Buscar

E-book Processo Penal - RT 36

Prévia do material em texto

Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Processo Penal 
 
Prof.ª Letícia Neves 
Prof. Mauro Stürmer 
Revisão Turbo | 35º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
Queridos alunos, 
 
 
 
Cada material da Revisão Turbo foi preparado com muito carinho 
para que você possa absorver, de forma rápida, conteúdos de 
qualidade! 
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso! 
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo! 
 
Com carinho, 
Equipe 1ª Fase Ceisc ♥ 
 
 
 
 
@prof.leticianeves 
@prof.maurosturmer 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
3 
 
 
 
 
1. Linha do Tempo | Instrução Criminal 
 
Procedimento comum ordinário (arts. 394 a 405 do CPP). 
 
 
* Para todos verem: linha do tempo 
 
 
 
 
Juiz 
Recebe a denúncia ou 
queixa-crime 
CITAÇÃO Resposta à acusação Juiz 
 
SENTENÇA 
ART.386/387 CPP 
 
Designa audiência de 
instrução e julgamento 
Art.400 CPP 
 
 
Absolve sumariamente 
Art. 397 CPP 
 
Oferecimento da 
denúncia ou queixa- 
crime 
 
Rejeita liminarmente a 
denúncia ou queixa- 
crime 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
4 
INEPTA 
 
Ausência dos requisitos do art. 41. 
 
AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO OU PRESSUPORTO 
 
Ausência de condição ou dos pressupostos para a ação penal. Exemplo: legitimidade 
 
AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA 
 
Ausência de elementos mínimos para a acusação. 
 
Exceção: JECRIM Art.82 da Lei 9.099 
APELAÇÃO – 10 DIAS 
 
 
1.2 Oferecimento da denúncia ou queixa-crime 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
1.3 Rejeição da denúncia ou queixa 
Causas de rejeição da denúncia ou queixa-crime: 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
Qual o recurso cabível contra a rejeição da denúncia ou queixa? 
 
 
 Recurso em sentido estrito – RESE Art.581, I do CPP 
05 dias 
 
A exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias 
A qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa 
identificá-lo 
A classificação do crime 
Quando necessário, o rol das testemunhas. 
A denúncia ou queixa conterá: 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
5 
 
 
 
Súmula 707 do STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer 
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de 
defensor dativo. 
 
 
1.4 Recebimento da denúncia ou queixa-crime 
• Decisão irrecorrível. 
• Poderá ser atacada através de habeas corpus, que não é recurso. 
 
 
1.5 Citação 
 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
Réu não encontrado: 
Se o acusado comparece ao processo, segue normalmente. 
Se não comparece ou constitui defensor: o processo ficará suspenso e 
contagem de prescrição. 
 
 
 
Súmula 415 do STJ. O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo 
da pena cominada. 
 
 
1.6 Resposta à acusação – Art. 396–A DO CPP 
10 dias 
Súmula 710 do STF. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da 
juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
Súmula 310 do STF. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito 
de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se 
não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.
REAL/PESSOAL 
FICTA/PRESUMIDA 
HORA CERTA 
Réu se oculta 
 
EDITAL 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
6 
Súmula 710 do STF 
 
Observação: é possível a defesa solicitar na resposta à acusação que o juiz analise 
novamente a hipótese de rejeição da denúncia ou queixa. 
 
 
 
 
 
1.7 Absolvição sumária 
Art. 397 do CPP. 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
Excludentes de ilicitude 
Excludente de culpabilidade, exceto inimputabilidade 
Atipicidade da conduta 
Extinção da punibilidade 
 
 
Se não houver absolvição sumária é obrigatória a designação 
de audiência. 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
7 
Oitiva do ofendido 
Oitiva da acusação/defesa 
Peritos/acareações/reconhecimento de pessoas e coisas 
Interrogatório 
Debates orais/alegações orais 
 
 
 
1.8 Audiência 
Art. 400 do CPP. 
* Para todos verem: esquema 
 
 
Poderá ocorrer a conversão dos debates orais em memoriais em razão da 
complexidade/número de acusados/ pendência de diligências. 
Prazo: 05 dias 
 
 
 
