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Lesao Por Pressao e Feridas

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LESÃO POR 
PRESSÃO E 
TRATAMENTO 
DE FERIDAS 
 
TURMA 
ENF05N22 
ALUNOS 
Cleiciane Ferreira de Souza 
Kariana Alcântara Siza 
Karoline Uchôa da Silva 
Silvia Jéssica da Silva Oliveira 
Silvio Gabriel da Silva Oliveira 
 
 
 
LESÃO POR PRESSÃO 
 
 
 
A lesão por pressão (LPP), conhecida anteriormente como úlcera de pressão, 
úlcera de decúbito ou ferida de leito, ela é um dano localizado na pele e tecido 
subjacente, que pode ser causado por pressão, cisalhamento ou fricção. 
Esse tipo de lesão é mais comum entre idosos, pessoas com a mobilidade 
reduzida ou pessoas acamadas e, usualmente, são de difícil cicatrização, 
dolorosas, necessitam de tratamento custoso, além de ter um impacto negativo 
na qualidade de vida do indivíduo. 
 
Cuidados com as feridas e curativos 
Os cuidados com as feridas são fundamentais para prevenção de infecções 
podem prejudicar o processo de cicatrização, além de evitar desconforto e dores. 
Tratar as feridas em ambiente hospitalar ou em casa exigem medidas que 
garantam a segurança do paciente. Uma delas tem a ver com os tipos de 
curativos para feridas. Além de higienizar bem as mãos, utilizar materiais 
descartáveis e esterilizados, é preciso cuidar para que o curativo auxilie na 
proteção e cicatrização dos ferimentos. 
Devido a maior fragilidade da pele dos idosos, os ferimentos nesses pacientes 
merecem cuidados especiais para que as lesões não aumentem. 
 
 
 
 
Feridas causadas por roupas e acessórios 
Fraldas geriátricas, roupas muito justas ao e outros tipos de tecidos que 
dificultam a transpiração da pele que, pode causar atrito e ferimento no idoso ou 
os demais pacientes. 
Nesse caso, além de observado para prevenir o aparecimento desse tipo de 
ferida, quando detectadas devem ser higienizadas com água e sabão neutro. 
É importante deixar a área afetada livre para que a cicatrização ocorra 
normalmente. Para isso, não é recomendado o uso de curativos oclusivo que 
isolam a área. Caso o ferimento apresente alguma alteração de cor ou secreção, 
é necessário procurar atendimento médico. 
 
Feridas pós-operatório 
Após a realização de procedimento cirúrgico, é necessário seguir os cuidados 
como a troca periódica e higienização correta de acordo com a indicação médica. 
Geralmente, o período para retirada de pontos é de 6 a7 dias. 
O curativo com dreno é um tipo de curativo cirúrgico utilizado em paciente que 
utiliza sonda ou bolsas estéril e devem ser trocada periodicamente, de acordo 
com a orientação médica. 
O procedimento para troca deve manter a pele ao redor do ferimento ilesa de 
agressões por esparadrapos. 
 
Feridas causadas por lesões de pressão 
Popularmente conhecida como escara, a úlcera de decúbito ou pressão surgem 
em idosos demais pacientes acamados ou que permanecem por muito tempo na 
mesma posição em cadeira de rodas. Com pressão exercida sobre áreas como 
os cotovelos, ombros, calcanhar, ísquio (nádegas) e sacro (cóccix), o primeiro 
grau desses experimentos começa como uma mancha avermelhada e podendo 
evoluir a erupções que expõem músculos e ossos, se não forem tratados 
adequadamente. 
Para prevenir esse tipo de lesão, é necessário alternar a posição a cada duas 
horas e manter a pele seca, higienizada e hidratada. Nos casos onde o ferimento 
ainda não apresenta exposição de músculos e ossos, são utilizados curativo 
(semi-oclusivos) até que a ferida inicie a cicatrização já em seu último estado, 
onde existe perda de tecidos epitelial, é necessário a intervenção cirúrgica. 
 
Segurança para prevenção de lesões por pressão 
1- Realizar avaliação de risco de todos os pacientes antes e durante a 
internação; 
2- Realizar avaliação criteriosa da pele pelo menos uma vez ao dia, 
especialmente nas áreas de proeminências ósseas (joelhos, cotovelos e 
calcanhares) e pelo menos duas vezes ao dia nas regiões submetidas a pressão 
por dispositivos, como cateteres, tubos e drenos; 
3- Uso de apoio (travesseiros coxins ou espumas) na altura da panturrilha, a fim 
de erguer os pés e proteger os calcanhares; 
4- Manutenção da higiene corporal; 
5- Hidratação diária da pele do paciente com hidratantes e umectantes; 
6- Manutenção de nutrição (calórica, proteica e hídrica) adequada para favorecer 
a cicatrização dos tecidos; 
7- Unhas de Barreiras protetora da unidade excessiva viva quando necessário 
como, por exemplo: película semipermeável, hidrocoloide, espuma de 
poliuretano, sacos retais ou substâncias oleosas; 
8- Orientação do paciente da família na prevenção e tratamento das lesões por 
pressão. 
9- Mudança de posição para reduzir a pressão local evitando manter a mesma 
posição durante períodos prolongados. 
10- Usar colchão especial ou de coxins, como colchão de espuma de tipo caixa 
de ovo ou colchão d'água; 
 
