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Na Mitologia Grega, os Campos Elíseos eram o destino dos heróis após a morte, concebido como um paraíso cortado pelo Rio Lethe, onde homens virtuosos descansavam cercados de flores, lindas paisagens e regozijos eternos. Em analogia à conjuntura hodierna é perceptível que a negligência do Estado com as políticas públicas de saneamento básico de grande parte das cidades brasileiras e a falta de investimento na educação ambiental em escolas públicas e privadas no Brasil propícia um âmbito social distante do cenário mitológico. Dessa forma, é fulcral debater a importância da educação como uma importante ferramenta para resolver os entraves ambientais do país, uma vez que o homem contemporâneo pouco se preocupa com a natureza e falta a aplicação de capital no ensino ambiental nas escolas brasileiras. Diante desse cenário, é incontrovertível que semelhante à atmosfera do filme Wall-E, os resíduos urbanos passam a adornar habitats, criando um cenário de desolação. Não obstante, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, apesar de sancionada, ainda não é atenuante, o que impede uma mudança rápida na proliferação de lixo no país. Dessa forma, em uma nação deficitária em cidadania, coleta seletiva e educação ambiental são refletidos nas grandes metrópoles um cenário de proliferação de doenças e poluição do meio ambiente, provocada por esgotos a céu aberto e a presença de lixões. Portanto, é notório que a ineficiência das políticas públicas e a ausência do ensino ambiental nas instituições de ensino públicas e privadas são elementos preponderantes na manutenção desse dilema. Ademais, apesar de em 2013, o documento Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio mencionar a “sustentabilidade ambiental como meta universal” entre os pressupostos e fundamentos para um ensino médio de qualidade, é perceptível que as escolas preocupadas com resultados quantitativos, pouco se preocupam com a educação ambiental, priorizando áreas do conhecimento que mais caem no ENEM e vestibulares do país. Não obstante, em escolas da rede pública é indubitável que a falta de recursos e a capacitação dos docentes para trabalhar com essa abordagem em sala de aula, são entraves que dificultam propor uma mudança no ensino e na aprendizagem nas escolas do século XXI. Destarte, é incontrovertível que a ausência de importância do homem com a natureza e os investimentos em escolas públicas e privadas do Brasil, com um ensino da educação ambiental são entraves que devem ser superados. Portanto, o ministério do Meio Ambiente juntamente com o Ministério da Educação, deve promover a educação ambiental nas instituições de ensino do país, mediante realização de hortas solidárias, usinas de reciclagem, palestras e feiras de ciências, buscando uma maior integração com a comunidade local, visando uma maior conscientização das pessoas com as questões ambientais. Dessa forma, o Brasil poderá sonhar com um local semelhante aos Campos de Elíseos.
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