 
2. Procedimento Especial dos Crimes Dolosos contra a Vida 
 
 
Crimes dolosos contra a vida previstos no art. 74, §1º do Código de Processo Penal e 
crimes conexos. 
Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 
122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados. 
Atenção: O delito de latrocínio não vai a júri. Súmula 603 do STF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
8 
 
* Para todos verem: esquema 
 
Decisões – Juiz – Primeira fase do Júri 
 
PRONÚNCIA 
 
IMPRONÚNCIA ABSOLVIÇÃO 
SUMÁRIA 
Art. 415 do CPP 
 
APELAÇÃO – art. 
416 do CPP 
DESCLASSIFICAÇÃO 
Art. 413 do CPP 
 
RESE – art. 581, IV, 
CPP 
Art. 414 do CPP 
 
APELAÇÃO – art. 
416 do CPP 
Art. 419 do CPP 
 
RESE – art. 581, II, 
CPP 
 
 
Em relação à segunda fase do Júri, julgamento em Plenário é importante a lembrança de 
dois artigos: 
 
 
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências 
 
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à 
determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou 
prejudiquem o acusado 
 
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu 
prejuízo. 
 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de 
objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, 
dando-se ciência à outra parte. 
 
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer 
outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui 
ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato 
submetida à apreciação e julgamento dos jurados. 
 
 
3. Recursos 
 
 
* Para todos verem: esquema 
 
Recurso Base legal Prazo Dicas importantes 
 
 
Recurso em 
sentido estrito 
 
Arts. 581 a 
592 do CPP. 
Súmula 707 
do STF. 
5 dias 
(interposição) 
2 dias (razões) 
2 dias 
(contrarrazões) 
Em regra, a decisão que rejeita a 
peça acusatória é recorrível via 
RESE. No JECRIM utiliza-se 
apelação. 
No júri caberá RESE para 
pronúncia e desclassificação. 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
9 
 
 
 
 
 As hipóteses previstas nos incisos 
XII, XVII, XIX e XXIII do art. 581 
do CPP são passíveis de Agravo 
em Execução, pois estão 
revogados tacitamente. 
Atenção a nova hipótese do inc. 
XXV. 
 
 
 
 
 
 
Apelação 
 
 
 
 
 
 
Arts. 593 a 
603 do CPP. 
 
 
 
5 dias 
(interposição) 
8 dias (razões) 
8 dias 
(contrarrazões) 
Súmula 707 do STF. 
Possibilidade de apresentar 
razões perante o Tribunal de 
Justiça (razões extemporâneas e 
irregularidade) – Art. 600, §4º do 
CPP. 
Limitadas as hipóteses de 
apelação no Tribunal do Júri – art. 
593, III, do CPP: somente em 
virtudes daqueles fundamentos 
legalmente estabelecidos (Súmula 
713 do STF) 
 
 
 
Apelação no 
JECRIM 
 
 
 
Art. 82 da Lei 
9.099/96. 
 
10 dias 
(interposição e 
razões em 
conjunto) 
10 dais 
(contrarrazões 
Prazo único 
Não se aplica o art. 600, §4º do 
CPP. 
Julgado pela TRC (Turma 
Recursal Criminal) 
Cabimento contra a rejeição da 
peça acusatória. 
 
 
Embargos 
declaratórios do 
CPP 
Art. 382 CPP 
(sentença) 
Art. 619 do 
CPP 
(acórdão) 
 
 
2 dias para 
oposição 
Dirimir ambiguidade, contradiçãoou omissão. 
De acordo com a doutrina, os 
Embargos do CPP interrompem o 
prazo para eventual recurso 
cabível. 
Embargos 
declaratórios do 
JECRIM 
 
Art. 83 da Lei 
9.099/95 
 
5 dias para 
oposição 
Dirimir obscuridade, contradição 
ou omissão. 
Expressamente, conforme consta 
na Lei, os embargos interrompem 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
10 
 
 
 
 
 o prazo para interposição de 
recurso. 
 
Embargos 
infringentes 
Art. 609, § 
único, do 
CPP 
 
10 dias para 
oposição 
Recurso privativo da defesa. 
Decisão não unânime e 
desfavorável ao réu. 
 
 
 
Carta 
testemunhável 
 
 
 
48 horas 
Denegar recurso ou quando 
admiti-lo obstar à sua expedição e 
seguimento. 
Recurso residual, utilizado quando 
não houve recurso próprio. 
(Ex: denegar RESE ou Agravo em 
Execução.) 
 
