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Tecido epitelial

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE 
PERNAMBUCO 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE 
DE PERNAMBUCO 
DISCIPLINA: Histologia e Embriologia 
Veterinária I 
NOME: Jayne Heloisa de Albuquerque Costa 
 Resumo: 6º aula- tecido epitelial 
O que é tecido? 
São aglomerados de células que desempenham 
uma função específica. 
Os quatro tecidos básicos são: 
• Epitelial 
• Conjuntivo 
• Muscular 
• Nervoso 
 
Tecido epitelial 
é caracterizado por células justapostas, sem 
vascularização, que revestem as superfícies 
externas e as cavidades internas, além dos tubos 
corporais. O epitélio também forma a porção 
secretora e os ductos das glândulas e podem se 
diferenciar em sensores para olfato, paladar, 
audição e visão. 
Definição 
• Epitélio – do grego Theleo (tecido que 
cresce), Epi (sobre o outro) 
• Tecido caracterizado por alta densidade 
celular, com espaço intercelular muito 
reduzido e ausência de suprimento 
vascular direto. 
• Associado ao tecido conjuntivo e fixado a 
ele através da membrana basal 
Principais características 
• Orientação Polar – um lado voltado para o 
lúmen (ápice) e o outro oposto fixado a 
outro tecido (base) 
• Classificação de acordo com o número de 
camadas de células e o formato das células 
da camada mais superficial 
• Muito pouco espaço extracelular 
• Pode ter modificações apicais bem 
desenvolvidas 
• Aderem firmemente umas às outras por 
meio de junções intercelulares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso dos epitélios que revestem as cavidades 
de órgãos ocos (principalmente nos sistemas 
digestório, respiratório e urinário), essa camada de 
tecido conjuntivo recebe o nome de lâmina 
própria. A porção da célula epitelial voltada para o 
tecido conjuntivo é denominada porção basal ou 
polo basal, enquanto a extremidade oposta, 
geralmente voltada para uma cavidade ou espaço, 
é denominada porção apical ou polo apical; a 
superfície desta última região é chamada 
superfície livre. As superfícies de células epiteliais 
que confrontam células adjacentes são 
denominadas superfícies laterais. Essas superfícies 
normalmente se continuam com a superfície que 
forma a base das células, sendo então 
denominadas superfícies basolaterais. 
Funções 
• Proteção das superfícies externas e 
orifícios do corpo 
• Absorção e secreção de materiais 
• Transporte superficial de substâncias 
através de cílios 
• Recepção sensorial (gustação ou olfação) 
• Secreção 
Origem 
Os epitélios são originados dos três folhetos 
embrionários: ectoderma, mesoderma e 
endoderma. 
Membrana basal 
A membrana basal foi inicialmente reconhecida 
em microscopia ótica como uma camada sem 
forma e densa localizada na base dos epitélios. Em 
algumas amostras pode ser observada com a 
coloração HE, porém fica mais evidente se usado 
o PAS (ácido periódico de Schiff), que tem 
afinidade por moléculas de açúcar de 
proteoglicanas, presente na membrana basal, e 
resulta em uma coloração magenta. 
O que é? 
Camada situada entre o epitélio e tecido 
conjuntivo 
Visível ao Microscópio de luz através de técnicas 
especiais 
 
Funções 
• Aderência: epitélio- tecido conjuntivo 
• Barreira de filtração seletiva 
• Plataforma, durante a embriogênese e 
regeneração 
 Lâmina basal 
É uma estrutura na superfície de contato entre as 
células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente. 
Ela contém cerca de 50 proteínas que podem ser 
classificadas em quatro grupos: colágenos, 
lamininas, glicoproteínas e proteoglicanos. As 
funções que desempenha, além da inserção 
estrutural, são compartimentalização, filtração, 
esqueleto tecidual, regulação e sinalização. 
Constituição: 
• Colágeno 
• Lamininas 
• Glicoproteínas 
• Proteoglicanas 
Funções 
• Papel Estrutural 
• Filtração de moléculas 
• Influenciar a polaridade das células 
• Regular a proliferação e a diferenciação 
celular 
• Influir no metabolismo celular 
• Organizar as proteínas nas membranas 
plasmáticas 
• Suporte para migração das células 
Tecido epitelial de revestimento 
A camada de células epiteliais de revestimento 
separa o meio externo, cavidades internas ou 
tecido conjuntivo líquido do tecido conjuntivo 
subjacente e funciona como uma barreira seletiva, 
que facilita ou inibe a passagem de substâncias 
específicas. 
O epitélio é classificado de acordo com o número 
de camadas de células e o formato das células 
superficiais. 
Simples: se apresenta uma só camada de células 
Estratificado: se tem duas ou mais camadas 
As células superficiais podem ser pavimentosas, 
quando a largura é maior que a altura. 
Cúbicas, quando a largura, altura e profundidade 
são aproximadamente as mesmas. 
Colunar, quando a altura da célula é maior que a 
largura. 
Os epitélios podem ser classificados também em 
pseudoestratificado, parece estratificado, porém 
todas as células estão associadas a membrana 
basal, ou de transição, presente no trato urinário 
inferior. 
Forma das células epiteliais 
A forma das células pode ser definida a partir da 
forma de seu núcleo 
• células pavimentosas → núcleos achatados 
• células cúbicas → núcleos esféricos 
• células colunares → núcleos elípticos 
Especializações do tecido epitelial de 
revestimento 
As apicais podem ser microvilosidades, 
estereocílios, cílios e glicocálix. As laterais podem 
ser zônulas de oclusão, de adesão, desmossomos e 
junção comunicantes. As basais podem ser 
hemidesmossomos- atuam na aderência das 
células epiteliais a lâmina basal subjacente. 
Especializações 
• Microvilosidades 
• Glicocálix (glicoproteínas) 
• Estereocílios 
• Cílios (móveis) 
Comunicações Celulares 
• Zônula de oclusão- As zônulas de oclusão 
são junções de oclusão em que há fusão 
entre os folhetos externos das duas 
membranas das células que participam da 
junção, evitando que o material tome a rota 
paracelular para trafegar entre o tecido 
conjuntivo e o lúmen. Elas se estenderem 
ao longo de toda a circunferência da 
célula. 
• Zônula de adesão- As zónulas de adesão 
estão localizadas logo após as zónulas de 
oclusão, em posição mais basal a elas: 
distinguem-se pela existência das E-
caderinas, que são glicoproteínas 
transmembrana. Filamentos de actina 
intracelulares formam uma trama e se 
prender às E-caderinas por meio de outras 
moléculas 
• Desmossomo- A sua função é manter as 
células unidas umas às outras. As células 
do tecido epitelial unem-se através de 
especializações da membrana, chamadas 
de junções celulares. 
• Junção Comunicante- As junções 
comunicantes são uma ligação intercelular 
especializada entre uma multiplicidade de 
tipos de células. Elas conectam 
diretamente os citoplasmas de duas 
células, o que permite que várias 
moléculas, íons e impulsos elétricos 
passem diretamente através de um portão 
regulamentada entre as células. 
 
