
COMBUSTÍVEL: ÚNICO
Gerado localmente (inerente ao processo)
Suficiente para atender às demandas (c/ excedentes)
Biomassa sólida c/ 50% de umidade
GERAÇÃO LOCAL: b TÉRMICA (Caldeiras de Vapor à Biomassa)
b ELETROMECÂNICA (Turbinas a Vapor)
Geração de Energia numa Usina: COGERAÇÃO
Cogeração 
Configuração na Indústria Canavieira
Cogeração 
Configuração Típica na Usina
Demanda Energética Típica de uma Usina Sucroalcooleira
E = Energia Elétrica: 28 kWh / ton de cana 
S = Energia Térmica: 330 kWh / ton de cana
E / S = 0,085
Combustível: Biomassa sólida
Demanda de Vapor (Térmico) no Processo: Baixa pressão
Configuração da Cogeração:
CICLO A VAPOR DE CONTRAPRESSÃO
( REGIME “TOPPING” )
Cogeração 
Ciclo Térmico Tradicional na Usina
Temperatura
entropia
gás vapor
ar
vapor
gás
PROCESSO
Eletricidade
T
s
1
2
3
4s 4
3 4
4 1
1 2
2 3
Acionamentos
Diagrama T-S
Projeto de Cogeração na 
Indústria Canavieira
Cinco Fases 
de um Projeto de Cogeração
FASE 1
EXCITAÇÃO, ENTUSIASMO, EUFORIA ANTEPROJETO
FASE 2
A VOLTA À REALIDADE, UMA CERTA DECEPÇÃO PROJETO BÁSICO
FASE 3
A PROCURA DOS CULPADOS PROJETO DE 
DETALHAMENTO
FASE 4
A PUNIÇÃO DOS INOCENTES IMPLANTAÇÃO
FASE 5
A PREMIAÇÃO DOS QUE NÃO PARTICIPARAM POSTA EM MARCHA
1. ESTUDO E DEFINIÇÃO DAS PREMISSAS BÁSICAS
2. CUIDADOS ESPECÍFICOS NO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Contigências 
de um Projeto de Cogeração
1.1. REGIME DE OPERAÇÃO
1.2. COMBUSTÍVEL
1.4. TECNOLOGIA 
1.3. ASPECTOS LEGAIS E REGULAMENTARES
1. Estudo e Definição 
das Premissas Básicas
b 1° Passo: Avaliação da Demanda Energética da Usina 
b Balanço de Energia da Usina - Processo (Vapor e Eletromecânica)
b Processos Contínuos (safra): moendas / açúcar / destilaria
b Processos Independentes: desidratação / açúcar líquido
b Operação da Usina 
b Apenas na safra; ou 
b Também na entressafra: destilaria / outras unidades de processo
b Energia Elétrica: 
b Auto-Produção; ou 
b Venda de Excedentes
b Operação em Emergência: Quebra do Turbogerador 
b Paralelismo com Concessionária de Eletricidade
1.1 Regime de Operação
b Plano Diretor: 
b Expansões futuras
b Expansão de usina existente: alterações no regime de operação
b Combustível: 
b Disponibilidade e Grau de Aproveitamento do Bagaço
b Falta: 
b Paradas de moenda 
b Falta de cana
b Combustível reserva 
1.1 Regime de Operação
b é melhor queimar o bagaço assim que é produzido
Características do bagaço de cana:
b baixa densidade
b baixo poder calorífico
Portanto:
b é melhor evitar estocar o bagaço, apenas o necessário
b é melhor evitar transportar o bagaço
b o ideal é cogerar apenas durante a safra
b investir em novas variedades para ter safras com 240 dias
A médio e longo prazos:
1.2 Combustível - Bagaço de Cana
Estoque de segurança:
b provisão de 5 a 10% para paradas da usina
b contingente total de bagaço para definir capacidade da caldeira
b avaliação de períodos com fibra muito baixa
Variações do poder calorífico do bagaço:
b condição da cana (crua, queimada, picada, etc)
b pontas e palha
b moenda ou difusor
Estudar fontes alternativas de combustível:
b bagaço de terceiros
b outras fontes de biomassa
b óleo combustível, gás
1.2 Combustível - Bagaço de Cana
b RIMA
b Licença de instalação
b Licença de funcionamento
Meio Ambiente:
b Requisitos Ambientais
Energia e Outros Órgãos:
b Cogeração Qualificada
b “Créditos de Carbono”
b Exigências BNDES / PROINFA / Fundos de Investimento / Leilões
b Autorizações ANEEL / Ministério das Minas e Energia / CCEE
b Exigências Técnicas de Interligação com a Rede Elétrica
1.3 Aspectos Legais 
e Regulamentares
TURBINAS A VAPOR
b Usos: Acionamentos Mecânicos e Geração de Eletricidade
b Tipos: Contra-pressão / Condensação / com ou sem Extração
b Simples Estágio / Multi-estágio
b Ação / Reação
CALDEIRA DE BIOMASSA
b Pressão: 22 / 45 / 66 / 85 ou 100 bar
b Temperatura: Entre 280 – 540 °C
MAIOR EFICIÊNCIA TÉRMICA / ELÉTRICA
MAIOR O PREÇO
1.4 Tecnologia 
Equipamentos Principais
b Qual o regime de operação?
