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GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL 
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Unidade 3 - Regime geral da 
previdência social benefícios 
previdenciários
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
2
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
GINEAD
UNIDADE 3
> Analisar e
compreender
Finanças da
seguridade social;
como ocorre
o custeio da
seguridade social,
seus aspectos
financeiros; e a
sustentabilidade
financeira de
todo o sistema
previdenciário no
Brasil.
> Identificar
como ocorrem
a distribuição
dos gastos e sua
administração por
meio da Lei Orgânica
da Previdência Social.
Todos os direitos reservados.
Prezado(a) aluno(a), este material de estudo é para seu uso pessoal, 
sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua 
reprodução, venda, compartilhamento e distribuição.
3
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
GINEAD
3 REGIME GERAL DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL BENEFÍCIOS 
PREVIDENCIÁRIOS.
INTRODUÇÃO 
Esta unidade irá abordar de forma objetiva de que forma a Seguridade Social 
é custeada no Brasil. No seu contexto de grande importância para a sociedade 
brasileira, a Seguridade Social ganhou destaque com a Constituição de 1988, 
visto que as fontes de custeio se ampliaram, visando garantir maior proteção 
social. Uma gestão tripartite que divide os custeio entre Trabalhadores, Em-
pregadores e Sociedade tornou se importante e possibilitou ampliar os meios 
de arrecadação Estatal. Na presente unidade abordaremos os seguintes tó-
picos: Definição de custeio, Fontes de custeio da Previdência Social, Nature-
za jurídica da contribuição previdenciária, Contribuintes da seguridade social, 
Contribuições da seguridade social: arrecadação e recolhimento do Crédito da 
seguridade social. 
3.1 DEFINIÇÃO DE CUSTEIO
Como visto, a Seguridade Social está prevista na Constituição Federal e as 
ações integradas do poder público e da sociedade visam a assegurar diretos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. E o que se pergunta é 
“Quais as formas de garantir esses direitos”?
Definição de custeio: “Ação ou efeito de 
custear; financiar os gastos e/ou despesas 
de; custeamento”. Complementando a ideia, 
pode-se dizer que os sistemas de custeios 
são os métodos utilizados para apuração e 
apropriação dos custos ao produto.
4
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
GINEAD
O que é custeio? É a ferramenta que auxilia 
a contabilidade de custos na geração 
de informações que servirão de suporte 
às tomadas de decisões dos gestores. 
Claramente, aqui não estamos falando do 
sistema de custeio financeiro da iniciativa 
privada, de uma produção ou de uma 
contabilidade empresarial, mas sim, da 
administração pública e a garantia de direitos 
sociais previstos constitucionalmente. 
Inicialmente, devemos definir o que é custeio. Segundo o dicionário é a “Ação 
ou efeito de custear; financiar os gastos e/ou despesas de; custeamento”. Com-
plementando a ideia, pode-se dizer que:
os sistemas de custeios são os métodos utilizados para apuração e apropriação 
dos custos ao produto, ou seja, a ferramenta que auxilia a contabilidade de 
custos na geração de informações que servirão de suporte às tomadas de 
decisões dos gestores. (LIBANO, 2019)
Claramente, aqui não estamos falando do sistema de custeio financeiro da ini-
ciativa privada, de uma produção ou de uma contabilidade empresarial, mas 
sim, da administração pública e a garantia de direitos sociais previstos consti-
tucionalmente.
Assim, devemos entender que o custeio, segundo o prisma estudado, é a for-
ma de financiamento que o Estado encontra para a garantia desses direitos 
básicos de saúde, previdência e assistência social.
Para tanto, o texto constitucional permite a criação das contribuições previ-
denciárias que necessariamente deverão ser instituídas por lei, frente à nature-
za tributária. Assim, a própria Constituição de 1988 previu, em seu Art. 195, que 
a seguridade social é financiada por toda a sociedade.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais:
I -  do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da 
lei, incidentes sobre:
a)  a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, 
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício;
5
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
GINEAD
b)  a receita ou o faturamento;
c)  o lucro;
II -  do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201;
III -  sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV -  do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar.
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas 
à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o 
orçamento da União.
§  2º  A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de 
forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei 
de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar com o poder público nem dele 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§  5º  Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas 
após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver 
instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.
§  7º  São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas 
em lei.
§  8º  O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador 
artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão 
para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o 
resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos 
termos da lei.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão 
ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade 
econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou 
da condição estrutural do mercado de trabalho.
§  10.  A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema 
único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada 
a respectiva contrapartida de recursos.
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de 
que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior 
ao fixado em lei complementar.
6
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
§  12.  A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as 
contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-
cumulativas.
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, 
total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela 
incidente sobre a receita ou o faturamento.
Fonte: BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: <https://www.
senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_26.06.2019/art_195_.asp>. 
