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AP1_Legislação_tributária

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CENTRO DE EDUCAÇÃO CARIOCA - UNICARIOCA 
ADMINISTRAÇÃO - EAD 
 
 
 
 
RAQUEL APARECIDA DE JESUS LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AP1 – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 
 
 
Orientador(a): Mauro Miranda Brito 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
2022 
 
PROPOSTA: 
No exercício de suas atividades como contador, o cliente lhe submete 
concomitantemente questões relacionadas a exigências de tributos, a fim de 
obter sua opinião sobre a regularidade de tais cobranças e eventuais orientações 
sobre a postura que deve adotar. Para análise das questões é importante 
compreender e estabelecer alguns aspectos essenciais sobre a legislação 
tributária e conceitos que lhe são inerentes, como: 
I. a base legal do tributo (previsão constitucional, em Lei Complementar, em 
Lei Ordinária, em norma infralegal etc.); 
II. o instrumento normativo exigido constitucionalmente para introduzir o 
tributo e respectivos aspectos no sistema normativo; 
III. se os aspectos formadores da exação exigida são compatíveis com 
aqueles prescritos na legislação para as obrigações de natureza tributária; 
IV. quem é o sujeito ativo; 
V. se o sujeito ativo possui competência tributária em relação ao tributo 
exigido; e 
VI. demais observações que entenda importantes. 
 
A partir de tal análise, busque orientar o cliente sobre a postura 
recomendada, ou seja, se ele deve pagar o tributo, eventualmente questionar 
perante a administração pública ou até mesmo buscar outros profissionais a fim 
de obter opinião sobre a legalidade da cobrança. 
 
Obs: As situações hipotéticas do estudo de caso não identificam situações 
concretas ocorridas em um mesmo contexto, reunindo eventos isolados 
observados de forma semelhante em diversas circunstâncias isoladas. 
Outrossim, algumas das normas constantes nas questões são fictícias. 
Considerando os elementos acima, analise a questões que o cliente lhe 
submeteu: 
 
 
CASO: 
Uma empresa dedicada à atividade de locação de equipamentos pesados 
(caminhões e máquinas de mineração) recebeu dois lançamentos tributários. O 
primeiro, é um Auto de Infração de ISS (lançado pelo Município) e o segundo é 
um lançamento de ofício de Taxa Estadual Manutenção de Vias Públicas 
(Lançado pelo Estado), exigida em razão dos serviços extraordinários 
suportados pelo Estado em razão da utilização das vias públicas para o 
desenvolvimento de atividades econômicas. 
O Auto de Infração informa que a empresa deixou de recolher o ISS sobre 
os serviços de manutenção no âmbito de contrato de locação. Justificou a 
autoridade administrativa que, apesar dos serviços de locação não identificarem 
prestação de serviço, conforme já decidido pelos Tribunais, considera-se que os 
contratos de locação de veículo e máquinas pesadas necessariamente possuem 
embutidos serviços de manutenção e, ainda que não previstos, são serviços 
tributáveis. Assim, considerando que não foram especificados no contrato, o 
fiscal arbitrou o valor. 
O Auto de Infração Informa que a empresa deixou de recolher o ISS de 
serviços de manutenção de veículos e outros equipamentos pesados, 
consignando como base legal o artigo 148 do CTN, artigo 7º, caput c/c item 14.01 
da lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/03, artigo 8º, item 14.01 
c/c artigo 10, V c/c artigo 16, § 6º, da Lei nº 691/84, com redação da Lei nº 
3.691/03 e artigo 1º, item 14.01 c/c c/c artigo 2º, VI c/c artigo 10, § 6º c/c artigo 
22, VIII, do Decreto nº 10.514 e artigo 1º da Instrução Normativa 58 de 2020 
(esta última fictícia). 
O artigo 2º da Instrução normativa nº 58 de 2020 possui a seguinte redação: 
 
Art. 1º - Altera o Art. 2º da Instrução Normativa nº 15 de 2012, que passa a 
vigorar acrescido do § 3º: 
 
“§ 3º Não se inclui no artigo acima os serviços relacionados no Art. 
8º, item 14.01, da Lei 691//84, quando estes são demandados em 
caráter contínuo, em razão do emprego dos bens em atividade que 
cause desgaste e danos previsíveis e rotineiros.” 
A partir de tal fundamento, considerando que não havia previsão contratual 
sobre a parcela de serviços que seriam relativos à manutenção e reparo, o Fiscal 
arbitrou que 50% dos valores eram referentes a tal atividade, lançando ISS sobre 
tal base de cálculo e aplicando ainda multa de ofício. 
Finalmente, em relação à Taxa Estadual de Manutenção de Vias Públicas, 
o fiscal solicitou comprovantes dos transportes dos veículos e maquinários 
pesados realizados nos últimos três meses. A empresa forneceu a relação de 
transporte de veículos e maquinários. O Fiscal, por sua vez, lançou a Taxa com 
fundamento na seguinte base legal: 
 