b Para Geração de Eletricidade:
b Paridade Térmica: Turbinas de Contra-Pressão 
b Operação a Plena Carga / Geração de Excedentes: Turbinas de 
Condensação com ou sem Extração
b Qual a demanda de vapor da usina? Quais níveis de pressão?
b Para os Acionamentos Mecânicos: Turbinas de Contra-pressão ou Motores 
Elétricos?
b lembrar da temperatura de condensação e conseqüente consumo de vapor
b lembrar da energia parasita (bombas, torres de resfriamento, transportadores, etc)
Turbinas de Condensação
b Qual a Eficiência? Simples ou Múltiplos Estágios? Ação ou Reação?
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor
2.1. SISTEMA DE MANUSEIO DE BAGAÇO
2.2. SISTEMA DE CONTROLE DE VAPOR VIVO E DE ESCAPE
2.3. SISTEMA DE CONDENSADO E DE ÁGUA TRATADA
2.4. SISTEMA DE VAPOR DE PROCESSO
2.5. SISTEMA ELÉTRICO DE ALTA TENSÃO
2.6. APROVAÇÃO EM ÓRGÃO DE CONTROLE DO MEIO AMBIENTE
2. Cuidados Específicos
no Desenvolvimento do Projeto
b Prioridade na alimentação das caldeiras de alta pressão
b Vazão de bagaço em curto circuito
b Dosador de bagaço
b Retorno ágil do estoque de bagaço
b Prioridade na alimentação das caldeiras de alta pressão
2.1Sistema de Manuseio de Bagaço
b Sistema de válvulas de alívio
b Sistema de válvulas redutoras
b Sistema de dessuperaquecimento de vapor
b Sistema de extração controlada de vapor de turbinas
2.2 Sistema de Controle 
de Vapor Vivo e de Escape
b Máxima recuperação de condensado de escape
b Eventual utilização de condensado vegetal de qualidade
b Sistema de desmineralização e estoque de segurança
b Fábrica de água
b Cuidados nas partidas e paradas de evaporadores
2.3 Sistema de Condensado 
e de Água Tratada
b Redução da embebição sem perda de extração
b Redução da outra embebição (água no processo)
b Condensação integral do vapor de escape nos pré evaporadores
b Utilização eficiente de sistemas de sangria
b Aproveitamento de flash e de condensados
b Economia na destilação
b Isolamento térmico
2.4 Sistema de Vapor de Processo
b Cuidados com o sistema de proteção
b Utilização de motores de média tensão
b Utilização de motores hidráulicos
2.5 Sistema Elétrico 
de Alta Tensão
Projetos de Cogeração 
Típicos na Indústria Canavieira
Projeto Tradicional
Processo
Vapor @ 2,5 bar; saturado
Eletricidade
Bagaço Excedente
Bagaço da Extração
Turbo AcionamentosTurbo Gerador
CALDEIRAS
Condensados RecuperáveisÁgua de “Make-up”
CVCT - Ciclo a Vapor de 
Contrapressão Tradicional
Vapor @ 21 bar ; 280°C
Processo
Eletricidade
Bagaço Excedente
Bagaço da Extração
Turbo AcionamentosTurbo Gerador
CALDEIRAS
Condensados RecuperáveisÁgua de “Make-up”
CVCE - Ciclo a Vapor 
de Contrapressão 
Eficientizado para 
Geração de Energia 
Elétrica ExcedenteEletricidade
Turbo Gerador
Vapor @ 85 bar ; 525°C
Vapor @ 2,5 bar; saturado
Vapor @ 21 bar ; 280°C
Projeto Tradicional Modificado 
p/ Geração de Excedentes
ProcessoBagaço da Extração
Turbo Acionamentos
CALDEIRAS
Condensados RecuperáveisÁgua de “Make-up”
CVEC - Ciclo a 
Vapor Extração -
Condensação 
Modificado para 
Geração/Venda de 
Energia Elétrica 
Excedente
Eletricidade
Turbo Gerador
Vapor @ 85 bar ; 525°C
Vapor @ 2,5 bar; saturado
Vapor @ 21 bar ; 280°C
Condensador
Projeto Tradicional Modificado
p/ Geração Máxima de Excedentes
Projeto Direcionado para
Geração Máxima de Excedentes
ProcessoBagaço da Extração
CALDEIRAS
Condensados RecuperáveisÁgua de “Make-up”
CVECE - Ciclo a 
Vapor Extração -
Condensação 
Modificado para 
Geração/Venda 
Máxima de Energia 
Elétrica Excedente
Eletricidade
Turbo Gerador
Vapor @ 85 bar ; 525°C
Vapor @ 2,5 bar; saturado
Vapor de média pressão; saturado
Condensador
Comparação entre Projetos de Cogeração 
Típicos na Indústria Canavieira
CVCT CVCE CVEC CVECE
Ciclo Térmico da Cogeração Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor
Configuração da Cogeração Contrapressão Contrapressão Extração-Cond. Extração-Cond.
