Buscar

Estatuto da Cidade (Lei 10257)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTATUTO DA CIDADE – Lei 10.257/01 (EC)
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
LEI No 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001.
	
	Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DIRETRIZES GERAIS
Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado o previsto nesta Lei. (MPES-2010)
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. (MPES-2010) (MPMG-2010/2018)
	(TJSC-2010): O Estatuto da Cidade visa, também, o equilíbrio ambiental na dimensão territorial das cidades. BL: art. 1º, § único, do EC.
(MPSC-2010): O Estatuto da Cidade é norma geral de direito urbanístico, possuindo caráter vinculativo em relação às legislações municipais sobre o tema. BL: art. 1º, § único, do EC.
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: 
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; 
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: Não é possível a manutenção de quiosques e trailers instalados sobre calçadas sem a regular aprovação estatal: Em cidades tomadas por veículos automotores, a maior parte deles a serviço de minoria privilegiada, calçadas integram o mínimo existencial de espaço público dos pedestres, a maioria da população. No Estado Social de Direito, o ato de se deslocar a pé, em segurança e com conforto, qualifica-se como direito de todos, com atenção redobrada para a acessibilidade dos mais vulneráveis, aí incluídos idosos, crianças e pessoas com deficiência. Vale ressaltar que as calçadas são consideradas bens públicos, como bens de uso comum do povo (art. 99, I, do CC). A ninguém é lícito ocupar espaço público (no caso, a calçada), exceto se estritamente conforme a legislação e após regular procedimento administrativo. Se o apossamento do espaço urbano público ocorre ilegalmente, incumbe ao administrador, sob risco de cometimento de improbidade e infração disciplinar, fazer a imediata demolição de eventuais construções irregulares e a desocupação de bem turbado ou esbulhado. STJ. 2ª T. REsp 1846075-DF, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 03/03/20 (Info 671).
	(TJSC-2009): O Estatuto da Cidade contempla o equilíbrio ambiental no âmbito das cidades e garante o direito a cidades sustentáveis. BL: art. 1º, § único e art. 2º, caput e inciso I do EC. (amb.)
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
	(PGERO-2022-CESPE): O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01) estabelece normas de ordem pública e de interesse social que visam regular o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança, do bem-estar dos cidadãos e do equilíbrio ambiental. Nesse contexto, a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante diretrizes gerais, as quais incluem a garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações, e a gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, na execução e no acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. BL: art. 2º, I e II, EC.
(MPSP-2019): Com relação à participação popular no controle da administração pública, assinale a alternativa correta: É A política urbana tem como diretriz, a ser observada na consecução de seus objetivos, a gestão democrática por meio de participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. BL: art. 2º, II, EC. 
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
	(PGM-Boa Vista/RR-2019-CESPE): Homero tem, desde 1998, em área urbana central de Boa Vista – RR , um terreno, no qual pretende construir, em 2025, um hotel. Na área do imóvel, que é de cinco hectares, há duas nascentes do Rio Branco. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir: A pretensão de Homero de construir um hotel em imóvel de sua propriedade está em conformidade com a diretriz do Estatuto da Cidade, que busca, em atendimento ao interesse social, a cooperação entre o governo, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização. BL: art. 2º, caput, III, EC.
(TJSC-2013): O Estatuto da Cidade estabelece como diretriz geral a cooperação entre governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social. BL: art. 2º, caput, III, EC. 
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; 
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;)
	(DPERO-2017-VUNESP): São diretrizes gerais da política urbana, como previsto no Estatuto da Cidade: oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais. BL: art. 2º, V, EC.
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; 
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana; 
	(TJRO-2019-VUNESP): A CF/88 prevê o Plano Diretor como o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, devendo o conteúdo definir as exigências a serem atendidas pela propriedade urbana, para cumprimento da sua função social. Para o bom cumprimento dessa função, o Estatuto da Cidade estabelece que a ordenação e o controle do uso do solo devem ser organizados de modo a evitar o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana. BL: art. 2º, caput e VI, “c” do EC. 
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente; 
	(MPMG-2014): Visando ao cumprimento do Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/01), a Promotoria de Habitação e Urbanismo poderá instaurar inquérito civil em face do seguinte fato: A notícia de instalação de empreendimento comercial que funcione como polo de tráfego, sem a infraestrutura correspondente. BL: art. 2º, caput e VI, “d” do EC. 
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; 
	(TRF2-2011-CESPE): Assinale a opção correta, considerando a função social da propriedade e seus consectários: Uma das diretrizes do plano diretor, instrumento necessárioao cumprimento da função social da propriedade urbana, consiste em impedir a inadequada utilização do imóvel e a retenção especulativa que interfiram nos projetos de desenvolvimento urbano. BL: art. 2º, caput e VI, “a” e “e” do EC. 
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental; 
	(TJMG-2018-Consulplan): O Estatuto da Cidade veda a utilização de espaço urbano que cause degradação na qualidade de vida. BL: art. 2º, VI, “g”, do EC. 
 h) a exposição da população a riscos de desastres.  (Incluído dada pela Lei nº 12.608, de 2012)
	(TJSC-2013): O Estatuto da Cidade estabelece como diretriz geral o controle do uso do solo, de forma a evitar a exposição da população a riscos de desastres. BL: art. 2º, caput e inciso VI, “h” do EC. 
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência; 
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
	(TJSC-2013): O Estatuto da Cidade estabelece como diretriz geral a adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência. BL: art. 2º, caput e inciso VIII do EC. 
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;)
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; (DPERO-2017) (MPSP-2019) (PGERO-2022)
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos; (PGERO-2022)
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; (MPSP-2019) (PGERO-2022)
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população; (DPESP-2009) (DPEAM-2018) (MPMT-2019)
	(DPEAM-2018-FCC): São diretrizes gerais da política urbana, segundo o Estatuto da Cidade, audiência do poder público local e da população interessada para a implantação de empreendimentos impactantes. BL: art. 2º, XIII, EC.
