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APOSTILA-Resoluções-Parte4

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raquel avelino ribeiro
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Sumário 
 
1. Res. 809/ 2020 – CRV e CLA (CRLV) digital 9 
1.1. CRLV-e ................................................................................................. 9 
1.1.1. Obrigatoriedade de Expedição ....................................................... 9 
1.1.2. Campos e Leiaute ......................................................................... 10 
1.1.3. Porte do Documento ..................................................................... 10 
1.1.4. CRV Físico .................................................................................... 11 
1.2. Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo em Meio 
Digital (ATPV-E) ............................................................................................ 11 
1.2.1. Campos ........................................................................................ 11 
1.2.2. Disponibilização ............................................................................ 12 
1.2.3. Cancelamento............................................................................... 12 
1.2.4. Assinatura Eletrônica .................................................................... 12 
1.2.5. Impressão ..................................................................................... 13 
1.3. Comunicação de venda do veículo ...................................................... 13 
1.3.1. Comunicação de venda por meio eletrônico ................................. 13 
2. Res. 810/ 2020 – Classificação de danos, alterada pela 851 16 
2.1. Conceito .............................................................................................. 16 
2.2. Abrangência ........................................................................................ 16 
2.3. Competência ....................................................................................... 16 
2.4. Danos não descritos em veículos indenizados integralmente ............. 16 
2.5. Comunicação de acidente sem vítimas ............................................... 17 
2.6. Registro dos danos ............................................................................. 17 
2.7. Danos não avaliados ........................................................................... 17 
2.8. Imagens .............................................................................................. 17 
2.9. Comunicação ao DETRAN .................................................................. 18 
2.10. Restrição Administrativa ............................................................... 18 
2.11. Efeitos ........................................................................................... 18 
2.12. Notificação .................................................................................... 19 
2.13. Dano de Média Monta e Regularização ........................................ 19 
2.13.1. Efeitos do Desbloqueio .............................................................. 19 
2.13.2. Veículo com DMM não Recuperado .......................................... 20 
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2.14. Dano de Grande Monta ................................................................ 20 
2.15. Reenquadramento do Dano .......................................................... 20 
2.15.1. Itens não avaliados – caso especial ........................................... 21 
2.15.2. Julgamento e Reavaliação ........................................................ 21 
2.15.3. Deferimento do Recurso ............................................................ 21 
2.15.4. Prazo para julgamento .............................................................. 22 
2.15.5. Transferência de propriedade ................................................... 22 
2.16. Cálculo dos danos ........................................................................ 23 
2.16.1. Automóveis e camionetas, caminhonetes e utilitários com 
estrutura em monobloco; motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e 
quadriciclos ................................................................................................ 24 
2.16.2. Reboques e semirreboques, para camionetas, caminhonetes e 
utilitários com estrutura em chassis, para caminhões e caminhões-trator e 
para ônibus e micro-ônibus ........................................................................ 26 
3. Res. 819/2021 – Crianças 29 
3.1. Disposições iniciais e exigibilidade ..................................................... 29 
3.2. Dispositivos de retenção ..................................................................... 29 
3.3. Exceções ............................................................................................. 31 
3.3.1. Exceção para o sistema de retenção ............................................ 31 
3.3.2. Exceção quanto ao uso do banco de trás ..................................... 32 
3.4. Prescrições dos Fabricantes ............................................................... 34 
3.5. Infração ............................................................................................... 34 
4. Res. 870/2021 – PNATRANs 37 
4.1. Pilares ................................................................................................. 37 
4.2. Sistema Seguro de Visão Zero ............................................................ 37 
4.2.1. Princípios ...................................................................................... 38 
4.3. Ações .................................................................................................. 39 
4.4. Introdução ........................................................................................... 40 
4.5. Metas e propostas ............................................................................... 40 
4.6. Execução ............................................................................................ 42 
4.7. Coordenação ....................................................................................... 42 
4.8. SENATRAN ......................................................................................... 42 
4.9. Revisão do Plano ................................................................................ 42 
4.10. Exemplos de Ações da PRF ......................................................... 42 
4.10.1. Pilar 1: Gestão da Segurança no Trânsito ................................. 44 
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4.10.2. Pilar 2: Vias Seguras ................................................................. 44 
4.10.3. Pilar 3: Segurança Veicular ....................................................... 44 
4.10.4. Pilar 4: Educação para o Trânsito ............................................. 45 
4.10.5. Pilar 5: Atendimento às Vítimas ................................................. 45 
4.10.6. Pilar 6: Normatização e Fiscalização ......................................... 46 
5. Res. 871/2021 - Campanha Educativa de Trânsito de 2022 48 
6. Res. 882/2021 - Pesos, Dimensões, AET 50 
6.1. Disposições preliminares .................................................................... 51 
6.2. Conceitos e definições ........................................................................ 51 
6.3. Limites de dimensões e pesos ............................................................ 55 
6.3.1. Dimensões autorizadas ................................................................ 56 
6.3.2. Comprimento do balanço traseiro ................................................. 59 
6.3.3. PBT, PBTC e Peso por Eixo autorizados ...................................... 60 
6.3.4. Eixos em tandem .......................................................................... 66 
6.3.5. Registro e licenciamento .............................................................. 67 
6.3.6. AET ...............................................................................................67 
6.4. Excepcionalidades .............................................................................. 68 
6.4.1. Dos veículos em circulação com peso por eixo excedente ........... 68 
6.4.2. Dos veículos em circulação com dimensões e balanço traseiro 
excedente .................................................................................................. 69 
6.4.3. Autorização específica para veículos ou combinações de veículos 
com percentual de Tolerância de Peso nos Limites de PBT e PBTC ........ 69 
6.4.4. Concessão de AET para as CVC com PBTC de até 74 t e 
comprimento inferior a 25 m ...................................................................... 70 
6.5. Autorização Especial de Trânsito ........................................................ 71 
6.5.1. Competência ................................................................................ 71 
6.5.2. Veículos bélicos ............................................................................ 71 
6.5.3. Requisitos ..................................................................................... 71 
6.5.4. Tração .......................................................................................... 73 
6.5.5. Medidas complementares ............................................................. 73 
6.5.6. Objeto ........................................................................................... 73 
6.5.7. Dispensa ....................................................................................... 73 
6.5.8. Restrições ao tráfego .................................................................... 73 
6.5.9. Requerimento ............................................................................... 74 
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6.5.10. Conteúdo ................................................................................... 75 
6.5.11. Responsabilidade civil ............................................................... 75 
6.5.12. Sinalização ................................................................................ 75 
6.6. Novas composições ............................................................................ 78 
6.7. Trânsito de Composições de Veículos de Carga remontadas (CVR) .. 78 
6.8. Dimensões e Pesos para Veículos em Circulação em Viagem 
Internacional pelo Território Nacional............................................................ 79 
6.9. Ônibus articulados e biarticulados ...................................................... 80 
6.9.1. Requisitos ..................................................................................... 80 
6.9.2. Dispensa ....................................................................................... 81 
6.9.3. Restrições ao trânsito ................................................................... 81 
6.10. Inscrições e Fiscalização das Inscrições dos Dados Técnicos ..... 81 
6.10.1. Conflito com a AET ou AE ......................................................... 83 
6.10.2. Responsabilidade ...................................................................... 83 
6.10.3. Forma de aplicação ................................................................... 83 
6.10.4. Locais de aplicação ................................................................... 83 
6.10.5. Conteúdo das inscrições ........................................................... 84 
6.10.6. Instalação de complemento ....................................................... 85 
6.10.7. Adaptação de veículos em circulação ....................................... 85 
6.11. Formas e Tolerâncias para a Fiscalização ................................... 86 
6.11.1. Fiscalização por balança ........................................................... 86 
6.11.2. Fiscalização por Nota Fiscal ...................................................... 87 
6.11.3. Responsabilidade ...................................................................... 87 
6.11.4. Excesso por eixo ....................................................................... 88 
6.11.5. Excesso de PBT ou PBTC ......................................................... 88 
6.12. Medida administrativa ................................................................... 88 
6.12.1. Dispensa do transbordo ............................................................ 88 
6.13. Cálculo da multa por excesso de peso ......................................... 89 
6.14. Cálculo da multa por excesso de CMT ......................................... 90 
6.15. Indicações de Infrações ao CTB ................................................... 90 
7. Res. 886/2021 - CNH 95 
7.1. Especificações .................................................................................... 95 
7.1.1. Dados ........................................................................................... 96 
7.1.2. Restrições médicas e outras informações .................................... 96 
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7.1.3. QR Code ....................................................................................... 97 
7.1.4. PPD e ACC ................................................................................... 98 
7.2. Numeração .......................................................................................... 98 
7.3. Expedição ........................................................................................... 99 
7.3.1. Eletrônica ...................................................................................... 99 
7.3.2. Física ............................................................................................ 99 
7.3.3. Hipóteses ...................................................................................... 99 
7.3.4. Banco de imagens ...................................................................... 100 
8. RES. 916/2022 – MODIFICAÇÕES VEICULARES 102 
8.1. Concessão de Código de Marca/ Modelo/ Versão ............................ 102 
8.2. Modificações de veículos .................................................................. 102 
8.2.1. Requisitos ................................................................................... 102 
8.2.2. Regularização da modificação .................................................... 103 
8.3. Disposições Específicas para Registro e Modificação de Veículos ... 103 
8.3.1. Motor a diesel ............................................................................. 103 
8.3.2. Alteração na suspensão ............................................................. 103 
8.3.3. Uso de GNV ................................................................................ 105 
8.3.4. Proibições ................................................................................... 106 
8.3.5. Extensão dos para-lamas ........................................................... 107 
8.3.6. Inclusão de Quarto Eixo.............................................................. 108 
8.3.7. Inclusão ou modificação de eixo ................................................. 109 
8.3.8. Complementação de veículo....................................................... 109 
8.3.9. Alterações de cor ........................................................................ 109 
8.3.10. Substituição de equipamentos ................................................ 110 
8.4. Infrações ........................................................................................... 111 
9. RES. 925/2022, EXCETO AS FICHAS – MBFT 113 
9.1. Abreviaturas e siglas ......................................................................... 113 
9.2. Introdução ......................................................................................... 114 
9.3. Agente da Autoridade de Trânsito ..................................................... 114 
9.4. Infração de Trânsito ..........................................................................117 
9.5. Responsabilidade pela Infração ........................................................ 117 
9.5.1. Proprietário ................................................................................. 118 
9.5.2. Condutor ..................................................................................... 118 
9.5.3. Embarcador ................................................................................ 118 
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9.5.4. Transportador ............................................................................. 118 
9.5.5. Embarcador e Transportador ...................................................... 118 
9.5.6. Pessoa Física ou Jurídica expressamente mencionada no CTB 119 
9.6. Autuação ........................................................................................... 119 
9.6.1. Infrações concorrentes e concomitantes .................................... 121 
9.6.2. Estacionamento irregular – caso específico ................................ 122 
9.6.3. Abordagem ................................................................................. 122 
9.6.4. Combinações de veículos ........................................................... 122 
9.7. Medidas Administrativas ................................................................... 123 
9.7.1. Competência .............................................................................. 123 
9.7.2. Retenção do Veículo ................................................................... 123 
9.7.3. Remoção do Veículo ................................................................... 125 
9.7.4. Recolhimento do Documento de Habilitação .............................. 126 
9.7.5. Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual 
(CLA/CRLV) ............................................................................................. 126 
9.8. Habilitação ........................................................................................ 127 
9.8.1. Condutor oriundo de país Estrangeiro ........................................ 127 
9.9. Disposições Finais ............................................................................ 128 
 
