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PERFIL DOS ECONOMISTAS DOMÉSTICOS COM DOUTORADO
CADASTRADOS NA PLATAFORMA LATTES DO CNPq1
Lirane Elize Ferreto2
Everardo Duarte Nunes3
RESUMO
A Economia Doméstica é um campo do conhecimento em constituição e com presença incipiente de
profissionais com doutorado. Este trabalho tem por objetivo descrever o perfil dos economistas domésticos com
doutorado cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fornecer
informações úteis para o delineamento da política de desenvolvimento científico e tecnológico no campo.
Identificou-se 35 profissionais com formação a nível de doutorado, 77,1% atua em instituições de ensino ou
pesquisa da Região Sudeste, 37% concluíram sua graduação entre 1977 a 1987, 34% graduou-se na UFV, com
predominância de qualificação em pós-graduações em IES da Região Sudeste. Entre os profissionais 35,5%
possuem mestrado na área de Ciências Agrárias, 37,5% doutorado na área de Educação e 74,3% (n=26) estão
inseridos em um grupo de pesquisa. Diante do número reduzido de profissionais qualificados para pesquisa
identifica-se a necessidade de criar estratégias de motivação dos egressos para a qualificação em cursos de pós-
graduação, com objetivo de ampliar o quadro de doutores que estejam presentes em outras regiões do país
contribuindo para o desenvolvimento econômico e social através da produção de conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Economia Doméstica. Pós-Graduação. Grupo de Pesquisa.
1 INTRODUÇÃO
A Economia Doméstica surgiu aproximadamente no século IV antes de Cristo, pois já
nessa época, entre os gregos, romanos e hebraicos, se discutia sobre a rotina e a administração
dos recursos familiares. Historiadores afirmam que a Economia Doméstica foi inserida no
movimento higienista do século XIX, como sendo um conjunto de conhecimentos técnicos na
área de alimentos, saúde, higiene, cuidados com as crianças, vestuário e habitação
(AMARAL, 2000).
Ciências Domésticas ou Economia Doméstica como é denominada em algumas
escolas superiores do Brasil, aparentemente nova, tem suas raízes fundamentais na cultura do
passado e o seu crescimento na evolução gradativa do conhecimento humano. Sendo
1 Atividade vinculada ao assunto de investigação da tese de doutorado na linha de pesquisa produção científica
em saúde, do Grupo de Estudo Saúde e Sociedade (UNICAMP).
2 Doutoranda em Saúde Coletiva (FCM/UNICAMP), professora assistente do Centro de Ciências Sociais
Aplicadas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Francisco Beltrão – PR. Endereço
eletrônico: lferreto@gmail.com
3 Doutor em Ciência; professor associado de Ciências Sociais em Saúde e Saúde Coletiva do Departamento de
Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.
Endereço eletrônico: evernunes@uol.com.br.
oficializada a serviço do indivíduo e da família tem como fim o melhoramento das
comunidades e conseqüentemente a elevação da sociedade. Em sentido mais amplo, abrange o
estudo das leis, princípios e idéias relacionadas com as condições físicas do homem e de seu
habitat. De outro lado, estuda também a natureza do homem como ser social em relação aos
fatores ecológicos e estéticos.
No Brasil o interesse por um profissional com a formação em economia doméstica
ocorreu em decorrência da implantação do serviço de Extensão Rural, em 1948 (PEIXOTO,
2008; OLIVEIRA, 1999). A extensão rural visava o desenvolvimento social e econômico do
meio rural, e deveria atuar dentro de uma abordagem multidisciplinar e uma perspectiva
participativa, propiciada pela adoção de metodologias de construção de saber coletivo
(MARQUES e BERALDO, 2009). Assim, se vislumbrava um profissional da extensão rural
capaz de mediar os interesses de diferentes grupos do meio rural promovendo ações
colaborativas. O Economista Doméstico pelo perfil da sua formação seria o profissional
qualificado para atuar junto às famílias rurais, desenvolvendo atividades de natureza
educativa nas seguintes áreas: alimentação e nutrição, saúde e higiene, desenvolvimento
humano, vestuário, habitação, administração do lar, educação do consumidor e outras
atividades necessárias no meio rural (SILIPRANDI, 2002).