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; (PGM-Teresina/PI-2010) (PGM-São Paulo/SP-2014)
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais; (PGM-Teresina/PI-2010) (DPEMS-2012)
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social. (PGM-Teresina/PI-2010) (TJCE-2012) (DPEMS-2012) (DPERO-2017) (DPEAM-2018) (MPSP-2019)
XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais. (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)
XVIII - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia, telecomunicações, abastecimento de água e saneamento. (Incluído pela Lei nº 13.116, de 2015) (DPERO-2017)
XIX – garantia de condições condignas de acessibilidade, utilização e conforto nas dependências internas das edificações urbanas, inclusive nas destinadas à moradia e ao serviço dos trabalhadores domésticos, observados requisitos mínimos de dimensionamento, ventilação, iluminação, ergonomia, privacidade e qualidade dos materiais empregados.   (Incluído pela Lei nº 13.699, de 2018)
Art. 3o Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política urbana: 
I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico; (MPMT-2014) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJPR-2019)
II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional; (PGM-POA/RS-2016)
III - promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais espaços de uso público; (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (TJCE-2012/2014) (MPMT-2014) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2017) (MPPR-2021)
IV - instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico, transporte e mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso público; (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (PGDF-2013) (TRF5-2015) (PGM-POA/RS-2016)
V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. (PGM-POA/RS-2016)
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Seção I 
Dos instrumentos em geral
Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos: [obs.: rol exemplificativo] (PGM-BH/MG-2017) 
I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; (Cartórios/TJPR-2019)
II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
III – planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor; (DPEPI-2009) (MPPR-2017) (DPEAM-2018) (PCRN-2021)
b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; (MPPR-2017) (DPEAM-2018) (PCRN-2021)
c) zoneamento ambiental; (DPEPI-2009) (MPSE-2010) (TRF2-2013) (Cartórios/TJPI-2013) (PGDF-2013) (TJPR-2017) (DPEAM-2018) 
	(TRF2-2013-CESPE): Acerca da política urbana, assinale a opção correta: O planejamento municipal deverá utilizar-se de alguns instrumentos próprios do direito ambiental, como o zoneamento ambiental. BL: art. 4º, I, “ “c”, EC.
d) plano plurianual; (MPPR-2017)
	(MPPR-2017): São instrumentos da política urbana, previstos na Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade): Planejamento municipal, em especial: plano diretor; disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; plano plurianual, entre outros. BL: art. 4º, III, “a”, “b” e “d”, EC.
e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; (MPSE-2010) (DPEAM-2018)
f) gestão orçamentária participativa; (DPEPI-2009) (TJAC-2012) (MPDFT-2015) (DPEAM-2018)
g) planos, programas e projetos setoriais; (DPEAM-2018)
h) planos de desenvolvimento econômico e social; (TJAC-2012) (Cartórios/TJPI-2013) (DPEAM-2018)
IV – institutos tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; (TJAC-2012) (TJMG-2014) (TJRJ-2014)
	(TJMG-2014): Com relação ao Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), analise a afirmativa seguinte: Ainda que adstrito ao princípio da legalidade, o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) pode ser utilizado como instrumento de política urbanística, visando à promoção do adequado aproveitamento do imóvel urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado. BL: art. 4º, IV, “a” do EC.
b) contribuição de melhoria; (Cartórios/TJPI-2013) (PGDF-2013) (TJRJ-2014) (MPPR-2017)
	(MPPR-2017): São instrumentos da política urbana, previstos na Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade): Institutos tributários e financeiros, como a contribuição de melhoria. BL: art. 4º, IV, “b”,EC.
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros; (Cartórios/TJPI-2013) (TJRJ-2014) (Cartórios/TJRO-2021)
	(TJRJ-2014-VUNESP): São instrumentos da política urbana: o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU e a contribuição de melhoria, configurados como institutos tributários e financeiros. BL: art. 4º, IV do EC.
V – institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação; (MPDFT-2004) (MPRN-2009) (MPSE-2010) (TJAC-2012) (PGDF-2013) (PGEGO-2013) (PGM-BH/MG-2017) (DPEAM-2018) (Cartórios/TJRO-2021)
b) servidão administrativa; (MPSE-2010) (MPMG-2013) (PGDF-2013) (DPEAM-2018) (Cartórios/TJRO-2021)
c) limitações administrativas; (MPMG-2013) (Cartórios/TJPI-2013)
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano; (MPRN-2009) (TJAC-2012) (MPMG-2013) (Cartórios/TJRO-2021)
e) instituição de unidades de conservação; (TJAC-2012) (PGEGO-2013)
f) instituição de zonas especiais de interesse social; (TJAC-2012) (PCRN-2021)
g) concessão de direito real de uso; (TJAC-2012) (DPEAM-2018)
h) concessão de uso especial para fins de moradia; (TJAC-2012)
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; (MPMG-2013)
j) usucapião especial de imóvel urbano; (PGDF-2013)
l) direito de superfície; (TJAC-2012) (DPEAM-2018)
m) direito de preempção; (MPDFT-2004) (TJAC-2012) (PGDF-2013) (PGEGO-2013)
n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso; (MPDFT-2015)
o) transferência do direito de construir; (MPDFT-2004) (MPMG-2013)
p) operações urbanas consorciadas; (MPDFT-2004)
	(MPDFT-2004): São exemplos de institutos jurídicos que constituem instrumentos para a consecução da política urbana: a desapropriação, o direito de preempção, a outorga onerosa do direito de construir e de alterar o uso, a transferência do direito de construir e as operações urbanas consorciadas. BL: art. 4º, V, alíneas “a”; “m”; “o” e “p” do EC.
q) regularização fundiária;
r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; (MPMG-2013)
s) referendo popular e plebiscito; (MPPR-2013) (PGEGO-2013) (MPPR-2017)
	(MPPR-2017): São instrumentos da política urbana, previstos na Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade): Institutos jurídicos e políticos, como o referendo popular e o plebiscito. BL: art. 4º, V, “s”, EC.
t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
u) legitimação de posse.      (Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009)
VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). (PGEAL-2009) (MPSE-2010) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (MPPR-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMT-2019) (MPMG-2021)
	(MPMG-2021): Em matéria de política urbana, é correto afirmar que: Entre os instrumentos de política urbana se inclui o estudo prévio de impacto ambiental (EIA). BL: art. 4º, VI, EC.
(MPPR-2017): São instrumentos da política urbana, previstos na Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade): Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). BL: art. 4º, VI, EC.
§ 1o Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta Lei. (TJPR-2017)
§ 2o Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração Pública com atuação específica nessa área, a concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente. (TJCE-2012) (DPEDF-2013) (MPSC-2016)
§ 3o Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de controle social, garantida a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil. (PGEAL-2009)
Seção II 
Do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios
Art. 5o Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação. (DPEPI-2009) (PGEAL-2009) (MPCE-2011) (MPSP-2011) (MPMT-2012) (MPES-2013) (TRF2-2013) (PGDF-2013) (DPEMG-2014) (TJSP-2015) (MPDFT-2015) (DPEMA-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2010/2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2016/2017) (MPMG-2017) (MPMS-2018) (Cartórios/TJMG-2018) (TJAC-2019) (MPPI-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TJPR-2017/2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PCRN-2021)
	(PCRN-2021-FGV): O Município de Tombadinho, que possui 49 mil habitantes, edita lei específica que estabelece que, em delimitadas áreas, o proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, deve promover o seu adequado aproveitamento, sob pena de parcelamento ou edificação compulsória. O instrumento de política urbana concretizado pela referida lei é o: plano diretor. BL: art. 5º, EC c/c art. 182, §§1º e 4º, CF/88.[footnoteRef:1] [1: Art. 182. (...) §1º. O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. (...) §4º. É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.] 
(MPRS-2016): Lei municipal específica para área incluída no plano diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação. BL: art. 5º, EC.
