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LIGAÇÃO PEPTÍDICA → ácido do 1º aminoácido com o grupo amino do subsequente. Divide-se os peptídeos em: 1. OLIGOPEPTÍDEOS: se o número de aminoácidos for < 20. Tem diferentes aminoácidos com cadeias laterais que estão ligados por ligações peptídicas. Dipeptídeos → se o número de aminoácidos for igual a 2; Tripeptídeos → se o n° de aminoácidos for igual a 3; Tetrapeptídeos → se o n° de aminoácidos for igual a 4. → Encefalina metionina: semelhante ao ópio, inibe a sensação de dor (neuropeptídeos). → Angiotensina II: peptídeo hipersensível. Estimula a liberação de Aldosterona do córtex da supra renal (aumento da pressão sanguínea). CURIOSIDADE Captopril → fármaco com ação anti-hipertensiva. Peptídeos extraídos do veneno de cobras possuem ação anti-hipertensiva. Em 1960, o veneno extraído da jararaca (Bothrops jararaca) deu origem à formulação do captopril. → Vasopressina ou ADH (álcool inibe): atua nos rins estimulando retenção de líquidos. Contração tecido muscular liso. → Ocitocina: contração da musculatura lisa. Importante para: Aves: mobilidade do oviduto; Mamíferos: indução do parto e ejeção do leite (estimulada pela sucção do bebê, quanto mais ocitocina, mais contração da musculatura lisa da glândula mamária e mais leite). → Ambas trabalham na contração muscular e são produzidas pela hipófise. 2. ASPARTAME: adoçante dietético, aspartato +fenilalanina. Aspartato 200x mais doce que o açúcar, se os resíduos de Aa forem da série D, torna-se AMARGO. 3. POLIPEPTÍDEOS: se o n° de aminoácidos > 20 Glucagon → regulação do metabolismo de glicose (juntamente com a insulina); Gastrina → produzido pelas mucosas estomacais. Induzem as células parietais do estômago a liberar HCl (ácido clorídrico – importante pra digestão de proteínas). PEPTÍDEOS NOCIVOS Estes cogumelos produzem substâncias químicas. NEUROTOXINAS → ácido ibotênico e muscinol (causam prejuízos ao novo organismo). AULA PRÁTICA → caracterização de proteínas 1) DETECÇÃO DE PROTEÍNAS 1.1) Reação da Ninhidrina: composto de ninhidrina é utilizado para detectar a presença do grupo amino em qualquer tipo de molécula, como aminoácidos, oligopeptídeos e proteínas. 1.2) Reação do Biureto: não é uma reação química propriamente dita. - Solução alcalina de CuSO4 → sulfato de cobre dissolvido em uma solução aquosa de alto pH (solução alcalina). → Só será positiva caso esteja presente na solução peptídeos com 3 ou mais aminoácidos, ou seja, ao menos 2 reações peptídicas cada uma. Experimento: NINHIDRINA Tubo 1 – 5 gotas de solução de proteína 10% + 2 mL de ninhidrina → solução transparente, positiva. 100° C por 5 min → fica violeta. Ninhidrina reagiu com as proteínas/grupamento amino presentes na solução. BIURETO Tubo 2 – 1 mL solução de proteína 10% + 1 mL biureto → cor púrpura (positivo – peptídeos com 3 aminoácidos ou mais); Tubo 3 – água destilada 1 mL + 1 mL de biureto → transparente meio azulado (sulfato de cobre - negativo). NINHIDRINA ≠ BIURETO Reação química Complexação Temperatura elevada Temperatura ambiente Detecta – NH2 (aminoácidos, peptídeos ou proteínas) Específica p/ proteínas (peptídeos com mais de 3 aminoácidos) Reações de desnaturação e precipitação 1. Desnaturação: perda da estrutura terciária com consequente perda da atividade biológica. → Da maioria das proteínas é intrinsicamente dependente da sua estrutura tridimensional. 