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0 Sistema Tegumentar 1- TEGUMENTO: O tegumento, composto pela pele e seus anexos, glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, pêlos e unhas, é o maior órgão e constitui 16% do peso corporal. Ele reveste todo o corpo, continuando-se nos lábios e no ânus com as membranas mucosas do sistema digestivo, no nariz com o sistema respiratório, e com os sistemas urogenitais nos locais em que chegam à superfície. Além disso, a pele das pálpebras se continua com o revestimento conjuntival da porção anterior dos olhos. A pele também reveste o meato auditivo externo e cobre a superfície externa da membrana timpânica. 2- PELE: Considerada o maior órgão do corpo, a pele é composta pela epiderme e pela derme subjacente. Além de dar uma cobertura para os tecidos moles subjacentes, a pele realiza muitas outras funções: * Proteção contra lesões, invasão bacteriana e dessecação; * Regulação da temperatura do corpo; * Recepção de sensações contínuas do meio ambiente; * Excreção pelas glândulas sudoríparas; * Absorção de radiação ultravioleta (UV) solar para a síntese de vitamina D. A pele é composta por duas camadas: uma externa, a epiderme, e outra, mais profunda, de tecido conjuntivo, a derme. A epiderme é constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, derivado do ectoderma. Situada diretamente abaixo, e entrelaçando seus prolongamentos com os da epiderme, fica a derme, derivada do mesoderma e constituída por tecido conjuntivo denso não modelado. A interface entre a epiderme e a derme apresenta cristas elevadas, as cristas dérmicas (papilas), que se entrelaçam com invaginações da epiderme denominadas cristas epidérmicas. Estes dois tipos de cristas são denominados rete apparatus. A hipoderme, tecido conjuntivo frouxo contendo quantidades variáveis de gordura, sublinha a pele. 1 A textura e a espessura da pele variam nas diferentes regiões do corpo. Por exemplo, a pele da pálpebra é macia, delicada com pêlos delicados, enquanto, a uma pequena distância, nas sobrancelhas, a pele é mais espessa e possui pêlos grosseiros. A pele da testa produz secreções oleosas; a pele do queixo não produz secreções oleosas, mas forma muitos pêlos. As palmas das mãos e as solas dos pés são espessas e não possuem pêlos, mas contêm muitas glândulas sudoríparas. Além disso, a superfície das polpas dos dedos e dos artelhos tem cristas e sucos alternados que formam alças, curvas e vórtices com determinados padrões chamados dermatóglifos (impressões digitais), que se formam ainda no feto e permanecem sem modificações durante toda a vida. a) EPIDERME: É a camada superficial da pele, origina-se do ectoderma e é constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Na maior parte do corpo, a espessura da epiderme varia de 0,07 a 0,12 mm, com espessamentos localizados nas palmas das mãos e solas dos pés (onde sua espessura pode variar de 0,8 mm a 1,4 mm, respectivamente). As células mais abundantes nesse epitélio são os queratinócitos. Apresenta ainda três tipos de células: os melanócitos, as células de Langerhans e as de Merkel. Queratinócitos da Epiderme: formam a maior população de células, dispostos em cinco camadas distintas que descamam da superfície e precisam ser continuamente renovadas. Esta renovação se dá através da atividade mitótica dos queratinócitos das camadas basais da epiderme. Os queratinócitos entram em mitose durante a noite, e com a formação de novas células, as células acima são continuamente empurradas para a superfície. Ao longo de seu trajeto em direção da superfície, estas células se diferenciam e começam a acumular filamentos de queratina no citoplasma. Ao se aproximarem da superfície, as células morrem e são descamadas, um processo que leva de 20 a 30 dias. Células de Langerhans – Também chamadas de células dendríticas (apresentadoras de antígeno), originam-se da medula óssea e estão localizadas no estrato espinhoso, onde seu número pode chegar a 800 por milímetro quadrado. Mostram um núcleo denso, citoplasma claro e prolongamentos citoplasmáticos longos que se irradiam do corpo celular para o espaço intercelular entre os queratinócitos. 2 Células de Merkel – Essas células existem em maior quantidade na pele espessa da palma das mãos e planta dos pés, especialmente na ponta dos dedos. Localizam-se na parte profunda da epiderme, apoiadas paralelamente à membrana basal. São mecano-receptores (sensibilidade táctil). Melanócitos – Estão situados entre os queratinócitos do estrato basal; o número varia de 800 a 2.300/mm nas diferentes regiões; são células redondas a colunares e apresentam citoplasma globoso, de onde partem prolongamentos que penetram em reentrâncias das células das camadas basal e espinhosa, e transferem os grânulos de melanina para as células dessas camadas. Os grânulos de melanina migram pelos prolongamentos dos melanócitos e são injetados no citoplasma dos queratinócitos, onde são transportados para a região supranuclear (entre o núcleo e a região mais próxima da superfície da célula), estabelecendo uma barreira protetora do núcleo contra os raios ultravioleta solares incidentes. Extratos ou Camadas da Epiderme: Estrato Basal (Germinativo) – Camada mais profunda da epiderme, constituída por uma única camada de células cubóides a colunares baixas, mitoticamente ativas, contendo um citoplasma basófilo e um grande núcleo. Apóia- se sobre uma membrana basal e assenta-se sobre a derme, formando uma interface irregular. As mitoses ocorrem principalmente durante a noite quando novas células são formadas, a camada anterior é empurrada para a superfície e une-se à próxima camada, o estrato espinhoso. Estrato Espinhoso - Camada mais espessa da epiderme, formada por células cubóides ou achatadas, de núcleo central, que junto com o estrato basal formam a camada de Malpighi, são responsáveis pela renovação dos queratinócitos da epiderme. Estrato Granuloso – Presente somente na pele espessa é constituído por 3- 5 camadas de queratinócitos achatados, é a camada mais superficial da epiderme, cujas células ainda possuem núcleo central e citoplasma carregado de grânulos basófilos (grânulos de querato-hialina), não envolvidos por membrana. Suas células possuem também grânulos lamelares, com 0,1-0,3 micrometros, formados por bicamadas lipídicas e são envoltos por membrana, indo contribuir para tornar a pele impermeável à água, impedindo a desidratação do organismo. 3 Estrato Lúcido – Presente somente na pele espessa é constituído por uma fina camada de células achatadas; não possuem núcleo nem organelas em seu citoplasma, somente filamentos de queratina, compactados. Estrato Córneo – É a camada mais superficial da epiderme, constituído por células achatadas, mortas e sem núcleo nem organelas e repleto de queratina, denominadas escamas (liberadas constantemente). b) DERME SUBJACENTE A derme é o tecido conjuntivo onde a epiderme se apóia e se une ao tecido celular cutâneo ou hipoderme. Apresenta espessura variável de acordo com a região onde se encontra e tem no máximo 3 mm na planta dos pés. A superfície externa é irregular, observando-se saliências chamadas de papilas dérmicas. Essas papilas são mais freqüentes nas zonas sujeitas à pressão e atrito. A derme tem origem mesodérmica, e é constituída pela camada papilar superficialmente e pela camada reticular, mais densa e mais profunda. Camada Papilar: é a camada mais superficial, delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme na epiderme. O entrelaçamento entre a epiderme e a derme é chamado de rete apparatus. Camada Reticular: é a camadamais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso e contem estruturas derivadas da epiderme incluindo glândulas, folículos pilosos e glândulas sebáceas. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico responsáveis em parte, pela elasticidade da pele. Possuí vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 3. GLÂNDULAS SUDORÍPARAS As glândulas sudoríparas merócrinas, são muito numerosas e encontradas em toda a pele, excetuando-se em certas regiões, como a glande. Essas glândulas são tubulosas simples enovelada, cujos ductos se abrem na superfície da pele. Os ductos não se ramificam e têm menor diâmetro do que a porção secretora. A porção 4 secretora encontra-se na derme, as células secretoras são piramidais e entre elas e a membrana basal estão localizadas as células mioepiteliais. Nessas glândulas existem dois tipos de células secretoras, as células escuras e as células claras. As escuras são adjacentes ao lúmem e as claras ficam entre as células escuras e as células mioepiteliais, as células escuras apresentam muitos grânulos de secreção contendo glicoproteínas. As células claras não contêm grânulos de secreção. O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue em direção a epiderme. Apresenta-se constituído por epitélio cúbico estratificado, que repousa sobre a camada basal. O suor secretado pelas glândulas é uma solução totalmente diluída, que contém pouca proteína. 