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Res. 809/2020 
 
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1. RES. 809/ 2020 – CRV E CLA (CRLV) DIGITAL 
 
A Resolução nº 809/2020 do CONTRAN dispõe sobre os requisitos para emissão 
do Certificado de Registro de Veículo (CRV), do Certificado de Licenciamento 
Anual (CLA) e do comprovante de transferência de propriedade em meio digital. 
Fica instituído o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo em meio 
digita l(CRLV-e), expedido na forma estabelecida pelo órgão máximo executivo 
de trânsito da União - SENATRAN, que conterá, vinculados em um único 
documento, o Certificado de Registro de Veículo (CRV) e o Certificado de 
Licenciamento Anual (CLA), conforme disposto nos arts. 121 e 131 do CTB: 
Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de Registro de 
Veículo - CRV de acordo com os modelos e especificações estabelecidos 
pelo CONTRAN, contendo as características e condições de 
invulnerabilidade à falsificação e à adulteração. 
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo 
licenciado, vinculado ao Certificado de Registro de Veículo, em meio físico 
e/ou digital, à escolha do proprietário, de acordo com o modelo e com as 
especificações estabelecidos pelo Contran. 
 
1.1. CRLV-e 
1.1.1. Obrigatoriedade de Expedição 
O CRLV-e será expedido obrigatoriamente: 
 no registro do veículo; 
 no licenciamento anual do veículo; 
 na transferência de propriedade; 
 na mudança de Município de domicílio ou de Município de residência do 
proprietário; 
 na alteração de qualquer característica do veículo; 
 na mudança de categoria; 
 no caso de segunda via dos documentos emitidos com base na 
Resolução CONTRAN nº 16,de 06 de fevereiro de 1998, com a alteração 
dada pela Resolução CONTRAN nº 775, de 28 de março de 2019; 
 no caso de remarcação de chassi; 
 nos casos previstos em regulamentos complementares onde seja 
necessária a emissão de um CRV. 
o Um exemplo deste caso é o previsto pela R810, quando o veículo 
sofre um dano de média monta, é regularizado perante o órgão de 
trânsito e precisa da expedição de um novo CRV. 
 
O CRLV-e somente será expedido após a quitação dos débitos relativos a 
tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, bem 
como o pagamento do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por 
Veículos Automotores de Via Terrestres (Seguro DPVAT). 
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A existência de restrições administrativas ou judiciais que restrinjam a circulação do 
veículo impede a expedição do CRLV-e. 
 
1.1.2. Campos e Leiaute 
Os campos e leiaute do CRLV-e foram definidos no Anexo I da Resolução, e se 
referem às principais informações sobre o veículo e sua propriedade. 
A SENATRAN poderá estabelecer outras informações a serem agregadas ao 
CRLV-e. 
Veja parte do modelo do CRLVe: 
 
 
A inclusão do QR Code como requisito de segurança do CRLV-e é uma das maiores 
mudanças em relação ao documento físico: 
Art. 7º O órgão máximo executivo de trânsito da União disponibilizará 
sistema eletrônico para validação do CRLV-e, ou sua versão impressa, por 
meio da leitura do código de barras bidimensionais dinâmico (Quick 
Response Code - QRCode) inserido no documento. 
Parágrafo único. O QRCode será gerado a partir de algoritmo específico, de 
propriedade do órgão máximo executivo de trânsito da União, composto 
pelos dados individuais do veículo obtidos por meio do Registro Nacional de 
Veículos Automotores (RENAVAM). 
 
1.1.3. Porte do Documento 
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O CRLV-e, em sua versão digital (diretamente pelo celular), ou impressa, é 
documento suficiente para fim de cumprimento do que dispõe o caput do art. 133 
do CTB: 
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual. 
Para fins de fiscalização, o CRLV-e pode ser apresentado: 
 na versão digital por meio dos aplicativos oficiais do Governo Federal 
 na versão impressa em papel A4 branco comum. 
A expedição do CRLV-e dispensa a obrigatoriedade da versão impressa. 
 
1.1.4. CRV Físico 
A R817 REVOGOU o artigo da R809 que proibia a expedição física do CRV. 
Assim, caso o proprietário faça a opção pela expedição do documento em meio 
físico, o CRLV-e será impresso em papel A4 comum branco, no modelo do 
Anexo. 
 
 
1.2. Autorização para Transferência de Propriedade do 
Veículo em Meio Digital (ATPV-E) 
Fica instituída a Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo em 
meio digital (ATPV-e), expedida na forma estabelecida pelo órgão máximo 
executivo de trânsito da União, que constitui o comprovante de transferência de 
propriedade de que trata o inciso III do art. 124 do CTB. 
Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro de Veículo serão 
exigidos os seguintes documentos: 
III - comprovante de transferência de propriedade, quando for o caso, 
conforme modelo e normas estabelecidas pelo CONTRAN; 
No padrão anterior, esse documento era conhecido como DUT (Documento 
Único de Transferência, que também era uma Autorização para Transferência 
de Propriedade de Veículo), localizado fisicamente no verso do CRV. 
Esse DUT era preenchido pelo proprietário do veículo e comprador quando fosse 
realizada a transferência da propriedade do veículo. 
No novo modelo da R809, o DUT foi substituído por um documento chamado 
Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo em meio digital 
(ATPV-e), expedida na forma estabelecida pelo DENATRAN: 
Art. 11. A ATPV-e é o documento gerado pelo órgão máximo executivo de 
trânsito da União em queo antigo e o novo proprietário, respectivamente, 
vendedor e comprador, declaram estar de acordo com a transferência da 
propriedade do veículo, nos termos das informações constantes no 
documento, responsabilizando-se pela veracidade das informações ali 
declaradas. 
 