Tecnologia e Processo Baixa Alta Baixa Alta
Temperatura °C 280 - 350 525 525 515
Pressão bar 17,6 - 24,5 85 85 87
Produção de Vapor kg vapor / t cana 540 - 680 450 575 840
Consumo de Vapor kg vapor / t cana 540 - 680 450 320 320
Eficiência da Caldeira base PCS 55% 67% 67% 85%
Geração Eletricidade/Cogeração kWh / t cana 5 - 12 40 55 95
Geração Eletricidade/Pura kWh / t cana 0 0 70 150
Consumo de Eletricidade kWh / t cana 10 - 12,5 12,5 18 32
Eletricidade Excedente - Instantânea kWh / t cana max 2,5 27,5 107 213
Eficiência das Turbinas a Vapor 34% 50% 50% 75%
Eficiência Termelétrica Cogerada 1,5 - 4,5% 7% 7,5% 12,5%
Eficiência Termelétrica Geração Pura - - 9,5% 20,0%
Excedente de Bagaço 0 - 12% 22% 0 0
Escala da Planta Típica MW até 25 até 50 até 50 até 100
Relação Potência / Calor 0,08 0,21 0,44 0,44
Comparação entre Projetos de Cogeração 
Típicos na Indústria Canavieira
CVCT CVCE CVEC CVECE
Ciclo Térmico da Cogeração Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor
Configuração da Cogeração Contrapressão Contrapressão Extração-Cond. Extração-Cond.
Equipamentos
Gaseificador
Sistema de Limpeza de Gases
Turbina a Gás
Caldeira de Recuperação - HRSG
Caldeira - Média Pressão X
Caldeira - Alta Pressão X X XX
Turbina ContraPressão X
Turbina Extração/ContraPressão X
Turbina Extração/Condensação X XX
Condensador X X
Sistema Resfriamento X X
Tratamento de Água X X XX XX
Subestação X X XX XXX
Redução de Consumo Processo X X
Custo da Instalação US$ / kW - 500 600 1200
Custo Fixo Anual US$ / kW - 10 20 50
Custo Variável US$ / kWh - 0,0005 1,5 3,0
Compilado de "Correa Neto, Vicente et al. (2002) - "ANÁLISES DE OPÇÕES TECNOLÓGICAS PARA PROJETOS DE CO-GERAÇÃO NO 
SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO" - USAID/BRAZIL e "Leal, M.R L.V. - PROCESSOS DE COGERAÇÃO - Equipamentos, Custos e Potenciais" - 
CTC 2003
Diagrama de Mollier
Condição do vapor Salto isoentrópico para 2,5 bar Variação %
21 bar / 300 ºC 406 kJ/kg 100%
31 bar / 350 ºC 492 kJ/kg 121%
42 bar / 400 ºC 582 kJ/kg 143%
64 bar / 450 ºC 690 kJ/kg 170%
85 bar / 500 ºC 780 kJ/kg 192%
Como kJ/s = kW 690 / 3600 = 0,192 kw/kg ou 5,2 kg/kW.h 
com eficiência 100%
6,5 kg/kW.hCom turbina 80%
Condição do vapor Salto entálpico com água a 105 C Variação %
21 bar / 300 ºC 2.610 kJ/kg 100,0%
31 bar / 350 ºC 2.690 kJ/kg 103,1%
42 bar / 400 ºC 2.780 kJ/kg 106,5%
64 bar / 450 ºC 2.870 kJ/kg 109,9%
85 bar / 500 ºC 2.960 kJ/kg 113,4%
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor
Turbina de Condensação
Turbina de Contrapressão
Turbina de Condensação / Extração
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor
Turbina de Contrapressão
Turbina de Condensação / Extração
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor
Turbina Simples Estágio Turbina Múltiplo Estágio
Turbinas de Ação
Vapor
Palheta
Turbinas de Reação
Vapor
Palheta
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor – Central de Geração Térmica
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor - Turbogeradores
1.4 Tecnologia 
Turbina a Vapor - Acionamentos
b Qual o regime de operação?
b Qual a demanda (mínima e máxima) de vapor da usina?
b Qual a pressão / temperatura ?
b Qual a tecnologia da caldeira ?
b Qual a eficiência da caldeira ?
b Qual o combustível de partida ?
b Haverá outro combustível / reserva / complementar ?
b Qual o sistema de controle de emissão de particulados ?
