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DIREITOS POLÍTICOS

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FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL 
Do art. 1°, parágrafo único, da CRFB/88 extraímos que a soberania é popular, ou seja, o titular 
do Poder Constituinte é o povo, e é ele que deve exercer a sua vontade política, diretamente ou 
indiretamente, de acordo com o modelo de democracia participativa ou semidireta adotado 
pelo Brasil. 
A democracia direta se realiza quando o cidadão, em pleno gozo de seus direitos políticos, 
participa de referendos, plebiscitos, quando ajuíza ação popular, dentre outras manifestações. 
Indiretamente, a democracia se manifesta quando os atos principais da vida política do país são 
realizados por nossos representantes eleitos para essa finalidade. 
O art. 14 da CRFB/88 reitera o teor do artigo supracitado, dispondo que a soberania popular será 
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto na forma da lei. 
 
O “SUFRÁGIO” 
O que é o sufrágio? Confunde-se com o voto? O sufrágio é a essência dos direitos políticos, o 
próprio direito público subjetivo político de poder participar da vida política do país. 
O sufrágio não se esgota e nem se confunde com o direito de votar ou de ser votado, pois 
envolve outras manifestações políticas. Pode ser definido como a reunião dos direitos políticos 
ativos (conquistados com o alistamento eleitoral) e passivos (relativos à capacidade eleitoral 
passiva), que são manifestações de direitos políticos positivos. 
O sufrágio no Brasil, que hoje é universal, já foi censitário e capacitário, senão vejamos: 
• Censitário – “renda” 
O sufrágio censitário condiciona o exercício da vida política aos que possuam renda. Durante a 
vigência da Constituição de 1824 somente os que possuíssem comprovação de renda mínima 
poderiam votar e serem votados para certos cargos eletivos no país. Em 1891, a Constituição 
não permitia também que os mendigos participassem da vida política brasileira, pois não tinham 
condição econômica que justificasse a sua participação. 
• Capacitário – “capacidade intelectual” 
Essa manifestação de sufrágio baseia-se em capacitações especiais, notadamente de natureza 
intelectual. Permite-se, assim, o direito de voto apenas àqueles que possuem certo grau de 
instrução. A exigência de que o eleitor fosse alfabetizado, constituiu um mínimo de sufrágio 
capacitário, que foi eliminado pela EC no 25/85 que reformou a Constituição revogada. 
• Universal – “discriminações positivas e toleradas” 
O sufrágio universal foi trazido originariamente pela Constituição de 1988, quando foram 
abolidas as discriminações negativas presentes nas Constituições anteriores. A natureza 
universal do atual sufrágio não significa inexistência de discriminações, e sim, ausência de 
discriminações de índole negativa. 
A Constituição ainda permite ponderações quanto ao exercício do sufrágio, como por exemplo: 
apesar de possuir alistabilidade, o analfabeto não possui elegibilidade; ou ainda, aos 18 (dezoito) 
anos é possível se candidatar ao cargo de vereador, mas não de deputado federal (somente 
permitido aos vinte e um anos). E assim, a existência de tais ponderações não retira o caráter 
universal do sufrágio. 
 
AQUISIÇÃO DE DIREITOS POLÍTICOS: ALISTAMENTO ELEITORAL 
Ao se alistar perante a Justiça Eleitoral, o cidadão adquire os seus direitos políticos ativos, 
recebendo autorização constitucional para atuar na formação da vontade política do país. Em 
regra geral, o cidadão é o brasileiro nato ou naturalizado em pleno gozo de seus direitos 
políticos. 
De acordo com o art. 14, § 1° da CRFB/88, o alistamento eleitoral é obrigatório para os maiores 
de dezoito anos e facultativo para os analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de 
dezesseis e menores de dezoito anos. 
Pode-se concluir, então, que o alistamento eleitoral é obrigatório para os brasileiros 
alfabetizados, com mais de dezoito e menos de setenta anos de idade. 
Os direitos políticos positivos se classificam em: ativos e passivos, que serão analisados a seguir. 
 