1.2.1. Campos 
A ATPV-e conterá: 
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 os dados identificadores 
o do proprietário do veículo, 
o do veículo e 
o do comprador; 
 código de barras bidimensionais dinâmico (QRCode) gerado pelos 
sistemas do DENATRAN; 
 assinaturas autenticadas das partes envolvidas. 
 
1.2.2. Disponibilização 
A ATPV-e somente será disponibilizada aos veículos que forem registrados após 
a sua vigência (04/01/2021), salvo: 
X quando houver expedição de segunda via dos documentos de 
licenciamento; ou 
X mediante requerimento do proprietário do veículo, observados os 
requisitos estabelecidos pelo DETRAN responsável pelo registro do 
veículo. 
A ATPV-e deverá ser disponibilizada por meio dos canais de atendimento dos 
DETRANs, podendo a SENATRAN instituir outros canais de atendimento para 
disponibilização da ATPV-e. 
 
1.2.3. Cancelamento 
Quando houver a necessidade de cancelamento da ATPV-e que tenha sido 
expedida, o DETRAN responsável pelo registro do veículo poderá estabelecer 
os requisitos necessários para emissão de uma nova ATPV-e. 
 
1.2.4. Assinatura Eletrônica 
Quando ambos, proprietário vendedor e comprador, possuírem os requisitos 
necessários para assinatura eletrônica da ATPV-e, o preenchimento e a 
assinatura poderão ocorrer nos sistemas do órgão máximo executivo de trânsito 
da União ou dos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do 
Distrito Federal que disponibilizarem essa funcionalidade. 
Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal 
poderão estabelecer outros meios para autenticar a identificação do vendedor e 
do comprador em conformidade com a legislação em vigor para validação 
jurídica. 
No caso de ser usada assinatura eletrônica, ela própria já caracterizará a 
comunicação de venda eletrônica do veículo para efeitos do art. 134 do CTB: 
Art. 134 Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados ou do 
Distrito Federal poderão estabelecer outros meios para autenticar a 
identificação do vendedor e do comprador em conformidade com a 
legislação em vigor para validação jurídica. 
 
 
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1.2.5. Impressão 
Na versão impressa, assim como ocorre com o DUT, a ATPV-e deverá ser 
assinada e conter o reconhecimento de firma do vendedor e do comprador por 
autenticidade. 
 
1.3. Comunicação de venda do veículo 
O encaminhamento do comprovante de transferência de propriedade aos órgãos 
ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal 
corresponde à comunicação de venda de veículo, nos termos do CTB: 
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de 
Veículo quando: 
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário 
adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo 
Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais 
casos as providências deverão ser imediatas. 
Art. 134. No caso de transferência de propriedade, expirado o prazo previsto 
no § 1º do art. 123 deste Código sem que o novo proprietário tenha tomado 
as providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado 
de Registro de Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar ao órgão 
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no prazo de 60 
(sessenta) dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de 
propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se 
responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas 
reincidências até a data da comunicação. (redação conforme a Lei nº 
14.071/2020) 
Parágrafo único. O comprovante de transferência de propriedade de que 
trata o caput deste artigo poderá ser substituído por documento eletrônico 
com assinatura eletrônica válida, na forma regulamentada pelo Contran. 
(redação conforme a Lei nº 14.071/2020) 
 
1.3.1. Comunicação de venda por meio eletrônico 
No caso da ATPV-e, a comunicação de venda será realizada: 
 pela assinatura eletrônica da ATPV-e pelo antigo proprietário; 
 por meio de sistema eletrônico implantado pela SENATRAN, com a 
utilização de: 
o assinatura digital avançada, nos termos da Lei nº 14.063/2020 e de 
regulamentação vigente; ou 
o certificado digital, de propriedade do vendedor e do comprador, 
emitido por autoridade certificadora, conforme padrão de 
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil); 
 por entidade pública ou privada com atribuição legal, em conformidade 
com a Lei nº 8.935/1994 (lei de serviços notariais), expressamente 
autorizada pela SENATRAN para tal finalidade; 
o Neste caso, estas entidades públicas ou privadas poderão contratar 
entidades privadas que tenham como atividade principal ou 
acessória, prevista em lei ou em seu estatuto constitutivo ou 
contrato social, a prestação de serviços inerentes à comunicação 
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de venda de veículos. 
 pelo DETRAN, conforme procedimentos definidos por cada órgão ou 
entidade. 
No caso da ATPV-e na versão impressa ou da ATPV (DUT) constante no verso 
de CRV válido, o antigo proprietário deverá encaminhar ao DETRAN onde o 
veículo for registrado a cópia autenticada da ATPV-e ou da ATPV, 
respectivamente, devidamente preenchida. 
 
 
 
 
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Res. 810/2020 
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2. RES. 810/ 2020 – CLASSIFICAÇÃO DE DANOS, ALTERADA 
PELA 851 
 
A Resolução nº 810/2020 do CONTRAN dispõe sobre a classificação de danos 
e os procedimentos para a regularização, a transferência e a baixa dos veículos 
envolvidos em acidentes. 
 
2.1. Conceito 
Considera-se veículo sinistrado todo aquele envolvido em ocorrência de 
acidente de trânsito, dano ou qualquer outro evento que ocasione avaria em uma 
ou mais partes do veículo. 
 
2.2. Abrangência 
A Resolução se aplica a todos os veículos sinistrados e também a: 
 Veículos que sofreram acidentes antes de serem cadastrados 
o Neste caso, cabe o envio de ofício com a documentação com a 
classificação de danos ao órgão máximo executivo de trânsito da 
União, para bloqueio administrativo no pré-cadastro da BIN e 
demais procedimentos daí decorrentes 
 Veículos objetos de roubo ou furto que tenham sido sinistrados 
o Neste caso, deve ser elaborado boletim de ocorrência policial e o 
BAT, encaminhando-os ao órgão executivo de trânsito dos Estados 
ou do Distrito Federal que detiver o registro do veículo. 
 Veículos transportados, envolvidos em acidentes de trânsito durante o 
transporte 
o Neste caso, deverá ser realizado relatório de avarias 
individualmente e independente do relatório de avarias do veículo 
transportador. 
 
2.3. Competência 
A avaliação dos danos sofridos pelo veículo deve ser feita pela autoridade de 
autoridade de trânsito ou seu agente – no caso da PRF, o próprio policial fará 
essa avaliação quando do preenchimento do BAT. 
Este procedimento e, principalmente, a 
obtenção das imagens obrigatórias deve ser 
feito, preferencialmente, quando os veículos 
estiverem em condições adequadas de análise, 
especialmente, após o destombamento, 
socorro e desencarceramento de vítimas, entre outros. 
A avaliação de danos dos veículos não dispensa o registro completo do acidente no 
BAT pelo policial. 
 
2.4. Danos não descritos em veículos indenizados 
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integralmente 
Os danos de veículos indenizados integralmente que nãotenham sido objeto do 
relatório de avarias pela autoridade competente devem receber a sua 
classificação no momento da transferência para o nome da companhia 
seguradora, mediante regulamentação do DETRAN responsável pela 
transferência. 
 
 
2.5. Comunicação de acidente sem vítimas 
Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a via poderão disponibilizar em 
seu sítio eletrônico na rede mundial de computadores o acesso a formulário ou 
outro meio eletrônico que possibilite o registro de acidentes de trânsito sem 
vítimas por meio de declaração do próprio cidadão. 
Este documento, mediante validação pela autoridade de trânsito ou seu agente, 
poderá substituir a lavratura do Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito 
(BAT). 
 
2.6. Registro dos danos 
Concomitantemente à lavratura do BAT, a autoridade de trânsito ou seu agente 
deve avaliar o dano sofrido pelo veículo no acidente, enquadrando-o em uma 
das categorias a seguir e preenchendo o relatório de avarias: 
 Dano de pequena monta (DPM) ou sem dano; 
 Dano de média monta (DMM); e 
 Dano de grande monta (DGM). 
A categoria em que o veículo será enquadrado depende: 
 do tipo de veículo que estará sendo avaliado 
 dos danos que existirem no veículo. 
 
 
2.7. Danos não avaliados 
Quando, em virtude de circunstâncias excepcionais, não for possível verificar se 
um componente do veículo foi danificado no acidente, esse componente deve 
ser assinalado como “não avaliado” – NA - no Relatório de Avarias e será 
considerado como item danificado até que se prove o contrário, sendo 
computado na avaliação geral do veículo 
A impossibilidade de avaliação de algum item deve ser devidamente justificada 
no Relatório. 
 
 
2.8. Imagens 
Devem ser anexadas ao BAT imagens do veículo acidentado nos seguintes 
ângulos: 
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SE DISPENSA a apresentação das imagens quanto for devidamente justificada 
a impossibilidade de sua juntada. 
 
