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Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista Presidente Prudente Sensoriamento Remoto Hiperespectral PPGCC 2014 O que veremos hoje? Conceitos: Comportamento espectral Assinatura espectral Quantidades: Fator de Reflectância (R) Reflectância (ρ) Equivalência entre R e ρ Casos de ρ e R Comportamento Espectral & Assinatura Espectral Comportamento Espectral de Alvos É o conjunto de medidas de radiância de um objeto, efetuadas sob condições conhecidas ou controladas, sendo que cada medida corresponde ao valor médio em diferentes comprimentos de onda (Slater, 1980). Esse comportamento é válido para os instantes da aquisição da informação! Comportamento Espectral de Alvos Comportamento Espectral O comportamento espectral depende da radiância do alvo, da radiância difusa da atmosfera, da estação do ano (ou seja, da irradiância) e da geometria de observação e medição; A radiância que é medida relaciona-se com: Propriedades físico-químicas e biológicas do objeto; Fatores exógenos (atmosfera radiativamente ativa); Aparência da imagem (detectores, filtros, lentes). atm E L L Fatores que influenciam no comportamento espectral do alvo Com relação ao alvo, a mudança de suas características físico-químicas acarreta em mudanças na sua radiância; Com relação aos fatores ambientais, os parâmetros atmosféricos são os principais interventores no comportamento espectral, por meio da radiância difusa da atmosfera; Fatores que influenciam no comportamento espectral do alvo Sensor próximo ao alvo pode-se desprezar o efeito da atmosfera Equivalente a obtenção da radiância espectral em experimentos de campo ou de laboratório. E L Com relação à geometria de aquisição de dados, objetos adjacentes podem interferir um no outro e influenciar o resultado final da mensuração; O método de aquisição dos dados também afeta a medição de radiância; Fatores que influenciam no comportamento espectral do alvo Fatores que influenciam no comportamento espectral do alvo Assinatura Espectral Assinatura Espectral É definida como uma feição ou conjunto de feições relacionadas a um conjunto de bandas estreitas e adjacentes e as reflectâncias obtidas em um determinado intervalo de comprimento de onda (Hunt, 1980); É a intensidade relativa com que cada alvo reflete a REM nos diversos comprimentos de onda; Nota: a assinatura espectral refere-se ao espectro de reflectância e não o de radiância! Assinatura Espectral Define as feições, intensidade e localização das bandas de absorção dos objetos Assinatura Espectral Intensidade relativa com que cada corpo reflete a radiação eletromagnética nos diversos comprimentos de onda Influências na assinatura espectral Além da natureza e composição do objeto terrestre: Irradiância solar espectral Comprimento de onda Ângulo de incidência Ângulo de observação L E Espectro de Reflectância O espectro de reflectância depende muito da resolução espectral do sensor que faz a sua medida. Se o sensor opera em bandas espectrais largas e pouco numerosas, ocorrerá generalização das medidas e perda de informação; Por outro lado, se o sensor operar em muitas bandas estreitas, o espectro de reflectância obtido em laboratório pode ser quase totalmente reproduzido pelo radiômetro orbital; Espectro de Reflectância Espectro de Reflectância A necessidade de medir a reflectância espectral das superfícies naturais ou artificiais podem ser justificadas, no mínimo, por três motivos: 1) A necessidade de ampliar o entendimento da relação entre a reflectância espectral e os mais variados tipos de superfícies; 2) Permite avaliar o potencial de sensoriamento remoto das diferentes bandas espectrais para um alvo específico; 3) Fundamental para avaliar a performance dos sistemas de sensoriamento remoto existente, por meio da sincronia das medidas feitas em campo com as medidas feitas pelo satélite na data da passagem pelo local de estudo. Radiância, reflectância e fator de reflectância Radiância O pré-requisito para análises quantitativas, com base física, de imagens de satélite aéreas e orbitais no domínio óptico é a sua calibração para radiância espectral [W m-2 sr-1 nm-1]. cosA L Jensen, 2011 Calibração a) Equipe realizando medidas da placa de referência com espectrorradiômetro. b) Alvos de calibração, escuro e claro (8 8 m). a. b. Jensen, 2011 Fieldspectra Band 1 Band 2 Band 3 One Bright Target 48 49 4847 5048 55 54 5754 5655 40 40 3940 4142 Radianceimage (e.g., Band 