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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciência e Tecnologia Unidade Acadêmica de Física Disciplina: Mecânica Geral I-Turma 1-Tarde Professor: Eugênio B. Maciel Dupla: Luís Antônio Acciolly da Silva Nota ATIVIDADE ACADÊMICA REFERENTE AO DIA (19/12/2022) 1- (a) Demonstrar as equações (7.1) à (7.4) do livro do Beer. Explique o fato do momento fletor não admitir um ponto de mínimo. Explique este fato com o exemplo da página 377 do livro do Beer. 2- Resumo das seções 7.8 e 7.9. 3- Existe alguma diferença na funcionalidade dos cabos com cargas concentradas daqueles com cargas distribuídas? Justifique. 4- Exercícios 7-29 à 7.35 do livro do Beer da nona edição. Observações: 1-A atividade poderá ser feita em dupla. 2-A data de entrega será no dia 02/02/2023 (Quinta feira) no horário da aula. 3-A atividade poderá ser manuscrita ou digitada com caneta ou grafite. 4-Esta folha de rosto deverá sem impressa e entregue junto com as respostas. 5-Esta atividade constará de 4,0 pontos para a avaliação da terceira unidade. UFCG-CCT-UAF Mecânica Geral I Eugênio Maciel UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA - UAF DISCIPLINA: MECÂNICA GERAL I CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA RESUMO E LISTA DE EXERCÍCIOS 3° ESTÁGIO Professor: Eugênio Bastos Maciel Turma: 02 Aluno: Luís Antônio Acciolly da Silva Matrícula: 121110206 CAMPINA GRANDE - PARAÍBA JANEIRO - 2023 CAPÍTULO 7 - FORÇAS EM VIGAS E CABOS 7.6 - RELAÇÕES ENTRE CARREGAMENTO, ESFORÇO CORTANTE E MOMENTO FLETOR Quando uma viga sustenta mais de duas ou três cargas concentradas, ou quando sustenta cargas distribuídas, a construção do diagrama de esforço cortante e do diagrama de momento fletor será bastante facilitada se forem levadas em consideração certas relações existentes entre a carga, o esforço cortante e o momento fletor. Consideremos a viga apoiada em AB, que sustenta uma carga distribuída w por unidade de comprimento, e sejam C e C’ dois pontos da viga separados por uma distância x∆ representados na figura 1. Figura 1 - Viga AB. O esforço cortante e o momento fletor em C são representados por Ve M e supõe-se que sejam positivos; o esforço cortante e o momento em C’ são representados por V + V e∆ M + M.∆ Ao separar CC’ da viga e traçarmos seu diagrama de corpo livre, obtemos a figura 2. Figura 2 - Parte CC’ As forças exercidas sobre o corpo livre incluem uma carga de intensidade w x e∆ forças e binários internos em C e C’. É escrito que a soma dos componentes verticais das forças que atuam no corpo livre CC’ é zero: V - (V+ V) - w x = 0∆ ∆ V = -w x∆ ∆ Dividindo ambos os membros da equação por x e depois fazendo x tender a zero,∆ ∆ obtemos: (7.1)𝑑𝑉𝑑𝑥 = − 𝑤 A equação 7.1 indica que, para uma viga carregada tal como mostra a figura 1, a inclinação da curva de esforço cortante é negativa; o valor absoluto da inclinação em𝑑𝑉𝑑𝑥 qualquer ponto é igual à carga por unidade de comprimento desse ponto. Integrando a equação 7.1 entre os pontos C e D, obtemos: Vd - Vc = - (7.2) 𝑋𝑐 𝑋𝑑 ∫ 𝑤𝑑𝑥 Vd - Vc = - (área sob a curva de carregamento entre C e D) (7.2’) Deve-se salientar que a equação 7.1 não é válida em um ponto em que uma carga concentrada é aplicada; em tal ponto, a curva do esforço cortante é descontínua. Do mesmo modo, as equações 7.2 e 7.2’ deixam de ser válidas quando cargas concentradas são aplicadas entre C e D, uma vez que elas não levam em consideração a súbita variação no esforço cortante causada por uma carga concentrada. Dessa forma, as equações 7.2 e 7.2’ devem ser aplicadas somente entre cargas concentradas consecutivas. Novamente analisando a figura 2 e escrevendo agora que a soma dos momentos em relação a C’ é zero, temos: (M + M) - M - V x + w x = 0∆ ∆ ∆ ∆𝑥2 M = V x - w( x)²∆ ∆ 12 ∆ Dividindo os membros da equação por x e fazendo x tender a zero, obtemos;∆ ∆ (7.3)𝑑𝑀𝑑𝑥 = 𝑉 A equação 7.3 indica que a inclinação da curva de momento fletor é igual ao𝑑𝑀𝑑𝑥 valor do esforço cortante. Isto é verdadeiro para qualquer ponto em que o esforço cortante tenha um valor bem definido, ou seja, em qualquer ponto no qual nenhuma carga concentrada está aplicada. A equação 7.3 também mostra que o esforço cortante é zero nos pontos em que o momento fletor é o máximo. Essa propriedade facilita a determinação dos pontos em que a viga pode se romper por flexão. Integrando a equação 7.3 entre os pontos C e D, obtemos: Md - Mc = (7.4) 𝑋𝑐 𝑋𝑑 ∫ 𝑉𝑑𝑥 Md - Mc = área sob a curva de esforço cortante entre C e D (7.4’) A área sob a curva de esforço cortante deve ser considerada positiva onde o esforço cortante é positivo, e negativa onde o esforço cortante é negativo. As equações 7.4 e 7.4’ são válidas mesmo quando cargas concentradas são aplicadas entre C e D, desde que a curva de esforço cortante tenha sido traçada corretamente. As equações 7.4 e 7.4’deixam de ser válidas, no entanto, se um binário é aplicado em um ponto entre C e D, uma vez que não levam em consideração a súbita variação no momento fletor causada por um binário. Consideremos uma viga AB simplesmente apoiada de vão L que sustenta uma carga uniformemente distribuída w, visto na figura 3. Figura 3 - Carga uniformemente distribuída w. A partir do diagrama de corpo livre da viga inteira, determinamos a intensidade das reações nos apoios: Ra = Rb = , visto na figura 4.𝑤𝐿2 Figura 4 - Intensidade das reações nos apoios Ra e Rb. Em seguida, é traçado o diagrama de esforço cortante. Junto à extremidade A da viga, o esforço cortante é igual a Ra, ou seja, a , como podemos comprovar tomando uma parte𝑤𝐿2 muito pequena da viga como um corpo livre. Utilizando a equação 7.2 podemos então determinar o esforço cortante V a qualquer distância x a partir de A, temos: V - Va = - 𝑜 𝑥 ∫ 𝑤𝑑𝑥 = − 𝑤𝑥 V = Va - wx = - wx = w( )𝑤𝐿2 𝐿 2 − 𝑥 A curva de esforço cortante é, portanto, uma reta inclinada que corta o eixo x em x = , visto na figura 5.𝐿2 Figura 5 - Curva de esforço cortante. Considerando agora o momento fletor, primeiro observamos que Ma = 0. O valor do momento fletor a qualquer distância x de A pode então ser obtido a partir da equação 7.4, temos: M - Ma = 𝑜 𝑥 ∫ 𝑉𝑑𝑥 M = 𝑜 𝑥 ∫ 𝑤( 𝐿2 − 𝑥)𝑑𝑥 = 𝑤 2 (𝐿𝑥 − 𝑥 2) A curva de momento fletor é uma parábola, visto na figura 6. Figura 6 - Curva do momento fletor. O valor máximo do momento fletor ocorre quando x = , uma vez que V (e, portanto,𝐿2 ) é zero para esse valor de x. Substituindo x = na última equação, obtemos Mmáx =𝑑𝑀𝑑𝑥 𝐿 2 .𝑤𝐿²8 Na maior parte das aplicações de engenharia, o valor do momento fletor precisa ser conhecido somente em alguns poucos pontos específicos. Uma vez traçado o diagrama de esforço cortante e após M ter sido determinado em uma das extremidades da viga, pode-se então obter o valor do momento fletor em qualquer ponto dado calculando-se a área sob a curva de esforço cortante e utilizando a equação 7.4. Neste exemplo, a curva de carregamento é uma reta horizontal, a curva de esforço cortante é uma reta inclinada e a curva de momento fletor é uma parábola. Se a curva de carregamento fosse uma reta inclinada (primeiro grau), a curva de esforço cortante seria uma parábola (segundo grau) e a curva de momento fletor, uma cúbica (terceiro grau). As curvas de esforço cortante e de momento fletor serão sempre, respectivamente, um ou dois graus acima da curva de carregamento. Portanto, assim que alguns poucos valores do esforço cortante e do momento fletor calculados, devemos ser capazes de esquematizar os diagramas de esforço cortante e de momento fletor sem realmente determinar as funções V(x) e M(x). Os diagramas esquemáticos obtidos serão mais exatos se fizermos uso de fato que, a qualquer ponto em que as curvas são contínuas, a inclinação da curva do esforço cortante é igual a -w e a inclinação da curva do momento fletor é iguala V. 7.8 - CABOS COM CARGAS DISTRIBUÍDAS Considera um cabo preso a dois ponto fixos A e B e sustentando uma carga distribuída, visto na figura 7. Figura 7 - Cabo preso sustentando uma carga distribuída. Considerando o caso mais geral de carga distribuída, traçamos o diagrama de corpo livre do trecho do cabo que se estende do ponto mais baixo C até um dado ponto D do cabo, visto na figura 8. Figura 8 - Diagrama de corpo livre no trecho C até D. As forças exercidas no corpo livre são: a força de tração To em C, que é horizontal, a força de tração T em D, direcionada ao longo da tangente ao cabo em D, e a resultante W da carga distribuída sustentada pela parte CD do cabo. Desenhando o correspondente triângulo de forças, obtemos a figura 9. Figura 9 - Triângulo de forças. Deste modo, temos: T * cos = To e T * sen (7.5)θ θ T = e Tg = (7.6)𝑇𝑜² + 𝑊² θ 𝑊𝑇𝑜 A partir das equações 7.5 é evidente que a componente horizontal da força de tração T é a mesma em qualquer ponto e que o componente vertical de T é igual à intensidade W da carga medida a partir do ponto mais baixo. As equações 7.6 mostram que a tração T é mínima no ponto mais baixo e máxima em um dos dois pontos de apoio. 7.9 - CABO PARABÓLICO Supondo que o cabo AB sustenta uma carga uniformemente distribuída ao longo da horizontal, como visto na figura 10. Figura 10 - Cabo que sustenta uma carga uniformemente distribuída ao longo da horizontal. Cabos de pontes suspensas podem ser considerados como sendo carregados desse modo, desde que o peso seja leve comparado com o peso dos tabuleiros da ponte. É representado por w a carga por unidade de comprimento (medida horizontalmente) e a indicamos em N/m. Escolhendo eixo coordenados com a origem no ponto mais baixo C do cabo, descobrimos que a intensidade W da carga total, sustentada pela parte do cabo que se estende por C até o ponto D de coordenadas x e y, é W = w * x. As equações 7.6 definindo a intensidade e a direção da força de tração em D, tornam-se: T = e Tg = (7.7)𝑇𝑜² + 𝑤²𝑥² θ 𝑤 * 𝑥𝑇𝑜 Além disso, a distância de D até a linha de ação da resultante W é igual à metade da distância horizontal de C até D, visto na figura 11. Figura 11 - Distância D até a linha de ação resultante W. Somando os momentos em relação a D, temos: e w * x *∑ 𝑀𝑑 = 0 𝑥2 − 𝑇𝑜 * 𝑦 = 0 Para y, temos: y = (7.8)𝑤𝑥²2𝑇𝑜 Esta é a equação de uma parábola com um eixo vertical e seu vértice na origem do sistema de coordenadas. A curva formada por cabos uniformemente carregados ao longo horizontal é, portanto, uma parábola. Quando os apoios A e B do cabo têm a mesma elevação, a distância L entre esses apoios é chamada de vão do cabo e a distância vertical h, desde os apoios até o ponto mais baixo, é denominada flecha do cabo, visto na figura 12. Figura 12 - Vão de apoio L e flecha do cabo h. Se o vão e a flecha de um cabo são conhecidos e se a carga w por unidade de comprimento