 
2.9. Comunicação ao DETRAN 
Em caso de danos de média monta ou grande monta, o órgão ou entidade 
fiscalizadora de trânsito responsável pelo BAT deve, em até 60 (sessenta) dias 
contados da data do acidente, expedir ofício acompanhado dos registros que 
possibilitaram a classificação do dano ao DETRAN responsável pelo registro do 
veículo, comunicando a restrição. 
O envio dessa documentação deve ser por meio eletrônico previamente definido 
entre os órgãos, excepcionalmente admitido o meio postal. 
 
2.10. Restrição Administrativa 
O DETRAN em que o veículo estiver registrado deve incluir a restrição 
administrativa no cadastro em até 10 (dez) dias úteis após o recebimento da 
documentação mencionada acima, remetida pelo órgão responsável pelo BAT. 
A restrição administrativa será registrada na Base de Índice Nacional (BIN) 
pertencente ao sistema de Registro Nacional de Veículos Automotores 
(RENAVAM), contendo a data do sinistro, o tipo de dano classificado, o 
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal responsável 
pela inclusão e, se for o caso, número do BAT e o órgão fiscalizador 
responsável pela ocorrência. 
Os órgãos e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT) poderão 
celebrar acordo de cooperação, ou outros tipos de ajustes, que possibilite o registro 
da monta diretamente pelo responsável pelo atendimento do acidente. 
 
 
2.11. Efeitos 
O veículo fica PROIBIDO de circular em vias públicas enquanto estiver com a 
restrição administrativa, sob pena de cometer a infração prevista no VIII do art. 
230 do CTB. 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança veicular, quando 
obrigatória; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
lateral direita lateral esquerda frente traseira
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Medida administrativa - retenção do veículo para regularização; 
 
2.12. Notificação 
IMEDIATAMENTE após o lançamento da restrição administrativa, o DETRAN 
deve notificar o proprietário do veículo, informando-o sobre as providências que 
devem ser adotadas para a regularização ou baixa do veículo. 
 
2.13. Dano de Média Monta e Regularização 
O veículo que tenha dano classificado como MÉDIA monta pode ser recuperado 
e devidamente desbloqueado para circulação, desde que: 
 O responsável pelo veículo conserte os danos causados; 
 O responsável deve apresentar os seguintes documentos ao DETRAN 
onde o veículo estiver registrado: 
o I - CRV e CLA originais do veículo, RG, CPF ou CNPJ e 
comprovante de residência ou domicílio do proprietário, sendo 
aceitos os documentos emitidos em meio digital; 
o II - comprovação do serviço executado e das peças utilizadas, 
mediante apresentação da nota fiscal de serviço da oficina 
reparadora ou declaração do proprietário, acompanhada da(s) 
nota(s) fiscal (is) das peças utilizadas; 
o III - Certificado de Segurança Veicular (CSV) expedido por 
Instituição Técnica Licenciada (ITL), devidamente licenciada pelo 
órgão máximo executivo de trânsito da União e acreditada pelo 
INMETRO; e 
o IV- comprovação da autenticidade da identificação do veículo 
mediante VISTORIA do DETRAN ou entidade por ele autorizada. 
 Caso o veículo sofra acidente em UF distinta daquela na qual está 
registrado, é facultada ao proprietário do veículo ou seu representante a 
obtenção do CSV e realizar a vistoria no próprio local onde o veículo se 
encontra. 
o Neste caso, o DETRAN que realizar vistoria deve comunicar 
formalmente sua realização ao DETRAN da UF onde o veículo está 
registrado. 
 
O desbloqueio do veículo, que consiste na retirada da restrição administrativa, só 
pode ser realizado pelo DETRAN no qual o veículo esteja registrado. 
 
2.13.1. Efeitos do Desbloqueio 
O desbloqueio é a retirada da restrição sobre o veículo, para que possa voltar a 
circular regularmente. 
Porém, o desbloqueio traz consequências: 
 Expedição de um novo CRV; 
 Inscrição, pelo DETRAN, de observação permanente no CRV, indicando 
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que este veículo sofreu sinistro e foi recuperado: 
O órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal no qual 
está registrado o veículo com dano de média monta, de posse dos 
documentos previstos no parágrafo anterior, deve fazer constar no campo 
"observações" do CRV/CLA o número do CSV e a palavra "Sinistrado" ou a 
sigla "DMM", que deverá permanecer no documento e no cadastro do 
veículo na BIN mesmo após eventuais transferências de propriedade, 
município ou Unidade da Federação (UF), até a baixa definitiva do veículo. 
 
2.13.2. Veículo com DMM não Recuperado 
Caso não ocorra a recuperação do veículo que tenha sido classificado como 
média monta, seu proprietário deve providenciar a baixa do registro do veículo 
junto ao órgão de trânsito de seu registro, de acordo com o art. 126 do CTB e 
regulamentação complementar: 
Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou destinado à 
desmontagem, deverá requerer a baixa do registro, no prazo e forma 
estabelecidos pelo Contran, vedada a remontagem do veículo sobre o 
mesmo chassi de forma a manter o registro anterior. 
Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo é da companhia 
seguradora ou do adquirente do veículo destinado à desmontagem, quando 
estes sucederem ao proprietário. 
 
2.14. Dano de Grande Monta 
O veículo enquadrado na categoria "dano de grande monta" deve ser 
classificado como "IRRECUPERÁVEL" pelo DETRAN que detiver seu registro, 
devendo ser executada a baixa do seu cadastro na forma estabelecida na 
Resolução CONTRAN nº 11/1998, bem como pelo CTB. 
Caso o sinistro ocorra em UF distinta daquela na qual o veículo está registrado, 
o proprietário pode, para efeito de baixa definitiva, entregar a comprovação de 
inutilização do chassi e placas no DETRAN onde o veículo se encontra, que 
encaminhará a Certidão de Entregada inutilização do chassi e das placas para 
o DETRAN da UF onde o veículo estiver registrado, o qual, por sua vez, 
promoverá a baixa definitiva. 
 
2.15. Reenquadramento do Dano 
O proprietário do veículo, ou seu representante legal, classificado com "dano de 
grande monta" ou "dano de média monta" poderá apresentar RECURSO para 
REENQUADRAMENTO do dano na CATEGORIA IMEDIATAMENTE 
INFERIOR, sendo necessário, para tanto, o atendimento às seguintes 
exigências: 
 ser realizada nova avaliação técnica por profissional engenheiro 
legalmente habilitado e apresentado o respectivo laudo; 
 o veículo deve estar nas mesmas condições em que se encontrava após 
o acidente; 
 a avaliação deve ser feita conforme os critérios de classificação de danos 
constantes desta Resolução e seus anexos; 
 
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 o laudo deve estar acompanhado de imagens ilustrativas do veículo 
mostrando as partes danificadas e as seguintes vistas: 
o frontal; 
o traseira; 
o lateral direita; 
o lateral esquerda; 
o a 45° mostrando dianteira e lateral esquerda; 
o a 45° mostrando dianteira e lateral direita; 
o a 45° mostrando traseira e lateral esquerda; e 
o a 45° mostrando traseira e lateral direita. 
 o laudo deve estar acompanhado de Anotação de Responsabilidade 
Técnica (ART) devidamente preenchida e assinada pelo engenheiro e 
pelo proprietário do veículo ou seu representante legal; e 
 o laudo e demais documentos devem ser apresentados ao órgão 
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal que detiver o 
registro do veículo no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a contar da 
data da lavratura do BAT 
o salvo caso fortuito ou força maior devidamente comprovados, em 
que não se exigirá o respeito a este prazo. 
 
2.15.1. Itens não avaliados – caso especial 
Vimos, acima, que o processo de reenquadramento do dano pode ser movido 
apenas para reenquadrar o dano na categoria imediatamente inferior. 
Entretanto, há uma exceção para isso! 
Nos casos de itens de peças e componentes assinalados com a opção "NA", é 
possível o reenquadramento do dano do item e posterior reavaliação do 
somatório para a classificação da categoria de monta do veículo, inclusive para 
reenquadramento para "dano de pequena monta". 
 
 
2.15.2. Julgamento e Reavaliação 
O DETRAN que detiver o registro do veículo deve apreciar o recurso no prazo 
de 15 (quinze) dias úteis. 
Neste prazo, o DETRAN pode requisitar a apresentação do veículo para 
avaliação própria ou por entidade por ele reconhecida. 
Esta requisição interromperá, por sua vez, o prazo para apreciação do recurso, 
até que a nova avaliação seja realizada. 
O proprietário deve atender esta requisição no prazo de 10 dias úteis, e, se 
deixar de fazê-lo, haverá o pronto indeferimento do recurso. 
 
