MANDADO DE SEGURANÇA

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MANDADO DE SEGURANÇA
Previsão constitucional – Art. 5°, LXIX e LXX.
Objetivos: é ação de resistência do indivíduo contra decisão de autoridade estatal ou assemelhado nos casos de ilegalidade ou abuso de poder. Objetiva coibir excessos cometidos pelo poder público quando há plena evidência sobre o direito do interessado (direito líquido e certo).
Legitimidade ativa – pode ser proposto por qualquer pessoa física ou jurídica (Art. 1°, Lei 12.016/2009). Admite-se a propositura inclusive para estrangeiro não residente no país.
O terceiro prejudicado pelo não exercício de direito líquido e certo alheio também pode propor mandado de segurança – Art. 3° - Lei 12.016/2009.
Legitimidade passiva – autoridade coatora (e não a pessoa jurídica). Não é obrigatória citação da pessoa jurídica de direito público. Representantes de pessoas jurídicas que exerçam atribuições do poder público. (Art. 1°, § 1°, Lei 12.016/2009).
Objeto – pode ser questionado através de mandado de segurança ato ou omissão de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público que viole de maneira ilegal direito líquido e certo.
Restrições ao objeto – não cabe mandado de segurança contra atos do Poder Judiciário.
Súmulas 267 e 268 do STF.
Só se admite mandado de segurança contra ato judicial se não houver outra forma de sanar a violação de direito, exigindo que a situação seja excepcional e o equívoco da decisão evidente.
Não se admite mandado de segurança contra lei em tese. Súmula 266 do STF.
Igualmente, não é cabível mandado de segurança quando se tratar de ato administrativo do qual caiba recurso com efeito suspensivo, independentemente de caução – Art. 5°, I, Lei n° 12.016/2009.
Atos de gestão comercial do setor público também não podem ser objeto de Mandado de Segurança – Art. 1°, § 2°, da Lei n° 12.016/2009.
Mandado de segurança contra ato disciplinar: a nova lei não repetiu a previsão constante na Lei 1.533/1951 (Art. 4°, III) de que o mandado de segurança contra ato disciplinar só seria cabível quando o ato fosse praticado por autoridade incompetente ou sem a observância de formalidade essencial. É possível, portanto, cogitar-se a utilização do instrumento para questionar ato disciplinar pratica em desconformidade com princípios constitucionais, especialmente, razoabilidade e proporcionalidade.
Parâmetro do Mandado de Segurança
O mandado de segurança só é cabível para a proteção de direito líquido e certo. A doutrina considera que um direito é líquido e certo quando sua existência e conteúdo podem ser demonstrados clara e imediatamente. Se existirem dúvidas que só possam ser resolvidas mediante processo probatório não cabe mandado de segurança. Há, porém, uma exceção: se o impetrante não puder comprovar a existência de seu direito, mas as provas se encontrarem em poder do impetrado e esse se recusar a apresentá-las, o juiz deve ordenar a exibição dos documentos, para possibilitar a demonstração dos fatos alegados (Art. 6°, § 1°, Lei 12.016/2009). O direito líquido e certo pode estar garantido tanto mediante norma constitucional quanto por lei infraconstitucional. 
Por fim, não se conhece mandado de segurança quando o direito violado é amparado por habeas corpus ou habeas data (Art. 5° LXIX).
Prazo – 120 dias. Art. 23 – Lei 12.016/2009. O prazo começa a contar do dia da ciência do ato impugnado (mandado de segurança repressivo). No caso de mandado de segurança preventivo não se aplica o prazo já que nesse caso ainda não existe ato.
Sentença e efeitos – pode atender tanto a pedido preventivo, com a finalidade de impedir que a ilegalidade ou abuso de poder sejam praticados, como repressivo, para desconstitui ou anular ato ilegal ou praticado com abuso de poder.