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WBA0283_v2.0 Suporte básico e avançado de vida Aspectos éticos na emergência e o Suporte Básico e Avançado de Vida para queimaduras e traumatismos menores Definições e excelência Aspectos éticos na abordagem da vítima Queimaduras Bloco 1 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira Suporte Básico e Avançado de Vida: definições Figura 1 – Definição de suportes e sua excelência Fonte: elaborada pela autora. Excelência. Suporte Avançado de Vida. Suporte Básico de Vida. Aspectos éticos na abordagem da vítima Código de Ética: profissionais de Enfermagem Resolução n.564/2017. Figura 2 – Ética e moral Fonte: wildpixel/ iStock.com. Queimaduras Lesão da pele pelo contato direto com alta temperatura, queimadura solar, elétrica, química e radioativa. Espessura superficial Alteração local: eritema, branqueado à pressão. Espessura parcial Alteração local: superficial - pele branqueada com flictena rósea. Profunda - flictena amarelada e pele rígida. Figura 3 - Espessura e características de queimaduras térmicas Fonte: adaptada de National Association of Emergency Medical Technicians (2020, p. 1083); Santos (2018, p.188). Queimaduras Espessura total. Alteração local: pele seca, branca ou marrom, rígida. Aspecto em couro. Espessura subdérmica. Alteração local: carbonização. Figura 4 - Espessura e características de queimaduras térmicas Fonte: adaptada de National Association of Emergency Medical Technicians (2020, p. 1083); Santos (2018, p.188). Queimaduras: avaliação da área corpórea queimada Figura 5 – Regra dos 9 para a avaliação da área corpórea queimada Fonte: National Association of Emergency Medical Technicians (2020, p. 1093). Gravidade das queimaduras Pequeno queimado: 1° grau de qualquer extensão. 2° grau <10% adulto <5% criança. Médio queimado: 2° grau 10-20% adulto 5-10% criança. 3° grau com até 10% adulto. Grande queimado: 2° grau >20% adulto >10% criança. 3° grau >10% adulto >5% criança. (PHTLS, 2020; ATLS, 2018; SANTOS, 2018) Aspectos éticos na emergência e o Suporte Básico e Avançado de Vida para queimaduras e traumatismos menores Queimaduras Bloco 2 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira Intervenção crítica e específica em queimaduras Figura 6 – Exame primário e intervenção clínica em queimaduras X - A ameaça a vida está nos sangramentos traumáticos e em conter hemorragias exsanguinantes. a. A - Observar: queimadura e/ou edema de via aérea; inalação de fumaça; coluna cervical. Realizar: garantir via aérea pérvia; imobilização. Fonte: adaptada de PHTLS (2020); https://brasilescola.uol.com.br/o-que- e/biologia/o-que-e-hemorragia.htm; https://clinicadopulmao.med.br/qual- o-melhor-exame-para-o-pulmao/. Acesso em: 17 fev. 2022. https://imagenspng.com/download/coracao-humano-desenho-anatomia/ https://clinicadopulmao.med.br/qual-o-melhor-exame-para-o-pulmao/ Intervenção crítica e específica em queimaduras B - Observar: queimaduras circunferenciais do tórax; simetria; fraturas no tronco. Realizar: escarotomia; oxigênioterapia; imobilização. C - Observar: pressão arterial e sinais vitais estáveis; sangramentos menores. Realizar: acesso venoso periférico com dois cateteres de grosso calibre de preferencia em local não queimado; reposição volêmica; elevação de membros; resfriamento de lesões com água em temperatura ambiente. Figura 7 – Exame primário e intervenção clínica em queimaduras Fonte: adaptado de PHTLS (2020); https://clinicadopulmao.med.br/qual-o-melhor-exame-para-o-pulmao/; https://imagenspng.com/download/coracao-humano-desenho-anatomia/. Acesso em: 17 fev. 2022. Figura 8 – Exame primário e intervenção clínica em queimaduras . Intervenção crítica e específica em queimaduras D - Observar: déficit neurológico por inalação de tóxicos; pontuação na Escala de Coma de Glasgow; resposta pupilar. E - Observar: expor de forma completa. Realizar: remoção da roupa e objetos não aderidos a pele; controle da temperatura do ambiente; tratar e prevenir hipotermia. Fonte: adaptada de PHTLS (2020); istock/ Jolygon - ID: 955545246; istock/ Vladimir18 - ID: 1145943650. Queimaduras: conduta para o atendimento pré-hospitalar Checar a segurança da cena. 1. Afastar a vítima do agente causador. 2. Realizar XABCDE trauma. 