2. Precipitação: perda da solubilidade de uma molécula no meio. → Ou seja, uma molécula solúvel precipitada vira insolúvel. A DESNATURAÇÃO pode levar à PRECIPITAÇÃO! Todas as soluções eram translúcidas no começo. Tubo 4 [efeito do calor] – 1 ml de solução de proteína 10% - 100°C por 3 min → solução opaca. Tubo 5 [adição de ácidos] – 1 ml de sol. de proteína 10% + 1 ml de ácido tricloroacético → material esbranquiçado. Tubo 6 [metal pesado] – 1 ml sol. de proteína 10% + 1 ml de CH3COOPb 5% (acetato de chumbo) → opaco. Tubo 7 [adição de solvente orgânico] – 1 ml sol. de proteína 10% + 1 ml de EtOH (álcool etílico) → opaca/branca. Todas as substâncias dos tubos acima desnaturam e precipitam. Temperatura; variação de pH (ácido); metais pesados e solventes. → afetam drasticamente a estrutura tridimensional das proteínas. O que mantém a estrutura terciária de uma proteína → interações moleculares fracas. Interações moleculares fracas (por ordem de força) Ponte de hidrogênio Interações dipolo-dipolo → que são interações entre cargas positivas e negativas. Interações hidrofóbicas → que ocorrem principalmente em cadeias laterais dos aminoácidos hidrofóbicos. Van der Walls → tem importância menor na manutenção da estrutura terciária de uma proteína. Os aminoácidos que formam essa proteína estão sendo mantidos na posição correta através dessas interações moleculares fracas. Quando adiciona calor → todas as moléculas entram em estado de excitação térmica maior, ou seja, as moléculas vão começar a vibrar com mais energia. Conforme aumenta a temperatura a vibração das moléculas também aumenta, as pontes de hidrogênio que mantém as estruturas secundárias e terciárias das proteínas serão desestabilizadas/rompidas caso a energia térmica exceda a força de manutenção da estrutura, ou seja, a energia térmica rompe as interações moleculares fracas pelo aumento da vibração das moléculas do sistema. Uma vez rompidas as reações moleculares fracas, a proteína perde sua estrutura tridimensional (ela desnatura e consequentemente precipita). Lembre-se: Se: Grupo Ionizável pH < pka PROTONADO pH > pka DESPROTONADO As proteínas são formadas por aminoácidos que podem conter grupos laterais com grupos ionizáveis (carregados positivamente – básicos; ou negativamente – ácidos) Proteinatos de metais pesados (CH3COO)2 Pb 5% Qualquer sal de metal (mercúrio, chumbo, cádmio e estanho) pesado, quando em solução vão liberar cátions de metal pesado que em grande maioria são íons divalentes, ou seja, tem duas cargas positivas (como: Hg++, Cd++, Pb++ e Sn++). Cargas positivas – tem alta afinidade com cargas negativas das proteínas, ou seja, em altas concentrações, esses íons divalentes de metais pesados vão se ligar as cargas negativas das cadeias laterais dos aminoácidos que formam as proteínas. Além de afetar as interações dipolo-dipolo, que estabilizam a proteína, a formação desses proteinatos de metais pesados, devido a grande densidade desses íons também faz com que a proteína desnature e precipite. Último tubo → solvente orgânico. Quando uma proteína está em ambiente aquoso, aqueles aminoácidos que tem cadeia lateral polar normalmente se encontram na superfície da proteína, uma vez que tem capacidade de formar pontes de H com a água, ajudando, portanto, a solubilizar as proteínas na solução. Em contrapartida, aqueles aminoácidos que tem cadeia lateral apolar tendem a ficar escondidos no interior da proteína, fugindo da água que está ao redor da molécula. Lá no meio da proteína esses aminoácidos com cadeia lateral hidrofóbica estabilizam a estrutura tridimensional da molécula através das interações moleculares hidrofóbicas. Quando nós adicionamos um solvente orgânico ao meio que a proteína se encontra, a constante dielétrica do meio diminui, ou seja, a polaridade do meio diminui. Solvente Orgânico ↓𝜀 – Constante dielétrica Menor polaridade do meio Isso faz com que aqueles aminoácidos da superfície que interagiam bem com a água não consigam interagir com o solvente orgânico, uma vez que a polaridade é menor. Em contrapartida, aqueles aminoácidos hidrofóbicos, que se escondem, agora tem a chance de vir até a superfíciee interagir com o solvente, uma vez que a polaridade do ambiente mudou. Isso faz com que, literalmente, as proteínas virem do avesso, ou seja, perdem sua estrutura tridimensional porque os aminoácidos hidrofóbicos agora vão interagir com o solvente que tem uma menor constante dielétrica, ou seja, está mais apolar. Novamente, a estrutura tridimensional da proteína é completamente