Prévia do material em texto
FACULDADE UNYLEYA LICENCIATURA EM COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM PEDAGOGIA PORTFÓLIO ACADÊMICO EDUCAÇÃO INCLUSIVA Por: Yasmin Barbosa De Albuquerque Rocha Sumidouro/RJ 2020 2 FACULDADE UNILEYA LICENCIATURA EM COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM PEDAGOGIA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Portfolio Acadêmico apresentado para a Faculdade UnyLeya de modo a atender a Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015 na atividade de Projetos e Práticas Educacionais I. Sumidouro/RJ 2020 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 04 2. DIÁRIO DE LEITURA.................................................................................... 06 3. DIÁRIO DE PESQUISA................................................................................ 10 3.1 CONHECENDO VIRTUALMENTE A ROTINA DA APAE............................. 11 3.2 PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA INSTITUIÇÃO............................. 12 4. CONCLUSÃO............................................................................................... 14 5. REFERÊNCIAS............................................................................................. 16 4 1. INTRODUÇÃO Ingressei na Faculdade Unyleya no primeiro semestre de 2020, com a determinação de concluir o Curso de Complementação Pedagógica em Pedagogia. Desde o primeiro dia de aula, procurei analisar os métodos de ensino aplicados na Instituição para melhor desempenho nos estudos e capacitação profissional. Ao longo do semestre, tive a oportunidade de aprofundar meus conhecimentos na área da educação, tendo em vista que já sou licenciada em Letras, e através da complementação pedagógica em Pedagogia estou tendo um contato maior com todas as áreas da educação, em especial a Educação Infantil. Procurei me dedicar ao máximo para obter um melhor conhecimento no campo da pedagogia e com isso me tornar uma profissional da educação mais qualificada e atenta a todas as eventuais situações no cotidiano escolar. As discussões sobre a Educação Inclusiva na disciplina Projetos e Práticas Educacionais I, foi de suma importância para obter um aprofundamento e melhor conhecimento sobre essa modalidade da educação em que visa o pleno desenvolvimento de pessoas com deficiência na rede regular de ensino e, consequentemente, a inclusão delas na sociedade. Ao longo do portfólio vamos ver que através da história foram muitas as dificuldades encontradas para que a inclusão chegasse ao nível atual, pois sabemos que no passado as pessoas com deficiência eram consideradas indignas da educação escolar e ao longo da história esse conceito foi mudando aos poucos, conquistando cada vez mais direitos para essa parte importante da sociedade. A Educação inclusiva ainda é uma grande questão a ser resolvida em nosso país. Apesar de ter tido um grande avanço com as leis criadas, ainda existem grandes dificuldades a serem sanadas para que o sucesso dessa prática da inclusão se torne realidade em 100% das nossas escolas. Porém, existem várias instituições de apoio a pessoa com deficiência, que auxiliam na prática educativa, contribuindo para o melhor desenvolvimento desse grupo de pessoas. Com isso, o presente portfólio tem como objetivo apresentar a Instituição APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), cujo objetivo principal 5 é promover a atenção integral à pessoa com deficiência, prioritariamente aquela com deficiência intelectual e múltipla. A APAE está presente em todo o Brasil, com várias redes em lugares diferentes, com isso escolhi a APAE situada em Nova Friburgo/RJ – munícipio vizinho de onde resido – para conhecer virtualmente e aprofundar meus estudos no trabalho realizado por eles no auxílio da educação inclusiva. A Instituição da APAE localizada em Nova Friburgo é uma das principais ONGs da região que atende, não só os residentes no município, como pessoas de munícipios vizinhos, ajudando essa parcela da população de pessoas com deficiência. Diante disso, abordaremos aspectos relacionados a toda atuação educacional e social que essa instituição promove no local em que está inserido, destacando a importância e a diferença que ações desse tipo promovem em nossa sociedade. 