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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
JÚLIO DE MESQUITA FILHO 
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação- FAAC 
Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo- DAUP 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO DA EFNOB 
KM0/BAURU 
 
 
 
 
 
 
 
Bolsista: Ana Luiza de Caires Schiavinato 
Orientador: Prof. Dr. Samir Hernandes Tenório Gomes 
Período: Agosto de 2012 à Julho de 2013 
 
 
Bauru, Julho 2013 
 
 
 
 
ii 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
JÚLIO DE MESQUITA FILHO 
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação- FAAC 
Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo- DAUP 
 
 
 
 
INFORMATIZAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO DA EFNOB 
KM0/BAURU 
 
 
 
Relatório Final de pesquisa apresentado à 
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de 
São Paulo. FAPESP 
Processo n°: 2012/08626-3 
 
 
Bolsista: Ana Luiza de Caires Schiavinato 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Samir Hernandes 
Tenório Gomes 
 
 
 
 
 
Bauru, Julho 2013 
iii 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO ......................................................................................................................... 1 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2 
2. O CONTEXTO DA PESQUISA: A ESTRADA DE FERRO NOROESTE DO 
BRASIL ........................................................................................................................... 4 
4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ....................................................................... 8 
4.1 Etapas Realizadas ...................................................................................................... 11 
4.1.1 Fase 1: Pesquisa bibliográfica com a temática: A cartografia e o patrimônio 
cultural..............................................................................................................................12 
4.1.2 Fase 2: Reconhecimento e identificação das fontes cartográficas do patrimônio 
industrial da EFNOB na cidade de Bauru/SP ................................................................... 18 
4.1.3 Fase 3: Organização do Catálogo ....................................................................... 25 
4.1.4 Fase 4: Digitalização Cartográfica do Patrimônio Industrial da EFNOB na 
Cidade de Bauru/SP .......................................................................................................... 29 
4.1.5 Fase 5: Armazenamento e Gerenciamento das Imagens Digitais do Patrimônio 
Industrial da EFNOB ........................................................................................................ 30 
4.1.6 Fase 6: Desenvolvimento e Gerenciamento do Sistema Web do Acervo 
Cartográfico ...................................................................................................................... 43 
 
5. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 53 
6. DIFICULDADES E PROBLEMAS ENCONTRADOS .................................... 54 
7. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 55 
ANEXO 1 - FICHA MODELO – CARTOGRÁFICO .............................................. 58 
 
 
 
 
1 
 
RESUMO 
Este relatório é final e tem como função apresentar o conteúdo de atividades 
desenvolvidas pela aluna Ana Luiza de Caires Schiavinato, referente ao projeto de 
informatização do acervo cartográfico da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (EFNOB), 
processo Nº 2012/08626-3, realizada no período de agosto de 2012 à janeiro de 2013. 
O trabalho faz parte do projeto intitulado “EFNOB Bauru Centro de Memória e 
Informação Virtual”, que por sua vez, faz parte do projeto maior “EFNOB/Bauru, Km0”, 
Edital FAPESP/CONDEPHAAT Nº 9/2011, processo Nº 11/51014-6 e Processo 
CONDEPHAAT Nº 12/50041-2. 
O projeto consiste em facilitar o acesso e conhecimento de dados cartográficos 
concernentes ao patrimônio industrial ferroviário da EFNOB da cidade de Bauru/SP, com 
posterior inserção dessas informações em banco de dados on-line. 
Com a disponibilização on-line dos dados, informações e imagens cartográficas obtidas, 
em formato digital, haverá efetiva contribuição para valorização do patrimônio industrial 
ferroviário da EFNOB, assim como a preservação dos documentos constituintes do acervo, 
para melhor e maior utilização do arquivo e também contribuirá para futuras pesquisas da 
temática, assim como, banco de dados do Arquivo Público do Estado de São Paulo, Secretaria 
da Cultura de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
No Brasil, o estudo e a preservação do patrimônio ferroviário industrial têm alcançado 
nos últimos anos crescente importância, principalmente, na discussão de muitas iniciativas 
que tem englobado a reabilitação e a revalorização de antigos vestígios deste patrimônio 
(linhas de trens, estações, depósitos, rotundas, oficinas e tantos outros). Nesse contexto, a 
importância atribuída ao patrimônio ferroviário industrial tem dado origem, de maneira 
recente, a muitas reflexões concretizadas em seminários, encontros, reuniões técnicas e 
pesquisas, cujos resultados são aplicados na divulgação das atividades concernentes a este 
patrimônio, bem como na definição de formas de permanência dessa herança cultural. 
 
Figura 01 – Imagem da Rotunda e linhas férreas pertencentes, a época, a EFNOB, no município 
de Bauru/SP 
FONTE: Acervo do Museu Ferroviário de Bauru, sem data 
Nesse contexto, as ações concretas para a preservação da memória desse conjunto 
patrimonial industrial e ferroviário localizado na cidade de Bauru não têm conduzido a uma 
atitude positiva relacionada ao tratamento cartográfico desse acervo, de modo a atender um 
amplo leque de consultas e confecção de instrumentos de pesquisa. Os exemplos recentes de 
propostas de preservação neste patrimônio industrial ferroviário têm carecido de ferramentas 
3 
 
 
conscientes de critérios de intervenção desses bens culturais. Na maioria das vezes, as 
propostas preservacionistas destes bens patrimoniais e culturais não têm levado em conta o 
potencial estratégico dos serviços informacionais disponíveis, permitindo que ações básicas 
de criação, ampliação e disseminação de informações na área operem sistemas de informações 
restritos ou ineficazes. 
O resgate, a recuperação, a organização de fontes documentais e inventários na área de 
bens patrimoniais da ferrovia a fim de organizar o conhecimento produzido, sob impulso das 
tecnologias da informação e comunicação apontam como o melhor caminho para melhorar a 
qualidade de acesso e gerar imediatismo no atendimento das demandas informacionais. 
Questões metodológicas como essas poderiam sistematizar informações, tornando-as 
pertinentes, relacionando-as até constituírem um conjunto por meio do qual a memória 
coletiva passa a ser valorizada, tornando-se patrimônio cultural. Ou seja, essas ações, como 
última instância, velariam pela conservação dos fundos materiais e documentais de valor 
histórico e artístico relacionados ao patrimônio industrial e ferroviário. 
Neste sentido, a pesquisa teve como objetivo a coleta, tratamento, seleção, organização e 
disseminação do acervo cartográfico do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB da 
cidade de Bauru/SP. Com amparo das novas tecnologias de acesso foi elaborada uma base de 
dados on-line, onde os resultados obtidos, quando da conclusão deste trabalho, foram 
inseridos e ganharam acesso remoto. Essa base tem como proposta à inserção no futuro 
Centro de Memória Informação Virtual em processo de instalação na cidade de Bauru, onde 
facilitará a busca em uma rede de dados dos acervos cartográficos, documentais e registros 
fotográficos relacionados a este patrimônio. Fornecer informações eficazes, confiáveis e de 
fácil acesso ao público geral e mais ainda à pesquisadores daárea de patrimônio ferroviário 
industrial é outro foco do trabalho. Pretende-se assim divulgar e transferir os conhecimentos 
adquiridos nesta pesquisa que certamente irão suprir necessidades e demanda de informação 
na temática. 
Outra pesquisa análoga e simultânea a esta, é desenvolvida pela bolsista Nayara Taliberti 
Lôvo (processo Nº 2012/06847-2) que analisa o acervo documental (relatórios, diários 
oficiais, jornais, boletins de pessoal, revistas, etc) da EFNOB existente no Museu Ferroviário 
de Bauru/SP. As duas pesquisas estão atreladas e vinculadas ao projeto maior intitulado 
“Estrada de Ferro Noroeste do Brasbil/Bauru, Km0” trabalho aprovado junto ao convênio 
FAPESP/CONDEPHAAT (processo 11/51014-6) e liberado pelo Prof. Dr. Nilson 
4 
 
 
Ghirardello. Conta ainda com a participação do Prof. Dr. Eduardo Romero de Oliveira, 
docente do Departamento de Turismo da UNESP, campus de Rosana e um especialista em 
Patrimônio Industrial, Prof. Dr. Julián Sobrino Simal, docente do Departamento de História, 
Teoria y Composición Arquitectónica, de la Escuela Técnica Superior de Arquitetura, da 
Universidade de Sevilha, Espanha (através de convênio efetivado pela UNESP, com a 
Universidade de Sevilha – Espanha). 
 
2. O CONTEXTO DA PESQUISA: A ESTRADA DE FERRO 
NOROESTE DO BRASIL 
 Sob o desígnio de baratear os custos e agilizar os transportes, houve um grande 
desenvolvimento industrial na Europa no século XIX, o que proporcionou surgimento de 
novas tecnologias, cuja principal foi inventada por Stephenson em 1825, a locomotiva. Esta, 
aliada ao principal produto da revolução industrial, o ferro, foram associados nessa mesma 
época pelo veloz desenvolvimento que teve a malha ferroviária européia, principalmente na 
Inglaterra e na França. Na segunda metade do século é que esse desenvolvimento corre nos 
Estados Unidos, onde os trens levavam as tropas até os frontes de batalha durante a Guerra 
Civil Americana. 
 A busca por linhas férreas no Brasil ocorreu durante o império, quando houve aumento 
das exportações de café e havia necessidade de mais e melhores canais de escoamento da 
produção cafeeira. Em 1834, o regente Feijó autoriza a construção de estradas de ferro, 
porém, somente em 1854 o Barão de Mauá idealiza, implanta e custeia a primeira estrada de 
ferro brasileira. 
 Durante a Guerra do Paraguai (1864-1870) foi notória a precariedade dos meios de 
transporte entre a capital do Império e as províncias do interior, quando uma viagem do Mato 
Grosso ao Rio de Janeiro (capital brasileira da época) devia passar pelo rio Paraguai, rio Prata 
até chegar ao oceano Atlântico, o que demorava cerca de três meses. A necessidade de ligação 
entre o Mato Grosso e o resto do país ficou evidente após o fim da guerra. Com isso vários 
planos de interligação foram propostos, dentre os principais: Plano Bicalho (1881) e Plano 
Bulhões (1882). O primeiro propunha uma ligação férrea de norte a sul e uma mistura de 
transporte fluvial e ferroviário; o segundo propunha quatro grandes eixos principais dos quais 
5 
 
