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Politica Nacional de Assistencia Social

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Tema: POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
SERVIÇO SOCIALSERVIÇO SOCIAL
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Curso sobre Serviço Social
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Andréia Zanluca
Denise da Silva Vieira
Joelma Bonetti
Juliana Maria Lazzarini
Marines Selau Lopes
Silvana Braz Wegrzynovski
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Maitê Karly Roeder
Revisão:
Harry Wiese
Marcelo Bucci
Nélson Dellagiustina
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1POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
EMENTA
O Sistema Único de Assistência Social (os níveis de proteção, gestão 
e conselhos). A NOB / SUAS – NOB/RH/SUAS. A Tipifi cação Nacional dos 
Serviços Socioassistenciais. O Plano Brasil sem Miséria. O Benefício da 
Prestação Continuada – BPC. Defi nição de Termologias utilizadas na Política 
de Assistência Social.
1 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS 
Por: Denise da Silva Vieira
FIGURA 1 – SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 8 
maio 2013.
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2 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Caro(a) acadêmico(a)! Você já ouviu falar sobre SUAS? Esperamos que 
sim.
Agora vamos nos lembrar de alguns detalhes importantes.
Vejamos:
Conforme Brasil (2005a), a IV Conferência Nacional de Assistência 
Social foi realizada em dezembro 2003, em Brasília/DF, que apontou como 
principal deliberação a construção e implementação do SISTEMA ÚNICO DE 
ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS, que é requisito essencial da Lei Orgânica de 
Assistência Social – LOAS – para dar efetividade à assistência social como 
política pública.
Mas, então o que é o SUAS?
No que tange ao SUAS, devemos compreender que:
O SUAS é um sistema público não contributivo, descentralizado e 
participativo que tem por FUNÇÃO a gestão do conteúdo específi co da 
assistência social no campo da proteção brasileira. (BRASIL, 2005a, p. 86 – 
grifos nossos).
E qual é o seu objetivo?
O OBJETIVO do SUAS, conforme BRASIL (2005a), é assegurar a 
concretude dos preceitos da LOAS e integrar o governo federal com os 
estaduais e municipais em uma ação pública comum de garantia de direitos.
Compreenderam?
Esperamos que sim.
Continuando nossos estudos, agora vamos compreender um pouco mais 
sobre os tipos e níveis de gestão do SUAS.
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3POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
1.1 TIPOS E NÍVEIS DE GESTÃO DO SUAS
Agora, prezado(a) acadêmico(a), vamos conhecer em detalhes os tipos 
e níveis de GESTÃO do SUAS.
O SUAS comporta quatro tipos de gestão:
Conforme BRASIL (2005a), a Gestão dos Municípios pode ser 
compreendida em inicial, básica e plena.
Vejamos cada uma delas:
INICIAL: Aos municípios que não se habilitam na gestão plena e básica. 
BÁSICA: Nível em que o município assume a proteção básica.
PLENA: Nível em que o município tem a gestão total das ações de 
assistência social, assumindo a responsabilidade de organizar a proteção 
social básica e especial em seu município.
Município de Pequeno Porte I: Mínimo 1 CRAS, para até 2.500 famílias 
referenciadas.
Município de Pequeno Porte II: Mínimo 1 CRAS, para até 3.500 famílias 
referenciadas.
Município de Médio Porte: Mínimo 2 CRAS, cada um para até 5.000 famílias 
referenciadas.
Município de Grande Porte: Mínimo 4 CRAS, cada um para até 5.000 
famílias referenciadas.
Metrópoles: Mínimo 8 CRAS, cada um para até 5.000 famílias referenciadas.
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4 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
OBS.: CRAS – Centro de referência de assistência social.
Instrumentos de Gestão: são ferramentas de planejamento técnico e 
fi nanceiro da política e do SUAS, nas três esferas de governo, tendo como 
parâmetro o diagnóstico social e os eixos de proteção social, básica e 
especial, sendo eles: plano de assistência social, orçamento, monitoramento, 
avaliação e gestão da informação, relatório anual de gestão.
Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação: 
Articulação: são espaços de participação aberta, constituídos por 
organizações governamentais e não governamentais. 
Pactuação: são negociações estabelecidas com a anuência das esferas de 
governo envolvidas, no que tange à operacionalização da política não 
pressupondo processo de votação nem tão pouco de deliberação. As 
instâncias de negociação e pactuação da assistencia social são as CIB e CIT.
CIB: Comissão Intergestoras Bipartite: representantes do estado e dos 
municípios, são instâncias com particularidades diferenciadas e não 
substituem o papel do gestor.
CIT: Comissão Intergestores Tripartite: é um espaço de articulação entre 
os gestores federal, estaduais e municipais, pactuam estratégias para 
implementação e operacionalização do SUAS. 
Deliberação: apenas os conselhos podem deliberar, são eles: Conselho 
Nacional de Assistência Social – CNAS; Conselhos Estadual de Assistência 
Social – CEAS; Conselho de Assistência Social do Distrito Federal – CAS/
DF; Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS e conferências de 
assistência social. 
FONTE: BRASIL (2005a)
Entenderam? Esperamos que sim.
Continuando, iremos ver agora a questão da Assistência Social e as 
proteções afi ançadas.
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5POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
1.2 ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS PROTEÇÕES AFIANÇADAS:
Prezado(a) acadêmico(a)! Veja os conceitos de Proteção Social Básica, 
Proteção Social Especial e Proteção Social de Média Complexidade e Alta, 
que são importantíssimos para a sua atuação profi ssional, vejamos: 
Proteção Social BÁSICA: tem como objetivos prevenir situações de 
risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o 
fortalecimento de vínculos familiares e comúnitários. (BRASIL, 2005a, p. 33).
Serviços de proteção básica serão executados de forma direta nos 
Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, que é responsável pelo 
programa de atenção integral às famílias – PAIF.
Proteção Social ESPECIAL: é a modalidade de atendimento assistencial 
destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco 
pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou 
psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimentos de 
medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre 
outras. (BRASIL, 2005a, p. 37).
Proteção Social de MÉDIA COMPLEXIDADE: aquela que oferece 
atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos 
vínculos familiares e comunitário não foram rompidos. (BRASIL, 2005a, p. 38).
 
Ex.: serviço de orientação e apoio familiar; plantão social; abordagem de 
rua; cuidado no domicílio, serviços de habilitação e reabilitação na comunidade 
das pessoas com defi ciência; medidas socioeducativas em meio aberto.
Proteção Social Especial de ALTA COMPLEXIDADE: é aquela que 
garante proteção integral – moradia, alimentação, higienização e trabalho 
protegido para famílias e indivíduosque se encontram sem referências e, ou, 
em situação de ameaça, necessistando ser retirado de seu núcleo famíliar e, ou, 
comunitário. (BRASIL, 2005a, p. 38). 
 
Ex.: atendimento integral institucional; casa lar; república; casa 
de passagem; albergue; família substituta; família acolhedora; medidas 
socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, 
internação provisória e sentenciada), trabalho protegido.
Para compreendermos melhor, vejamos o esquema a seguir:
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6 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Esperamos que você tenha percebido as diferenças entre estes tipos 
de proteção.
Vejamos agora alguns detalhes importantes relativos aos conselhos na 
política de assistência social.
1.3 CONSELHOS 
Caro(a) acadêmico(a)! Vamos conhecer o PAPEL dos conselhos na 
política de assistência social. 
Então, vejamos:
O CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CNAS foi 
instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742, de 
7 de dezembro de 1993), como órgão superior de deliberação colegiada, 
vinculada à estrutura do órgão da Administração Pública Federal, que é 
responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social 
(que atualmente, é o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate 
à Fome), cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm 
mandato de dois anos, permitida uma única recondução por igual período.