§ 1o Considera-se subutilizado o imóvel:
I – cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido no plano diretor ou em legislação dele decorrente; (MPES-2013) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-POA/RS-2016)
II – (VETADO)
§ 2o O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de registro de imóveis. (DPEPI-2009) (TJPA-2012) (TJSC-2013) (PGDF-2013) (Cartórios/TJMG-2018) (MPGO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (PGEAL-2021)
	(PGEAL-2021-CESPE): Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem as providências legais pelo proprietário, a notificação de inadimplência pelo Poder Executivo municipal deverá ser averbada no cartório de registro de imóveis. BL: art. 5º, §2º, EC.
(MPGO-2019): Sobre o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, institutos jurídicos e políticos, previstos na Lei 10.257/01, que dispõe sobre o Estatuto da Cidade, é correto afirmar que O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório de Registro de Imóveis. BL: art. 5º, §2º, EC.
§ 3o A notificação far-se-á:
I – por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração; (MPGO-2019) (Cartórios/TJSC-2021)
	(MPGO-2019): Sobre o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, institutos jurídicos e políticos, previstos na Lei 10.257/01, que dispõe sobre o Estatuto da Cidade, é correto afirmar que a notificação para o cumprimento da obrigação far-se-á por funcionário do órgão competente municipal, ao proprietário do imóvel. BL: art. 5º, §3º, EC.
II – por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista pelo inciso I. (DPEPI-2009) (Cartórios/TJSC-2021)§ 4o Os prazos a que se refere o caput não poderão ser inferiores a:
I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o projeto no órgão municipal competente; (DPEPI-2009) (MPGO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Cartórios/TJSC-2021)
II - dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do empreendimento. (DPEPI-2009) (MPGO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (Cartórios/TJSC-2021)
	(Cartórios/TJSC-2021-FGV): Determinado Município no Estado de Santa Catarina, valendo-se do instrumento de política urbana previsto no Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), publicou lei municipal específica para área incluída no seu plano diretor, determinando o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, fixando as condições e os prazos para implementação da referida obrigação. Para que o proprietário particular seja obrigado a cumprir a obrigação prevista na lei: deve ser notificado pelo Poder Executivo municipal para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser averbada no Cartório de Registro de Imóveis; a partir da notificação, no prazo previsto na lei não inferior a 1 (um) ano, o particular deve protocolar o projeto no órgão municipal competente e, no prazo previsto na lei não inferior a dois anos, a partir da aprovação do projeto, deve iniciar as obras do empreendimento. BL: art. 5º, §§2º e 4º, EC.
##Atenção: ##Dica:
· 1 ano: protocolo (inciso I)
· 2 anos: execução/início (inciso)
§ 5o Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, a lei municipal específica a que se refere o caput poderá prever a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.
Art. 6o A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5o desta Lei, sem interrupção de quaisquer prazos. (DPEPI-2009) (TRF2-2011) (MPGO-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGEAL-2021)
	(MPGO-2019): Sobre o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, institutos jurídicos e políticos, previstos na Lei 10.257/01, que dispõe sobre o Estatuto da Cidade, é correto afirmar que A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, sem interrupção de quaisquer prazos para protocolo do projeto no órgão municipal competente ou início das obras do empreendimento. BL: art. 6º, EC.
##Atenção: ##PGEAL-2021: ##CESPE: A transmissão do imóvel (intervivos ou causa mortis) NÃO faz cessar as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização do solo urbano.
Seção III
Do IPTU progressivo no tempo
Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. (MPCE-2011) (MPES-2013) (DPEMG-2014) (DPEMA-2009/2015) (MPAM-2015) (MPSP-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (MPPI-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPRS-2017/2021) (TJPR-2021) (Cartórios/TJSC-2021)
§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento. (DPEMG-2014) (DPEMA-2009/2015) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPRS-2021) (PGEAL-2021)
	(DPEMA-2009-FCC): O Estatuto da Cidade prevê a possibilidade de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) progressivo no tempo, como sanção à não-utilização ou subutilização do imóvel urbano. O prazo mínimo no qual o IPTU progressivo pode ser cobrado antes da desapropriação com pagamento em títulos e a alíquota máxima do tributo são, respectivamente, 5 exercícios consecutivos e 15%. BL: art. 7º, caput e §1º, EC.
§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8o. (PGM-Boa Vista/RR-2019) (PGEAL-2021)
	##Atenção: ##PGEAL-2021: ##CESPE: Quando a obrigação de proceder ao parcelamento não for atendida, mesmo depois de passados os cinco anos de cobrança do IPTU progressivo, o Poder Público manterá a cobrança pela alíquota MÁXIMA, podendo, inclusive, a partir daí, proceder com a desapropriação. (art. 7º, §2º, EC)
§ 3o É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este artigo. (TJSP-2015) (MPAM-2015) (MPSP-2015) (MPBA-2018) (MPPI-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(TJSP-2015-VUNESP): O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE 639632 AgR/MS, ao analisar a questão relativa à cobrança progressiva do IPTU estabeleceu alguns parâmetros e, de acordo com tal julgamento, é correto afirmar que a progressividade extrafiscal também tem previsão normativa no Estatuto da Cidade. BL: arts. 5º e 7º do EC (tributário)
Seção IV 
Da desapropriação com pagamento em títulos
Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública. (PCSC-2008) (TRF2-2009/2011) (TJRJ-2011) (MPCE-2011) (MPRR-2012) (MPSC-2012) (MPTO-2012) (MPES-2013) (PGDF-2013) (PGEGO-2013) (DPEMG-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (DPEMA-2015) (DPEBA-2010/2016) (TJAM-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (DPEAL-2017) (MPMS-2015/2018) (Cartórios/TJMG-2018) (TJAC-2019) (MPPI-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (TJPR-2017/2021) (PGEAL-2021)
	(TJPR-2017-CESPE): No que se refere à incidência do direito ambiental sobre o meio urbano, assinale a opção correta: Apenas imóveis incluídos no plano diretor podem sofrer desapropriação-sanção pelo descumprimento de sua função social. BL: arts. 5º e 8º, EC. (amb.)
##Atenção: A desapropriação sanção é a última providência tomada, de uma sucessão de medidas, para o proprietário que não cumpre a função social da propriedade. A primeira etapa é o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, que somente pode se dar por lei municipal específica, para áreas definidas no Plano Diretor. Sendo assim, logicamente a Desapropriação sanção, como última e terceira etapa, somente se dará em áreas definidas no Plano Diretor. Ainda, o EC dispõe que o Plano Diretor é obrigatório para cidades onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os seguintes instrumentos (parcelamento e edificação compulsórios/ IPTU progressivo/ desapropriação sanção) (vide art. 41, III, do EC)
§ 1o Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano. (TRF2-2009) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (MPES-2013) (PGEGO-2013) (DPEMG-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPMS-2015) (DPEMA-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPRS-2017) (TJPR-2017/2021) (PGEAL-2021)
	(MPRS-2017): Considerando o Estatuto da Cidade, assinale a alternativa correta: Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública previamente aprovados pelo Senado Federal e com prazo de resgate em até 10 anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e juros legais de 6% (seis por cento) ao ano. BL: art. 8º, caput e §1º, EC. 