A “Economia Doméstica é o campo de conhecimento e de serviço que visa
primeiramente à consolidação da vida familiar através da educação do indivíduo para vida
familiar, do melhoramento dos bens e serviços usados pelas famílias, de pesquisas para
descobrir as mudanças nas necessidades dos indivíduos e das famílias e os meios para
satisfazer essas necessidades; e da promoção de condições favoráveis para a vida familiar na
comunidade, na nação e no mundo...” (AMARAL, 2000. p. 28).
Pode ser compreendido como um campo que visa à produção de conhecimento para a
sociedade viver melhor e o torna acessível através principalmente das atividades de extensão.
Para a efetivação da produção deste conhecimento e devido à necessidade de formação para
atuar junto as instituições de ensino que passaram a ofertar o curso de graduação, os
profissionais procuraram os cursos de pós-graduação de mestrado e doutorado para sua
qualificação.
Os programas de pós-graduação têm a função de formar os novos quadros de cientistas
e professores de nível superior para assegurar a produção de conhecimento, tecnologia e
aprendizagem com as exigências próprias dessa produção e com o desenvolvimento da
Ciência e Tecnologia em âmbito internacional. A ausência de cientistas e professores de nível
superior é uma das condições que limitam o desenvolvimento cientifico e tecnológico dos
países (BOTOMÉ e KUBO, 2002).
A procura pela pós-graduação “stricto-sensu” ocorre principalmente entre os
profissionais que pretendem atuar em instituições de ensino superior e visam à consolidação
do campo científico da economia doméstica como uma ciência que objetiva à produção de
conhecimento para a construção de uma vida com maior qualidade e pela característica
multidisciplinar da formação do profissional.
Como na graduação oferece uma formação que engloba as ciências sociais aplicadas,
humanas, agrárias, engenharia e da saúde isto abre um leque grande de possibilidades de
inserção do profissional em programas de pós-graduações em diferentes áreas do
conhecimento. Os conhecimentos adquiridos no campo da economia doméstica são úteis para
se interrogar e interpretar outros campos, provocando novas reflexões dentro dos programas
de pós-graduação e gerando outras possibilidades de investigação.
Os economistas domésticos como todos os profissionais egressos da pós-graduação
estão aptos a integrar o corpo de pesquisadores de núcleos ou institutos de pesquisa. Aptos a
fazerem parte do corpo docente de diferentes cursos de nível superior nas instituições
universitárias, de ensino superior formal ou em outras instituições que precisam transformar
conhecimento científico em condutas, bens e serviços para a sociedade como parte de seu
papel na sociedade (BOTOMÉ e KUBO, 2002).
O número de graduados em economia doméstica com doutorado é incipiente, mas sua
presença em instituições de ensino e pesquisa tem sido refletida na sua participação em
grupos de pesquisa, nas redes de investigações temáticas e na contribuição para a formação de
recursos humanos oriundos de diferentes graduações. Já se observa uma nova mentalidade
dos egressos da graduação que convivem com mestres e doutores que proporcionam uma
formação que estimula a pesquisa e a extensão. Têm aumentado a procura por estes
profissionais pelos programas de pós-graduação para melhorar sua qualificação em diferentes
áreas do conhecimento a partir da vocação de cada egresso.
Os estudos que envolvem a qualificação do profissional de economia doméstica e sua
inserção profissional ainda são escassos, ao investigar a qualificação em nível de doutorado é
possível vislumbrar como está estruturado o campo da economia doméstica. Este trabalho tem
por objetivo de descrever o perfil dos economistas domésticoscom doutorado cadastrados no
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fornecer
informações úteis para o delineamento da política de desenvolvimento científico e
tecnológico no campo.
2 METODOLOGIA
A lista de economistas domésticos com doutorado ativos em junho de 2009, foi obtida
no portal do CNPq. Identificado os economistas domésticos, foram consultados os currículos
Lattes de todos com doutorado. Com base nas informações foi construído o banco de dados
contendo informações relativas à formação de graduação e pós-graduação, as instituições de
formação, áreas de investigação na pós-graduação e a participação em grupos de pesquisa.