O CNAS é composto por 18 (dezoito) membros e respectivos 
suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública 
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7POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência 
Social, de acordo com os critérios seguintes:
I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante 
dos estados e 1 (um) dos municípios. 
II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, entre representantes dos 
usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de 
assistência social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio 
sob a fi scalização do Ministério Público Federal.
As principais COMPETÊNCIAS do Conselho Nacional de Assistência 
Social - CNAS são: 
• aprovar a Política Nacional de Assistência Social; 
• normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza 
pública e privada no campo da assistência social; 
• zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de 
assistência social; 
• convocar ordinariamente a Conferência Nacional de Assistência Social; 
• apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser 
encaminhada pelo órgão da Administração Pública Federal responsável 
pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social; 
• divulgar, no Diário Ofi cial da União, todas as suas decisões, bem como as 
contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos 
pareceres emitidos.
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br/cnas/sobre-o-cnas/quem-somos-e-
como-funcionamos/>. Acesso em: 10 maio 2013.
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8 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Caro(a) acadêmico(a)! Agora vamos relembrar alguns tópicos 
importantes para o estudo:
FONTE: Disponível em: <http://www.crasmeninojesus-saogabriel-rs.blogspot.com>. Acesso 
em: 11 maio 2013.
Assistência Social
Saúde
Previdência Social
Não Contributa
Não Contributa
Contributiva
FIGURA 2 – CRAS
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9POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
PROTEÇÃO SOCIAL: consiste no conjunto de ações, cuidados, atenções, 
benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS. (BRASIL, 2005a, p. 40). 
PRINCÍPIOS: a matricidade sociofamiliar; territorialização; a proteção 
proativa; integração à seguridade social; fi nanciamento; controle social; desafi o 
da participação popular/cidadão usuário; política de recursos humanos; 
informação, o monitoramento e a avaliação. (BRASIL, 2005a, p. 39). 
GARANTIAS: a segurança de acolhida; a segurança social de renda; a 
segurança do convívio ou vivência familiar, comunitária e social; a segurança 
do desenvolvimento da autonomia individual, familiar e social; a segurança de 
sobrevivência a riscos circunstanciais. (BRASIL, 2005a, p. 40). 
VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL: consiste no desenvolvimento da 
capacidade e de meios de gestão assumidos pelo órgão público gestor da 
assistência social para conhecer a presença das formas de vulnerabilidade 
social da população e do território pelo qual é responsável. (BRASIL, 2005a, 
p. 39). 
REDE SOCIOASSISTENCIAL: é um conjunto integrado de ações de iniciativa 
pública e da sociedade, que ofertam e operam benefícios, serviços, programas 
e projetos, o que supõe a articulação entre todas estas unidades de provisão 
de proteção social, sob a hierarquia básica e especial e ainda por níveis de 
complexidade. (BRASIL, 2005a, p. 38). 
 
CRAS: Centro de referência 
da Assistência Social.
CREAS: Centro de 
referência especializado 
da assistência social.
PAIF: É um trabalho de caratér continuado que 
visa a fortalecer a função de proteção das famílias, 
prevenindo a ruptura de laços, promovendo o 
acesso e usufruto de direitos e contribuindo para 
a melhoria da qualidade de vida.
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10 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC E EVENTUAIS 
(NATALIDADE E FUNERAL) = proteção básica, os benefícios, BPC, como 
os eventuais, integram a proteção social básica e devem ser articulados aos 
demais programas e serviços ofertados pelas três esferas de governo dentro 
do SUAS. 
O FUNDO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL criado pela LOAS e 
regulamentado pelo decreto nº 1.605/95, tem o objetivo de fi nanciar o BPC 
e apoiar serviços, programas e projetos da assistência social.
Compreenderam um pouco mais?
Esperamos que sim.
Para concluir este assunto indicamos como sugestão para leitura a obra: 
FIGURA 3 – O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
NO BRASIL SUAS: UMA REALIDADE EM 
MOVIMENTO
FONTE: Disponível em: <http://www.cortezeditora.com.br>. 
Acesso em: 11 maio 2013.
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11POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
2 NORMA OPERACIONAL BÁSICA NOB/SUAS
Por: Denise da Silva Vieira
FIGURA 4 – NORMA OPERACIONAL BÁSICA NOB/SUAS
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 
13 maio 2013.
Caro(a) acadêmico(a)! Você já ouviu falar sobre NOB/SUAS E NOB/RH? 
Agora vamos lembrar alguns detalhes importantes.
Vejamos:
2.1 CARÁTER DA NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SUAS
A Norma Operacional Básica – NOB/SUAS disciplina a gestão pública da política 
de assistência no território brasileiro, exercida no módulo sistêmico pelos 
entes federativos, em consonância com a Constituição da República de 1988, 
a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS e as legislações complementares a 
ela aplicáveis. (BRASIL, 2005b, p. 85).
Seu conteúdo estabelece: caráter do SUAS; funções da política de assistência 
social para extensão da proteção social brasileira; níveis de gestão do SUAS; 
instâncias de articulação, pactuação e deliberação que compõem o processo 
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12 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
democrático de gestão do SUAS; fi nanciamento; regras de transição.
O pacto federativo, que sustenta o conteúdo do SUAS e de sua regulação 
por meio da NOB/SUAS: o conhecimento da realidade municipal, do Distrito 
Federal, estadual e nacional, quanto à presença e à prevenção de riscos e 
vulnerabilidade sociais dapopulação; a distância entre a demanda de proteção 
social em face da rede socioassistencial existente e entre esta e aquela que 
se busca alcançar com a implementação do SUAS; construção gradual de 
metas nos planos municipais, do Distrito Federal, estaduais e federal; o trato 
igualitário e equitativo dos municípios, dos estados e regiões nacionais e das 
microrregiões dos estados; a defesa dos direitos socioassistenciais; padrão de 
fi nanciamento e o controle social.
A NOB/SUAS: é fundada em pacto entre os entes federativos, o que assegura 
a unidade de concepção e de âmbito da política de assitência social em todo 
território nacional, sob o paradigma dos direitos à proteção social pública de 
seguridade social e à defesa da cidadania do usuário. 
2.2 NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE RECURSOS HUMANOS DO SUAS 
NOB-RH/SUAS
Caro(a) acâdemico(a) vejamos agora o conteúdo da NOB/RH, conforme 
nos mostra BRASIL (2006).
A partir do DIAGNÓSTICO realizado na pesquisa, no item Gestão de 
Pessoas na área da Assistência Social em todo o Brasil, a “V Conferência” 
deliberou algumas metas que embasam esta NOB-RH/SUAS. 
Neste sentido, depois de um amplo processo de discussão, 
aprimoramento e contribuições, surgiu a Norma Operacional Básica – NOB/
RH-SUAS.
E, de que trata esta tal de NOB/RH-SUAS?
Vejamos:
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13POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Vamos conhecer a EQUIPE DE REFERÊNCIA que preconiza a NOB/RH/
SUAS.
As equipes de referência são aquelas constituídas por servidores 
efetivos responsáveis pela organização e oferta de serviços, programas, 
projetos e benefícios de proteção social básica e especial, levando-se em 
consideração o número de famílias e indivíduos referenciados, o tipo de 
atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários.
Então, de que trata a proteção social Básica?
A PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA, nada mais é do que a composição de 
uma equipe de referência dos Centros de Referência da Assistência Social 
– CRAS para a prestação de serviços e execução das ações no âmbito da 
Proteção Social Básica nos municípios.