6 2. DIÁRIO DE LEITURA Não são poucos os fatores envolvidos acerca da Educação Inclusiva, tendo em vista que pessoas com deficiência sofrem com a exclusão desde a Idade Média, pois eram pessoas tidas como indignas, sendo até mortas somente por ter algum tipo de deficiência e com isso foram sendo excluídas e estigmatizadas ao logo do tempo. Por volta de 1496, as pessoas com alguma deficiência ou transtorno mental eram perseguidas e executadas. Nesta época entendiam que isso significava uma “presença do demônio dentro dessas pessoas”. Por mais de 200 anos pessoas com necessidades especiais foram queimadas em praça pública, enforcadas, afogadas ou condenadas às prisões nos porões dos castelos da época (FACION & MATTOS, 2009, p.6). Com o passar dos anos essa visão foi mudando e essas pessoas com deficiência foram conquistando aos poucos um espaço na sociedade. Mas ainda assim, continuavam sendo excluídas e segregadas, pois não tinham um convívio escolar com as outras pessoas, no entanto houve o surgimento de grandes instituições especializadas em pessoas com deficiência, e é a partir de então que poderíamos considerar ter surgido a educação especial. No século XX, surgi o paradigma da integração, este vem para defender o direito da criança com deficiência a ser inserida na sociedade e principalmente na rede regular de ensino, porém a mesma com esforço próprio teria que adaptar-se ao ambiente, enquanto que as escolas e os sistemas mantinham-se inalterados, não tinham o compromisso em adaptar-se as necessidades destes alunos (MINETTO, 2010 p.46). A partir daí muitas medidas e leis foram criadas para melhorar a qualidade de vidas dessas pessoas, e no que se refere a educação, podemos destacar a Declaração de Salamanca de 1994 que consistia em incluir as crianças com deficiência na rede regular de ensino demonstrando uma evolução cultural defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma deficiência. E na Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional – Lei 9.394/96, no capítulo V, onde define a educação especial como “a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, 7 para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação” (art. 58). Ainda consta na mesma lei “a oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem início na educação infantil e estende-se ao longo da vida” (art. 58 § 3º). A lei também determina que sejam organizados “currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;” (art.59 I) e “[...] professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; “(art. 59 III) (BRASIL, 1996). O Plano Nacional de Educação (2011-2020) considera como público alvo da educação inclusiva educandos com deficiência intelectual, física, auditiva, visual e múltipla, alunos com transtorno global do desenvolvimento (TGD) e altas habilidades; estabelecendo assim a Educação Especial como modalidade de ensino que perpassa todos os segmentos da escolarização, realiza o atendimento educacional especializado (AEE) disponibiliza serviços e recursos própriose orienta alunos e professores quanto a sua utilização no ensino regular. Essas medidas são de grande avanço para a qualidade de vida e de ensino das pessoas com deficiência, mas sabemos que para a lei seja efetivada é preciso ter profissionais qualificados para melhor atender esses alunos e fazer cumprir a lei, pois é muito comum encontrar professores que afirmam que não estão preparados para receber um aluno com deficiência. Facci (2003) enfatiza que as dificuldades enfrentadas pelos professores no processo ensino-aprendizagem do aluno deficiente intelectual, devem-se ao fato deles não terem o conhecimento necessário para vencer os desafios, isto é, o professor só conseguirá transmitir o saber se ele também houver tido acesso ao ensino e ao saber acumulado. Outra questão que podemos destacar em relação a lei não se efetivar é a falta de recursos no espaço escolar, muitas escolas no Brasil ainda não possuem acessibilidade e com isso alunos com deficiência são impedidos de frequentar a rede regular de ensino, tendo que recorrer a escolas especializadas e em 8 consequência disso a falta de convivência dos alunos com algum tipo de deficiência com outros alunos da rede regular. Antes que houvesse a inclusão se praticou a exclusão, e quando vemos que em muitas escolas ainda não existe