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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO DAS CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS CASP DISCIPLINA: CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL PROF. AMARO DA SILVA JUNIOR REFERÊNCIA: Parte Geral – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP 9º Ed. 2022 Páginas 24 a 33 1 – Sistematize os passos da reformulação contábil do Brasil com as devidas justificativas, baseado no tópico contextualização. Tal como aconteceu com a Contabilidade Societária, a Contabilidade Pública está passando por um processo de reformulação para alinhamento com as Normas Internacionais de Contabilidade Pública, o que exigirá muito empenho e dedicação dos profissionais da área. Mas acredita-se que trará grande contribuição para a correta aplicação dos recursos públicos e a transparência que a sociedade deseja e merece. O QUE FAZEM OS CONTABILISTAS? • Os contabilistas desenvolvem inúmeras atividades no âmbito de suas atribuições cabendo destacar: • Coletam, analisam, estudam e interpretam dados sobre os fatos que alteram o patrimônio e o resultado das entidades; registram tais fatos de acordo com técnicas específicas e extraem os relatórios contábeis; • Analisam os relatórios contábeis para diagnosticar, estudar alternativa e vislumbrar riscos e oportunidades; • Produzem e gerenciam informações econômico-financeiras, visando subsidiar o planejamento, controle e tomada de decisões; • Desenvolvem atividades para mensuração das riquezas e otimização de resultados, dentre outros. Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza técnicas específicas inerentes ao processo contábil. Em qualquer entidade, para que os registros contábeis sejam completos e adequados há necessidade de seguir alguns procedimentos, tais como: • Identificar os fatos que alteram o patrimônio da entidade; • Comprovar os fatos através de documentação idônea; • Registrar em livros próprios (Livro Diário, Livro Razão e outros Livros Auxiliares) através da técnica de escrituração; • Extrair os relatórios contábeis para verificar os efeitos dos fatos contábeis ocorridos durante o exercício no resultado e no patrimônio da entidade objeto da escrituração; • Proceder à conferência da escrituração o que se faz através da técnica contábil denominada Auditoria; • Analisar e interpretar os relatórios contábeis valendo-se da técnica contábil denominada Análise de Balanços; • Fornece informações aos usuários da contabilidade (quem faz uso dos dados contábeis) para Planejamento, Controle e Tomada de Decisões. 2 – Evidenciar as inovações do PCASP e suas classes contábeis. A estrutura do novo PCASP buscou facilitar a compreensão, a lógica, a transparência dos registros relativos aos atos e fatos contábeis brasileiros, a fim de permitir, realmente, que a contabilidade possa ser uma fonte confiável para fornecer informações úteis. Assim, o controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial fica estruturado em bases mais sólidas, o que propicia um maior entendimento por parte dos usuários das informações contábeis, quando essas são padronizadas. No geral, o objetivo do Plano de Contas se resume em “padronizar” os registros contábeis para permitir um maior detalhamento das contas, de modo que todas as esferas do governo e sua administração direta e indireta sejam atendidas pelas contas. Na estrutura do plano de contas do setor público, umas das considerações importantes são os seus atributos. Dessa forma, com a edição do novo PCASP, espera-se por um aumento na transparência, o que impacta positivamente na tomada de decisão, prestação de contas e responsabilização. As contas foram dispostas em grupos, de acordo com as suas funções, sendo ordenadas por classe e natureza. Anualmente, a STN, que tem a competência para a manutenção e instituição do plano e é o Órgão Central de Contabilidade da União, atualiza e disponibiliza, na internet, o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), para uso obrigatório no exercício seguinte. Esse ordenamento das contas por natureza permite o registro dos dados contábeis de forma organizada e facilita a análise das informações. Assim, segundo a natureza, o PCASP foi estruturado da seguinte forma: Informação Orçamentária: registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. Informação Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com a composição do patrimônio público e suas variações qualitativas e quantitativas. Informação de Controle: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos ef eitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Já as classes dividem esse plano de contas, de acordo com a sua natureza, quais sejam: 3 – Descrever sobre a integração dos aspectos orçamentários, fiscais e patrimoniais na Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 4 – Qual é o alcance regulador do MCASP e a interface com NBCASP/IPSAS; 5 – Qual é o papel do contador na concretude das características qualitativas à luz da accountability. Os aspectos orçamentários referentes às concessões comuns não serão tratados neste tópico. As classificações orçamentárias relacionadas às PPP guardam relação com a finalidade da despesa. Deste modo, distinguem-se orçamentariamente: a. Os aportes de recursos destinados a obras e aquisição de bens reversíveis; b. As parcelas das contraprestações referentes às despesas com remuneração