Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 1 Silvano Pereira Ferraz PROJETO DE INTERVENÇÃO: EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA (Identidade Negra dos Afrodescendentes Brasileiros) Atividade da disciplina de Prática pedagógica interdisciplinar: temas transversais (educação das relações étnico-raciais e educação em direitos humanos) do curso de Pedagogia – Faculdade Única EAD, como requisito parcial e obrigatório. 2021 Ipatinga - MG CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 2 SUMÁRIO 1. Introdução ...................................................................................................................................... 3 2. Objetivo Geral. .............................................................................................................................. 3 2.1 Objetivos específicos ................................................................................................................... 3 3. Justificativa .................................................................................................................................... 4 4. Desenvolvimento .......................................................................................................................... 5 5. Referencias Bibliográficas ........................................................................................................... 8 CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 3 1. Introdução. Este trabalho tem por objetivo contextualizar as formas didáticas pedagógicas nas escolas brasileiras, visando a construção da identidade negra dos cidadãos afrodescendentes nascidos no Brasil. E, enquanto objetivos específicos, identificar possibilidades que possam estimular a construção dessa identidade no contexto educacional nacional, assinalando seus pontos fortes e pontos fracos. E, ainda, caracterizar os principais conteúdos e atividades que permitem a reflexão sobre a identidade étnico-racial no Brasil, bem como ressaltar os direitos humanos advindo dessa discussão. Por fim, realizar uma análise sobre os pontos contextualizados e os resultados apontados e combate ao racismo estrutural. É notável que há uma necessidade de contemplar mais atividades interdisciplinares e extracurriculares no ensino básico, fundamental e superior, para que a discussão sobre esse assunto possa, de forma eficaz, contribuir no processo de construção da identidade dos cidadãos negros e cidadãs negras do nosso país. 2. Objetivo Geral. Identificar as formas que possibilite buscar a formação e construção da identidade dos cidadãos e cidadãs afrodescendentes brasileiros e o racismo estrutural existente. 2.1 Objetivos específicos. Os objetivos específicos são buscar definir quais os pontos fortes que leva o cidadão e a cidadã afrodescendente a identificar-se com sua origem racial e quais os pontos fracos dessa relação, quando se busca a própria negação de sua verdadeira identidade racial, resultado do racismo estrutural existente. Pontos fortes: 1 – Conhecer a origem e a riqueza da cultura africana. CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 4 2 – Identificar o modo de vida do povo africano e sua importância na história do mundo e suas conquistas. 3 – Saber da importância da contribuição que a raça africana tem na formação do povo brasileiro. Pontos fracos. 1 – Identificar formação escolar. Monocultural ou multicultural? 2 – Definir o conceito de racismo estrutural. 3 – Dificuldade de reconhecimento social. 3. Justificativa. A definição de Identidade é permeada de complexidade e a isso se junta adjetivos pessoal, social, de classe, profissional, dentre outros. A identidade é uma realidade sempre presente em todas as sociedades humanas. Qualquer grupo humano, através do seu sistema axiológico sempre selecionou alguns aspectos pertinentes de sua cultura para definir-se em contraposição ao alheio. A definição de si (autodefinição) e a definição dos outros (identidade atribuída) têm funções conhecidas: a defesa da unidade do grupo, a proteção do território contra inimigos externos, as manipulações ideológicas por interesses econômicos, políticos, psicológicos, etc. (MUNANGA, 1994, p. 177-178). Por mais que essa resposta seja de difícil definição, é no espaço do ambiente escolar, no básico ao superior, que essas discussões precisam ser explicitadas. A sociedade ainda enfrenta obstáculos a esses debates, pois os que tiveram acesso à educação formal, nas escolas brasileiras, no final século passado, tiveram sua formação lastreadas nos livros didáticos que inferiorizavam o negro. Talvez a intenção desta violência, institucional ou política, levando ao racismo estrutural na sociedade brasileira, seja fazer com que o próprio negro não se reconheça em uma relação de igualdade. Nesse sentido relata Gomes (2015): CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 5 [..] Construir uma identidade negra positiva em uma sociedade que, historicamente, ensina