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UNIDADE 01

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Prévia do material em texto

Língua Brasileira 
de Sinais
2L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Língua Brasileira de Sinais
Ao longo dos diálogos e conteúdos da disciplina, você conhecerá não somente a língua, mas também o sujeito 
surdo, suas necessidades, seus anseios e suas possibilidades. Afinal, apesar de serem uma minoria linguística, são 
também usuários da segunda língua oficial do nosso país, a Libras, o que é bem representativo, não é mesmo?
Figura 1. Símbolo de acessibilidade em Libras
Não é tarefa fácil ser uma pessoa surda vivendo 
em um mundo repleto de sons; você consegue 
imaginar? Nos séculos XV e XVI, os surdos eram 
vistos e tratados como incapazes. Com o passar 
do tempo, verificou-se que esse tratamento 
não era correto e que o que faltava aos surdos 
era uma forma acessível de comunicação. 
De lá para cá, estamos em um processo de inclusão escolar e social, mas, sem dúvida, em relação 
ao uso da Libras, estamos distantes de uma situação, ao menos, razoável para as pessoas surdas 
sinalizantes. Então, que tal contribuir para a mudança desse cenário?
Por isso, ao longo desta disciplina, você conhecerá os aspectos históricos da surdez e da comunicação 
que se realiza na modalidade visuogestual, uma série de aspectos legislativos em relação ao uso da 
língua, a cultura e a identidade surdas, os aspectos gramaticais e, por fim, tópicos da atualidade em 
relação às práticas em Libras.
Trilha de aprendizagem
Ao longo de todas essas descobertas sobre a “nova língua”, você terá à disposição 14 seções 
personalizadas que trarão os ensinamentos de uma forma leve e prática. Confira cada uma delas e 
embarque neste aprendizado.
A surdez não é algo que se perceba à primeira vista, mas que afeta sobremaneira a constituição do 
indivíduo, as relações que ele estabelece com seus pais, familiares, seus amigos, com a escola e todo 
meio que o cerca.
3L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Trilha de aprendizagem
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
BIOGRAFIA
Este será o primeiro passo de cada uma das 
unidades. Neste momento, você poderá 
conhecer um pouco mais sobre o tema da 
unidade por meio de um vídeo. Além disso, 
você conhecerá o estudo de caso a ser 
trabalhado durante o conteúdo. Portanto, 
preste bem atenção em cada detalhe.
PRIMEIRAS
PERCEPÇÕES
Esta será sua primeira atividade da unidade. 
A partir do estudo de caso, visto na seção 
“Biografia”, você poderá registrar suas primeiras 
percepções acerca do questionamento 
feito. De quebra, você poderá salvar sua 
resposta em um documento editável, para 
comparar ao final da unidade e conferir 
sua bela trajetória de conhecimento.
NO PROFESSOR
DE OLHO
O “De olho no professor” será o espaço da sua 
videoaula. Nela, você compreenderá conceitos 
acerca do conteúdo, de uma forma leve e 
dinâmica. Fique atento, pois este recurso pode 
aparecer a qualquer momento nas unidades.
VIDEOCAST
Momento para dar o play em um videocast. 
Nele, você poderá acompanhar um bate-
papo com convidados e, quem sabe, até 
uma interpretação de alguma música. 
Esse é o espaço em que você terá a 
aplicação do conteúdo da unidade.
REFLITA
Este recurso será apresentado para 
que você reflita sobre alguma questão 
específica do conteúdo, a fim de trazer suas 
experiências e vivências à tona, para uma 
melhor compreensão em cada unidade.
4L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Nesta trilha, você contará também com a 
participação de alguns convidados que fazem parte 
da comunidade surda, que agregarão ainda mais 
valor ao processo de aprendizagem da disciplina. 
Além disso, você terá a oportunidade de vivenciar a 
língua em diversos cenários. 
Então, siga em frente e conheça as surpresas que 
esperam por você.
Desafios são importantes para a jornada 
de aprendizado, então se prepare para 
realizar atividades em cada unidade. Vamos 
ver se você está fera no conteúdo.
Mais importante que saber algo é conhecer a 
sua aplicabilidade. Por isso, nas intervenções do 
“Foco na prática”, você poderá explorar alguns 
diálogos em situações reais do cotidiano.
Continue explorando os tópicos do conteúdo 
por meio dos materiais complementares 
indicados em cada unidade.
Acompanhe, na seção de “Referências”, 
a bibliografia utilizada na construção 
de cada unidade.