A análise de consistência dessas informações não foi aqui realizada dada a natureza
exploratória deste trabalho. Os pesquisadores foram classificados no nível de formação da
pós-graduação, segundo as grandes áreas do conhecimento já que todos são oriundos da
mesma graduação.
 Além da classificação por grandes áreas, levou-se em consideração a realização da
formação no país ou no exterior. A participação em grupos de pesquisa foi computada
baseando-se no link de acesso ao grupo de pesquisa.
A data da última atualização para todos os currículos analisados variou de novembro
de 2008 a junho de 2009. Trata-se, portanto de informações atualizadas, para a maioria dos
pesquisadores.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Distribuição dos economistas domésticos com doutorado
Os economistas domésticos com doutorado atuam especificamente em instituições de
ensino superior do país, que possuem ou tiveram algum vínculo com o curso de economia
doméstica.
Os profissionais estão distribuídos na Região Sudeste (77,1%), na Nordeste (17,1%) e
na Sul (5,8%). Em relação às instituições que atuam a distribuição é a seguinte: 34% na UFV,
23% na ESALQ/USP, 14% na UFRRJ, 14% na UFC, 6% na UFPel e 1% na EMBRAPA,
Centro Universitário Caratinga e Universidade do Grande ABC/SP.
A UFPel está em processo de extinção do curso e a ESALQ/USP extinguiu o curso em
1991. Os profissionais que já atuavam nessas instituições passaram a atuar em cursos que
possuem afinidade de formação com a graduação em economia doméstica, por exemplo,
ciência dos alimentos, economia familiar, extensão rural e família.
3.2 Características de formação na graduação e pós-graduação
Os primeiros economistas domésticos formaram-se em 1966 na UFV, primeira
instituição a ofertar o curso no país. O perfil destes profissionais era para atuar junto às
famílias com o repasse de orientações que garantissem o bem-estar do núcleo familiar.
De acordo com os dados coletados do Lattes dos economistas domésticos, com
doutorado, 31% formaram-se no período de 1966 a 1976, 37% de 1977 a 1987, 26% entre
1988 a 1998 e 6% de 1999 até 2008.
Os formandos foram oriundos 34% da UFV, 29% da USP/ESALQ, 14% da UFC, 11%
da UFRRJ, 6% da UFPel e 3% da Universidade do Arizona (USA) e Universidade de Ohio
(USA), respectivamente. Vale ressaltar que 11,4% dos currículos Lattes não tiveram
mencionado a área de formação no mestrado e 8,6% no doutorado. Já 2,8% não mencionam a
instituição do doutorado. A formação na pós-graduação destes profissionais em nível de
mestrado ocorreu em diferentes instituições de ensino do país, conforme Tabela 2.
TABELA 1 – Universidades de formação na pós-graduação dos profissionais de
economia doméstica, cadastrado no CNPq, 2009.
IES MESTRADO
N= 35
% DOUTORADO
N= 34
%
UFV 7 20 2 6
USP 6 17 6 18
USP/ESALQ - - 1 3
UFRRJ 4 11 2 6
UFC 3 9 2 6
UFSC 2 6 3 9
UFSCAR 2 6 - -
UFSM 2 6 - -
UNICAMP 2 6 6 18
UFLA 1 3 - -
UFPB 1 3 - -
UFRJ 1 3 3 9
UNIMEP 1 3 1 3
UFRGS - - 2 6
PUC/SP - - 1 3
EUA 2 6 4
EUROPA 1 3 1 3
 Fonte: CNPq, 2009.
Os dados coletados a partir do Lattes dos profissionais de Economia Doméstica
apresentam a distribuição da formação em nível de mestrado em instituições de ensino
superior. Destaca-se a 68,6% procuraram instituições da Região Sudeste, 11,4% da Região
Sul, 11,4% da Região Nordeste e 8,6% no exterior.