2.15.3. Deferimento do Recurso 
Em caso de deferimento do recurso, com o reenquadramento do dano para 
média monta, o desbloqueio do veículo fica sujeito ao cumprimento de todos os 
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requisitos apresentados no capítulo acima sobre desbloqueio. 
 
2.15.4. Prazo para julgamento 
 Se transcorrer o prazo de 60 (sessenta) dias para análise do recurso, sem que 
a autoridade do DETRAN se manifeste, este silêncio importará aprovação tácita 
para todos os efeitos do recurso, como se tivesse sido deferido. 
 
2.15.5. Transferência de propriedade 
Existe um nicho de mercado que se ocupa apenas do comércio de sucatas de 
veículos (irrecuperáveis) e da recuperação de veículos que possuem danos de 
média monta, relacionados ou não a seguradoras de veículo. 
 
2.15.5.1. Destinatário 
O veículo classificado com dano de média ou grande monta SOMENTE poderá 
ter sua propriedade transferida somente para as companhias seguradoras, nos 
casos de acidentes em que, por força da indenização, se opere a sub-rogação 
nos direitos de propriedade. 
 
A sub-rogação é um instituto jurídico que costuma aparecer em contratos de seguros 
de veículos. Através dele, ocorre a substituição do sujeito da obrigação. Nestes casos, 
a obrigação de regularizar o veículo ou solicitar a sua baixa, que pertenceria 
originalmente ao seu proprietário, é transferida para a empresa seguradora, e o 
proprietário não precisará lidar com tais transtornos. 
As seguradoras, por sua vez, e os proprietários dos veículos não segurados 
poderão transferir a propriedade do veículo classificado com danos de média 
monta para empresas ou entidades privadas cuja atividade principal seja a 
compra e venda de veículos sinistrados, exclusivamente mediante: 
 apresentação do CRV 
 com a Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo 
(ATPV) devidamente preenchida. 
Em todo caso, a circulação do veículo em vias terrestres continua PROIBIDA até a sua 
regularização 
No caso de veículos classificados com dano 
de grande monta, não é possível a 
transferência para empresas que trabalhem 
com veículos sinistrados. Esta operação 
apenas é possível quando o dano for de média 
monta. 
Estas empresas passarão a ser responsáveis pela regularização do veículo com 
DMM. 
Não poderão ser efetuadas a comercialização ou a comunicação de venda do veículo 
dessas empresas para terceiros antes de ser providenciada a sua regularização. 
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2.15.5.2. Requisitos 
O veículo sinistrado somente será transferido à companhia seguradora ou às 
empresas e entidades de compra e venda de veículos sinistrados mediante 
apresentação: 
 do relatório de avarias; 
 das imagens do veículo acidentado; 
 do CRV; 
 da documentação referente ao processo de indenização, em caso de 
veículo segurado; e 
 do BAT, se houver. 
 realização de vistoria prévia, que irá verificar somente os itens de 
identificação do veículo, dispensada a verificação dos equipamentos e 
itens de segurança. 
Esta transferência de propriedade está sujeita aos mesmos prazos para 
comunicação de venda e registro do veículo previstos o art. 123: 
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de 
Veículo quando: 
I - for transferida a propriedade; 
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário 
adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo 
Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos demais 
casos as providências deverão ser imediatas. 
 
 
No ato da transferência de propriedade prevista, será emitido o CRV com a 
informação de que o veículo se encontra proibido de circular nas vias públicas, 
até que seja promovida a sua regularização. 
 
2.16. Cálculo dos danos 
O cálculo dos danos é feito seguindo as diretrizes dos Anexos da Resolução. 
Este cálculo muda de acordo com cada tipo de veículo, que veremos a seguir. 
Todos, entretanto, envolvem a avaliação de: 
 os danos provocados diretamente pela dinâmica do acidente; 
Em caso de dano de 
MÉDIA ou GRANDE 
monta
O veículo pode ser 
transferido à seguradora a 
que for sub-rogado
Pelo seu proprietário
Em caso de danos de 
MÉDIA monta
O veículo pode ser 
transferido à empresa que 
trabalhe com veículos 
sinistrados
Pelo seu proprietário ou 
pela seguradora que já foi 
sub-rogada
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 os danos advindos do atendimento ao acidente, tais como resgate, 
remoção, desobstrução da via, entre outros; e 
 outros danos preexistentes, sem relação direta com o acidente. 
o Estes danos devem ser identificados adicionalmente no campo 
observações do relatório de avarias. 
 
Observe que a avaliação de danos não abrange 
apenas os danos decorrentes diretamente do 
acidente, mas também aqueles danos que já 
existiam no veículo. 
No caso de combinações de veículos, a análise de 
danos deve ser realizada individualmente para cada veículo registrado. 
 
2.16.1. Automóveis e camionetas, caminhonetese 
utilitários com estrutura em monobloco; motocicletas, 
motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos 
Para estes tipos de veículos, o agente deverá proceder a uma avaliação dos 
elementos estruturais do veículo e assinalar no Relatório de Avarias os 
componentes que sofreram dano. 
A cada peça danificada, o agente marcará “SIM” no Relatório, e caso não tenha 
sido danificado ou a peça não exista naquele veículo, deverá assinalar “NÃO”. 
Caso não tenha sido possível avaliar a peça, marcará “NA” (Não Avaliado), 
justificará e o item será computado a avaliação como se danificado estivesse. 
2. O preenchimento do Relatório de Avarias constante deste Anexo deve 
retratar a condição real do veículo e ser feito conforme os seguintes critérios: 
2.1. Quando verificar-se fisicamente que um componente estrutural ou de 
segurança passiva do veículo foi danificado no acidente, deve ser assinalada 
a coluna "SIM" ao lado do respectivo item no relatório. 
2.2. Quando um componente estrutural ou de segurança passiva não estiver 
danificado, ou não existir originalmente, deve ser assinalada a coluna "NÃO" 
ao lado do respectivo item no relatório. 
2.3. Quando, em virtude de circunstâncias excepcionais, a autoridade de 
trânsito ou seu agente não conseguirem verificar se um componente 
estrutural ou de segurança passiva do veículo foi danificado no acidente, 
esse componente deve ser assinalado na coluna "NA" do respectivo 
"Relatório de Avarias" e sua pontuação considerada no cômputo geral da 
avaliação do veículo, justificando-se no campo "observações" do relatório as 
razões pelas quais ele não pôde ser avaliado. 
2.4. Em atendimento ao § 2º do art. 1º do CTB, para efeito de segurança no 
trânsito, até prova em contrário, um componente assinalado como não 
avaliado ("NA") será considerado como danificado e será computado na 
avaliação geral do veículo. 
Exemplo de componentes avaliados no automóvel: 
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Exemplo de componentes avaliados na motocicleta: 
 
1 - Mesa superior da suspensão dianteira 
2 - Mesa inferior da suspensão dianteira 
3 – Coluna de Direção 
4 – Chassi 
5 – Garfo Traseiro 
Veja trecho do Relatório de Avarias de uma motocicleta para entender como ele 
funciona: 
 
 
A classificação do dano será obtida pela contagem do número de itens 
danificados que forem assinalados, seguindo a seguinte regra: 
 Automóveis e para camionetas, caminhonetes e utilitários com estrutura 
em monobloco 
o Pequena monta ou sem dano: total de itens assinalados na coluna 
"SIM" somados aos da coluna "NA" for no máximo 1 (um) item; 
o Média monta: total de itens assinalados na coluna "SIM" somados 
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aos da coluna "NA" for superior a 1 (um) não superior a 6 (seis) 
itens; 
o Grande monta: total de itens assinalados na coluna "SIM" somados 
aos da coluna "NA" for superior a 6 (seis) itens, o que implica 
também na classificação do veículo como irrecuperável. 
 
 Motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos 
o Pequena monta ou sem dano: total de itens assinalados na coluna 
"SIM" somados aos da coluna "NA" for igual a zero; 
o Média monta: total de itens assinalados na coluna "SIM" somados 
aos da coluna "NA" for superior a 1 (um) não superior a 4 (quatro) 
itens. 
o Grande monta: total de itens assinalados na coluna "SIM" somados 
aos da coluna "NA" for superior a 4 (quatro) itens, o que implica 
também na classificação do veículo como irrecuperável. 
 