1) Band 1 Band 2 Band 3 One Dark Target 9 10 1110 1012 5 4 56 64 0 0 40 12 Wavelength, nm R a d ia n ce F ie ld sp e ct ra Fieldspectra gain radianceimage offset Paired Relationship: Band 1 Band 2 Band 3 Dark Target Dark Target Bright Target Bright Target Jensen, 2011 Remote measurement Fieldspectra= 55 Remote Measurement m = 49 m = 55 F = 59 m= 41 F = 48 Fieldspectra= 13 Remote Measurement m = 11 m = 5 F = 7 m = 3 F = 4 Y aX b Reflectância (ρ) e Fator de Reflectância (R) A razão entre a exitância radiante (M, Wm-2) e a irradiância (E, Wm-2) resulta na reflectância (ρ). A reflectância pode assumir valores entre 0 e 1. O fator de reflectância (R) é a razão entre o fluxo radiante refletido pelo alvo e o fluxo radiante refletido por uma superfície ideal e difusora (Lambertiana), nas mesmas condições de geometria e iluminação. Os valores podem ultrapassar 1, especialmente para superfícies com alta reflexão – como a neve (Painter e Dozier, 2004). Podemos simbolizar ρ e R Onde, Si e Sr descrevem a distribuição angular de toda radiância incidente e refletida observada pelo sensor, respectivamente; e λ o comprimento de onda. ( , , )i rS S ( , , )i rR S S Reflectância Fator de reflectância Os termos, Si e Sr descrevem apenas um conjunto de ângulos segundo os quais se propagam as radiações incidente e refletida e não sua distribuição de intensidade. Podemos simbolizar ρ e R Os termos, Si e Sr, podem ser mais bem detalhados quanto à notação angular para um melhor entendimento do problema do sensoriamento remoto: ( , , ; , , ; )i i i r r r ( , , ; , , ; )i i i r r rR Onde, as direções θ e ϕ são os ângulos zenital e azimutal, respectivamente - para a radiância incidente (i), e refletida (r) - e (ω) é o ângulo sólido. Geometria da Radiação Esquema simplificado da geometria da radiação. Onde θi e θr são os ângulos zenital incidente e refletido; e ϕi e ϕr são os ângulos azimutal incidente e refletido, respectivamente (Milton, 1987). Equivalência entre ρ e R Equivalência entre ρ e R , , a r L R L E L , , a r E R E , , a r R Sendo: Tem-se: Para um determinado instante: Para uma superfície Lambertiana ideal , 1r Então, ,aR Fator de reflectância: Quantidades conceituais e mensuráveis Podemos definir casos especiais de ρ e R, em termos de quantidades conceituais e mensuráveis. As quantidades conceituais da ρ incluem o pressuposto de que a razão entre o tamanho e a distância da fonte de iluminação (Sol ou lâmpada) e o sensor é zero. São, geralmente, rotulados como sendo direcionais! Em que condições essa razão tenderá a zero? Quantidades conceituais e mensuráveis Para medidas de radiância de superfície realizadas do espaço, aéreo, ou in situ, sob iluminação ambiente, o cone de radiância incidente é hemisférico (ω=2π [sr]). A irradiância, pode então, ser dividida em direta e difusa (espalhada pela atmosfera, terreno, e objetos vizinhos), resultando em uma iluminação anisotrópica e difusa. Ângulo Sólido Ângulo sólido (ω) pode ser entendido como um "setor" de uma esfera, definido pela razão entre o elemento deárea na superfície da esfera e o seu raio ao quadrado: 2 A r Ângulo sólido (ω) subentendido por um setor de área, dA, é dada por: 2 cosdA d r Ângulo sólido para um cone circular e hemisférico O ângulo sólido subentendido por um cone circular com a metade do ângulo Θ é encontrado por meio da integração sobre o cone (0<ϕ<2π em azimute; e 0<θ<Θ zenital) 2 0 0 sin 2 [1 cos ]d d Para o hemisfério (Θ=π /2), ω=2πsr. Então, em um hemisfério subtende-se um ângulo sólido de 2πsr. Ângulo sólido projetado para um cone circular e hemisférico Para encontrar o ângulo sólido projetado de um cone circular com metade do ângulo Θ, integramos sobre o cone (0<ϕ<2π em azimute; 0<θ<Θ zenital), enquanto cada elemento de área é projetado com a multiplicação por cosθ. 2 2 0 0 sin cos d d sen Para o hemisfério (Θ=π /2), ω=πsr. Então, em um hemisfério subtende-se um ângulo sólido projetado de πsr. Nota: como o ângulo sólido projetado de um hemisfério é π (e não 2π ), a irradiância de uma superfície Lambertiana é E = πL. Terminologia para Casos de Reflectância Serão apresentadas nove terminologias utilizadas para descrever casos de reflectância de acordo com a adaptação da terminologia para sensoriamento remoto por Martonchik et al. (2000), levando em consideração o trabalho de Nicodemus et al. (1977). Reflectância: definições Ao se descrever a reflectância direcional de uma superfície (Nicodemus et al. 1977) deve-se mencionar primeiro