4. GLÂNDULAS SEBÁCEAS A localização das glândulas sebáceas é na derme e os seus ductos geralmente desembocam nos folículos pilosos. A pele da palma das mãos e da sola dos pés não tem glândulas sebáceas. As glândulas sebáceas são alveolares, e os alvéolos desembocam em um ducto curto, os alvéolos se apresentam por uma camada externa de células epiteliais que repousam sobre uma membrana basal. Essas células proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, que vão acumulando no citoplasma, o produto de secreção de natureza lipídica. A atividade dessa glândula é muito pequena até a puberdade, quando é estimulada pelos hormônios sexuais, a atividade dessa glândula é muito influenciada pelos hormônios sexuais. 5.ANEXOS 5.1 PÊLOS Os pêlos são estruturas delgadas e filamentosas queratinizadas, que se projetam da superfície da epiderme da pele e crescem na maior parte do corpo. No corpo humano, há dois tipos de pêlos, os pêlos macios, delicados curtos e claros, denominados pêlos velos, os pêlos duros, grandes, grosseiros, longos e escuros, denominados pêlos terminais. Os pêlos humanos não dão um isolamento térmico como os pêlos dos animais, em vez disso, os pêlos funcionam recebendo sensações táteis. 5.2 FOLÍCULOS PILOSOS Os folículos pilosos, os órgãos nos quais os pêlos se formam, também se originam da epiderme que invade a derme, a hipoderme ou ambas, estão envolvidos 5 por acúmulos densos de tecido conjuntivo fibroso. O conjunto das células que compõem a raiz do pêlo é denominado matriz, as camadas externas do epitélio do folículo formam a bainha externa da raiz, ela envolve várias camadas de células derivadas da epiderme, a bainha interna da raiz, constituída por três componentes, a camada de Henle, a camada de Huxley, e a cutícula interna da raiz. 6. UNHAS As unhas são placas de células queretinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges distal dos dedos e dos artelhos. As unhas originam-se de células da matriz da unha. A lúnula, um crescente branco, é observada na extremidade proximal da unha. A extremidade distal da placa ungueal não esta presa ao leito ungueal, perto desta junção fica um acúmulo do estrato córneo denominado hiponíquio. A translucidez das unhas constitui uma indicação rápida da saúde de uma pessoa; o rosa indica um suprimento sanguíneo bem oxigenado. 169 Sistema Tegumentar Capítulo 11 1 FUNÇÕES O sistema tegumentar recobre o corpo, protegendo-o contra o atrito, a perda de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e de leite. 1,2,3 2 CONSTITUINTES O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. 4,5 A pele é o maior órgão do corpo. É composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e pela derme, de tecido conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido conjuntivo frouxo e adiposo. 6,7 A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A palma das mãos e a planta dos pés, que sofrem um atrito maior, possuem uma epiderme constituída por várias camadas celulares e por uma camada superficial de queratina bastante espessa. Esse tipo de pele foi denominado pele grossa (ou espessa). Não possui pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas sudoríparas são abundantes (Figuras 11.1 e 11.2). A pele do restante do corpo tem uma epiderme com poucas camadas celulares e uma camada de queratina delgada e foi designada pele fina (ou delgada) (Figura 11.3). A epiderme da pele grossa 1 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 354. 2 LOWE, J. S.; ANDERSON, P. G. Stevens & Lowe´s Human Histology. 4.ed. Philadelphia: Elsevier, Mosby, 2015. pp. 49, 363. 3 OVALLE, W. K.; NAHIRNEY, P. C. Netter Bases da Histologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 244. 4 HAM, A. W.; CORMACK, D. H. Histologia. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1983. p. 577. 5 ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, em correlação com Biologia celular e molecular. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. p. 498. 6 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 354, 359. 7 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 498, 503-504, 524. mede 0,8 a 1,4mm, enquanto a da pele fina, 0,07 a 0,12mm. 8,9 Figura 11.1 - Corte de pele grossa, onde são observadas a epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e parte da derme, de tecido conjuntivo. D - ducto da glândula sudorípara. HE. Objetiva de 10x (137x). 2.1 Epiderme Podem ser distinguidas quatro camadas no epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da epiderme: o estrato basal, o estrato espinhoso, o estrato granuloso e o estrato córneo (Figura 11.2). 10 O estrato basal contém as células-tronco da epiderme. Pela sua atividade mitótica, esse estrato foi também denominado germinativo. Por causa do grande número de células e, portanto, da pressão 8 GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em cores. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. pp. 333-335. 9 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 499-501, 524-525. 10 STRAUSS, J. S.; MATOLTSY, A. G. Pele. In: WEISS, L.; GREEP, R. O. Histologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1981. p. 486. Tatiana Montanari TATIANA MONTANARI 170 maior nas faces laterais, as células são colunares (Figura 11.2). Elas começam a sintetizar filamentos intermediários de citoqueratina (tonofilamentos). As células estão aderidas à membrana basal por hemidesmossomos e às células vizinhas por desmossomos. As células-filhas, os queratinócitos, vão para as camadas superiores. 11,12,13,14 No estrato basal, há também os melanócitos e as células de Merkel. Essas células se diferenciam na vida intrauterina, a partir do ectoderma neural, mais precisamente das células da crista neural. No adulto, há células-tronco dos melanócitos nos folículos pilosos, e os melanócitos são capazes de se dividir. 15,16 Os melanócitos são células arredondadas com longosprolongamentos, citoplasma claro e núcleo ovoide (Figura 11.3). Em vesículas membranosas, denominadas melanossomas, oxidam a tirosina em 3,4-di-hidroxifenilalanina (DOPA) através da enzima tirosinase e transformam a DOPA em melanina (do grego melas, negro), um pigmento pardo-amarelado a marrom-escuro. Pela fagocitose da extremidade dos prolongamentos, os grãos de melanina são introduzidos nas células do estrato basal e do estrato espinhoso. A melanina concentra-se sobre o núcleo, protegendo o material genético da radiação ultravioleta (Figura 11.3). 17,18,19 O número de melanócitos encontrado em diferentes etnias é praticamente o mesmo. Entretanto, nos indivíduos de pele clara, a atividade da tirosinase é menor; os melanossomas são menos desenvolvidos, e a melanina é rapidamente degradada pela atividade lisossômica dos queratinócitos, sendo decomposta antes da célula deixar a parte superior do estrato espinhoso. Nos afrodescentes, como os melanossomas são maiores e mais estáveis, a camada basal é mais pigmentada e as demais camadas da epiderme, inclusive o estrato córneo, contêm melanina. 20,21 11 HADLER, W. A.; SILVEIRA, S. R. Histofisiologia dos epitélios: correlação entre a morfologia e a função dos epitélios. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1993. pp. 13, 15. 12 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 581-582. 13 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 51, 365-366. 14 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 499-501, 503-504. 15 CARLSON, B. M. Human Embryology and Developmental Biology. 5.ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2014. pp. 156-158, 254, 259. 16 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 507-509, 511. 17 GENESER, F. Histologia: com bases moleculares. 3.ed. Buenos Aires: Médica Panamericana/ Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. pp. 356- 357. 18 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 366, 368. 19 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 502, 507-510, 526-527. 20 Ibid. pp. 508-509, 526-527. 21 STRAUSS & MATOLTSY. Op. cit., pp. 501, 503-504. No albinismo (do latim albus, branco), não há produção de melanina pela ausência de tirosinase. Essa doença é autossômica recessiva. 22,23 As células de Merkel são semelhantes aos melanócitos ao microscópio de luz, mas são mais escassas e, portanto, difíceis de serem observadas. Possuem processos curtos, os quais podem se ligar aos queratinócitos por desmossomos. Contêm um núcleo volumoso, filamentos de queratina e vesículas neuroendócrinas. Na base da célula, formam junções sinápticas com terminações nervosas sensitivas. Essas células são receptores táteis (mecanorreceptores) e são abundantes nas pontas dos dedos e na base dos folículos pilosos. 24,25 Nas camadas superiores ao estrato basal, como as pressões são mais uniformes, os queratinócitos são poliédricos. Eles contêm muitos filamentos de citoqueratina, os quais se agrupam em tonofibrilas, que conferem eosinofilia ao citoplasma. Exibem projeções curtas, que estão ligadas por desmossomos às projeções das células adjacentes, o que contribui para a resistência da epiderme ao atrito. No corte histológico, essas pontes intercelulares parecem espinhos, por isso esse estrato é chamado espinhoso (Figuras 11.2 e 11.3). 