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Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal Processo Penal Prof.ª Letícia Neves Prof. Mauro Stürmer Revisão Turbo | 35º Exame de Ordem Processo Penal Queridos alunos, Cada material da Revisão Turbo foi preparado com muito carinho para que você possa absorver, de forma rápida, conteúdos de qualidade! Lembre-se: o seu sonho também é o nosso! Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo! Com carinho, Equipe 1ª Fase Ceisc ♥ @prof.leticianeves @prof.maurosturmer Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 3 1. Linha do Tempo | Instrução Criminal Procedimento comum ordinário (arts. 394 a 405 do CPP). * Para todos verem: linha do tempo Juiz Recebe a denúncia ou queixa-crime CITAÇÃO Resposta à acusação Juiz SENTENÇA ART.386/387 CPP Designa audiência de instrução e julgamento Art.400 CPP Absolve sumariamente Art. 397 CPP Oferecimento da denúncia ou queixa- crime Rejeita liminarmente a denúncia ou queixa- crime Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 4 INEPTA Ausência dos requisitos do art. 41. AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO OU PRESSUPORTO Ausência de condição ou dos pressupostos para a ação penal. Exemplo: legitimidade AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA Ausência de elementos mínimos para a acusação. Exceção: JECRIM Art.82 da Lei 9.099 APELAÇÃO – 10 DIAS 1.2 Oferecimento da denúncia ou queixa-crime * Para todos verem: esquema 1.3 Rejeição da denúncia ou queixa Causas de rejeição da denúncia ou queixa-crime: * Para todos verem: esquema Qual o recurso cabível contra a rejeição da denúncia ou queixa? Recurso em sentido estrito – RESE Art.581, I do CPP 05 dias A exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias A qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo A classificação do crime Quando necessário, o rol das testemunhas. A denúncia ou queixa conterá: Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 5 Súmula 707 do STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo. 1.4 Recebimento da denúncia ou queixa-crime • Decisão irrecorrível. • Poderá ser atacada através de habeas corpus, que não é recurso. 1.5 Citação * Para todos verem: esquema Réu não encontrado: Se o acusado comparece ao processo, segue normalmente. Se não comparece ou constitui defensor: o processo ficará suspenso e contagem de prescrição. Súmula 415 do STJ. O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. 1.6 Resposta à acusação – Art. 396–A DO CPP 10 dias Súmula 710 do STF. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. Súmula 310 do STF. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir. REAL/PESSOAL FICTA/PRESUMIDA HORA CERTA Réu se oculta EDITAL Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 6 Súmula 710 do STF Observação: é possível a defesa solicitar na resposta à acusação que o juiz analise novamente a hipótese de rejeição da denúncia ou queixa. 1.7 Absolvição sumária Art. 397 do CPP. * Para todos verem: esquema Excludentes de ilicitude Excludente de culpabilidade, exceto inimputabilidade Atipicidade da conduta Extinção da punibilidade Se não houver absolvição sumária é obrigatória a designação de audiência. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 7 Oitiva do ofendido Oitiva da acusação/defesa Peritos/acareações/reconhecimento de pessoas e coisas Interrogatório Debates orais/alegações orais 1.8 Audiência Art. 400 do CPP. * Para todos verem: esquema Poderá ocorrer a conversão dos debates orais em memoriais em razão da complexidade/número de acusados/ pendência de diligências. Prazo: 05 dias 2. Procedimento Especial dos Crimes Dolosos contra a Vida Crimes dolosos contra a vida previstos no art. 74, §1º do Código de Processo Penal e crimes conexos. Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados. Atenção: O delito de latrocínio não vai a júri. Súmula 603 do STF. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 8 * Para todos verem: esquema Decisões – Juiz – Primeira fase do Júri PRONÚNCIA IMPRONÚNCIA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA Art. 415 do CPP APELAÇÃO – art. 416 do CPP DESCLASSIFICAÇÃO Art. 413 do CPP RESE – art. 581, IV, CPP Art. 414 do CPP APELAÇÃO – art. 416 do CPP Art. 419 do CPP RESE – art. 581, II, CPP Em relação à segunda fase do Júri, julgamento em Plenário é importante a lembrança de dois artigos: Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo. Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados. 3. Recursos * Para todos verem: esquema Recurso Base legal Prazo Dicas importantes Recurso em sentido estrito Arts. 581 a 592 do CPP. Súmula 707 do STF. 5 dias (interposição) 2 dias (razões) 2 dias (contrarrazões) Em regra, a decisão que rejeita a peça acusatória é recorrível via RESE. No JECRIM utiliza-se apelação. No júri caberá RESE para pronúncia e desclassificação. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 9 As hipóteses previstas nos incisos XII, XVII, XIX e XXIII do art. 581 do CPP são passíveis de Agravo em Execução, pois estão revogados tacitamente. Atenção a nova hipótese do inc. XXV. Apelação Arts. 593 a 603 do CPP. 5 dias (interposição) 8 dias (razões) 8 dias (contrarrazões) Súmula 707 do STF. Possibilidade de apresentar razões perante o Tribunal de Justiça (razões extemporâneas e irregularidade) – Art. 600, §4º do CPP. Limitadas as hipóteses de apelação no Tribunal do Júri – art. 593, III, do CPP: somente em virtudes daqueles fundamentos legalmente estabelecidos (Súmula 713 do STF) Apelação no JECRIM Art. 82 da Lei 9.099/96. 10 dias (interposição e razões em conjunto) 10 dais (contrarrazões Prazo único Não se aplica o art. 600, §4º do CPP. Julgado pela TRC (Turma Recursal Criminal) Cabimento contra a rejeição da peça acusatória. Embargos declaratórios do CPP Art. 382 CPP (sentença) Art. 619 do CPP (acórdão) 2 dias para oposição Dirimir ambiguidade, contradiçãoou omissão. De acordo com a doutrina, os Embargos do CPP interrompem o prazo para eventual recurso cabível. Embargos declaratórios do JECRIM Art. 83 da Lei 9.099/95 5 dias para oposição Dirimir obscuridade, contradição ou omissão. Expressamente, conforme consta na Lei, os embargos interrompem Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 10 o prazo para interposição de recurso. Embargos infringentes Art. 609, § único, do CPP 10 dias para oposição Recurso privativo da defesa. Decisão não unânime e desfavorável ao réu. Carta testemunhável 48 horas Denegar recurso ou quando admiti-lo obstar à sua expedição e seguimento. Recurso residual, utilizado quando não houve recurso próprio. (Ex: denegar RESE ou Agravo em Execução.) Recurso Ordinário Constitucional em Habeas Corpus Art. 102, II, “a” da CF e 105, II, “a” da CF 5 dias Cabível de decisão denegatória de Habeas Corpus proferida no âmbito dos Tribunais. Lembrar que se o habeas corpus for denegado por juiz de direito, caberá RESE. Recurso Ordinário em mandado de segurança Art.105, II, “b” da CF e art.33 da lei 8.038/90 15 dias Cabível de decisão denegatória de mandado de segurança no âmbito do TJ’S e TRF’S Recurso especial Art. 105, III, CF 15 dias Exigência do prequestionamento da matéria objeto de recurso Recurso extraordinário Art. 102, III, da CF 15 dias Exigência do prequestionamento da matéria objeto de recurso. Demonstração da repercussão geral. Agravo em Execução Penal Art. 197 da LEP 5 dias Súmula 700 do STF. Cabível contra as decisões proferidas pelo Juiz da Vara de Execução Criminal Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 11 4. Progressão de Regime especial para mulheres Art. 112, § 3º, da LEP No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento. V - não ter integrado organização criminosa. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 12 ABSOLUTA IMPRORROGÁVEL MATÉRIA ABSOLUTA IMPRORROGÁVEL PESSOA RELATIVA PRORROGÁVEL LUGAR O autor tem foro por prerrogativa de função? 5. Competência • Limite da jurisdição. • Advém de uma regra legal. * Para todos verem: esquema 5.1 Guia de competência • Prefeito: Tribunal de Justiça • Governador: Superior Tribunal de Justiça • Deputado Federal/Senador: Supremo Tribunal Federal • Juiz em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime • Promotor em atividade: Tribunal que a tua, independentemente do local do crime Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 13 Jurisprudência STF e STJ: no caso de Deputados Federais/Senadores e Governador, há dois critérios para foro de prerrogativa: • Esteja no cargo/diplomado • Crime tenha relação com o cargo. Se a resposta for não à pergunta 1, passamos a analisar em qual justiça será julgado Território/jurisdição • Militar • Eleitoral • Comum (Estadual ou Federal) • Regra: lugar de consumação | teoria do resultado. • Exceção: JECRIM | teoria da atividade. Foro por prerrogativa de função Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 14 Quando incerta dívida PREVENÇÃO Crime permanente (sequestro) Infração continuada • Não sabendo o local do crime: domicílio ou residência do réu. • Mais de um domicílio: prevenção. • Não tem residência certa ou ignorado o paradeiro: juiz que primeiro tomar conhecimento. * Para todos verem: esquema 5.2 Causas de modificação da competência * Para todos verem: esquema Concurso de pessoas ou uma pessoa em concurso de crimes CONTINÊNCIA Intersubjetiva: simultaneidade, concurso ou reciprocidade Objetivas: material ou probatória CONEXÃO Jurisprudência: crimes contra à vida (dolosos ou culposos) devem levar em consideração a comunidade que foi atingida e a produção da prova | teoria da atividade. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 15 Nunca julga contravenção Julga crimes (crime político) Bens, interesses ou serviços da União, autarquia e empresa pública Juiz Federal Ainda, o Código de Processo Penal prevê: Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. [...] § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. 5.1 Como resolver questões sobre modificação de competência? * Para todos verem: esquema Júri + outro crime: Tudo vai à Júri, exceto crime eleitoral, crime militar e ato infracional Lugar do crime mais grave Lugar de maior número de infrações Atenção: No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. 5.2 Justiça Federal • Tribunal Regional Federal: Revisão Criminal • Não é recurso, é ação autônoma de impugnação. Conexão e continência: Infrações da mesma categoria: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 16 Preventiva Art, 311, 312, 313 e 318-A do CPP Prisões cautelares Temporária Lei 7.960/89 6. Prisão * Para todos verem: esquema 6.1 Temporária (só cabível na fase do Inquérito Policial) • 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias. • Crime hediondo: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias. 6.2 Flagrante Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal (próprio) II - acaba de cometê-la (próprio) III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração (impróprio) IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (presumido) Observações: • Juiz, MP e Família devem ser IMEDIATAMENTE comunicados • Em 24 horas: • Deve ser expedida a nota de culpa • Deve o APF ser enviado ao Juiz (que marcará audiência de custódia) • Falta de testemunha não impede o flagrante • Art. 304 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 17 • Cabe na fase do IP ou da Ação Penal • Não pode ser decretada de ofício pelo juiz • Quando ilegal deve ser relaxada (art.5, LXV da CF) • Quando não mais necessária deve ser revogada (art. 316 do CPP) • Admissibilidade prevista no art. 313 do CPP • Cabível • Ordem Pública• Ordem Econômica • Assegurar a aplicação da Lei Penal • Conveniência da Instrução Criminal • Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares • Houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la. • Deve ser revista a cada noventa dias • Possível ser ser domiciliar (art.318 do CPP) • Direito da Mulher gestante ou mãe de criança ou pessoa deficiente (art. 318-A do CPP) Preparatório Prepara uma futura ação penal. Inquisitivo Não há ampla defesa e contraditório, que ficarão postergados/diferidos para a ação penal. Sigiloso Não se aplica ao MP, ao juiz e ao advogado (que tem acesso ao inquérito, inclusive sem procuração). Ao advogado é exigida procuração quando for caso de segredo de justiça. 6.3 Preventiva 7. Inquérito Policial 7.1 Conceito Procedimento administrativo com a finalidade de buscar elementos de autoria (quem fez) e de materialidade (qual o delito) para que uma futura ação penal seja proposta. Presidido pelo Delegado de Polícia. *Para todos verem: esquema Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal Respeito aos direitos fundamentais Situações que tem cláusula de reserva de jurisdição Respeitar prerrogativas dos advogados Investigação realizadas por membros 7.2 Natureza jurídica • Natureza jurídica é de procedimento administrativo. 7.3 Outras formas de investigação: Artigo 4º do CPP. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 7.4 Investigação pelo Ministério Público • Procedimento investigatório criminal: PIC • Teoria dos poderes implícitos: • A fundamentação para que o MP possa investigar. *Para todos verem: esquema Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal Ex officio Requisitção do Juiz ou Ministério Público Ação penal incondicionada Requerimento da vítima ou de seu representante legal Notícia de qualquer pessoa Formas de início Auto de prisão em flagrante Ação penal pública Representação da vítima ou condicionada representante legal Ação penal privada Se a vítima buscar a Delegacia de Polícia autorizando o início da investigação. Inquérito Policial Elementos informativos Não há contraditório e ampla defesa Ação penal Provas Há contraditório e ampla defesa * Para todos verem: esquema • Em caso de denúncia anônima, deve ser realizada uma investigação prévia para ver a viabilidade da denúncia. Elementos informativos são diferentes de provas? Sim! (Art. 155 do CPP) * Para todos verem: esquema Atenção: Não se pode condenar com base exclusiva em elementos informativos. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 7.5 Características do Inquérito Policial 7.6 Encerramento do IP * Para todos verem: esquema Requer novas diligências Delegado encaminha os autos ao Juiz Juiz encaminha ao MP Ministério Público Oferece denúncia Arquivamento Juiz concorda Juiz Encaminha ao Concorda com o arquivamento Discorda do discorda chefe do MP arquivamento, determinando que outro ofereça denúncia ou ele mesmo oferece. Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 8. Ação Penal 8.1 Conceito Direito subjetivo de pedir/requerer ao Estado-juiz a aplicação do direito objetivo no caso concreto. • Condições da ação * Para todos verem: esquema 8.2 Espécies de ação penal * Para todos verem: esquema Espécies Pública Privada Condicionada Incondicionada Personalíssima Exclusiva Subsidiária da pública Representação Requisição do Ministro da Justiça Possibilidade jurídica do pedido Justa causa Legitimidade da parte Interesse Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 8.2.1 Ação Penal Pública Manejada pelo Ministério Público através de Denúncia. • Incondicionada • Condicionada Representação (procuração com poderes especiais - art. 39 do CPP) ou requisição. 8.2.2 Ação Penal Privada Manejada por advogado através da queixa-crime. • Personalíssima. • Somente uma pessoa pode entrar com a ação. • A única situação está prevista no art. 236 do Código Penal. • Exige procuração com poderes especiais (art. 44 do CPP) Atenção: Art. 24, § 2o do CPP - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 8.3 Princípios * Para todos verem: esquema Pública Privada Obrigatoriedade: tendo elementos e de autoria e materialidade, o Ministério Púbico é obrigado a entrar com a ação penal Conveniência e oportunidade: renúncia Indisponível: O Ministério Público não pode desistir da ação penal proposta Disponível: perdão Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal 8.4 Institutos aplicáveis a ação penal privada * Para todos verem: esquema 8.5 Perdão • Se um aceitar e os outros não, o processo segue contra os que não aceitaram. • Aceitação: expressa ou tácita (se o réu não se manifestar em 3 dias). Artigo 58 do CPP. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. 8.6 Provas • Prova ilegal/ilícita deve ser desentranhada • É possível a prova emprestada 8.7 Principais Artigos do CPP Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Após o início da ação penal Ato bilateral Quando ofertado a um, atinge os demais Perdão Antes do início da ação penal Ato unilateral Quando ofertado a um, atinge os demais. Renúncia https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem Processo Penal § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 161. O exame de corpode delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. Art. 185, § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) § 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade. Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 1 Caderno de Questões – Processo Penal Letícia Neves e Mauro Stürmer Caderno de Questões – Processo Penal Letícia Neves e Mauro Stürmer 26 1) FGV – 2022 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q69 Ao término da instrução criminal no processo em que Irineu foi denunciado pelo crime de homicídio doloso consumado que vitimou Alberto, o advogado de Irineu teve a palavra em audiência para fazer suas alegações finais (juízo de admissibilidade da acusação). No curso do inquérito policial o Delegado de Polícia representou ao juízo competente pelo incidente de insanidade mental, cujo laudo afirmou que, na data em que o crime foi praticado, Irineu era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Ouvidas as testemunhas arroladas na denúncia, Roberta, cliente que estava no bar em que aconteceu o crime, declarou que Irineu tinha traços semelhantes àqueles da pessoa que efetuou o disparo de arma de fogo, mas não poderia afirmar com certeza a autoria. No mesmo sentido foi o depoimento de Laércio, que era garçom daquele estabelecimento comercial. Rui, que estava no caixa do bar, e Ana, a gerente, disseram não ter condições de reconhecer