desfeita, e por consequência precipita. A maioria desses fatores de desnaturação é irreversível. É o que acontece quando se cozinha um ovo, a clara que é praticamente proteína pura, quando aquecido vai fazer com que as proteínas desnaturem e precipitem, e uma vez desnaturadas não recuperam sua estrutura terciária. O mesmo acontece por proteínas desnaturadas por grandes variações de pH ou por adições de metais pesados ou de solventes orgânicos, dificilmente recuperarão sua estrutura tridimensional. Existem casos específicos, entretanto, onde é possível precipitar proteínas variando pH ou adicionando solventes orgânicos sem que se desnaturem, mas são exceções. AS QUATRO FORMAS QUE FORAM VISTAS SÃO PERMANENTES! Processos de precipitação fracionada de proteínas sem que haja desnaturação Com essa técnica podemos precipitar proteínas selecionadas sem que desnaturem, mantendo sua função biológica, e podemos ressolubilizá-las posteriormente. Experimento: 15 ml de clara de ovo (in natura) → bastante translúcida, significa que as proteínas estão solúveis. Adiciona água destilada à clara de ovo agitando devagar. Resultado: Aspecto muda, esbranquiçada/opaca. Significa que as proteínas da clara estão precipitadas, porém, nesse caso, essas proteínas não estão desnaturadas, conseguindo ressolubilizá-las se acionarmos sal pra voltar ao equilíbrio iônico. → Salting-in: 2 ml do material precipitado + gotas de NaCl 1m (cloreto de sódio) até que as proteínas sejam ressolubilizada. Resultado: Coloca cloreto e agita. O material volta a ser translúcido. As proteínas que estavam precipitadas estão solúveis novamente. → Salting-out: adicionar 4 ml de (NH4)2SO4 saturado e agita. Insolubilizar as proteínas adicionando sal (sulfato de amônio). Resultado: Proteínas solúveis se precipitam, entretanto, não são desnaturadas. Podem ser ressolubilizadas. Pela variação da adição de sal conseguimos solubilizar ou insolubilizar proteínas. SALTING-IN: solubiliza proteínas com a adição de sais. SALTING-OUT: precipita proteínas com a adição de sais (sem desnaturação). As escolhas dos sais é importante e afeta diretamente o que queremos fazer com as proteínas. Quando tínhamos a clara de ovo solúvel (in natura), tínhamos concentração de sal ideal para que as proteínas estivessem solúveis, quando adicionamos água destilada, está se diminuindo a concentração de sais nessa solução. Os sais presentes no meio interagem com as cargas positivas e negativas da proteína e ajudam a estabilizar a solubilidade. Quando diminui a concentração de sais pela adição de água destilada, estamos promovendo a interação de cargas entre as proteínas, ou seja, favorecendo a interação proteína-proteína. Isso faz com que as proteínas se juntem em grandes aglomerados e precipitem sem alterar a estrutura tridimensional. Se reestabelecermos a concentração de sal ideal, o que foi o que aconteceu quando adicionou cloreto de sódio a solução, estaremos favorecendo que as cargas positivas e negativas das proteínas interajam novamente com o solvente e desfavorecendo a interação proteína-proteína, proteína volta a ser solúvel (salting-in). O que aconteceu na 2ª etapa do experimento, quando coloca sulfato de amônio na solução é que a água estava solubilizando as proteínas foi roubada pelo sulfato de amônio para se solubilizar. Cloreto de Sódio Na+ Cl- Sulfato de amônio O sulfato de amônio é um sal que precisa de água de solvatação, precisa de água pra ficar solúvel no meio. Na presença do sulfato de amônio a água que solubiliza as proteínas é deslocada pra solubilizar o sulfato. Favorece a interação proteína-proteína, se juntam em aglomerados e se precipitam (salting- out). É importante reforçar que no salting-out não há desnaturação de proteínas, portanto, se nesse momento adicionarmos novamente a água destilada e retornamos o equilíbrio iônico, a concentração de íons ideal, as proteínas voltam a ser solúveis e funcionais.
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