 
o primeiro ligava o Rio de Janeiro ao Mato Grosso. Em 1890, na recém proclamada república, 
o Plano da Comissão foi proposto por uma comissão de engenheiro e técnicos. 
 Com traçado iniciado em Bauru e como destino a cidade de Cuiabá foi criada, em 18 
de outubro de 1904, a Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil, C.E.F.N.O.B., 
formada por recursos brasileiros e franco-belgas. O local inicial foi escolhido devido à 
chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana e a possível chegada dos trilhos da 
Companhia Paulista de Trens, que acabou acontecendo. 
 Normalmente, as ferrovias passavam por grandes áreas produtoras de café, mas a 
Noroeste não foi direcionada para uma área economicamente desenvolvida e ativa, sendo a 
região a ser atravessada era praticamente inabitada e sem grandes atrativos. Portanto, em 
função disso, no ano de 1908 o governo federal modifica o traçado da ferrovia por meio de 
decreto, tendo agora como ponto final a cidade de Corumbá, e a ferrovia passaria a ter dois 
trechos, Bauru-Itapura e Itapura-Corumbá. A construção da ferrovia em Bauru iniciou-se em 
novembro de 1905, quando a cidade era uma minúscula vila e contava apenas com 600 
habitantes. 
 As condições de trabalho eram subumanas. Por conta do isolamento geográfico e de 
falta de infra-estrutura, os empregados eram obrigados a comprar alimentos nos armazéns da 
Companhia, onde se endividavam. Doenças como leishmaniose, malária e febre amarela eram 
comuns e contraídas rapidamente entre os operários, visto que as condições sanitárias, de 
alimentação e de trabalho eram precárias. 
 Para a construção da ferrovia havia a necessidade de abrir caminho no meio do mato, 
literalmente. Com isso, foi somado ao problema de doenças, ataques de índios caingangues, 
os quais eram legítimos senhores da terra. Unindo o interesse de latifundiários de se apossar 
dessas terras próximas à linha de trem aos da Companhia, foram contratados grupos de 
homens armados para acompanhar as obras da ferrovia e exterminar os índios. Destruição dos 
trilhos, queima de postes telegráficos, e até execução de funcionários da estrada de ferro eram 
maneiras com que os indígenas revidavam. 
 Com a precariedade da ferrovia, em todos os setores, o Governo Federal teve que 
praticamente reconstruí-la. Na década de 1920, trechos inteiros foram refeitos, raios de curva 
ampliados, dormentes substituídos e estações erguidas em alvenaria, do contrário das poucas e 
péssimas que por vezes eram de madeira. A divisa entre os estados de São Paulo e Mato 
6 
 
 
Grosso do Sul, o rio Paraná, que antes era feita penosa e demoradamente por ferry boats, em 
1926, já era feita por uma ponte de ferro, considerada até hoje a maior do tipo no Brasil. 
Apesar disso, foi sobre o rio Paraguai que foi erguida uma ponte de dois quilômetros de 
extensão e com estrutura de concreto armado, sendo então mais arrojada, inaugurada em 
1947, representando um enorme salto na engenharia civil do país. 
 A EFNOB é encampada pela Rede Ferroviária Federal SA em 1957 e se transforma 
em RFFSA. Por volta de 1990, a RFFSA é privatizada e a partir daí tanto a ferrovia quanto o 
restante da rede ferroviária do país começa a declinar, visto a concorrência dos automóveis, 
péssimas administrações e falta de interesse governamental. Atualmente, a América Latina 
logística, ALL, gerencia o transporte de cargas na linha. Extensas áreas estão encravadas na 
região central da cidade, permitindo ao longo dos anos, profundos desajustes nas dinâmicas e 
conformações do tecido urbano. Portanto, a preservação das estruturas físicas da antiga 
EFNOB, transcende o simples relevo local, para atingirem o interesse da memória nacional e 
das próprias relações estratégicas com nossos parceiros hispano-americanos, numa quase 
antevisão do Mercosul. 
 
 
Figura 02 – Imagem do Prédio da Estação Central da NOB no município de Bauru/SP 
FONTE: Acervo do Museu Ferroviário de Bauru, sem data 
 
 É de fundamental importância para a cidade de Bauru e para o estado de São Paulo a 
preservação e salvaguarda do complexo arquitetônico pertencente à antiga sede da EFNOB 
7 
 
 
localizado em Bauru, pois é um dos maiores e melhores exemplares de edifícios ferroviários 
existentes no Brasil, retirando-o então do atual estado de abandono em que se encontra. 
Fazem parte do complexo da EFNOB edificações construídas em diferentes períodos e de 
peculiares características, conforme seu uso e data de construção, sendo eles: os antigos 
escritórios, erguidos a partir de 1905; as grandes oficinas construídas no início dos anos 1920; 
a estação central edificada entre 1934 3 1939; e a vila, erguida a partir de 1905, cujas casas 
pertenceram às várias hierarquias funcionais da ferrovia, desde o superintendente, passando 
pelos engenheiros e operários. Todo esse complexo de construções está sobestudo de 
tombamento pelo CONDEPHAAT, e já foram parcialmente tombadas pelo órgão de 
preservação local, o CODEPAC. 
 
3. OBJETIVOS DA PESQUISA 
 O projeto consiste na informatização dos documentos cartográficos (mapas e plantas 
arquitetônicas) do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB na cidade de Bauru, 
propiciando migração desses documentos para uma base de dados on-line de acesso em 
formato digital. O interesse da pesquisa está na disponibilização dos arquivos dos documentos 
cartográficos em formato digital, com possibilidade de acesso pela internet contribuindo, 
desta forma, para uma valorização efetiva do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB, 
preservação dos documentos que constituem o acervo, e para uma melhor utilização do 
arquivo ao introduzir as facilidades de acesso, de consulta e de manipulação permitidas pelas 
tecnologias digitais. 
Os objetivos específicos são: 
 Criar formas de indexação, acesso, consulta, disponibilização e recuperação de 
documentos cartográficos do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB por 
meio de um sistema web; 
 Indexar a coleção cartográfica do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB 
junto ao futuro Centro de Memória e Informação Virtual do Patrimônio 
Industrial Ferroviário, proposta a ser criada pelo projeto "Estrada de Ferro 
Noroeste do Brasil/Bauru, km 0" (convênio Fapesp/Condephaat); 
8 
 
 
 Fornecer de forma rápida, confiável e eficaz ao público-alvo, informação 
atualizada da coleção de mapas e plantas do patrimônio industrial ferroviário da 
EFNOB; 
 Recuperar fontes cartográficas informacionais que sinalizem a história do 
patrimônio industrial ferroviário da EFNOB; 
 Contribuir para a preservação do acervo cartográfico do patrimônio industrial 
ferroviário da EFNOB da cidade de Bauru, reduzindo o manuseio e o acesso 
físico ao material original, criando uma cópia de segurança do material primário; 
 Contribuir na definição de políticas públicas à área de atuação da 
SEC/Condephaat e de interesse do Estado de São Paulo, para a salvaguarda do 
patrimônio material e imaterial da EFNOB/Bauru e do patrimônio cultural do 
Estado de São Paulo; 
 
Os objetivos procuraram responder às seguintes questões: O trabalho com fontes 
cartográficas, a partir de suportes e tecnologias digitais com a finalidade de recolher, 
organizar e disponibilizar informação pode construir um modelo coerente na área de 
preservação e memória do patrimônio industrial ferroviário? O acesso, a consulta e a 
manipulação dos documentos cartográficos produzidos e disponibilizados no acervo digital 
podem contribuir na definição de políticas públicas para a salvaguarda do patrimônio material 
e imaterial da EFNOB e do patrimônio cultural do Estado de São Paulo? O acervo digital 
cartográfico do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB na cidade de Bauru/SP pode ser 
uma ferramenta estratégica no trabalho de inventariar, identificar, documentar (histórica, 
metrológica, sistema construtivo, acabamentos e estado de conservação dos materiais), 
localizar e analisar os prédios da EFNOB? 
 
4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
 Para a execução dos objetivos propostos, a pesquisa determinou um cronograma de 
ações divididos da seguinte forma: 
9 
 
 
FASE 1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA COM A TEMÁTICA: A CARTOGRAFIA E O 
PATRIMÔNIO CULTURAL 
 A cartografia, processo tecnológico e os reflexos sociais. A cartografia e a ciência da 
informação. A cartografia e as fontes documentais. 
 Indexadores. A análise do conteúdo da imagem para seleção de indexadores. 
 Documentação patrimonial cartografia de bens culturais. 
 Elementos históricos do patrimônio arquitetônico pertencente à EFNOB/Bauru. 
FASE 2 – RECONHECIMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES CARTOGRÁFICAS 
DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA EFNOB NA CIDADE DE BAURU/SP. 
 A importância da localização de fontes primárias cartográficas: caminhos, formas e 
características. 
 Reconhecimento e identificação básica do acervo cartográfico da EFNOB/Bauru. 
Definição tipológica cartográfica: ano, autoria, procedência, fundo ao qual pertence, 
descrição, numeração, etc. 
 Montagem das fichas de identificação. Montagem de um Banco de Dados Digital para 
busca, recuperação e gerenciamento das informações cartográficas pré-catalogadas. 
FASE 3 – ORGANIZAÇÃO DO CATÁLOGO 
 O papel dos catálogos cartográficos 
 Organização do catálogo cartográfico do patrimônio arquitetônico pertencente à 
EFNOB/Bauru: histórico da constituição do acervo, metodologia de organização, tipo 
de material oferecido, etc. 
FASE 4 – DIGITALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA 
EFNOB NA CIDADE DE BAURU/SP. 
 O uso da tecnologia digital no contexto das unidades informacionais 
 Recursos digitais para armazenar, preservar e dar acesso aos conteúdos informacionais 
10 
 
 
cartográficos 
 Digitalização dos documentos cartográficos da EFNOB/Bauru 
 Captura digital (máquina fotográfica) executada pelo trabalho de campo da pesquisa. 
FASE 5 – ARMAZENAMENTO E GERENCIAMENTO DAS IMAGENS DIGITAIS DO 
PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA EFNOB 
 Estruturação do armazenamento e gerenciamento dos objetos digitais do banco de 
dados cartográficos. Definição de diretrizes na preservação do acervo e criação de 
cópias de segurança. 
 Escolha de equipamentos e servidores (softwares e hardware) e plano de manutenção 
do sistema de banco de dados. 
 Criação de cópias de segurança em dispositivos externos de armazenamento tais 
como: cd-rom, dvd, fita dat, fita dlt. 
 