FIGURA 5 – CRAS
FONTE: Disponível em: <http://crasjg.blogspot.com/2012/07/projeto-
-siga-bem-caminhoneiro-do-sbt.html>. Acesso em: 13 maio 2013.
Vejamos agora alguns detalhes específi cos dos CRAS:
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14 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
QUADRO 1 – CENTRO DE REFERÊNCIA SOCIAL - CRAS
CENTRO DE REFERÊNCIA SOCIAL – CRAS
Pequeno Porte I Pequeno Porte II Médio, Grande, Metrópole e DF
Até 2.500 famílias 
referenciadas
Até 3.500 famílias 
referenciadas
A cada 5.000 
famílias 
referenciadas
2 técnicos de nível 
superior, sendo
1 profi ssional 
assistente social e o
outro 
preferencialmente 
psicólogo.
3 técnicos de nível 
superior, sendo
2 profi ssionais assistentes 
sociais
e preferencialmente 
1psicólogo.
4 técnicos de nível 
superior, sendo
2 profi ssionais 
assistentes sociais,
1 psicólogo e um 
profi ssional que 
compõe o SUAS.
2 técnicos de nível 
médio. 3 técnicos nível médio.
4 técnicos de nível 
médio.
FONTE: BRASIL (2006, p. 15)
Deste modo, conforme BRASIL (2006), as equipes de referência 
para os Centros de Referência da Assistência Social – CRAS devem contar 
sempre com um coordenador, devendo o mesmo, independentemente do 
porte do município, ter o seguinte perfi l profi ssional: ser um técnico de nível 
superior, concursado, com experiência em trabalhos comunitários e gestão de 
programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais.
Ok, compreenderam?
Agora iremos ver quais são as características da Proteção Social 
Especial.
A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL, é composta de uma equipe de 
referência para a prestação de serviços e execução das ações no âmbito da 
Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.
De Média Complexidade:
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS – 
é uma unidade pública que se constitui como polo de referência, coordenador 
e articulador da proteção social especial de média complexidade.
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15POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
FIGURA 6 – CREAS
FONTE: Disponível em: <http://creas.tamboril.zip.net/>. Acesso em: 
13 maio 2013.
Vejamos agora alguns detalhes específi cos relativos a esta questão:
QUADRO 2 – DETALHES ESPECÍFICOS
Municípios em Gestão Inicial e 
Básica
Municípios em Gestão Plena e 
Estados com Serviços Regionais
Capacidade de atendimento de 
50 pessoas/indivíduos
Capacidade de atendimento de 80 
pessoas/indivíduos
1 coordenador 1 coordenador;
1 assistente social;
1 psicólogo;
1 advogado;
2 profi ssionais de nível superior 
ou médio (abordagem dos 
usuários);
1 auxiliar administrativo.
1 coordenador 1 coordenador;
2 assistentes sociais;
2 psicólogos;
1 advogado;
4 profi ssionais de nível superior ou 
médio (abordagem dos usuários);
2 auxiliar administrativo.
FONTE: BRASIL (2006, p. 16) 
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16 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
De Alta Complexidade:
1 Atendimento em pequenos grupos (abrigo institucional, casa-lar e casa de 
passagem). Equipe de referência para atendimento direto:
QUADRO 3 – EQUIPE DE ATENDIMENTO EM PEQUENOS GRUPOS
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Coordenador Nível superior ou médio
1 profi ssional referenciado para até 20 
usuários acolhidos em, no máximo, 2 
equipamentos.
Cuidador
Nível médio e 
qualifi cação 
específi ca
1 profi ssional para até 10 usuários, por 
turno.
A quantidade de cuidador por usuário 
deverá ser aumentada quando houver 
usuários que demandem atenção 
específi ca (com defi ciência, com 
necessidades específi cas de saúde, 
pessoas soropositivas, idade inferior 
a um ano, pessoa idosa com grau de 
dependência II ou III, entre outros). Para 
tanto, deverá ser adotada a seguinte 
relação:
a) 1 cuidador para cada 8 usuários, 
quando houver 1 usuário com demandas 
específi cas;
b) 1 cuidador para cada 6 usuários, 
quando houver 2 ou mais usuários com 
demandas específi cas.
Auxiliar de 
Cuidador
Nível fundamental 
e qualifi cação 
específi ca
1 profi ssional para até 10 usuários, 
por turno. A quantidade de cuidador 
por usuário deverá ser aumentada 
quando houver usuários que demandem 
atenção específi ca (com defi ciência, 
com necessidades específi cas de saúde, 
pessoas soropositivas, idade inferior 
a um ano, pessoa idosa com Grau de 
Dependência II ou III, dentre outros).
Para tanto, deverá ser adotada a 
seguinte relação:
a) 1 auxiliar de cuidador para cada 8 
usuários, quando houver 1 usuário com 
demandas específi cas;
b) 1 auxiliar de cuidador para cada 6 
usuários, quando houver 2 ou mais 
usuários com demandas específi cas.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
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17POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Equipe de referência para atendimento psicossocial, vinculada ao 
órgão gestor:
QUADRO 4 – EQUIPE DE REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Assistente Social Nível superior
1 profi ssional para 
atendimento a, no máximo, 
20 usuários acolhidos em até 
dois equipamentos da alta 
complexidade para pequenos 
grupos.
Psicólogo Nível superior
1 profi ssional para 
atendimento a, no máximo, 
20 usuários acolhidos em até 
dois equipamentos da alta 
complexidade para pequenos 
grupos.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
Agora, prezado(a) acadêmico(a), vejamos outros programas.
A Família Acolhedora: que é uma Equipe de Referência para atendimento 
psicossocial, vinculada ao órgão gestor:
QUADRO5 – EQUIPE DE REFERÊNCIA
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Coordenador Nível superior 1 profi ssional referenciado para até 45 usuários acolhidos.
Assistente Social Nível superior
1 profi ssional para 
acompanhamento de até 
15 famílias acolhedoras e 
atendimento a até 15 famílias de 
origem dos usuários atendidos 
nesta modalidade.
Psicólogo Nível superior
1 profi ssional para 
acompanhamento de até 
15 famílias acolhedoras e 
atendimento a até 15 famílias de 
origem dos usuários atendidos 
nesta modalidade.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
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18 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
A República: que é uma Equipe de Referência para atendimento 
psicossocial, vinculada ao órgão gestor:
QUADRO 6 – EQUIPE DE REFERÊNCIA
PROFISSIONAL / 
FUNÇÃO
ESCOLARIDADE QUANTIDADE
Coordenador Nível superior 1 profi ssional referenciado para até 20 usuários.
Assistente Social Nível superior
1 profi ssional para atendimento 
a, no máximo, 20 usuários.
em até dois equipamentos.
Psicólogo Nível superior
1 profi ssional para atendimento 
a, no máximo, 20 usuários em 
até dois equipamentos.
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
As Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIs, que é uma 
Equipe de Referência para Atendimento Direto:
QUADRO 7 – EQUIPE DE REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO DIRETO
PROFISSIONAL / FUNCÃO ESCOLARIDADE
1 Coordenador Nível superior ou médio
Cuidadores Nível médio
1 Assistente Social Nível superior
1 Psicólogo Nível superior
1 Profi ssional para desenvolvimento de 
atividades socioculturais. Nível superior
Profi ssional de limpeza Nível fundamental
Profi ssional de alimentação Nível fundamental
Profi ssional de lavanderia Nível fundamental
FONTE: BRASIL (2006, p. 17)
Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira, Cargos e Salários – 
PCCS: Os Planos de Carreira, Cargos e Salários – PCCS deverão ser instituídos 
em cada esfera de governo para os trabalhadores do SUAS, da administração 
direta e indireta, baseados nos seguintes princípios defi nidos nacionalmente.