§ 2o O valor real da indenização:
I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporadoem função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a notificação de que trata o § 2o do art. 5o desta Lei; (MPES-2013) (PGM-BH/MG-2017) (PGEAL-2021)
II – não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios. (MPES-2013) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEAL-2021)
§ 3o Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos. (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGEAL-2021)
§ 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público. (PCSC-2008) (TRF2-2011) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPPI-2019) (MPSC-2019)
§ 5o O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório. (TRF2-2011) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGM-BH/MG-2017)
§ 6o Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do § 5o as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5o desta Lei.
Seção V 
Da usucapião especial de imóvel urbano
Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (TJCE-2012) (MPRR-2012) (TRF4-2012) (Cartórios/TJRO-2012) (TJPA-2014) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPSP-2006/2010/2011/2012/2015) (MPAM-2015) (MPBA-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJRJ-2016) (DPEBA-2016) (MPRS-2017) (DPEAL-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018) (MPMS-2018) (DPEAM-2018) (DPEPE-2018) (MPPR-2012/2019) (DPERJ-2021) (PGECE-2021) (PCMG-2021) (PCRN-2021) (DPESE-2022)
§ 1o O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. (DPESP-2006) (Cartórios/TJDFT-2014) (TJRJ-2016) (MPRS-2017) (MPMS-2018) (DPESE-2022)
	(DPESE-2022-CESPE): Considerando as disposições do Estatuto da Cidade a respeito da usucapião especial urbana, assinale a opção correta: O título de domínio pode ser conferido ao homem, à mulher ou a ambos, independentemente do estado civil. BL: art. 9º, §1º, EC.
(TJRJ-2016-VUNESP): Rony, há 6 anos ininterruptos e sem oposição, possui como sua uma pequena casa de 90 m², em área urbana, onde reside com sua família. Não é proprietário de outro imóvel, urbano ou rural. Anteriormente à sua posse, a casa era ocupada por um amigo seu que se mudou para outro Estado, mas Rony não sabe a que título seu amigo ocupava o imóvel. Dois anos após a ocupação por Rony, foi averbada na matrícula do imóvel uma certidão de distribuição de uma ação de execução em face do formal proprietário do bem. Rony não recebeu notícia da averbação realizada. Diante dessas circunstâncias, é correto afirmar que se operou a prescrição aquisitiva em favor de Rony, pela denominada usucapião especial urbana residencial individual. BL: art. 1240, §1º, CC e art. 9º, §1º do Estatuto da Cidade.
##Atenção: Possuindo por seis anos ininterruptos e sem oposição (não recebeu notícia da averbação), como sua, uma pequena casa de 90 m², em área urbana, onde reside com sua família, não sendo proprietário de outro imóvel urbano ou rural, opera-se a prescrição aquisitiva em favor do possuidor, Rony, denominada usucapião especial urbana residencial individual.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJRJ-2016: ##MPMS-2018: ##VUNESP: A decisão que reconhece a aquisição da propriedade de bem imóvel por usucapião prevalece sobre a hipoteca judicial que anteriormente tenha gravado o referido bem. Isso porque, com a declaração de aquisição de domínio por usucapião, deve desaparecer o gravame real constituído sobre o imóvel, antes ou depois do início da posse ad usucapionem, seja porque a sentença apenas declara a usucapião com efeitos ex tunc, seja porque a usucapião é forma originária de aquisição de propriedade, não decorrente da antiga e não guardando com ela relação de continuidade. STJ. 3ª T. REsp 620610-DF, Rel. Min. Raul Araújo, j. 3/9/13 (Info 527).
	(MPMS-2018): A decisão que reconhece a aquisição da propriedade de bem imóvel por usucapião prevalece sobre a hipoteca judicial que anteriormente tenha gravado o referido bem. BL: Info 527, STJ.
§ 2o O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. (MPAM-2007) (MPSP-2015) (DPEES-2016) (MPRS-2017) (PGM-BH/MG-2017) (TJMT-2018)
§ 3o Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão. (DPESP-2006/2012) (MPPR-2012) (TJPA-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPAM-2015) (DPESE-2022)
Art. 10.  Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017) (DPU-2017) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (MPMS-2018) (TJAC-2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (DPEGO-2021) (DPESC-2021) (DPESE-2022)
	(DPESC-2021-FCC): Uma comunidade reside informalmente em núcleo urbano localizado em bairro periférico de Florianópolis-SC. A ocupação da área particular data de pouco mais de cinco anos, sem oposição dos proprietários. Os ocupantes não são proprietários de nenhum outro imóvel urbano ou rural. Diante da situação hipotética e considerando o disposto no Estatuto da Cidade, é possível a usucapião especial coletiva caso a área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a 250 m2 por possuidor. BL: art. 10, EC.
(DPEGO-2021-FCC): Conforme regrada no Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), com suas alterações posteriores, a usucapião coletiva, modalidade da usucapião especial urbana, é aplicada aos núcleos urbanos informais existentes sem oposição há mais de cinco anos cujos possuidores não sejam proprietários de outro imóvel. BL: art. 10, EC.
(TJAC-2019-VUNESP): Em relação ao Meio Ambiente Urbano, o Estatuto da Cidade estabelece que os núcleos urbanos informais, existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor, são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. BL: art. 10, EC. (amb.)
(TJMT-2018-VUNESP): De acordo com o Estatuto da Cidade, em relação à usucapião especial de imóvel urbano, assinale a alternativa correta: Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição, há mais de cinco anos, e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor, são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. BL: art. 10, EC.
##Atenção: ##TJMT-2018: ##VUNESP: A usucapião especial urbana coletiva, prevista no art. 10 do Estatuto das Cidades, ocorre quando existem núcleos urbanos informais sem oposição há mais de 5 anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. Por outro lado, a desapropriação por zona, disciplinada no art. 4º do Dec.-Lei 3.365/41, ocorre em razão da realização de obra pública, na qual o ente estatal tenha a necessidade de desapropriar, não somente o espaço necessário à construção da obra, mas também a zona vizinha a esta construção, seja para uma posterior extensão da obra, ou seja, para a hipótese em que houver uma supervalorização dos terrenos vizinhos.
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigidopor este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas. (DPESP-2006) (Cartórios/TJRS-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (DPESE-2022)
	(DPESP-2006-FCC): Com relação à ação de usucapião especial coletiva de imóvel urbano localizado em área ocupada por população de baixa renda, o possuidor pode acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que sejam contínuas. BL: art. 10, §1º, EC. 
§ 2o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis. (DPEES-2009) (DPESP-2006/2012) (TJMS-2012) (MPPR-2012) (MPBA-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (DPESC-2021)
§ 3o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas. (TJTO-2007) (MPSP-2010) (DPESP-2006/2012) (PGM-Curitiba/PR-2015) (TJMT-2018) (DPEGO-2021) (DPESC-2021)
	(MPSP-2010): Assinale a alternativa correta: Na usucapião coletiva, prevista na Lei nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), como regra geral, a cada possuidor será atribuída, por decisão judicial, igual fração ideal de terreno. BL: art. 10, §3º, EC. 