FASE 6 – DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DO SISTEMA WEB DO 
ACERVO CARTOGRÁFICO 
 Criação de um sistema web para a migração, indexação, consulta e acesso on-line do 
acervo cartográfico 
 Reunião do acervo digital de mapas e plantas, otimizando sua organização, 
gerenciamento, manutenção e compartilhamento por meio de um sistema web. 
FASE 7 – DISPONIBILIZAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO NO FUTURO 
CENTRO DE MEMÓRIA E INFORMAÇÃO VIRTUAL DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL 
FERROVIÁRIO DE BAURU 
 Criação de repositório digital com alimentação e busca de rede on-line na home page 
do futuro Centro de Memória e Informação Virtual do Patrimônio Industrial 
Ferroviário de Bauru 
FASE 8 - RESULTADOS E CONCLUSÕES RELATÓRIO FAPESP 
11 
 
 
 
4.1 Etapas Realizadas 
 As atividades realizadas ocorreram de acordo com o cronograma proposto entre o 
período de agosto/2012 a janeiro/2013. Como este projeto de iniciação científica está 
vinculado ao projeto “Estrada de ferro Noroeste do Brasil/Bauru, Km0”, fez-se uso dos 
equipamentos adquiridos em conjunto com o mesmo, sendo os mesmos indispensáveis para 
execução do propósito. Destacando-se a máquina fotográfica digital, que foi utilizada para 
capturar imagens não somente do espaço físico onde se encontra o acervo cartográfico da 
NOB, mas também do próprio material a ser indexado e execução das etapas. Assim como o 
scanner e o notebook, onde aquele é utilizado para gerar arquivos digitais dos mapas e plantas 
arquitetônicas, pois estes tem dimensões variadas, sendo que a maioria é maior que uma folha 
A3; e este, que é necessário para que as informações obtidas até o momento sejam passadas 
para o acervo digital. 
 Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul 
 
Elaboração do 
projeto 
 
 
 
ETAPA 1 
 
 
 
ETAPA 2 
 
 
 
ETAPA 3 
 
 
 
ETAPA 4 
 
 
 
ETAPA 5 
 
 
 
ETAPA 6 
 
 
 
ETAPA 7 
 
 
 
ETAPA 8 
 
12 
 
 
 
 
4.1.1 Fase 1: Pesquisa bibliográfica com a temática: A cartografia e o patrimônio 
cultural 
Na primeira fase foi feita a pesquisa bibliográfica para a abordagem teórica que 
subsidiou a coleta das informações e sua análise. Os principais pontos analisados são descritos 
a seguir: 
 As novas tecnologias da informação e os acervos cartográficos: O desenvolvimento 
cada vez maisrápido das novas tecnologias da informação tem favorecido com 
soluções que se adéquam às diversas necessidades cotidianas. Nos centros de 
documentação e informação que trabalham com o patrimônio histórico no Brasil, por 
exemplo, no que diz respeito ao armazenamento, disponibilização, recuperação e 
acesso de informações até então disponíveis apenas em suportes físicos, especialmente 
em papel, a atuação da tecnologia, com ênfase para a informatização, tem promovido 
resultados evidentes para a preservação e acesso às informações, com destaque para 
aquelas que se encontram em meio físico, e que se fragilizam tanto pela ação do 
tempo, quanto por agentes externos e internos. Especificamente na área dos acervos 
cartográficos de mapas e plantas da ferrovia, o resgate, a recuperação, a organização 
de fontes documentais e inventários, a fim de organizar o conhecimento produzido, 
sob impulso das tecnologias da informação e comunicação apontam como o melhor 
caminho para melhorar a qualidade de acesso e gerar imediatismo no atendimento das 
demandas informacionais. Questões metodológicas como essas poderiam sistematizar 
informações, tornando-as pertinentes os conteúdos cartográficos, relacionando-as até 
constituírem um conjunto por meio do qual a memória coletiva passaria a ser 
valorizada, tornando-se patrimônio cultural. Ou seja, essas ações, como última 
instância, velariam pela conservação dos fundos materiais e documentais cartográficos 
de valor histórico e artístico relacionados ao patrimônio industrial ferroviário. Como 
exemplo de novas formas de acesso aos documentos cartográficos, as tecnologias de 
informação e comunicação despontaram como as grandes produtoras de alternativas 
na área da imagem e dos recursos digitais. A informatização inaugurou de maneira 
avassaladora, novos signos e colocou em ação a possibilidade de uma nova atuação 
dos sistemas informações no contexto do patrimônio cultural. Redes de 
13 
 
 
telecomunicação, combinadas com recursos de telemática e de multimídia, voltaram-
se para o oferecimento de um novo conceito de comunicação no contexto da 
preservação do patrimônio cultural. Todos esses fatores e desafios referendaram em 
novas alternativas no processo de disseminação e reprodução das coleções de mapas e 
plantas, abrindo um panorama de potencialidades e aplicações, como por exemplo, 
acesso a acervos de unidades de informação e distantes bases de dados cartográficos, 
buscas de dados e informações às fontes imagéticas, serviços online de pesquisa de 
imagens, acesso a centros bibliográficos e centros locais cooperativos de informação. 
Além disso, os repositórios digitais possibilitaram, de um modo eficaz, a 
disponibilização da informação através de uma organização alfabética, temática ou 
geográfica, essencial nos serviços de documentação cartográfica. 
 A importância dos acervos cartográficos: Durante um longo período, os acervos 
cartográficos não foram considerados peças importantes nos planos de salvaguarda, 
porque eram considerados meramente copias e, assim, não recebiam a atenção devida 
ou o cuidado como os desenhos originais. Entretanto, aos poucos começa a 
esboçarem-se algumas modificações no sentido de se criarem novas condições de 
trabalho aos profissionais que lidam com esse suporte informacional. Neste contexto, 
os profissionais que militam em centros de memória e bibliotecas ou ainda os próprios 
organismos informacionais, tem produzido elos fundamentais na criação de sinergias 
em prol da valorização dos recursos cartográficos. No que se refere ao tema da 
conservação e restauração de mapas e plantas arquitetônicas, encontra-se o trabalho de 
Rivas e Barbachano (1987), que trata das técnicas de reprodução, tipos de suportes e 
dos fatores de degradação. Este trabalho foi publicado como um estudo pertencente à 
UNESCO, dentro do Programa de Gestão de Documentos e Arquivos conhecido como 
RAMP, da Divisão do Programa Geral de Informação. O objetivo do Programa era 
responder melhor as necessidades dos estados membros, em especial os países em 
desenvolvimento, e para ser um orientador de politicas e normativas de procedimentos 
para gestão de documentos e arquivos; 
 Tratamento dos acervos cartográficos: Com relação à importância no tratamento dos 
acervos cartográficos, Carvalho (2011) destaca algumas instituições vinculadas à 
memória do patrimonio cultural e que vêm trabalhando nos últimos anos na 
conservação e disseminação de informações cartográficas, como, por exemplo: (a) 
14 
 
 
Documentação arquitetônica do acervo da Biblioteca Avery da Universidade de 
Columbia, que passou por um processo de identificação, acondicionamento e 
microfilmagem; (b) O Centro de Documentação de Arquitetura Latino-Americana – 
CEDODAL tem entre seus objetivos principais a definição de mecanismos de 
valorização pública da documentação arquitetônica e o resgate de arquivos de plantas; 
(c) No XVII Congresso Brasileiro de Arquitetos, em 2003 foi organizada a mesa 
“Preservação e Acesso de Acervos de Arquitetura e Urbanismo”, onde traçou 
diretrizes de documentação de plantas arquitetônicas e contando com a colaboração do 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Núcleo de Pesquisa 
e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (FAU/UFRJ); (d) Em 2004 foi promovido o I Congresso 
Internacional de Archivos de Arquitectura da Universidad de Alcala, sendo 
apresentada uma pesquisa sobre as condições dos acervos dos arquitetos modernos 
brasileiros, na qual relata a ausência de uma politica de guarda e conservação de 
acervos cartográficos arquivos e sem apoio de recursos técnicos e financeiros dirigidos 
a proteção desse patrimônio arquivístico; (e) No ano de 2006 foi criada a Câmara 
Setorial sobre Arquivos de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo do Conselho 
Nacional de Arquivos/CONARQ. Seus objetivos foram realizar estudos, propor 
diretrizes e normas no que se refere a organização, a guarda, a preservação, a 
destinação e ao acesso de documentos integrantes de arquivos de arquitetura, 
patrimônio histórico engenharia e urbanismo; (f) Em 2008, em Belo Horizonte, foi 
organizado o Seminário Latino Americano Arquitetura e Documentação e um dos 
pontos discutidos foi a retomada da consulta a fontes primarias (documentação 
cartográfica), ocasionando uma revisão nas versões tradicionais da historiografia 
dominante. Na ocasião, foi lançada a Rede Latino-Americana de Arquivos de 
Arquitetura e Urbanismo – RELAQ. 
 O acervo cartográfico e os bens do patrimônio ferroviários: Os documentos 
cartográficos de mapas e plantas arquitetônicas têm sido apontados como importantes 
instrumentos destinados ao acesso informacional e disponibilização na área dos bens 
patrimoniais ferroviários. Muitas vezes essas plantas são as únicas fontes documentais 
de projetos que não foram executados, seja por questões politicas, econômicas ou 
sociais. Na verdade são registros de projetos originais de construções que foram 
posteriormente derrubadas ou alteradas. Importante ressaltar que esses registros 
15 
 