Acesso em: 15 out. 2019.
Nesse contexto da legislação específicae nos termos das leis instituidoras das 
contribuições previdenciárias, e mediante recursos dos orçamentos da União, 
dos Estados e Municípios. Dessa forma, tais fontes de recursos são o custeio, e 
serão tratadas em tópico seguinte.
FIGURA 3 - PREVIDÊNCIA SOCIAL
Fonte: Plataforma Deduca (2019). 
7
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
3.2 FONTES DE CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA 
SOCIAL.
Partindo da definição de custeio, financiamento, partimos para o estudo das 
fontes de custeio da Previdência Social.
A Constituição ordena que a seguridade social 
seja financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, mediante recursos provenientes 
do governo, das empresas e dos trabalhadores. Até 
mesmo o governo, caso contrate trabalhadores 
vinculados ao regime geral da previdência social 
(RPGS), contribuirá como uma empresa comum. 
Ou seja, a Lei Maior indicou a tríplice forma de custeio da seguridade social, 
qual seja, por meio do governo, empresas e trabalhadores. Entretanto, não 
confunda o RGPS com os regimes próprios.
A PEC 41/03 instituiu a contribuição dos aposentados aos Regimes Próprios de 
Previdência Social para o financiamento do sistema previdenciário, mas não 
alterou a imunidade dos aposentados do Regime Geral, assim, tríplice forma 
de custeio, então, somente continua válida para o RGPS, pois, atualmente, os 
regimes próprios são financiados por quatro fontes: governo, trabalhadores, 
empresas e inativos (aposentados e pensionistas).
A tríplice forma de custeio somente se aplica à previdência social, uma vez que 
é o único ramo da seguridade social em que a contribuição é indispensável, o 
que é expressamente indicado no artigo 167, XI, da Constituição Federal de 1988.
O já citado artigo constitucional 195 dispõe, ainda, que seguridade social será 
financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
8
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
3.3 NATUREZA JURÍDICA DA CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA.
As contribuições elencadas no Art. 195 produzem divergências em relação a 
sua natureza jurídica. Entretanto, na doutrina, é predominante o entendimen-
to de que são tributos, mais precisamente contribuições especiais.
Conceito de Tributo
Segundo o Art. 3º, do Código Tributário Nacional, “Tributo é toda 
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei 
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” 
(BRASIL. Código Tributário Nacional,2019, art. 3, acesso em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm, 28/10/2019)
Lei Orgânica da Seguridade Social
Corroborando tal entendimento, a própria Lei n. 8.1212/91, a Lei Orgânica 
da Seguridade Social, dispõe, em seu Art. 11, que as receitas que 
compõe o orçamento da seguridade social são receitas da União, das 
contribuições sociais e de outras fontes.
Contribuição Especial
Tem por critério de identificação a finalidade da criação do tributo, 
conforme disposto no artigo 149, da Constituição Federal, sendo 
necessária a sua vinculação ao fato que lhe deu causa.
Contribuições Sociais
ambém são chamadas de parafiscais, são classificadas como 
espécies tributárias que assumem importância no custeio de setores 
importantes na ideia da Constituição Federal de 1988, como saúde, 
moradia e lazer, por exemplo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
9
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
O conceito de tributo, no ordenamento jurídico brasileiro, é trazido pelo Códi-
go Tributário Nacional, em seu Art. 3º: 
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
(BRASIL, 2019)
Corroborando tal entendimento, a própria Lei n. 8.1212/91, a, dispõe, em seu Art. 
11, que as receitas que compõe o orçamento da seguridade social são receitas 
da União, das contribuições sociais e de outras fontes.
Art. 11.  No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é composto das 
seguintes receitas: 
I - receitas da União; 
II - receitas das contribuições sociais; 
III - receitas de outras fontes. (BRASIL, 1991)
Em seguida, o parágrafo único do mesmo artigo elenca as contribuições so-
ciais:
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos 
segurados a seu serviço;
b) as dos empregadores domésticos; 
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; 
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos. (BRASIL, 1991) 
A Contribuição Especial tem por critério de identificação a finalidade da cria-
ção do tributo, conforme disposto no artigo 149, da Constituição Federal, sendo 
necessária à sua vinculação ao fato que lhe deu causa.
Por usa vez, as Contribuições Sociais, também chamadas de parafiscais, são 
classificadas como espécies tributárias que assumem importância no custeio 
de setores importantes na ideia da Constituição Federal de 1988, como saúde, 
moradia e lazer, por exemplo. 
Assim a Contribuição Social pode ser entendida como uma espécie de Contri-
buição Especial, dividindo-se inda em de Seguridade e Gerais. 
10
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
Primeiro tipo de contribuição: Constitui 
ações que visam a promover a saúde, a 
previdência ou a assistência social.