Em nível de doutorado a Região Sudeste também apresentou maior procura pelos
profissionais para sua formação (64,7%), a Região Sul (14,7%), no exterior (14,7%) e na
Região Nordeste (5,9%). Provavelmente esta procura esta associada ao fato do surgimento das
instituições de ensino superior estar localizadas na Região Sudeste e serem uma das primeiras
a oferecem a pós-graduação a nível de mestrado e doutorado.
As primeiras propostas de ensino de pós-graduação surgiram isoladamente por volta
da década de 20 (ROMÊO, ROMÊO e JORGE, 2004). Esta década é marcada pelo início de
movimentos em prol de um novo sistema de ensino, no qual o ensino e a pesquisa fossem
realizados no mesmo ambiente e se complementassem. Foi no início dos anos 30 que
apareceram as primeiras propostas para a implantação da pós-graduação no Estatuto das
Universidades Brasileiras, que ocorreu na Universidade do Rio de Janeiro e na Faculdade
Nacional de Filosofia e da Universidade de São Paulo (SANTOS, 2003).
TABELA 2 – Áreas de formação dos profissionais de economia domésticas com
doutorado em nível de mestrado, de acordo com os dados do CNPq, 2009.
AREAS N =31 %
Alimentos e nutrição 1 3
Agronomia (genética e melhoramento de plantas) 1 3
Arquitetura e urbanismo 1 3
Ciência dos alimentos 1 3
Desenvolvimento da Criança 1 3
Desenvolvimento, agricultura e sociedade 4 13
Economia agrária 2 6
Economia aplicada 1 3
Economia da família e do consumidor 1 3
Economia doméstica 3 10
Economia rural 1 3
Educação 5 16
Engenharia de produção 3 10
Extensão rural 3 10
Microbiologia agrícola 1 3
Saúde pública 1 3
Sociologia 1 3
 Fonte: CNPq, 2009.
A formação de 16% dos economistas domésticos no mestrado foi em educação,
principalmente em assuntos que se aproximam com o desenvolvimento da criança, 10% em
engenharia de produção com temas próximos a habitação e ergonomia, 14% em
desenvolvimento, agricultura e sociedade e 10% extensão rural para atuarem no
desenvolvimento rural.
Analisando os temas apresentados na Tabela 2, a partir da Classificação das Áreas do
Conhecimento do CNPq, verifica-se que a formação de 35,5% é na área de Ciências Agrárias,
29% na área de Ciências Sociais, 22,6% na área de Ciências Humanas, 9,7% na área de
Engenharias e 3,2% na área de Ciências da Saúde.
Ressalta-se que a procura pela grande área das Ciências Agrárias pode estar
relacionada a concepção do curso, de formar profissionais para atuarem no desenvolvimento
socioeconômico das famílias do meio rural. Com o passar dos anos desde a concepção do
curso, frente às mudanças econômicas e sociais do país, houve a necessidade de reformulação
das grades curriculares e passou-se a visualizar que a atuação deste profissional seria
importante em outras áreas do conhecimento, que estão relacionadas ao bem-estar das pessoas
no núcleo familiar ou nas instituições.
TABELA 3 – Áreas de formação dos profissionais de economia doméstica com
doutorado em nível de doutorado, de acordo com os dados do CNPq, 2009.
AREAS N = 32 %
Alimentos e nutrição 2 6
Antropologia social 1 3
Arquitetura e urbanismo 1 3
Ciência social (antropologia social) 1 3
Ciências (economia aplicada) 1 3
Ciências da motricidade 1 3
Ciências sociais 1 3
Desenvolvimento, agricultura e sociedade 1 3
Ecologia e família 1 3
Economia aplicada 2 6
Economia da família e do consumidor 1 3
Economia doméstica 1 3
Educação 7 22
Educação dos anos iniciais 1 3
Engenharia de produção 4 13
Genética e biologia molecular 1 3
Microbiologia agrícola 1 3
Planejamento urbano e regional 1 3
Psicologia escolar e o desenvolvimento humano 1 3
Saúde pública 1 3
Sociologia 1 3
 Fonte: CNPq, 2009.
Na Tabela 3, destaca-se que 22% dos profissionais optaram por um curso na área da
educação, 13% em engenharia de produção e 6% em alimentos e nutrição e 6% em economia
aplicada.