 
2.16.2. Reboques e semirreboques, para camionetas, 
caminhonetes e utilitários com estrutura em chassis, para 
caminhões e caminhões-trator e para ônibus e micro-
ônibus 
Para estes veículos, o policial também realizará a avaliação dos elementos 
estruturais e assinalará, no Relatório de Avarias, os componentes que sofreram 
danos ou não – da mesma forma como vimos acima. 
Porém, neste caso, o cálculo para classificação do dano ocorre de forma 
diferente. 
Para estes tipos de veículos, cada componente vem, no Relatório de Avarias, 
assinalado com uma determinada gravidade (M ou G). 
Assim, a classificação do dano corresponderá ao item de maior gravidade que 
for assinalado. 
Veja dois trechos do Relatório de Avarias do ônibus e micro- 
ônibus: 
 
 
A classificação final do dano, desta forma, observará a seguinte regra: 
 Pequena monta ou sem dano: quando não houver nenhum item assinalado 
nas colunas "SIM" ou "NA" 
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 Média monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas 
"SIM" ou "NA" for de categoria M 
 Grande monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas 
"SIM" ou "NA" for de categoria G 
 
 
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Res. 819/2021 
 
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3. RES. 819/2021 – CRIANÇAS 
A Resolução nº 819/2021, adaptando as disposições do CONTRAN à L14071, 
revogou a 277/08 para dispor sobre os requisitos para transporte de crianças em 
veículos automotores. 
Do CTB: 
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não tenham 
atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura devem 
ser transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo de retenção 
adequado para cada idade, peso e altura, salvo exceções relacionadas a 
tipos específicos de veículos regulamentadas pelo Contran. (Redação 
dada pela Lei nº 14.071, de 2020) 
Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso excepcional de dispositivos de 
retenção no banco dianteiro do veículo e as especificações técnicas dos 
dispositivos de retenção a que se refere o caput deste artigo. (Incluído 
pela Lei nº 14.071, de 2020) 
Dentre as alterações, destacamos: 
 Adequação à altura inserida no art. 64 do CTB; 
 Inserção de critérios de peso, em conjunto com os critérios de idade das 
crianças, para fins de definição do dispositivo de retenção (DRC) 
adequado; 
 A expressa isenção da exigibilidade dos DRC para veículos escolares; 
 A inclusão da isenção da exigibilidade dos DRC para veículos de 
transporte remunerado individual de passageiros. 
As demais disposições que já conhecíamos da R277 foram mantidas, como 
veremos a seguir. 
 
 
3.1. Disposições iniciais e exigibilidade 
Para transitar em veículos automotores, as crianças com idade inferior a dez 
anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco centímetros) 
de altura devem ser transportados nos bancos traseiros usando individualmente 
cinto de segurança ou dispositivo de retenção equivalente, na forma prevista no 
Anexo desta Resolução. 
Note que existem sempre duas normas que devem ser articuladas quando 
tratamos do transporte de crianças: 
 O local do transporte: se no banco traseiro ou dianteiro; 
 O dispositivo de retenção: se será usado ou não, e qual será usado 
 
3.2. Dispositivos de retenção 
Dispositivo de retenção para o transporte de crianças (DRC) é: 
 o conjunto de elementos que contém uma combinação de tiras com 
fechos de travamento, dispositivo de ajuste, partes de fixação e, em 
certos casos, dispositivos como: um berço portátil porta-bebê, uma 
cadeirinha auxiliar ou uma proteção antichoque, 
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 que devem ser fixados ao veículo, mediante a utilização dos cintos de 
segurança ou outro equipamento apropriado instalado pelo fabricante do 
veículo, 
 com a finalidade de reduzir o risco ao usuário em casos de colisão ou de 
desaceleração repentina do veículo, 
 limitando o deslocamento do corpo da criança com idade até sete anos 
e meio. 
 
Veja, na tabela a seguir, os dispositivos exigidos conforme cada faixa etária, 
peso e altura: 
I - “bebê conforto ou conversível” (Figura 1), 
para as seguintes condições:a) crianças com até um ano de idade; ou 
 b) crianças com peso de até 13 kg, conforme 
limite máximo definido pelo fabricante do 
dispositivo 
 
D
is
p
o
s
it
iv
o
 d
e
 r
e
te
n
ç
ã
o
conjunto de 
elementos que 
contém uma 
combinação de
tiras com fechos de travamento
dispositivo de ajuste
partes de fixação
em certos casos, dispositivos que 
devem ser fixados ao veículo, 
mediante a utilização dos cintos de 
segurança ou outro equipamento 
apropriado instalado pelo fabricante 
do veículo com tal finalidade
berço portátil 
porta-bebê
cadeirinha auxiliar 
proteção anti-
choque
Finalidade de reduzir o risco ao 
usuário em casos de
colisão
desaceleração 
repentina
limitando o deslocamento do corpo da criança com idade até sete anos e 
meio. 
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31 
 
II - “cadeirinha” (Figura 2), para as seguintes 
condições: 
a) crianças com idade superior a um ano e 
inferior ou igual a quatro anos; ou 
b) crianças com peso entre 9 a 18 kg, conforme 
limite máximo definido pelo fabricante do 
dispositivo 
 
III - “assento de elevação” (Figura 3), para as 
seguintes condições: 
a) crianças com idade superior a quatro anos e 
inferior ou igual a sete anos e meio; ou 
b) crianças com até 1,45 m de altura e peso 
entre 15 a 36 kg, conforme limite máximo 
definido pelo fabricante do dispositivo 
 
IV - cinto de segurança do veículo (Figura 4), 
para as seguintes condições: 
a) crianças com idade superior a sete anos e 
meio e inferior ou igual a dez anos; ou 
b) crianças com altura superior a 1,45m 
 
 
 
3.3. Exceções 
3.3.1. Exceção para o sistema de retenção 
As exigências relativas ao sistema de retenção, no transporte de crianças com 
até sete anos e meio de idade, NÃO se aplicam a veículos de: 
 transporte coletivo de passageiros; 
 categoria aluguel; 
 transporte remunerado individual de passageiros, durante a efetiva 
prestação do serviço; 
 escolares; 
 demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 t. 
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32 
 
 
 
Excepcionalmente, as crianças com idade 
superior a quatro anos e inferior a sete anos e 
meio podem ser transportadas utilizando cinto 
de segurança de dois pontos sem o dispositivo 
denominado 'assento de elevação', nos bancos traseiros, quando o veículo for 
dotado originalmente destes cintos. 
Nestes casos, o transporte da criança ainda será no banco traseiro, exceto se 
ocorrer alguma das hipóteses que veremos abaixo. 
 
3.3.2. Exceção quanto ao uso do banco de trás 
O transporte de criança com idade inferior a dez anos pode ser realizado no 
banco dianteiro do veículo, com o uso do dispositivo de retenção adequado ao 
seu peso e altura, nas seguintes situações: 
 quando o veículo for dotado exclusivamente deste banco 
 quando a quantidade de crianças com esta idade exceder a lotação do 
banco traseiro; ou 
 quando o veículo for dotado originalmente (fabricado) de cintos de 
segurança subabdominais (dois pontos) nos bancos traseiros; ou 
 Iquando a criança já tiver atingido 1,45m de altura. 
 
NÃO se exige sistema de rentenção no transporte de crianças DE até 7 anos e meio de 
idade nos veículos de 
transporte 
coletivo de 
passageiros;
categoria 
aluguel;
transporte 
remunerado 
individual de 
passageiros, 
durante a 
efetiva 
prestação do 
serviço;
escolares;
demais 
veículos com 
peso bruto 
total superior 
a 3,5 t. 
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3.3.2.1. Regras sobre Airbag 
Nos veículos equipados com dispositivo suplementar de retenção (airbag), para 
o passageiro do banco dianteiro, o transporte de crianças com até dez anos de 
idade neste banco, conforme vimos acima, pode ser realizado desde que 
utilizado o dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura e observados 
os seguintes requisitos: 
I - é vedado o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, em 
dispositivo de retenção posicionado em sentido contrário ao da marcha do 
veículo; 
II - é permitido o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade, 
em dispositivo de retenção posicionado no sentido de marcha do veículo, 
desde que não possua bandeja, ou acessório equivalente, incorporado ao 
dispositivo de retenção; e 
III - salvo instruções específicas do fabricante do veículo, o banco do 
passageiro dotado de airbag deve ser ajustado em sua última posição de 
recuo, quando ocorrer o transporte de crianças neste banco. 
 
Crianças no banco da 
frente
Com dispositivo de 
retenção
o veículo só tem os bancos dianteiros 
o número de crianças transportadas é 
superior à capacidade do banco traseiro
o veículo tem, de fábrica, cintos de dois 
pontos no bancos de trás
a criança já tem 1,45m de altura
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34 
 
 
3.4. Prescrições dos Fabricantes 
Com a finalidade de ampliar a segurança dos ocupantes, adicionalmente às 
prescrições desta Resolução, o fabricante ou o importador do veículo pode 
estabelecer condições e/ou restrições específicas para o uso do dispositivo de 
retenção para crianças com até sete anos e meio de idade em seus veículos, 
sendo que tais prescrições devem constar do manual do proprietário. 
O fabricante ou importador deve comunicar a restrição ao órgão máximo 
executivo de trânsito da União no requerimento de concessão da 
marca/modelo/versão e do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito 
(CAT). 
Os manuais dos veículos automotores devem conter informações a respeito dos 
cuidados no transporte de crianças, da necessidade de dispositivos de retenção 
e da importância de seu uso. 
 