§ 4o O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção [obs.: regra geral], salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à constituição do condomínio. (MPDFT-2004) (TJTO-2007) (DPEES-2009) (DPESP-2006/2012/2013) (TJMT-2018) (DPESC-2021)
	(DPEES-2009-CESPE): No que tange à usucapião especial urbana, é correto afirmar que, via de regra, o condomínio instituído por força da ação de usucapião especial coletiva é indivisível, não sendo passível de extinção. BL: art. 10, §§ 2º e 4º do EC.
§ 5o As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes. (DPESP-2013)
Art. 11. Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas relativamente ao imóvel usucapiendo. (DPESP-2006) (MPMT-2012) (MPBA-2018)
Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana: (DPESP-2006) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPSP-2006/2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPMS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPPI-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPERJ-2021) (DPESE-2022)
I – o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente; (PGM-São Paulo/SP-2014) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPERJ-2021)
II – os possuidores, em estado de composse; (Cartórios/TJDFT-2019) (DPERJ-2021)
III – como substituto processual, a associação de moradores da comunidade, regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos representados. (DPESP-2006) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPSP-2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (DPERJ-2021) (DPESE-2022)
§ 1o Na ação de usucapião especial urbana é obrigatória a intervenção do Ministério Público. (MPMG-2010) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPSP-2006/2010/2012) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (MPMS-2015) (MPRO-2017) (MPBA-2018) (MPPR-2019) (MPPI-2019) 
	(MPBA-2018): Com base na Lei 10.257/01, que “Regulamenta os artigos nos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, analise a alternativa correta: Na pendência da ação de usucapião especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer outras ações, petitórias ou possessórias, que venham a ser propostas relativamente ao imóvel usucapiendo, sendo obrigatória a intervenção do Ministério Público. BL: art. 11 c/c art. 12, §1º, EC.
##Atenção: No Estatuto das Cidades, o MP não propõe a ação, apenas intervém.
§ 2o O autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis. (DPESP-2006) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPMS-2018) (MPPR-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019)
	(Cartórios/TJDFT-2019-CESPE): Para a propositura de ação de usucapião especial urbano, terá(ão) legitimidade o possuidor, isoladamente, que terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita e será dispensado dos gastos com cartório de registro de imóveis. BL: art. 12, caput, I c/c §2º, EC.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O art. 12, § 2º do Estatuto da Cidade estabelece uma presunção relativa de que o autor da ação de usucapião especial urbana é hipossuficiente: O Estatuto da Cidade, ao tratar sobre a ação de usucapião especial urbana, prevê que "o autor terá os benefícios da justiça e da assistência judiciária gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis."
Isso significa que o autor da ação de usucapião especial urbana gozará sempre da gratuidade da justiça? Há uma presunção absoluta de que este autor não tem recursos suficientes para pagar as custas? NÃO. O art. 12, § 2º, da Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) estabelece uma presunção relativa de que o autor da ação de usucapião especial urbana é hipossuficiente. Isso significa que essa presunção pode ser ilidida (refutada) a partir da comprovação inequívoca de que o autor não é considerado "necessitado". STJ. 3ª T. REsp 1517822-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 21/2/17 (Info 599).
##Atenção: ##Jurisprudência em Teses do STJ: ##Edição nº 148: ##MPMS-2018:
Tese 10: O art. 12, §2º, da Lei n. 10.257/2001, que assegura aos autores da ação de usucapião especial urbana os benefícios da assistência judiciária gratuita, incluindo as despesas de registro imobiliário, deve ser interpretado em harmonia com o Código de Processo Civil.
Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis. (PGM-Teresina/PI-2010) (TRF5-2011) (MPMT-2012) (MPPR-2012) (Cartórios/TJSP-2014) (DPEMG-2019)
Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o sumário. (DPESP-2006) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPMT-2012) (Cartórios/TJPB-2014) (MPSP-2006/2012/2015) (DPEAL-2017)
	##Atenção: ##Novo CPC X redação literal da legislação especial: Mesmo com as disposições trazidas pelo CPC/2015, há a possibilidade de a banca de concurso cobrar a literalidade do dispositivo legal. Vejamos o teor do art. 1.046, §1º e art. 1.049, § único, ambos do NCPC:
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
§ 1º As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , relativas ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até o início da vigência deste Código.
Art. 1.049. Sempre que a lei remeter a procedimento previsto na lei processual sem especificá-lo, será observado o procedimento comum previsto neste Código.
Parágrafo único. Na hipótese de a lei remeter ao procedimento sumário, será observado o procedimento comum previsto neste Código, com as modificações previstas na própria lei especial, se houver.
Seção VI
Da concessão de uso especial para fins de moradia
Arts 15 a 20. (VETADOS)
Seção VII
Do direito de superfície
Art. 21. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no cartório de registro de imóveis. (MPSP-2011) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (DPEMS-2012) (MPES-2013) (PGETO-2018) (Cartórios/TJRS-2015) (Cartórios/TJMG-2018) (TJAC-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (Cartórios/TJRO-2021) (PCRN-2021) (TJMG-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
§ 1o O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreorelativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística. (DPEMS-2012) (MPF-2015) (Cartórios/TJMG-2018) (PGETO-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	JDC nº 568: Art. 1.369 CC e art. 21 Estatuto da Cidade. O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato, admitindo-se o direito de sobrelevação, atendida a legislação urbanística. (PGEPI-2014) (PGETO-2018)
§ 2o A concessão do direito de superfície poderá ser gratuita ou onerosa. (DPEMS-2012) (Cartórios/TJRS-2015) (PGETO-2018) (TJMG-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
§ 3o O superficiário responderá integralmente pelos encargos e tributos que incidirem sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, com os encargos e tributos sobre a área objeto da concessão do direito de superfície, salvo disposição em contrário do contrato respectivo. (MPRS-2017)
§ 4o O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do contrato respectivo. (MPRS-2017) (Cartórios/TJPR-2019) (TJMG-2014/2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(TJMG-2022-FGV): No tocante às diretrizes gerais da política urbana, quanto ao direito de superfície, assinale a afirmativa correta: O direito de superfície pode ser transferido a terceiros, obedecidos os termos do contrato respectivo. BL: art. 22, §4º, EC.