A formação dos economistas domésticos a nível de doutorado de 37,5% foi na área da
Educação, 28,1% na áreadas Ciências Agrárias, 15,6% na área das Ciências Sociais, 12,5%
na área das Engenharias e 6,3% na área das Ciências da Saúde.
3.3 Participação em grupos de pesquisa
Dos 35 profissionais com doutorado investigados no Lattes, 74,3% (n=26) estão
inseridos em um grupo de pesquisa e 25,7% não está inserido em grupo de pesquisa. Entre
esses pesquisadores, 23,1% participam de três grupos de pesquisa, 15,4% participam em
quatro grupos de pesquisa e 11,5% em dois grupos de pesquisa.
Os grupos de pesquisa estão vinculados a área de formação no doutorado e de
interesse dos cursos de graduação e pós-graduação a que os profissionais estão vinculados em
suas instituições de ensino superior.
TABELA 4 – Denominação dos grupos de pesquisa que os profissionais de economia
doméstica com doutorado participam, de acordo com dados do CNPq, 2009.
DENOMINAÇÃO N=48 %
Administração pública e gestão social 1 2
Alimentos e sociedade 2 4
DED 2 4
Desenvolvimento linguagem e educação da criança 1 2
Ecossistema familiar, políticas públicas, desenvolvimento humano e social 7 15
Ergonomia florestal 1 2
Ergonomia, saúde e segurança no trabalho 1 2
Estudos sobre universidade - inovação e pesquisa 2 4
Estudos sobre universidade, formação do profissional de turismo 2 4
GEMAPP - Grupo de elaboração, monitoramento e avaliação de projetos
sociais 2 4
Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Idade e Família da
Universidade Federal do Ceará- NEGIF/UFC 3 6
Génetica, bioquímica de plantas 1 2
GEU-IPESQ 2 4
Grandes projetos e monoculturas, territorialidade, conflitos
socioambientais e alternativas 1 2
Laboratório de estudos de políticas públicas 1 2
Mulher rural, pobreza e desenvolvimento local 1 2
Núcleo interdisciplinar de estudos do lazer 1 2
NESPI - Núcleo de Estudos e Pesquisas de Política Internacional. Estudos
Internacionais e Políticas Comparadas 1 2
Planejamento Ergonômico do Trabalho - ERGOPLAN 1 2
Processamento e agregação de valor a mandioca e fruteiras tropicais 1 2
Residência Agrária 1 2
Resolução científica de conflitos 1 2
Segurança alimentar e nutricional 7 15
Sustentabilidade em cadeias produtivas florestais 1 2
Transformações sociais, cultura e comportamento 2 4
Vestuário no contexto socioeconômico e cultural 2 4
Fonte: CNPq, 2009.
Os grupos que os pesquisadores estão inseridos estão distribuídos da seguinte forma
nas instituições de ensino e pesquisa; 37% na UFV; 14,8% na USP, 14,8% na UFC, 7,4% na
UFPel, 7,4% na UFRRJ e 3,8% na UFRGS, UFC, UNICAMP, EMPRAPA e UFSC
respectivamente. Consultando a plataforma do diretório de pesquisa de Grupos de Pesquisa no
Brasil, de acordo com a denominação dos grupos a que os profissionais pertencem,
identificamos que 40,7% dos profissionais de economia doméstica são os líderes dos grupos
cadastrados.
Os grupos de pesquisa aos quais os profissionais estão inseridos têm em média 9,4
anos de atividade, sendo que 40,7% dos profissionais passaram a integrar o grupo após o ano
2000. Os grupos apresentam uma média por grupo de 8,7 pesquisadores, 9,6 estudantes e 2,1
técnicos.
De acordo com a classificação da grande área de conhecimento, 40,7% dos grupos
encontra-se na área de Ciências Sociais Aplicadas, 18,5% na área de Ciências Agrárias,
18,5% na área de Ciências Humanas, 11,1% na área de Ciências da Saúde, 7,4% na área de
Engenharia e 7,4% na área de Ciências Biológicas.