do concessionário pela prestação dos serviços; c. As parcelas das contraprestações referentes às despesas com prestação de serviços direta ou indiretamente à Administração Pública; e d. As parcelas das contraprestações referentes às despesas decorrentes da incorporação de bens de capital. Os aspectos fiscais, as regras e limites da gestão das finanças públicas foram estabelecidos pela Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF), e pela Lei Federal 4.320/64. O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) facilitam o acompanhamento das ações da administração pública e são emitidos bimestral, quadrimestral e anualmente. O RREO traz a movimentação orçamentária dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, publicadas em até 30 dias após cada bimestre. O RGF é publicado no site de cada poder e demonstra despesas empenhadas e liquidadas. Esta publicação ocorre em até 30 dias após o encerramento do quadrimestre. Também estão disponíveis os demonstrativos anuais do RREO e RGF, que consideram os dados após o encerramento do exercício. Por conta de sua complexidade, é necessário entender os diferentes aspectos da Contabilidade aplicada ao Setor Público (CASP), conforme o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público: Orçamentário: Compreende o registro e a evidenciação do orçamento público, tanto quanto à sua aprovação quanto à sua execução. Os registros de natureza orçamentária são base para a elaboração do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e dos Balanços Orçamentário e Financeiro, que representam os principais instrumentos para refletir esse aspecto. Patrimonial: Compreende o registro e a evidenciação da composição patrimonial do ente público. Nesse aspecto, devem ser atendidos os princípios e as normas contábeis voltadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos e passivos e de suas variações patrimoniais. O Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) representam os principais instrumentos para refletir esse aspecto. O processo de convergência às normas internacionais de contabilidade aplicada ao setor público (CASP) visa a contribuir, primordialmente, para o desenvolvimento deste aspecto. Fiscal: Este aspecto compreende a apuração e evidenciação, por meio da contabilidade, dos indicadoresestabelecidos pela LRF, dentre os quais se destacam os da despesa com pessoal, das operações de crédito e da dívida consolidada, além da apuração da disponibilidade de caixa, do resultado primário e do resultado nominal, a fim de verificar-se o equilíbrio das contas públicas. O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) representam os principais instrumentos para evidenciar este aspecto. As demonstrações contábeis e os relatórios fiscais têm muito em comum. Ambas as estruturas de relatórios estão voltadas para ativos, passivos, receitas e despesas governamentais e informações abrangentes sobre os fluxos de caixa. Há uma considerável sobreposição entre as duas estruturas que sustentam essas informações. No entanto, as demonstrações contábeis e as diretrizes para relatórios fiscais têm objetivos diferentes. O objetivo das demonstrações contábeis das entidades do setor público é o fornecimento de informações úteis sobre a entidade que reporta a informação, voltadas para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e para a tomada de decisão. Os relatórios fiscais são utilizados, principalmente, para: (a) analisar opções de política fiscal, definir essas políticas e avaliar os seus impactos; (b) determinar o impacto sobre a economia; e (c) comparar os resultados fiscais nacional e internacionalmente. Dessa maneira, cabe aos responsáveis pelos serviços de contabilidade em cada ente da Federação compreender os eventos e seus efeitos na evidenciação contábil e buscar, sempre que possível, o alinhamento entre essas informações, a partir do entendimento das normas e conceitos inerentes a cada aspecto, apresentados Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público O domínio sobre todos esses aspectos da Contabilidade Pública traz informações indispensáveis para os gestores de cada entidade e entes da Federação. E, só há benefícios para o país e sua população quando esse assunto não é negligenciado, mas, sim, convergido de modo harmônico e inteligente. A Contabilidade Pública vem evoluindo nos últimos anos. Nesse contexto, está a importância de ser uma ciência capaz de apresentar os anseios da sociedade. Esses aspectos da Contabilidade Pública estão inseridos nessa evolução, pois estão fundamentados em dispositivos legais existentes, oriundos de tempos diferentes, mas que precisam estar devidamente demonstrados. Como exemplo, podemos citar o aspecto orçamentário, cujo foco está centrado na Lei 4.320/64, de 17 de março de 1964, que surgiu como instrumento para estatuir Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal e até hoje permanece vigente. Da mesma forma, o aspecto fiscal é muito representado pela Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, chamada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Por fim, o aspecto patrimonial em atender a própria Contabilidade Pública como Ciência, que já tinha no bojo da Lei 4.320/64 dispositivos que retratavam essa necessidade, como nos artigos 85, 94, 95, 96, 99, 100, 104, 105 mas não era dada a relevância merecida.
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