26,27,28,29 Nesse estrato, são mais facilmente vistas as células de Langerhans. São células apresentadoras de antígenos e originam-se de precursores da medula óssea. Com HE, elas exibem citoplasma claro e núcleo ovoide ou indentado (Figura 11.3). A visualização dos prolongamentos dendríticos é possível com a imunocitoquímica ou a impregnação pelo cloreto de ouro. Ao microscópio eletrônico, são observados os grânulos de Birbeck, em forma de bastonete. 30,31 As células de Langerhans fagocitam e processam os antígenos estranhos na pele. Elas apresentam os antígenos capturados aos linfócitos T na própria epiderme ou nos linfonodos regionais, e os linfócitos iniciam a resposta imunológica. As células de Langerhans participam das dermatites alérgicas por contato e da rejeição de transplantes cutâneos. 32,33 22 CARLSON. Op. cit., pp. 144, 156. 23 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 587. 24 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 338-339. 25 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 369-370, 376. 26 HADLER & SILVEIRA. Op. cit., pp. 13, 15. 27 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 355-356, 359. 28 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 366-367. 29 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 499-501, 504, 524-525. 30 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 369. 31 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 510-511. 32 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 338. 33 GENESER. Op. cit., p. 358. HISTOLOGIA 171 Na parte superior do estrato espinhoso, os queratinócitos modificam a expressão gênica, sintetizando citoqueratinas de maior peso molecular e produzindo outras proteínas envolvidas na queratinização, como a involucrina, a loricrina e a filagrina. Os precursores da proteína filagrina formam os grânulos de querato-hialina, que são basófilos e não envoltos por membrana. As células onde eles são reconhecidos compõem o estrato granuloso (Figuras 11.2 e 11.3). Em virtude da pressão maior na superfície apical, essas células são pavimentosas. Nesses queratinócitos, ocorre ainda a síntese de colesterol, de ácidos graxos livres, dos esfingolipídios ceramidas e do glicolipídio acilglicosilceramida, os quais são acondicionados em corpos lamelares, envoltos por membrana. Eles são exocitados para o espaço intercelular, cimentando as células e formando uma barreira impermeável à água, que impede a dessecação. 34,35,36,37,38,39 O rompimento da barreira lipídica intercelular em queimaduras graves e extensas acarreta perda do fluido intersticial e, consequentemente, de plasma sanguíneo, com risco de vida ao paciente. 40,41 Penetrando a epiderme até o estrato granuloso, há terminações nervosas livres. Elas são ramificações de fibras amielínicas aferentes desprovidas de células de Schwann. Funcionam como receptores táteis de temperatura e de dor. 42,43,44 Nas células superficiais da epiderme, a involucrina e a loricrina associam-se à membrana plasmática, espessando-a. A filagrina forma ligações cruzadas com as citoqueratinas, promovendo a agregação dos tonofilamentos em tonofibrilas e destas em fibrilas de queratina (queratina mole) e a compactação desse material. A barreira intercelular formada pelos lipídios impede a passagem de nutrientes, e as células degeneram. O núcleo e as outras organelas são digeridos pelas enzimas lisossômicas. As células mortas constituem o estrato córneo. As células são pavimentosas, anucleadas e queratinizadas. Esse estrato confere proteção contra o atrito, a invasão de 34 CARLSON. Op. cit., p. 158. 35 HADLER & SILVEIRA. Op. cit., pp. 13, 15, 235-238. 36 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 582-583. 37 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., p. 356. 38 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 51, 364, 367. 39 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 501, 504-507. 40 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 598-599. 41 ROSS & PAWLINA. Op. cit., p. 507. 42 GENESER. Op. cit., p. 287. 43 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 603-604. 44 ROSS & PAWLINA. Op. cit., p. 512. micro-organismos e a perda de água. Sua espessura varia, sendo maior na pele grossa, submetida a mais fricção do que a pele fina (Figuras 11.2 e 11.3). As células superficiais do estrato córneo não apresentam desmossomos e são descamadas com a abrasão. Os desmossomos são degradados por peptidases ativadas pelo pH ácido desse estrato. 45,46,47,48 O tempo de vida dos queratinócitos varia de 40 a 50 dias na pele fina e de 25 a 30 dias na pele grossa. 49 Na psoríase, contudo, o ciclo celular é acelerado, e a intensa proliferação resulta em áreas com acúmulosde queratinócitos e de estrato córneo. As células descamam em oito dias. 50,51,52 2.2 Derme O limite entre a epiderme e a derme, pricipalmente na pele grossa, é bastante irregular, devido a projeções da derme para a epiderme (papilas dérmicas) e de projeções da epiderme para a derme (cristas epidérmicas) (Figuras 11.1 e 11.2). Essas projeções aumentam a área de contato entre a derme e a epiderme, dando maior resistência à pele. 53,54 A derme é subdividida em: derme papilar, que corresponde às papilas dérmicas e é constituída por tecido conjuntivo frouxo (Figuras 11.1 e 11.2), e derme reticular, a maior parte da derme, de tecido conjuntivo denso não modelado. As fibras colágenas dispostas em diferentes sentidos conferem resistência ao estiramento (Figura 11.4). As camadas papilar e reticular contêm fibras elásticas, o que dá elasticidade à pele. 55,56,57 A derme contém os anexos cutâneos, os vasos sanguíneos e linfáticos, os nervos e as terminações nervosas sensoriais, que podem ser livres ou encapsuladas. 58,59 Terminações nervosas livres, arranjadas em cesto, circundam os folículos pilosos e funcionam como 45 HADLER & SILVEIRA. Op. cit., pp. 236-239. 46 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 49, 51, 363-364, 367-368. 47 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 246-247. 48 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 498-501, 504-506, 524-525. 49 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 368. 50 CARLSON. Op. cit., p. 158. 51 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 341. 52 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 247. 53 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 357-358. 54 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 501, 524-525. 55 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 115-116, 335, 340-341. 56 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 346, 584. 57 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 49, 364, 374-375. 58 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 503, 512-514, 532-533. 59 STRAUSS & MATOLTSY. Op. cit., pp. 505-507. TATIANA MONTANARI 172 mecanorreceptores. Terminações nervosas livres, em forma de bulbo e com trajeto tortuoso, situam-se paralelamente à junção dermo-epidérmica. Elas devem servir como mecanorreceptores e nociceptores (receptores para dor). 60 As terminações nervosas encapsuladas estão envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo. São os corpúsculos de Meissner, os corpúsculos de Pacini, os corpúsculos de Ruffini e os bulbos terminais de Krause. 61,62 Os corpúsculos de Meissner estão nas papilas dérmicas de áreas sem pelos, como os lábios, os mamilos, os dedos, a palma das mãos e a planta dos pés. São estruturas alongadas, constituídas por axônios envoltos pelas células de Schwann, dispostos em espiral e contidos em uma cápsula de fibroblastos modificados, contínuos ao endoneuro da fibra nervosa (Figura 11.2). São mecanorreceptores especializados em responder a pequenas deformações da epiderme. 63, 64,65 Figura 11.2 - Corte de pele grossa, onde é possível observar os estratos basal (B), espinhoso (E), granuloso (G) e córneo (C) e a derme papilar, de tecido conjuntivo frouxo, com corpúsculos de Meissner ( ). HE. Objetiva de 20x (275x). 60 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 603-604. 61 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 62 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 512-514. 63 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 64 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 604. 65 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 375-377. Figura 11.3 - Epiderme da pele fina, onde são visíveis um melanócito ( ) e a melanina colocada nas células-tronco do estrato basal (B). No estrato espinhoso (E), as pontes intercelulares entre os queratinócitos são perceptíveis, e uma célula de Langerhans é apontada. Esse estrato, o estrato granuloso (G) e o estrato córneo (C) apresentam uma pequena espessura. HE. Objetiva de 100x (1.373x). Figura 11.4 - Derme reticular, de tecido conjuntivo denso não modelado. Os feixes de fibras colágenas em diferentes direções resistem à tração e consequentemente dão firmeza à pele. HE. Objetiva de 40x (550x). Os corpúsculos de Pacini situam-se na derme profunda e na hipoderme. Estão, por exemplo, nos dedos, na palma das mãos e na planta dos pés. São esféricos ou ovais, com um axônio central e lamelas concêntricas de células de Schwann e, mais externamente, de fibroblastos modificados, contínuos ao endoneuro. Nos cortes histológicos, lembram uma cebola cortada (Figura 11.5). São mecanorreceptores, detectam pressão e vibrações. 