 
Recurso Ordinário 
Constitucional em 
Habeas Corpus 
 
Art. 102, II, 
“a” da CF e 
105, II, “a” da 
CF 
 
 
 
5 dias 
Cabível de decisão denegatória 
de Habeas Corpus proferida no 
âmbito dos Tribunais. 
Lembrar que se o habeas corpus 
for denegado por juiz de direito, 
caberá RESE. 
Recurso Ordinário 
em mandado de 
segurança 
Art.105, II, 
“b” da CF e 
art.33 da lei 
8.038/90 
 
15 dias 
Cabível de decisão denegatória 
de mandado de segurança no 
âmbito do TJ’S e TRF’S 
Recurso especial 
Art. 105, III, 
CF 
15 dias 
Exigência do prequestionamento 
da matéria objeto de recurso 
 
Recurso 
extraordinário 
 
Art. 102, III, 
da CF 
 
 
15 dias 
Exigência do prequestionamento 
da matéria objeto de recurso. 
Demonstração da repercussão 
geral. 
 
Agravo em 
Execução Penal 
 
Art. 197 da 
LEP 
5 dias 
Súmula 700 do 
STF. 
Cabível contra as decisões 
proferidas pelo Juiz da Vara de 
Execução Criminal 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
11 
 
 
 
 
 
4. Progressão de Regime especial para mulheres 
 
 
Art. 112, § 3º, da LEP 
No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas 
com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: 
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; 
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior;
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento. 
V - não ter integrado organização criminosa.
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
12 
ABSOLUTA 
IMPRORROGÁVEL 
MATÉRIA 
ABSOLUTA 
IMPRORROGÁVEL 
PESSOA 
RELATIVA 
PRORROGÁVEL 
LUGAR 
 
O autor tem foro por 
prerrogativa de função? 
 
 
 
5. Competência 
• Limite da jurisdição. 
• Advém de uma regra legal. 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
5.1 Guia de competência 
 
• Prefeito: Tribunal de Justiça 
• Governador: Superior Tribunal de Justiça 
• Deputado Federal/Senador: Supremo Tribunal Federal 
• Juiz em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime 
• Promotor em atividade: Tribunal que a tua, independentemente do local do crime 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
13 
 
Jurisprudência STF e STJ: no caso de Deputados Federais/Senadores e Governador, há 
dois critérios para foro de prerrogativa: 
• Esteja no cargo/diplomado 
• Crime tenha relação com o cargo. 
 
Se a resposta for não à pergunta 1, 
passamos a analisar em qual justiça 
será julgado 
 
Território/jurisdição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Militar 
• Eleitoral 
• Comum (Estadual ou Federal) 
 
 
• Regra: lugar de consumação | teoria do resultado. 
• Exceção: JECRIM | teoria da atividade. 
Foro por prerrogativa de função 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
14 
Quando incerta 
dívida 
PREVENÇÃO 
Crime permanente 
(sequestro) 
Infração continuada 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Não sabendo o local do crime: domicílio ou residência do réu. 
• Mais de um domicílio: prevenção. 
• Não tem residência certa ou ignorado o paradeiro: juiz que primeiro tomar conhecimento. 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
5.2 Causas de modificação da competência 
 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
Concurso de pessoas ou uma 
pessoa em concurso de crimes 
 
CONTINÊNCIA 
Intersubjetiva: simultaneidade, 
concurso ou reciprocidade 
Objetivas: material ou probatória 
 
CONEXÃO 
 
Jurisprudência: crimes contra à vida (dolosos ou culposos) devem levar em consideração 
a comunidade que foi atingida e a produção da prova | teoria da atividade. 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
15 
Nunca julga contravenção 
Julga crimes (crime político) 
Bens, interesses ou serviços da União, autarquia e empresa pública 
 
Juiz Federal 
 
Ainda, o Código de Processo Penal prevê: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
[...] 
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques 
sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou 
mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da 
vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
 
5.1 Como resolver questões sobre modificação de competência? 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
Júri + outro crime: 
Tudo vai à Júri, exceto 
crime eleitoral, crime 
militar e ato infracional 
 
 
 
 Lugar do crime mais 
grave 
 
 
 
 
 Lugar de maior número 
de infrações 
 
 
 
 
Atenção: No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital 
do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será 
competente o juízo da Capital da República. 
 