1.4 Tecnologia 
Caldeira
1.4 Tecnologia 
Caldeira
1.4 Tecnologia 
Caldeira
1.4 Tecnologia 
Caldeira
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
b Ao projetar a usina pensamos em: 
b Sacos de açúcar / tonelada de cana
b m³ de álcool / tonelada de cana
b Atualmente também devemos pensar em: 
b kWh/ tonelada de cana
b Hoje, dependendo do grau tecnológico, o potencial varia entre
60 e 80 kWh / tonelada de cana
b Esta faixa é bastante ampla – 30% - e pode fazer muita diferença
0. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
aEstimar a disponibilidade do combustível: o Bagaço de Cana 
bTeor de Fibra: 12 – 13,5%
aQuantidade de palha vinda da lavoura
aTeor de Umidade: 50%
a25 a 28% em relação a cana
a5% do bagaço “não existe”, o que baixa a disponibilidade: 23,7 a 26,6%
1. PRIMEIRO PASSO: COMBUSTÍVEL 
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
a2,2 kg de vapor por kg de bagaço 
a67 bar / 520°C
abagaço @ 50% de umidade
aAlimentação @ 115°C
aDependendo da quantidade de bagaço temos entre 52,1 e 58,5% de vapor
sobre a cana
2. CALDEIRA 
aO teor de fibra pode influir em 12,3% ou mais estes valores
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
aVem se reduzindo: 
aPassado: 55% sobre a cana
aHoje: 40%
aTendência a baixar mais, especialmente na produção de álcool
3. CONSUMO DE VAPOR DE PROCESSO 
aDepende da complexidade dos processos:
aaçúcar líquido; açúcar refinado
aálcool anidro; álcool neutro
alevedura seca
aAssumindo:
a400 kg / ton cana (40%) passando pelas turbinas de contrapressão
a150 kg / ton cana (55 – 40%) em turbinas de condensação
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
aConsumo específico das turbinas depende das condições do vapor e da 
eficiência dasturbinas
4. TURBINAS A VAPOR 
aTurbinas de reação (+ modernas) estão predominando sobre as turbinas 
de ação
aAssumindo o vapor a 66 bar e 515°C:
aTurbina de contrapressão: 5,7 kg de vapor / kWh
aTurbina de condensação: 4,0 kg de vapor / kWh
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
aNeste caso, podemos chegar a uma geração de até 107,7 kWh / tonelada 
de cana
5. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
aDescontando o consumo médio de eletricidade do processo (32,7 kWh)
podemos gerar 75 kWh / ton de cana de eletricidade excedente
aSe aumentarmos a pressão para 100 bar, podemos chegar até
80 kWh / ton de cana
ESTES VALORES SÃO GROSSEIROS – CADA CASO É UM CASO 
O BALANÇO DE ENERGIA DO PROCESSO É ESSENCIAL 
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
aDifusor pode dar a falsa impressão que podemos gerar 5 kWh / ton cana
adicional
aGera bagaço com mais umidade
5. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE - CONSIDERAÇÕES
aNo exemplo o consumo da planta varia entre 27,8 e 32,5% da energia gerada
aAssim, uma planta eficiente, do ponto de vista energético, pode aumentar o 
faturamento em até 4,5%
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
aUma usina pode consumir 45% ou 35% de vapor sobre a cana, vendendo
71,2 ou 78,7 kWh / ton de cana
5. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE - CONSIDERAÇÕES
aSe diminuir de 45% para 40% - aumenta a venda em 5,3% 
aSe diminuir de 40% para 35% - aumenta a venda em 4,9% 
aQuanto custa cada “salto” deste ?