 
Adesão- regiões que unem células vizinhas por 
meio de substâncias intercelulares adesivas, 
causando aderência sem que haja contato entre as 
membranas plasmáticas. 
Oclusão- Uma de suas funções é a obstrução do 
espaço extracelular, impedindo o trânsito de 
substâncias por entre as células em união. 
Tecido epitelial glandular 
As glândulas podem ser classificadas como 
exócrinas e endócrinas. 
 As primeiras secretam seus produtos na superfície 
do tecido, enquanto as segundas secretam os 
hormônios produzidos na corrente sanguínea. 
O epitélio glandular está constituído por células 
isoladas ou grupamentos de células formando 
estruturas individualizadas, denominadas de 
glândulas, cuja função é a secreção. Entende-se 
por secreção a produção e a liberação pelas células 
de um fluido contendo substâncias como muco, 
enzimas ou um hormônio. 
Formação das glândulas 
As glândulas são formadas a partir do tecido 
epitelial de revestimento. Elas podem continuar 
com ligação a esse epitélio ou não, sendo 
denominadas de exócrinas,quando mantém o 
ducto, ou endócrinas, quando se separam do 
tecido original. 
Glândulas - Principais Características 
• Função secretora 
• Células com organelas altamente 
polarizadas 
• Classificadas de acordo: 
✓ Número de células 
✓ Modo de secreção 
 ✓ Secreção no lúmen (espaço livre) ou 
dentro do vaso 
✓ Ducto único ou múltiplo 
✓ Forma da porção secretora 
 ✓ Tipo de secreção 
Número de células 
As glândulas exócrinas podem ser unicelulares ou 
multicelulares. As multicelulares formam 
invaginações a partir da superfície e a sua porção 
terminal contém as células secretoras. A porção 
que liga essas células à superfície é denominada 
de ducto. 
Modos de Secreção 
As glândulas exócrinas apresentam mecanismos 
de liberação diferentes. Algumas células possuem 
vesículas contendo o produto de secreção e 
liberam o mesmo por exocitose, esse mecanismo é 
conhecido como secreção merócrina. Outras 
liberam o produto de secreção envoltos em 
membrana plasmática na secreção apócrina. 
Outras ainda liberam o produto de secreção junto 
com os resíduos celulares para dentro da glândula, 
essa é a secreção holócrina. 
 
 
Forma dos ductos e da porção secretora 
O ducto pode ser ou não ramificado, a glândula é 
denominada de composta ou simples, 
respectivamente. Se a porção secretora tem a 
forma de um tubo, a glândula é denominada 
tubular, se a forma for de um frasco, é chamada 
acinosa, se o tubo termina em dilatação sacular, 
tubuloalveolar. As porções secretoras tubulares 
podem ser retas, ramificadas ou espiraladas, as 
alveolares podem ser únicas ou ramificadas. 
 
Tipos de Secreção 
As glândulas ainda são classificadas como 
mucosas ou serosas. As secreções mucosas são 
viscosas enquanto as serosas são aquosas. As 
primeiras produzem secreção com alta 
glicosilação das proteínas e as segundas não. 
Células mioepiteliais 
 Muitas glândulas endócrinas possuem células 
diferenciadas fusiformes que envolvem a parte 
secretora da glândula. Essas células contêm 
muitos filamentos de actina e miosina, além de 
queratina. A sua função é de contrair-se e ajudar a 
impelir os produtos de secreção para o exterior.

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