o réu. Irineu sempre negou a autoria do homicídio. Você, como advogado(a) de defesa de Irineu, em alegações finais, deve sustentar a tese de A) nulidade do processo desde a decisão que determinou o exame de insanidade mental, pois o Delegado de Polícia não poderia representar pelo incidente de insanidade mental, por não ter qualidade de parte. B) absolvição sumária, em razão do laudo do exame de insanidade mental ter afirmado que Irineu era absolutamente incapaz, por doença mental, sem condições, à época, de entender o caráter ilícito do fato. C) impronúncia de Irineu, posto que a prova testemunhal não revelou a existência de indícios suficientes de autoria. D) despronúncia, em razão das declarações de Rui e Ana, que não reconheceram Irineu como autor do disparo de arma de fogo. 2) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Rogério foi denunciado pela prática de um crime de homicídio qualificado por fatos que teriam ocorrido em 2017. Após regular citação e apresentação de resposta à acusação, Rogério decide não comparecer aos atos do processo, apesar de regularmente intimado, razão pela qual foi decretada sua revelia. Em audiência realizada na primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, sem a presença de Rogério, mas tão só de sua defesa técnica, foi proferida decisão de pronúncia. Rogério mudou-se e não informou ao juízo o novo endereço, não sendo localizado para ser pessoalmente intimado dessa decisão, ocorrendo, então, a intimação por edital. Posteriormente, a ação penal teve regular prosseguimento, sem a participação do acusado, sendo designada data para realização da sessão plenária. Ao tomar conhecimento desse fato por terceiros, Rogério procura seu advogado para esclarecimentos, informando não ter interesse em comparecer à sessão plenária. Com base apenas nas informações narradas, o advogado de Rogério deverá esclarecer que: A) o processo e o curso do prazo prescricional, diante da intimação por edital, deveriam ficar suspensos. B) a intimação da decisão de pronúncia por edital não é admitida pelo Código de Processo Penal. C) o julgamento em sessão plenária do Tribunal do Júri, na hipótese, poderá ocorrer mesmo sem a presença do réu. D) a revelia gerou presunção de veracidade dos fatos e a intimação foi válida, mas a presença do réu é indispensável para a realização da sessão plenária do Tribunal do Júri. 3) FGV – 2022 - OAB – 35º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Rodrigo responde ação penal pela suposta prática do crime de venda irregular de arma de fogo de uso restrito, na condição de preso. O magistrado veio a tomar conhecimento de que Rodrigo seria pai de uma criança de 11 anos de idade e que seria o único responsável pelo menor, que, inclusive, foi encaminhado ao abrigo por não ter outros familiares ou pessoas amigas capazes de garantir seus cuidados. Com esse fundamento, substituiu, de ofício, a prisão preventiva por prisão domiciliar. Rodrigo, intimado da decisão, entrou em contato com seu(sua) advogado(a) em busca de esclarecimentos sobre o cabimento da medida e suas consequências. A defesa técnica de Rodrigo deverá esclarecer que a concessão da prisão domiciliar foi a) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detração do período de cumprimento, que deverá ser observado na execução da pena, mas não no momento da fixação do regime inicial do cumprimento de pena. b) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detração do período de cumprimento, que poderá ser observado no momento da fixação do regime inicial de cumprimento de pena. c) inadequada, pois somente admitida para as mulheres que sejam mães de crianças menores de 12 anos. Caderno de Questões – Processo Penal Letícia Neves e Mauro Stürmer 27 d) adequada, mas não justifica o reconhecimento de detração. 4) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q68 Paulo, advogado, foi intimado de duas decisões proferidas pelo juízo da execução penal do Rio de Janeiro, em relação a dois de seus clientes. Na primeira, foi determinada a perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio, considerando que foi reconhecida, por meio de procedimento regular, observadas as exigências legais, a prática de falta grave pelo mesmo. Na segunda decisão, o pedido de progressão de regime formulado por Paulo em relação ao apenado Flávio foi deferido, tendo o magistrado fixado, como condição a ser observada no regime aberto, o cumprimento de prestação de serviços à comunidade. Diante das intimações, Paulo poderá apresentarA) recurso em sentido