5.2 Justiça Federal 
• Tribunal Regional Federal: Revisão Criminal 
• Não é recurso, é ação autônoma de impugnação. 
 
 
Conexão e 
continência: 
 
Infrações da mesma 
categoria: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
16 
Preventiva Art, 311, 312, 313 e 
318-A do CPP 
Prisões cautelares 
Temporária Lei 7.960/89 
 
 
 
 
 
6. Prisão 
 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
6.1 Temporária (só cabível na fase do Inquérito Policial) 
• 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias. 
• Crime hediondo: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias. 
 
6.2 Flagrante 
 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal (próprio) 
II - acaba de cometê-la (próprio) 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infração (impróprio) 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração. (presumido) 
Observações: 
• Juiz, MP e Família devem ser IMEDIATAMENTE comunicados 
• Em 24 horas: 
• Deve ser expedida a nota de culpa 
• Deve o APF ser enviado ao Juiz (que marcará audiência de custódia) 
• Falta de testemunha não impede o flagrante 
• Art. 304 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização 
criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá 
denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
17 
• Cabe na fase do IP ou da Ação Penal 
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz 
• Quando ilegal deve ser relaxada (art.5, LXV da CF) 
• Quando não mais necessária deve ser revogada (art. 316 do CPP) 
• Admissibilidade prevista no art. 313 do CPP 
• Cabível 
• Ordem Pública• Ordem Econômica 
• Assegurar a aplicação da Lei Penal 
• Conveniência da Instrução Criminal 
• Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras 
medidas cautelares 
• Houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer 
elementos suficientes para esclarecê-la. 
• Deve ser revista a cada noventa dias 
• Possível ser ser domiciliar (art.318 do CPP) 
• Direito da Mulher gestante ou mãe de criança ou pessoa deficiente (art. 318-A do 
CPP) 
Preparatório 
Prepara uma futura ação penal. 
 
Inquisitivo 
Não há ampla defesa e contraditório, que ficarão postergados/diferidos para a ação 
penal. 
 
Sigiloso 
Não se aplica ao MP, ao juiz e ao advogado (que tem acesso ao inquérito, inclusive 
sem procuração). 
Ao advogado é exigida procuração quando for caso de segredo de justiça. 
 
 
6.3 Preventiva 
 
 
 
 
7. Inquérito Policial 
 
 
7.1 Conceito 
Procedimento administrativo com a finalidade de buscar elementos de autoria (quem fez) 
e de materialidade (qual o delito) para que uma futura ação penal seja proposta. 
Presidido pelo Delegado de Polícia. 
*Para todos verem: esquema 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
Respeito aos direitos fundamentais 
Situações que tem cláusula de reserva de jurisdição 
Respeitar prerrogativas dos advogados 
Investigação realizadas por membros 
 
7.2 Natureza jurídica 
• Natureza jurídica é de procedimento administrativo. 
 
7.3 Outras formas de investigação: 
 
Artigo 4º do CPP. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de 
suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades 
administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
 
7.4 Investigação pelo Ministério Público 
• Procedimento investigatório criminal: PIC 
• Teoria dos poderes implícitos: 
• A fundamentação para que o MP possa investigar. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
Ex officio 
Requisitção do Juiz ou 
Ministério Público 
Ação penal 
incondicionada 
 Requerimento da vítima ou de 
seu representante legal 
Notícia de qualquer pessoa 
Formas de início Auto de prisão em flagrante 
Ação penal pública Representação da vítima ou 
condicionada representante legal 
Ação penal privada 
Se a vítima buscar a Delegacia 
de Polícia autorizando o início 
da investigação. 
Inquérito Policial 
Elementos informativos 
Não há contraditório e ampla defesa 
Ação penal 
Provas 
Há contraditório e ampla defesa 
 
 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
• Em caso de denúncia anônima, deve ser realizada uma investigação prévia para ver a 
viabilidade da denúncia. 
 
