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2ª Prova de Geologia de Engenharia UERJ 2022-1 Professor: Amaral Estudante: 1. Por que nas suas aulas, como em 21/07, o Professor Amaral sempre coloca que a geologia de taludes escavados em filitos é contraditória, já que ao mesmo tempo que se considera a baixa resistência ao cisalhamento ao longo da foliação, deve-se levar em conta que o que ocorre são quedas de pequenas lascas e fragmentos rochosos dos afloramentos, sempre com volumes pequenos, como é o caso em BH? Porque junto com a foliação os maciços compostos por filitos exibem também grau de faturamento elevado, o que impõe um padrão de ocorrência de quedas de pastilhas, que não envolvem volumes consideráveis. 2. Por que na preparação de cartas geotécnicas nas áreas de baixadas topográficas, tal como discutido nas aulas dos dias 04/08 e 01/09, é mais importante a análise preliminar dos mapas pedológicos para a definição das unidades geotécnicas do que nas áreas de encostas? Porque os mapas geológicos apresentam os materiais de baixada como sedimentos aluvionares, não indicando assim as diferenças existentes dentro deles sob o ponto de vista geotécnico, como por exemplo os planossolos e gleys. Só o uso dos mapas pedológicos permite isto. 3. Por que as sondagens a percussão, discutidas na aula do dia 08/08, executadas no calçadão da Barra da Tijuca, gravadas em vídeos distribuídos à turma pelo Professor Amaral no dia 14/09, podem ser consideradas desnecessárias nos seus primeiros metros, além de mal posicionadas? Feitas no calçadão elas perfuram o material que já está exposto nos taludes escavados pela erosão marinha, ampliando o custo desnecessariamente. A posição correta seria na areia para definir a profundidade de apoio dos muros de contenção. 4. Por que na caracterização dos maciços rochosos, tal como discutido na aula do dia 11/08, a persistência é ao mesmo tempo, o parâmetro físico das descontinuidades mecânicas mais importante, junto com o espaçamento, e o mais difícil de ser mapeado pelo geólogo de engenharia? A persistência e o espaçamento definem o modelo geométrico compartimentado do maciço, com indicação do tamanho dos blocos rochosos, e, portanto, o tipo de obra que deve ser feita para a estabilização. No entanto, sem sondagens, muitas vezes horizontais, é muito difícil definir este parâmetro para dentro do maciço. 5. Por que na caracterização dos maciços terrosos compostos por solos residuais, tal como discutido na aula do dia 15/08, a mineralogia dos grãos e a estrutura do solo é mais importante que a textura (se é arenosa ou argilosa)? A mineralogia e a estrutura definem a gênese do solo e explicitam heterogeneidades (partes mais problemáticas) e anisotropias (planos de fraqueza) no comportamento dos solos residuais. 6. Por que nos serviços de avaliação de risco geológico muitas vezes uma parte do trabalho, geralmente a final, envolve a participação de profissionais não geólogos ou engenheiros geotécnicos? Pense na equação de risco para responder a esta pergunta, tal como discutido na aula do dia 05/09. A equação do risco é R = P x C, com C sendo as consequências potenciais dos processos geológicos possíveis. Estas consequências não são definidas por fatores geológicos, mas sim pela vulnerabilidade da propriedade e das pessoas, e pela exposição temporal das mesmas aos processos. Isto dispensa a participação dos geólogos. 7. Por quê na classificação geomecânica de Bieniawski, tal como discutido na aula do dia 08/09, ao final da soma dos pontos relacionados a cada um dos fatores (espaçamento, RCU, etc), o "pior" mergulho das fraturas recebe nota -12 e o "melhor" mergulho das fraturas recebe nota zero? Indique as características dos mergulhos das fraturas correspondentes a este "melhor" e a este "pior". " Fraturas são sempre negativas, mas dependendo da sua direção e mergulho em relação à escavação subterrânea, esta contribuição pode ser nula ou muito negativa. Por exemplo, uma fratura ortogonal a escavação não é negativa, logo ganha zero. Já quando a fratura mergulha coincidentemente com a direção da escavação pode haver deslizamentos de grandes volumes de rocha sobre a equipe responsável pela escavação. 8. Por que nas obras lineares, tal como discutido na aula do dia 12/09, o geólogo de engenharia deve realizar a cartografia geotécnica da área de influência direta das mesmas utilizando escalas diferentes, longitudinal e transversalmente à faixa? Por que são obras compridas, mas de pequenas largura e profundidade. Assim, a escala ao longo da mesma pode ser pequena, mas transversalmente deve ser mais detalhada, pois há necessidade de cartografar corretamente o que vem das laterais e provocar consequências negativas à obra. 9. Por que na construção de barragens de terra um erro pequeno na umidade da camada que está sendo compactada, tal como discutido na aula do dia 15/09, obriga a retirada de todo o material e reinício da compactação desde o início? A compactação deve ser feita com a umidade ótima, o que garante maior massa específica seca à camada compactada, e, portanto, maior resistência à compressão uniaxial. Caso o desvio seja maior que 2% a ação deve ser repetida desde o início. 10. Comente muito brevemente os principais pontos que compuseram o trabalho desenvolvido por você (e seu grupo) durante a excursão à Santa Catarina ou o mapeamento de campo. Individual
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