aO segundo “salto” é certamente bem mais caro
É PRECISO VERIFICAR CUIDADOSAMENTE A RELAÇÃO 
CUSTO/BENEFÍCIO DOS INVESTIMENTOS
Cogeração – Caso Típico
Potencial na Indústria Canavieira
aLembrete: optar pela CONDENSAÇÃO é “jogar calor fora”
5. GERAÇÃO DE ELETRICIDADE - CONSIDERAÇÕES
aA tecnologia pode ajudar a “queimar” de forma mais eficiente o bagaço 
excedente:
aNa geração de eletricidade: gaseificação
aGerando outros produtos a partir do bagaço: álcool
PARA FINALIZAR O CASO:
Uma safra de 2.500.000 toneladas de cana com 75 kWh / ton de geração 
de eletricidade pode gerar uma receita aproximada de R$ 26.000.000,00, 
se contarmos com os preços de venda do último leilão de energia
aA Condensação piora a eficiência da Cogeração
Cogeração 
Evolução na Indústria Canavieira
Histórico da Cogeração 
Uma Visão Produtiva
Início do Séc. XXI: SUCRO-ALCOOLEIRA “ENERGÉTICA”
Até meados dos anos 70: AÇUCAREIRA
Do início do PROALCOOL até 2000: SUCRO-ALCOOLEIRA
Cana-de-Açúcar
Composição – Base Seca
Açúcares ~ 150 kg
Bagaço ~ 140 kg
Palha * ~ 140 kg
1 ton (no campo)
* Palha (pontas, folhas e palha)
Histórico - Fase “Açucareira”
• Objetivo: 
bProdução de Açúcar
• Conjuntura e Insumo Energético:
bEletricidade e petróleo a custo baixo 
bBagaço em excesso / Custo “Zero” de energia para usina
bSobra de bagaço – vendido / disponibilizado a “preço de custo”
bPalha queimada no campo
• Impactos na central de cogeração e no processo:
bPreocupação em “incinerar” o bagaço
bCaldeiras de baixa eficiência e baixa pressão 
bUnidades de cogeração com baixa eficiência na utilização do 
combustível (muitas vezes com compra de eletricidade)
bUso intensivo de turbo-acionamentos de baixa eficiência
bPouquíssima preocupação com eficiência energética na geração e 
no uso
Histórico - Fase “Açucareira”
UsinaMatéria-prima
1 ton de cana
Palha ~ 140 kg
Açúcares ~ 150 kg
Bagaço ~ 140 kg
Produto
Açúcar ~ 90 kg
Sub-produtos
Mel Final ~ 60 kg
Bagaço Excedente ~ 0 - 40 kg
Palha (Queimada 
no campo)
Bagaço ~ 100 - 140 kg
Energia
(baixíssima eficiência)
Histórico - Fase “Açucareira”
Histórico 
Fase “Sucro-Alcooleira – Anos 70”
• Objetivo: 
bProdução de Açúcar e Álcool
• Conjuntura e insumo energético:
bPetróleo a custo alto / “Boom” do álcool – PROÁLCOOL
bEletricidade a custo baixo
bBagaço ainda em excesso / Custo “Zero” de energia para a usina 
bAinda sobra de bagaço – vendido ao “preço de oportunidade”
como substituto dos derivados de petróleo
bPalha queimada no campo
• Impactos na central de cogeração e no processo:
bUnidades de cogeração dimensionadas na “paridade térmica”, 
ainda com baixa eficiência (algumas inclusive com necessidade de
compra de eletricidade) 
bCaldeiras de média eficiência
bBaixa pressão de vapor vivo (turbo-acionamentos de baixa 
eficiência)
bPouca preocupação com eficiência energética na geração e ainda 
pouquíssima no uso
Histórico 
Fase “Sucro-Alcooleira – Anos 70”
UsinaMatéria-prima
1 ton de cana
Palha ~ 140 kg
Açúcares ~ 150 kg
Bagaço ~ 140 kg
Produtos
Açúcar ~ 90 kg, ou
Álcool (ENERGIA) ~ 65 L, ou 
mix (açúcar e álcool) 
Sub-produtos
Bagaço Excedente * (ENERGIA) ~ 0 - 10 kg
Vinhaça ~ 12 L / L álcool
Palha (Queimada 
no campo)
Bagaço ~ 130 - 140 kg
Energia
(baixa eficiência)
* Utilizado como insumo energético em outras indústrias 
especialmente a partir da crise do petróleo
Histórico 
Fase “Sucro-Alcooleira – Anos 70”
• Objetivo: 
bProdução de Açúcar e Álcool
• Conjuntura e insumo energético:
bEletricidade mais cara / desregulamentação do setor elétrico -
oportunidade de geração e venda de energia elétrica 
bMaior oferta de petróleo - declínio do PROÁLCOOL (início dos 
anos 90) 
bPreocupação ambiental – oportunidade de uso da biomassa (palha 
e bagaço) como matéria-prima – energia / álcool / plásticos.