Segundo tipo de contribuição: São as 
contribuições gerais, são definidas por 
exclusão, ou seja, que financiam outros 
direitos sociais que não sejam saúde, 
previdência ou assistência social.
3.4 CONTRIBUINTES DA SEGURIDADE SOCIAL.
Inicialmente, devemos definir o que é contribuinte: 
é o sujeito passivo da obrigação tributária, sendo assim considerada toda pessoa 
(física ou jurídica) que, por determinação legal, está sujeita ao pagamento do 
tributo. A obrigação pode ser principal ou acessória. (COELHO, 2018)
FIGURA 6 - PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Contribuintes previdenciários são aqueles que, de forma direta e/ou indireta, 
asseguram os recursos necessários para a implementação de políticas de saú-
de, previdência social e assistência social no Brasil. 
11
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
Pode ser tanto Pessoa física quanto jurídica. Na sua forma Direta, inclui em-
pregado (urbano e rural e doméstico); empresa; empresário; facultativos. E na 
forma Indireta, toda a sociedade (impostos).
Para um melhor entendimento, define-se melhor os principais contribuintes:
• Empresa – empresário 
ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou 
rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da 
administração pública direta, indireta e fundacional. Equipara-se à empresa, 
para fins previdenciários, o contribuinte individual em relação ao segurado 
que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade 
de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição 
consular de carreiras estrangeiras. (BRASIL, 2006)
• Empregador Doméstico – pessoa ou família que admite a seu serviço, sem 
finalidade lucrativa, o empregado doméstico.
• Trabalhador – pessoa que presta serviço com ou sem vínculo empregatício 
à empresa; aquele que exerce por conta própria atividade econômica 
remunerada.
FIGURA 7 - CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
12
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
O Art. 121 do Código Tributário Nacional define o sujeito passivo da obrigação 
principal como a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade 
pecuniária:
O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o respectivo fato gerador; 
II - responsável,quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. (BRASIL, 2019)
Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que 
constituam o seu objeto.
Saiba mais sobre as relações de trabalho em: 
ALVES, L.; ALMEIDA, L. F.; RODRIGUES, D. As 
principais características das relações de emprego 
e relações de trabalho. Águia Acadêmica - Revista 
Científica dos Discentes da FENORD, 2015. Disponível 
em: <http://www.fenord.edu.br/revistaacademica/
revista2015/textos/Art.04_Rev_Ag_Acad%20_Vol.03.
pdf>. Acesso em:15/10/2019
Assim, segundo J. Coelho,
[...] o segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso são 
contribuintes da Seguridade Social (na medida em que sofrem o desconto 
do INSS de seus rendimentos), mas não são responsáveis pela obrigação 
principal (recolhimento deste valor à Previdência Social).  Isto porque, 
consoante o disposto no inciso I do art. 30 da Lei 8.212/1991, é obrigação da 
empresa a arrecadação e o recolhimento das contribuições (descontando-
as da respectiva remuneração) dos segurados empregados e trabalhadores 
avulsos a seu serviço, ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social. 
(Coelho, 2018)
http://site.fenord.edu.br/revistaacademica/revista2015/textos/Art.04_Rev_Ag_Acad%20_Vol.03.pdf
13
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
3.5 CONTRIBUIÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL: 
ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO.
Arrecadação e Recolhimento estão relacionados ao adimplemento da obriga-
ção tributária principal (pagar as contribuições sociais), mas resta importante 
conceituar os dois institutos:
Arrecadação: Ocorre quando o contribuinte (segurado) liquida a contribuição 
social devida junto ao Estado (por meio da RFB), ou seja, é quando o 
contribuinte paga a guia de recolhimento no banco, na lotérica ou no 
homebank (internet). 
Recolhimento (ou pagamento): É um momento posterior, ocorre quando o 
agente arrecadador (o banco) repassa o dinheiro arrecadado para o Tesouro 
Nacional. (JAHA, 2015)
A partir dessas definições, o próprio ordenamento jurídico, de forma didática, 
dispõe sobre o tema, especialmente as Leis 8.212/91 (Plano de Custeio da Segu-
ridade Social) e 8.213/91 (Plano de benefícios da Seguridade Social).
O Art. 30, da Lei 8.212/91, assim prevê:
A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias 
devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: 
I - a empresa é obrigada a:
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores 
avulsos a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração; 
b) recolher o produto arrecadado na forma da alínea anterior, assim como 
as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas 
ou creditadas, a qualquer título, inclusive adiantamentos, aos segurados 
empregados, empresários, trabalhadores avulsos a seu serviço, no dia 2 do 
mês seguinte ao de competência, prorrogado o prazo para o primeiro dia 
útil subseqüente se o vencimento cair em dia em que não haja expediente 
bancário; 
c) recolher as contribuições de que tratam os incisos I e II do art. 23, na forma 
e prazos definidos pela legislação tributária federal vigente; 
II - os segurados trabalhador autônomo e equiparados, empresário e facultativo 
estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia 
quinze do mês seguinte ao da competência; 
III - o adquirente, o consignatário ou a cooperativa são obrigados a recolher 
a contribuição de que trata o art. 25, até o dia 2 do mês subseqüente ao da 
operação de venda ou consignação da produção, na forma estabelecida em 
regulamento. 