 
servem de subsidio para intervenções adequadas na restauração de edificações, 
tombadas ou não pelo patrimônio histórico, sendo fontes primarias históricas de 
informação (CARVALHO, 2011). No contexto das ferrovias paulistas, a produção da 
documentação cartográfica desempenhou papel fundamental não só no registro dos 
levantamentos técnicos realizados ao longo da linha do trem, como por exemplo, 
perfis topográficos, implantações, edificações e obras de arte, mas também a 
confecção de plantas de máquinas, locomotivas, vagões e equipamentos em geral. 
Com o advento da ferrovia, um número notável de engenheiros, técnicos e mestres-de-
obras inaugurou, com efeito, a necessidade de desenvolver um trabalho sistemático de 
conhecimento e representação do território, não só por questõesde estratégia 
ferroviária, mas, também, pelo interesse em avaliar as necessidades de intervenção.O 
trabalho chave de documentação cartográfica dos principais elementos construtivos 
pertencentes à ferrovia ficou, obviamente, destinado aos profissionais engenheiros, 
desenvolvendo atividades de acordo com as necessidades ditadas pelo respectivo 
enquadramento institucional. Hoje, algumas dessas construções podem ser 
classificadas entre as principais do país em suas categorias, seja devido a sua 
dimensão, seja em termos de linguagem e tecnologias avançadas para sua época, tanto 
no estado de São Paulo quanto no Brasil. Neste sentido, significativos conjuntos de 
material cartográfico concentram valiosos registros desse conjunto patrimonial 
ferroviário brasileiro. Como exemplo de edificação com especial importância no 
patrimônio ferroviário, destaca-se a estação central, um novo edifício público, local de 
confluência de diversos extratos sociais e núcleo gerador das principais atividades 
sociais, econômicas, culturais e urbanas das cidades paulistas. Por outro lado, outras 
importantes edificações ferroviárias são registradas, entre elas destacando-se as 
rotundas, as oficinas, as vilas de operários, e demais instalações. Esses registros foram 
fundamentais para a construção da memória cartográfica tecnológica e arquitetônica 
da cultura industrial ferroviária paulista, permitindo que hoje, tais coleções ganhassem 
status de documento e fonte de pesquisa para recuperar o passado. No contexto dos 
sistemas de preservação do patrimônio ferroviário, os documentos cartográficos 
desempenham papel fundamental nos mecanismos de levantamento e acesso às 
informações de objetos/documentos, estabelecendo importantes vínculos entre o 
indivíduo e o acervo preservado. Decoficando e interpretando os fragmentos de fatos 
do presente e do passado, as informações de cunho cartográfico podem transformar ou 
servir à construção do conhecimento e da pesquisa. Com isso, pode-se afirmar que em 
16 
 
 
se tratando de preservação e memória do patrimônio ferroviário, os documentos 
cartográficos/ferroviários funcionam como instrumentos carregados de conteúdos 
informacionais que podem operar importantes contribuições no âmbito da comunidade 
em geral, além de promover o intercâmbio de experiências, informações e 
conhecimentos entre pessoas e instituições. Entretanto, Carvalho (2011) descreve que 
a utilização de documentos cartográficos como fontes de pesquisa e conhecimento 
cultural é uma constatação recente. A mudança se deu, principalmente, quando o 
conceito de ‘documento’ passa a desempenhar uma nova dinâmica de atuação, 
incorporando à imagem a possibilidade de constituir-se como um resíduo do passado, 
capaz de atestar situações de vivência. Quanto à manipulação dada aos documentos 
cartográficos, as imagens recebem tratamento distinto se comparado aos acervos 
textuais. Todo o trabalho de leitura dos acervos mapas e plantas passam por um 
processo de transcodificação do código icônico até chegar ao código verbal, onde são 
organizados e reestruturados a fim de que eles possam estar disponíveis aos usuários. 
De forma geral, um longo trajeto é percorrido até que a informação cartográfica 
chegue à unidade de informação como arquivos, bibliotecas, centros de memória ou 
museus, começando com a formação do acervo e finalizando no estabelecimento de 
acessos para a pesquisa; 
 O problema do acesso dos documentos cartográficos: O acesso aos documentos 
cartográficos baseados em instituições de preservação do patrimônio ferroviário 
paulista ainda se encontram acanhados e carentes de uma política de gestão 
informacional que permitam, efetivamente, o acesso, a consulta e a manipulação dos 
bens preservados. Não é demais afirmar que, as principais unidades de 
informação/documentação paulistas que têm trabalhado com o tema lutam com 
enormes dificuldades, sobretudo com relação à falta de pessoal qualificado, 
instalações físicas inadequadas e descaso dos organismos governamentais. Além 
disso, problemas estruturais na área têm sido enfrentados em termos de falta recursos 
materiais e financeiros e planos ineficazes para disseminação da informação da 
preservação do patrimônio industrial e ferroviário. Entretanto, as propostas 
preservacionistas do conjunto patrimonial industrial ferroviário localizado na cidade 
de Bauru não têm levado em conta o potencial estratégico dos serviços informacionais 
disponíveis, permitindo que ações básicas de criação, ampliação e disseminação de 
informações na área operem sistemas de informações restritos ou ineficazes. Desta 
17 
 
 
forma, embora sejam concentrados esforços no sentido de preservar esses suportes 
cartográficos, a medida geralmente adotada tem sido o afastamento dos documentos 
do público, para que não sejam acentuados os desgastes. Dessa postura adotada pelos 
centros de informação como bibliotecas, museus, centros de pesquisa e tantos outros 
surgem um impasse: como disponibilizar informações cartográficas contidas em 
documentos históricos para os usuários sem comprometer sua integridade e 
preservação, atendendo um amplo leque de consultas e confecção de instrumentos de 
pesquisa? Nesse contexto, as ações concretas para a preservação do acervo 
cartográfico patrimonial industrial e ferroviário de Bauru não têm conduzido a uma 
atitude positiva relacionada ao tratamento documental desse acervo, de modo a 
atender um amplo leque de consultas e confecção de instrumentos de pesquisa. Mais 
que isso, as restrições nos acessos às informações cartográficas, juntamente com 
outros desajustes na organização desta informação documental tem resultado no 
desconhecimento da memória tecnológica e arquitetônica da cultura industrial 
ferroviária paulista. Neste caminho, o objetivo desta pesquisa é informatizar os 
documentos cartográficos (mapas e plantas arquitetônicas) do patrimônio industrial 
ferroviário da EFNOB na cidade de Bauru, com vistas a uma posterior migração 
desses documentos para uma base de dados on-line possibilitando o acesso em 
formato digital. No âmbito desta pesquisa, importante mencionar que, o acesso aos 
documentos cartográficos do conjunto patrimonial industrial ferroviário localizado na 
cidade de Bauru ainda se encontra acanhado e carente de uma política de gestão 
informacional que permita, efetivamente, o acesso, consulta e manipulação dos bens 
preservados. Não é demais afirmar que, o Museu Ferroviário Regional e a 
Inventariante da Extinta Rede Ferroviária Federal têm trabalhado com enormes 
dificuldades, sobretudo com relação à falta de pessoal qualificado na área de 
bibliotecas e museus e preservação da memória, carecendo de ações concretas 
relacionadas ao tratamento documental do acervo cartográfico e confecção de 
instrumentos de pesquisa. Na maioria das vezes, as propostas preservacionistas destes 
bens cartográficos não têm levado em conta o potencial estratégico dos serviços 
informacionais de base de dados disponíveis, permitindo que ações básicas de criação, 
ampliação e disseminação de informações na área operem sistemas de informações 
restritos ou ineficazes. 
 
18 
 
 
4.1.2 Fase 2: Reconhecimento e identificação das fontes cartográficas do patrimônio 
industrial da EFNOB na cidade de Bauru/SP 
 É importante deixar claro que, o Museu Ferroviário de Bauru têm sob sua guarda não 
só um conjunto documental cartográfico relacionado à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, 
mas também inúmeras outras peças cartográficas vinculadas à cidade de Bauru, elementos 
paisagísticos e arquitetônicos, entre outros. Este fato se deu, principalmente, porque o 
trabalho principal do museu, direcionado à responsabilidade pelo recolhimento da 
documentação do transporte ferroviário e por sua conservação, bem como pelo acesso a esse 
patrimônio histórico, nunca teve seu papel definido. Apesar da importância preservacionista ehistórica destes conjuntos documentais, o acervo tem refletido esse caráter heterogêneo e 
diversificado. 
 Portanto, vale mais uma vez destacar que um dos objetivos deste projeto foi 
diagnosticar a situação do acervo cartográfico do Museu Ferroviário de Bauru, com o intuito 
de separar, organizar e tratar os documentos que são vinculados diretamente ao patrimônio 
ferroviário da Noroeste na cidade de Bauru. E com a importância deste acervo, considerado 
não apenas patrimônio histórico da cidade, mas também no contexto Brasileiro, ficou mais 
evidente a necessidade de se ter um tratamento adequado para com os seus documentos 
cartográficos, uma vez que estes eram utilizados não somente pelos profissionais que 
trabalham na instituição, mas também por historiadores, pesquisadores, bem como a 
população em geral. 
 Nesta fase foi feito o reconhecimento da área de acervo do Museu Ferroviário, 
especificadamente onde estavam e as condições do material que seria analisado, dentre eles 
plantas das estações e demais edificações pertencentes à EFNOB, mapas da região com o 
traçado e projeto da estrada de ferro, plantas com especificações de componentes de vagões e 
locomotivas, etc. Foi reconhecida a maioria dos documentos do acervo definido para esta 
pesquisa. 
Como foi abordado anteriormente, Bauru possui grande importância no âmbito da 
temática a respeito do patrimônio industrial ferroviário para o Estado de São Paulo e para o 
país, visto que possui uma extensa e complexa rede de edifícios relacionados à linha férrea, a 
qual foi de extrema relevância para a ligação do interior do país ao litoral, e também porque 
19 
 
