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24 de agosto de 2021 REVOGAÇÃO EXPRESSA: a lei posterior declara expressamente que a lei anterior foi revogada. REVOGAÇÃO TÁCITA: embora a lei não declare expressamente que a lei revogada, existe incompatibilidade entre elas. A revogação parcial de uma lei é conhecida por derrogação, enquanto que a revogação total é chamada de ab-rogação. DERROGAÇÃO = alteração de parte da lei. AB-ROGAÇÃO = alteração de toda lei. O costume não altera a lei, porém, da base para alteração. CONFLITO INTERTEMPORAL OU CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO Esse conflito ocorre quando leis penais tratam do mesmo assunto, mas de modo diverso, sucedem-se no tempo, havendo necessidade de se decidir qual devem ser aplicadas. Sempre devemos levar em consideração dois princípios, o da irretroatividade da lei mais severa e o da retroatividade da lei mais benéfica. Portanto, a lei mais benéfica será aplicada ao acusado. Hipóteses de conflito intertemporal: ABOLITIO CRIMINIS: ocorre quando lei posterior descriminaliza conduta anteriormente considerada crime, (Art. 2, “caput” do Código Penal). O abolitio criminis faz sessar a execução e os efeitos penais, principais e secundários de uma sentença penal cominatória. Extinguindo a punibilidade Art. 107 inciso III do Código Penal. “NOVATIOS LEGIS” (NOVA LEI) INCRIMINADORA: é a situação inversa do abolitio criminis. Ocorre quando a lei nova tipifica uma conduta como um crime, tudo o que foi praticado antes da lei será considerada como licita. “NOVATIOS LEGIS (NOVA LEI) IN MELLIUS”: a nova lei, apesar de manter o fato como crime, passa a tratar de maneira mais benéfica. Nesse caso deve retroagir para beneficiar o réu, (Art. 2, parágrafo único do Código Penal). “NOVATIOS LEGIS IN PEJUS” (NOVA LEI EM PREJUÍZO): uma nova lei simplesmente alterando o preceito secundário do tipo penal, aumentando a pena. Nesse caso, deve ser aplicada a lei anterior mais benéfica, ela será ultra ativa, devendo ser aplicada mesmo após ser revogada. Observação: crimes permanentes e crime continuado. No crime permanente a ação se prolonga no tempo, perdura enquanto a ação estiver sendo praticada. Já o crime continuado é aquele em que o sujeito ativo por mais de uma conduta, prática dois ou mais crimes da mesma espécie em condições objetivas, semelhantes, sendo os crimes subsequentes tidos como continuação do primeiro. Nesses casos, mesmo que a nova lei seja mais severa esta deverá ser aplicada. Crime permanente = perdura no tempo (exemplo: sequestro ou cárcere privado). Crime continuado = a pratica do mesmo crime, da mesma forma vários dias seguidos. O legislador entende que ocorreu apenas um crime, e aplicara pena aumentada para um crime. Não se aplica mais benéfica. CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime A circunstancia é uma situação particular envolvendo o agente, como a confissão espontânea. A condição pessoal é inerente ao modo de ser ou a qualidade inerente ao ser humano, como a reincidência. Como regra essas circunstâncias e condições não atingem todos os envolvidos na pratica delituosa. Entretanto se forem elementares do tipo, espalham-se para os coautores e participes, desde que tenham ciência dessa condição. CASOS DE IMPUNIBILIDADE Crimes não puníveis: determinada formulas de participação ou de início de associação não são penalmente relevantes se ao menos não der inicio a fase de execução. É a mais evidencia de que o Código Penal adotou a teoria objetiva no cenário da tentativa, antes da fazer executória outros atos são irrelevantes. DAS ESPÉCIES DE PENA Reclusão: destinada a crimes graves, sujeitando o sentenciado ao regime inicial fechado, semiaberto ou aberto; Detenção: não tem regime fechado. Prisão simples: é a pena cumprida sem rigor penitenciário em estabelecimento especial ou sessão especial de prisão comum, em regime aberto ou semi-aberto. Observação: é vedado o emprego do regime fechado para o cumprimento de pena em caso de regressão. (...) § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. Pena superior a 8 anos, regime fechado. Pena maior que 4 anos e menor que 8 anos, semi- aberto ou aberto. A dosimetria da pena usando os elementos do Art. 59 do Código Penal o juiz estabelecerá o regime inicial de cumprimento da pena Detenção: pena não superior a 4 anos, o regime inicial de cumprimento da pena será semi-aberto ou aberto, somente o regime fechado na hipótese de regressão de pena. Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. Art. 32 - As penas são: I - Privativas de liberdade; II - Restritivas de direitos; III - de multa. Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi- aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. DIFERENÇA ENTE RECLUSÃO E DETENÇÃO RECLUSÃO: a) a) o regime inicial de cumprimento da pena poderá ser no regime fechado, semi- aberto ou aberto, (Art. 33 “caupt” do Código Penal); b) b) pode ter como efeito da condenação a incapacidade para o exercício do poder familiar, tutela ou curatela nos delitos dolosos contra filhos, tutelados em curatelados, (art. 92 do Código Penal); c) c) propicia a internação nos casos de medida de segurança (Art. 97 do Código penal); d) d) nas hipóteses de concurso material de crimes em que a pena seja reclusão e detenção, cumpre-se em primeiro lugar a de reclusão (art. 69 “caput” do Código Penal). DETENÇÃO a) Só pode iniciar o cumprimento da pena no regime semi-aberto ou aberto (Art. 33 “caput”, do Código Penal).; b) Não admite o efeito da condenação previsto na alínea “b” da reclusão (Art. 92, inciso II do CP); c) Permite internação ou tratamento ambulatorial em casos de medida de segurança, (Art. 97, do CP). REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO - ART. 52, DA LEI DE EXCUSÕES PENAIS Requisitos: a) prática de crime doloso ocasionando subversão a ordem ou disciplina do presidio; b) presos que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do presidio e a sociedade; c) presos que recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação em organizações criminosas ou associação ao crime; d) sujeitam-se ao RDD, os presos provisórios e os condenados. Condições do RDD a) recolhimento em cela individual; b) visitas semanais de duas pessoas, sem contar crianças, com duração de duas horas; c) saída da cela por duas horas diárias para banho de sol em local isolado.
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