Caro(a) acadêmico(a)! Agora vamos relembrar alguns tópicos 
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19POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
importantes para o estudo:
Compreenderam um pouco mais?
Esperamos que sim.
Para concluir este assunto, prezado(a) acadêmico(a), indicamos como 
sugestão para leitura: 
NOB: é o instrumento normativo que 
defi nirá o modo de operacionalizar 
os preceitos da legislação que rege o 
Sistema Único de Assistência Social 
(SUAS). Assistência social.
N O B / R H - S U A S : i n s t r u m e n t o 
normativo responsável pela defi nição 
de diretrizes e responsabilidades no 
âmbito da política do trabalho na área 
da assistência social.
TRABALHADORES DA ASSISTÊNCIA 
SOCIAL: são todos aqueles que 
atuam institucionalmente na política 
de assistência social, conforme 
preconizado na LOAS, na PNAS e no 
SUAS, inclusive quando se tratar de 
consórcios intermunicipais e entidades e 
organizações da assistência social.
FAMÍLIA REFERENCIADA: é aquela 
que vive em áreas caracterizadas como 
de vulnerabilidade, defi nidas a partir de 
indicadores estabelecidos por órgão 
federal, pactuados e deliberados. A unidade 
de medida “família referenciada” é adotada 
para atender situações isoladas e eventuais 
relativas a famílias que não estejam em 
agregados territoriais atendidos em caráter 
permanente, mas que demandam do ente 
público proteção social.
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20 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
FIGURA 7 – OBRA “NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE 
RECURSOS HUMANOS DO SUAS (NOB-RH/SUAS), FRENTE ÀS 
DEMANDAS DOS TRABALHADORES DO SUAS
FONTE: Disponível em: <http://www.slideshare.net/alaviei-
ra/nobrh-e-as-demandas-dos-trabalhadores-do-suas>. Acesso 
em: 14 maio 2013.
3 TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS 
SOCIOASSISTENCIAIS
Por: Denise da Silva Vieira
FIGURA 8 – TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS 
SOCIOASSISTENCIAIS
FONTE: Disponível em: <http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 
14 maio 2013.
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21POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Caro(a) acadêmico(a)! Você já ouviu falar de TIPIFICAÇÃO? 
Vamos lembrar alguns detalhes importantes.
Conforme, Brasil (2009), a VI Conferência Nacional de Assistência Social, 
realizada em dezembro 2007, em Brasília/DF, apontou como deliberação de 
“Tipifi car e consolidar a classifi cação nacional dos serviços socioassistenciais”, 
sendo aprovada com a resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009.
Mas, então do que se trata esta tal de TIPIFICAÇÃO?
A Tipifi cação é a padronização de serviços Socioassistenciais, 
organizados por níveis de complexidade.
Vejamos:
No que tange aos SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA, 
possuem-se as seguintes denominações:
• Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF).
• Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
• Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas 
com Defi ciência e Idosos. 
Já, com relação aos SERVIÇOS DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL 
MÉDIA e ALTA COMPLEXIDADE, existem as seguintes denominações:
a) DE MÉDIA COMPLEXIDADE:
• Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos (PAEFI).
• Serviço Especializado em Abordagem Social.
• Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de 
Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de 
Serviços à Comunidade (PSC).
• Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Defi ciência, 
Idosos e suas Famílias.
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22 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
b) DE ALTA COMPLEXIDADE:
Serviço de acolhimento institucional, nas seguintes modalidades:
- Abrigo institucional.
- Casa-lar.
- Casa de passagem.
- Residência inclusiva.
• Serviço de Acolhimento em República.
• Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora.
• Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de 
Emergências.
Caro(a) acadêmico(a)! Destacaremos agora, um demostrativo para 
entender melhor o PROCESSO DE TIPIFICAÇÃO dos serviços socioassistenciais.
NOTA: O quadro acima é um exemplo da tipifi cação e se aplica aos demais serviços 
socioassistenciais - CREAS.
CREAS antes da tipifi cação
Com a Resolução Nº 109 de 
11/11/2009 Tipifi cação dos 
serviços socioassistenciais
FONTE: Disponível em: <http://portalsocial.sedsdh.pe.gov.br/sigas/Arquivos/capaci-
tacao/meta%2006/CREAS%20E%20TIPIFICACAO%20-%20AMPLIADA.pdf>. Acesso em 
14/05/2013.
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23POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Caro(a) acadêmico(a)! Agora vamos relembrar alguns tópicos 
importantes para o estudo:
Compreenderam um pouco mais sobre a tipifi cação?
Esperamos que sim.
4 O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA
Por: Marines Selau Lopes 
Prezado(a) acadêmico(a)! Agora adentraremos a questão do Plano Brasil 
sem Miséria.
Mas, você já viu este assunto antes?
Esperamos que sim.
Mas vamos compreender um pouco mais sobre este assunto muito 
NOME DO SERVIÇO: termos utilizados 
para denominar o serviço de modo a 
evidenciar sua principal função e os 
seus usuários.
ARTICULAÇÃO EM REDE: sinaliza a 
completude da atenção hierarquizada em 
serviços de vigilância social, defesa de 
direitos e proteção básica e especial de 
assistência social e dos serviços de outras 
políticas públicas e de organizações privada.
IMPACTO SOCIAL ESPERADO: trata dos 
resultados e dos impactos esperados de 
cada serviço e do conjunto dos serviços 
conectados em rede socioassistencial.
ABRANGÊNCIA: referência territorializada 
da procedênciados usuários e do alcance do 
serviço.
REGULAMENTAÇÕES: remissão a leis, decretos, 
normas técnicas e planos nacionais que regulam 
benefícios e serviços socioassistenciais e 
atenções a segmentos específi cos que demandam 
a proteção social de assistência social.
QUISIÇÕES DOS USUÁRIOS: trata dos 
compromissos a serem cumpridos pelos 
gestores em todos os níveis, para que os 
serviços prestados no âmbito do SUAS 
produzam seguranças sociais aos seus usuários, 
conforme suas necessidades e a situação de 
vulnerabilidade e risco em que se encontram.
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24 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
importante para a nossa atuação profi ssional.
Vejamos:
O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA foi lançado em junho de 2011, com a 
fi nalidade de superar a extrema pobreza no país. 
O PÚBLICO ALVO defi nido foram os brasileiros que, mesmo com 
os avanços sociais e econômicos do país nos últimos anos, continuavam em 
situação de extrema pobreza, ou seja, com renda familiar mensal inferior a R$ 
70,00 por pessoa. 
Considerando que a extrema pobreza se mostra de diversas formas 
além da insufi ciência de renda, o Plano foi estruturado em três linhas: 
• garantia de renda 
• inclusão produtiva e 
• acesso a serviços. 
São várias ações, programas e políticas distribuídas nas três linhas, 
que envolvem vários ministérios. O Ministério do Desenvolvimento Social 
e Combate à Fome (MDS) coordena o Brasil sem Miséria. Todos os estados 
brasileiros aderiram ao Plano.
Entretanto, para que o Brasil sem Miséria funcione de verdade, é 
fundamental que haja forte envolvimento dos municípios.
 
Um dos motivos para a centralidade nos municípios é o CADASTRO 
ÚNICO, porta de entrada para o Brasil sem Miséria. 