Elementos informativos são diferentes de provas? 
Sim! (Art. 155 do CPP) 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
Atenção: Não se pode condenar com base exclusiva em elementos informativos.
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
 
7.5 Características do Inquérito Policial 
 
 
 
 
 
7.6 Encerramento do IP 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
Requer novas 
diligências 
 
Delegado 
encaminha os 
autos ao Juiz 
Juiz 
encaminha 
ao MP 
 
Ministério 
Público 
 
Oferece 
denúncia 
 
 
 
Arquivamento 
 
 
 
Juiz 
concorda 
 
 
Juiz Encaminha ao 
 
 
 
 
Concorda com o 
arquivamento 
 
Discorda do 
discorda chefe do MP arquivamento, 
determinando que 
outro ofereça 
denúncia ou ele 
mesmo oferece. 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
 
 
 
 
 
8. Ação Penal 
 
 
8.1 Conceito 
Direito subjetivo de pedir/requerer ao Estado-juiz a aplicação do direito objetivo no caso 
concreto. 
 
• Condições da ação 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
8.2 Espécies de ação penal 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
Espécies 
Pública Privada 
Condicionada Incondicionada Personalíssima Exclusiva 
Subsidiária da 
pública 
Representação 
Requisição do 
Ministro da 
Justiça 
Possibilidade 
jurídica do 
pedido 
Justa causa 
Legitimidade 
da parte 
Interesse 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
 
8.2.1 Ação Penal Pública 
Manejada pelo Ministério Público através de Denúncia. 
• Incondicionada 
• Condicionada Representação (procuração com poderes especiais - art. 39 do CPP) ou 
requisição. 
8.2.2 Ação Penal Privada 
Manejada por advogado através da queixa-crime. 
• Personalíssima. 
• Somente uma pessoa pode entrar com a ação. 
• A única situação está prevista no art. 236 do Código Penal. 
• Exige procuração com poderes especiais (art. 44 do CPP) 
 
Atenção: 
Art. 24, § 2o do CPP - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse 
da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 
 
 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
 
8.3 Princípios 
 
* Para todos verem: esquema 
Pública Privada 
Obrigatoriedade: tendo elementos e de autoria e 
materialidade, o Ministério Púbico é obrigado a 
entrar com a ação penal 
 
Conveniência e oportunidade: renúncia 
Indisponível: O Ministério Público não pode 
desistir da ação penal proposta 
Disponível: perdão 
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
8.4 Institutos aplicáveis a ação penal privada 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
8.5 Perdão 
• Se um aceitar e os outros não, o processo segue contra os que não aceitaram. 
• Aceitação: expressa ou tácita (se o réu não se manifestar em 3 dias). 
 
Artigo 58 do CPP. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado 
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser 
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. 
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. 
 
8.6 Provas 
 
• Prova ilegal/ilícita deve ser desentranhada 
• É possível a prova emprestada 
 
 
8.7 Principais Artigos do CPP 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido 
os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos 
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado 
em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte. 
 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
Após o início da ação penal 
Ato bilateral 
Quando ofertado a um, atinge os 
demais 
Perdão 
Antes do início da ação penal 
Ato unilateral 
Quando ofertado a um, atinge os 
demais. 
Renúncia 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
Revisão Turbo | 36º Exame de Ordem 
Processo Penal 
 
 
 
 
 
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as 
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
 
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão 
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta 
decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
 
Art. 161. O exame de corpode delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer 
hora. 
 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os 
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto. 
 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou 
em parte. 
 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial 
negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento 
da verdade. 
 
Art. 185, § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no 
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança 
do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do 
defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) 
 
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento 
das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência 
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que 
a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: 
(Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) 
 
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos 
em qualquer fase do processo. 
 
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, 
serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea 
nomeada pela autoridade. 
 
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer 
das partes. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1
 
 
1 
Caderno de Questões – Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de Questões – Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
26 
 
 
 