66,67,68 66 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342, 520. Tatiana Montanari Tatiana Montanari T. Montanari HISTOLOGIA 173 Figura 11.5 - Corpúsculo de Pacini. HE. Objetiva de 20x (275x). A derme pode conter ainda células musculares lisas, como, por exemplo, nas aréolas mamárias e no escroto (músculo dartos), ou fibras musculares esqueléticas, como na face.69 2.3 Anexos cutâneos Os pelos desenvolvem-se dos folículos pilosos, invaginações da epiderme na derme e na hipoderme. Eles são abundantes na pele fina do couro cabeludo (Figura 11.6) e ausentes nos lábios, na glande, nos pequenos lábios, na face vestibular dos grandes lábios, nas faces laterais das mãos e dos pés e na pele grossa da palma das mãos e da planta dos pés (Figuras 11.1 e 11.2). 70,71,72 O folículo piloso é constituído por: bainhas radiculares interna e externa, derivadas da epiderme; membrana vítrea, que corresponde à membrana basal, e bainha dérmica, onde há condensação de fibras colágenas. A bainha radicular externa corresponde aos estratos basal e espinhoso da epiderme, e a bainha 67 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 375-377. 68 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 512-513, 532-533. 69 GENESER. Op. cit., p. 359. 70 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 345-346. 71 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 363, 376-378. 72 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 514-516. radicular interna, aos estratos granuloso e córneo. A bainha radicular interna é dividida em: camada de Henle, que é a mais externa e contém células cúbicas ou pavimentosas; camada de Huxley, formada por células pavimentosas com grânulos de trico-hialina, e cutícula, de escamas queratinizadas (queratina mole), sobrepostas, que faceiam o pelo. Fixado à bainha dérmica e à derme papilar, há o músculo eretor do pelo, de músculo liso. 73,74,75,76 No folículo do pelo em fase de crescimento, a porção terminal expandida corresponde ao bulbo piloso. Ele é constituído pela papila dérmica, de tecido conjuntivo frouxo e, recobrindo-a, pela matriz, de células epidérmicas. A proliferação dessas células origina as bainhas radiculares e o pelo. 77,78 A papila do pelo tem ação indutora sobre o epitélio que o recobre, o que explica a ausência de pelos quando ocorre a destruição da papila. 79 Um corte transversal do pelo mostra três camadas concêntricas de células queratinizadas: a medula, o córtex e a cutícula. A medula consiste em queratina mole, e o córtex e a cutícula contêm queratina dura. Esta apresenta mais ligações de cistina e dissulfeto do que a queratina mole, é compacta e não descama. Pelos mais finos não possuem a medula. A cor do pelo é resultante da melanina nas células do córtex, fornecida pelos melanócitos localizados na matriz. As escamas da cutícula do pelo estão sobrepostas, e suas bordas livres, direcionadas para cima, apõem-se as bordas livres das escamas da cutícula da bainha radicular interna, que estão apontadas para baixo. 80,81,82 Diferentemente dos grânulos de querato-hialina, que são basófilos, os grânulos de trico-hialina (do grego thrix, pelo; hyalos, vidro) exibem intensa eosinofilia, corando-seem vermelho brilhante. A queratina dura, por sua vez, não se cora com eosina. 83,84,85 73 GENESER. Op. cit., pp. 359-361. 74 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 370-372. 75 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 255-257. 76 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 515, 534-535. 77 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 255-258. 78 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 515-516, 534-535. 79 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., p. 361. 80 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 590-594. 81 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 371-372. 82 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 255-257. 83 GENESER. Op. cit., p. 361. 84 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 594. 85 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 371-372. Tatiana Montanari TATIANA MONTANARI 174 Associados aos folículos pilosos, em virtude da sua origem, há as glândulas sebáceas. Elas são abundantes no couro cabeludo e ausentes na palma das mãos e na planta dos pés. Situam-se na derme. São glândulas exócrinas alveolares ramificadas holócrinas. Possuem um ducto curto, de epitélio estratificado pavimentoso, que desemboca no folículo piloso (Figura 11.6). Em algumas áreas do corpo, sem pelos, as glândulas sebáceas abrem-se diretamente na superfície epidérmica. 86,87,88,89 O sebo é uma secreção oleosa, com ácidos graxos, ésteres de cera e esqualeno, junto com os restos das células produtoras. Ele lubrifica a superfície da pele e do pelo, aumentando as características hidrofóbicas da queratina e protegendo o pelo. 90,91,92 As glândulas sudoríparas estão distribuídas pela superfície corporal, excetuando-se os lábios, o clitóris, os pequenos lábios, a glande e a superfície interna do prepúcio. Elas são abundantes nas regiões palmar e plantar. A porção secretora situa-se profundamente na derme ou na parte superior da hipoderme. São glândulas exócrinas tubulares simples enoveladas merócrinas (ou écrinas) (Figuras 11.1 e 11.6). 93,94 A porção secretora é constituída pelas células escuras, produtoras de glicoproteínas, e pelas células claras, com características de células transportadoras de íons e responsáveis pela secreção aquosa do suor. Ao redor da porção secretora, há células mioepiteliais. O ducto abre-se na crista epidérmica, de onde a glândula se originou, e tem trajeto tortuoso (Figura 11.1). Seu diâmetro é menor que a porção secretora. O epitélio é estratificado cúbico, com células menores e mais escuras que as células da porção secretora. Elas reabsorvem a maior parte dos íons e excretam substâncias, como ureia e ácido lático. 95,96 O suor é uma solução aquosa, hipotônica, com pH neutro ou levemente ácido, contendo íons de sódio, potássio e cloro, ureia, ácido úrico e amônia. Além da função excretora, as glândulas sudoríparas regulam a temperatura corporal pelo resfriamento em consequência da evaporação do suor. 97,98 86 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 106-107, 344-345. 87 GENESER. Op. cit., pp. 142, 145, 363-364. 88 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 192-194, 594-595. 89 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 371, 373, 377. 90 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 192-194, 594. 91 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 370-371. 92 STRAUSS & MATOLTSY. Op. cit., pp. 507-509. 93 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342-343. 94 GENESER. Op. cit., pp. 145, 365. 95 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342-343. 96 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 517-520, 528-531. 97 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 371. 98 ROSS & PAWLINA. Op. cit., p. 517. Figura 11.6 - Corte de couro cabeludo, onde são observados o pelo (P) no folículo piloso (FP), as glândulas sebáceas (Se) e as glândulas sudoríparas (Su). HE. Objetiva de 4x (55x). As glândulas sudoríparas odoríferas são encontradas nas axilas, nas aréolas mamárias e na região anogenital. Estão localizadas profundamente na derme ou na região superior da hipoderme. São glândulas exócrinas tubulares simples ou ramificadas enoveladas apócrinas (atualmente há controvérsia, na literatura, se são apócrinas, merócrinas ou apresentam ambos modos de secreção). 99,100 A porção secretora tem luz ampla, é constituída por células cúbicas, com a porção apical em cúpula e é circundada por células mioepiteliais. O ducto é relativamente reto, de epitélio estratificado cúbico e se abre no folículo piloso, acima do ducto da glândula sebácea. 101,102 99 GENESER. Op. cit., pp. 141, 364-365. 100 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 254. 101 KÜHNEL, W. Atlas de Citologia, Histologia e Anatomia microscópica para teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. pp. 82- 83, 360-363. 102 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 374. Tatiana Montanari HISTOLOGIA 175 Assim como as glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas odoríferas são estimuladas pelos hormônios sexuais e tornam-se funcionais na puberdade. A secreção contém proteínas, carboidratos, lipídios, amônia e feromônios, envolvidos na atração sexual. Inicialmente inodora, adquire um odor acre ou almiscarado em resposta à decomposição por bactérias. 103,104,105 A glândula mamária é uma área modificada da pele com glândulas sudoríparas especializadas na secreção de nutrientes sob a influência hormonal. 