Afi nal, o responsável pelo registro das famílias no Cadastro é o poder 
público municipal, que também tem papel de destaque no funcionamento das 
políticas de saúde, educação e assistência social, essenciais para a superação 
da extrema pobreza.
Para saber mais acesse: <http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/
geral/index.php>. 
Vejamos agora, prezado(a) acadêmico(a), do que trata este tal de 
CADASTRO ÚNICO! 
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25POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
4.1 O CADASTRO ÚNICO E O PÚBLICO-ALVO DO PLANO NOS MUNICÍPIOS 
BRASILEIROS
Para o acompanhamento do Plano Brasil sem Miséria, o Ministério de 
Desenvolvimento Social-MDS utiliza as informações do Cadastro Único. Ele provê 
dados individualizados, atualizados no máximo a cada dois anos, sobre os brasileiros 
com renda mensal de até meio salário mínimo per capita, ou renda mensal total 
de até três salários mínimos, permitindo saber quem são, onde moram, o perfi l de 
cada um dos membros das famílias e as características das suas habitações.
De acordo com os registros de fevereiro de 2013, existiam 25.319.728 
famílias brasileiras inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais, o que 
corresponde a 81.848.784 pessoas cadastradas. 
A distribuição das famílias cadastradas conforme a renda por pessoa 
mensal declarada aponta que:
• 13.205.720 possuem renda per capita familiar de até R$70,00;
• 18.528.057 possuem renda per capita familiar de até R$ 140,00;
• 23.007.791 possuem renda per capita até meio salário mínimo.
Compreenderam?
Vejamos mais alguns detalhes importantes a serem compreendidos por 
você meu(minha) caro(a) acadêmico(a):
a) O Programa Bolsa Família
FIGURA 9 – REPRESENTA EM NÍVEL NACIONAL O PBF
FONTE: Disponível em: <http://noticias.portalbraganca.com.
br/economia/bolsa-familia-2013-confi ra-o-calendario-de-paga-
mentos-do-bolsa-familia-2013.php>. Acesso em: 13 maio 2013.
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26 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA (PBF) contemplou no mês de abril de 
2013, 13.647.478 famílias, que receberam benefícios com valor médio de R$ 
150,32. 
O valor total transferido pelo governo federal em benefício às famílias 
atendidas alcançou R$ 2.051.462.250 no mês.
Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência 
escolar, com base no bimestre fi nalizado em novembro de 2012, atingiu 
o percentual de 89,32%, para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o 
que equivale a 13.305.702 alunos acompanhados em relação ao público de 
14.896.854 alunos com perfi l para acompanhamento. 
Para os jovens entre 16 e 17 anos que recebem o Benefício Vinculado 
ao Adolescente (BVJ), o percentual de acompanhamento da frequência 
escolar foi de 77,62%, resultando em 2.389.544 jovens acompanhados de um 
total de 3.078.673 jovens com perfi l.
 
Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência até o mês 
de dezembro de 2012, atingiu 73,12 %, percentual equivale a 8.689.047 
famílias de um total de 11.883.263 que compunham o público no perfi l para 
acompanhamento da área de saúde.
Para saber mais acesse: <http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/
geral/relatorio.php>. 
b) Acesso a Serviços: Assistência Social
Para fazer frente a um desafi o com o tamanho e a abrangência territorial 
do Brasil sem Miséria, focado no público mais vulnerável do país, foi necessário 
que o Plano tivesse como menção uma rede com as mesmas características – a 
rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). 
O sucesso do Brasil sem Miséria demanda do bom funcionamento do 
SUAS e uma atuação integrada entre as secretarias municipais de assistência 
social e as secretarias de trabalho, educação, saúde e outras que estejam 
envolvidas na estratégia de superação da extrema pobreza.
 
O fortalecimento da agenda municipal da assistência social, em 
especial no que diz respeito à estruturação do SUAS, requer reforço no seu 
fi nanciamento. É por isso que o MDS disponibiliza aos municípios recursos para 
a ampliação da rede (saúde, educação, inclusão produtiva) e a qualifi cação de 
seus serviços.
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27POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Para saber mais acesse: <http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/
geral/index.php>. 
c) Saúde
Os municípios recebem repasse do Ministério da Saúde para a 
construção de Unidades de Saúde em localidades de alta concentração de 
pobreza.
d) Educação
A Ação Brasil Carinhoso dá estímulos fi nanceiros aos municípios para que 
os serviços de educação infantil cheguem à população mais pobre. O objetivo 
é incentivar o aumento das vagas para as crianças de 0 a 48 meses benefi ciárias 
do Bolsa Família nas creches públicas ou conveniadas com o poder público. E, 
com mais recursos, melhorar o atendimento às crianças e suas famílias.
Para isso, o MDS complementa os valores do Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) repassados pelo MEC. São 
50% mais recursos para cada vaga ocupada por criança do Bolsa Família. Desta 
forma são identifi cadas crianças no Bolsa Família em creches do município. Em 
razão disso, com o Brasil Carinhoso, o MDS repassa mais recursos para creches.
 
Outra iniciativa importante para a superação da extrema pobreza é 
o Mais Educação, programa que estimula a ampliação da jornada nas escolas 
públicas para, no mínimo, sete horas diárias. Para oferecer educação básica em 
tempo integral, acrescentam-se às atividades curriculares já existentes outras 
como reforço escolar, educação ambiental, esporte e artes.
O governo federal, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola, 
repassa recursos para ressarcir a escola pelo pagamento de alimentação e 
transporte dos monitores, compra de materiais permanentes e de consumo, 
contratação de serviços e aquisição de kits pedagógicos.
Na expansão do Mais Educação, o MEC privilegia escolas onde a maioria 
dos estudantes são benefi ciários do Bolsa Família.
e) Inclusão Produtiva:Programa Nacional de Acesso ao Ensino 
Técnico e Emprego (PRONATEC Brasil Sem Miséria)
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28 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
 O PRONATEC Brasil sem Miséria oferece gratuitamente cursos de 
qualifi cação profi ssional com duração mínima de 160 horas para cidadãos com 
mais de 16 anos de idade. Custeados pelo MEC, os cursos são ministrados 
por instituições de reconhecida qualidade técnica, como as entidades do 
Sistema “S” (SENAI, SENAC, SENAT E SENAR), a rede federal de educação 
profi ssional, científi ca e tecnológica e a rede estadual de educação profi ssional 
e tecnológica. O aluno recebe todo o material escolar e didático, além da 
“assistência estudantil”, que consiste de alimentação e transporte, ou de 
recursos para custeá-los.
 São muitas opções de cursos em áreas como construção civil, serviços, 
hotelaria, comércio, bares e restaurantes, cuidador de idoso, operador de 
computador, eletricista, auxiliar administrativo, entre outras. Há vagas para 
pessoas com diversos níveis de escolaridade, desde quem tem letramento 
inicial até alunos com ensino médio, a depender do curso.
 Ao proporcionar qualifi cação profi ssional, o PRONATEC Brasil sem 
Miséria aumenta as possibilidades de inserção de pessoas de baixa renda 
nas oportunidades de trabalho disponíveis. Municípios de qualquer porte 
populacional podem aderir, sem a necessidade de celebração de convênio 
com a União ou de pagamento de contrapartida por parte do poder público 
municipal. Trimestralmente as prefeituras podem renegociar com as escolas a 
oferta de cursos do PRONATEC Brasil sem Miséria no município.
 
Para saber mais acesse:
< h t t p : / / a p l i c a c o e s . m d s . g o v. b r / e a d / r i / c a r r e g a _ p d f .
php?rel=subsidios_paa_municipal>. 
Compreendeu um pouco mais sobre o Plano Brasil sem Miséria?
