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@laismazzini fundamental para as decisões de financiamento, pois, na busca da maximização de resultados, devemos selecionar uma composição das fontes de financiamento que promova a minimização do custo de captação de recursos. ❖ A estrutura de capital de uma empresa é a composição de suas fontes de financiamento. Nela devem ser contempladas todas as possibilidades para se minimizar o custo do capital. Sabemos que recursos financeiros denotam custos e tais custos estão associados a taxas de retorno, por isso a empresa deverá analisar as melhores opções de financiamento, geralmente de longo prazo. Utilizamos o termo “Capital” para esse tipo de recurso que exige financiamento, por isso o nome estrutura de capitais. Esses recursos financeiros, ou capital, necessitam de financiamentos e as operações financeiras de captação, geralmente, são operacionalizadas pelas instituições financeiras do sistema financeiro nacional. monetário, de crédito, cambial e de capitais. financiamento por recursos próprios ou financiamento por recursos de terceiros. nos recursos investidos por acionistas (nas empresas S.A.), sócios (nas sociedades limitadas) e proprietários (nas empresas individuais). ❖ Esses recursos são considerados não exigíveis, ou seja, não têm prazo de reembolso estabelecido e permanecem na empresa por tempo indeterminado. desenvolver-se pela retenção de lucros ou pela integralização de capital (aporte financeiro). → Nos casos de aporte financeiro, as sociedades limitadas e empresas individuais recebem os recursos diretamente de seus sócios ou proprietários, nas empresas S.A., há um processo de integralização de novas ações no mercado de capitais. 1. Empresa captadora emite novas ações 2. Instituição financeira intermedeia a operação 3. Colocação dos títulos no mercado primário 4. Após a liquidação, o recurso financeiro chega à empresa Processo de captação via subscrição e emissão de novas ações, no qual é pressuposto que a empresa oferece condições de atratividade econômica. Deve haver a contratação de uma instituição financeira intermediadora para fazer um elo entre a empresa e os agentes econômicos poupadores (futuros acionistas) e outras fases do underwriting. A empresa também poderá captar recursos financeiros próprios pelas retenções de lucros, cujo processo consiste na empresa, através de decisão administrativa, deixar de distribuir lucros ou dividendos a seus acionistas e direcionar os recursos, que ficaram na empresa para novos projetos. A retenção de lucros poderá resultar em diminuição da atratividade de suas ações e elas tendem a reduzir seu valor. Em outros países, com um mercado de capitais mais @laismazzini desenvolvido, os dividendos não têm tanta importância, devido à liquidez das ações, mas no Brasil os dividendos têm muita importância aos acionistas minoritários e sua não distribuição poderá acarretar em falta de atratividade aos investidores. captar recursos financeiros por terceiros, sendo que a empresa financia seus projetos junto a credores, representados, basicamente, por empréstimos e financiamentos. A empresa contrata esses empréstimos por prazo determinado, pagando juros pelo uso do dinheiro. No Brasil, as linhas de financiamento disponíveis no mercado financeiro possuem algumas características que as diferenciam de países mais desenvolvidos, tais como os altos encargos financeiros, baixa oferta interna de créditos de longo prazo e restrições a ofertas de novas debêntures no mercado, determinadas principalmente pelo pouco desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. , no Brasil, provém do crédito direto bancário, porém, não atende a real necessidade das empresas. Isso se dá pelo motivo das instituições financeiras direcionarem grande parte de seus recursos destinados a empréstimos e financiamentos de curto prazo, devido, muitas vezes, aos altos custos do dinheiro se tornarem maiores que o retorno dos projetos. Quando uma empresa deseja financiar projetos, deverá financiá-lo com recursos de longo prazo. Os financiamentos de curto prazo devem ser utilizados apenas para financiar capital de giro, sob pena da empresa comprometer sua saúde financeira, no que diz respeito à liquidez. A falta de créditos de longo prazo e os altos custos financeiros são características do mercado bancário brasileiro, portanto, , o sistema BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que, além de banco, é uma empresa pública, classificado como um banco de fomento, com o objetivo de oferecer apoio a empreendimentos que promovam o desenvolvimento do país, elevando a competitividade da economia brasileira e a qualidade de vida da população. máquinas, imóveis, equipamentos, instalações e outros ativos de capital fixo, com custos financeiros menores que o mercado bancário. • Finame: Agência Especial de Financiamento Industrial, para financiamento de máquinas e equipamentos. • BNDESPAR: BNDES Participações, promove a subscrição de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. Segundo Kerr (2011), uma exceção no mercado brasileiro por sua maturidade e foco no longo prazo, seus recursos não são obtidos de depósitos, mas de natureza orçamentária, ou seja, governamental. a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), acrescidas de um percentual de risco, por isso as condições de financiamento variam de acordo com as características de cada operação e da empresa tomadora de recursos. • Empréstimos e financiamentos diretos: as instituições financeiras não bancárias utilizam recursos próprios e de captações do mercado (como o CDB – @laismazzini Certificado de Depósito Bancário, por exemplo) e os direcionam para empresas com necessidades de recursos. • Repasses de recursos internos: quando são identificados recursos governamentais destinados para financiar expansão e modernização do setor produtivo e outras atividades de interesse econômico. A intermediação ocorre através das instituições financeiras do mercado de captais. É uma fonte de recursos muito atraente devido aos baixos custos de captação. Os recursos provêm, basicamente, de contribuições sociais para incentivos fiscais. • Repasses de recursos externos: outra possibilidade é a captação de recursos no exterior para financiar projetos de investimentos. Essa operação é realizada através da emissão de títulos mobiliários de longo prazo no mercado internacional. São negociações mais sofisticadas que empresas de grande porte vêm realizando com maior frequência nos últimos anos. • Arrendamento mercantil: também conhecido como leasing, divide-se em duas modalidades: O Leasing Financeiro, no qual suas operações permitem que uma empresa utilize determinado ativo mediante contrato de aluguel com uma instituição arrendadora. Essa instituição intermediária comprará o bem e o alugará à empresa que necessita do ativo. Ao final do contrato, a empresa poderá optar por renovar o contrato, devolução do bem ou a compra do ativo. Outra modalidade é o Leasing Operacional, semelhante ao contrato de aluguel do bem, sob as seguintes condições: 1) O prazo de aluguel é inferior à vida útil do bem; 2) O contrato pode ser rescindido a qualquer momento; 3) A empresa se obriga a manter o bem em perfeitas condições; 4) Ao final do contrato, a empresa poderá optar pela compra do ativo a preço de mercado. • Subscrição de debêntures: a captação pela subscrição de debêntures é semelhante ao processo de emissão de novas ações no mercado de capitais. A empresa emite esses títulos mobiliários e define prazo de resgate, rendimentos previstos e forma de pagamento, mediante decisão na assembleia de acionistas, respeitando-se a legislação vigente. No Brasil, o valor desse título é convertido em moeda nacional e pode ser negociada pelo seu possuidor. Ainda sobre debêntures, elas podem ser do tipo simples (nãoconversíveis) que somente poderão ser resgatadas em dinheiro ou conversíveis em ações, que permitem ao possuidor (debenturista), por ocasião do resgate, poder converter o valor dos títulos em ações da empresa. Referência: Mercado de capitais - José Roberto Pereira Sinatora
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