aos negros, desde muito cedo, que para ser aceito é preciso negar-se a si mesmo é um desafio enfrentado pelos negros e pelas negras brasileiros(as). (GOMES, 2005, p.43). Só com um processo educativo efetivo com profissionais bem formados, seja na formação inicial ou na formação continuada e do próprio sistema educacional, alcançaremos um ensino crítico para os estudantes. A Identidade é uma construção social, na interação com o outro e suas características diferentes, na pluralidade, para levar o reconhecimento de si. GOMES (2003), focaliza o debate sobre as diferentes formas de reprodução do racismo através da negação da identidade negra por muitos docentes, gestores, entre outros segmentos de educadores, na educação básica e superior. A autora afirma que [...] não vai adiantar se o educador se olhar no espelho e não se reconhecer em seu pertencimento étnico-racial (GOMES, 2003). Muitos docentes ainda ensinam como aprenderam, se aprenderam em um currículo com perspectiva eurocêntrica, a tendência é haver um processo que reproduza esse conteúdo em sua prática, ainda que conte com bons materiais didáticos. 4. Desenvolvimento Essa intervenção, para possibilitar a contextualização da formação da identidade do negro, nas escolas e, consequentemente na sociedade, e combate ao racismo estrutural, é bastante complexa. Através de recursos pedagógicos conhecidos podemos fazer intervenções pontuais, respeitando as características próprias das etapas de desenvolvimento do corpo discente, mas somente uma intervenção estrutural e continuada a nível de instituição, oferecerá uma razoável possibilidade de sucesso. Portanto, não bastarão aplicações de práticas pedagógicas senão houver uma perspectiva de que o corpo docente e a direção da IE (Instituição de Ensino) estão capacitados e comprometidos com essa causa. Fases da intervenção. Construção da identidade do negro. CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 6 Fase 1. Preparação do corpo docente e do corpo diretivo para contribuir no processo de maneira eficaz. - Realizar conferências com educadores especialistas no assunto de formação da identidade dos negros no Brasil. Identificando a melhor maneira de abordagem do assunto no meio educacional. Fase 2. Escolha da maneira de abordar o tema da formação da identidade do negro, respeitando o nível de desenvolvimento do corpo discente que será alvo da intervenção. - Essa fase, deverá ser decidida pelos educadores que irãoaplicar a intervenção. Ela deverá ser aplicada em todo o universo discente. Ela poderá ser de forma tradicional, com explicitação de conceitos ligados ao assunto pelo professor, em sala de aula, ou de forma intimista, com formação de grupos, dentro de uma escolha aleatória ou direcionada, levando em consideração as características intelectuais dos alunos. Fase 3. Intercambiamento de ideias, visando pluralidade nos conceitos. Nessa fase, o processo da intervenção já deve estar bastante adiantado, com os conteúdos sobre o assunto já trabalhado e em fase avançada de aplicação de conceitos multiculturais. - A ideia central dessa fase é a possibilitar a troca de experiências entre os alunos, de forma geral, propiciando uma convivência social entre os diferentes grupos formados anteriormente ou entre as salas, levando a uma interatividade e abordagem do tema da formação da identidade do negro e suas consequências na vida de cada aluno e da sociedade. A discussão entre grupos e salas irá propiciar pluralidade de opiniões e terá a capacidade de desenvolver conceito coletivo sobre a identidade do negro na sociedade e a aceitação dele próprio como um brasileiro afrodescendente, afastando o ideário de racismo de raça. 5. Considerações Finais. Os conceitos e diferenças da educação monocultural e da educação multicultural só reforçam que a consciência de conhecer a si próprio e de conhecer o outro é imprescindível para a construção da Identidade Negra Brasileira, e para também saber argumentar com os grupos sociais que compõe a sociedade em geral, quando interpelado por eles sobre o seu pertencimento identitário, concluindo que o espaço CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 7 educativo é fundamental para que tudo isso ocorra, e que o corpo docente e diretivo da IE é fundamental no processo. CURSO DE PEDAGOGIA EM EAD 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/monocultura.htm?aff_source=56d95533a8 284936a374e3a6da3d7996> acesso em 28/07/2021. < https://www.politize.com.br/cultura-e-identidade-negra/> acesso em 28/07/2021. <https://www.uol.com.br/ecoa/listas/o-que-e-racismo-estrutural.htm> acesso em 28/07/2021. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/monocultura.htm?aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996 https://brasilescola.uol.com.br/geografia/monocultura.htm?aff_source=56d95533a8284936a374e3a6da3d7996 https://www.politize.com.br/cultura-e-identidade-negra/ https://www.uol.com.br/ecoa/listas/o-que-e-racismo-estrutural.htm
Compartilhar