bBagaço ainda em excesso / Custo “Zero” de energia para a usina 
bPalha queimada no campo – pressão ambiental – início da 
mecanização
Histórico 
Fase “Sucro-Alcooleira – Anos 90”
• Impactos na central de cogeração e no processo:
bUnidades de cogeração dimensionadas de modo um pouco mais 
eficiente e para geração de excedentes de energia elétrica
bCaldeiras de melhor eficiência – com algum controle de emissões 
atmosféricas
bTurbo-acionamentos mais eficientes / substituição por motores
bPreocupação com eficiência energética na geração e no uso
b Início do desenvolvimento de sistemas de gaseificação para palha / 
bagaço
Histórico 
Fase “Sucro-Alcooleira – Anos 90”
UsinaMatéria-prima
1 ton de cana
Palha ~ 140 kg
Açúcares ~ 150 kg
Bagaço ~ 140 kg Palha 
(parcialmente 
queimada no 
campo)
Bagaço (variável)
Energia
(média eficiência)
Produtos
Açúcar ~ 100 kg, ou
Álcool (ENERGIA) ~ 85 L, ou 
mix (açúcar e álcool) 
Sub-produtos
Bagaço e Palha Excedente (ENERGIA) - variável
Vinhaça ~ 12 - 0,8 L / L álcool
Eletricidade (ENERGIA) - variável
Histórico 
Fase “Sucro-Alcooleira – Anos 90”
Presente 
“Sucro-Alcooleira Energética”
• Objetivo: 
bProdução de Açúcar, Energéticos (Álcool, Eletricidade) e outros
• Conjuntura e Insumo Energético:
bAbertura de mercados externos (açúcar e álcool) / Competitividade
bEletricidade a alto custo / risco de oferta
bQuestão ambiental 
bAlta demanda por produtos energéticos “verdes”
b“Créditos de Carbono” / Emissão de gases do efeito estufa 
bImpactos ambientais pelo crescimento das lavouras
bRápido desenvolvimento das tecnologias: conversão de biomassa 
em álcool – gaseificação – eficiência energética no processo
bBagaço e Palha: passam a ser matéria-prima também.
• Impactos na central de cogeração e no processo:
bUnidades de cogeração cada vez mais eficientes (fazem parte do 
processo produtivo) com geração de excedentes 
bCaldeiras de maior eficiência
b “Motorização” dos acionamentos
bPossibilidade de integração com outras unidades produtivas (p.ex. 
planta de biodiesel)
bGrande preocupação com eficiência energética na geração e no 
uso da energia (transformação de energia)
b Integração da usina com o sistema elétrico interligado / demanda 
por tecnologias de monitoramento e controle
bViabilização de sistemas de gaseificação para palha / bagaço –
mudança de paradigma – migração para o ciclo térmico combinado
Presente 
“Sucro-Alcooleira Energética”
Usina 
Sucroalcooleira 
“Energética”
Matéria-prima
1 ton de cana
Palha ~ 140 kg
Açúcares ~ 150 kg
Bagaço ~ 140 kg
Bagaço (variável)
Energia
(alta eficiência)
Produtos
Açúcar
Álcool (ENERGIA)
Eletricidade (ENERGIA)Biogás (ENERGIA)
Outros.........
Presente 
“Sucro-Alcooleira Energética”
Indústria Canavieira - Produtos
Usina 
Sucroalcooleira 
“Energética”
Cana-de-Açúcar
Bagaço
Energia
Caldo - Açúcar
- Álcool
Bagaço - Combustível Eletricidade
Calor/Frio 
- Papel e Celulose
- Ração Animal
- Etanol / Furfural
Vinhaça - Biodigestão Fertilizantes
Biogás 
- Fertilizante
- Ingrediente Proteico
Palha - Combustível Eletricidade
Calor/Frio 
Usina 
Sucroalcooleira 
“Energética”
Cana-de-Açúcar
Bagaço
Energia
Caldo - Açúcar
- Álcool
Bagaço - Combustível Eletricidade
Calor/Frio
- Papel e Celulose
- Ração Animal
- Etanol / Furfural
Vinhaça - Biodigestão Fertilizantes
Biogás
- Fertilizante
- Ingrediente Proteico
Palha - Combustível Eletricidade
Calor/Frio
ENERGIA
Indústria Canavieira - Produtos
Cana-de-Açúcar 
Visão Energética
1 ton
Composição Energética
Açúcares ~ 2300 MJ
Bagaço * ~ 2600 MJ
Palha * ~ 2600 MJ
* Base 50% de umidade
1 ton de cana de açúcar ~ 1 barril de petróleo
Futuro da Cogeração na
Indústria Canavieira
Futuro da Cogeração na
Indústria Canavieira
• Demanda crescente na geração de eletricidade
• Eletrificação dos acionamentos
• Colheita da cana sem queima
• Recolhimento da palha
• Geração e uso do biogás
• Disponibilidade do gás natural
• Outros produtos
Futuro da Cogeração na
Indústria Canavieira
• Aproveitamento Energético da Biomassa
Futuro da Cogeração na
Indústria Canavieira
ROTA ATUAL
Futuro da Cogeração na
Indústria Canavieira
ROTA 
EMERGENTE
O que é Gaseificação? 