 
foram produzidos muitos documentos sobre essa mesma temática, os quais guardam uma 
parte da história vivenciada pela nação naquele momento. 
Antes do início das atividades do projeto de Iniciação Científica, entre os dias 4 e 8 do 
mês de julho de 2011, houve um primeiro contato com o acervo da EFNOB localizado no 
Museu Ferroviário. Nesta época foram dados os passos iniciais para uma interligação com 
pesquisadores da FATEC de Jundiaí, UNESP campus de Rosana e a UNESP campus Bauru. 
Naquela semana foi feito um treinamento que serviu de base para o norteamento dos 
instrumentos de pesquisa dos acervos cartográfico, documental e fotográfico e para troca de 
informações a respeito do patrimônio industrial férreo. O interesse pelo vasto acervo 
relacionado à Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, cujo marco inicial é na cidade 
de Bauru, e o avançado estágio da pesquisa e do banco de dados digital utilizados para 
levantamento do patrimônio industrial ferroviário da cidade de Jundiaí, foram as justificativas 
dos pesquisadores terem vindo para ajudar a direcionar os trabalhos de manipulação do 
material a ser examinado, assim como as devidas técnicas de higienização, manuseio, 
organização das fichas catalográficas, classificação do acervo e tratamento da informação. 
A docente do CEETEPS/FATEC Jundiaí, Professora Dra. Lívia Maria Louzada 
Brandão, juntamente com as discentes Rachel Scrivani e Samira Lopes Ferreira, que 
orientaram os discentes da UNESP/Bauru, Nayara Taliberti Lôvo, Airton Fernandes de Barros 
Junior, Julian Monteiro Seifert e Ligia Moreira Rodrigues e o Prof. Dr. Samir Hernandes 
Tenório Gomes, na execução das atividades descritas acima. À época desse treinamento, a 
autora deste ainda não fazia parte do grupo de pesquisa, porém recebeu posteriores indicações 
das maneiras que deveria proceder com os documentos para que se desempenha-se suas 
funções na sua área de projeto. 
As pesquisadoras da FATEC/Jundiaí estão envolvidas num projeto denominado 
“Memória Ferroviária”, cujo objetivo é levantar dados acerca do patrimônio industrial 
ferroviário do estado de São Paulo. Em vista da semelhança dos objetivos do grupo da 
FATEC e do grupo de Bauru, os resultados obtidos a partir da presente pesquisa irá integrar a 
base do banco de dados digital desse mesmo projeto. 
 Durante a pesquisa que ocorreu entre os meses de outubro a dezembro a catalogação e 
indexação dos mapas e plantas foram feitas somente por esta pesquisadora, com amparo, em 
momentos de dúvidas e dificuldades, e coordenação do professor orientador. Foi necessária a 
20 
 
 
elaboração de metodologia própria para, além de manter a organização dos documentos no 
acervo do museu, sistematizar a catalogação e análise dos mesmos para fim da realização 
deste projeto. 
 Todo o acervo está localizado em duas salas, em um dos prédios do Museu Ferroviário 
de Bauru. As condições de armazenagem de todos os documentos não são das melhores, 
muito menos a indicada, porém não é precária, cumpre seu papel de proteger os arquivos de 
intempéries que poderiam prejudicar ainda mais o atual estado de conservação deles. 
 O armazenamento da parte cartográfica é bem diverso, existem documentos 
acondicionados em caixas de papelão e que estão em cima de estantes e em cima de armário 
tipo arquivo, caixas no chão e, a parte mais apropriada, armazenada em uma mapoteca. Este 
móvel foi recuperado dentre os antigos móveis dos escritórios da EFNOB e atualmente é o 
que dispõe de melhores condições de armazenamento. Os documentos nele contido ora estão 
enrolados, ora estão planos; as condições de cada um deles são das mais diversas. 
Descrevendo cada um dos acondicionadores: 
 Caixa pequena em cima de armário tipo arquivo: aproximadamente 15 mapas 
enrolados; 
 Caixa média em cima de armário tipo arquivo: não foi possível contar, pois a 
mesma está localizada em um armário alto e o local não possuía escada para 
que se pudesse subir e contabilizar a quantidade de documentos; 
 Caixa grande em cima de estante de madeira: aproximadamente 50 mapas 
enrolados; 
 Caixas no chão: 15 rolos grandes e aproximadamente 70 rolos pequenos 
 Mapoteca: foram contabilizados os mapas a partir das gavetas ao nível que 
puderam ser abertas, visto que o móvel é de grandes dimensões (1m x 1m x 
1,90m) 
 Gaveta nº7: 14 rolos pequenos; 
 Gaveta nº8: 16 rolos pequenos; 
 Gaveta nº9: 16 rolos pequenos; 
21 
 
 
 Gaveta nº10: 16 rolos pequenos; 
 Gaveta nº11: nenhum item; 
 Gaveta nº12: nenhum item; 
 Gaveta nº13: aproximadamente 20 folhas soltas; 
 Gaveta nº14: 3 rolos pequenos e 2 imagens avulsas; 
 Gaveta nº15: 1 rolo comprido; 
 Gaveta nº16: 2 folhas grandes dobradas; 
 Gaveta nº17: nenhum item; 
 Gaveta nº18: nenhum item; 
 Gaveta nº19: nenhum item; 
 Gaveta nº20: nenhum item. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 03 – Imagem das caixas pequena e média 
estocadas em cima de armários tipo arquivo 
FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
F
Figura 04 – Imagem caixa grande estocada em cima das estantes de madeira 
FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012 
 
 
Figura 05 – Imagem da sala onde caixas com material cartográfico (à esquerda) estão no chão e a 
mapoteca (à direita) 
FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 06 – Imagem de caixas armazenando material cartográficas dispostas diretamente no chão 
FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 07 – Imagem de caixas 
armazenando material cartográfico 
disposto diretamente no chão 
FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 08 – Imagem de da mapoteca, móvel em madeira com 20 gavetas numeradas com etiquetas 
de metal 
FONTE: Tirada pelo autor, dezembro 2012 
 
 
 Como a quantidade de documentos é grande e há necessidade de tomar vários 
cuidados ao analisar um por um, tais como a meticulosidade ao manusear os mapas, visto que 
a maioria está em estado crítico, com pedaços faltando, contendo manchas e até contaminados 
por fungos, houve um prolongamento nas ETAPAS2 e 3. Uma única folha de mapa ou planta 
demanda muito tempo somente para abri-la, tomando cuidado para não estragar a folha, rasga-
la ou amassa-la; a etapa seguinte é analisar documento por documento, preenchimento a ficha 
catalográfica e após, fazer a imagem digital de cada uma utilizando-se a máquina fotográfica 
ou o scanner. Este prolongamento das atividades não altera o cronograma proposto das fases 
seguintes, a alteração se dá na carga horário dispensada a estas fases, a qual será aumentada, 
porém sem prejudicar o andamento das próximas etapas. 
 
25 
 
 
4.1.3 Fase 3: Organização do Catálogo 
Na terceira etapa foi organizado um catálogo a partir das fichas de identificação de 
cada um dos documentos cartográficos. Este catálogo geral forneceu informações sobre o 
acervo (histórico da constituição do acervo, metodologia de organização, tipo de material 
oferecido, etc.) e sobre cada um de seus conjuntos cartográficos. 
No conjunto documental cartográfico do Museu Ferroviário de Bauru não é utilizado 
nenhum sistema de classificação, tampouco existe um catálogo com informações sobre os 
mapas e plantas. Elas estão dispostas sem seguir qualquer critério recomendados na literatura 
da área para a guarda dos documentos; entretanto, algumas plantas estão ordenadas por data: 
cada diretório é identificado pela data e pelo título da ocasião. 
Apesar de não ser utilizado nenhum método para o tratamento dos documentos 
cartográficos e não haver um controle mais atento do ambiente do acervo ou uma orientação 
definida de manuseio, os dirigentes do Museu Ferroviário de Bauru (atuais responsáveis pela 
guarda dos documentos da EFNOB) demonstram preocupação e interesse em manter os 
documentos de maneira mais adequada. Infelizmente, nem todas as instituições têm esse tipo 
de preocupação, ainda que possuam os recursos necessários para uma preservação adequada 
de seus acervos. Apesar de julgarem importante a preservação da coleção, o museu afirmou 
não possuir condições financeiras para arcar com um investimento visando uma melhor 
preservação dos documentos. O acervo cartográfico, apesar de reconhecidamente importante 
para a memória da EFNOB, não está entre suas prioridades. O interesse de preservar a história 
de uma linhagem torna-se secundário perante as necessidades atuais. 
A proposta desta pesquisa, como apresentado anteriormente, que teve como objetivo 
principal criar um acervo digital cartográfico do patrimônio industrial ferroviário da EFNOB 
na cidade de Bauru/SP, visando preservar e criar condições de implantação de um banco de 
imagens deste acervo. 
Este projeto de pesquisa contou com uma parceria institucional importante nas tarefas 
de catalogação. A parceria é fruto do trabalho desenvolvido junto ao Projeto Memória 
Ferroviária na cidade de Jundiaí, coordenado pelo Prof. Dr. Eduardo Romero de Oliveira, 
docente do Departamento de Turismo da UNESP, Campus de Rosana e membro do GA 
(Grupo de Arquitetura): Teoria e Projeto, no levantamento das fontes documentais referentes 
26 
 