3. Se hemorragia exsanguinante, compressão direta ou com uso de torniquete. 4. A vítima deverá ser imobilizada ao considerar trauma mecânico e outras lesões menos aparentes. 5. Permeabilidade da via aérea, com ou sem via aérea avançada (atenção para a face da vítima: dificuldade respiratória (sibilos), cílios, sobrancelhas, pelos do nariz queimados. 6. Administrar O2, conforme demanda e avaliar qual o dispositivo indicado. (PHTLS, 2020; SANTOS, 2018) Queimaduras: conduta para o atendimento pré-hospitalar 7. Monitorizar a oximetria de pulso. 8. Queimaduras >20% da AQC deverá ser instalado AVP calibre. 9. Repor volemia com ringer lactato e comunicar ao destino o volume infundido. 10. A incapacidade neurológica pelo efeito de substâncias tóxicas deve ser observada. Nível neurológico será avaliado como em qualquer outro tipo de trauma. 11. Expor a área queimada, retirando as roupas e adornos que não estejam aderidas a pele. (PHTLS, 2020; SANTOS, 2018) Queimaduras: conduta para o atendimento pré-hospitalar 11. Irrigar com água na temperatura ambiente e em seguida cobrir com compressas estéreis e não aderentes. 12. Prevenir a hipotermia com manta metálica. 13. Não atrasar o transporte até o hospital de referência. (PHTLS, 2020; SANTOS, 2018) Queimaduras: XABCDE no ambiente hospitalar 1. Edema de via aérea, inflamação ou lesão de mucosas não identificadas no pré-hospitalar. As manifestações clínicas por inalação podem não aparecer nas primeiras 24 horas. 2. Analisar a necessidade de via aérea avançada, rouquidão, estridor respiratório, musculatura acessória, incapacidade neurológica e extensão total > 40%. 3. Qualidade da ventilação e hipóxia: inalação tóxica, queimadura circunferencial ou trauma não relacionado à queimadura. O2 suplementar. 4. Providenciar gasometria. 5. Dois acessos venosos periféricos com calibre 18 devem ser mantidos para a reposição volêmica. A infusão central e intraóssea também pode ser considerada. (ATLS, 2018; SANTOS, 2018) Queimaduras: conduta no ambiente hospitalar 6. ACQ% por meio da regra dos 9. 7. Cálculo da fórmula de Parkiland para reposição volêmica. 50% - 8h e 50% - 16h subsequentes. 8. Risco de Síndrome Compartimental. 9. Monitorizar sinais vitais e débito urinário. 10. Exames laboratoriais e de imagem. 11. Administração de fluidos aquecidos. 12. Auxiliar no tratamento definitivo. (PHTLS, 2020) Reposição volêmica Em queimaduras que atingiram profundidade de espessura parcial e/ou total e a extensão da Área Corporal Queimada (ACQ) igual ou maior que 20%, a reposição volêmica é necessária. Quadro 1 – Idade e peso para a formula de Parkland Fonte: adaptado de ATLS (2020). Idade e peso Fórmula de Parkland Adultos e crianças maiores (> 14 anos). 2ml x kg x % ACQ. Crianças menores (< 14 anos). 3ml x kg x % ACQ. Lactentes ou Pediatria (> 30kg). 3ml x kg x % ACQ. Reposição volêmica: exemplo Exemplo: Um homem adulto de 100kg com 80% da superfície total de queimadura. 2 ml x 100 kg x 80% = 16.000 ml 16.000 ml deverão ser administrado nas primeiras 24 horas, sendo que 8.000 ml devem administrados nas primeiras oito horas, em horas subsequentes. (ATLS, 2018) Aspectos éticos na emergência e o Suporte Básico e Avançado de Vida para queimaduras e traumatismos menores Traumatismos menores no suporte básico e avançado de vida Bloco 3 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira • Conduta: a redução deverá ser realizada somente em ambiente hospitalar por profissional médico ortopedista, devido ao risco de lesões em vasos sanguíneos, nervos e demais estruturas. A analgesia deve ser a fim de diminuir a dor e ansiedade do paciente. Figura 9 – LuxaçãoFonte: 33karen33/ iStock.com. Lesões osteomusculares: luxação (SANTOS, 2018; THOMAZ, 2018) • Sintomas. Figura 10 – Entorse Fonte: janulla/ iStock.com. Lesões osteomusculares: entorse/ torsão • Sintomas. • Conduta: não apoiar o membro; avaliar a função neurovascular (movimentação do membro, sensibilidade, dor, perfusão periférica, coloração). (SANTOS, 2018; THOMAZ, 2018) imobilizar o membro com tala ou tração; realizar uma bandagem compressiva para a drenagem do edema e auxílio do retorno venoso; compressa fria para diminuir dor e edema, realização exame de imagem, além de repouso e elevação do membro. • Sintomas: dor intensa, impotência funcional de se movimentar ou se