3.5. Infração 
O transporte de crianças em desatendimento ao disposto na Resolução sujeitará 
os infratores às sanções do artigo 168 do CTB: 
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância das 
normas de segurança especiais estabelecidas neste Código: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja 
sanada. 
 
Criança 
transportada no 
banco dianteiro 
com air bag
VEDADO dispositivo de retenção 
em sentido contrário ao da 
marcha do veículo
PERMITIDO dispositivo de 
retenção 
no sentido de 
marcha do veículo
desde que não 
possua bandeja, ou 
acessório 
equivalente
O banco DEVERÁ ser ajustado na 
última posição de recuo
salvo instruções do 
fabricante
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Cadeirinha salva vida de bebê de um ano em acidente no Paraná 
Situação de risco: PRF na Bahia flagra criança e adolescente sendo transportadas em 
veículo por um indivíduo que não tinha relação de parentesco ou de representação 
legal 
Criança de 3 anos viajava ao lado de 250 quilos de maconha 
 
 
 
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https://www.gov.br/prf/pt-br/noticias/estaduais/parana/2021/outubro/cadeirinha-salva-vida-de-bebe-de-um-ano-em-acidente-no-parana
https://www.gov.br/prf/pt-br/noticias/noticias-2020/dezembro/situacao-de-risco-prf-na-bahia-flagra-crianca-e-adolescente-sendo-transportadas-em-veiculo-por-um-individuo-que-nao-tinha-relacao-de-parentesco-ou-de-representacao-legal
https://www.gov.br/prf/pt-br/noticias/noticias-2020/dezembro/situacao-de-risco-prf-na-bahia-flagra-crianca-e-adolescente-sendo-transportadas-em-veiculo-por-um-individuo-que-nao-tinha-relacao-de-parentesco-ou-de-representacao-legal
https://www.gov.br/prf/pt-br/noticias/noticias-2020/dezembro/situacao-de-risco-prf-na-bahia-flagra-crianca-e-adolescente-sendo-transportadas-em-veiculo-por-um-individuo-que-nao-tinha-relacao-de-parentesco-ou-de-representacao-legal
https://www.gov.br/prf/pt-br/noticias/estaduais/santa-catarina/crianca-de-3-anos-viajava-ao-lado-de-250-quilos-de-maconha
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Res. 870/2021 
 
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4. RES. 870/2021 – PNATRANS 
Esta Resolução dispõe sobre o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões 
no Trânsito (PNATRANS), instituído pela Lei nº 13.614, de 11 de janeiro de 2018. 
4.1. Pilares 
O PNATRANS está estruturado em 6 (seis) pilares: 
 
4.2. Sistema Seguro de Visão Zero 
O PNATRANS está alinhado com as abordagens de Sistema Seguro e de Visão 
Zero. 
Entende-se por Sistema Seguro e Visão Zero a premissa básica de que o erro 
humano é inevitável, mas as mortes e ferimentos graves no trânsito não são, 
com base na compreensão mais profunda das causas das fatalidades e das 
lesões e com o objetivo de zerar o número de mortos e feridos graves no trânsito. 
 
Do texto do PNATRANs, extraímos: 
As abordagens de Sistema Seguro e Visão Zero reconhecem a segurança 
no trânsito como resultado da inter-relação de diversos componentes que 
formam um sistema. As dinâmicas nas ruas são influenciadas pela interação 
de diferentes variáveis: instituições, leis, regulamentos, usos do solo, 
infraestrutura, veículos e as pessoas – ou usuários da via. Esse sistema 
interfere na maneira como as pessoas se deslocam e influencia seus 
comportamentos – e, consequentemente, seu nível de exposição ao risco de 
uma colisão. 
As evidências mostram que países, regiões e cidades que adotaram os 
princípios de Sistema Seguro em vez de uma abordagem tradicional de 
gestão da segurança viária tiveram resultados mais expressivos. Além disso, 
um sistema de mobilidade com alto grau de segurança gera benefícios 
sociais mais amplos, já que seus impactos trazem outras externalidades 
positivas em termos de saúde pública, acessibilidade, atividade física, 
qualidade do ar e sustentabilidade ambiental. A Tabela 2 apresenta a 
diferença dos paradigmas de uma abordagem tradicional para tratar a 
segurança viária em comparação aos Sistema Seguro 
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A elaboração de uma estratégia abrangente para a redução de mortes e 
lesões graves no trânsito, como o PNATRANS, é essencial para a 
institucionalização do tema e para o cumprimento das metas locais e globais 
de segurança viária. A institucionalização tem papel central em termos de 
engajamento político, da comunidade técnica e da sociedade. Como 
apresentado na tabela anterior, o engajamento é inclusive uma das 
mudanças de paradigma a serem implementadas com adoção da 
abordagem de Sistemas Seguros, na qual foi embasada a revisão deste 
plano. O problema só será endereçado de forma adequada quando os 
diferentes grupos da população compreenderem sua dimensão e impacto e, 
a partir daí, reivindicarem mais segurança no trânsito. 
 
 
4.2.1. Princípios 
São princípios de um sistema seguro de mobilidade: 
 nenhuma morte no trânsito é aceitável; 
 os seres humanos cometem erros; 
 os seres humanos são vulneráveis a lesões no trânsito; 
 a responsabilidade por evitar feridos e mortos no trânsito é compartilhada 
por quem projeta, constrói, gerencia, fiscaliza e usa as vias e os veículos 
e pelos agentes responsáveis pelo atendimento às vítimas, dentro de 
suas competências legais; e 
 a gestão da segurança no trânsito é integrada e proativa. 
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4.3. Ações 
As ações do PNATRANS abordam as conexões da segurança no trânsito com: 
 
 
As ações do PNATRANS integram o Programa Nacional de Trânsito de que trata 
a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito 
Brasileiro (CTB) 
 
saúde desenvolvimento educação
equidade igualdade de gênero cidades sustentáveis
meio ambiente mudança climática
proporcionam o 
estabelecimento de 
interfaces com os 
Objetivos do 
Desenvolvimento 
Sustentável (ODS). 
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40 
 
4.4. Introdução 
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) foi 
criado pela Lei nº 13.614, de 11 de janeiro de 2018, que acrescenta o art. 326-A 
ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e propõe um novo desafio para a gestão 
de trânsito no Brasil e para os órgãos integrantes do Sistema Nacional de 
Trânsito. 
A meta do PNATRANS é, no período de dez anos, reduzir no mínimo à metade 
o índice nacional de mortos no trânsito por grupo de veículos e o índice nacional 
de mortos no trânsito por grupo de habitantes, ambos apurados no ano da 
entrada em vigor da Lei nº 13.614, de 2018. 
As metas de redução do índice de mortos no trânsito, fixadas pelo Conselho 
Nacional de Trânsito (CONTRAN) para cada um dos estados da Federação e 
para o Distrito Federal, a partir das propostas dos Conselhos Estaduais de 
Trânsito (CETRAN), do Conselho de Trânsito do Distrito Federal 
(CONTRANDIFE) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no âmbito das 
respectivas circunscrições, garantem que todos sejam chamados a contribuir. 
Desse grupo, fazem parte também cidadãos e cidadãs, que de forma direta ou 
indireta podem participar dos processos de participação social criados para 
discutir o tema, conforme preveem o CTB e a Agenda Regulatória da Secretaria 
Nacional de Trânsito (SENATRAN), bem como diversos outros setores da 
sociedade. O Plano se junta às ações positivas já existentes em prol da 
segurança no trânsito, porém dá um passo adiante ao propor iniciativas pautadas 
em seis pilares fundamentais para o desenvolvimento das propostas, permitindo 
que a questão seja abordada em suas diversas vertentes, a saber: 
Pilar 1: Gestão da Segurança no Trânsito; 
Pilar 2: Vias Seguras; 
Pilar 3: Segurança Veicular; 
Pilar 4: Educação para o Trânsito; 
Pilar 5: Atendimento às Vítimas; e 
Pilar 6: Normatização e Fiscalização. 
Por se tratar de um plano dinâmico, o PNATRANS, ora revisado, traz um olhar 
integral e atualizado sobre a segurança do trânsito. O documento prevê revisões 
periódicas, com a instituição de metas e indicadores para todos os produtos 
propostos, cada um sob responsabilidade de um órgão ou entidade predefinido, 
e monitoramento minucioso, por meio da instituição de Câmara Temática do 
CONTRAN específica para a gestão e a coordenação do Plano. 
Com essas modificações, esperase que o planejamento seja mais bem 
executado e que as ações previstas sejam implementadas e acompanhadas de 
forma efetiva e alinhadas com a abordagem de Sistema Seguro e Visão Zero. 
Por fim, o PNATRANS fortalece o cumprimento da legislação de trânsito no país 
e estabelece, de forma significativa, a consecução dos objetivos propostos, 
alinhados à nova Década de Ação pela Segurança no Trânsito proclamada pela 
Organização das Nações Unidas (ONU). 
 