 
às empresas ferroviárias paulista e o inventário e mapeamento do patrimônio industrial em 
determinados conjuntos ferroviários pelo estado, além da implantação de bases de dados 
eletrônicas sobre as fontes levantadas. As experiências adquiridas ao longo do ano de 2011, 
em termos metodológicos, envolvendo o levantamento documental pela equipe de 
pesquisadores com uso de instrumentos de catalogação, com auxílio do CEDEM e Arquivo do 
Estado, trouxeram contribuições significativas, principalmente, na confecção das fichas 
catalográficas. 
 Nesse contexto, a pesquisa utilizou como sistema de organização, catalogação e 
recuperação da informação o AACR2 (Anglo American Cataloging Rules – 2nd edition). A 
fixação deste sistema, além de seguir parâmetros nacionais e internacionais de catalogação, 
identificação e descrição dos objetos cartográficos disponíveis no acervo, visou também 
estabelecer um processo claro e eficiente na organização e recuperação das informações do 
projeto. 
 Como afirma Ribeiro (2004), o AACR2 define elementos importantes na descrição 
das atividades de catalogação: 
Recurso Bibliográfico é uma expressão ou manifestação de uma obra 
ou de um item formando a base para a descrição. Item passa a ser o 
termo usado em todas as regras, em substituição aos termos 
específicos que identificam cada tipo de material ou suporte da 
informação. Assim, é definido como um documento, ou grupo de 
documentos, sob qualquer forma física, editado, distribuído, ou tratado 
como uma entidade autônoma, constituindo a base de uma única 
descrição, como por exemplo um livro, um mapa, um disco etc. A 
descrição consiste na individualização do item-base da catalogação, 
tornando-o único entre os demais de um acervo. 
(RIBEIRO, 2004, p. 1-5). 
Outra preocupação neste projeto de pesquisa foi formar uma interface importante entre 
a informação documental cartográfica e o usuário especializado, fornecendo de forma rápida, 
confiável e eficaz ao público-alvo, as centenas de documentos no arquivo. Neste caso, um 
elemento importante e necessário para a recuperação destes documentos foram os 
instrumentos de pesquisa, elaborados através do processo de descrição. 
27 
 
 
Para Bellotto (2004, p.179), a “descrição é a única maneira de possibilitar que os 
dados contidos nas séries e/ou unidades documentais cheguem até os pesquisadores”. Com 
essa afirmação é possível reconhecer o valor e a necessidade da atividade descritiva, pois, 
somente por meio desse processo que usuários poderão direcionar suas atividades de pesquisa 
e seus focos de interesse. 
Schellenberg (2002) argumenta que os tipos de descrição seguem caminhos bem 
definidos de atuação, sendo descritos quanto a seu conteúdo substantivo e quanto a sua 
apresentação física e cada uma dessas descrições se divide em relação à organização, 
atividades, assuntos, unidades de arquivamento e assim por diante, mantendo o caráter técnico 
e objetivo da descrição, mostrando ser uma atividade que envolve a dedicação do arquivista 
principalmente quanto ao arranjo, pois este estando incorreto irá resultar numa descrição 
também incorreta. 
Neste projeto de pesquisa, que objetiva trabalhar documentos cartográficos no 
contexto das novas tecnologias, estipulando à interligação em redes com centros de pesquisa, 
acervos e instituições, propõem-se a definição de políticas de descrição documental pautadas 
em dois elementos básicos: uniformização na elaboração de instrumentos de pesquisa e 
padronização de procedimentos descritivos no acervo estudado. 
A pesquisa utilizou a norma ISAD(G)
1
 com o objetivo de estabelecer um padrão de 
descrição arquivística. Com isso as atividades foram pautadas na facilitação do trabalho dos 
arquivistas aliada as melhores condições de descrição do acervo e todas as facilidades para 
que o pesquisador tenha o documento necessário em mãos. 
Os documentos cartográficos deste projeto, segundo a ISAD(G), seguiram os padrões 
de descritores arquivísticos visando: 
a) assegurar a criação de descrições consistentes, apropriadas e auto-explicativas; 
b) facilitar a recuperação e a troca de informação sobre documentos arquivísticos; 
c) possibilitar o compartilhamento de dados de autoridade; 
 
1
 A ISAD(G) (Norma Internacional Geral de Descrição Arquivística) é o resultado dos esforços coletivos para padronizar 
terminologias e procedimentos de tratamento dos documentos de arquivo. O tratamento descritivo uniforme para os 
documentos se aproxima da biblioteconomia no sentido de procurar uma padronização do processo de descrição, o que 
também envolve regras e termos específicos. 
 
28 
 
 
d) tornar possível a integração de descrições de diferentes arquivos num sistema 
unificado de informação. 
 
Para inventariar o acervo cartográfico, presente no Museu Ferroviário (R: 1ºde 
Agosto, S/N, Qd. 1, Centro, Bauru/SP), lançou-se mão de uma ficha indexadora contendo 
informações básicas à essenciais a respeito do estado de conservações, condição de 
preservação e localização física dentro do museu. Todo o material cartográfico foi analisado 
através de leitura da legenda, memoriais descritivos, escalas, além da interpretação dos 
desenhos de representação. Dentre todas as informações possíveis inseridas na ficha, o item 
Descritores Gerais é o que teve maior relevância, pois sintetizou todo o conteúdo anunciado, 
podendo ser compreendido também como palavras-chave. Os itens preenchidos na ficha 
facilitaram, agilizaram e dinamizaram o processo de leitura, identificação, caracterização e 
classificação de cada mapa e/ou planta arquitetônica. 
Com a intenção de facilitar a busca de informações pelos usuários, foi elaborada uma 
ficha catalográfica (ANEXO) que foi preenchida e faz referência aos documentos 
cartográficos levantados no Museu Ferroviário. Foi montado um catálogo que possui uma 
introdução com orientações para melhor e mais proveitoso uso do mesmo, sendo que este 
contém todas as fichas de identificação. Foram visualizadas e parcialmente preenchidas, visto 
que muitas formavam grupos, cerca de 470 documentos cartográficos. 
A criação da ficha de indexação dos documentos segue como base a ficha cartográfica 
utilizada pelo grupo de pesquisadores do Projeto Memória Ferroviária da FATEC/Jundiaí, 
possuindo o mesmo formato, além de serem sucintas. Como os dados obtidos no acervo da 
EFNOB/Bauru serão compartilhados também pelo banco de dados digital deles há 
necessidade de que os dados possuam os mesmos itens descritivos. 
A ficha possui vários itens a serem preenchidos, dentre os quais: 
 PRODUTOR CARTOGRÁFICO: nome; histórico (produtor); histórico 
arquivístico; qualificação do acervo e datas limites; 
 LOCAL DE GUARDA: nome; estado de organização; endereço e informações 
gerais; 
29 
 
 
 ACERVO – ITENS LÓGICOS: gênero/tipo; cartográfico (plantas/ desenhos 
técnicos/ planta cadastral/ mapa/ croqui/ outros); título; localidade; data limite 
e descritores gerais; 
 ITENS FÍSICOS: suporte (papel/ cartonado/ vegetal/ telado/ ozalid/ 
heliográfico/ outros); estado de organização; acondicionamento; escala; 
dimensão; estado de conservação (excelente/ bom/ satisfatório/ parcialmente 
satisfatório/ ruim); descrição; quantidade; localização interna (biblioteca/ 
museu/ área externa) e identificação interna; 
 COLETA/DIGITAÇÃO: nome do(s) coletor (es); data da coleta; código de 
cadastro; obs./digitador e revisado por. 
 
Houve ainda uma viagem no final do mês de agosto de 2012 com destino à 
FATEC/Jundiaí, onde se buscou fortalecer o vínculo entre as pesquisas e efetivar o 
intercâmbio de informações entre ambos os grupos sobre o assunto patrimônio ferroviário. 
Nesta viagem houve treinamento para melhor utilização do sistema digital onde seriam 
inseridas as informações obtidas pelas fichas catalográficas. 
 
4.1.4 Fase 4: Digitalização Cartográfica do Patrimônio Industrial da EFNOB na 
Cidade de Bauru/SP 
Esta fase tratou-se da digitalização dos documentos de maior relevância no tema de 
patrimônio industrial ferroviário e salvaguarda, mais ainda aqueles que dizem respeito ao 
complexo edificado da EFNOB em Bauru, obtidos na pesquisa realizada na FASE 2. Teve 
início no mês de janeiro de 2013 e foi finalizado em junho de 2013. 
Foi criado um arquivo digital da ficha cartográfica no programa de software Microsoft 
Office Word que pudesse ser preenchida, assim, todas as fichas preenchidas manualmente na 
FASE 2 foram digitalizadas, obtendo-se assim, cópias de segurança das mesmas. Nesta etapa 
foi feita uma triagem das fichas consideradas de maior relevância e das quais seriam feitas 
imagens digitais do documento cartográfico a que ela fazia referência. 
30 
 
 
Os equipamentos adquiridos com verba oriunda da FAPESP (scanner A3, scanner A4, 
multifuncional e máquina fotográfica digital) e que seriam utilizados para captura de imagem 
digital estavam alocados no Laboratório do Grupo de Arquitetura (G.A.), dentro do campus 
da UNESP/Bauru. Este laboratório foi montado para uso de todos os pesquisadores que fazem 
parte do projeto “EFNOB/Bauru, Km0”, Edital FAPESP/CONDEPHAAT Nº 9/2011, 
processo Nº 11/51014-6 e Processo CONDEPHAAT Nº 12/50041-2. Porém houve um 
empecilho na questão da logística para a captura das imagens digitais dos documentos 
cartográficos. Como os equipamentos encontravam-se em local diferente do acervo 
pesquisado, havia a necessidade de deslocamento de um dos dois (equipamentos ou 
documentos) para que a etapa fosse realizada. Contudo, como os documentos são de grande 
dimensão, só poderiam ser utilizados ou o scanner A3 ou a Máquina Fotográfica Digital para 
captura das imagens e, como averiguado posteriormente, é proibida a retirada dos documentos 
cartográficos (considerando-os em estado frágil e a possibilidade de contaminação) do museu 
onde se encontram armazenados, o que exclui a possibilidade de uso do primeiro equipamento 
– pois, como definido pelo grupo, ele não seria retirado do Laboratório do G.A. por questão 
de segurança – restando a Máquina Fotográfica Digital para captura de imagem digital. 
Também em vista da dificuldade do manuseio das pranchas de mapas e plantas 
arquitetônicas que possuem dimensões maiores que uma folha A4, e para obter melhor 
qualidade de imagens, teve-se que tirar várias fotos de um mesmo documento, existindo a 
imprescindibilidade de tratamento da imagem digital, tanto para junção das imagens para 
formar uma só tanto para melhorar a própria qualidade da foto, para posterior inserção da 
mesma no acervo digital. 
 