acessibilidade, como rampas de acesso, elevadores, banheiros adequado ou professores que não falam LIBRAS estamos sim praticando a exclusão. Segundo os dados do Censo, 38,6% das escolas públicas de ensino fundamental e 55,6% das privadas têm banheiros para pessoas com necessidades especiais. Além disso, também no ensino fundamental, 28% das escolas públicas e 44,7% das particulares têm dependências adequadas para pessoas com necessidades especiais. (Fonte: Agência Brasil). Apesar de não ser um número pequeno, precisamos de muito para chegar no ideal de que todas as escolas nosso país possuam acessibilidade. Pensando na inclusão, um dos fatores que podemos destacar e que faz parte dessa educação inclusiva é o ensino da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) que se faz presente e obrigatório em todos os cursos de Magistério através da Lei n° 10.436/02 que no artigo 1º “É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.“ e no Art. 4º que diz ”O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.” Ainda, segundo o Censo IBGE de 2010 o número de brasileiros com deficiência auditiva era de mais de 9,7 milhões de pessoas, o que significa mais de 5% da população brasileira. Apesar do incentivo a inclusão podemos notar que a comunidade surda ainda tem muitas dificuldades no que diz respeito a comunicação na educação. Quando em uma unidade escolar existe algum aluno surdo, pensando na inclusão, a escola pode dar suporte contratando um intérprete da língua. Mas o ideal é que a LIBRAS seja ensinada a toda 9 comunidade escolar para que haja realmente uma inserção da comunidade surda na sociedade. “o princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo” .Kunc,1992 De acordo com a citação acima, podemos perceber que a inclusão vai muito além das leis, ela antes de tudo precisa partir da consciência de cada indivíduo, nós enquanto educadores, e principalmente, seres humanos precisamos entender que somos diferentes e cada um de nós temos um olhar diferente do mundo, hoje a educação deve ser de todos, sem discriminação, sem rótulos, e para haver a inclusão é preciso que todos os alunos tenham acesso e possam se desenvolver em uma escola do ensino regular com uma educação de qualidade. Segundo Rodrigues (2003, pág.13) “o atendimento das diferentes necessidades educativas dos alunos é certamente o desafio mais importante que o professor tem de enfrentar em nossos dias”. Com isso, enquanto educadores precisamos estar cada vez mais preparados, informados e em constante aprendizado para que a educação inclusiva seja alcançada em nossas escolas e através de nós se torne realidade entre nossos futuros educandos. 10 3. DIÁRIO DE PESQUISA O diário de pesquisa tem como objetivo analisar a estrutura em todos os aspectos da instituição escolhida. Fiz uma pesquisa virtual sobre a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) que é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos e hoje considerada a maior rede de apoio às Pessoas com Deficiência Intelectual ou Deficiência Múltipla, e que está presente em vários municípios do Brasil atendendo em torno de 700.000 pessoas. A APAE é uma instituição de grande importância na inclusão social e educacional de pessoas com deficiência. Em minhas pesquisas sobre a APAE pude ver o quanto é importante o trabalho realizado por eles, e o quanto essa rede de apoio tem beneficiado a educação inclusiva na rede regular. Os beneficiados da APAE recebem todos os cuidados necessários que precisam como saúde, educação, esporte e lazer, auxiliando na inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. O que pude perceber é que todas as unidades da rede da APAE possuem semelhantes estruturas, são cerca de 2.200 unidades, por isso vou destacar a unidade localizada no Munícipio de Nova Friburgo, pois é a unidade mais próxima da minha residência. A estrutura física da APAE de Nova Friburgo é excelente, pois o prédio foi reformado recentemente através de doações, esse ano completou 41 anos no mês de maio e ano passado (2019) foi selecionada entre as melhores ONGs do país. Como é uma instituição voltada para pessoas com deficiência, sua unidade possui acessibilidade, e as salas de aula, consultórios médico e odontológico, a área de esporte e lazer são de primeira qualidade, trazendo conforto a todos