Prevenção das infecções das LPP 
✓ Siga as medidas de precauções e substâncias corporais quando estiver 
lidando com o UPP. 
✓ Os luvas limpas para cada paciente. 
✓ Quando estiver tratando multiplayer 0 PP em um mesmo paciente, atenda a 
lesão mais contaminada por último. 
✓ Os instrumentos para desbridar a LPP. 
✓ Após o desbridamento monitoriza a temperatura do paciente esteja alerta para 
sinais de bateremia ou septicemia, por exemplo: febre inexplicável, taquicardia, 
hipotensão, deterioração (agravamento) no status mental. 
✓ Os descartes desses curativos contaminados devem ser feitos de maneira 
consistente, com a regulamentação local. 
✓ Uma aderência estrita as precauções universais e boa lavagem das mãos 
entre os pacientes. 
✓ Carros de curativos usados para vários pacientes, levados para o quarto, ao 
lado da cama, não deve ser usados para guardar suprimentos para curativos. 
✓ Os pacientes, individualmente, deveriam ter os seus próprios materiais de 
curativo que são protegidos de contaminação ambiental, danos causados pela 
água, acúmulo de poeiras ou contaminantes de contato. 
✓ Avaliação da recorrência da UPP é um componente contínuo do cuidado. 
✓ A cama deve ser limpa e seca. 
✓ Os cuidadores devem lavar as mãos antes de entrar em contato com os 
pacientes. 
✓ A agência de proteção ambiental americana, recomenda que cuidado a 
domiciliar os curativos sujos devem ser colocados em saco plásticos, 
seguramente fechados, antes de serem adicionados aos outros lixos da casa. 
 
Os seis estágios ou tipos da lesão por pressão 
O sistema de classificação da ferida nos ajuda a descrever o nível de dano à 
pele e ao tecido. Esta é uma primeira etapa importante a fim de desenvolver o 
plano de tratamento adequado para estes tipos de feridas. 
 
Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não 
embranquece. 
Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode 
parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que embranquece 
ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento) 
podem preceder as mudanças visuais. Mudanças na cor não incluem 
descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano tissular profundo. 
 
 
Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura 
parcial com exposição da derme. 
Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da 
ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também 
apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou 
rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido de 
granulação, esfacelo e escara não estão presentes. Essas lesões geralmente 
resultam de microclima inadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis 
e no calcâneo. Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de 
pele associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência 
(DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de pele associada a adesivos médicos 
ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões). 
 
 
 
Lesão porPressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura 
total. 
Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, 
frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) 
estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. A profundidade do 
dano tissular varia conforme a localização anatômica; áreas com adiposidade 
significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrer descolamento 
e túneis. Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem 
e/ou osso. 
Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda 
tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. 
 
 
 
Lesão por Pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura 
total e perda tissular. 
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou 
palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. 
Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), 
descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente. A profundidade varia 
conforme a localização anatômica. 
Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda 
tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. 
 
 
 
 
Lesão por Pressão Não Classificável: Perda da pele em sua 
espessura total e perda tissular não visível. 
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do 
dano não pode ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. 
Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por Pressão em Estágio 3 ou 
Estágio 4 ficará aparente. Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema ou 
flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida, pois 
serve de proteção natural. 
 
 
 
Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelho 
escura, marrom ou púrpura, persistente e que não 
embranquece. 
Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha 
escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que 
mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. Dor e 
mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração 
da pele. A descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas com pele de 
tonalidade mais escura. Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada 
e de cisalhamento na interface osso-músculo. A ferida pode evoluir rapidamente 
e revelar a extensão atual da lesão tissular ou resolver sem perda tissular. 
Quando tecido necrótico, tecido subcutâneo, tecido de granulação, fáscia, 
músculo ou outras estruturas subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por 
pressão com perda total de tecido (Lesão por Pressão Não Classificável ou 
Estágio 3 ou Estágio 4). Não se deve utilizar a categoria Lesão por Pressão 
Tissular Profunda (LPTP) para descrever condições vasculares, traumáticas, 
neuropáticas ou dermatológicas. 
 
 
 
Definições adicionais: 
Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico: 
Essa terminologia descreve a etiologia da lesão e resulta do uso de dispositivos 
criados e aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão 
resultante geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo. Essa lesão 
deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões por pressão. 
 
Lesão por Pressão em Membranas Mucosas: 
A Lesão por Pressão em Membranas Mucosas é encontrada quando há histórico 
de uso de dispositivos médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, 
essas lesões não podem ser categorizadas. 
 
 
 
Escala de Braden 
É um importante instrumento que foi criado no ano de 1987 pelas 
enfermeiras Bárbara Braden e Nancy Bergstrom, com o objetivo de avaliar o 
risco de acometimento de lesão por pressão, especialmente aqueles em 
internação hospitalar por longo período. 
A Escala de Braden é um recurso utilizado nas UTIs para medir o risco dos 
pacientes críticos de desenvolverem lesões por pressão. 
A partir desse registro, enfermeiros conseguem aplicar medidas preventivas e 
promover um tratamento mais eficaz. 
De acordo com os resultados desta avaliação, profissionais de saúde 
conseguem identificar os pacientes em risco e aplicar medidas preventivas para 
evitar o desenvolvimento das lesões por pressão. 
O profissional responsável analisa seis fatores principais e pontua de 1 a 4, 
sendo maior quanto mais positivo for o estado do paciente. São eles: 
 Percepção sensorial (1 a 4 pontos); 
 Atividade (1 a 4 pontos); 
 Mobilidade (1 a 4 pontos); 
 Umidade (1 a 4 pontos); 
 Nutrição (1 a 4 pontos); 
 Fricção ou cisalhamento (1 a 3 pontos). 
Em seguida, é necessário somar os valores, que resultará em um número entre 
6 e 23, indicando o estado da lesão e quais práticas seguir após a avaliação. 
 