4.1.5 Fase 5: Armazenamento e Gerenciamento das Imagens Digitais do Patrimônio 
Industrial da EFNOB 
Nesta etapa houve a inserção dos elementos referentes aos documentos obtidos nesta 
pesquisa na base de dados idealizada, criada e utilizada pelo grupo parceiro “Memória 
Ferroviária” da FATEC/Jundiaí. Este banco de dados, seu processamento e gerenciamento 
foram desenvolvidos pela equipe de Tecnologia e Cultura da faculdade citada, formada pelos 
docentes Prof. MS. Carlos Eduardo Schuster (pesquisador responsável pela criação e 
desenvolvimento do sistema de informação) e Profª Drª Lívia Maria Louzada Brandão 
(coordenadora do subgrupo Tecnologia e Cultura e responsável pela equipe discente em seu 
31 
 
 
processo de construção) e 12 discentes do curso de Tecnologia da Informação, os quais foram 
divididos em duas frentes de trabalho. A primeira equipe foi responsável pela higienização, 
preenchimento de fichas arquivísticas e imagens digitais do material documental encontrado 
na Biblioteca do Museu da Cia. Paulista. A segunda equipe trabalhava na sala do projeto – 
Laboratório de Tecnologia da Informação, montada com recursos oriundos da FAPESP – 
desenvolvendo o módulo base composto da criação da base de dados e desenvolvimento dos 
submódulos “Cadastro” (desenvolvimento do sistema para a inserção dos dados coletados na 
base de dados criados) e “Pesquisa” (composto pelo desenvolvimento dos códigos 
responsáveis pela busca dos dados armazenados). 
Tal sistema metodológico de trabalho foi utilizado pelos pesquisadores envolvidos em 
levantamentos documentais realizados em outros acervos, tais como Arquivo do Estado, em 
São Paulo, Museu da Sorocabana, em Sorocaba e, por esta pesquisa, no Museu Ferroviário 
Regional de Bauru. 
É importante salientar que o Sistema Memória Ferroviária foi composto por diversos 
módulos desenvolvidos de acordo com cada fase do projeto. Em fase inicial, com 
desenvolvimento parcial, ficou a cargo da equipe de alunos de TI o desenvolvimento de uma 
base para que módulos posteriores pudessem ser criados. Este foi denominado Módulo Base. 
Este Módulo I foi avaliado em março de 2011 com o desenvolvimento de um software de 
base de dados. Duranteo ano foi dado continuidade com o prosseguimento do Módulo II 
relativo ao desenvolvimento de interface de consulta para o pesquisador. Trata-se de buscar 
melhorias nos módulos construídos na primeira fase e construção de critérios de pesquisa que 
permitissem melhor visualização e maior agilidade nas informações do conteúdo inserido no 
banco de dados. Os professores Prof. Ms. Claudio Luís Vieira Oliveira e Prof. Ms. Carlos 
Eduardo Schuster, orientadores da área de TI, foram os coordenadores desta etapa juntamente 
com a Profª Drª Lívia Maria Louzada Brandão, que orientou as equipes de trabalho. 
Com registro de domínio para o portal do Projeto Memória Ferroviária o Sistema foi 
disponibilizado na rede de internet em julho de 2011. Neste “site” 
(http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br/memoriaferroviaria/) também foram incluídos 
no portal informações sobre o projeto, projetos associados, divulgação nos diversos meios de 
comunicação, a equipe, links, formulário para contato e acesso aos sistemas de cadastro e 
consulta ao acervo nas diversas instituições que os guardam. 
http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br/memoriaferroviaria/
32 
 
 
Figura 09 – Imagem da página inicial do site do Projeto Memória Ferroviária 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
Integrando a equipe de docentes responsáveis pelo projeto, a Profª Adani Cusin 
Sacilotti, ficou responsável por melhorias e implementações dos sites da companhia paulista e 
do site do projeto. O desenvolvimento do Módulo III começou no segundo semestre de 2011 
com a Interface da Consulta para o Pesquisador (ICP), onde houve também instalação das 
rotinas para acesso público, reformulação dos itens do menu de acesso e controle de acesso 
dos usuários. 
Por fim, um dos objetivos desta pesquisa – “Informatização do Acervo Cartográfico da 
EFNOB km0/Bauru” - era a alimentação do banco de dados do Sistema Memória Ferroviária 
da FATEC/Jundiaí com dados sobre o acervo cartográfico situado no Museu Ferroviário 
Regional de Bauru. 
Foi durante a viagem para Jundiaí/SP, em agosto de 2012, como dito na Fase 3 deste 
relatório, que houve troca de importantes informações entre os pesquisadores dos projetos 
“Memória Ferroviária” e “EFNOB Bauru Centro de Memória e Informação Virtual”, 
especificadamente esta pesquisadora, o orientador, Prof. Dr. Samir Hernandes Tenório Gomes 
e Nayara Taliberti Lôvo, discente bolsista pesquisadora do projeto semelhante a este 
33 
 
 
intitulado “Construção da Base de Dados Documental do Patrimônio Industrial Ferroviário da 
EFNOB/BAURU” (processo Nº 2012/06847-2). Foi nesta viagem que o Prof. Ms. Carlos 
Eduardo Schuster definiu e autorizou acesso dos três pesquisadores citados acima ao Sistema 
Memória Ferroviária, demonstrando também o processo para alimentação do mesmo. 
A seguir será elucidado como deve ser agregada uma nova ficha cadastral do tipo 
cartográfica. Os passos foram organizados em ordem alfabética para facilitar sua 
compreensão. 
A. A partir da página inicial do endereço online 
http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br/memoriaferroviaria/ é preciso 
acessar a área de cadastro de acervo. Para tanto, clica-se no link CADASTRO. 
Figura 10 – Imagem da página inicial do site do Projeto Memória Ferroviária – link CADASTRO 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 
 
 
http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br/memoriaferroviaria/
34 
 
 
B. Há o direcionamento para a página SISTEMA DE CADASTRO DE 
ACERVO, onde deve-se clicar em EFETUAR LOGIN. 
 
Figura 11 – Imagem da página SISTEMA DE CADASTRO DE ACERVO – EFETUAR LOGIN 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
C. Insere-se o LOGIN e SENHA > OK 
 
Figura 12 – Imagem da página EFETUAR LOGIN 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
35 
 
 
D. Como o cadastro que será feito é de acervo os passos seguintes são: LOCAL 
DE GUARDA: Museu Ferroviário de Bauru > PRÓXIMA. 
 
Figura 13 – Imagem da página LOCAL DE GUARDA 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
E. Caso o LOCAL DE GUARDA do pesquisador não for um dos existentes, 
deverá ser criado um novo item para esta categoria. Na aba CADASTRAR 
clicar em LOCAL DE GUARDA. Na nova janela o item imprescindível de ser 
preenchido é NOME, que é o nome do acervo, o qual o pesquisador deve ter 
precisão de informação. Os demais campos são opcionais de preenchimento. 
Item preenchido, clicar em PRÓXIMA e voltar a página de LOCAL DE 
GUARDA. 
36 
 
 
 
Figura 14 – Imagem da página CADASTRAR LOCAL DE GUARDA 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
F. Com o LOCAL DE GUARDA selecionado, a página seguinte é a do 
FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS. Nesta página devem ser inseridos 
todos os dados obtidos no preenchimento manual das fichas cartográficas. No 
primeiro item deve ser selecionado o PRODUTOR. No caso desta pesquisa, a 
maior parte do acervo foi produzida/mantida pela EFNOB, que foi o item 
selecionado. Deve-se obrigatoriamente clicar em ADICIONAR, para que a 
seleção seja salva. 
 
37 
 
 
 
Figura 15 – Imagem da página FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS - PRODUTOR 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
G. O próximo item que deve ser selecionado é GENERO. Pelo fato da presente 
pesquisa ser sobre itens cartográficos, deve-se selecionar CARTOGRÁFICO. 
A página será atualizada e aparecerão os itens CROQUI, DESENHOS 
TÉCNICOS, MAPA, OUTROS, PLANTA CADASTRAL e PLANTAS, dos 
quais um deve ser selecionado, respeitando o que houver sido preenchido na 
ficha. 
 
38 
 
 
 
Figura 16 – Imagem da página FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS - CARTOGRÁFICO 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
H. A seguir os itens subsequentes devem ser preenchidos: NOME DO 
CONJUNTO, AUTORIA, DATA LIMITE, DESCRITORES GERAIS, 
SUPORTE, ESTADO DE ORGANIZAÇÃO, ACONDICIONAMENTO, 
ESTADO DE CONSERVAÇÃO, DESCRIÇÃO, QUANTIDADE, 
LOCALIZAÇÃO INTERNA e IDENTIFICAÇÃO INTERNA. E importante 
salientar que nem todos os itens puderam ser obtidos após análise do 
documento cartográfico, ora por não constar em legenda/etiqueta ora por não 
ser possível interpretar a partir do desenho do documento. 
 