Como o aprendizado é contínuo, nada melhor do 
que uma ajudinha nas definições importantes, 
não é mesmo? Então, ao longo do conteúdo,você 
encontrará as definições de termos específicos 
e, além disso, poderá conferir um resumo 
das definições apresentadas na disciplina.
Graças à tecnologia, é possível estar em 
vários locais e explorá-los em todos os 
detalhes. No “Tour 360°”, você poderá 
visitar muitos lugares sem sair de casa e 
ainda poderá aprender a cada descoberta.
Depois de muito conteúdo, chegará o momento 
de concluir o estudo de caso exposto no início 
da unidade. Vamos ver se você entendeu tudo 
direitinho, de modo a auxiliar nessa resolução. 
Nesta disciplina, você terá à disposição o 
“Estude off-line”. Nesta seção, você poderá 
realizar o download do e-book de cada unidade 
e ter todo o conteúdo na palma da mão.
TOUR 360 °
CONCLUSÃO
GLOSSÁRIO
ESTUDE
OFFLINE
Após cada unidade, você poderá praticar 
ainda mais nas questões de estudo, que 
estarão disponíveis em seu ambiente 
virtual de aprendizagem (AVA).
QUESTÕES
DE ESTUDO
ATIVIDADES
NA PRÁTICA
FOCO
COMPLEMENTARES
MATERIAIS
REFERÊNCIAS
5L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
PROFESSORAS
Pedagoga, psicopedagoga e especialista na área da 
educação especial, especificamente da área da surdez. 
Além disso, é mestra em Educação pela Unifesp, com 
pesquisa sobre a surdez na educação infantil no município 
de São Paulo. Atualmente, é doutoranda no Programa de 
Educação e Saúde na Infância e Adolescência pela Unifesp. 
CAMILA NETO FERNANDES 
ANDRADE
Pedagoga, pós-graduada em Psicopedagogia, Libras e 
Educação de Surdos, Educação Inclusiva, entre outros. 
Além disso, é mestra em Práticas Docentes no Ensino 
Fundamental, coordenadora de cursos na Unimes 
Virtual e docente no ensino superior, especificamente 
em disciplinas do curso de Pedagogia.
MARIA ISABEL DE ABREU 
SOUZA
Pedagoga, especialista em Educação e Reeducação 
Psicomotora, Especial e Inclusiva e Libras. Além disso, 
é mestra em Diversidade e Inclusão pela Universidade 
Federal Fluminense (UFF) e atua como docente 
em algumas instituições públicas e privadas, tendo 
experiência com educação infantil, ensino médio e 
ensino superior.
SIMONE PEREIRA MONTEIRO
OBJETIVOS D E APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA
Identificar os marcos históricos na 
trajetória dos surdos e suas conquistas.
Objetivo 1
Objetivo 2
Objetivo 3
Compreender a comunicação das pessoas 
surdas e as características da comunicação 
visuogestual, empregando sinais básicos 
de Libras em contextos comunicativos.
Diferenciar mitos e verdades em relação 
aos surdos e à língua de sinais.
6L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
VIDEOCAST
Nada melhor do que ter uma playlist de vídeos para chamar de sua, não é mesmo? Por isso, tenha 
um rápido acesso a cada videocast inserido ao longo desta disciplina. Certamente, você vai querer 
“maratonar” as entrevistas e as atividades. Então, acesse o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) 
para ter um spoiler de cada unidade.
Já deu para perceber que sua jornada nesta “nova língua” será fascinante, não é? Então, acompanhe 
os conteúdos de cada unidade com atenção e dedicação, realizando as atividades propostas. Assim, 
ao final, você terá subsídios necessários para incluir mais esta língua em seu cotidiano, entendendo 
a importância dela para a sociedade e as interações entre os indivíduos.
Bons estudos!
Acesse o conteúdo no AVA
Conheça, nesta primeira unidade, o panorama da educação surda no Brasil, suas especificidades, 
seus marcos e suas mudanças de paradigma.
Para iniciar seus estudos nesta unidade, você terá a primeira aproximação com a história da educação 
de surdos no Brasil e no mundo. Compreenderá tambémcomo os surdos eram vistos e como esta 
realidade foi transformada e se aprofundará nas modalidades de comunicação da comunidade 
surda, entre outros assuntos.