 
Tratamento da LPP 
O tratamento da LPP instalada deverá ser implementado em conjunto com as 
medidas preventivas. 
Os tratamentos tópico e sistêmico da LPP considerarão: 
 Procedimentos de limpeza e de debridamento; 
 Aplicação de terapia tópica (coberturas primárias, secundárias e de fixação) e 
Intervenção sistêmica. 
 
Tratamento Tópico 
Procedimentos de limpeza e de debridamento. 
• A técnica de limpeza da lesão e da pele adjacente visa remover secreções, 
tecidos desvitalizados soltos, micro-organismos e resíduos das coberturas 
tópicas, preservando o tecido de granulação e minimizando riscos de trauma 
e/ou infecção. 
Os passos para a limpeza da lesão deverão seguir o POP “Curativo em Ferida 
Aberta”, disponível à equipe de enfermagem, seguindo técnica asséptica e 
limpeza com soro fisiológico (SF) 0,9% morno e em jato. 
 A solução aquosa de polihexanida 0,1% (PHMB) poderá ser indicada também 
para limpeza da ferida, quando for necessário uma limpeza mais profunda e 
controle antimicrobiano. 
• A remoção do tecido desvitalizado, quando houver, ocorrerá após a limpeza, 
sem agredir o tecido de granulação, por meio dos processos: 
 1° opção: Mecânico (jato de SF 0,9% ou gazes); 
 2° opção: Enzimático (cobertura tópica primária com enzimas proteolíticas) ou 
Autolítico (cobertura tópica primária com facilitadores da ação dos macrófagos e 
da atividade proteolítica endógena); 
 3° opção: Instrumental conservador (tesoura/bisturi); 
4° opção: Cirúrgico. 
Ressalvas: 
1. Utilizar o sistema RYB de avaliação por cores para seleção do debridamento: 
Vermelho, amarelo e preta – PROTEGER A VERMELHA; LIMPAR A AMARELA 
E DESBRIDAR A PRETA. 
2. O debridamento conservador ou cirúrgico deverá ser indicado quando o 
desbridamento pelos meios mecânico e enzimático ou autolítico não forem 
suficientes. 
3. As necroses secas deverão ser “escarificadas”, em forma de rede, (técnica de 
Square) com uso de bisturi ou agulha 0,12 x 40, antes da aplicação da cobertura 
tópica enzimática ou autolítica, para facilitar a penetração desse produto. 
4. Não é recomendado desbridar necroses estáveis e duras nos membros 
inferiores: especialmente, nos calcâneo 
 
Aplicação de terapias tópicas 
A prescrição das coberturas será embasada nas recomendações do preparo do 
leito da lesão que preconizam fazer as seguintes observações clínicas: tipo de 
tecido; estadiamento da lesão; quantidade de exsudato; presença de 
sangramento; sensibilidade à dor e presença de infecção. As coberturas incluem: 
as primárias, as secundárias e os dispositivos defixação/suporte. 
 
• A terapia sistêmica deverá estar voltada ao tratamento ou controle/ajustes dos 
fatores intrínsecos do paciente que, diretamente ou indiretamente, interferem ou 
podem interferir no processo de cicatrização da LPP. Importante: considerar as 
competências técnicas e legais de cada categoria profissional. 
• A análise laboratorial é uma ferramenta indicada como critério de avaliação no 
processo cicatricial da lesão e guia para adequaçõesnutricionais e metabólicas. 
Os exames indicados e os valores de referência são: 
 Hemoglobina glicada (6,5 a 7%); 
 Albumina sérica (3,5 a 5,2 g/dL); 
Hemograma completo (eritrócitos 4 a 6 milhões/mm3; hemoglobina 12 a 18 g/dL; 
hematócrito 35 a 50%; plaquetas 150.000 a 450.000/mm3; leucócitos 4.500 a 
11.000 células/mm3); 
 Zinco (80 a 120 μg/dL); 
 Vitamina B12 (200-835 pg/mL); 
 Vitamina D (>30 ng/mL). 
 
Evolução da Lesão por Pressão 
• O registro da evolução da LPP deverá ser realizado a cada 7 dias, pelo 
enfermeiro da unidade, utilizando o “Formulário de Avaliação de Lesão Crônica” 
(APÊNDICE C), para monitoramento e reavaliar condutas. 
• A escala Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH) (ANEXO C) poderá ser 
utilizada para predizer o progresso da cicatrização da lesão (pontuação de 0 a 
17 pontos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como medir a área da LPP? 
Traçar uma linha horizontal e uma linha vertical nos maiores diâmetros da lesão; 
mensurar em centímetros e multiplicar os valores. Utilizar régua transparente 
descartável milimetrada, preferencialmente. 
• O plano de tratamento deverá ser reavaliado a cada 7 dias, principalmente, 
quando não houver uma evolução esperada da lesão. 
• A análise microbiológica da lesão poderá ser indicada quando a LPP não 
apresentar uma evolução esperada e ter a presença de sinais e sintomas locais 
e/ou sistêmicos de infecção. 
 