§ 5o Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a seus herdeiros. (TJMG-2014)
Art. 22. Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o superficiário e o proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de condições à oferta de terceiros. (MPSC-2012) (TJRR-2015) (TJMG-2022)
	(TJRR-2015-FCC): Determinada Administração Municipal, com o fim de promover o desenvolvimento econômico local, desapropriou determinada gleba de terra, em área rural, para fins de constituição de um distrito industrial. O proprietário aceitou o valor ofertado e foi lavrada e registrada a escritura pública ultimando a desapropriação administrativa. A Administração Municipal, então, por meio de contrato de concessão de direito de superfície, possibilitou que indústrias se instalassem, pelo prazo de 15 anos, nos lotes da zona industrial recém-constituída. Passados dez anos, em virtude da carência de recursos financeiros, o Prefeito Municipal obtém a aprovação, na Câmara Municipal, de projeto de lei autorizativa da alienação dos lotes componentes da zona industrial em questão. Diante de tal situação, é correto concluir que é possível a alienação dos lotes, mediante regular procedimento licitatório, garantindo-se aos superficiários a preferência na aquisição dos respectivos lotes, em igualdade de condições em relação às propostas vencedoras do certame. BL: art. 22 c/c art. 4º, V, “l”, EC.
##Atenção: É inegável que o direito de superfície não é exclusivo dos entes particulares. Consoante dispõe o Estatuto das Cidades, o direito de superfície é expressamente admitido como promoção da política urbana (art. 22, c.c art. 4º, V, “l” do EC). Em redação semelhante ao art. 22 do EC, vejamos o teor do art. 1.373 do CC/02: “Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de condições.”
Art. 23. Extingue-se o direito de superfície:
I – pelo advento do termo;
II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
	(MPSC-2016): Nos termos da Lei 10.257/01, o direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, atendida a legislação urbanística. De acordo com a referida lei, extingue-se o direito de superfície pelo advento do termo e pelo descumprimento das obrigações assumidas pelo superficiário. BL: art. 21, §1º c/c art. 23 do EC.
Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
§ 1o Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for concedida.
§ 2o A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro de imóveis.
Seção VIII 
Do direito de preempção
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. (MPRO-2008) (PGEAL-2009) (MPSC-2010) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (PGEGO-2013) (DPEMG-2014) (MPSP-2011/2015) (TJSP-2015) (MPAM-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPMG-2010/2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPRS-2021) (Cartórios/TJRO-2021) (PCRN-2021) (TJAP-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(MPBA-2018): Acerca do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), marque a alternativa correta: É possível afirmar que o direito de preempção municipal tem natureza jurídica de limitação administrativa (imposição legal). BL: art. 25, do EC.
##Atenção: ##MPMG-2017: ##MPBA-2018: ##TJAP-2022: ##FGV: Matheus Carvalho explica que o direito de preferência ou preempção, contido no art. 25, da Lei 10.257/01, é uma espécie de limitação administrativa. Obriga todos os proprietários de bens localizados na área definida por lei, baseada no Plano Diretor do município - ao alienarem seus terrenos - a oferecê-los primeiramente ao Poder Público. Poderá exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para regularização fundiária ou execução de programas e projetos habitacionais de interesse social.
	(MPMG-2017): Diversas são as formas de intervenção do Estado na propriedade, o que revela o poder de império estatal ao qual se sujeitam os particulares. Desse modo, é correto afirmar que o direito à preempção municipal é: Limitação administrativa. BL: art. 25, do EC.
(TJSP-2015-VUNESP): É permitido ao poder público se utilizar do direito de preempção para aquisição de remanescentes florestais relevantes. BL: art. 25 do EC. 
§ 1o Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência. (MPMG-2010) (MPSC-2010) (MPMT-2012) (DPEMG-2014) (MPAM-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Goiânia/GO-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPAP-2021) (MPRS-2021) (PGEAL-2021) (TJAP-2022)
§ 2o O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1o, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel. (DPEMG-2014) (MPAM-2015) (MPBA-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPAP-2021) (PGEAL-2021)
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
I – regularização fundiária; (PGM-Teresina/PI-2010) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPBA-2018) (MPSC-2013/2019)
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social; (MPBA-2018)
III – constituição de reserva fundiária; (MPRS-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018)
	(MPRS-2016): O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para constituição de reserva fundiária, entre outras hipóteses. BL: art. 26, I do EC.
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana; (MPBA-2018) (MPAP-2021)
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários; (PGM-Fortaleza/CE-2017)
	(PGM-Fortaleza/CE-2017-CESPE): A respeito de política urbana, responsabilidade e licenciamento ambiental, julgue o item subsecutivo: Caso tenha interesse em criar centro de saúde em imóvel urbano objeto de venda a título oneroso entre particulares, o município poderá exercer o direito de preempção.. BL: art. 26, V do EC c/c art. 4º, §2º da Lei de Parcelamento doSolo Urbano.[footnoteRef:2] [2: Art. 4º. (...) § 2º. Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares.] 
##Atenção: O art. 26, V do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01) autoriza o exercício do direito de preempção para implantação de equipamentos comunitários. De outro lado, o art. 4, §2 da Lei de Parcelamento do Solo (Lei 6.766/79) define como equipamentos comunitários aqueles destinados a saúde, dentre outros. Em conclusão, o Município pode exercer a preferência neste caso.
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; (MPSC-2013) (MPBA-2018) (PGEAL-2021)
	(PGEAL-2021-CESPE): Em caso de preempção, poderá o município criar espaços públicos de lazer e áreas verdes. BL: art. 26, VI do EC.
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; (MPMG-2010) (MPSC-2010) (PGM-Curitiba/PR-2019)
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico; (MPRO-2008) (MPMG-2010) (MPMT-2012) (MPRR-2012) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAL-2021)
IX – (VETADO)
Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1o do art. 25 desta Lei deverá enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades enumeradas por este artigo. (MPAP-2021)
Art. 27. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo. (PGM-Teresina/PI-2010) (PGM-Curitiba/PR-2019) (MPAP-2021) (PGEAL-2021) (TJAP-2022)
§ 1o À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constarão preço, condições de pagamento e prazo de validade. (PGM-Curitiba/PR-2019)
§ 2o O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput e da intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
§ 3o Transcorrido o prazo mencionado no caput sem manifestação, fica o proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada. (PGM-Teresina/PI-2010) (MPAP-2021) (TJAP-2022)
	(MPAP-2021-CESPE): Uma lei municipal outorgou a determinado município o direito de preempção, pelo prazo de um ano, sobre certa área onde havia imóveis particulares, com a finalidade de criar área de interesse ambiental. Paulo, proprietário de um dos imóveis existentes na área, interessou-se por uma proposta de compra feita por Pedro, no valor total de R$ 1 milhão. A proposta de Pedro foi a de que, desse montante, 40% do pagamento seria feito a Paulo em dinheiro, e 60%, por meio de permuta com outro imóvel de propriedade de Pedro, situado em área não abrangida pela referida lei municipal. Nesse contexto, Paulo notificou o município, a fim de cumprir as formalidades legais, para que este se pronunciasse sobre o direito de preempção. Considerando que, nessa situação hipotética, a referida lei cumpriu o devido processo legislativo, assinale a opção correta, com base no Estatuto da Cidade: Se o município não manifestar seu interesse pelo imóvel de Paulo no prazo de até trinta dias, Paulo estará autorizado a alienar o seu imóvel a Pedro nas condições da proposta apresentada. BL: art. 27, caput e §3º, EC.