DIREITOS POLÍTICOS ATIVOS 
a) Alistabilidade – Capacidade eleitoral ativa A alistabilidade é adquirida mediante o processo 
de aquisição de direitos políticos perante a Justiça eleitoral. Com o título de eleitor em mãos, 
nós adquirimos o direito de poder votar, de participar de referendos, plebiscito, de propor ação 
popular, de apresentar projeto de lei popular. São, intervenções ativas diretas do cidadão na 
vida política do país. 
b) Plebiscito e Referendo – A Constituição prevê que uma das formas de exercício da soberania 
popular será por meio de consultas populares, realizadas mediante plebiscitos e referendos. O 
plebiscito é uma consulta prévia que se faz aos cidadãos no gozo de seus direitos políticos, sobre 
determinada matéria a ser, posteriormente, discutida pelo Poder Público. O referendo consiste 
na consulta posterior sobre determinado ato governamental para ratificá-lo, ou no sentido de 
conceder-lhe eficácia (condição suspensiva), ou, ainda para retirar-lhe a eficácia (condição 
resolutiva). Ressalte-se que por se tratar de exercício da soberania, somente as pessoas que 
tiverem capacidade eleitoral ativa é que poderão participar de ambas as consultas. O art. 49 da 
CRFB/88, destinou ao Congresso Nacional a competência exclusiva para autorizar referendo e 
convocar plebiscito e o assunto foi regulamentado pela Lei n° 9.709/98. 
c) Ação Popular – A ação popular é ao mesmo tempo um remédio constitucional e um exercício 
de direito político ativo, pois, na forma do art. 5, LXVIII da CRFB/88 e da Lei 4.717/65, só poderá 
ser proposta pelo cidadão. 
d) Iniciativa popular de apresentação de projetos de lei – Os cidadãos, por força do art. 61, § 
2º da CRFB/88, também poderão deflagrar o processo legislativo brasileiro apresentando 
projetos de lei complementar e ordinária, desde que satisfaçam os seguintes requisitos 
constitucionais: o projeto deve ser subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional + esses eleitores devem estar distribuídos pelo menos por cinco Estados brasileiros + e 
em cada um desses Estados, o número de eleitores não pode ser inferior a três décimos por 
cento dos eleitores locais. Os arts. 27, § 4º e 29, XIII da CRFB/88 cuidam da iniciativa popular de 
apresentação de projetos de leis estaduais e municipais. 
e) O “Voto” – São características constitucionais do voto: Pessoal, há obrigatoriedade formal do 
comparecimento; Livre; Sigiloso; Direto; Periódico; Com valor igual para todos. Pode-se dizer 
que o voto possui natureza híbrida, pois é, ao mesmo tempo: direito público subjetivo, uma 
função social (função da soberania popular no regime democrático adotado pelo Brasil) e um 
dever sócio-político (na eleição dos governantes) e um dever jurídico, pois o seu 
descumprimento gera sanções jurídicas no país. 
 
DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS 
• Elegibilidade – Capacidade eleitoral passiva A elegibilidade identifica a capacidade eleitoral 
passiva. Nem todos que possuem capacidade eleitoral ativa possuem necessariamente 
capacidade eleitoral passiva (os analfabetos, por exemplo), ou ainda, nem todos que podem 
votar podem ser votados. Por sua vez: todos que possuem capacidade eleitoral passiva possuem 
capacidade eleitoral ativa, ou seja, para ser votado, precisa poder votar, como na forma do art. 
14, § 3º da CRFB/88, que traz as condições de elegibilidade. 
São condições genéricas cumulativas de elegibilidade, com base no art. 14 § 3º da CRFB/88: I - a 
nacionalidade brasileira (a nacionalidade originária só é exigida para os cargos do art. 12,§ 3º); 
II - o pleno exercício dos direitos políticos (não pode estar sofrendo nenhuma das restrições do 
art. 15); III - o alistamento eleitoral (que gera a capacidade eleitoral ativa); IV - o domicílio 
eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária (pois não se admite candidatura avulsa no 
país); VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da 
Repúblicae Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, 
Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. 
 