horizontal é dada, pode-se encontrar a tração mínima To substituindo-se x = 𝐿2 e y = h na equação 7.8. As equações 7.7 vão, então, fornecer a tração e a inclinação em qualquer ponto do cabo, e a equação 7.8 vai definir a forma do cabo. Quando os apoios tiverem diferentes elevações, a posição do ponto mais baixo do cabo não é conhecida, e as coordenadas Xa, Ya e Xb, Yb dos apoios devem ser determinadas. Para fazer isso, indicamos que as coordenadas de A e B satisfazem a equação 7.8 e que Xb - Xa = L e Yb - Ya = d, onde L e d representam, respectivamente, as distâncias horizontal e vertical entre os dois apoios, visto na figura 13. Figura 13 - Distância horizontal L e distância vertical d entre dois apoios. O comprimento do cabo desde seu ponto mais baixo C até o apoio B pode ser obtido por meio da equação: Sb = (7.9) 𝑜 𝑋𝑏 ∫ 1 + ( 𝑑𝑦𝑑𝑥 )²𝑑𝑥 Ao distinguir a equação 7.8, obtemos o derivado ; substituindo na𝑑𝑦𝑑𝑥 = 𝑤𝑥 𝑇𝑜 equação 7.9 e expandindo a raiz quadrada em um série infinita, temos: Sb = 𝑜 𝑋𝑏 ∫ 1 + 𝑤²𝑥²𝑇𝑜² 𝑑𝑥 = 𝑋𝑏(1 + 𝑤²𝑋𝑏² 6𝑇𝑜² − 𝑤4𝑋𝑏4 40𝑇𝑜4 + ...) e, como, , temos:𝑤²𝑋𝑏²2𝑇𝑜 = 𝑌𝑏 Sb = Xb[1 + ] (7.10)23 ( 𝑌𝑏 𝑋𝑏 )² − 2 5 ( 𝑌𝑏 𝑋𝑏 ) 4 + ... A série converge para valores da razão menores que 0,5; na maioria dos casos,𝑌𝑏𝑋𝑏 essa razão é muito menor, e somente os dois primeiros termos da série precisam ser calculados. Existe alguma diferença na funcionalidade dos cabos com cargas concentradas daqueles com cargas distribuídas? Em cabos com cargas concentradas o peso do cabo pode ser desprezado em relação às cargas concentradas. Qualquer parte do cabo entre as cargas sucessivas pode, portanto, ser considerado um elemento submetido à ação de duas forças, e as forças internas em qualquer ponto do cabo se reduzem a uma força de tração direcionada ao longo do cabo. Já em cabos com cargas distribuídas a força interna direcionada ao longo do cabo toma a forma de uma curva e em um ponto D torna-se uma força de tração T direcionada ao longo da tangente a essa curva. Capítulo 7 - Problema 7.29: A–>B: ∑ 𝐹𝑟 = 0 -P - V = 0, V = -P M = 0∑ -x * P + M = 0 B–>C: ∑ 𝐹𝑟 = 0 -2P - V = 0, V = -2P M = 0∑ 2P*a + P * a + M = 0, M = -3P*a Capítulo 7 - Problema 7.30: Reações: A = 2P/3 e C = P/3 A–>B: ∑ 𝐹𝑟 = 0 2P/3 - V = 0, V = 2P/3 M = 0∑ -2P*x/3 + M = 0, M = 2P*x/3 B–>C: ∑ 𝐹𝑟 = 0 P/3 + V = 0, V = -P/3 M = 0∑ P*x/3 + M + P*L/3 = 0, M = P(L-x)/3 Capítulo 7 - Problema 7.31: Reações: Ay = D = L*w/4 A–>B: ∑ 𝐹𝑟 = 0 L*w/4 + V = 0, V = -L*w/4 M = 0∑ -L*w*x/4 + M = 0, M = L*w*x/4 B–>C: ∑ 𝐹𝑟 = 0 L*w/4 -w*x- V = 0, V = w*x - L*w/4 M = 0∑ x*w*x/2 - (L/4+x)w*L/4 + M = 0, M = w/2(L²/8 + L*x/2 - x²) Capítulo 7 - Problema 7.32: A–>B: ∑ 𝐹𝑟 = 0 -L*w - V = 0, V = -L*w M = 0∑ L*w*L/2 + M = 0, M = -L²*w/2 B–>C: ∑ 𝐹𝑟 = 0 -L*w/2 - V = 0, V = -L*w/2 M = 0∑ L*w/4 + M + w*L/2(L/4) = 0, M = -L*w/2(L/4 + L/2) Capítulo 7 - Problema 7.33: ∑ 𝐹𝑟 = 0 -P - V = 0, V = -P M = 0∑ -L*P + M + P*x = 0, M = P(L - x) Capítulo 7 - Problema 7.34: ∑ 𝑀𝑐 = 0 -Mo + L*Ay = 0, Ay = Mo/L ∑ 𝐹𝑟 = 0 -Mo/L + C = 0, C = Mo/L A–>B: ∑ 𝐹𝑟 = 0 -Mo/L - V = 0, V = -Mo/L M = 0∑ Mo * x/L + M = 0, M = -Mo*x/L B–>C: ∑ 𝐹𝑟 = 0 -Mo/L - V = 0, V = -Mo/L M = 0∑ Mo * x/L - Mo + M = 0, M = Mo(1-x/L) Capítulo 7 - Problema 7.35: A–>C: ∑ 𝐹𝑟 = 0 15 - V = 0, V = 15 M = 0∑ -15 * 1 + M = 0, M = 15 C–>D: ∑ 𝐹𝑟 = 0 15 - 30 - V = 0, V = -15 M = 0∑ -15 * 1,5 + 10 + M = 0, M = 12,5 D–>E: ∑ 𝐹𝑟 = 0 15 - 30 - 20 - V = 0, V = - 35 M = 0∑ -15 * 2 +10 + 30 * 0,5 + M = 0, M = 5 E–>B: ∑ 𝐹𝑟 = 0 15 - 30 - 20 - V = 0, V = -35 M = 0∑ 15 * 2,5 + 10 - 30 - 20 * 0,5 + M = 0, M = 7,5
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