39 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Imagem da página FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS – DEMAIS ITENS 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
I. O último “dado” a ser inserido é o referente a imagem digital obtida do 
documento. Clicando-se em “SELECIONAR ARQUIVO...” é aberta uma nova 
janela para que o pesquisador selecione, dentre seus arquivos, a imagem 
referente aquele arquivo/ficha cadastral. 
J. Ao término do preenchimento dos dados e carregamento da imagem digital 
clica-se em SALVAR. Assim, será criada uma ficha/acervo que ficará salva no 
banco de dados. Uma nova página será carregada e será gerado um código 
(#id), cada ficha gerada possui um código correspondente. 
K. Outra atividade que pode ser feita pelo pesquisador é a edição e a consulta dos 
formulários de acervo anteriormente cadastrados. Para tanto é necessário estar 
logado na página inicial; clica-se em CONSULTAR; uma nova página é 
40 
 
 
carregada onde aparece um único campo para preenchimento PALAVRA-
CHAVE e o botão PESQUISAR, que deve ser pressionado após adicionar o 
termo que quer ser procurado. 
 
 
Figura 18 – Imagem da página CONSULTAR 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
L. Observa-se que abaixo da aba CONSULTAR existem subcategorias 
(ACERVO, PRODUTOR, TIPO DE ACERVO, LOCAL DE GUARDA, 
FOTO, SUPORTE, LOCALIZAÇÃO INTERNA) pelas quais pode-se fazer 
pesquisa – nota-se que são os mesmo itens da aba CADASTRAR -, apenas 
deve-se possuir a palavra-chave correta, para que a busca seja feita com 
sucesso. Para visualizar a ficha cadastral online clica-se sobre o signorepresentado por um binóculo em miniatura na linha correspondente ao arquivo 
desejado. 
 
41 
 
 
Figura 19 – Imagem da página de referencia a ícone para visualização da ficha 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20 – Imagem de exemplo d e ficha ficha cadastrada pesquisada 
 FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
42 
 
 
 
M. Para editar uma ficha cadastral já pronta deve-se clicar em EDITAR, na 
primeira aba, e posteriormente escolher um tipo entre ACERVO, 
PRODUTOR, TIPO DE ACERVO, LOCAL DE GUARDA, SUPORTE e 
LOCALIZAÇÃO INTERNA. Escolhido o tipo de busca – recomenda-se usar 
ACERVO -, deve-se escrever a PALAVRA-CHAVE ou o #id da ficha 
cadastral desejada. Ao digitar uma palavra-chave, a busca será mais ampla, 
sendo que quando se escolhe fazer a busca pelo #id esta é direta – porém há 
necessidade de saber com exatidão este número de identificação para que a 
busca seja feita com êxito. Existe ainda a opção EXCLUIR, que é a última da 
primeira aba, entretanto, os pesquisadores não tem acesso a ela. 
 
Figura 21 – Imagem da página de edição de ficha cadastral 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 Ao finalizar qualquer tipo de tarefa, seja ela cadastro de acervo, consulta ou edição o 
pesquisador deve fazer logout do sistema, ou seja, desconectar-se. Para tal deve-se clicar em 
SAIR, no canto superior direito da página inicial do portal. 
 
 
43 
 
 
 
Figura 22 – Imagem da página inicial – ação SAIR 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
4.1.6 Fase 6: Desenvolvimento e Gerenciamento do Sistema Web do Acervo 
Cartográfico 
 Pelo item anterior vê-se que parte de um dos principais objetivos foi concluída – 
disseminação de informações acerca do Patrimônio Industrial Ferroviário da EFNOB/Bauru 
de acesso a pesquisadores. A Fase 6 demonstra que tal objetivo foi completamente 
conquistado ao passo que o portal Sistema Memória Ferroviária também dispõe acesso do seu 
conteúdo a outros usuários que não sejam os pesquisadores já vinculados que contribuíram 
com material para o acervo. Assim, qualquer outro pesquisador, onde quer que esteja, do país 
que for, tendo acesso a internet, poderá ter acesso às informações do acervo. 
 Para fazer uma pesquisa ou consulta o pesquisador deve acessar o endereço eletrônico 
do portal - http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br – e, do lado esquerdo da tela, clicar 
em PESQUISA. A página do “Sistema ICP (Interface de Consulta para o Pesquisador)” será 
aberta onde deve-se inserir o USUÁRIO para de fato ter acesso ao conteúdo. Caso o 
pesquisador em questão não possua um USUÁRIO ele deve solicita-lo clicando em 
SOLICITAR ACESSO, no canto direito inferior. Uma página para cadastro será aberta, onde 
o pesquisador deve preencher, obrigatoriamente, todos os campos solicitados (NOME 
http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br/
44 
 
 
COMPLETO, E-MAIL, CIDADE, ESTADO e INSTITUIÇÃO); feito isso, clica-se em 
ENVIAR. Outra página é carregada e confirma que o cadastro foi efetuado com sucesso e 
indica que na página de login deve-se digitar, no campo USUÁRIO seu e-mail tal qual o que 
escreveu quando da solicitação de acesso. Clica-se na frase sublinhada e grafada em cor azul 
“CLIQUE AQUI PARA EFETUAR SEU LOGIN” para voltar a página inicial e, assim, fazer 
login para então poder fazer uma consulta ao acervo. 
Figura 23 – Imagem página inicial do portal Projeto Memória Ferroviária – botão 
PESQUISA 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
Figura 24 – Imagem da página de LOGIN DO USUÁRIO 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 
Figura 25 – Imagem da página de LOGIN DO USUÁRIO – SOLICITAR ACESSO 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 
46 
 
 
Figura 26 – Imagem da página de SOLICITAÇÃO DE ACESSO - Preenchimento 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
Figura 27 – Imagem da página de SOLICITAÇÃO DE ACESSO – Cadastro efetuado 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 
 
 
47 
 
 
 Na página inicial do ICP existem os quatro seguintes itens na parte superior, fazendo 
parte do menu: PRINCIPAL, PESQUISA, AJUDA e SOBRE. O item PRINCIPAL é a 
primeira página do ICP, onde há uma sucinta explicação do que se trata e os objetivos do 
sistema. 
 
 
Figura 28 – Imagem da página INICIAL DO ICP - Menu 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 Ao clicar em PESQUISAR, há o redirecionamento de página e sub-itens são 
mostrados para seleção de pesquisa: ACERVO, PRODUTOR, LOCAL DE GUARDA, 
GERAL e TOTALIZAÇÃO. 
 A busca por ACERVO é uma pesquisa cruzada por campos de acervo. Nela a busca 
pode ser feita preenchendo um dos seguintes itens: NOME DO CONJUNTO, AUTORIA, 
DESCRITORES, GERAIS DESCRIÇÃO e/ou ITNERVALO TEMPORAL (DATA INICIAL 
e DATA FINAL). Ao preencher um ou mais campos citados anteriormente a pesquisa 
resultante aparece em forma de tabela com as seguintes colunas: NOME DO CONJUNTO, 
AUTORIA, DESCRIÇÃO e a última é a que possui o ícone de binóculo para que se possa ver 
48 
 
 
a ficha com dados correspondentes. Para exemplificar foi usado o descritor geral EFNOB, e o 
resultado da pesquisa mostrado na Figura 29. 
 
Figura 29 – Imagem da página de pesquisa por BUSCA POR ACERVO – exemplo EFNOB 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 A busca por PRODUTOR pode ser feita preenchendo um dos seguintes campos: 
NOME, HISTÓRICO PRODUTOR, HISTÓRICO ARQUIVÍSTICO e QUALIFICAÇÃO DO 
ACERVO. O resultado aparece em forma de tabela cujas colunas são as mesmas dos campos 
de busca. 
 
 
49 
 
 
Figura 30 – Imagem da página de pesquisa por BUSCA POR PRODUTOR 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 NOME, ESTADO DE ORGANIZAÇÃO, ENDEREÇO e INFORMAÇÕES GERIAS 
são os campos passíveis de busca no item LOCAL DE GUARDA e os são também na tabela 
dos resultados obtidos. 
 
Figura 31 – Imagem da página de pesquisa por LOCAL DE GUARDA 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
50 
 
 
 A busca GERAL possui um único campo de busca denominado PALAVRA-CHAVE, 
porém sua tabela de resultados possui as seguintes colunas: NOME DO CONJUNTO, 
LOCAL DE GUARDA e AUTORIA. 
 
Figura 32 – Imagem da página de pesquisa por GERAL 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 Fazendo-se a busca por TOTALIZAÇÃO onde há um campo de busca (TIPO DE 
TOTALIZAÇÃO) cujas opções de busca são pré-definidas em NOME DO CONJUNTO, 
AUTORIA, ACONDICIONAMENTO, TOTAL GERAL, LOCAL DE GUARDA, 
ESTADOD E CONSERVAÇÃO, LOCAL DE GUARDA/LOCALIZAÇÃO INTERNA, 
PRODUTOR, SUPORTE e GENERO. A tabela resultante da busca de qualquer dos itens 
citados é de duas colunas onde a primeira é referente ao tipo de item pesquisado e a segunda 
indicada a quantidade de cada item descrito. 
 
 
 
 
51 
 
 
Figura 33 – Imagem da página de pesquisa por TOTALIZAÇÃO 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
Figura 34 – Imagem da página de pesquisa por TOTALIZAÇÃO - opções 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
 
52 
 
 
 Voltando a página inicial ainda temos os seguintes itens do menu principal: AJUDA e 
SOBRE. O primeiro dispõe da descrição de cada tipo de pesquisa que faz parte do item 
PESQUISAR. O segundo discorre sobre o Sistema ICP e sobre o Projeto Memória 
Ferroviária. 
Figura 35 – Imagem da página de AJUDA 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
 
Figura 36 – Imagem da página de SOBRE 
FONTE: http://www.projetomemoriaferroviaria.com.br, julho 2013 
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 Assim que o usuário finalizar sua pesquisa ele deve clicar em SAIR, localizado no

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