os estudantes do local. A proposta pedagógica da escola da APAE de Nova Friburgo é o diferencial da instituição, pois é oferecido ensino integral aos alunos. Na parte da manhã os alunos têm a escolarização e na parte da tarde eles oferecem oficinas pedagógicas aos alunos. Com isso os alunos avançam em seu aprendizado, favorecendo o seu desenvolvimento global, e também sua relação com os outros e com o mundo. O Centro Educacional Rafael Mello Pacheco/ Escola Especial da APAE de Nova Friburgo possui aproximadamente 140 11 alunos, oferece um currículo dinâmico, flexível buscando a autonomia e independência, baseado em princípios metodológicos do “Saber” e “Saber Fazer”. A escola atende os alunos da Educação Infantil a partir de um ano e meio até os 6 anos de idade e do Ensino Fundamental dos 6 aos 15 anos de idade. O CERMP possui uma estrutura completa, contando com a sala de informática que traz aos seus alunos o contato com as novas tecnologias, muito utilizada nessa geração. Nas oficinas pedagógicas são oferecidas aulas de capoeira, judô, recreação, aulas de música, teatro e artesanato. Quando pensamos em toda essa estrutura que a Escola da APAE de Nova Friburgo oferece, fica claro o quanto essa instituição é importante na vida e inclusão escolar de muitas crianças com deficiência, pois a maioria das escolas regulares oferecidas pelo governo, infelizmente, ainda não possuí toda essa estrutura. 3.1 Conhecendo virtualmente a rotina da APAE Ao visitar o perfil da instituição no Facebook pude ver, através das publicações, muitas atividadespedagógicas realizadas com os alunos do Centro Educacional Rafael Mello Pacheco. Devido a pandemia do Covid-19 que nos atinge, nesse ano a rotina da instituição se alterou para obedecer as normas do Ministério da Saúde e da OMS, mas ainda assim, o CERMP continuou desenvolvendo atividades com seus alunos através da rede social. Ao longo desse período de isolamento social, as professores desenvolveram atividades para falar e comemorar algumas datas importantes que celebramos. A primeira atividade online foi em comemoração à Páscoa, onde umas das professoras da Educação Infantil ensinou seus alunos a fazerem um coelho de papel, envolvendo os pais dos alunos e os alunos a criar sua arte, desenvolvendo a criatividade e a coordenação motora das crianças. Outra atividade online aplicada por umas das professoras, foi feita no dia 19/04 para celebrar o dia do Índio. Essa atividade tinha como objetivo ensinar os alunos a fazerem uma peteca, uma brincadeira de origem indígena e que se faz presente na infância de todos os brasileiros. Com essa atividade a professora 12 falou sobre a importância do povo indígena em nossa cultura e ainda trabalhou a brincadeira que é um dos direitos da aprendizagem presente na BNCC. Destaco aqui, uma terceira atividade online que acompanhei através do vídeo postado pela professora no dia 21 e abril que é comemorado o dia de Tiradentes, uma data muito importante na história do nosso país, para que as crianças entendessem o porquê desse dia ser tão importante, uma das professoras contou brevemente a história de Tiradentes e a importância da Inconfidência Mineira, o movimento que marcou a época, e ensinou os alunos a criarem a bandeira do Estado de Minas Gerais, deixando a atividade online muito lúdica. Através dessas atividades acompanhadas pala rede social, foi analisado que mesmo em meio a pandemia, o Centro Educacional Rafael Mello Pacheco tem procurado estar presente no aprendizado de seus alunos, mantendo a prática pedagógica no cotidiano dos mesmos. Aplicando atividades envolventes e que buscam o desenvolvimento de seus alunos em todas as áreas do conhecimento e contribuindo com a educação inclusiva, pois são atividades que inserem os alunos em sociedade através do conhecimento global. 