as características angulares da fonte de iluminação, seguido pelas características angulares da radiância refletida; Assim, quando se utiliza o termo reflectância hemisférico-direcional, está codificada a ideia de que a iluminação do objeto é hemisférica e a radiância é refletida em uma única direção. Terminologia para Casos de Reflectância Relação de terminologia de radiância incidente e refletida utilizada para descrever a quantidade reflectância. A legenda 'caso' corresponde a nomenclatura proposta por Nicodemus et al. (1977). As figuras destacadas em cinza (casos 5, 6, 8 e 9) correspondem as quantidades mensuráveis e os casos 1-4, e 7 correspondem a quantidades conceituais. Adaptado de Schaepman-Strub et al. (2006). Função de Distribuição de Reflectância Bidirecional (FDRB) A FDRB, representada por fr [sr -1], descreve o espalhamento de um feixe paralelo de luz incidente de uma direção no hemisfério para outra direção no hemisfério; A FDRB descreve a propriedade intrínseca da reflectância de uma superfície, facilitando a derivação de muitas outras quantidades relevantes, por meio da integração sobre um ângulo sólido finito. Onde, Ei é a irradiância (Wm -2) de uma direção de iluminação; Lr é a radiância refletida (Wm-2) em um ângulo sólido nos ângulos zenital θ e azimutal ϕ, respectivamente, para a radiância incidente (i) e refletida (r). 1( , ; , ; )( , ; , ; ) [ ] ( , ; ) r i i r r r i i r r i i i dL FDRB f sr dE Fator de Reflectância (FR) Casos: 1, 5, 6, 7 e 8 Fator de Reflectância (R) O fator de reflectância é a razão entre o fluxo radiante refletido por um alvo pelo fluxo radiante refletido por uma superfície ideal e difusa (Lambertiana), mas mesmas condições de iluminação e geometria. Seguindo as diferentes geometrias de fluxo radiante incidente e refletido podemos definir: Fator de reflectância bidirecional; Fator de reflectância hemisférico-direcional; Fator de reflectância bicônico; Fator de reflectância hemisférico-cônico. Fator de Reflectância Bidirecional (Caso 1) FRB O FRB é a razão entre o fluxo radiante refletido de uma área superficial, dA, pelo fluxo refletido de uma superfície ideal e difusa de mesma área, dA, sob mesmas condições de geometria e direção de iluminação. ( , ; , ) ( , ; , ) ( , ) r i i r r i i r r id r i i d FRB R d Nota: uma superfície Lambertiana ideal reflete a mesma radiação em todas as direções, e sua FDRB é 1/π . Assim, a FRB [adimensional] de qualquer superfície pode ser expressa como sua FDRB [sr-1] vezes π . ( , ; , )r i i r rFRB f Superfície Lambertiana- sem os ângulo de refelxão! Efeitos da reflectância bidirecional de grama centeio, vista em diferentes ângulos zenitais de observação no plano principal solar em aquisição de campo. Fator de Reflectância Hemisférico-Direcional (Caso 7) FRHD O conceito de FRHD é similar a definição apresentada para o FRB, mas inclui a irradiância de todo hemisfério superior. Isso torna a FRHD dependente das condições atmosféricas e da reflectância do terreno vizinho. Além do efeito espectral introduzido pela variação da razão entre a irradiância difusa e direta com o comprimento de onda; O FRHD é a medida mais básica realizada em campo, por levar em consideração a reflectância direcional de uma superfície. ( , , 2 ; , ) ( , , 2 ; , ) ( , , 2 ) r i i r r i i r r id r i i d FRHD R d Isso inclui os efeitos espectrais introduzidos pela variação da razão entre a irradiância direta e a difusa. Fator de Reflectância Bicônico (Caso 5) FRBC O fluxo incidente está contido em um cone estreito e o fluxo refletido é medido por meio de um sensor com um IFOV largo; O FRBC pode ser considerado uma quantidade mais geral, pois sua expressão contém todos os outros casos como um caso especial, ou seja, para ω=0, o que se obtém é o caso direcional; para ω=2π se obtém o caso hemisférico; ( , ; , ) ( , ) ( , , ; , , ; ) ( , ) r i r i i r r i i i i r i i i r r r r i i i i i f L d d RFBC R L d Fator de Reflectância Hemisférico-Cônico (Caso 8) Para sensores com IFOV largo as medidas são realizadas sob iluminação ambiente, e a suposição de intervalo zero do ângulo sólido para o feixe de radiância refletida não se mantém verdadeira. A quantidade resultante é conhecida como FRHC; No FRHC o fluxo incidente se origina em todo hemisfério (Sol + Céu), e o fluxo refletido é medido utilizando um sensor com IFOV finito. 