Sinais e sintomas locais e sistêmicos: 
 Aumento da dor; odor fétido; descoloração do tecido de granulação; 
hipergranulação; 
Aumento ou alteração exsudato (purulento); aumento de necrose; alterações na 
pele perilesional (edema, dor; eritema, calor); febre; calafrios; leucocitose; 
taquicardia; hipotensão arterial e outros. 
 
Tipos de procedimentos para coleta de material microbiológico: 
 Coleta de tecido por meio de biópsia (CB). Indicado pós debridamento cirúrgico. 
Preferível 
Coleta por swab ou por técnica de aspiração. Seguir o POP “Coleta de Material 
Microbiológico de Feridas”, disponível à equipe de enfermagem (STACCIARINI; 
CUNHA, 2014). 
Observações: 
 A coleta de material microbiológico deverá ser realizada em tecido viável, após 
a limpeza. 
Se o resultado microbiológico confirmar a infecção da lesão, a necessidade de 
tratamento sistêmico com antimicrobianos será determinada pelo médico, 
considerando os resultados laboratoriais e o e estado clínico do paciente. 
Na presença de sinais de infecção na lesão, é indicada terapia tópica com 
antimicrobianos. Tempo máximo de uso de um mesmo agente tópico é de 15 
dias. 
Investigação de diagnóstico de osteomielite em lesões estágio 4 a partir do 14° 
dia de sua instalação. 
• A documentação fotográfica, recurso utilizado no registro da evolução de uma 
lesão, deverá possuir: autorização escrita do paciente/responsável; máquina de 
boa qualidade. 
 
Tratamento de Feridas 
 
AVALIAÇÃO 
 
 
 
É essencial uma avaliação criteriosa da ferida e o estabelecimento de um 
diagnóstico de enfermagem acurado. Para tanto, é necessário levar em 
consideração as evidências clínicas observadas quanto à localização anatômica, 
forma, tamanho, profundidade, bordos, presença de tecido de granulação e 
quantidade de tecido necrótico, sua drenagem e as condições da pele 
perilesional. 
 
 
 
 A sistematização do tratamento de feridas ocorre por meio de ações simples 
que visam remover as barreiras que impedem a cicatrização. Essas barreiras 
são expressas na palavra TIME, onde cada letra significa uma barreira a ser 
removida da lesão são quatro componentes da cicatrização da ferida importantes 
na preparação do leito e na orientação das decisões terapêuticas dos 
profissionais. Para atingir um bom resultado em termos de cicatrização, é preciso 
observar esses quatro princípios, sendo necessário que cada um deles 
apresente um status adequado para que seja possível a progressão do processo 
cicatricial. 
 T (Tecido inviável) - Para o preparo da ferida, é necessário avaliar as condições 
do tecido. Se ele estiver inviável, necrótico ou deficiente, é recomendável realizar 
o desbridamento, que pode ser instrumental, autolítico, enzimático, mecânico ou 
biológico. O desbridamento tem a finalidade de remover o tecido desvitalizado, 
restaurar a base da ferida e da matriz extracelular e obter tecido viável no leito 
da ferida. 
I (Infecção ou inflamação) - Trata-se aqui do tecido com alta conta gem 
bacteriana ou inflamação prolongada, com número elevado de citocinas 
inflamatórias. Atividade das proteases e baixa atividade dos fatores de 
crescimento são prejudiciais para a cicatrização. Nessa situação, é necessário 
realizar a limpeza da ferida e avaliar as condições tópicas sistêmicas e o uso de 
anti-inflamatórios e antimicrobianos. 
M (Manutenção da umidade) - Para que ocorra a cicatrização, é necessário o 
equilíbrio da umidade da ferida. Enquanto o leito da ferida ressecado ocasiona 
uma migração lenta das células epiteliais, o excesso de exsudato também é 
prejudicial, pois pode provocar maceração da margem e da pele perilesional. 
Nessas condições, é preciso estimular a migração das células epiteliais, para 
evitar ressecamento e maceração, e controlar o edema e o excesso de fluidos. 
E (Epitelização das bordas) – É a situação em que, no processo de cicatrização, 
há progressão da cobertura epitelial a partir das bordas. 
Nesse caso, deve-se avaliar todo o processo, observando as causas e optando 
por uma das terapias corretivas, que poderá ser desbridamento do tecido morto, 
enxerto de pele no local, uso de agentes biológicos e terapias adjuntas. 
 
Tratamento da ferida 
No tratamento das feridas, além dos fatores locais, existem fatores sistêmicos 
que podem afetar o processo de reparação da pele e dos tecidos, como a idade, 
a imobilidade, o estado nutricional, as doenças associadas e o uso de 
medicamentos contínuos, principalmente drogas imunossupressoras. Entre os 
fatores locais que afetam o processo, destacam-se a localização anatômica da 
ferida e a presença de infecção e de tecido desvitalizado. 
 