OS DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS 
Em contraposição aos direitos políticos positivos, os direitos políticos negativos configuram 
situações em que o indivíduo não poderá participar da vida política ativa ou passiva do país e 
dividem-se em dois principais núcleos: as inelegibilidades (art. 14 da CRFB/88) e a perda e 
suspensão de direitos políticos, que serão a seguir analisados. 
a) As inelegibilidades. 
As inelegibilidades afetam a capacidade eleitoral passiva do indivíduo, ora completamente 
(absolutas), ou ainda parcialmente (relativas): 
As inelegibilidades absolutas: na forma do art. 14, § 4° da CRFB/88, não podem concorrer a 
nenhum pleito eleitoral no país: os inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e os analfabetos (que 
possuem alistabilidade, mas não elegibilidade). Essas situações são taxativas, ou seja, não pode 
a legislação infraconstitucional ampliar as hipóteses de inelegibilidades absolutas. 
Inelegibilidades relativas: são restrições existentes para certos pleitos eleitorais e determinados 
mandatos, cujo núcleo principal está presente no art. 14, § 5º (reeleição) e § 6º 
(desincompatibilização) e § 7º (inelegibilidade reflexa) da CRFB/88. 
Na forma do art. 14, § 9º da CRFB/88, lei complementar poderá ampliar esse tipo de 
inelegibilidade (LC 64/90) 
• A Reeleição. Art. 14 § 5º da CRFB/88. O Presidente da República, os Governadores de Estado 
e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
Essa não é a redação originária da Constituição. Em 1988, o mandato para os titulares do 
Executivo era de cinco anos, sem reeleição. Por meio da ER n° 5/94, o mandato foi reduzido para 
quatro anos, ainda sem reeleição. Somente pela EC n° 16/97 é que a recondução para um 
mandato consecutivo foi inserida no texto constitucional. De acordo com a norma em 
referência, são permitidos apenas dois mandatos consecutivos no mesmo cargo e, desde que 
respeitada essa disposição, não há número máximo de mandatos. Ao interpretar o dispositivo 
ora analisado, o STF proibiu a figura do “Prefeito itinerante” ou “Prefeito profissional”, muito 
comum no país e tolerada durante muito tempo pelo próprio TSE. Hoje, o prefeito reeleito não 
pode se candidatar ao terceiro mandato consecutivo de Prefeito nem para o mesmo Município, 
tampouco para um Município próximo. 
• A Desincompatibilização. Art. 14, § 6º da CRFB/88. Para concorrerem a outros cargos, o 
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem 
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
O dispositivo traz a hipótese de desincompatibilização, que significa a necessidade de renúncia 
(o desfazimento do vínculo) do cargo do Executivo para quem pretende se candidatar a outro 
cargo eletivo, pelo menos 6 (seis) meses antes do pleito eleitoral. A regra se aplica aos titulares 
dos cargos no Executivo. Ressalte-se que a Constituição não faz menção à necessidade de 
desincompatibilização para quem pretende se reeleger (recondução para o mesmo cargo). Não 
há desincompatibilização para os ocupantes de cargos do Legislativo. 
• A Inelegibilidade reflexa. Art. 14, § 7º da CRFB/88. São inelegíveis, no território de jurisdição 
do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, 
do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de 
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
Para evitar o continuísmo familiar no poder, prática infelizmente muito comum no Brasil, a 
Constituição estabeleceu a inelegibilidade chamada de reflexa porque seus efeitos não atingem 
o titular do cargo do executivo, mas os seus familiares. 
Vale destacar que o comando constitucional torna inelegível a “família” do titular (como 
exemplo: cônjuge, companheiro, pai/mãe, avô/avó, filhos, netos, irmãos, sogros, genros, noras, 
cunhados) para quaisquer cargos eletivos no território da circunscrição sob seu comando, salvo 
se o familiar já é titular de cargo eletivo e candidato à reeleição. Ainda sobre o tema, será que a 
inelegibilidade será mantida para o ex cônjuge com a separação ou o divórcio do casal? No 
primeiro caso, não há dúvidas que sim, pois não há um desfazimento definitivo do vínculo 
matrimonial. Quanto à segunda hipótese, o STF criou a Súmula Vinculante 18: "A dissolução da 
sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no 
