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Direito Civil I Revisão Aula 2

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Aula 02 – Direito Civil 
 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) é uma lei federal que estabelece 
regras sobre a aplicação do direito no Brasil. Ela foi criada em 1942 e tem como objetivo 
regulamentar a elaboração e a aplicação das leis no país. 
 
A LINDB estabelece princípios que devem ser observados na criação e aplicação das leis no 
Brasil, como por exemplo, a segurança jurídica, a proteção da confiança, a boa-fé e a eficiência. 
Ela também define critérios para a aplicação da lei no tempo e no espaço, ou seja, ela 
estabelece regras para saber qual lei deve ser aplicada em determinado caso. 
 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é uma lei geral e abrangente, que se aplica 
a todos os ramos do direito brasileiro. Ela é especialmente importante em casos em que há 
conflitos entre as leis, pois ela estabelece critérios para definir qual lei deve prevalecer. 
 
Além disso, a LINDB também estabelece regras para a interpretação das leis, como a aplicação 
da analogia e dos costumes, e define critérios para a elaboração de normas jurídicas no país. 
 
Em resumo, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro é uma lei fundamental para o 
sistema jurídico brasileiro, pois ela estabelece regras para a aplicação das leis no país, 
garantindo a segurança jurídica e a estabilidade do sistema jurídico. 
 
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O Código Civil e a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) são duas leis 
distintas, mas que possuem uma relação estreita entre si. 
 
O Código Civil é uma lei específica que regula as relações jurídicas entre as pessoas, sejam elas 
físicas ou jurídicas, em várias áreas, como o direito das obrigações, o direito de família, o 
direito das sucessões, o direito das coisas, entre outras. Ele foi criado para disciplinar as 
relações privadas, ou seja, as relações entre particulares. 
 
Já a LINDB é uma lei geral e abrangente que regula a aplicação do direito no Brasil. Ela 
estabelece regras sobre a elaboração e a aplicação das leis no país, além de definir critérios 
para a interpretação das normas jurídicas. A LINDB tem como objetivo garantir a segurança 
jurídica e a estabilidade do sistema jurídico brasileiro. 
 
Uma das principais diferenças entre o Código Civil e a LINDB é que o Código Civil trata de 
questões específicas das relações privadas, enquanto a LINDB estabelece regras gerais que se 
aplicam a todos os ramos do direito. Além disso, a LINDB é considerada uma lei de normas 
gerais e tem aplicação subsidiária, ou seja, ela só é aplicada quando não há normas específicas 
para o caso concreto. 
 
No entanto, as duas leis possuem uma relação importante entre si. Isso porque a LINDB 
estabelece regras que devem ser observadas na elaboração e aplicação das leis, incluindo o 
Código Civil. Dessa forma, o Código Civil deve ser interpretado e aplicado de acordo com as 
regras estabelecidas na LINDB. 
 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) é dividida em seis capítulos, que 
contêm um total de 27 artigos. A seguir, apresento a estrutura da LINDB: 
 
Capítulo I - Das Normas Gerais de Direito Positivo: Esse capítulo contém três artigos que tratam 
dos princípios fundamentais do direito brasileiro, como a segurança jurídica, a proteção da 
confiança, a boa-fé, a eficiência, entre outros. 
 
Capítulo II - Da Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração das Leis: Esse capítulo contém 
sete artigos que estabelecem as regras para a vigência, a aplicação, a interpretação e a 
integração das leis no Brasil. Ele define critérios para saber qual lei deve ser aplicada em 
determinado caso e estabelece regras para a interpretação das leis. 
 
Capítulo III - Da Validade, Eficácia e Aplicação das Normas Jurídicas: Esse capítulo contém cinco 
artigos que tratam da validade, eficácia e aplicação das normas jurídicas no Brasil. Ele 
estabelece regras para a aplicação das normas jurídicas no tempo e no espaço, ou seja, 
estabelece critérios para saber qual norma deve ser aplicada em determinado caso. 
 
Capítulo IV - Da Analogia: Esse capítulo contém apenas um artigo que trata da aplicação da 
analogia no direito brasileiro. Ele estabelece que a analogia deve ser usada apenas em casos 
em que não há norma específica para o caso concreto. 
 
Capítulo V - Do Precedente Judicial: Esse capítulo contém cinco artigos que estabelecem as 
regras para a aplicação do precedente judicial no Brasil. Ele define o que é o precedente 
judicial, estabelece as hipóteses em que ele deve ser seguido e estabelece regras para a sua 
alteração ou superação. 
 
Capítulo VI - Da Lei de Introdução ao Código de Processo Civil: Esse capítulo contém seis artigos 
que estabelecem as regras para a aplicação da LINDB no Código de Processo Civil brasileiro. 
 
Em resumo, a estrutura da LINDB é composta por seis capítulos que contêm regras gerais sobre 
a aplicação do direito no Brasil. A lei estabelece critérios para a aplicação das leis no tempo e 
no espaço, define regras para a interpretação das leis e estabelece princípios fundamentais que 
devem ser observados na criação e aplicação das leis no país. 
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A contagem de prazo na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) é regulada 
pelo seu artigo 224, que estabelece que "na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei 
ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis". 
 
Isso significa que, quando a lei ou o juiz estabelecer um prazo em dias, esse prazo será contado 
considerando somente os dias úteis, ou seja, os dias da semana em que os órgãos do Poder 
Judiciário estão em funcionamento normal, excetuados os feriados e os dias de suspensão de 
expediente forense. 
 
Essa regra é importante para garantir a segurança jurídica e a previsibilidade das relações 
jurídicas, uma vez que evita que prazos sejam contados de forma equivocada ou que haja 
diferenças na contagem de prazo em diferentes situações ou locais. 
 
Vale lembrar que, para além da LINDB, outras leis específicas podem estabelecer regras 
diferentes para a contagem de prazos, por isso é sempre importante verificar a legislação 
específica aplicável ao caso em questão. 
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Vacatio legis é um termo do direito que se refere ao período de tempo entre a publicação de 
uma lei e a sua entrada em vigor. Esse período é estabelecido pelo legislador e tem como 
objetivo permitir que a sociedade tome conhecimento da nova lei e se adapte a ela antes que 
as suas regras comecem a ser aplicadas. 
 
No Brasil, a vacatio legis é prevista no artigo 1.045 do Código Civil e no artigo 8º da Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). O prazo de vacatio legis pode ser fixado 
pela própria lei, ou então pela Constituição ou por outra norma jurídica. 
 
Em geral, a vacatio legis é importante para garantir a segurança jurídica e evitar surpresas para 
os cidadãos e empresas, que precisam se adequar às novas normas antes que elas passem a 
ser aplicadas. Além disso, a vacatio legis também permite que o Poder Executivo e o Poder 
Judiciário se preparem para a aplicação da nova lei, criando estruturas e procedimentos 
adequados. 
 
Vale lembrar que, em alguns casos, a lei pode estabelecer que ela entrará em vigor 
imediatamente após a sua publicação, sem período de vacatio legis. Isso pode ocorrer, por 
exemplo, em casos de urgência ou de interesse público relevante.

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