106 As unhas, como os pelos, resultam da compactação de células bastante queratinizadas (queratina dura). 107,108 3 QUESTIONÁRIO 1) Quais são os constituintes da pele? Descreva-os. 2) A pele da palma das mãos e da planta dos pés é diferente daquela que recobre o restante do corpo. O couro cabeludo também tem suas peculiaridades. Descreva as características da pele nesses locais. 3) Classifique a glândula sebácea e as glândulas sudoríparas conforme a sua forma e o modo de liberação da secreção. 4) Como a pele é capaz de perceber sensações, como o tato, a pressão e a dor? 103 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 254. 104 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 514, 521, 528. 105 STRAUSS & MATOLTSY. Op. cit., pp. 507, 510, 512. 106 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 363. 107 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 350. 108 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 590-591, 601. 31/05/2021 1 Sistema Tegumentar Pele e Anexos Profª. Karinn Soares 1 TEGUMENTO COMUM • Conceito –Complexa túnica que reveste toda a superfície do corpo, de forma impermeável e protetora. –É uma interface dinâmica, entre corpo e ambiente externo, funcionando como proteção ao corpo, até mesmo quando este interage com o ambiente. • Composição –Pele –Anexos da pele –Tela subcutânea Pelos - Unhas - Glândulas 2 31/05/2021 2 Funções do Tegumento 1 – Proteção (camada córnea e melanina) • Contra agressões (mecânicas, químicas e térmicas) • Contra a penetração de microorganismos e de água • Contra raios ultravioletas 2 - Termorregulação (vasos, glândulas e tecido adiposo) • Vasodilatação e vasoconstricção periférica • Atuação das glândulas sudoríparas e sebáceas 3 – Sintetização de Vitamina D (pró-vitaminas da pele) • Utilização dos raios ultravioletas do sol 3 Funções do Tegumento 4 – Sensibilidade Tátil (terminações nervosas) •Receptores periféricos captam os estímulos relacionados com a sensibilidade geral : tato - temperatura - pressão – dor 5 – Eliminação e Absorção (glândulas e epiderme) •Elimina substâncias tóxicas e residuais através do suor e do sebo •Absorve substâncias gordurosas 6 – Armazenamento (tela subcutânea ou fáscia superficial ou hipoderme) •Absorve e armazena gordura e outros produtos do metabolismo 4 31/05/2021 3 Pele (CÚTIS) Generalidades: • Reveste o corpo e ao níveldos orifícios naturais continua-se, gradativamente, com as respectivas mucosas (junção cutâneo-mucosa) • Maior órgão do corpo: 16% do peso corporal - mede 2m2 • Difere com a idade: Espessura - Elasticidade – Mobilidade • Difere nas regiões do corpo: Espessura - Distensibilidade 5 Pele - Divisão EPIDERME • mais superficial • tecido epitelial • origem ectodérmica DERME • mais profunda • tecido conjuntivo • origem mesodérmica 6 31/05/2021 4 7 Epiderme • Tecido Epitelial Pavimentoso Estratificado Queratinizado. • Bastante delgada (0,12 a 1,5mm de espessura). • Camada avascular, nutri-se por difusão. • Apresenta cristas e sulcos cutâneos (epidérmicos - Impressões Digitais). • Origina os anexos da pele (pelos, unhas e glândulas). • Apresenta outras células: melanócitos, cél. de Langerhans (imunitário). • Formada por cinco estratos – todos, exceto o mais profundo, são compostos por células mortas. 8 31/05/2021 5 Epiderme Estratos • CÓRNEO (25-30 camadas) – Células morrem _ escamam _ descamam • LÚCIDO – Camada fina e clara, encontrada apenas nos lábios, palmas da mão e plantas do pé • GRANULOSO _Queratina – Queratinização ou Corneificação 9 Epiderme Estratos • ESPINHOSO – Várias camadas de células com núcleo grande, oval e central • BASAL – Germinativo – Células: queratinócitos, melanócitos, células táteis e células de Langerhans – Células que estão constan- temente se dividindo mito- ticamente e se deslocando externamente para renovar a epiderme (6 a 8 semanas). 10 31/05/2021 6 11 Derme (CÓRIO) • Tecido Conjuntivo Fibroso, denso (fibras elásticas e colágenas): Confere ELASTICIDADE e DISTENSIBILIDADE à pele; • Mais espessa que a epiderme (2 a 3mm de espessura); • Ricamente vascularizada: Vasos sanguíneos e linfáticos que NUTREM A EPIDERME; • Ricamente inervada: Permite toda a SENSIBILIDADE CUTÂNEA; 12 31/05/2021 7 Derme (CÓRIO) • Contém invaginações da epiderme, folículos pilosos e glândulas; • Formada por duas camadas: • PAPILAR: • Tecido conjuntivo frouxo • Papilas dérmicas • Suprimento sanguíneo rico • Muitas fibras elásticas • RETICULAR: • Tecido conjuntivo denso-COURO • Mais espessa • Raros capilares • Muitas fibras elásticas 13 Nutrição da Pele • A epiderme nutri-se por difusão; • A derme possui artérias e veias cutâneas (ALÇAS CAPILARES e PLEXOS VENOSOS); • Apresenta anastomoses arteriovenosas: - Fluxo Normal (400ml/min) - Condições extremas (2.500ml/min) 14 31/05/2021 8 Inervação da Pele • As terminações nervosas e receptores especializados na pele provêm o corpo de muitas informações relativas ao meio externo; • Estímulos como: trauma doloroso, alterações da temperatura (calor e frio), modificações do tato (toque ligeiro ou pressão); • Estes estímulos geram ações simples e automáticas ou complexas. 15 Coloração da Pele • Presença da Melanina (melanócitos na camada germinativa). Nas raças humanas, o que difere é a quantidade, distribuição e combinação de Melanina + Caroteno Amarelado + Quantidade de O2 = rubor (vermelhidão) + Quantidade de CO2 = cianose (azulado) 16 31/05/2021 9 TELA SUBCUTÂNEA HIPODERME ou FÁSCIA SUPERFICIAL Generalidades: • Tecido Conjuntivo Frouxo (fibras colágenas) + Tecido adiposo + Vasos sanguíneos; • Espessura variável (infiltração gordurosa) difere nos sexos; • Permite o deslizamento da pele e fixa-a a estruturas subjacentes; • Armazena material nutritivo. 17 ANEXOS DA PELE Conceito: • Formações de origem epidérmica que invadem a derme e a tela subcutânea. –Pelos. –Unhas. –Glândulas. 18 31/05/2021 10 Pelos • Pequenas hastes flexíveis de células queratinizadas • Encontrados somente nos mamíferos • Distribuição quase universal • Pele Glabra - desprovida de pelos – Palma das mãos e planta dos pés – Dorso das falanges distais – Lábios, mamilos, pênis – Órgãos genitais externos femininos • Variam no corpo com relação à: – Cor - Tamanho - Disposição - Crescimento 19 Partes do Pelo • Folículo Piloso. – Invaginação epidérmica que contém o bulbo. • Raiz. – Parte contida dentro do folículo piloso. • Haste Livre. – Parte visível que emerge acima da pele. A cor do pelo é determinada pelo tipo e pela quantidade de pigmento produzido na camada basal, na base do folículo piloso. 20 31/05/2021 11 Camadas do Pelo • Cutícula – Superficial e fortemente queratinizada • Cortical – Intermediária, de queratina dura e contém pigmentos • Medular – Central, de queratina mole 21 Camadas do Pelo 22 31/05/2021 12 Denominações dos Pelos • Pelos Primários – Lanugem: fino, fetal, pré- maturos • Pelos Secundários – Penugem • Pelos Terminais (Vilos) – Cabelos – Supercílios – Cílios – Vibrissas (narinas) – Bigode – Barba – Hircos (axilas) – Tragos (meato acústico) – Pubianos 23 Crescimento do Pelo (descontínuo) Média: 1mm a cada 3 dias. Quando o pelo fica mais longo, entra no período de repouso, durante o qual há crescimento mínimo. • Fase de Crescimento • Fase de Repouso 24 31/05/2021 13 Anexos do Pelo • Glândula Sebácea • Músculo Eretor do Pelo – Fibras Simpáticas 25 Funções do Pelo – Proteção – Facilitar a evaporação do suor – Auxiliar na manutenção da temperatura corporal – Aguçar a sensibilidade cutânea • Tato epicrítico 26 31/05/2021 14 Unhas • Conceito – Lâminas rígidas da zona córnea da epiderme, altamente queratinizadas – (queratina dura) – Apresentam crescimento contínuo (1mm por semana) • Localização – Face dorsal das falanges distais dos dedos das mãos e dos pés • Funções – Proteção das sensíveis extremidades distais dos dedos 27 Partes da Unha • Corpo – Leito ungueal • Raiz – Matriz ungueal – Lúnula – Eponíquio (cutícula) • Faces – Externa e interna • Margens – Laterais (paroníquea) – Proximal – Distal livre/hiponíquio 28 31/05/2021 15 Glândulas da Pele • Definição: – São anexos da pele de função secretora – (Exócrina) • Tipos – Sebáceas – Sudoríparas • Propriamente dita • Modificadas –Ciliares –Vestibulares nasais –Ceruminosas –Axilares –Circum-anais –Mamárias –Ceruminosas 29 Glândulas Sebáceas • Definição: – São invaginações da epiderme, geralmente localizadas na parede dos folículos pilosos (derme) • Localização – Geralmente entre o folículo piloso e o músculo eretor do pelo – Existem também na glande e nos pequenos lábios – Estão ausentes nas peles glabras (palmas das mãos e plantas dos pés) 30 31/05/2021 16 Glândulas Sebáceas • Partes da Glândula – Parte Secretora • Alvéolos – Parte Excretora • Ducto excretor (amplo e curto) 31 Glândulas Sebáceas • Produto – Sebo: substância oleosa, mistura de lipídios (triglicérides, ácidos graxo·livres, colesterol e seus ésteres) • Modificações – Glândulas Tarsais (pálpebras) – Glândulas Ciliares Sebáceas (cílios) – Glândulas Areolares (aréola mamária) – Glândulas Perineais (regiões genital e perineais) 32 31/05/2021 17 Glândulas Sebáceas • Funções – Manter a flexibilidade do estrato córneo da pele – Lubrificar o pelo – Conservar o calor corporal, por dificultar a evaporação do suor • Alterações – Seborreia (caspa) - aumento da produção – Acne- infecção da glândula – Cravo- obstrução temporária – Cisto - obstrução duradoura 33 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS Propriamente Dita • Definição: são invaginações da epiderme, que posteriormente se canalizam. • Localização – Na derme ou na tela subcutânea. – Distribuição universal. – São numerosas nas palmas das mãos e plantas dos pés 34 31/05/2021 18 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS Propriamente Dita • Partes da Glândula – Parte Secretora - Corpo (enovelada). – Parte Excretora - Ducto Excretor (longo e tortuoso). – Abertura na Epiderme - Poro. • Produto – Suor: substância aquosa, contendo: • Água. • Pouca proteína.