1) FGV – 2022 - OAB - XXXIV Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q69 
Ao término da instrução criminal no processo em que Irineu foi denunciado pelo crime de homicídio doloso 
consumado que vitimou Alberto, o advogado de Irineu teve a palavra em audiência para fazer suas alegações finais 
(juízo de admissibilidade da acusação). No curso do inquérito policial o Delegado de Polícia representou ao juízo 
competente pelo incidente de insanidade mental, cujo laudo afirmou que, na data em que o crime foi praticado, Irineu 
era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. Ouvidas as testemunhas arroladas na denúncia, 
Roberta, cliente que estava no bar em que aconteceu o crime, declarou que Irineu tinha traços semelhantes àqueles 
da pessoa que efetuou o disparo de arma de fogo, mas não poderia afirmar com certeza a autoria. No mesmo 
sentido foi o depoimento de Laércio, que era garçom daquele estabelecimento comercial. Rui, que estava no caixa 
do bar, e Ana, a gerente, disseram não ter condições de reconhecer o réu. Irineu sempre negou a autoria do 
homicídio. Você, como advogado(a) de defesa de Irineu, em alegações finais, deve sustentar a tese de 
A) nulidade do processo desde a decisão que determinou o exame de insanidade mental, pois o Delegado de Polícia 
não poderia representar pelo incidente de insanidade mental, por não ter qualidade de parte. 
B) absolvição sumária, em razão do laudo do exame de insanidade mental ter afirmado que Irineu era absolutamente 
incapaz, por doença mental, sem condições, à época, de entender o caráter ilícito do fato. 
C) impronúncia de Irineu, posto que a prova testemunhal não revelou a existência de indícios suficientes de autoria. 
D) despronúncia, em razão das declarações de Rui e Ana, que não reconheceram Irineu como autor do disparo de 
arma de fogo. 
 
 
2) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Rogério foi denunciado pela prática de um crime de homicídio qualificado por fatos que teriam ocorrido em 2017. 
Após regular citação e apresentação de resposta à acusação, Rogério decide não comparecer aos atos do processo, 
apesar de regularmente intimado, razão pela qual foi decretada sua revelia. Em audiência realizada na primeira fase 
do procedimento do Tribunal do Júri, sem a presença de Rogério, mas tão só de sua defesa técnica, foi proferida 
decisão de pronúncia. Rogério mudou-se e não informou ao juízo o novo endereço, não sendo localizado para ser 
pessoalmente intimado dessa decisão, ocorrendo, então, a intimação por edital. Posteriormente, a ação penal teve 
regular prosseguimento, sem a participação do acusado, sendo designada data para realização da sessão plenária. 
Ao tomar conhecimento desse fato por terceiros, Rogério procura seu advogado para esclarecimentos, informando 
não ter interesse em comparecer à sessão plenária. Com base apenas nas informações narradas, o advogado de 
Rogério deverá esclarecer que: 
 
A) o processo e o curso do prazo prescricional, diante da intimação por edital, deveriam ficar suspensos. 
 B) a intimação da decisão de pronúncia por edital não é admitida pelo Código de Processo Penal. 
 C) o julgamento em sessão plenária do Tribunal do Júri, na hipótese, poderá ocorrer mesmo sem a presença do réu. 
 D) a revelia gerou presunção de veracidade dos fatos e a intimação foi válida, mas a presença do réu é indispensável 
para a realização da sessão plenária do Tribunal do Júri. 
 
 
3) FGV – 2022 - OAB – 35º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Rodrigo responde ação penal pela suposta prática do crime de venda irregular de arma de fogo de uso restrito, 
na condição de preso. O magistrado veio a tomar conhecimento de que Rodrigo seria pai de uma criança de 11 
anos de idade e que seria o único responsável pelo menor, que, inclusive, foi encaminhado ao abrigo por não ter 
outros familiares ou pessoas amigas capazes de garantir seus cuidados. Com esse fundamento, substituiu, de 
ofício, a prisão preventiva por prisão domiciliar. Rodrigo, intimado da decisão, entrou em contato com seu(sua) 
advogado(a) em busca de esclarecimentos sobre o cabimento da medida e suas consequências. A defesa técnica 
de Rodrigo deverá esclarecer que a concessão da prisão domiciliar foi 
 
a) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detração do período de cumprimento, 
que deverá ser observado na execução da pena, mas não no momento da fixação do regime inicial do 
cumprimento de pena. 
b) adequada, e o tempo recolhido em casa justifica o reconhecimento de detração do período de cumprimento, 
que poderá ser observado no momento da fixação do regime inicial de cumprimento de pena. 
c) inadequada, pois somente admitida para as mulheres que sejam mães de crianças menores de 12 anos. 
Caderno de Questões – Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
27 
 
 
d) adequada, mas não justifica o reconhecimento de detração. 
 
4) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q68 
Paulo, advogado, foi intimado de duas decisões proferidas pelo juízo da execução penal do Rio de Janeiro, em 
relação a dois de seus clientes. Na primeira, foi determinada a perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio, 
considerando que foi reconhecida, por meio de procedimento regular, observadas as exigências legais, a prática de 
falta grave pelo mesmo. Na segunda decisão, o pedido de progressão de regime formulado por Paulo em relação 
ao apenado Flávio foi deferido, tendo o magistrado fixado, como condição a ser observada no regime aberto, o 
cumprimento de prestação de serviços à comunidade. Diante das intimações, Paulo poderá apresentarA) recurso em sentido estrito para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. 
B) agravo para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. 
C) agravo para questionar apenas a decisão que determinou a perda dos dias remidos, que seria ilegal, mas não a 
que fixou condições especiais para a progressão de regime. 
D) agravo para questionar a decisão que fixou a prestação de serviço à comunidade como condição para a 
progressão para o regime aberto, não havendo ilegalidade, porém, na determinação da perda de 1/5 (um quinto) dos 
dias remidos por Lúcio. 
 
5) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da capitulação 
delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo indicada qual seria a idade 
da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para esclarecimentos, destacando a dificuldade na 
compreensão dos fatos imputados. O advogado de Caio, constatando que a denúncia estava inepta, deve 
esclarecer ao cliente que, sob o ponto de vista técnico, com esse fundamento poderia buscar: 
 
A) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
B) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento 
do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
C) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser oferecida nova 
denúncia com base nos mesmos fatos. 
D) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de acolhimento 
do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá oferecimento de nova 
denúncia. 
 
 
6) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q64 
Vanessa foi presa em flagrante, logo após cometer um crime de furto em residência. A proprietária do imóvel, 
Jurema, 61 anos, informou aos policiais que viu, pelas câmeras de segurança, Vanessa escalando o alto muro da 
residência e ingressando na casa, acreditando a vítima que a mesma rompeu o cadeado da porta, já que este 
encontrava-se arrombado. Por determinação da autoridade policial, um perito oficial compareceu à residência de 
Jurema e realizou laudo pericial para confirmar que o muro que Vanessa pulou era de grande altura e demandava 
esforço no ato. Deixou, porém, de realizar a perícia no cadeado e na porta por onde Vanessa teria entrado na casa. 
Você, como advogado(a), foi constituído(a) por Vanessa para a apresentação de alegações finais. Considerando as 
informações expostas, você deverá alegar que 
A) a perícia realizada no muro não poderá ser considerada prova, mas tão só elemento informativo a ser confirmado 
por provas produzidas sob o crivo do contraditório, tendo em vista que as partes não participaram da elaboração do 
laudo. 
B) deve ser afastada a qualificadora com fundamento no rompimento de obstáculo, já que não foi produzida prova 
pericial, não sendo suficiente a confissão da acusada. 
C) a perícia realizada para demonstrar a escalada foi inválida, pois não foi realizada por dois peritos oficiais, nos 
termos da determinação do Código de Processo Penal. 
Caderno de Questões – Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
28 
 
 
D) a idade da vítima não foi comprovada por documento idôneo, não podendo ser reconhecida agravante por tal 
fundamento. 
 
7) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q68 
Caio praticou um crime de furto (Art. 155 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa) no interior da sede da Caixa 
Econômica Federal, empresa pública, em Vitória (ES), ocasião em que subtraiu dinheiro e diversos bens públicos. 
Ao sair do estabelecimento, para assegurar a fuga, subtraiu, mediante grave ameaça, o carro da vítima, Cláudia 
(Art. 157 – pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa). Houve perseguição policial, somente vindo Caio a ser preso na 
cidade de Cariacica, onde foi encontrado em seu poder um celular produto de crime anterior (Art. 180 – pena: 
reclusão, de 1 a 4 anos, e multa). Considerando a conexão existente entre os crimes de furto simples, roubo 
simples e receptação, bem como a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a opção que indica a Vara 
Criminal competente para o julgamento de Caio. No momento das alegações finais, o advogado de Francisco, sob o 
ponto de vista técnico, deverá destacar que 
A) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Vitória. 
B) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Cariacica. 
C) A Justiça Federal, em relação ao crime de furto, e a Vara Criminal de Vitória, da Justiça Estadual, no que 
tange aos crimes de roubo e receptação. 
D) A Justiça Federal, em relação a todos os delitos. 
 
8) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q65 
Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em desfavor de Jonas, o Ministério 
Público requereu o seu arquivamento por falta de justa causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, 
o que restou devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o arquivamento do inquérito policial, 
uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada, compareceu à delegacia de polícia alegando 
possuir informações quanto ao autor do homicídio de Jonas. 
A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, procura você, como advogado(a) da família, para 
esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas aptas a identificar o autor do crime, você deverá 
esclarecer aos familiares da vítima que o órgão ministerial: 
A) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento não faz coisa julgada material 
independentemente de seu fundamento. 
B) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento é imutável na presente 
hipótese. 
C) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera notícia, inexistindo efetivamente 
qualquer prova nova quanto à autoria do delito. 
D) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento fez apenas coisa julgada 
formal no caso concreto. 
 
 
9) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q67 
Vitor foi denunciado pela suposta prática dos crimes de furto e ameaça, já que teria ingressado em estabelecimento 
comercial e, enquanto subtraía produtos, teria, para garantir o sucesso da empreitada delitiva, ameaçado o 
funcionário que realizava sua abordagem. Considerando que o funcionário não compareceu em juízo para 
esclarecimento dos fatos, Vitor veio a ser absolvido por insuficiência de provas, transitando em julgado a sentença. 
Outro promotor de justiça, ao tomar conhecimento dos fatos e localizar o funcionário para ser ouvido em juízo, veio 
a denunciar Vitor pelo mesmo evento, mas, dessa vez, pelo crime de roubo impróprio. 
Após citação, caberá ao(à) advogado(a) de Vitor, sob o ponto de vista técnico, 
 
A) buscar a desclassificação para o crime de furto simples em concurso com o de ameaça no momento das 
alegações finais, mas não a extinção do processo, considerando que a absolvição anterior foi fundamentada em 
insuficiência probatória. 
Caderno de Questões – Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
29 
 
 
B) requerer, em resposta à acusação, a absolvição sumária de Vitor, pois está provado que o fato não ocorreu. 
C) apresentar exceção de litispendência, requerendo a extinção do processo. 
D) apresentar exceçãode coisa julgada, buscando extinção do processo. 
 
10) FGV – 2020 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q67 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Tiago e Talles, imputando-lhes a prática do crime de sequestro 
qualificado, arrolando como testemunhas de acusação a vítima, pessoas que presenciaram o fato, os policiais 
responsáveis pela prisão em flagrante, além da esposa do acusado Tiago, que teria conhecimento sobre o ocorrido. 
Na audiência de instrução e julgamento, por ter sido arrolada como testemunha de acusação, Rosa, esposa de 
Tiago, compareceu, mas demonstrou que não tinha interesse em prestar declarações. O Ministério Público insistiu 
na sua oitiva, mesmo com outras testemunhas tendo conhecimento sobre os fatos. Temendo pelas consequências, 
já que foi prestado o compromisso de dizer a verdade perante o magistrado, Rosa disse o que tinha conhecimento, 
mesmo contra sua vontade, o que veio a prejudicar seu marido. Por ocasião dos interrogatórios, Tiago, que seria 
interrogado por último, foi retirado da sala de audiência enquanto o corréu prestava suas declarações, apesar de 
seu advogado ter participado do ato. Com base nas previsões do Código de Processo Penal, considerando apenas 
as informações narradas, Tiago: 
A) não teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na sua ausência durante o interrogatório de 
Talles e nem na oitiva de Rosa na condição de testemunha, já que devidamente arrolada pelo Ministério Público. 
B) teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na ausência de Tiago no interrogatório de Talles e 
na oitiva de Rosa na condição de testemunha. 
C) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas 
deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, já que ela poderia se recusar a prestar declarações. 
D) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas 
deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, pois, em que pese seja obrigada a prestar declarações, 
deveria ser ouvida na condição de informante, sem compromisso legal de dizer a verdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno de Questões – Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
30 
 
 
 
Gabaritos das Questões: 
 
 
 
1 - C 2 - C 3 - B 4 - D 5 - A 6 - B 7 - D 8 - D 9 - D 10 - C 
 
 
 
 
 
Caderno de Questões – Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer

Continue navegando