4.5. Metas e propostas 
A meta do PNATRANS é, no período de 10 (dez) anos, reduzir no mínimo à 
metade o índice nacional de mortos no trânsito por 10.000 (dez mil) veículos e o 
índice nacional de mortos no trânsito por 100.000 (cem mil) habitantes, apurados 
no ano da entrada em vigor da Lei nº 13.614, de 2018. 
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41 
 
 
O CONTRAN deve fixar metas anuais para cada estado e para o Distrito Federal, 
mediante propostas fundamentadas dos CETRAN, do CONTRANDIFE e da 
PRF, no âmbito das respectivas circunscrições. 
Essas propostas devem ser encaminhadas até 1º de agosto de cada ano e 
devem conter relatório analítico a respeito do cumprimento das metas fixadas 
para o ano anterior e de exposição de ações, projetos ou programas, com os 
respectivos orçamentos, por meio dos quais se pretende cumprir as metas 
propostas para o ano seguinte. 
Antes de submeterem as propostas ao CONTRAN, os CETRAN, o 
CONTRANDIFE e a PRF devem realizar consulta ou audiência pública para 
manifestação da sociedade sobre as metas a serem propostas. 
 
Será admitida a tolerância de 0,5% (meio ponto percentual) da meta apurada para 
cada ano avaliado. 
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As metas podem ser revisadas peloCONTRAN a cada ano, a partir da obtenção 
dos dados estatísticos sobre mortalidade no trânsito coletados, tratados e 
consolidados pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de 
Trânsito. 
 
4.6. Execução 
O PNATRANS deve ser executado pelos órgãos integrantes do Sistema 
Nacional de Trânsito no período de 2021 a 2030, alinhado à nova Década de 
Ação para a Segurança no Trânsito proclamada pela Organização das Nações 
Unidas (ONU). 
A partir de 2028, a avaliação do cumprimento das metas do PNATRANS passa 
a ser realizada conforme proposto pela ONU, observadas as disposições da 
legislação nacional. 
 
4.7. Coordenação 
A coordenação do PNATRANS será exercida por meio de Câmara Temática a 
ser criada pelo CONTRAN. 
 
4.8. SENATRAN 
O órgão máximo executivo de trânsito da União deve auxiliar os representantes 
dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito na aplicação do modelo 
de ações e projetos definido no Anexo da Resolução. 
 
4.9. Revisão do Plano 
O PNATRANS deve ser revisado periodicamente a cada 2 (dois) anos, com início 
em 2023, podendo ser estabelecidas revisões extraordinárias, se necessário. 
 
 
4.10. Exemplos de Ações da PRF 
As ações de cada órgão estão listadas de forma bastante específica no Anexo 
do PNATRANS. Trouxe aqui um exemplo de ação a ser desenvolvida pela PRF 
dentro de cada um dos pilares, para que você possa começar a entender como 
o plano funciona. 
Antes, uma breve explanação sobre como funcionam as divisões dos pilares: 
Os itens a seguir apresentam cada um dos pilares, bem como seus objetivos 
e visões, Plano de ações alinhados aos princípios e diretrizes da abordagem 
de Sistema Seguro, garantindo a prioridade aos usuários mais vulneráveis – 
pedestres, ciclistas e motociclistas, conforme estabelecido pela Política 
Nacional de Mobilidade Urbana e pelo Código de Trânsito Brasileiro – e a 
participação da sociedade. São apresentadas também as iniciativas que 
compõem cada pilar com uma breve descrição de propósito. Eventualmente, 
as iniciativas podem ser divididas em subiniciativas, para melhor 
compreensão. Por fim, tem-se o detalhamento das ações de cada pilar com 
seus respectivos produtos, indicadores e metas. 
 
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Pilar
Iniciativa
Ação
Produtos, 
indicadores e 
metas
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4.10.1. Pilar 1: Gestão da Segurança no Trânsito 
 
4.10.2. Pilar 2: Vias Seguras 
 
 
4.10.3. Pilar 3: Segurança Veicular 
Este pilar não tem nenhum órgão de fiscalização como responsável pelas ações 
desenvolvidas, as quais são de responsabilidade, principalmente, do CONTRAN 
e da SENATRAN. 
 
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4.10.4. Pilar 4: Educação para o Trânsito 
 
4.10.5. Pilar 5: Atendimento às Vítimas 
 
 
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4.10.6. Pilar 6: Normatização e Fiscalização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A leitura do PNATRANs é didática e intuitiva. Acreditamos que sua importância reside 
especialmente na sua porção inicial, para fazer você entender as premissas que 
fundamentam a atual visão de políticas públicas de trânsito nas diversas áreas 
abrangidas. Faça a leitura do documento aqui, ou acesse-o na sua área do aluno. O 
PNATRANs contém, ainda, informações valiosas para incrementar as respostas às 
questões discursivas. 
 
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https://escola.detran.rs.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/PNATRANS.pdf
 
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Res. 871/2021 
 
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5. RES. 871/2021 - CAMPANHA EDUCATIVA DE TRÂNSITO DE 
2022 
 
Esta Resolução estabelece os temas e o cronograma das campanhas 
educativas de trânsito a serem realizadas de janeiro a dezembro de 2022, bem 
como a mensagem educativa de trânsito a ser utilizada nacionalmente em todas 
as peças publicitárias destinadas à divulgação ou promoção, nos meios de 
comunicação social, de produtos oriundos da indústria automobilística ou afins. 
As Campanhas Educativas de Trânsito de 2022 terão como mensagem 
"JUNTOS SALVAMOS VIDAS" que deverá ser promovida pelos órgãos e 
entidades do Sistema Nacional de Trânsito. 
Esta mensagem deverá ser veiculada obrigatoriamente nos meios de 
comunicação social em toda peça publicitária destinada à divulgação ou 
promoção de produtos oriundos da indústria automobilística ou afins, conforme 
orientação do CONTRAN. 
O Anexo da R871 traz um cronograma sugestivo acerca das ações a serem 
trabalhadas pelos órgãos de trânsito durante cada mês do ano, que é 
interessante para fins de visualizar como os órgãos se organizam, mas não 
necessita ser memorizada. 
 
 
 
 
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https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito-antigo/conteudo-contran/resolucoes/Resolucao8712021.pdf
 
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Res. 882/2021 
 
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6. RES. 882/2021 - PESOS, DIMENSÕES, AET 
A R882 revogou diversas resoluções que tratavam dos assuntos relativos a peso 
e dimensões, consolidando-as, como a 210, 211, 290, 520 e 803. 
Esta Resolução estabelece os limites de pesos e dimensões para veículos que 
transitem por vias terrestres, referenda a Deliberação CONTRAN nº 246, de 25 
de novembro de 2021, e dá outras providências. 
Vejamos o lastro dessa Resolução no CTB: 
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e 
dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo CONTRAN. 
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela 
verificação de documento fiscal, na forma estabelecida pelo CONTRAN. 
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total e peso 
bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias, quando aferido 
por equipamento, na forma estabelecida pelo CONTRAN. 
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem de veículos 
serão aferidos de acordo com a metodologia e na periodicidade 
estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade de metrologia 
legal. 
 
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá transitar com 
lotação de passageiros, com peso bruto total, ou com peso bruto total 
combinado com peso por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem 
ultrapassar a capacidade máxima de tração da unidade tratora. 
 
Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no transporte 
de carga que não se enquadre nos limites de peso e dimensões 
estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com 
circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, 
válida para cada viagem ou por período, atendidas as medidas de segurança 
consideradas necessárias, conforme regulamentação do Contran. (Redação 
dada pela Lei nº 14.071, de 2020) 
 
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros 
deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua tara, 
do peso bruto total (PBT), do peso bruto total combinado (PBTC) ou 
capacidade máxima de tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em 
desacordo com sua classificação. 
 
Art. 231. Transitar com o veículo:[...] 
V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância quando aferido 
por equipamento, na forma a ser estabelecida pelo CONTRAN: [...] 
X - excedendo a capacidade máxima de tração: 
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre o excesso de 
peso apurado e a capacidade máxima de tração, a ser regulamentada pelo 
CONTRAN; [...] 
 
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Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a metodologia de 
aferição de peso de

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