estrito para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. B) agravo para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. C) agravo para questionar apenas a decisão que determinou a perda dos dias remidos, que seria ilegal, mas não a que fixou condições especiais para a progressão de regime. D) agravo para questionar a decisão que fixou a prestação de serviço à comunidade como condição para a progressão para o regime aberto, não havendo ilegalidade, porém, na determinação da perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio. 5) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da capitulação delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo indicada qual seria a idade da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para esclarecimentos, destacando a dificuldade na compreensão dos fatos imputados. O advogado de Caio, constatando que a denúncia estava inepta, deve esclarecer ao cliente que, sob o ponto de vista técnico, com esse fundamento poderia buscar: A) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. B) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. C) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser oferecida nova denúncia com base nos mesmos fatos. D) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá oferecimento de nova denúncia. 6) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q64 Vanessa foi presa em flagrante, logo após cometer um crime de furto em residência. A proprietária do imóvel, Jurema, 61 anos, informou aos policiais que viu, pelas câmeras de segurança, Vanessa escalando o alto muro da residência e ingressando na casa, acreditando a vítima que a mesma rompeu o cadeado da porta, já que este encontrava-se arrombado. Por determinação da autoridade policial, um perito oficial compareceu à residência de Jurema e realizou laudo pericial para confirmar que o muro que Vanessa pulou era de grande altura e demandava esforço no ato. Deixou, porém, de realizar a perícia no cadeado e na porta por onde Vanessa teria entrado na casa. Você, como advogado(a), foi constituído(a) por Vanessa para a apresentação de alegações finais. Considerando as informações expostas, você deverá alegar que A) a perícia realizada no muro não poderá ser considerada prova, mas tão só elemento informativo a ser confirmado por provas produzidas sob o crivo do contraditório, tendo em vista que as partes não participaram da elaboração do laudo. B) deve ser afastada a qualificadora com fundamento no rompimento de obstáculo, já que não foi produzida prova pericial, não sendo suficiente a confissão da acusada. C) a perícia realizada para demonstrar a escalada foi inválida, pois não foi realizada por dois peritos oficiais, nos termos da determinação do Código de Processo Penal. Caderno de Questões – Processo Penal Letícia Neves e Mauro Stürmer 28 D) a idade da vítima não foi comprovada por documento idôneo, não podendo ser reconhecida agravante por tal fundamento. 7) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q68 Caio praticou um crime de furto (Art. 155 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa) no interior da sede da Caixa Econômica Federal, empresa pública, em Vitória (ES), ocasião em que subtraiu dinheiro e diversos bens públicos. Ao sair do estabelecimento, para assegurar a fuga, subtraiu, mediante grave ameaça, o carro da vítima, Cláudia (Art. 157 – pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa). Houve perseguição policial, somente vindo Caio a ser preso na cidade de Cariacica, onde foi encontrado em seu poder um celular produto de crime anterior (Art. 180 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa). Considerando a conexão existente entre os crimes de furto simples, roubo simples e receptação, bem como a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a opção que indica a Vara Criminal competente para o julgamento de Caio. No momento das alegações finais, o advogado de Francisco, sob o ponto de vista técnico, deverá destacar que A) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Vitória. B) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Cariacica. C) A Justiça Federal, em relação ao crime de furto, e a Vara Criminal de Vitória, da Justiça Estadual, no que tange aos crimes de roubo e receptação. D) A Justiça Federal, em relação a todos os delitos. 8) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q65 Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em desfavor de Jonas, o Ministério Público requereu o seu arquivamento por falta de justa causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, o que restou devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o arquivamento do inquérito policial, uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada, compareceu à delegacia de polícia alegando possuir informações quanto ao autor do homicídio de Jonas. A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como advogado(a) da família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas aptas a identificar o autor do crime, você deverá esclarecer aos familiares da vítima que o órgão ministerial: A) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento não faz coisa julgada material independentemente de seu fundamento. B) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento é imutável na presente hipótese. C) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera notícia, inexistindo efetivamente qualquer prova nova quanto à autoria do delito. D) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento fez apenas coisa julgada formal no caso concreto. 9) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q67 Vitor foi denunciado pela suposta prática dos crimes de furto e ameaça, já que teria ingressado em estabelecimento comercial e, enquanto subtraía produtos, teria, para garantir o sucesso da empreitada delitiva, ameaçado o funcionário que realizava sua abordagem. Considerando que o funcionário não compareceu em juízo para esclarecimento dos fatos, Vitor veio a ser absolvido por insuficiência de provas, transitando em julgado a sentença. Outro promotor de justiça, ao tomar conhecimento dos fatos e localizar o funcionário para ser ouvido em juízo, veio a denunciar Vitor pelo mesmo evento, mas, dessa vez, pelo crime de roubo impróprio. Após citação, caberá ao(à) advogado(a) de Vitor, sob o ponto de vista técnico, A) buscar a desclassificação para o crime de furto simples em concurso com o de ameaça no momento das alegações finais, mas não a extinção do processo, considerando que a absolvição anterior foi fundamentada em insuficiência probatória. Caderno de Questões – Processo Penal Letícia Neves e Mauro Stürmer 29 B) requerer, em resposta à acusação, a absolvição sumária de Vitor, pois está provado que o fato não ocorreu. C) apresentar exceção de litispendência, requerendo a extinção do processo. D) apresentar exceçãode coisa julgada, buscando extinção do processo. 10) FGV – 2020 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q67 O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Tiago e Talles, imputando-lhes a prática do crime de sequestro qualificado, arrolando como testemunhas de acusação a vítima, pessoas que presenciaram o fato, os policiais responsáveis pela prisão em flagrante, além da esposa do acusado Tiago, que teria conhecimento sobre o ocorrido. Na audiência de instrução e julgamento, por ter sido arrolada como testemunha de acusação, Rosa, esposa de Tiago, compareceu, mas demonstrou que não tinha interesse em prestar declarações. O Ministério Público insistiu na sua oitiva, mesmo com outras testemunhas tendo conhecimento sobre os fatos. Temendo pelas consequências, já que foi prestado o compromisso de dizer a verdade perante o magistrado, Rosa disse o que tinha conhecimento, mesmo contra sua vontade, o que veio a prejudicar seu marido. Por ocasião dos interrogatórios, Tiago, que seria interrogado por último, foi retirado da sala de audiência enquanto o corréu prestava suas declarações, apesar de seu advogado ter participado do ato. Com base nas previsões do Código de Processo Penal, considerando apenas as informações narradas, Tiago: A) não teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na sua ausência durante o interrogatório de Talles e nem na oitiva de Rosa na condição de testemunha, já que devidamente arrolada pelo Ministério Público. B) teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na ausência de Tiago no interrogatório de Talles e na oitiva de Rosa na condição de testemunha. C) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, já que ela poderia se recusar a prestar declarações. D) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, pois, em que pese seja obrigada a prestar declarações, deveria ser ouvida na condição de informante, sem compromisso legal de dizer a verdade. Caderno de Questões – Processo Penal Letícia Neves e Mauro Stürmer 30 Gabaritos das Questões: 1 - C 2 - C 3 - B 4 - D 5 - A 6 - B 7 - D 8 - D 9 - D 10 - C Caderno de Questões – Processo Penal Letícia Neves e Mauro Stürmer
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