Avaliação das condições clínicas 
Todo paciente deve ser avaliado de forma ampla, uma vez que um paciente 
descompensado clinicamente terá um processo de cicatrização mais difícil. 
Apresentam-se a seguir os fatores a serem considerados nesta avaliação. 
• Idade: é um dos aspectos sistêmicos mais importantes, um cofator de risco 
tanto para o surgimento de lesões, como para a sua manutenção, já que ela 
interfere no funcionamento de todos os sistemas fisiológicos corporais. A idade 
avançada está associada a uma série de alterações nutricionais, metabólicas, 
vasculares e imunológicas e, muitas vezes, às doenças crônicas, que tornam o 
indivíduo mais suscetível ao trauma e à infecção. 
• Estado nutricional: as proteínas são fundamentais para todos os aspectos da 
cicatrização, desde a síntese de colágeno e a proliferação epidérmica, até a 
neovascularização. Destacam-se os se- guintes nutrientes: 
• Vitamina A: essencial à formação e manutenção da integridade do tecido 
epitelial; 
• Vitaminas do complexo B: necessárias para a efetiva ligação cruzada entre as 
fibras colágenas, para a função linfocitária e a produção de anticorpos; 
• Vitamina C: essencial para a hidroxilação da lisina e da prolina no processo de 
síntese de colágeno. É importante, também, para a produção de fibroblastos e 
para a integridade capilar; 
• Oligoelementos, como zinco, ferro, cobre e manganês: necessários para a 
formação do colágeno; 
• Água: o mais importante nutriente; corresponde a cerca de 55% do peso 
corporal e compõe todas as atividades celulares e funções fisiológicas. 
• Imobilidade: é um fator que limita e reduz a cicatrização da ferida, por diminuir 
o aporte sanguíneo e aumentar o risco de isquemia tecidual. Pacientes com 
percepção sensorial diminuída e imobilizados no leito não percebem ou não 
conseguem reagir ao desconforto ocasionadopelo excesso de pressão nas 
regiões de proeminências ósseas e, portanto, têm maior dependência para se 
movimentarem. Esses pacientes precisam de assistência da enfermagem para 
aliviar a pressão nos tecidos. A pressão excessiva contribui para o 
desenvolvimento da úlcera de pressão, por induzir à isquemia e à necrose dos 
tecidos. 
• Vascularização: a oxigenação e perfusão tissular são condições essenciais 
para a manutenção da integridade e sucesso na reparação tissular. Indivíduos 
portadores de insuficiência arterial ou venosa podem desenvolver ulcerações 
distais que tendem à cronificação. O tabagismo também é um componente 
importante na ocorrência da hipóxia, devido à ação vasoconstritora da nicotina. 
• Condições sistêmicas: uma das mais importantes é o diabetes mellitus, que 
reduz a resposta inflamatória e aumenta o risco de infecção. Já a neuropatia 
diminui a percepção sensorial, aumentando o risco para o desenvolvimento de 
feridas. A insuficiência renal, por sua vez, interfere na manutenção da pressão 
arterial, no equilíbrio hidroeletrolítico e no processo de coagulação. Além dessas, 
existem outras condições sistêmicas, como as doenças reumatológica, hepática, 
neurológica, intestinal, hematológica, que, por mecanismos diretos ou indiretos, 
influenciam negativamente no processo de reparação tissular ou predispõem o 
indivíduo a riscos maiores de desenvolvimento de feridas. Alguns tratamentos 
sistêmicos podem comprometer o processo de reparação tissular, como 
radioterapia, quimioterapia, esteroides e drogas anti-inflamatórias e 
imunossupressoras. 
• Fatores locais: são desencadeados por doença arterial, infecção bacteriana, 
uso de agentes tópicos citotóxicos ou presença de tecido necrosado. 
• Fatores psicossociais: ausência de redes sociais ou de sistemas de suporte, 
isolamento, dificuldades financeiras, comportamento de não adesão aos 
protocolos de tratamento, não comparecimento às consultas, não remoção de 
curativos, abuso de substâncias, dor etc. 
 
Controle da dor e o uso de analgésicos 
A dor é uma das principais causas de sofrimento humano, portanto, sua 
avaliação se constitui numa premissa da prática clínica. Para identificar a causa 
desencadeante da dor e ter condições de aliviá-la, é necessário um cuidado 
individualizado. O inadequado alívio da dor na presença de feridas e na troca da 
cobertura dificulta a realização adequada do curativo, com prejuízo à 
cicatrização e desconforto ou dor ao paciente. Portanto, a analgesia prévia ao 
curativo, conforme prescrição médica, é necessária para que se possam remover 
do leito da ferida o curativo, os agentes inflamatórios, os corpos estranhos e os 
tecidos desvitalizados com o mínimo de desconforto para o paciente. Nesse 
processo, o uso de soro morno também auxilia a minimizar a dor. A dor pode ser 
classificada como: a dor local, a dor ocasional, a dor produzida durante o curativo 
e a dor relacionada aos procedimentos cirúrgicos. A dor local é aquela que o 
paciente sente sem haver manipulação da ferida. Ela pode ser contínua ou 
intermitente. Está relacionada a fatores subjacentes da ferida, a fatores locais 
como isquemia ou infecção, ou a outras patologias relevantes, como neuropatia 
diabética, doença vascular periférica, artrite reumatoide ou alterações 
dermatológicas. Os fatores locais da dor nas feridas incluem a isquemia no sítio 
ou perilesional, a presença de infecção local ou subjacente, a umidade, a 
presença de exsudato, o edema e a maceração da pele. 
• avaliar tanto a dor local da ferida quanto a dor de todo tecido perilesional; 
• utilizar escalas de avaliação de intensidade de dor durante e após o 
procedimento; • registrar os dados para que se possa avaliar se a dor aumenta 
ou diminui; 
• avaliar as intervenções analgésicas propostas na troca de coberturas; 
• registrar os acontecimentos que incrementam ou diminuem a dor relacionada 
ao tratamento de feridas; 
• promover um ambiente de cuidado humanizado, livre de sofrimentos quando é 
possível evitá-los. 
 