§ 7º do art. 14 da Constituição Federal.” 
Importante destacar que no caso de haver morte após o divórcio, não há de ser seguida a 
orientação constante na Súmula Vinculante 18 do STF, posto que não se aplica nos casos de 
extinção do vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges. Sobre o tema, destacamos: 
“O que orientou a edição da Súmula Vinculante 18 e os recentes precedentes do STF foi a 
preocupação de inibir que a dissolução fraudulenta ou simulada de sociedade conjugal seja 
utilizada como mecanismo de burla à norma da inelegibilidade reflexa prevista no § 7º do art. 
14 da Constituição. Portanto, não atrai a aplicação do entendimento constante da referida 
súmula a extinção do vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges.” [RE 758.461, rel. min. 
Teori Zavascki, j. 22-5-2014, P, DJE de 30-10-2014, Tema 678.] 
Feitas essas considerações, é possível destacar que: 
• A “família” do Prefeito não pode se candidatar aos cargos de: Vereador, Prefeito e Vice-
Prefeito pelo mesmo Município; 
• A “família” do Governador de Estado não pode se candidatar aos cargos de: Vereador, Prefeito 
e Vice-Prefeito pelos municípios localizados no mesmo Estado e também aos cargos de: 
Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador e Vice-Governador do mesmo 
Estado; 
• A “família” do Presidente da República não poderá se candidatar a nenhum cargo eletivo no 
país. A renúncia é um mecanismo utilizado para afastar a inelegibilidade reflexa, para a qual 
deve ser obedecida a seguinte regra: 
• Se o titular do Poder Executivo estiver no primeiro mandato e renunciar até seis meses antes 
do pleito eleitoral, ficará afastada a inelegibilidade reflexa e seus familiares podem concorrer a 
qualquer pleito eleitoral, inclusive ao cargo antes ocupado pelo renunciante. Neste último caso, 
entretanto, o familiar eventualmente eleito não poderá pleitear a reeleição, pois isso 
caracterizaria um terceiro mandato na mesma família, o que acarretaria um esvaziamento do 
comando constitucional; 
• Se o titular do Poder Executivo estiver no segundo mandato e renunciar até seis meses antes 
do pleito eleitoral, ficará afastada a inelegibilidade reflexa para os demais cargos. Entretanto, 
seus familiares não podem concorrer ao cargo antes por ele ocupado, pois também acarretaria 
três mandatos consecutivos na mesma família. 
b) Perda e Suspensão de Direitos Políticos. A perda ou suspensão dos direitos políticos 
constituem exceção à plenitude dos direitos de votar e ser votado. A perda é a privação 
definitiva dos direitos políticos positivos, e a suspensão é a privação temporária dos respectivos 
direitos. Ressalte-se que a cassação – ato arbitrário de retirada de direitos políticos – é vedada 
pela Constituição. São privações dos direitos políticos, conforme o art. 15 da CRFB/88: 
• cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado – hipótese de perda; 
• incapacidade civil absoluta – hipótese de suspensão de direitos políticos. Com a mudança no 
Código Civil feita pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência(Lei 13.146/2015), esse dispositivo foi 
esvaziado, pois o menor de 16 anos não pode sequer se alistar; 
• condenação criminal transitada em julgado – a suspensão dos direitos políticos persistirá 
enquanto durarem as sanções impostas ao condenado; 
• recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 
5º, VIII da CRFB/88 – para a doutrina majoritária, seguindo a tradição das Constituições 
pretéritas, esta seria mais uma hipótese de perda de direitos políticos, entretanto, o assunto 
não é pacífico, em parte, face ao disposto no art. 4, § 2º da Lei 8.239/91, que cuida do serviço 
alternativo ao serviço militar, que assim afirma: “(...) o certificado só será emitido após a 
decretação, pela autoridade competente, da suspensão dos direitos políticos do inadimplente, 
que poderá, a qualquer tempo, regularizar sua situação mediante cumprimento das obrigações 
devidas”. Esta hipótese de restrição de direitos políticos não tem sido cobrada em prova objetiva 
tendo em vista a controvérsia apresentada; 
• improbidade administrativa - os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão 
dos direitos políticos, na forma do art. 37, § 4º da CRFB/88.

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