Esperamos que sim.
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29POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
5 BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC
Por: Joelma Bonetti
Prezado(a) acadêmico(a)! Veremos agora as questões pertinentes ao 
Benefício da Prestação Continuada, o tal do BPC. Você já viu falar deste 
assunto antes? Esperamos que sim.
Vamos compreender um pouco mais sobre isso? Vejamos:
O Acesso ao BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA – BPC é um 
direito constituído a IDOSOS com idade igual a superior a 65 anos de idade e 
que não tenha como manter sua subsistência ou de tê-la garantido através dos 
fi lhos, ou ser uma pessoa com defi ciência que não tem como se subsidiar ou de 
tê-la subsidiada pela família.
 
Esse direito garante o ACESSO A UM SALÁRIO MÍNIMO, estabelecido 
na Constituição Federal de 1988 e posteriormente regulamentado na Lei 
Orgânica de Assistência Social – LOAS, o acesso a esse benefício visa à garantia 
da manutenção das necessidades básicas como saúde, educação, habitação. 
O Benefício Assistencial de Prestação Continuada – BPC – é um direito 
constitucional dos idosos e pessoas com defi ciência intelectual e ou múltipla, 
regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, nº 8.742/93, o 
Decreto nº 1.744/95 e pelo Estatuto do Idoso Lei nº 10.741/2003.
Esse repasse fi nanceiro foi instaurado em janeiro de 1993, é fi nanciado 
através do Fundo Nacional de Assistência Social e operacionalizado pelo INSS. 
O benefi cio é concedido desde que atenda aos critérios, renda idade e ou 
defi ciência independe de haver contribuição previdenciária. Ressaltamos que 
esse benefício será revisto ao fi nal de 24 meses, podendo haver a suspensão 
ou a continuidade do mesmo, após a avaliação da situação sociofamiliar. Por 
se tratar de um benefício assistencial, não poderá acessar nenhum outro 
benefi cio previdenciário, e em caso de falecimento não haverá repasse para 
dependentes e o benefi cio terá fi m.
A pessoa deverá ingressar no INSS com os formulários devidamente 
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30 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
preenchidos, acompanhados da cópia dos documentos pessoas, comprovante 
de residência e renda. No caso das pessoas com defi ciência deverá acompanhar 
um atestado médico que especifi ca a defi ciência e a incapacidade para o 
trabalho. A LOAS nos traz que a receita total na família deverá ser dividida 
pelo número de integrantes e esta deve obedecer ao critério de ser igual 
ou menor de ¼ do salário mínimo para acessar ao benefi cio, este deverá 
acompanhar com o aval do perito médico que considere o indivíduo incapaz 
de ter vida independente ou de prover sua própria manutenção.
Assim, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 203, relata: “A 
assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social”. Ainda, em seu Inciso V prevê: “a garantia 
de um salário mínimo de benefício mensal, à pessoa portadora de defi ciência e 
ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção 
ou de tê-la provido por sua família, conforme dispuser a lei”. 
Outra informação importante é que os benefi ciários do BPC, não 
recebem o 13º salário, como os demais benefi ciários das políticas contributivas 
da Previdência Social.
 
Compreenderam um pouco mais sobre o BPC?
Esperamos que sim.
6 DEFINIÇÃO DE TERMOLOGIAS UTILIZADAS NA POLÍTICA 
DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Por: Juliana Maria Lazzarini
Agora, prezado(a) acadêmico(a), iremos revisitar alguns conceitos 
fundamentais da Política de Assistência Social. Vamos lá?
CONTROLE SOCIAL: é a participação da população na gestão pública que 
garante aos cidadãos espaço para infl uir nas políticas públicas, além de 
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31POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
possibilitar o acompanhamento, a avaliação e fi scalização das instituições 
públicas e organizações não governamentais, visando assegurar os interesses 
da sociedade. 
VULNERABILIDADE SOCIAL: famílias e indivíduos com perda ou 
fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade; 
desvantagem pessoal resultante de defi ciência; exclusão pela pobreza e/
ou pelo acesso às demais políticas públicas. 
CRAS: é referência para o desenvolvimento de todos os serviços 
socioassistenciais de proteção básica do Sistema Único de Assistência 
Social (SUAS), de caráter preventivo, protetivo e proativo, no seu 
território de abrangência. É uma unidade que possibilita o acesso de um 
grande número de famílias à rede de proteção social e assistência social. É 
uma unidade que tem por objetivo prevenir a ocorrência de situações de 
vulnerabilidade e risco social nos territórios, por meio do desenvolvimento 
de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares 
e comunitários e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania.
TIPIFICAÇÃO NACIONAL DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS: detalha 
a descrição de cada serviço da Proteção Social Básica e Especial, os 
usuários a que se destina, seus objetivos, as provisões que devem ofertar, 
as aquisições que devem garantir aos usuários, entre outros. Foi aprovada 
pela Resolução do CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009.
ACESSIBILIDADE: possibilidade e condições de alcance para utilização, com 
segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, 
das edifi cações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, 
por pessoa com defi ciência ou com mobilidade reduzida (Lei nº 10.098, 
de 19 de dezembro de 2000). A essa referência devem ser acrescidas as 
condições de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança, adaptadas a 
cada serviço socioassistencial e orientadas por profi ssional especializado 
da administração pública, quando da instalação de cada unidade.
ACOLHIMENTO FAMILIAR: consiste na inclusão de crianças/adolescentes, 
por meiode medida protetiva, em residências de famílias acolhedoras 
cadastradas, selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe 
profi ssional do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, de forma 
temporária até a reintegração da criança à família ou seu encaminhamento 
para família substituta. 
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL: o acolhimento para crianças e 
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32 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
adolescentes, por meio de medida protetiva, oferecido em diferentes 
equipamentos como Abrigo Institucional para pequenos grupos e casa-lar, 
de forma temporária até a reintegração da criança à sua própria família ou 
seu encaminhamento para família substituta. 
ADOÇÃO: medida judicial de colocação, em caráter irrevogável, de 
uma criança ou adolescente em outra família, que não seja aquela onde 
nasceu, conferindo vínculo de fi liação defi nitivo, com os mesmos direitos e 
deveres da fi liação biológica.
AUTONOMIA: capacidade e possibilidade de cidadão suprir suas 
necessidades vitais, culturais políticas e sociais, sob as condições de 
respeito às ideias individuais e coletivas, supondo uma relação com o 
mercado – onde parte das necessidades deve ser adquirida – e com o 
Estado, responsável por assegurar outra parte das necessidades. É a 
possibilidade de exercício de sua liberdade, com reconhecimento de sua 
dignidade e a possibilidade de representar pública e partidariamente os 
seus interesses sem ser obstaculizado por ações de violações dos direitos 
humanos e políticos ou pelo cerceamento à sua expressão.
BUSCA ATIVA: neste documento este termo é utilizado para designar o 
ato de buscar família para crianças e adolescentes em condições legais de 
adoção, visando garantir-lhes o direito de integração a uma nova família, 
quando esgotadas as possibilidades de retorno ao convívio familiar de 
origem.
CadÚnico: Cadastro Único para Programas Sociais é um instrumento de 
identifi cação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de 
renda mensal de até meio salário por pessoa ou renda familiar mensal de 
até três salários mínimos. Por meio dele é realizada a seleção dos benefícios 
de alguns programas sociais do Governo Federal, como, por exemplo, o 
Bolsa Família. Além de servir como referência para diversos programas 
sociais de concessão de benefícios, o CadÚnico permite que os estados 
e municípios conheçam melhor os riscos e vulnerabilidades aos quais a sua 
população está exposta.