• Tipo de ferida – informar a causa da ferida: cirúrgica, traumática ou ulcerativa. 
Se for úlcera por pressão, classificar seu estágio de acordo com a Classificação 
por Estágios das Úlceras por Pressão. 
 
 
• Tempo de duração da ferida e sua origem - essa informação permite classificar 
a ferida em aguda ou crônica, bem como estabelecer se a origem foi comunitária 
ou hospitalar. 
• Localização da ferida - descrever a região anatômica acometi- da, o que permite 
a localização precisa da ferida. 
• Dimensão da ferida - medir os bordos da ferida, registrando altura, largura e 
profundidade, em centímetros, utilizando a régua descartável. 
• Tipo de tecido - descrever o tipo de tecido do leito da ferida, se existe infecção, 
como é o meio (umidade) e a epitelização dos bordos (TIME). 
• Características do exsudato - registrar o aspecto, a quantidade ou a ausência 
de exsudato. 
• Pele perilesão - registrar o aspecto e as condições da pele perilesional. 
• Descrição do procedimento - descrever o aspecto do curativo, a técnica de 
limpeza e a cobertura escolhida para o leito da ferida e para a proteção dos 
bordos. 
• Previsão de troca do curativo - registrar a periodicidade da próxima troca e 
incluir na prescrição de enfermagem. 
• Dor ou queixas do paciente em relação ao procedimento - registrar se a 
analgesia prescrita está adequada, se está sendo possível realizar a limpeza da 
ferida com desconforto tolerável para o paciente, e demais queixas do paciente. 
 
Evolução da ferida 
Avaliar e registrar a evolução da ferida é necessário para determinar o 
tratamento apropriado para cada caso. Isso deve ser feito de forma sistemática, 
desde a ocorrência da ferida até sua resolução. O registro deverá ser realizado 
de forma objetiva, incluindo o tipo de ferida, o tempo de duração, a localização, 
a dimensão, o tipo de tecido, o exsudato, a pele perilesional e o tipo de curativo. 
Ele também deverá conter a descrição do procedimento realizado, informar se 
há dor durante a troca do curativo, outros desconfortos relatados pelo paciente, 
bem como o plano para a próxima troca do curativo. Os registros devem ter uma 
linguagem objetiva e mensurável, sendo fundamental que as informações 
permitam acompanhar a evolução das feridas. 
 
 
Alguns fatores que interferem na cicatrização de feridas 
A cicatrização é um processo complexo que compreende diversos eventos 
celulares e moleculares interagindo para que o local da lesão seja reconstituído. 
É preciso ficar atento quando há demora em se fechar algumas feridas pois 
existem alguns fatores que, além de atrasar a reconstrução e a produção de 
novas células, podem fazer com que haja complicações futuras. 
 
Diferenças entre as causas de cicatrizações lentas 
Existem dois tipos de fatores que influenciam a cicatrização, que são os que 
estão ligados diretamente ao local afetado (intrínsecos) e os que estão ligados à 
condição do paciente com a lesão (extrínsecos). 
Entre os Fatores Intrínsecos estão: 
Dimensão e profundidade da lesão; 
Tipo de tecido lesado; 
Localização da lesão; 
Infecção local e grau de contaminação; 
Presença de secreções; 
Necrose tecidual; 
Falta de oxigenação; 
Tensão na ferida; 
Hemorragia; 
Corpos Estranhos; 
Hematomas. 
Nutrição – É muito importante, dietas ricas em vitaminas e proteínas vão interferir 
diretamente com o tempo de cicatrização da ferida. 
Hidratação – O paciente desidratado tem maior dificuldade no tratamento e 
tempo cicatrização das feridas. 
Estado neurológico – A colaboração do paciente é muito importante para o 
sucesso do tratamento. 
Idade – baixa resistência do idoso. Esta associada a uma serie de alterações 
nutricionais, metabólicas, vasculares e imunológicas. 
Localização Anatômica da ferida – A localização interfere, pois dependendo por 
exemplo em lugares em que dificultam o curativocomo na região sacra onde o 
paciente dorme em cima da ferida. 
Mobilidade – O paciente em condições de mobilidade normal a possui mais 
condições para a rapidez da cicatrização. 
Condições Sociais – De uma forma geral facilita o tratamento quando o paciente 
tem pessoas como da família para auxílio no tratamento, bem como condições 
monetária para compra de materiais e dispositivos necessários. 
Uso de Medicamentos – Imunossupressores interferem no tratamento devido a 
baixa resistência causada para o paciente. 
Tempo da Existência da Ferida – Feridas crônicas devem ser avaliadas à partir 
de vários critérios, assim como uso de terapias anteriores, uso de pomadas que 
interferem na cicatrização não sendo seletiva em relação ao dano do tecido 
viável. 
Podemos destacar nestes fatores que alguns deles são causados pela falta de 
higiene adequada e de cuidados especiais com o local lesionado, porém, é 
notável como a falta de oxigenação e circulação adequada do sangue interfere 
na cura. 
Por isso muitos pacientes estão procurando tratamentos realizados em câmera 
hiperbárica, porque o aumento do oxigênio que circula no sangue faz com que a 
cicatrização seja acelerada. 
Vamos citar agora os Fatores Extrínsecos: 
Idade; 
Estado nutricional; 
Estado imunológico; 
Diabetes e outras doenças crônicas; 
Uso de medicamentos (principalmente de esteroides) e/ou Terapias 
medicamentosas associadas; 
Quimioterapia; 
Alcoolismo; 
Tabagismo. 
Os fatores acima não são diretamente controlados por quem sofreu a lesão ou 
pelo profissional que o acompanha. 
No caso do uso de cigarro, álcool e algumas medicações, a recomendação para 
interromper o uso durante esse período pode ser dada, mas as substâncias que 
já circulam no sangue podem afetar a cicatrização por um tempo prolongado, 
mesmo depois que tenham sido interrompidos. 
O desconhecimento de algumas doenças, estado nutricional e a falta de cuidado 
de pacientes diabéticos são agravantes e quanto mais cedo o tratamento se 
iniciar, menores as chances de complicações tardias. 
 