• Sais minerais (cloreto de sódio, potássio, etc). • Substâncias tóxicas (ureia, amônia, ác. úrico, sulfatos e fosfatos). 35 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS Propriamente Dita Funções • Retirar calor do corpo pela evaporação do suor. • Eliminar substâncias tóxicas. 36 31/05/2021 19 Glândulas Mamárias • Definição: –São glândulas sudoríparas modificadas especializadas na produção de LEITE, após a gestação, para nutrir os recém- nascidos. 37 Glândulas Mamárias • Localização – Face anterior do tórax, ventralmente ao Músculo Peitoral Maior – Da 2ª à 6ª costelas, do esterno à linha axilar média – Entre as camadas superficial e profunda da Tela Subcutânea 2ª 6ª 38 31/05/2021 20 Glândulas Mamárias Morfologia Externa • MAMA – Aréola (3cm / pigmentada / glândulas areolares) – Mamilo (poros lactíferos) – Músculo aréolo-mamilar (telotismo) 39 Glândulas Mamárias Morfologia Interna • MAMA • Porção Adiposa • Ligamentos Suspensores • Porção Glandular: – Parte secretora (15 a 20 glândulas / lobos) – Ducto excretor (15 a 20 ductos lactíferos) – Seio lactífero (dilatação do ducto) – Poro lactífero (abertura do ducto Þ mamilo) 40 31/05/2021 21 Glândulas Mamárias • Produto – Leite - substância nutritiva, contendo: • Lipídios (3 a 4%) • Proteínas (1,5%) • Carboidratos/lactose (7%) • Imunoglobulinas • Funções – Alimentar, exclusivamente, os recém-nascidos até os 6 meses de idade – Órgão sexual secundário 41 Glândulas Mamárias Alterações • Mastite – Inflamação da mama • Tumores – Carcinoma Mamário 42 31/05/2021 22 Glândulas Mamárias Alterações • Glândulas Mamárias Acessórias - Politelia (aréola e mamilos) - Polimastia (mamas) 43 Glândulas Mamárias Alterações • Ginecomastia – Mamas masculinas 44 SISTEMA CIRCULATÓRIO CORAÇÃO • É um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, no interior dos quais circulam humores, bombeados por um órgão central, o coração. � REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO • É um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, no interior dos quais circulam humores, bombeados por um órgão central, o coração. �SISTEMA CIRCULATÓRIO �FUNÇÕE S • Transporte de substâncias nutritivas e oxigênio às células; • Transporte dos produtos residuais do metabolismo celular, dos locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de sua eliminação; • Transporte dos hormônios e de outras substâncias fisiologicamente ativas, que influem sobre o funcionamento de outros órgãos; • Transporte de calor - participação na manutenção da temperatura constante no meio interno do corpo; • Transporte das células da defesa orgânica - contra substâncias estranhas e microrganismos. O CRESCIMENTO E A MANUTENÇÃO DO ORGANISMO SÃO PROPORCIONADAS PELA ADEQUADA MANUTENÇÃO (NUTRIÇÃO) CELULAR. �DIVISÃO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO Sistema Sanguíneo Sistema Linfático CORAÇÃO VASOS SANGUÍNEOS Artérias Veias Capilares LINFONODOS E TONSILAS VASOS LINFÁTICOS Ductos Linfáticos Troncos Linfáticos Capilares Linfáticos Órgãos Hemopoiéticos MEDULA ÓSSEA VERMELHA produz hemácias e células precursoras de linfócitos BAÇO órgão linfoide TIMO órgão linfoide � CORAÇÃO ● CONCEITO: ● é um órgão essencialmente muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil, de ação aspirante-propulsora, que promove a circulação do sangue para todo organismo. ● é um órgão reconhecido atualmente como endócrino, responsável pela síntese de um hormônio POLIPEPITÍDEO ATRIAL NATRIURÉTICO relacionado com a diminuição da pressão arterial. ● TAMANHO →12cm de comprimento → 9cm de largura → 6cm de espessura ● PESO → Na Mulher - 230 a 280g → No Homem - 280 a 340g ● AUMENTO DO VOLUME: – Hipertrofia (aumento das paredes) – Dilatação (aumento das cavidades) ● LOCALIZAÇÃO: – Mediastino • Superior • Inferior » Anterior » Médio » Posterior ● SITUAÇÃO: – Atrás do Esterno – Acima do Diafragma – Entre a parte inferior dos Pulmões – Anterior ao Esôfago e à Aorta Torácica � MORFOLOGIA EXTERNA ● FORMA: cone truncado ● BASE - súpero-póstero-medial ● ÁPICE - ínfero-ântero-lateral ● FACES: – Anterior (ESTERNOCOSTAL - VD) – Póstero-inferior (DIAFRAGMÁTICA - VD+VE) – Esquerda (PULMONAR - VE) ● SULCOS: → SULCO CORONÁRIO (separa os Átrios dos Ventrículos) → SULCO INTERVENTRICULAR ANTERIOR → SULCO INTERVENTRICULAR POSTERIOR • ESTRUTURA DA PAREDE • Túnica Externa: EPICÁRDIO • Serosa • Túnica Média: MIOCÁRDIO • Muscular • Túnica Interna: ENDOCÁRDIO • Epitelial (Mucosa) A parede delimita as cavidades do coração • ESTRUTURA DA PAREDE • Túnica Externa: EPICÁRDIO PERICÁRDIO – (membrana fibroserosa) ● Camadas – FIBROSO – SEROSO →Lâmina Parietal →Lâmina Visceral (EPICÁRDIO) ● Cavidade Pericárdica ● Líquido Pericárdico �Túnica Média – MIOCÁRDIO → Complexo muscular tridimensional helicoidal de espessura variável, constituído por fibras musculares cardíacas → A espessura do miocárdio é proporcional ao trabalho que executa → O miocárdio ventricular é mais espesso que o atrial → TRABÉCULAS CÁRNEAS • 1ª Ordem MÚSCULOS PAPILARES (Pilares) • 2ª Ordem MÚSCULOS PECTÍNEOS (Pontes) • 3ª Ordem COLUNAS (Cristas) • Túnica Interna: ENDOCÁRDIO - Epitelial (Mucosa) ● homólogo à camada interna (íntima) dos vasos - Endotélio – impermeável e transparente – contém vasos, nervos e ramos do aparelho condutor do coração – forma as válvulas (cúspides e semilunares) e as cordas tendíneas ● O coração é dividido em duas metades direita e esquerda, por um septo longitudinal, orientado obliquamente ● - Septo Interatrial - separa os dois átrios ● - Septo Interventricular - separa os dois ventrículos ● Apresenta quatro cavidades: dois Átrios e dois Ventrículos ● Cada metade consiste de um Átrio e um Ventrículo �MORFOLOGIA INTERNA • ÁTRIOS • Cuboides, paredes mais finas e mais membranáceas • Apresentam: • Cavidade Principal • Expansão Cavitária �ÁTRIO DIREITO • Cavidade principal é alongada verticalmente • Apresenta AURÍCULA DIREITA • Três aberturas de entrada: ● Óstio da Veia Cava Superior ● Óstio da Veia Cava Inferior (válvula) ● Óstio do Seio Coronário (válvula) ● Uma abertura de saída: ● Óstio Atrioventricular Direito (Valva Tricúspide) ● Músculos Pectíneos ● Tubérculo Intervenoso ● Crista Terminal - Sulco Terminal ● Fossa Oval - Limbo da Fossa Oval (Forame Oval) �ATRIO ESQUERDO • Cavidade principal é alongada horizontalmente • Apresenta AURÍCULA ESQUERTA • Quatro aberturas de entrada: – Óstio da Veias Pulmonares • Uma abertura de saída: – Óstio Atrioventricular Esquerdo (Valva Bicúspide ou Mitral) • Músculos Pectíneos – (aurícula) • Tubérculo Intervenoso • Crista Terminal • Fossa Oval • VENTRÍCULOS • Irregularmente cônicos • Paredes mais musculares • SEPTO INTERVENTRICULAR • parte membranácea • parte muscular �Apresentam os forames das Veias Mínimas �VENTRÍCULO DIREITO �VENTRÍCULO ESQUERDO �VENTRÍCULO DIREITO �paredes são mais finas �forma de um cone achatado • Uma abertura de entrada: – Óstio Atrioventricular direito – Valva Tricúspide • Uma abertura de saída: – Óstio do Tronco Pulmonar – Valva do Tronco Pulmonar • Trabéculas Cárneas - Músculos Papilares • Cordas Tendíneas �VENTRÍCULO ESQUERDO �paredes são mais espessas �mais trabalho �forma de um cone arredondado • Uma abertura de entrada: – Óstio Atrioventricular Esquerdo – Valva Bicúspide • Uma abertura de saída: – Óstio da Artéria Aorta – Valva Aórtica (semilunar) • Trabéculas Cárneas - Músculos Papilares • Cordas Tendíneas Tecido fibroso ou cartilaginoso q u e c i r c u n d a o s ó s t i o s atrioventricular e semilunares �ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO: �APARELHO VALVAR: É formado em cada ventrículo pelos: ✔ânulos fibrosos, em tornodos óstios valvas ✔cordas tendíneas ✔músculos papilares VALVA ÁTRIOVENTRICULAR DIREITA ou VALVA TRICÚSPIDE VALVA ÁTRIOVENTRICULAR ESQUERDA ou VALVA BICÚSPIDE ( Mitral ) �APARELHO VALVAR: VALVA DO TRONCO PULMONAR VÁLVULAS SEMILUNARES VALVA AORTICA VÁLVULAS SEMILUNARES � VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO ● IRRIGAÇÃO: → Artéria Aorta Ascendente ● Artéria Coronária Direita – Ramo do Nó Sinoatrial – Ramo Marginal Direito – Ramo do Nó Atrioventricular – Ramo Interventricular Posterior ● Artéria Coronária Esquerda – Ramo Interventricular Anterior – Ramo Circunflexo • Ramo Marginal Esquerdo ▪ DRENAGEM VENOSA: ● Veia Cardíaca Magna – (sulco interventricular anterior) ● Veia Cardíaca Média – (sulco interventricular posterior) ● Veia Cardíaca Pequena - Parva – (borda direita) ● Seio Coronário ● Átrio Direito do Coração � VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO �INERVAÇÃO DO CORAÇÃO: �Inervação Extrínseca �Inervação Intrínseca �Inervação Extrínseca � SIMPÁTICO (Tronco Simpático) �Nervos Cardíacos Cervicais (S-M-I) �Nervos Cardíacos Torácicos �Atuam acelerando os batimentos Cardíacos � MORFOLOGIA INTERNA E A INERVAÇÃO A pressão produzida pelo coração humano ao bater é suficiente para espirrar sangue a uma distância de 9 metros. SISTEMA VASCULAR ARTÉRIAS VEIAS LINFÁTICOS �VASOS SANGUÍNEOS - GENERALIDADES ● Conceito: – É o conjunto de vasos aferentes e eferentes ao coração, no interior dos quais circula o sangue ● O prefixo grego ANGI = VASO ANGIOLOGIA – ANGIOGRAFIA ANGIOMA – ANGIOPATIA ANGIOPLASTIA ● Tipos: – ARTÉRIAS – VEIAS – CAPILARES �ESTRUTURA GERAL ● TODOS OS VASOS SANGUÍNEOS ACIMA DE UM CERTO CALIBRE, APRESENTAM UM PLANO GERAL DE CONSTRUÇÃO ▪ Túnica Externa - ADVENTÍCIA ▪ Tecido conjuntivo fibroso com fibras colágenas e elásticas ▪ Túnica Média - MUSCULAR ▪ Tecido muscular liso, circular, com fibras elásticas e colágenas ▪ Túnica Interna - ENDOTÉLIO ▪ Tecido epitelial de revestimento, impermeável e contínuo com o endocárdio (Íntima dos Vasos) ★Tipos de Vasos Sanguíneos: ★ARTÉRIAS ★VEIAS★CAPILARES ARTÉRIAS: (Irrigação) ● Conceito: – São vasos eferentes ao coração e que diminuem de calibre à medida que se afastam do coração, ramificando-se abundantemente. ● Função: – transportar o sangue rico em nutrientes e oxigênio do coração para os tecidos ● Divisão quanto ao CALIBRE e HISTOFISIOLOGIA: – Artérias de Grande Calibre – Artérias de Médio Calibre – Artérias de Pequeno Calibre – Arteríolas �ARTÉRIAS: Vasos • Divisão quanto ao CALIBRE e HISTOFISIOLOGIA: – Artérias de Grande Calibre - túnica íntima muito espessa devido à grande quant. de fibras elásticas na camada subendotelial; - túnica média com inúmeras lâminas elásticas; - A artéria possui luz arredondada e ampla, e parede espessa. - Exemplos: aorta, pulmonar, carótida comum e ilíacas. – Artérias de Médio Calibre - túnica média muito espessa devido a grande quantidade de fibras musculares; - Exemplos: braquial, radial, ulnar, femoral e tibial. – Artérias de Pequeno Calibre – Arteríolas - túnica intima adelgaçada; - túnicas média e adventícia pouco desenvolvidas. ARTÉRIAS: (Irrigação) ● Elasticidade – Dilatação Transversal e Longitudinal ● Ramos – Terminais e Colaterais (Recorrente) ● Nomenclatura ● Anastomoses ● Situação ● Alterações ● Aneurisma (dilatação anormal da parede) ▪ Arteriosclerose (endurecimento da parede) ▪ Trombose (Embolia) ▪ Derrame (AVC) ▪ Enfarte (Ataque Cardíaco) ▪ Aterosclerose (deposição de material lipídico) Alterações Arteriais VEIAS: (Drenagem) ● Conceito: – São vasos aferentes ao coração e que aumentam de calibre à medida que se aproximam do coração. ● Função: – Transportar o sangue rico em gás carbônico e resíduos metabólicos dos tecidos para coração. ● Divisão quanto ao CALIBRE e HISTOFISIOLOGIA: – Veias de Grande Calibre – Veias de Médio Calibre – Veias de Pequeno Calibre – Vênulas • Forma: • Cilíndricas • Achatadas • Moniliformes • Número: • Tributárias: • Válvulas: • Estrutura (tecido conjuntivo elástico, revestido de endotélio) • Borda Aderente • Borda Livre • Seio da Válvula • Função (direcionar o fluxo sanguíneo no sentido do coração, impedindo que haja refluxo) VEIAS: (Drenagem) VEIAS: (Drenagem) ● Classificação: – VEIAS PROFUNDAS (transitam ao lado das artérias - Satélites) – VEIAS SUPERFICIAIS (drenam para as veias profundas) – SEIOS VENOSOS (espaços revestidos de endotélio que contém sangue venoso - só existem no encéfalo) • Varizes: • dilatação anormal da parede + estase sanguínea Alterações Venosas CAPILARES SANGUÍNEOS: (Trocas metabólicas) ● Conceito: – Rede de túbulos delgados que se anastomosam profusamente e através de cujas paredes se dá o intercâmbio metabólico entre o sangue e os tecidos •Função: • Promover o intercâmbio metabólico entre o sangue e os tecidos, através de suas paredes . • DISTRIBUIÇÃO: • Universal - a riqueza da rede de capilares está na dependência do metabolismo dos órgãos • Exceção – estruturas que são avasculares • Ex: Epiderme, Córnea, Cristalino e Cartilagem Hialina �CAPILARES SANGUÍNEOS: (Trocas metabólicas) • TIPOS: • CONTÍNUO • Músculo Esquelético, Pele, Pulmões, etc • FENESTRADO • Rins, Intestinos e Glândulas Endócrinas • SINUSÓIDE • Fígado, Medula Óssea e Timo SISTEMA VASCULAR VASOS DA CABEÇA, TRONCO E MEMBROS SISTEMA CIRCULATÓRIO III • Vasos: •TRONCO PULMONAR •Artérias Pulmonares Direita/Esquerda •Ramificações até os Capilares •Tributárias das Veias Pulmonares •VEIAS PULMONARES DIREITA E ESQUERDA CIRCUITO PULMONAR - PEQUENA CIRCULAÇÃO • Conceito: • CORAÇÃO – PULMÕES – CORAÇÃO • Caráter Funcional: • HEMATOSE • Alvéolos pulmonares (CO2 ⇒ O2) CIRCUITO SISTÊMICO - GRANDE CIRCULAÇÃO •Conceito: • CORAÇÃO – ORGANISMO – CORAÇÃO •Caráter Nutricional: • Capilares para nutrir: •células •tecidos •órgãos CIRCULAÇÃO INTRACARDÍAC A Artéria Aorta Aorta Ascendente - Arco Aórtico - Aorta Descendente Aorta Ascendente ▪Artéria Coronária Direita ▪Artéria Coronária Esquerda Aorta Descendente ▪Aorta Torácica ▪Aorta Abdominal Arco Aórtico ▪Tronco Braquiocefálico •Artéria Subclávia Direita •Artéria Carótida Comum Direita ▪Artéria Carótida Comum Esquerda ▪Artéria Subclávia Esquerda ▪ARTÉRIAS CARÓTIDAS COMUNS DIREITA E ESQUERDA ▪RAMOS TERMINAIS: ▪Artérias Carótidas Internas (Encéfalo) ▪Artérias Carótidas Externas (Pescoço e Cabeça) ▪Ramos Colaterais: ▪Tireóidea Superior, Lingual, Facial, Faríngea Ascendente, Occipital e Auricular Posterior ▪Ramos Terminais: ▪Artéria Maxilar ▪Artéria Temporal Superficial Irrigação da Cabeça e do Pescoço Irrigação dos Membros Superiores ▪ARTÉRIA SUBCLÁVIA (Membros Superiores) ARTÉRIA AXILAR (Axila) ARTÉRIA BRAQUIAL (Braço) ARTÉRIA RADIAL ARTÉRIA ULNAR (Antebraço) ARCO (Mão) ARCO PALMAR PALMAR PROFUNDO SUPERFICIAL Irrigação do Tórax •AORTA DESCENDENTE: •Parte Torácica - (Tórax) (do Arco Aórtico ao Hiato Aórtico do Diafragma) •Ramos Parietais - (Parede Torácica) •Artérias Intercostais Posteriores •Artérias Subcostais •Artérias Frênicas Superiores •Ramos Vicerais - (Vísceras Torácicas) •Artérias Bronquiais •Artérias Esofágicas •Artérias Pericárdicas •Artérias Mediastinais •AORTA DESCENDENTE: •Parte Abdominal - (Abdome) ( do Hiato Aórtico à 4ª VL ) •Ramos Parietais - (Parede Abdominal) •Artérias Frênicas Inferiores •Artérias Lombares •Artéria Sacral Mediana •Ramos Viscerais - (Vísceras Abdominais) ➢Pares: •Artérias Supra-renais Médias •Artérias Renais •Artérias Supra-renais Inferiores •Artérias Gonadais •Artérias Testiculares (homens) •ArtériasOváricas (mulheres) Irrigação do Abdome •Ramos Viscerais - (Vísceras Abdominais) ➢Ímpares: •TRONCO CELÍACO: (Estômago, Baço, Pâncreas, Fígado e Duodeno) •Artéria Gástrica Esquerda •Artéria Esplênica •Ramos Pancreáticos •Artéria Gastromental Esquerda •Artérias Gástricas Curtas •Ramos Esplênicos •Artéria Hepática Comum •Artéria Gástrica Direita •Artéria Gastroduodenal •Artéria Hepática Própria Irrigação do Abdome Irrigação do Abdome •ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR: (Jejuno-íleo, Pâncreas, Duodeno e Intestino Grosso) •Artérias Jejunais e Ileais •Artéria Pancreático-duodenal •Artérias Ileocólica •Artéria Cólica Direita e Cólica Média •ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR: (Intestino Grosso) •Artéria Cólica Esquerda •Artérias Sigmóideas •Artéria Retal Superior Irrigação da Pelve •Ramos Terminais: •Artéria Ilíaca Comum (Direita e Esquerda) •Artéria Ilíaca Interna •Artéria Ilíaca Externa (Membros inferiores) •ARTÉRIA ILÍACA INTERNA - (Pelve) •Ramos Parietais - (Parede Pélvica) •Artéria Iliolombar e Sacrais •Artérias Glúteas Sup. e Inferiores •Artérias Obturatórias •Artérias Pudendas Internas •Ramos Viscerais - (Vísceras Pélvicas) •Artérias Umbilicais •Artérias Vesicais Sup. e Inferiores •Artérias Uterinas (Ducto Deferente) •Artérias Vaginais e Retais Médias Irrigação dos Membros Inferiores ▪ARTÉRIA ILÍACA EXTERNA (Membros Inferiores) ARTÉRIA FEMORAL (Coxa) ARTÉRIA POPLÍTEA (Joelho) ARTÉRIA TIBIAL ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR POSTERIOR (Perna) Artéria Fibular ARTÉRIA (Pé) ARCO DORSAL PLANTAR DO PÉ Drenagem Venosa: Generalidades •Retorno Venoso ao Coração •Classificação: •VEIAS PROFUNDAS – (Satélites - transitam ao lado das artérias) •VEIAS SUPERFICIAIS – (drenam para as veias profundas) •SEIOS VENOSOS – (espaços revestidos de endotélio que contém sangue venoso - só existem no encéfalo) ⇓ ⇓ VEIAS JUGULARES INTERNAS + VEIAS SUBCLÁVIAS ⇓ ⇓ VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS (DIREITA e ESQUERDA) ⇓ VEIA CAVA SUPERIOR Formação da Veia Cava Superior VEIAS da CABEÇA e do PESCOÇO VEIAS dos MEMBROS SUPERIORES Formação da Veia Cava Superior VEIAS da CABEÇA e do PESCOÇO •Veias Jugulares Externa, Anterior e Posterior •Veia Facial, Retromandibular e