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MED SINDROMES ICTÉRICAS Caso clinico1 pag 5 SINDROME ICTÉRICA Definição: bilirrubina > 2,5 - 3 mg/dl (esclera> lingua > pele) obs: é normal até 1, mas só a partir de 2,5 é visivel Origem da bilirrubina: heme -> protoporfirina- > biliverdina -> bilirrubina indireta (insoluvel) -> bilirrubina direta (soluvel) 3 etapas imagem fígado: BI (unida a albumina) -> captação -> conjugação (glicuroniltransferase GT) -> BD -> excreção(ducto biliar) Classificação BI aumentada: · Hemólise: Anemia + ↑LDH/ reticulocitos e ↓haptoglobina · Metabolismo: Sem anemia BD aumentada: Acolia fecal + colúria | prurido(colestase!!!) · Colestase : FA e GGT > 4x | 5’ - nucleotidase | AST, ALT “tocadas” · Hepatite: AST (TGO) e ALT (TGP)>10x | FA, GGT “tocadas” · Metabolismo: enzimas normais OBS: hepatite aumenta BI e BD ( não esta conjugando nem excretando), mas o aumento predominante é BD pois a escreção consome mais energia OBS: a magnitude do aumento da transaminase não define gravidade (p.ex paciente cirrotico pode ter poucas trnasaminasesaumentada) OBS: transaminses > 1000: vírus, isquemia, droga AST > ALT (2x): alcool BI aumentada: · Gilbert * : deficiencia PARCIAL leve da GT · Bd < 4 | comum (7-9%) | homem | assintomático · Precipita:njejum, alcool, exercicio, febre… · Melhora: dieta hipercalorica, fenobarbital · Crigler-Najjar: - GT deficiente (...até 3 dias de vida) · - I - total (Bb 18 -45, “Kernicterus”) > transplante · - II - Parcial (Bb 6-25) > fenobarbital · da naja do mal BDiR aumentada: · Dubin-johnson · Rotor problema a excreção (benignas!!!) Questões 1 : Caso clinico 2 HEPATITES VIRAIS AGUDA CRONICA FULMINANTE < 6 meses > 6 meses encefalopatia < 8 semanas A evolução varia com a RESPOSTA IMUNOLOGICA! OBS: quanto mais briga mais destroi hepatocitos e menos o virus vai sobreviver · LEUCOPENIA COM LINFOCITOSE · NECROSE PERIPORTAL (onde o vírus ataca) (obs na toxica é centrolobular) · NECROSE EM PONTE HEPATITES VIRAIS AGUDAS < 6 MESES Transmissão: → Incubação: → Prodromica → Ictérica → Convalescença A*, E: A: 4 sem dias a sem dias a sem dias a sem fecal-oral E: 5-6 sem |----------------------------------------------------------| B,C,D: C: 7 sem Fase clínica parenteral B-D: 8-12 sem Complicações: -Colestase A - Fulminante B - Recorrente - Crônica B/C - Autoimune B/C HEPATITE A Clínica: maioria assintomática | NÃO cronifica! Formas graves: idosos e hepatopatas ! Diagnóstico: Anti- HAV IgM | IgG NÃO dá diagnóstico = cicatriz ! Tratamento: Suporte Profilaxia: Isolamento até 7-14 dias após icterícia Pré-exposição ( calendário ou viajante para area endemica) Pós-exposição (contato intimo suscetivel; ate 2 semanas) > 1 ano: vacina (MS - 1 dose ou SBP - 2 doses) < 1 ano*: Imunoglobulina (IG) Imunodeprimido: Vacina + IG *pré-exposição entre 6m e 1a: preferir vacina (interage com triplice viral ) (vacinar normalmente) HEPATITE E GRÁVIDAS: Fulminante em 20% !!!! Caso 3: HEPATITE B Transmissão: sexual Encubação 8 sem Clínica: Muitos sintomas, pouca ictericia (30%) Fulminante < 1% Crônica: - adultos 1-5% -crianças 20-30% - RN: 90% cronicos -> cirrose 20-50% ->carcinoma hepatoccelular 10% cronico -> carcinoma hepatocelular EXTRA-HEPATICAS: vaso - rim - pele (locais acometidos pelos virus) PAN, GN membranosa, Gianotti-crosti (papulas em face e membros da criança) Diagnóstico: algoritmo3 passos… HBV-DNA HBsAg (superficie) -> Anti-Hbs HBcAg -> Anti-HBc HBeAg (secretado) -> anti-Hbe Mutante pré-core: falha na expressão do HBeAg -> pedir HBV-DNA 1º passo: HBsAg +: tem hepatite B (não sei se é aguda ou cronica) -: pode ser / pode não ser 2º passo: Anti-HBc total - : nunca tive hepatite B (exceto na janela imunologica) total +: teve contato IgM +: Hepatite B aguda IgG+: Hepatite B antiga (não sei se curou…) 3º passo: Anti-HBs +: curou (está protegido) -: teve e ainda tem (hepatite B cronica) Tratamento: Antivirais nas formas fulminantes e cronicas Profilaxia: Pré-exposição: vacina: 3 doses (0-1-6m) Anti-HBs (-) após 3 doses · < 2 meses da ultima dose: novo esquema · > 2 meses: 1 dose…Anti-HBs? Pós-exposição: NÃO vacinados… IG (até 7 dias) + VACINA (para nao perder oportunidade) · acidente biologico (fonte + ou alto risco) · vitima sexual (IG ate 14 dias) · Imunodeprimido (IG mesmo se vacinado) · INFECÇÃO PERINATAL (filhos de mães HBsAg+ | <12h) HEPATITE D Defectivo: só existe com vírus B · suspeita: origem mediterranea ou amazônia · diagnóstico: anti-HDV · apresentações: COINFECÇÃO SUPERINFECÇÃO D e B agudas B cronica não aumenta risco cronicidade ↑risco de fulminante e cirrose · profilaxia: mesmo p/ B HEPATITE C vírus que mais cronifica (80-90%) Anti-HCV NÃO confirma: solicitar HCV-RNA! Manifestações extra-hepaticas: · crioglobulinemia · GN mesangiocapilar · Liquen/porfiria associação com anti-LKM1 Tratar TODOS !!! Caso 4 HEPATOPATIAS AUTOIMUNES HEPATITE AUTOIMUNE agressão autoimune aos HEPATOCITOS Virus, alcool e drogas(-) / Hipergamaglobulinemia (↑IgG), doenças autoimunes (vitiligo,DM1, Hashimoto…) · TIPO 1: Mulher jovem FAN + (lupoide): Ac. antimusculo liso (AML) · TIPO 2: Meninas (2-15a) e homens (>40a) Ac. anti-LKM1 e anti-LC1 Tratamento: corticoide +/- azatioprina exceto assintomaticos e formas leve de hepatite COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA Agressão autoimune aos DUCTOS BILIARES do espaço porta Mulher 30-60a / doenças autoimunes (Sjögren) /↑IgM COLESTASE : prurido, ictericia, hiperpigmentação, xantelasma DISABSORÇÃO: esteatorreia, ↓vit liposoluveis (ADEK) (fratura ossea e sangramento) SUSPEITA? ↑FA + USG sem dilatação da via biliar DIAGNOSTICO: Ac. antiMitocôndria ou biopsia TRATAMENTO: UDCA / transplante (fase avançada) SÍNDROMES COLESTÁTICAS Se aumento bilirrubina direta: · lesão hepatocelular: ↑ TGO/TGP · síndrome colestática: ↑ FA/ GamaGT ETIOLOGIAS PRINCIPAIS: · doença calculosa biliar · neoplasia maligna · doença autoimune de via biliar ANATOMIA BILIAR: bile faz emulsificação de gordura, só precisa quando alimenta, então a bile fica armazenada e a vesicula contrai na alimentação hepatico direito e esquerdo > hepatico comum + cistico> coledoco> ampola de vater COLESTASE = USG DE ABDOME · Localiza a obstrução… · coledoco dilatado obstrução baixa · via intrabiliar dilatada obstrução alta caso clinico 5 DOENÇAS CALCULOSAS BILIARES: calculo mais comum: colesterol (radiotransparente) COLELITÍASE calculos na vesicula biliar Obs: quando o paciente come muita gordura a vesicula contrai demais e a vesicula fica obstruida por pouco tempo Clinica: 15 - 20 % dor < 6h .. e mais NADA !!! Diagnostico: USG abdome imagem calculo é bolinha branca (hiperecogenica) com sombra acustica Imagem hiperecogenica com sombra acustica posterior Obs: bola sem sombra é pólipo Tratamento: Sintomático: colecistectomia videolaparoscópica (CVL) Assintomático opera se: vesicula em porcelana, associação com pólipo, calculo > 2,5-3 cm, anemia hemolítica COLECISTITEAGUDA Inflamação por obstrução duradoura da vesícula Manifestações (sem ictericia) : · sinais locais: DOR> 6H / MURPHY · sinais sistemicos: febre/ leucocitose / PCR Diagnostico (imagem): USG de abdome outros: cintilografia biliar (padrão ouro), colangioRM, TC PROVA - GUIDELINE TOQUIO: suspeita = 1 sinal local + 1 sinal sistemico confirmação = idem + imagem Tratamento: antibioticoterapia (principal: E. coli) colecistectomia laparoscopica precoce (até 72 h) Caso grave (sem condição cirurgica): COLECISTOSTOMIA Complicações: · gangrena -> perfuração (livre, fístula) · fístula pode evoluir com ileo biliar (obstrução intestinal) · Colecistite enfisematosa (mais comum: homem diabético) · clostridium: ar no interior e na parede COLEDOLITÍASE Calculo no colédoco ( primaria 10%; secundária 90%) Clínica: · Ictericia (colestatica) intermitente · Vesícula não-palpável (obstrução intermitente) Diagnóstico: · Inicio com USG ABDOME · melhores: corangioRM (sem contraste), USG endoscopico e CPRE (invasão: trata e complica) Tratamento: Idealmente: CPRE OBS: realizar também colecistectomia! (mesma internação) PROVA: pesquisa de coledocolitiase no pré-operatorio de colelitíase papilotomia na coledocolitiase residual Risco alto: · USG com calculo no coledoco · colangite aguda (ictericia + febre) > CPRE · bilirrubina total > 4 + coledoco dilatado Risco moderado: · idade > 55 anos · coledoco dilatado > ColangioRM + USG endoscop · bioquimica hepatica alterada * colangiografia intraoperatória Risco baixo: · nenhum preditor > não investiga via biliar COLANGITE AGUDA Obstrução + Infecção (calculo, tumor) Manifestações: · Não-grave: triade de charcot Febre + icterícia (colestática) + dor abdominal trat: cpre ou colecistectomia + colangiografia intraoperatoria · Grave: pentade de reynolds (sepse de origem biliar) … + hipotemsão + redução do sensório trat: via endoscopia ou descompressao cirurgica Diagnóstico: USG, colangioRM, CPRE: detecta etiologia ou dilatação biliar Tratamento: antibioticoterapia drenagem biliar (ex: CPRE) caso clinico 6 TUMOR PERIAMPULAR Tipos: cabeça de pancreas, ampola de vater, colangiocarcinoma, duodeno Manifestações: Ictericia colestatica progressiva + ↓peso + vesícula de courvosier (palpável e indolor) padrão ouro: TC abdome Tratamento curativo (raro): WHIPPLE (duodenopancreatectomia) PARTICULARIDADES PARA PROVA: · Cabeça de pancreas: CA19.9 / AdenoCA ductal · Ampola de vater: necrose esporádica hemorragica = ↓ icterícia + melena complicação esperada: colangite Paliação para ictericia: endoproteses ou derivação bileo-digestiva caso clinico 7 TUMOR DE KLATSKIN colangiocarcinoma perihilar colangiocarcinoma mais comum Manifestações: ictericia colestatica: PROGRESSIVA + redução peso Diagnostico: Inicio USG abdome: vesicula mucha + dilatação de via biliar intrahepatica confirmação : colangioRM e/ou TC Classificação de bismuth tipo I a 4 imagem OBS: irresecavel - 5-8 meses de vida adenocarcinoma caso clinico 8 HEPATITE ALCOOLICA esteatose alcoolica: libação… hepatite alcoolica: libação no bebedor cronico cirrose alcoolica; uso cronico OBS: ADH no estomago metaboliza etanol, mas ela fica saturada e vai para o figado e fica embriagodo e é metabolizado em acetaldeido e provoca ressaca OBS: simetidina inime a enzima ADH e a pessoa fica mais embriagada OBS: imidazolicos inibem ALDH e quando ingere alcool vai aumentar acetaldeido (efeito disulfiram) bebedor cronico > libação > acetaldeido > agressão Manifestações: 1 - hepatite: febre, ictericia, dor, TGO > TGP, transaminases até 400 U/L 2- leucocitose: reação leucemoide Tratamento: · Grave (maddrey > 32): corticoide* (28 dias) prednisolona 40 mg/dia · Alternativa: pentoxifilina se não tratar mortalidade de 25% em 1 mes caso clinico 9 SÍNDROME DE MIRIZZI calculo impactado no ducto cistico prvocando efeito de massa sobre ducto hepatico importancia de prova: complicação da colecistite:colestase “não é mais colecistite pura e simples” Tratamento: Colecistectomia (aberta?) Algo a mais: classificação de csendes tipo I a IV maior risco de lesão iatrogenica da via biliar Maior incidencia de CA de vesícula caso clinico 10 DOENÇA AUTOIMUNE DE VIA BILIAR ictericia colestatica + prurido / cirrose (sal biliar ) Colangite biliar primária (CBP) Colangite esclerosante primaria (CEP) Local ductos do espaço porta grandes vias biliares Paciente mulher homem Associação artrite reum, Sjögren, Hashimoto retocolite ulcerativa Anticorpo Antimitocondria p-ANCA Tratamento: Retardar evolução: Acido ursodesoxicolico (CBPxCEP) Caso avançado: transplante hepático Imagen cpre: vias biliares em conta de rosário
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