3.2 Pontos Positivos e Negativos da Instituição Sabemos que o nosso ideal em relação a Educação Inclusiva é que todas as crianças, independentemente de ser deficiente ou não, sejam matriculadas e frequentem escolas da rede regular oferecidas pelo governo, como diz em nossas leis referidas no diário de leitura. Porém, nosso país enfrenta muitas dificuldades em relação a isso e as Instituições filantrópicas como a APAE ajudam nesse sentido de inclusão. Apesar de não ser uma escola da rede regular, o trabalho pedagógico dessa instituição é de grande importância, pois eles dão o suporte necessário para os alunos com necessidades especiais. A Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional – Lei 9.394/96, no capítulo IV, artigo 19 (III - § 2º) insere as Instituições filantrópicas como Instituição de ensino, legitimando o seu papel na Educação. O ponto positivo da Educação oferecida pela APAE é que eles dão todo suporte para os alunos com 13 necessidades especiais, pois eles têm toda uma equipe especializada, treinada e com forte know-how no que diz respeito ao atendimento, cuidado, ensino e aprendizagem de seus alunos. Diferentemente de uma instituição de ensino regular em que, em sua grande maioria, encontra extrema dificuldade até mesmo em suas áreas mais básicas, como profissionais com pouco preparo e acessibilidade à pessoas com deficiência, por exemplo. Além disso, existe ainda o preconceito de pessoas que, por falta de experiência em atividades com eles, tem dificuldades em se relacionar e conduzir o ensino de forma natural e saudável, dificultando a inclusão dos mesmos ao ambiente escolar. O ponto negativo observado em uma instituição como a APAE, que só atende pessoas com necessidades especiais, é, principalmente, o fato de que os alunos não tem contato com outros alunos sem necessidades especiais, gerando uma certa exclusão destas pessoas no convívio com as outras crianças. Essa exclusão é prejudicial ao desenvolvimento social delas, uma vez que, somente através da convivência com o “diferente”, que nós, como seres humanos, nos aperfeiçoamos e nos desenvolvemos, recebendo e, ao mesmo tempo, compartilhando, conhecimentos e experiências das outras pessoas. Uma alternativa para amenizar este problema seria realizar intercâmbios com escolas da rede regular de ensino regularmente, e assim incentivando o contato e a convivência dos alunos com os das outras instituições. Outra alternativa seria abrir algumas vagas para crianças de famílias de baixa renda e sem necessidades especiais para participarem de oficinas pedagógicas que eles oferecem aos seus alunos. No geral, após análises de todas essas informações, foi constatado em minhas pesquisas e observações, que a APAE de Nova Friburgo é uma excelente instituição, pois toda sua estrutura e, principalmente, sua proposta pedagógica é um modelo a ser seguido por todas as instituições de ensino, principalmente, em nossa rede pública. Se todas as nossas escolas oferecessem esse serviço, nossa educação seria de muita qualidade e a inclusão seria um realidade em todas as áreas da Educação. 14 4. CONCLUSÃO A preocupação em atender com excelência a todas as pessoas, precisa ser sempre entendida como prioridade, e para que esse objetivo seja alcançado as questões de inclusão das pessoas com necessidades especiais devem ser bem estudadas, planejadas, e, principalmente, bem executadas. No mundo atual a responsabilidade social, assim como a ambiental, é muito bem vista e admirada, e inclusive utilizada como uma forma de propaganda e marketing, mas na prática, muitas vezes as pessoas com necessidades especiais passam por situações de dificuldades em diversas áreas da sociedade. No mundo acadêmico não é diferente. As escolas do setor público de ensino ainda, em sua maioria, não dispõe de recursos suficientes, adaptações de suas salas de aulas, banheiros, e até mesmo profissionais realmente capacitados para essa nobre missão. Nesse sentido, ao realizar uma pesquisa mais aprofundada e focada no ensino, pude constatar através desse estudo que a Educação Inclusiva precisa ser constantemente analisada e estudada pelos profissionais da educação, para que através do conhecimento aprofundado sobre o assunto, os professores despertem para o interesse em se qualificar na área da educação especializada, fazendo com que através da prática educacional todos os alunos, com diferentes dificuldades, sejam elas físicas ou intelectual, tenham um ensino de qualidade. O professor tem um papel fundamental nessa questão, pois se for um profissional capacitado para lidar com as diferenças entre seus discentes, a inclusão em sala de aula será fácil de ser alcançada. Este estudo sobre a inclusão, me despertou um interesse e um maior conhecimento sobre essa questão, que é, e precisa ser importante para