Como perceber e tratar esses fatores 
A cicatrização normalmente leva entre 4 a 6 semanas para se completar. Ela 
pode não se iniciar imediatamente após a lesão devido aos fatores extrínsecos 
que citamos. 
Pacientes com diabetes, idade avançada e que fazem uso de algumas 
medicações podem retardar o processo de cura de feridas. 
Não é bom deixar o local aberto por muito tempo e sem os cuidados necessários. 
Muitas amputações de pessoas com pé diabético ocorrem por causa da má 
circulação e de oxigenação insuficiente no local. 
 
Irrigação 
A irrigação é muito importante, sendo utilizado toda a quantidade do frasco, isso 
remove qualquer corpo estranho que venha interferir no processo de cicatrização 
sem causar lesão na mucosa íntegra. - Manter a ferida fechada para proteção 
de qualquer interferência externa. 
Irrigar a laceração usando soro fisiológico estéril em uma seringa de 35 ou 60 
mL (de preferência com um protetor contra respingos acoplado, ou então 
utilizando um cateter plástico). 
Usar uma sonda ou pinça de tecido para expor o tecido e irrigar toda a 
profundidade e toda a extensão da ferida. 
Pressionar o êmbolo para baixo com os polegares das duas mãos para produzir 
pressão suficiente para remover material particulado e bactérias. O volume de 
líquido necessário varia de acordo com o tamanho e o grau de contaminação da 
ferida. Tipicamente, 50 a 100 mL por centímetro do comprimento da ferida são 
utilizados, mas para feridas relativamente limpas, 30 a 50 mL por centímetro são 
geralmente adequados. 
Continuar a irrigação até que a ferida esteja visivelmente limpa. Se a irrigação é 
ineficaz em remover partículas visíveis, é necessária limpeza. 
 
Cuidados com drenos 
Algumas cirurgias exigem a necessidade da colocação de drenos para facilitar o 
esvaziamento do ar e líquidos (sangue, secreções) acumulados na cavidade. 
Dreno pode ser definido como um objeto de forma variada, produzido em 
materiais diversos, cuja finalidade é manter a saída de líquido de uma cavidade 
para o exterior. 
As indicações para colocação de controle de drenos são específicas para cada 
tipo de dreno. 
Podem ser classificados em: 
– Dreno aberto, ex.: penrose; 
– Dreno de sucção fechada; 
– Dreno de reservatório; 
– Cateteres para drenagem de abscesso. 
 
 
 
Dreno de Penrose 
É um dreno de borracha, tipo látex, utilizado em cirurgias que implicam em 
possível acúmulo local de líquidos infectados, ou não, no período pós-operatório. 
Seu orifício de passagem deve ser amplo e ser posicionado à menor distância 
da loja a ser drenada, não utilizando o dreno por meio da incisão cirúrgica e, sim, 
por meio de uma contraincisão. 
Para evitar depósitos de fibrina que possam obstruir seu lúmen, o dreno de 
penrose deve ser observado e mobilizado a cada 12 horas, ou seja, tracionado 
em cada curativo (exceto quando contraindicado), cortado seu excesso e 
recolocado o alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. O orifício de 
saída deve ser ocluído com gaze estéril, devendo este curativo ser substituído 
sempre que necessário. 
 
 
 
 
Dreno de Sucção (Portovac) 
É composto por um sistema fechado de drenagem pós-operatória, de polietileno, 
com resistência projetada para uma sucção contínua e suave. 
Possui uma bomba de aspiração com capacidade de 500 ml, com um cordão de 
fixação, uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e um 
conector de duas ou três vias, e um cateter de drenagem com agulha de aço 
cirúrgico (3,2 mm, 4,8 mm ou 6,4 mm) utilizada para perfurar o local de passagem 
do dreno. 
É usado para drenagem de líquido seroso ou sanguinolento, de locais de 
dissecção ou da área de anastomoses intraperitoneais. Seu objetivo é facilitar a 
coaptação dos tecidos adjacentes e impedir o acúmulo de soro e a formação de 
hematoma. Uma das principais complicações são a erosão do dreno em órgãos 
ou vasos circunvizinhos e a ruptura do cateter ao ser retirado. 
Cuidados com o Portovac 
Prazo de permanência: aproximadamente 48 horas. 
Não tracionar 
verificar drenagem (presença de coágulos) 
Manipulação asséptica 
 
 
Dreno de Abramsom 
São tubos de grande calibre e luz múltipla e têm as seguintes finalidades: 
– Irrigação e aspiração contínua; 
– Usado mais comumente para drenar espaços intra-abdominais que se espera 
drenar grande volume de líquido. 
 