IV - o adquirente, o consignatário ou a cooperativa ficam sub-rogados nas 
obrigações da pessoa física de que trata a alínea a do inciso V do art. 12 e do 
14
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
segurado especial pelo cumprimento das obrigações do art. 25 desta lei, exceto 
no caso do inciso X deste artigo, na forma estabelecida em regulamento;  
VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei n° 4.591, de 16 de dezembro 
de 1964, o dono da obra ou o condômino da unidade imobiliária, qualquer 
que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são 
solidários com o construtor pelo cumprimento das obrigações para com a 
Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou 
contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para 
garantia do cumprimento dessas obrigações; 
VII - exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o 
adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com 
empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes 
solidariamente responsáveis com o construtor; 
VIII - nenhuma contribuição à Seguridade Social é devida se a construção 
residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo econômico, for 
executada sem mão-de-obra assalariada, observadas as exigências do 
regulamento; 
IX - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza 
respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta lei;
X -  a pessoa física de que trata a alínea a do inciso V do art. 12 e o segurado 
especial são obrigados a recolher a contribuição de que trata o art. 25 desta 
lei no prazo estabelecido no inciso III deste artigo, caso comercializem a sua 
produção no exterior ou, diretamente, no varejo, ao consumidor. (BRASIL,1991)
Por sua vez, o Art. 33 da Lei n. 8.212/91 dispõe:
Art. 33.  À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, 
acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à 
arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas 
no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de 
substituição e das devidas a outras entidades e fundos. (BRASIL, 1991)
Desde 2007, toda a parte de custeio da Seguridade Social está no âmbito da 
Receita Federal do Brasil (RFB), enquanto que toda a parte de benefícios está 
no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
3.6 CRÉDITO DA SEGURIDADE SOCIAL.
Conforme visto, a ampla maioria da doutrina entende que a natureza jurídica 
da contribuição previdenciária é o tributo. Assim, essa contribuição deve seguir 
os trâmites formalizados pela legislação tributária nacional.
15
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
Ocorrido o fato gerador descrito abstratamente na 
hipótese de incidência tributária, o Estado ainda 
não está apto a cobrar o tributo devido. Mister a 
realização de procedimentos administrativos, a fim 
de dar certeza e liquidez ao crédito a ser cobrado, 
quer pela via administrativa ou judicial. Compete 
privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim 
entendido o procedimento administrativo tendente 
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, 
calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação 
da penalidade cabível (art. 142 do CTN). A atividade 
administrativa de lançamento é vinculada – deve ser 
feita nos termos da lei – e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional (Parágrafo único, do art. 
142, do CTN). (SILVA; SANTOS, 2019).
Após tais procedimentos administrativos, tem-se o crédito tributário, este cer-
to, líquido, certo e exigível. Como afirma Hugo de Brito Machado: 
[...] o crédito tributário, portanto, é o vínculo jurídico, de natureza obrigacional, 
por força do qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do particular, o 
contribuinte ou responsável (sujeito passivo), o pagamento do tributo ou da 
penalidade pecuniária (objeto da relação obrigacional). (SILVA; SANTOS, 2019, 
apud MACHADO, 2002, p. 146)
 Assim, é preciso três requisitos para que o crédito tributário exista: sua previ-
são em lei, o fato gerador e o lançamento do tributo.
Portanto, diante do crédito tributário o Estado podearrecadar aquilo que lhe é 
devido e, nos termos da Constituição Federal de 1988, aplicá-los na Seguridade 
Social, a fim de que o Estado atinja a sua finalidade social.
16
GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
CONCLUSÃO 
Essa unidade abordou de forma objetiva o Custeio da Seguridade Social, in-
cluindo, nesse tema, a Previdência Social. O conhecimento sobre a distribui-
ção dos gastos e sua administração Estatal permite-nos compreender a com-
plexidade do sistema e refletir sobre questões importantes que envolvem a 
manutenção dele, como a participação dos entes Estatais, a Sociedade, os 
trabalhadores e as empresas privadas. Isso constatou se por meio da gestão 
quadripartite do custeio, percebendo assim que todos os setores devem estar 
envolvidos na manutenção do sistema social da seguridade, garantindo vida 
digna e a sustentabilidade de todos os indivíduos abarcados pelo sistema da 
seguridade social brasileira.

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