§ 4o Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de trinta dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel. (PGM-Teresina/PI-2010)
§ 5o A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada é nula de pleno direito. (PGM-Teresina/PI-2010) (MPAP-2021) (PGEAL-2021) (TJAP-2022)
§ 6o Ocorrida a hipótese prevista no § 5o o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele. (MPAP-2021) (PGEAL-2021) (TJAP-2022)
	(TJAP-2022-FGV): O Município Beta, após revisão de seu plano diretor com a oitiva da sociedade civil, por meio de diversas audiências públicas, concluiu que necessitava de áreas para a execução de programas e projetos habitacionais de interesse social. Dessa forma, foi editada lei municipal, baseada no citado plano diretor, delimitando as áreas em que incidirá direito de preempção, com prazo de vigência de quatro anos. O direito de preempção conferiu ao poder público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, naquela área especificada. Por entender que a citada lei municipal é inconstitucional por violar seu direito de propriedade, João alienou a Maria seu imóvel urbano incluído na área prevista na lei, sem oportunizar ao município o direito de preferência. O Município Beta ajuizou ação pleiteando a invalidação do negócio jurídico celebrado entre João e Maria, requerendo que lhe sejam assegurados os direitos previstos no Estatuto da Cidade. No caso em tela, o magistrado deve observar que a Lei nº 10.257/2001 dispõe que a alienação do imóvel de João a Maria é: nula de pleno direito, e o Município poderá adquirir o imóvel pelo seu valor venal previsto na base de cálculo do IPTU ou pelo valor da transação, se este for inferior àquele, pois o direito de preempção é uma espécie de limitação administrativa. BL: art. 25, caput e §1º[footnoteRef:3] c/c art. 27, caput e §§3º, 5º e 6º, EC. [3: Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. § 1º Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.] 
Seção IX 
Da outorga onerosa do direito de construir
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. (PGEAL-2009) (MPMG-2010) (MPMT-2012) (Cartórios/TJRO-2012) (MPES-2013) (MPSC-2013) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018) (PGM-Curitiba/PR-2019) (Cartórios/TJRO-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(MPBA-2018): Com base na Lei 10.257/01, que “Regulamenta os artigos nos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, analise a alternativa correta: O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. BL: art. 28, caput, EC.
§ 1o Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do terreno. (MPMT-2012) (MPAM-2015) (PGM-POA/RS-2016)
§ 2o O plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico único para toda a zona urbana ou diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana. (MPAM-2015) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-Curitiba/PR-2019)
§ 3o O plano diretor definirá os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada área. (Cartórios/TJRO-2012) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-Curitiba/PR-2019)
Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser permitida alteração de uso do solo, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. (Cartórios/TJRO-2012) (PGESC-2014) (MPDFT-2015) (PGM-Goiânia/GO-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-Curitiba/PR-2019)
Art. 30. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso, determinando: (MPMT-2012) (MPDFT-2015) (PGM-Curitiba/PR-2019)
I – a fórmula de cálculo para a cobrança;
II – os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga; (PGM-Curitiba/PR-2019)III – a contrapartida do beneficiário. (MPMT-2012) (MPDFT-2015)
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso serão aplicados com as finalidades previstas nos incisos I a IX do art. 26 desta Lei. (MPMT-2012) (Cartórios/TJRO-2012) (MPES-2013) (MPDFT-2015) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016)
Seção X
Das operações urbanas consorciadas
Art. 32. Lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para aplicação de operações consorciadas. (PGM-Teresina/PI-2010) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-Goiânia/GO-2015) (MPPR-2016) (DPECE-2022)
§ 1o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. (MPSP-2011) (TJSC-2013) (Cartórios/TJPB-2014) (PGESC-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (DPECE-2022)
	(DPECE-2022-FCC): Conforme prevê o Estatuto da Cidade, lei municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para aplicação de operações consorciadas. Considera-se operação urbana consorciada, nos termos da lei federal, o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. BL: art. 32, §1, do EC.
 § 2o Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:
I – a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente; (MPRS-2016)
	(MPRS-2016): Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas, a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente. BL: art. 32, §2º, I do EC.
II – a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente. (TJSC-2009) (PGM-POA/RS-2016)
	(TJSC-2009): O Estatuto da Cidade introduziu a denominada operação consorciada e, dentre as medidas facultadas para realização da transformação urbanística, encontra-se a regularização de construções executadas em desacordo com a legislação vigente. BL: art; 32, §1º e §2º, II do EC.
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam tecnologias visando a redução de impactos ambientais, e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edificações urbanas, de tecnologias que reduzam os impactos ambientais e economizem recursos naturais, especificadas as modalidades de design e de obras a serem contempladas.     (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)
Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo: (PGM-Teresina/PI-2010) (PGM-POA/RS-2016)
I – definição da área a ser atingida;
II – programa básico de ocupação da área;
III – programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;
IV – finalidades da operação;
V – estudo prévio de impacto de vizinhança; (PGM-Teresina/PI-2010)
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I, II e III do § 2o do art. 32 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.836, de 2013)
VII – forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil.
VIII - natureza dos incentivos a serem concedidos aos proprietários, usuários permanentes e investidores privados, uma vez atendido o disposto no inciso III do § 2o do art. 32 desta Lei.     (Incluído pela Lei nº 12.836, de 2013)
§ 1o Os recursos obtidos pelo Poder Público municipal na forma do inciso VI deste artigo serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada. (MPSP-2011)
§ 2o A partir da aprovação da lei específica de que trata o caput, são nulas as licenças e autorizações a cargo do Poder Público municipal expedidas em desacordo com o plano de operação urbana consorciada.
Art. 34. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação.
§ 1o Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da operação. (PGM-POA/RS-2016)
§ 2o Apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial adicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a operação urbana consorciada.
Art. 34-A.  Nas regiões metropolitanas ou nas aglomerações urbanas instituídas por lei complementar estadual, poderão ser realizadas operações urbanas consorciadas interfederativas, aprovadas por leis estaduais específicas. (Incluído pela Lei nº 13.089, de 2015) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
Parágrafo único.  As disposições dos arts. 32 a 34 desta Lei aplicam-se às operações urbanas consorciadas interfederativas previstas no caput deste artigo, no que couber. (Incluído pela Lei nº 13.089, de 2015)
Seção XI 
Da transferência do direito de construir
Art. 35. Lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de: (PGM-Goiânia/GO-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2021)
I – implantação de equipamentos urbanos e comunitários; (PGM-Goiânia/GO-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) 
II – preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; (PGM-Goiânia/GO-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (PGM-POA/RS-2016) (MPRS-2021)
	(MPRS-2021): Assinale a assertiva correta: O proprietário de imóvel urbano, público ou privado, necessário para fins de preservação pelo seu interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural detém a faculdade de transferir para outro local, ou alienar, o seu direito de construir, desde que haja prévia autorização em lei municipal. BL: art. 35, II, EC.