O que é Gaseificação? 
bEsta conversão é realizada em gaseificadores adequados 
às características da biomassa utilizada.
bGaseificação da biomassa é o processo de sua 
conversão em um gás energético através da oxidação 
parcial a temperaturas elevadas 
(900 – 1300°C)
O que é Gaseificação? 
• A operação de gaseificação pode ser 
decomposta em três etapas:
b preparação do combustível, 
b gaseificação 
b limpeza dos gases. 
• A gaseificação propriamente dita, no gaseificador, é
precedida pela secagem e pela pirólise do combustível 
sólido. 
• É necessário calor para a gaseificação
O que é Gaseificação? 
• É gerado um gás energético composto de:
bMonóxido de Carbono (CO)
bHidrogênio (H2)
bMetano (C H4)
bImpurezas ou Contaminantes
• O gás produzido, também conhecido como “gás pobre”, 
contém entre 10 e 30% do poder calorífico do gás natural
O que é Gaseificação? 
• Tipos de Gaseificadores
bPressão Atmosférica ou Pressurizados
bLeito Fixo ou Pressurizado
bAgente Gaseificador:
bAr
bOxigênio
bVapor
bAquecimento Direto ou Indireto
• Os gaseificadores mais adequados para bagaço e palha 
são os de leito fluidizado
Por que a Gaseificação? 
• Demanda crescente na geração de eletricidade
• Restrição na eficiência da geração termelétrica dos ciclos 
a vapor - Máx. 35%
• Ciclo Combinado – Eficiência de até 58%
bPorém não é possível com biomassa sólida
• Aproveitamento total da biomassa (bagaço + palha)
• A gaseificação proporciona o aproveitamento de 
combustíveis sólidos de baixo custo em ciclos 
termelétricos de alta eficiência
A Gaseificação na
Indústria Canavieira – BIG/GT CC
Processo
Bagaço + Palha
Condensados RecuperáveisÁgua de “Make-up”
Vapor @ 85 bar ; 525°C
Vapor @ 2,5 bar; saturado
Vapor de média 
pressão; saturado
CONDENSADOR
GASEIFICADOR + 
SISTEMA DE LIMPEZA DE 
GASES
TURBINA A GÁS
ELETRICIDADE
AR
GAS 
COMBUSTÍVEL
GASES 
QUENTES
TURBINA A VAPOR
CALDEIRA DE 
RECUPERAÇÃO
ELETRICIDADE
A Gaseificação na
Indústria Canavieira
• Cogeração a Ciclo Combinado com sistemas integrados:
bGaseificador + Turbina a Gás - BIG/GT
bCaldeira de Recuperação de Alta Pressão
bTurbinas a Vapor
• Podem dobrar a relação potência elétrica / potência 
térmica, em relação aos sistemas hoje
Algumas siglas:
bBIG/GT: Biomass Integrated Gasification / Gas Turbine
bBIG/STIG: “ / Steam Injection Gas Turbine
bBIG/ISTIG: “ / Intercooled Steam Injection Gas Turbine
bBIG/GT CC: “ / Gas Turbine Combined Cicle 
A Gaseificação na
Indústria Canavieira
Gaseificação
Barreiras e Oportunidades
• Paradigma do setor canavieiro/energético brasileiro com 
os ciclos a vapor (dominado) x ciclos a gás (emergente)
• Tecnologia dos sistemas a gás
bTurbinas a Gás (importadas ainda – preço caindo)
bCaldeiras de Recuperação (nacionais) 
• Tecnologia de queima de “gás pobre”
• Sistema de limpeza dos gases
Gaseificação
Barreiras e Oportunidades 
• Co-combustão com gás natural
bFator de utilização dos investimentos. p.ex. entressafra
bCentral de cogeração não para por falta de bagaço
bMaior flexibilidade
bPreço do gás natural
bUso do gás natural interruptível ( + barato)
bTecnologia cara
b Investimento alto
bConcorre ou complementa a biomassa?