locomover, deformidade do segmento fraturado, edema, hematoma, crepitação pelo atrito dos fragmentos ósseos fraturados. Figura 11 - Fratura fechada Fonte: Sutthaburawonk/iStock.com. Lesões osteomusculares: fratura fechada (SANTOS, 2018; THOMAZ, 2018) Lesões osteomusculares: fratura fechada Conduta: imobilização com talas; não comprometer a circulação; não remover a vítima até que todas as fraturas estejam imobilizadas. A tração do membro só devem ser realizada por ortopedista. No Atendimento Pré-hospitalar (APH), a imobilização dos membros será, na maioria das vezes, suficiente para aliviar a dor, estabelecer condições favoráveis ao paciente e encaminhá-lo ao serviço hospitalar. A diferenciação definitiva entre uma entorse, luxação ou fratura é alcançada apenas após o raio-X. No APH, considerar como fratura até que o exame de imagem prove o contrário. (PHTLS, 2020) Consenso de Hartford • Garantir a própria segurança. • A – Alert (alerta). • B – Bleeding (sangramento). • C – Compress (comprimir). Stop the bleed. (PONS; JACOBS, 2017) Figura 12 – Emergência Fonte: AlexandrMoroz/ iStock.com. Garantir a própria segurança A – Alert (alerta). Cena segura? Infecções? A – Alert (alerta). Solicitar ajuda, 192 ou 193. (PONS; JACOBS, 2017) B – Bleeding (sangramento) • Identificar a origem do sangramento. • Identificar o risco de morte. • Sangramentos com risco de morte: sangue em jato; sangue que não cessa; poças de sangue no chão; vestimentas encharcadas por sangramento; compressas que se encharcam de sangue; perda total ou parcial de um membro; vítima apresentado confusão. (PONS; JACOBS, 2017) C – Compress (comprimir) • Cenário sem kit de primeiros socorros para trauma. • Cenário com kit de primeiros socorros e torniquete tático. • Cenário com o kit de primeiros socorros e SEM torniquete, ou risco de morte em pescoço, ombro ou virilha. (PONS; JACOBS, 2017) Teoria em Prática Bloco 4 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira Reflita sobre a seguinte situação Bruna é uma estudante, de 20 anos. Um dia, auxiliou sua mãe em seu restaurante. Um funcionário havia faltado e Bruna decidiu ajudar na cozinha, auxiliando Maria, que era responsável pela fritura de batatas fritas. Ao transportar o tacho de gordura quente, Maria esbarrou em Bruna e derrubou grande parte do conteúdo de gordura quente em região anterior do abdome e tórax da estudante. Você é o enfermeiro (a) assistencial de plantão do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), atuante do Suporte Avançado de Vida, e foi acionado (a) para socorrer a ocorrência junto com sua equipe. Reflita sobre a seguinte situação De acordo com a regra dos nove, qual foi a área total lesionada? Quais serão as condutas iniciais realizadas pela equipe no pré-hospitalar? Norte para a resolução... • Condutas para o atendimento pré-hospitalar. • X-A-B-C-D-E. • Análise da profundidade da queimadura. • Avaliação da área corpórea queimada (ACQ%). • Reposição volêmica. (PHTLS, 2020) Dica do (a) Professor (a) Bloco 5 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira Dica do (a) Professor (a) No campo de busca do parceiro Minha Biblioteca, digite a referência abaixo ou o título da obra. VELASCO, I. T. Medicina de emergência: abordagem prática. 14. ed. São Paulo: Manole, 2020. Referências AMERICAN COLLEGE OF SURGIONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life Suport (ATLS). 10. ed. 2018. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução COFEN - 564/2017 de 6 de dezembro de 2017. Aprova o Novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Brasília: COFEN; 2017. NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. Prehospital Trauma Life Support (PHTLS). 9. ed. Burlington: Jones & Bartlett Learning, 2020. PONS, P. T.; JACOBS, L. American college of surgens. Stop the Bleed: controle do sangramento para feridos. The Committe on trauma, 2017. SANTOS, N. C. M. Urgência e emergência para enfermagem: do atendimento pré- hospitalar (APH) à sala de emergência. 7. ed. São Paulo: Érica, 2018. THOMAZ, M. C. A. Urgência e emergência em enfermagem. 1. ed. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. VELASCO, I. T. Medicina de emergência: abordagem prática. 14. ed. São Paulo: Manole, 2020. Bons estudos!
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