III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social. (PGM-Goiânia/GO-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)
§ 1o A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput.
§ 2o A lei municipal referida no caput estabelecerá as condições relativas à aplicação da transferência do direito de construir.
Seção XII
Do estudo de impacto de vizinhança
Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal. (DPESP-2009) (TRF4-2009) (PGM-Teresina/PI-2010) (TJRJ-2011) (MPPR-2011) (MPMG-2010/2013) (MPAM-2015) (MPMS-2015) (MPRR-2017) (PGETO-2018) (MPMT-2019) (Cartórios/TJRO-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	##Atenção: ##MPRR-2017: ##PGETO-2018: ##CESPE: ##FCC: Somente há previsão de elaboração de EIV em áreas URBANAS. Não há elaboração de EIV emáreas rurais.
Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões: (TRF4-2009) (MPMG-2010) (PGM-Teresina/PI-2010) (MPPR-2011) (DPESP-2013) (MPSC-2014) (MPBA-2015) (MPRR-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGETO-2018) (MPSP-2019) (MPMT-2019) (MPRS-2021) (Cartórios/TJRO-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(MPRR-2017-CESPE): Com relação ao EIV, previsto na Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade), julgue o item a seguir: O EIV deve contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou da atividade para a qualidade de vida da população residente na área e em suas proximidades. BL: art. 37, caput, EC.
I – adensamento populacional; (MPBA-2015) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPSP-2019)
II – equipamentos urbanos e comunitários; (MPBA-2015) (MPSP-2019)
III – uso e ocupação do solo; (MPBA-2015) (MPRR-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPSP-2019)
IV – valorização imobiliária; (MPBA-2015) (MPSP-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
V – geração de tráfego e demanda por transporte público; (MPBA-2015) (MPRR-2017) (MPSP-2019)
	(MPRR-2017-CESPE): Com relação ao EIV, previsto na Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade), julgue o item a seguir: O EIV inclui a análise do uso e da ocupação do solo, bem como da geração de tráfego e da demanda por transporte público. BL: art. 37, III e V, EC.
VI – ventilação e iluminação; (MPBA-2015)
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. (MPMG-2010) (MPBA-2015)
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, por qualquer interessado. (DPESP-2013) (PGDF-2013) (MPSC-2014) (PGETO-2018) (MPMT-2019)
Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental. (MPMG-2010) (PGM-Teresina/PI-2010) (TJRJ-2011) (MPPR-2011) (MPSP-2011) (TJBA-2012) (DPEPR-2012) (DPESP-2013) (TRF2-2013) (PGDF-2013) (MPSC-2013/2014) (Cartórios/TJRS-2015) (MPRR-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMS-2015/2018) (MPBA-2018) (PGETO-2018) (MPMT-2012/2019) (MPPI-2019) (MPRS-2017/2021) (Cartórios/TJRO-2021)
	(MPMT-2019-FCC): O Estudo de Impacto de Vizinhança, de acordo com a Lei n° 10.257/2001, não substitui o Estudo de Impacto Ambiental. BL: art. 38, EC.
(MPPI-2019-CESPE): A política urbana tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. Considerando-se as disposições legais sobre esse assunto, é correto afirmar que a elaboração do estudo prévio de impacto de vizinhança não substitui a necessidade de elaboração e aprovação de estudo prévio de impacto ambiental. BL: art. 38, EC.
##Atenção: ##Dica do Qconcursos (Lúcio Weber): “O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) previsto no art. 4º, VI e arts. 36 a 38 do Estatuto, embora semelhante ao EIA/RIMA, com ele não se confunde. É mais usado em empreendimentos típicos do contexto urbano, sem grandes impactos no ambiente natural. O EIV não substitui o EIA, quando exigido; EIV é o mEEEEEnos e o EIA é o mAAAAis. Mas o EIA, mais abrangente, pode tornar o EIV dispensável.”
(PGETO-2018-FCC): Um projeto de loteamento em determinada região de um Município foi objeto de questionamento por parte dos moradores da região, sob o argumento de que não teria sido elaborado Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). A exigência, considerando o disposto no Estatuto da Cidade, será devida caso a legislação municipal assim preveja, considerando que os projetos de loteamento pressupõem a inserção em área urbana, requisito constante do Estatuto da Cidade para ser obrigatória a elaboração do EIV. BL: arts. 36 a 38 EC.
(MPSC-2014): O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança é um dos principais instrumentos de política urbana previstos no Estatuto da Cidade, sendo exigível para os empreendimentos e atividades definidos em Lei Municipal, devendo contemplar os efeitos positivos e negativos dos mesmos quanto à qualidade de vida da população residente na área. BL: arts. 36 a 38, EC.
 CAPÍTULO III 
DO PLANO DIRETOR
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei. (PGESE-2005) (TRF1-2011) (TJCE-2012) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEMA-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-BH/MG-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017)
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. (PGESE-2005) (TJPI-2007) (MPRN-2009) (PGEAL-2009) (MPES-2010) (TRF5-2011) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (DPERO-2012) (TRF2-2011/2013) (DPESP-2013) (PGDF-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (DPECE-2014) (MPSP-2010/2015) (TRF1-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (MPSC-2012/2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPMG-2010/2011/2012/2013/2014/2017) (PGM-BH/MG-2017) (MPMS-2013//2015/2018) (DPEMA-2015/2018) (MPBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (MPCE-2020) (MPMG-2010/2021) (Cartórios/TJRO-2021) (PCRN-2021) (DPEPA-2022)
	(DPEPA-2022-CESPE): O instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana é o(a) plano diretor. BL: art. 40, caput e §1º, EC.
§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. (MPMG-2010) (Cartórios/TJPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPBA-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (Cartórios/TJRO-2021) (DPEPA-2022)
	(MPBA-2018): Com base na Lei 10.257/01, que “Regulamenta os artigos nos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências”, analise a alternativa correta: O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, sendo parte integrante do processo de planejamento municipal. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual deverão incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. BL: art. 40, caput e §1º, EC.
§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo. (PGM-Recife/PE-2014) (MPAM-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-João Pessoa/PB-2018) (MPMG-2010/2021) (Cartórios/TJRO-2021) (TJMG-2022)
	(MPMG-2021): Em matéria de política urbana, é correto afirmar que: O Plano Diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, e deverá englobar o território do Município como um todo. BL: art. 40, caput e §2º, EC.
§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos. (MPRN-2009) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (PGDF-2013) (PGEGO-2013) (MPAC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (Cartórios/TJPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJRO-2021)
§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão [= dever]: (DPESP-2013) (MPAC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPDFT-2015) (MPMS-2015) (Cartórios/TJPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPMT-2019) (MPPI-2019) (MPRS-2021)
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade; (DPESP-2013) (MPAC-2014) (PGM-Recife/PE-2014) (MPDFT-2015) (MPMS-2015) (Cartórios/TJPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPMT-2019) (MPPI-2019) (MPRS-2021)
II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; (DPESP-2013) (MPAC-2014)

Continue navegando