Como se observa os pesquisadores oriundos da graduação em economia doméstica
estão presentes em grupos de pesquisa de diferentes áreas do conhecimento, participando de
redes de pesquisa, em instituições consolidadas e centralizadas na Região Sudeste do país.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa na base de dados do Lattes permitiu caracterizar o economista doméstico
com doutorado como um profissional que atua principalmente em instituições de ensino
superior, localizadas na Região Sudeste, formados em instituições consolidadas, em
programas de pós-graduação na área de ciências sociais aplicadas e de agrárias e que atuam
principalmente em cursos de graduação em economia doméstica.
Diante do número reduzido de profissionais qualificados para pesquisa identifica-se a
necessidade de criar estratégias de motivação dos egressos para a qualificação em cursos de
pós-graduação, com objetivo de ampliar o quadro de doutores que estejam presentes em
outras regiões do país contribuindo para o desenvolvimento econômico e social através da
produção de conhecimento. E estimular os economistas domésticos a criar um cenário de
debates sobre a importância da política de ciência e tecnologia e a utilização das ferramentas
para consolidação do campo, através da integração do profissional em grupos de pesquisa,
redes de investigação em áreas de interesse e aumento da divulgação cientifica da área.
REFERÊNCIAS
AMARAL, C. C. G. Fundamentos de Economia Doméstica: perspectiva da condição feminina
e das relações de gênero. 1. ed. Fortaleza: Edições UFC, v. 1. 2000.
BOTOMÉ, SP. E KUBO, OM. Responsabilidade social dos programas de pós-graduação e
formação de novos cientistas e professores de nível superior. Interação em Psicologia,
jan./jun. 2002, (6)1, p. 81-110 SIED. Educação superior: cursos e instituições. Disponível em:
< http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/funcional/lista_cursos.asp> Acesso em 18
julh.2009.
ESALQ. Histórico. Disponível em:
<http://www.geocities.com/alexcoletta/piracicaba/esalq.html> Acesso em 18 julh.2009.
MARQUES, PEM e BERALDO, NA. Assentamentos e profissionais da extensão rural: um
estudo em torno dos referenciais das políticas de desenvolvimento rural. Disponível em:<
http://www.sober.org.br/palestra/2/890.pdf> Acesso em 20 julh.2009.
OLIVEIRA, MM. As circunstâncias da criação da extensão rural no Brasil. Cadernos de
Ciência & Tecnologia, Brasília, v.16, n.2, p.97-134, mai/ago, 1999.
PEIXOTO, M. Extensão Rural no Brasil - uma abordagem histórica da legislação. Texto para
discussão, n.48. Consultoria Legislativa do Senado Federal. Coordenação de estudos, 2008.
Disponível em:< http://www.senado.gov.br/conleg/textos_discussao/texto48-
marcuspeixoto.pdf> Acesso em 15 jun.2009.
http://www.educacaosuperior.inep.gov.br/funcional/lista_cursos.asp
http://www.geocities.com/alexcoletta/piracicaba/esalq.html
http://www.sober.org.br/palestra/2/890.pdf
http://www.senado.gov.br/conleg/textos_discussao/texto48-marcuspeixoto.pdf
http://www.senado.gov.br/conleg/textos_discussao/texto48-marcuspeixoto.pdf
ROMÊO JRM; ROMÊO CIM; JORGE VL. Estudos de Pós-graduação no Brasil. Unesco,
2004. Disponível em < http://www.ccpg.puc-rio.br/memoriapos/textosfinais/romeo2004.pdf>
Acesso em: 15 abr.2008.
SANTOS CMD. Tradições e contradições da pós-graduação no Brasil. Educ. Soc., Campinas.
24 (83):627-641. 2003.
SILIPRANDI, E. Desafios para a extensão rural: o "social" na transição agroecológica.
Agroecol. e Desenv. Rur. Sustent., Porto Alegre, v.3, n.3, Jul/Set 2002.
Agradecimento: Fundação Araucária pelo apoio financeiro para realização das atividades de
pesquisa do doutorado.
http://www.ccpg.puc-rio.br/memoriapos/textosfinais/romeo2004.pdf

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