Lingual •Veias Tireóideas Superiores e Médias •Veias Vertebrais •Seios da Dura-Máter ⇓ VEIA JUGULAR INTERNA (Direita e Esquerda) Formação da Veia Cava Superior SUPERFICIAIS PROFUNDAS Veia Intermédia do Cotovelo Veias Ulnares ⇓ Veias Radiais Veia Basílica (medial) Veias Braquiais Veia Cefálica (lateral) Veia Axilar ⇓ VEIA SUBCLÁVIA (Direita e Esquerda) VEIAS dos MEMBROS SUPERIORES VEIA CAVA SUPERIOR Veia Cava Superior •SISTEMA ÁZIGOS •Veia Hemiázigos •Veia Hemiázigos Acessória •Veias Intercostais Posteriores •Veias Bronquiais •Veias Esofágicas •Veias Pericárdicas ⇓ • Veia Ázigos ⇓ VEIAS do TÓRAX Formação da Veia Cava Inferior ⇓ ⇓ VEIAS ILÍACA EXTERNA + VEIAS ILÍACA INTERNA ⇓ ⇓ VEIAS ILÍACAS COMUNS (DIREITA e ESQUERDA) ⇓ VEIAS dos MEMBROS INFERIORES VEIAS da PELVE VEIA CAVA INFERIOR Formação da Veia Cava Inferior • SUPERFICIAIS PROFUNDAS Veias Fibulares Veia Safena Parva (lateral) Veias Tibiais Anteriores Veias Tibiais Posteriores Veia Safena Magna (medial) Veia Poplítea Veia Femoral ⇓ •VEIA ILÍACA EXTERNA (DIREITA E ESQUERDA) VEIAS dos MEMBROS INFERIORES VEIAS da CAVIDADE PÉLVICA •Veias Retais •Veias Vaginais •Veias Uterinas (D.Deferente) •Veias Vesicais •Veias Sacrais •Veias Glúteas •Veias Pudendas ⇓ •VEIA ILÍACA INTERNA (DIREITA E ESQUERDA) Formação da Veia Cava Inferior Veia Cava Inferior VEIAS do ABDOME Veias Lombares Veias Gonadais Veias Renais Veias Supra-renais Veias Hepáticas V E I A C A V A I N F E R I O R ⇑ Veias Hepáticas ⇑ FÍGADO ⇑ Veia Porta Hepática ⇑ Veia Mesentérica Superior + Veia Esplênica ⇑ Veia Mesentérica Inferior DRENAGEM VENOSA VEIA CAVA SUPERIOR VEIA CAVA INFERIOR SEIO CORONÁRIO ⇐ ÁTRIO DIREITO CABEÇA PESCOÇO MEMBROS SUPERIORES TÓRAX ABDOME PELVE MEMBROS INFERIORES CORAÇÃO ⇓ ⇑ Profa. Kelly Palombit Curso de Nutrição 2022.1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CCS - DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA SETOR DE ANATOMIA HUMANA C6H12O6 + 6 O2 → CO2 + 6 H2O + 38 ATP • Células precisam de Oxigênio para produzir energia necessária para as funções do organismo • Energia produzida na forma de ATP (Adenosina Trifosfato) – Produzido nas mitocôndrias na presença de O2 • Gás Carbônico é produzido como resíduo da respiração – Gera acidez quando em excesso, e precisa ser eliminado CONCEITOS: • SISTEMA RESPIRATÓRIO: é um conjunto de órgãos tubulares e alveolares, situados na cabeça, pescoço e cavidade torácica, que são responsáveis pela respiração. • RESPIRAÇÃO: é o termo utilizado para definir as trocas gasosas que ocorrem entre o organismo e o meio ambiente. • Ventilação pulmonar - respiração – Processo mecânico que move o ar para o interior (inspiração) ou exterior (expiração) dos pulmões • Respiração pulmonar - externa – Troca de gases entre o pulmão e o sangue • Respiração tecidual - interna – Troca de gases entre as células/tecidos do corpo (sangue entrega O2 e recebe o CO2) FUNÇÕES: • Inspiração do ar (interiorização) • Condução do ar (transporte) • Condicionamento do ar • Hematose (troca de gases) • Expiração do ar • Olfato • Fonação • Defesa do organismo Porção Condutora: • Nariz externo • Cavidade Nasal • Faringe • Laringe • Traqueia • Brônquios Porção Respiratória: • Pulmões NARIZ EXTERNO CAVIDADE NASAL FARINGE LARINGE TRAQUEIA BRÔNQUIOS PULMÕES • Esqueleto: osso + cartilagem • Tamanho e formato variados • Anatomia externa • Abertura: narinas • Lateral: asas • Recoberto por pele • Vestíbulo: vibrissas • Divisão interna: septo nasal RAIZ DORSO ÁPICE NARINAS ASA • Definição: toda cavidade interna do nariz • Divisão: direita e esquerda • Aberturas: – Anterior: narinas (meio externo) – Posterior: coanas (faringe) • Revestimento: mucosa • Definição: toda cavidade interna do nariz • Divisão: direita e esquerda • Aberturas: – Anterior: narinas (meio externo) – Posterior: coanas (faringe) • Revestimento: mucosa • Teto • Assoalho • Parede medial • Parede lateral OSSO ETMOIDE OSSO ESFENOIDE MAXILA OSSO PALATINO SEPTO NASAL: - O. ETMOIDE -O. VÔMER - CARTILAGEM SEPTAL CONCHAS NASAIS: -SUPERIOR - MÉDIA - INFERIOR SEPTO NASAL CONCHAS NASAIS: são protuberâncias ósseas que oferecem uma grande área de superfície para troca de calor: • Concha nasal superior • Concha nasal média • Concha nasal inferior MEATOS NASAIS: são espaços/passagens na cavidade nasal: • Meato nasal superior: abertura do seio etmoidal • Meato nasal médio: abertura do seio frontal e dos seios maxilares • Meato nasal inferior: abertura do ducto lacrimonasal CNS CNM CNI CNS CNM CNI * * * São cavidades cheias de ar nos seguintes ossos do crânio: • O. frontal • O. etmoide • O. esfenoide • O. maxila SEIO FRONTAL SEIO ESFENOIDAL SEIOS ETMOIDAIS SEIOS MAXILARES Bulbo olfatório • É um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. • Situada anterior às vértebras cervicais. • FUNÇÃO: passagem de ar e alimento. DIVISÃO: • Nasofaringe • Orofaringe • Laringofaringe É a porção superior da faringe e tem as seguintes comunicações: • Com a cavidade nasal através das coanas • Com a cavidade timpânica através do óstio faríngeo da tuba auditiva • E com a orofaringe. • Óstio faríngeo da tuba auditiva (OFTA) • Tórus tubário • Tonsila faríngea • É a parte intermediária da faringe. • Situada posteriorà cavidade oral. • Estende-se do palato mole até o nível do osso hioide. • Comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento. • É a porção inferior da faringe • Estende-se para baixo a partir do osso hioide • Conecta-se posteriormente com o esôfago (passagem do alimento) e anteriormente com a laringe (passagem de ar). A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Situada na linha mediana do pescoço. Funções: • Atua como passagem para o ar durante a respiração; • Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); • Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia). A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na laringe encontramos duas pregas: • a prega vestibular (cordas vocais falsas) • a prega vocal (cordas vocais verdadeiras). • Ventrículo da laringe. Prega vestibular (cordas vocais falsas) Prega vocal (cordas vocais verdadeiras) É uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos. Principais cartilagens da laringe: – Cartilagem tireoide (1) – Cartilagem cricoide (2) – Cartilagem epiglótica (3) – Cartilagem aritenoide (4) 1 1 2 2 3 3 4 4 • Tubo de 10 a 12,5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. • Continuação da laringe. • Penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. • Constituída aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos. • Cartilagens traqueais. • Ligamentos anulares. Cartilagens traqueais Ligamentos anulares • Anterior ao esôfago. • Parede membranácea. • Internamente é forrada por mucosa. • Inferiormente se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo. • Separação dos 2 brônquios: carina. Carina • Ligam a traqueia com os pulmões. • Dois: direito e esquerdo. • Constituídos de anéis incompletos de cartilagem. • O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. D E • Entrada dos brônquios principais nos pulmões: HILO. • Subdivisão: – brônquios lobares – brônquios segmentares S I S IM • Os brônquios bronquíolos (músculo liso) ductos alveolares (minúsculos túbulos) alvéolos (estruturas microscópicas) Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Função: troca de oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar. • Situados na cavidade torácica. • Responsáveis pelas trocas gasosas. • Peso: 700 g • Altura: 25 cm • Ápice • Base • Faces: costal, diafragmática e mediastínica. • Divisão: pulmão direito e esquerdo PULMÃO DIREITO: • Três lobos: superior, médio e inferior. • Duas fissuras: – fissura oblíqua: separa lobo inferior dos lobos médio e superior – fissura horizontal: separa o lobo superior do lobo médio. LOBO SUPERIOR LOBO MÉDIO LOBO INFERIOR FISSURA HORIZONTAL FISSURA OBLÍQUA PULMÃO ESQUERDO: • Dois lobos: superior e inferior. • Fissura: – oblíqua: separa lobo inferior do lobo superior. • Língula do pulmão. LOBO SUPERIOR LOBO INFERIOR FISSURA OBLÍQUA LÍNGULA NÃO FUMANTE FUMANTE • A pleura é uma membrana delicada que recobre o pulmão • Há dois folhetos: – pleura visceral (interna) – pleura parietal (externa) • Líquido pleural: camada muito fina de líquido entre as duas pleuras, que facilita o deslizamento suave dos pulmões dentro da caixa torácica, quando se enchem e esvaziam de ar. • É a região localizada na face mediastínica de cada pulmão. • É formado pelas estruturas que chegam e saem dele: – brônquios principais – artérias pulmonares – veias pulmonares – artérias e veias bronquiais – vasos linfáticos. M. DIAFRAGMA: • Separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. • Quando contrai: comprime a cavidade abdominal e expande a cavidade torácica (pressão negativa nos pulmões: puxa o ar para dentro). • Quando relaxa: aumenta a pressão na cavidade torácica, forçando o ar para fora dos pulmões. MM. INTERCOSTAIS EXTERNOS: • Localizados entre as costelas. • Ao contrair, tracionam as costela para cima, expandindo a cavidade torácica. AULA PRÁTICA!
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