CASA-LAR: acolhimento institucional oferecido em unidades residenciais, 
nas quais pelo menos uma pessoa ou casal trabalha como educador/
cuidador residente – em uma casa que não é a sua – prestando cuidados a 
um grupo de crianças e/ou adolescentes.
CLICO DE VIDA: diferentes etapas do desenvolvimento humano 
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33POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
(infância, adolescência, juventude, idade adulta e terceira idade), ou do 
desenvolvimento familiar (marcado, por exemplo, pela união dos parceiros, 
separação, recasamento, nascimento e desenvolvimento dos fi lhos e netos, 
morte e outros).
CONSELHO TUTELAR: órgão permanente, autônomo e não jurisdicional 
(que não integra o Judiciário) encarregado pela sociedade de zelar pelo 
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. O Conselho Tutelar 
é constituído por cinco membros escolhidos pelos cidadãos de cada 
município, para um mandato de três anos, admitida uma recondução. A 
principal função do Conselho Tutelar é a garantia dos direitos das crianças 
e adolescentes estabelecidos no ECA. Suas atribuições estão defi nidas no 
art. 136 do ECA.
CUIDADOS: ações praticadas por agente institucional capacitado a orientar 
e desenvolver atos de zelo pessoal a favor de alguém com contingências 
pessoais.
DEMANDA: manifestação de necessidades, apresentadas explicitamente 
pelo usuário ou identifi cadas pelo técnico, que exigem intervenções de 
natureza socioassistencial.
DESLIGAMENTO: é a conclusão do atendimento/acompanhamento 
da criança e do adolescente de acordo com critérios técnicos, que 
leva ao retorno à família de origem, colocação em família substituta ou 
encaminhamento a outro serviço de acolhimento que esse mostrar mais 
adequado para as necessidades da criança e do adolescente.
DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR: refere-se à retirada dos poderes dos 
pais sobre seus fi lhos, bem como seus bens, com base na lei e após o devido 
processo legal. A perda do Poder Familiar é decretada judicialmente, em 
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil (art. 
1638, Código Civil) e também na hipótese de descumprimento injustifi cado 
dos seguintes deveres e obrigações: sustento, guarda e educação dos fi lhos. 
DINÂMICA FAMILIAR: é caracterizada pela forma de funcionamento de 
uma família, ou seja, suas regras, hierarquias, padrões de comunicação.
EDUCADORES/CUIDADOR: pessoas selecionadas para trabalhar em 
instituições de acolhimento, com o objetivo de cuidar, proteger e educar 
crianças e adolescentes acolhidos nesses serviços por meio de medida 
protetiva.
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34 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
EMPODERAMENTO DA FAMÍLIA: potencialização da capacidade e 
dos recursos da família para o enfrentamento de desafi os inerentes às 
diferentes etapas do ciclo de vida familiar, bem como para a superação de 
condições adversas, tais como situações de vulnerabilidade e violação de 
direitos. Refere-se ainda, ao processo pelo qual a família obtém controle 
sobre decisões e ações relacionadas a políticas públicas, por meio de 
mobilização e expressão de suas necessidades.
ENCAMINHAMENTOS: é um processo de articulação da necessidade do 
usuário com a oferta de serviços do município realizado pelos técnicos 
do serviço. Deve ser sempre formal, seja para a rede socioassistencial, 
seja para outras políticas. Quando necessário, deve ser precedido de 
contrato com o serviço de destino para contribuir com a efetivação do 
encaminhamento e sucedido de contrato para o retorno da informação.
ENTREVISTA: procedimento técnico que serve para acolher, conhecer, 
coletar dados, orientar, acompanhar, avaliar e indicar os elementos para 
trabalhar a família e/ou o usuário do serviço em seu processo de formação 
cidadã.
ESTUDO DE CASO: atividade técnica utilizada durante o processo de 
acompanhamento, para elaboração de diagnóstico, visando à realização de 
intervenções. 
FAMÍLIA: refere-se não apenas ao grupo formado pelos pais ou qualquer 
um deles e seus dependentes, mas, aos diferentes arranjos familiares 
resultantes de agregados sociais por relações consanguíneas ou afetivas, ou 
de subsistência e que assumem a função de cuidar dos membros.
FAMÍLIA ACOLHEDORA: nomenclatura dada à família que participa de 
Serviço de Acolhimento em Famílias Acolhedoras, recebendo crianças e 
adolescentes sob sua guarda, de forma temporária até a reintegração da 
criança à sua própria família ou para família extensa, ou ainda para adoção. 
Também é denominado família de apoio, família cuidadora, família solidária, 
família guardiã. 
FAMÍLIA DE ORIGEM: família com a qual a criança e o adolescente viviam 
no momento em que houve a intervenção dos operadores sociais ou de 
direito. Pode ser tanto a família nuclear como extensa, uma família que se 
estende para além da unidade pai/fi lhos e/ou da unidade do casal, estando 
ou não dentro do mesmo domicílio irmãos, meio-irmãos, avós, tios e primos 
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35POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
de diversos graus.
GRUPO DE APOIO À ADOÇÃO: são formados, na maioria das vezes, 
por iniciativas de pais adotivos que trabalham voluntariamente para a 
divulgação da nova cultura da adoção, preveniro abandono, preparar 
adotantes e acompanhar pais adotivos, encaminhar crianças para adoção 
e para a conscientização da sociedade sobre a adoção e principalmente 
sobre a adoção e principalmente sobre as adoções necessárias de crianças 
mais velhas, com necessidades especiais e inter-raciais. Um de seus maiores 
objetivos é a busca de soluções alternativas para as crianças destituídas 
de relações familiares, ou seja, resguardar os direitos destas de viver em 
família e em comunidade.
GRUPOS DE PERTENCIMENTOS: grupos aos quais ao longo da vida uma 
pessoa participa (familiares, escolares, profi ssionais, de amizade), que são 
fundamentais para a construção da identidade individual e social.
INTERSETORIALIDADE: princípio de gestão das políticas sociais que 
privilegia a integração das políticas em sua elaboração, execução, 
monitoramento e avaliação. Busca superar a fragmentação das políticas, 
respeitando as especifi cidades de cada área.
JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE: Justiça da Infância e da 
Juventude está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente em 
seu art. 145, como um dos órgãos garantidores da doutrina da proteção 
integral. Tem potencial para se apresentar como capaz para defender, 
proteger e promover os direitos previstos nas normativas pertinentes, 
devendo assumir-se, de acordo com a comunidade internacional, como 
parte integrante do processo de desenvolvimento nacional de cada país 
e ser administrada no marco geral da justiça social de modo não apenas 
a contribuir para a proteção, mas também para a manutenção da paz e 
ordem na sociedade. 
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LOAS: organiza a Assistência 
Social no país e responsabiliza o poder público a responder às necessidades 
das pessoas em situação de vulnerabilidade. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro 
de 1993.
MORADIA SUBSIDIADA: condições materiais em forma de bolsa-moradia 
ou pagamento dos custos de locação e tarifas públicas para a manutenção 
de moradias para pessoas em situação de abandono, sem condições de 
prover seu autossustento e em construção de autonomia pessoal e social. 