“Art. 65 - Taxas Estaduais de serviços prestados pelo Estado do Rio 
de Janeiro direta ou indiretamente, mesmo que potencial, ainda que 
através de particulares delegados: 
(...) 
XVI – Serviço de preservação e recuperação de vias sobre pessoas 
jurídicas que utilizam as vias públicas mantidas pelo Estado para o 
desenvolvimento de atividades econômicas de transporte de bens 
próprios ou de terceiros. (Redação conferida pelo Decreto n° 62, de 
03 de agosto de 2019 - fictício )” 
 
Além do dispositivo acima, também constou no lançamento os artigos 7° e 8º da 
Instrução Normativa n° 1.536 da Secretaria de Estado de Fazenda, com a 
seguinte redação: 
 
“Art. 7° - Para efeitos do inciso XVI, do Art. 65, do Decreto n° 3 de 
1984, com redação do Decreto n° 62 de agosto de 2019, atividades 
econômicas de transporte de bens próprios ou de terceiros são 
aquelas voltadas à utilização desses bens para a prestação de 
serviços ou para realização de reparos de quaisquer natureza dos 
bens de terceiros no estabelecimento do contratado.” 
 
Como é de conhecimento, o ISS é imposto incidente sobre prestação de 
serviços, previsto no artigo 156, III, da Constituição e regulamentado em âmbito 
nacional pela Lei Complementar n° 116/03. 
Já as taxas identificam espécie tributária voltada a ressarcir o Estado por 
custos suportados em razão de serviços públicos efetivos ou potenciais 
individualizáveis e específicos, bem como pelo exercício do poder de polícia, 
conforme artigo 145, II, da Constituição. 
Tendo em vista o caso acima, responda, conforme as orientações iniciais: 
 
1. Considerando as fontes do direito tributário, especialmente o disposto no 
artigo 145 e 146 da Constituição, é possível identificar vícios nos tributos 
relacionados? Identifique as fontes envolvidas e se manifeste sobre a 
adequação das mesmas. 
No Direito Tributário há três fontes principais, as leis, os tratados e 
convenções internacionais e os decretos. Temos no nosso país um problema 
sério de adequação à legislação tributária. Para se ter uma ideia dessa 
gravidade, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) estima que 
49% das empresas de pequeno porte, 33% das empresas de médio porte e 
18% das grandes empresas, estão pendentes de suas obrigações tributárias. 
A inadimplência por atraso nos recolhimentos ou por erros contábeis, 
acarreta multas e taxas de juros pesadas para o negócio, por exemplo. 
 
2. Considerando as Competências Tributárias distribuídas aos entes 
federativos pela Constituição, é possível identificar vícios nos tributos 
analisados? 
Sim. O lançamento tributário é um ato administrativo e como tal pode 
conter vícios insanáveis ou sanáveis. Pouco é o número de profissionais do 
Direito que sabe analisar uma Execução Fiscal e identificar tais vícios. 
 
3. O Princípio da Legalidade estabelece que não podem ser exigidos ou 
majorados tributos sem Lei, nos moldes do artigo 150, I, da Constituição. 
Comente a aplicabilidade do referido princípio às circunstâncias do caso. 
O Estado, em sua soberania, tem o poder de exercer a tributação, através 
de seus entes federativos, União, Estado, Municípios e Distrito Federal. Essa 
tributação, no Estado Democrático de Direito, depende, no entanto, de 
consentimento da população, seja diretamente,através do voto, ou 
indiretamente, por meio de representantes legais. Assim, essas limitações 
foram criadas com a finalidade de impedir os efeitos de um Estado leonino 
sobre a população, vedando, dentre outros, a criação e majoração de tributos 
sem lei anterior e o efeito confisco (incisos I e IV, artigo 150, CF/88). Assim, 
fica estabelecida a ideia de “consentimento popular”, no qual o tributo 
somente será legítimo se previsto em lei. 
 
 
Fontes: 
IBPT instituto. Disponível em: https://ibpt.com.br/estudos/ acesso em 10/09/2022 
Farelos Jurídicos. Princípio da legalidade tributária: aplicabilidade e mitigação de efeitos. 
Disponível em: https://farelosjuridicos.com.br/colunistas/blog/princ%C3%ADpio-da-
legalidade-tribut%C3%A1ria-aplicabilidade-e-mitiga%C3%A7%C3%A3o-de-efeitos 
 
 
https://ibpt.com.br/estudos/
https://farelosjuridicos.com.br/colunistas/blog/princ%C3%ADpio-da-legalidade-tribut%C3%A1ria-aplicabilidade-e-mitiga%C3%A7%C3%A3o-de-efeitos
https://farelosjuridicos.com.br/colunistas/blog/princ%C3%ADpio-da-legalidade-tribut%C3%A1ria-aplicabilidade-e-mitiga%C3%A7%C3%A3o-de-efeitos

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