 
 
 
Dreno de Kerr 
É introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, sendo utilizado para drenagem 
externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar, como prótese 
modeladora, devendo ser fixado por meio de pontos na parede duodenal lateral 
ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo sua saída espontânea. 
 
 
Dreno JP (Jackson Pratt) 
Drenos com reservatório JP, que funciona com pressão negativa e diferencia-se 
do anterior por possuir a forma de uma pêra. 
Indicação: cirurgias abdominais. 
Principal cuidado: manter vácuo (então culmina por alterar o volume drenado, 
podendo acumular o que provocaria dor, desconforto, alteração de sinais vitais 
e outras. 
 
 
 
Dreno Blake 
O Dreno de Blake é um dispositivo de silicone para a drenagem de fluidos no 
período pós-operatório. Possui canais de fluxo ao longo de seu corpo, que 
diminuem a possibilidade de obstrução e possibilitam uma drenagem mais 
eficiente. O seu centro sólido proporciona uma maior resistência às tensões, 
evitando assim a obstrução. 
 
 
 
 
 
Tipos de curativos 
Os tipos de curativos que existem e os produtos que podem ser usados, de 
acordo com o grau de complexidade de cada ferida. 
Ainda na pré-história, os homens utilizavam plantas e seus extratos como 
cataplasmas, para estancar hemorragias e umidificar as feridas. 
 
Por volta de 2700 a.C. os egípcios utilizavam produtos que, hoje, denominamos 
Fármacos da sujeira, esses produtos eram derivados de produtos 
aparentementeabsurdos como urina humana e outros, associados a orações e 
sacrifícios. 
Já os médicos egípcios acreditavam que quanto mais a ferida supurava, mais 
rápida era a cicatrização. Foram os precursores do adesivo atual, com a 
descoberta da ligadura adesiva, que consistia em tiras de linho impregnado de 
goma. 
O que é o curativo 
Meio terapêutico para limpeza e proteção da ferida. O curativo tem, portanto, 
como finalidade: 
Limpar a ferida; 
Promover a cicatrização, eliminando fatores que possam retardá-la; 
Tratar e prevenir infecções; 
Prevenir contaminação exógena; 
Remover corpos estranhos; 
Proteger a ferida contra traumas mecânicos; 
Promover hemostasia; 
Fazer desbridamento mecânico e remover tecidos necróticos; 
Reduzir edemas; 
Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos inflamatórios; 
Diminuir odor; 
Manter a umidade da ferida; 
Fornecer isolamento térmico; 
Dar conforto psicológico ao paciente; 
Diminuir a intensidade da dor; 
Limitar a movimentação em torno da ferida. 
 
Tipos de curativos 
 
Variando de acordo com a natureza, a localização e o tamanho da ferida, os 
curativos, em alguns casos, necessitam de compressão, em outros, a lavagem 
exaustiva com solução fisiológica e há os que exigem imobilização com ataduras. 
 
 
Curativo semi-oclusivo: curativo absorvente e utilizado em feridas cirúrgicas, 
drenos e feridas exsudativas 
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira 
mecânica, impedindo a perda de fluídos. Também promove o isolamento térmico 
e veda a ferida, para impedir enfisema e formação de crosta; 
Curativo compressivo: para reduzir o fluxo sanguíneo; 
Curativos abertos: realizados em ferimentos que não há necessidade de serem 
ocluídos. 
Os curativos são divididos em: 
Primários – quando usados em contato direto com o tecido lesado. 
Secundários – colocados sobre o curativo primário. 
 
Alguns tipos de Cobertura 
Hidrogel: 
 
Ação: mantém o meio úmido; promove desbridamento autolítico; estimula a 
cicatrização. 
Indicado para remoção de crostas e tecidos desvitalizados de feridas abertas. 
 
Alginato de cálcio: 
Ação: auxilia o desbridamento; tem alta capacidade de absorção; forma um gel 
que mantém o meio úmido; induz à hemostasia. 
Indicado para feridas abertas, sangrando, altamente exsudativas, com ou sem 
infecção. 
 
Papaína 
 
Ação: provoca dissociação das moléculas de proteína, resultando em 
desbridamento químico; bactericida e bacteriostático; estimula a força tênsil das 
cicatrizes; acelera o processo de cicatrização. 
Indicado para o tratamento de feridas abertas e desbridamento de tecidos 
desvitalizados. 
Ácidos graxos essenciais 
Ação: protege, hidrata o leito da ferida, restaura a pele na formação de tecido de 
granulação. 
Indicado para ferida em fase de granulação, sem infecção; Prevenção e 
tratamento das UP de graus I, II e III; Tratamento de feridas crônicas ou agudas 
na ausência de processos infecciosos. 
 
Carvão ativado. 
Ação: tem ação de absorção bactericida e desodorizante. Indicado para feridas 
exsudativas, limpas ou infectadas, crônicas ou agudas, superficiais ou profundas 
e com odor desagradável, como carcinomas fúngicos, feridas ulcerativas 
traumáticas e deiscências cirúrgicas.

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