2 2 ( , ; , ) ( , ) ( , , 2 ; , , ) ( , ) r r i i r r i i i i r i i r r r r i i i i f L d d FRHC R L d Esta é a quantidade mais comum em espectroscopia de campo. Fator de Reflectância Cônico-Hemisférico (Caso 6) FRCH O fluxo incidente é contido em um cone com IFOV estreito e o fluxo total é medido (hemisférico). O fluxo incidente é centrado no cone na direção (θ, ϕ). 2 1 ( ;2 ) ( , ; , )i i i r r r i i i FRCH R fr d d Fator de Reflectância: prós e contras Conveniente no campo; Metodologia padronizada; Curvas de reflectância espectral; A placa de referência necessita de calibração; A placa de referência de deteriora com o tempo; Fatores de reflectância não são propriedades inerentes do alvo; Reflectância Casos: 3 e 9 A RDH é a razão do fluxo radiante refletido por uma unidade de área superficial para dentro da visada hemisférica pelo fluxo radiante incidente direcional (FOV menor ou igual a 3º); quando a superfície é iluminada com um feixe de luz paralelo de uma direção única. ( , , 2 ) ( , , 2 ) ( , ) r i i i i i i i d RDH d Reflectância Direcional-Hemisférica (Caso 3) RDH Corresponde ao ‘black-sky albedo’ do MODIS! Reflectância Bi-Hemisférica (Caso 9) RBH A RBH é geralmente chamada de albedo, e corresponde à razão entre o fluxo radiante refletido por unidade de área em todo hemisfério pelo fluxo radiante incidente da extensão hemisférico- angular (Sol + Céu). ( , , 2 ;2 ) ( , , 2 ;2 ) ( , , 2 ) r i i i i i i i d RBH d Albedo is defined as the ratio of reflected solar shortwave radiation from a surface to that incidentupon it (Strugnell and Lucht, 2001). Corresponde ao ‘blue-sky albedo’ do MODIS! Quantidades Mensuráveis e Produtos Derivados Quantidades Mensuráveis e Produtos Derivados Sob o ponto de vista estritamente físico, a medida mais comum realizada via satélite, aeronave e instrumentos de campo, corresponde a configuração hemisférico-cônico (Caso 8) – i.e. MERIS/ENVISAT, FieldSpec; Quantidades Mensuráveis e Produtos Derivados Alguns autores chamam a atenção para o fato de que, em geral instrumentos orbitais com resolução espacial de aproximadamente 1 km, tem um IFOV de aproximadamente 0,1º (exemplo: MISR, MODIS, AVHRR). Se o fator de reflectância hemisférico-direcional (FRHD) é constante para todo o IFOV do instrumento, então o fator de reflectância hemisférico-cônico (FRHC) é numericamente igual ao FRHD. Quantidades Mensuráveis e Produtos Derivados Assumindo essa afirmação, os produtos de reflectância desses instrumentos são frequentemente referidos como FRHD e FRB ao invés de FRHC e fator de reflectância direcional-cônico (FRDC, Caso 2), sem as devidas correções quanto ao ângulo cônico observado. Quantidades Mensuráveis e Produtos Derivados Uma configuração típica de laboratório corresponde ao Caso 5, ou seja, um fator de reflectância bicônico (FRBC), onde uma fonte de luz ilumina um alvo que é medida utilizando um espectrorradiômetro não imageador (Painter et al. 2003). Para fontes perfeitamente colimadas, as medidas se aproximam de uma quantidade direcional-cônica (Caso 2). Uso da Terminologia sobre Reflectância Quanto a terminologia empregada atualmente para a quantidade reflectância, dois usos merecem maior atenção: o uso ambíguo e o uso equivocado; Devido a não compreensão dos preceitos levantados por Nicodemus et al. (1977), vários autores têm confundido as quantidades físicas; isso é mais comum quando detalhes importantes como data de aquisição do dado e a correção atmosférica não são anotados ou realizados. Uso da Terminologia sobre Reflectância A maior parte das medidas realizadas em campo por meio de espectrorradiômetros e reportadas na literatura devem ser adequadamente descritas como fator de reflectância hemisférico-cônico (FRHC, Caso 8), entretanto, são frequentemente referidas como sendo fatores de reflectância hemisférico- direcional (FRHD, Caso 7). Uso da Terminologia sobre Reflectância Sob o ponto de vista físico, todos os espectrorradiômetros de campo possuem um campo de visada finito e consequentemente sempre medirão o fator de reflectância hemisférico-cônico (FRHC, Caso 8). Uso da Terminologia sobre Reflectância Isso é verdadeiro mesmo que a irradiância tenha sido medida utilizando uma placa de referência (exemplo: Spectralon) ou um receptor de correção cosseno. Em ambos casos, a irradiância é integrada sobre o hemisfério incidente e nenhuma informação é preservada na distribuição angular da irradiância. Leituras Obrigatórias Paper nº 2 – já foi enviado Leituras Obrigatórias Paper nº 3 Próxima aula: Princípios de Espectroscopia de Campo
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