• Uso da biomassa para outros fins
bHidrólise
bPlásticos
Comparação entre Projetos de Cogeração 
Típicos na Indústria Canavieira
CVCT CVCE CVEC CVECE BIG/STIG BIG/TG CC
Ciclo Térmico da Cogeração Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Gás Ciclo Combinado
Configuração da Cogeração Contrapressão Contrapressão Extração-Cond. Extração-Cond. TG+HRSG TG+HRSG+TV
Tecnologia e Processo Baixa Alta Baixa Alta Alta Alta
Temperatura °C 280 - 350 525 525 515 515 515
Pressão bar 17,6 - 24,5 85 85 87 87 87
Produção de Vapor kg vapor / t cana 540 - 680 450 575 840 300 300
Consumo de Vapor kg vapor / t cana 540 - 680 450 320 320 300 300
Eficiência da Caldeira base PCS 55% 67% 67% 85% 85% 85%
Geração Eletricidade/Cogeração kWh / t cana 5 - 12 40 55 95 220 285
Geração Eletricidade/Pura kWh / t cana 0 0 70 150 260 315
Consumo de Eletricidade kWh / t cana 10 - 12,5 12,5 18 32 32 32
Eletricidade Excedente - Instantânea kWh / t cana max 2,5 27,5 107 213 448 568
Eficiência das Turbinas a Vapor 34% 50% 50% 75% - 75%
Eficiência Termelétrica Cogerada 1,5 - 4,5% 7% 7,5% 12,5% 30,0% 38,0%
Eficiência Termelétrica Geração Pura - - 9,5% 20,0% 35,0% 42,0%
Excedente de Bagaço 0 - 12% 22% 0 0 0 0
Escala da Planta Típica MW até 25 até 50 até 50 até 100 até 150 até 150
Relação Potência / Calor 0,08 0,21 0,44 0,44 0,64 0,64
CVCT CVCE CVEC CVECE BIG/STIG BIG/TG CC
Ciclo Térmico da Cogeração Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Gás Ciclo Combinado
Configuração da Cogeração Contrapressão Contrapressão Extração-Cond. Extração-Cond. TG+HRSG TG+HRSG+TV
Equipamentos
Gaseificador X X
Sistema de Limpeza de Gases X X
Turbina a Gás X X
Caldeira de Recuperação - HRSG X X
Caldeira - Média Pressão X
Caldeira - Alta Pressão X X XX
Turbina ContraPressão X
Turbina Extração/ContraPressão X
Turbina Extração/Condensação X XX XX
Condensador X X X
Sistema Resfriamento X X X
Tratamento de Água X X XX XX XX XX
Subestação X X XX XXX XXX XXX
Redução de Consumo Processo X X X X
Custo da Instalação US$ / kW - 500 600 1200 1200 1400
Custo Fixo Anual US$ / kW - 10 20 50 50 50
Custo Variável US$ / kWh - 0,0005 1,5 3,0 10,0 3,0
Compilado de "Correa Neto, Vicente et al. (2002) - "ANÁLISES DE OPÇÕES TECNOLÓGICAS PARA PROJETOS DE CO-GERAÇÃO NO 
SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO" - USAID/BRAZIL e "Leal, M.R L.V. - PROCESSOS DE COGERAÇÃO - Equipamentos, Custos e Potenciais" - 
CTC 2003
Comparação entre Projetos de Cogeração 
Típicos na Indústria Canavieira
Potencial de Geração 
de Eletricidade na Indústria Canavieira
CVCT CVCE CVEC CVECE BIG/STIG BIG/TG CC
Ciclo Térmico da Cogeração Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Vapor Ciclo a Gás Ciclo Combinado
Configuração da Cogeração Contrapressão Contrapressão Extração-Cond. Extração-Cond. TG+HRSG TG+HRSG+TV
kWh / ton cana (anualizado) - máx 2,5 25 100 150 300 350
Operação Safra Safra Anual Anual Anual Anual
Potencial - Safra 2005/06
GWh 900 9.000 36.000 54.000 108.000 126.000
% do Consumo Brasileiro 2005 0,2% 2% 10% 14% 29% 34%
MW 225 2.250 4.800 7.200 14.400 16.800
% do Parque de Geração 2005 0,3% 3% 6% 8% 17% 20%
Potencial - Safra 2009/10
GWh 1.250 12.500 50.000 75.000 150.000 175.000
% do Consumo Brasileiro 2010 0,3% 3% 10% 16%31% 36%
MW 313 3.125 6.667 10.000 20.000 23.333
% do Parque de Geração 2005 0,4% 4% 8% 12% 23% 27%
Safra Centro-Sul 2005/2006 - 360 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (fonte: ÚNICA)
Safra Brasil 2009/2010 - 500 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (nosso número)
Consumo de Energia no Brasil - 2005 374 TWh
Consumo de Energia no Brasil - 2010 484 TWh
Parque de Geração Instalado 2005 85950 MW (não inclui Itaipú Paraguai - 5600 MW e Interligação Argentina - 2178 MW)
Dados do Plano Decenal de Energia do MME 2006-20015
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