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ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA Aluna: Viviane de Oliveira Augusto RA: 5413450 Turma: 003207A01 Atividade Proposta: Leitura e interpretação de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria dos Direitos Humanos, envolvendo uma grave violação de Direitos Humanos em face do Brasil, analisada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos ou julgada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, seguido da elaboração pelo aluno de texto descritivo, contendo as partes envolvidas, os direitos violados, os principais argumentos de ambas as partes e a solução dada ao caso concreto. Caso escolhido: Caso Trabalhadores da Fazenda Brasil Verde. Relatório sobre o caso: O caso em estudo refere-se a prática de trabalho forçado e de servidão por dívidas numa fazenda localizada no Estado do Pará, conhecida por Fazenda Brasil Verde, situação no qual diversos trabalhadores eram submetidos anualmente, e que, já vigorava impunemente por diversos anos, mesmo com conhecimento do Estado. Segundo declarações feitas por alguns dos trabalhadores que conseguiram fugir, eles eram impedidos de saírem por livre e espontânea vontade, havia diversas ameaças de morte caso tentassem fugir da fazenda; não havia salário ou recebiam um salário insignificante; não havia moradia, nem alimentação e nem saúde dignas; fora o endividamento que surgia com o fazendeiro. O Estado teve conhecimento da existência destas práticas desde 1989 e, apesar deste conhecimento, não adotou medidas de prevenção e nem de resposta. Não foram fornecidos às supostas vítimas um mecanismo judicial efetivo para a proteção de seus direitos, nem a punição dos responsáveis ou a obtenção de uma reparação. ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA Em 12/11/1998, a Comissão Interamericana recebeu petição inicial apresentada pela Comissão Pastoral da Terra. A Corte Interamericana é competente para conhecer do caso, uma vez que o Brasil é Estado Parte da Convenção Americana desde 25 de setembro de 1992 e reconheceu a competência contenciosa da Corte em 10 de dezembro de 1998. Direitos violados Violação dos direitos consagrados nos artigos 6, 5, 7, 22, 8 e 25 da Convenção em prejuízo dos trabalhadores da Fazenda Brasil Verde. Violação dos direitos consagrados nos artigos I, II, XIV, VIII e XVIII da Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem. Artigo I - Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança de sua pessoa. Artigo II - Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm os direitos e deveres consagrados nesta Declaração, sem distinção de raça, língua, crença ou qualquer outra. Artigo XIV - Toda pessoa tem direito ao trabalho em condições dignas e o de seguir livremente sua vocação, na medida em que for permitido pelas oportunidades de emprego existentes. Artigo VIII - Toda pessoa tem direito de fixar sua residência no território do Estado de que é nacional, de transitar por ele livremente e de não o abandonar senão por sua própria vontade. Artigo XVIII - Toda pessoa pode recorrer aos tribunais para fazer respeitar os seus direitos. Deve poder contar, outrossim, com processo simples e breve, mediante o qual a justiça a proteja contra atos de autoridade que violem, em seu prejuízo, quaisquer dos direitos fundamentais consagrados constitucionalmente. Em sua contestação o Estado apresentou algumas exceções preliminares: Inadmissibilidade da submissão do caso à Corte em virtude da publicação do Relatório de Mérito por parte da Comissão; Incompetência a respeito de supostas vítimas não identificadas; identificadas mas que não concederam procuração; que não figuravam no Relatório de Mérito da Comissão ou que não estavam relacionadas aos fatos do caso; Incompetência a respeito de fatos anteriores à data de reconhecimento ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA da jurisdição da Corte por parte do Estado; Incompetência sobre fatos anteriores à adesão do Estado à Convenção Americana; Incompetência relativa a supostas violações da proibição de tráfico de pessoas; Incompetência sobre supostas violações de direitos trabalhistas; Prescrição da petição perante a Comissão a respeito das pretensões de reparação de dano moral e material. A Comissão afirmou que o Direito Internacional, também estabelecido na Convenção Americana e em outros instrumentos internacionais dos quais o Brasil é parte, proíbe a escravidão, a servidão, o trabalho forçado e outras práticas análogas à escravidão. A proteção contra a escravidão é uma obrigação erga omnes. Pontos Resolutivos: A corte decide, O Estado é responsável pela violação do direito a não ser submetido a escravidão e ao tráfico de pessoas, estabelecido no artigo 6.1 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. O Estado é responsável por violar as garantias judiciais de devida diligência e de prazo razoável, previstas no artigo 8.1 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. O Estado é responsável por violar o direito à proteção judicial, previsto no artigo 25 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos [...] A Corte supervisionará o cumprimento integral desta Sentença, no exercício de suas atribuições e no cumprimento de seus deveres, em conformidade com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e dará por concluído o presente caso uma vez que o Estado tenha dado total cumprimento ao disposto na mesma. ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA Bibliografia https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/atuacao-internacional/editais-2018- 1/seriec_318_por_FazendaBrasilVerde.pdf https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/atuacao-internacional/editais-2018-1/seriec_318_por_FazendaBrasilVerde.pdf https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/atuacao-internacional/editais-2018-1/seriec_318_por_FazendaBrasilVerde.pdf
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