nós, profissionais da educação. Ao longo de toda pesquisa pude entender um pouco mais sobre a realidade das pessoas com deficiência, e também vivenciar um pouco sobre o funcionamento de instituições de ensino como a APAE, e, mesmo que virtualmente, pude conhecer e entender o trabalho realizado por eles. Pois, mesmo a APAE sendo uma instituição conhecida nacionalmente, muitas pessoas, assim como eu, não têm a oportunidade e até mesmo o interesse em 15 conhecer o trabalho realizado nessas instituições de apoio a inclusão, e essa pesquisa desenvolvida na disciplina de Projetos e Práticas da Educacionais I, me motivou a ser uma docente atenta e qualificada para a prática da educação inclusiva. Por fim, como futura docente, entendo queé preciso lutar para que os nossos governantes garantam o incentivo da qualificação e educação continuada dos profissionais da área, assim como nossas leis sobre a educação inclusiva, já conquistadas, se tornem uma realidade em todas as nossas instituições de ensino, sejam elas públicas, privadas ou filantrópicas. Aprimorando os projetos nesse sentido do Atendimento Educacional Especializado, para que, com o tempo sane ou pelo menos minimize os pontos decadentes do atendimento as pessoas com necessidades especiais. Todos nós temos o direito a educação e para que esse direito seja conquistado, é preciso garantir o acesso a todos, sem exceção, além de assegurar a qualidade e permanência de todos nas redes de ensino. 16 5. REFERÊNCIAS CAMARGO, Eder Pires. Inclusão social, educação inclusiva e educação especial: enlaces e desenlaces. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 73132017000100001 – Acesso em: 15 Abril. 2020. FACCI, M. G. D. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? Um estudo crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. 2003. 218f. Tese (Doutorado em Educação Escolar) – Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2003. FACIÓN, José Raimundo. Inclusão escolar e suas implicações. Curitiba: Ed. IBPEX, 2009. MINETTO, Maria de Fátima Joaquim ET ALL. /Diversidade na aprendizagem de pessoas portadoras de necessidades especiais. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010. RODRIGUES, Armindo J. [et al.] In Educação especial: do querer ao fazer. Organizadoras Maria Luiza Sprovieri Ribeiro, Roseli Cecília Rocha de Carvalho Baumel (Orgs.). São Paulo: Avercamp, 2003. TOKARNIA, Mariana. Cresce o número de estudantes com necessidades especiais. Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-01/cresce-o-numero- de-estudantes-com-necessidades-especiais. acesso em: 14 Maio. 2020. YOSHIDA, Soraia. Desafios na inclusão dos alunos com deficiência na escola pública. Nova Escola Gestão. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1972/desafios-na-inclusao-dos-alunos- com-deficiencia-na-escola-publica - acesso em: 15 abril. 2020 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132017000100001 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132017000100001 https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-01/cresce-o-numero-de-estudantes-com-necessidades-especiais https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-01/cresce-o-numero-de-estudantes-com-necessidades-especiais https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1972/desafios-na-inclusao-dos-alunos-com-deficiencia-na-escola-publica https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1972/desafios-na-inclusao-dos-alunos-com-deficiencia-na-escola-publica 17 O ENSINO DE LIBRAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/cintedi/trabalhos/TRABALHO_EV060_MD 1_SA7_ID2525_19092016091914.pdf . acesso em: 20 Maio. 2020. SITES DE APOIO: APAE BRASIL – disponível em: http://apaebrasil.org.br/pagina/a-apae – último acesso em: 25 Maio. 2020. APAE NOVA FRIBURGO – disponível em: https://www.apaenovafriburgo.org.br/ - último acesso em: 25 Maio. 2020. FACEBOOK APAE NOVA FRIBURGO – disponível em: https://www.facebook.com/apaenf - acesso em: Abril. 2020. https://editorarealize.com.br/revistas/cintedi/trabalhos/TRABALHO_EV060_MD1_SA7_ID2525_19092016091914.pdf https://editorarealize.com.br/revistas/cintedi/trabalhos/TRABALHO_EV060_MD1_SA7_ID2525_19092016091914.pdf http://apaebrasil.org.br/pagina/a-apae https://www.apaenovafriburgo.org.br/ https://www.facebook.com/apaenf