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36 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
NEGLIGÊNCIA: consiste na omissão injustifi cada por parte do responsável 
em supervisionar ou prover as necessidades básicas de crianças, adolescentes 
ou pessoas com defi ciência, os quais, face ao estágio do desenvolvimento no 
qual se encontram e de suas condições físicas e psicológicas, dependem de 
cuidados prestados por familiares ou responsáveis. Este desatendimento 
injustifi cado pode representar risco à segurança e ao desenvolvimento do 
indivíduo, podendo incluir situações diversas como privação de cuidados 
necessários à saúde, higiene; o descumprimento do dever de encaminhar 
a criança ou adolescente à escola; o fato de deixar a pessoa sozinha em 
situação que represente risco à sua segurança. O abandono, deixando a 
criança, o adolescente ou a pessoa com defi ciência em situação de extrema 
vulnerabilidade e risco consiste na forma mais grave de negligência. 
NOB/RH – SUAS: Normal Operacional Básica de Recursos Humanos do 
SUAS, que tem por fi nalidade primordial estabelecer parâmetros gerais 
para a política de recursos humanos a ser implementada na área da 
Assistência Social.
NORMA OPERACIONAL BÁSICA – NOB/SUAS: disciplina a gestão pública 
da Política de Assistência Social no território brasileiro, exercida de modo 
sistêmico entre os entes federados, em consonância com a Constituição 
Federal de 1988, LOAS e legislações complementares. Seu conteúdo 
estabelece – a) caráter do SUAS; b) funções da Política de Assistência 
Social; c) níveis da gestão do SUAS; d) instâncias de articulação, pactuação 
e deliberação que compõem o processo democrático de gestão do SUAS; 
e) fi nanciamento.
PRONTUÁRIOS: registros de atos e procedimentos técnicos com 
atualização contínua do acompanhamento do caso, utilizado conforme 
acesso e capacidade do registro eletrônico e das exigências do serviço, 
a ser disponibilizado ao usuário se assim for requerido e que subsidia a 
construção de relatórios técnicos.
PROTOCOLOS: padrões éticos e de procedimentos do agente institucional 
e de técnicos que produzem qualidade de atenção a serem ofertadas 
a famílias, pessoas e comunidades, no desenvolvimento de projetos, 
programas e serviços. 
REDE SOCIAL DE APOIO: formada pelas relações estabelecidas entre 
pessoas, grupos e instituições com o objetivo de suprir necessidades 
materiais e/ou afetivas. Pode ser primária, incluindo familiares e amigos, 
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37POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
ou secundárias, composta por instituições governamentais e não 
governamentais.
 
REINTEGRAÇÃO FAMILIAR: retorno da criança e do adolescente ao 
contexto da família de origem da qual se separou.
REPÚBLICA DE JOVENS: acolhimento institucional que visa à transição da 
vida institucional para a vida autônoma, quando atingida a maioridade, sem 
contar necessariamente com características de ambiente familiar. Moradia 
onde jovens se organizam em grupo com vistas à autonomia.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS: o SUAS confi gura-se 
como o novo modelo de gestão e organização da política de assistência 
social na oferta de programas, projetos, serviços e benefícios, em todo o 
território nacional. 
TRABALHO INTERDISCIPLINAR: forma de atuação que consiste, de um 
lado, na qualifi cada abordagem dentro de cada especifi cidade profi ssional, 
e do outro, na complementaridade entre os membros da equipe na 
construção coletiva do trabalho comum. Pressupõe o diálogo e trocas 
intersubjetivas dos diferentes especialistas e o reconhecimento de saber 
teóricos, práticos e existenciais, em si e nos outros. 
TRANSTORNO MENTAL: o termo “doença mental” ou transtorno mental é 
qualquer anormalidade na mente ou no seu funcionamento que pode causar 
mais sofrimento e incapacidade que qualquer outro tipo de problema 
de saúde. Transtornos mentais como a ansiedade, distúrbios alimentares, 
depressão, abuso de dependência de álcool e outras drogas, demência e 
esquizofrenia, podem afetar qualquer pessoa em todas as épocas de sua 
vida. 
VIOLAÇÃO DE DIREITOS: atentado aos direitos de crianças e adolescentes 
estabelecidos no Estatuto da criança e do adolescente, negligência por 
parte dos pais ou responsáveis, vivência nas ruas ou em instituições de abrigo 
e violência física, psicológica ou sexual se confi guram formas de violação de 
direitos.
VIOLÊNCIA FÍSICA: este tipo de violência ocorre quando a força física é 
praticada de forma intencional e não acidental, com o objetivo de causar 
danos, ferimentos ou até a morte da vítima. O agressor pode ser pessoa 
com que a vítima mantém vínculo familiar ou afetivo, ou até mesmo de 
pessoas desconhecidas pela vítima.
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38 POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR: é todo ato ou omissão praticado por pais, 
parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes que – sendo 
capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vitima – implica de 
um lado uma transgressão de poder/dever de proteção do adulto e, de 
outro, uma coisifi cação da infância, isto é, uma negação do direito que as 
crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em 
condições de desenvolvimento. 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: tipo de violência de difícil identifi cação e, 
muitas vezes, praticada conjuntamente com outras formas de violência. 
Por meio da comunicação verbal ou não verbal a vítima é exposta à situação 
de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança, ameaças 
ou punição excessivas, o que pode lhe causar intenso sofrimento psíquico, 
rebaixamento da autoestima e danos ao desenvolvimentobiopsicossocial.
VISITA DOMICILIAR: atividade técnica que envolve a ida da equipe 
até o local de moradia das famílias e/ou indivíduos, que objetiva 
fornecer subsídios para compor o acompanhamento, fortalecer 
vínculos, compreender a realidade, demanda e necessidades, recursos e 
vulnerabilidades, fazer convites para atividades. Esta atividade também é 
importante para contatar outros membros do grupo familiar.
FONTE: EGEM. Escola de Gestão Pública Municipal. Criando competências e construindo 
conhecimentos. Apostila. Florianópolis. S.d.
Assim, fi nalizamos os estudos desta segunda etapa.
Lembre-se de que os conteúdos apresentados são apenas um breve 
resumo da POLÍTICA NACIONAL DA ASSISTÊNCIA SOCIAL e que devem 
ser revisitados e aprofundados por você, pois a atuação profi ssional de um 
assistente social está pautada diretamente nestas questões.
SUCESSO A VOCÊ!
E vamos lá... Sempre na defesa da garantia dos direitos humanos e sociais 
da população brasileira.
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39POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. SUAS – Sistema 
Único de Assistência Social. Brasília, 2005a. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional 
de Assistência Social – PNAS/2004, Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. Brasília, 
2005b. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em: 
<http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 8 maio 2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível 
em: <http://www.mds.gov.br/cnas/sobre-o-cnas/quem-somos-e-como-
funcionamos/>. Acesso em: 10 maio 2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma operacional 
básica NOB/SUAS. Brasília, 2005.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Norma Operacional 
Básica de Recursos Humanos do SUAS NOB-RH/SUAS. Brasília, 2006. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em: 
<http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 8 maio 2013.
 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tipifi cação 
Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília, 2009. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em: 
<http://www.mds.gov.br>. Acesso em: 13 maio 2013.
BRASIL. Constituição Federal, de 5/10/88. Atualizada com as Emendas Constitucionais 
Promulgadas.
BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de janeiro de 1993. Dispõe sobre a Lei Orgânica da 
Assistência Social. Brasília, 1993.
 
BRASIL. Decreto nº 1.330, de 8 de dezembro de 1994. Regulamenta a concessão do 
Benefício de Prestação Continuada. Brasília, 1994.
CORTEZ. Editora Cortez. Disponível em: <http://www.cortezeditora.com.br>. 
Acesso em: 3 maio 2013.
Relatório de Informações Sociais. Disponível em: <http://aplicacoes.mds.gov.br/
sagi/RIv3/geral/texto/proc.php>. Acesso em: 16 maio 2013.

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