Por isso, como objetivo de aprendizagem, você poderá conhecer os marcos históricos na trajetória 
dos surdos e suas conquistas, compreender a língua de sinais e suas características e identificar 
mitos e verdades em relação aos surdos e sua língua. Vamos lá?
CONHECENDO A
LÍNGUA BRASILEIRA 
DE SINAIS
8L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Para iniciar seus estudos e conhecer a biografia desta unidade, acesse 
este link ou escaneie o QR Code ao lado para assistir ao vídeo.
Além disso, na atividade diretamente no AVA, aproveite para deixar 
as suas “Primeiras percepções” da situação do vídeo.
A história dos surdos e seus movimentos sociais
Nos primórdios da humanidade, não havia 
registros documentais, mas há suposições 
indicando que as pessoas com deficiência 
não sobreviviam. As crianças com deficiência, 
por exemplo, eram consideradas um fardo e 
eram abandonadas pelo caminho, pois seriam 
incapazes de sobreviver ao ambiente hostil e 
ajudar o grupo a buscar alimento e se defender 
dos perigos, mesmo depois de crescidas.
Para que você compreenda o percurso histórico das pessoas com surdez, é indispensável fazer uma 
imersão no passado, acompanhando a evolução da sociedade e o tratamento dado às pessoas 
com deficiência.
BIOGRAFIA
Figura 2. Múltiplas deficiências na sociedade
Esse comportamento persistiu em todos os períodos históricos, em diferentes contextos, desde 
a eliminação por meio de política de assassinatos, passando pela segregação, em instituições 
de caridade, evoluindo em direção à possibilidade de aprendizagem em escolas especiais e, 
posteriormente, nas salas regulares, por meio da inclusão.
http://www.kaltura.com/tiny/08q7z
9L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Em todas essas etapas, apesar de que muitas mudanças foram benéficas, persiste ainda a ideia de 
que há um padrão de normalidade, imposto pela sociedade. Esse padrão acaba sendo a forma 
de se medir o comportamento social da maioria em relação a esses indivíduos, que são pessoas 
com diferentes possibilidades de aprendizagem e de evolução.
Para iniciar bem esta unidade, que tal ver uma síntese sobre os principais marcos da educação de 
surdos? Ao longo de seus estudos, você conhecerá cada detalhe. Nesse sentido, confira a linha do 
tempo diretamente no AVA.
Acesse o conteúdo no AVA
No próximo tópico, você conhecerá um pouco a questão da surdez. Preparado?
OS CAMINHOS DOS SURDOS E DA LÍNGUA 
DE SINAIS NO DECORRER DA HISTÓRIA
Segundo a autora Fernandes (2012), os surdos foram vítimas de uma concepção equivocada que 
vinculava a surdez à falta de inteligência, com base na crença de que, como não falavam, não possuíam 
linguagem, não poderiam pensar e, portanto, não haveria possibilidade de aprendizagem formal.
Um exemplo disso está na Grécia Antiga, onde, segundo Moraes, Gonçalves e Bergmann (2018), 
acreditava-se que os surdos tinham doença mental. Como não oralizavam, seriam menos 
inteligentes que os cegos.
O desenvolvimento da linguagem levava ao pensamento e 
à condição humana, porém, como o surdo não conseguia se 
expressar falando, então, consequentemente, não pensava e não 
era humano”.
(MORAES; GONÇALVES; BERGMANN, 2018, p. 15)
Surdo: Sujeito que apresenta perda auditiva bilateral profunda.
Glossário
1 0L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Além disso, os textos bíblicos ressaltavam que 
a única maneira de o homem se comunicar 
com Deus seria por meio da voz e do ouvido, 
o que justificava a condição dos surdos, que, 
considerados sem alma, eram desassistidos e 
abandonados por seus familiares.
Figura 3. Representação da comunicação com Deus segundo a Bíblia
Diante disso, as pessoas surdas não eram instruídas e, chegando à fase adulta, não tinham autonomia 
e não faziam uso dos direitos legais como: receber testamentos, possuir propriedades ou casar-se.
Entretanto, muitas famílias nobres, por não desejarem dividir suas riquezas, incentivavam os 
casamentos consanguíneos, o que resultava no nascimento de filhos com deficiência, entre elas, 
a surdez. Diante dessa situação e na iminência de se criar um filho que não pudesse administrar os 
bens da família no futuro, puseram-se a pensar em uma forma de educar esses indivíduos, para que 
fossem reabilitados.
REFLITA
Sobre o trecho anterior, você imagina o que significa a expressão “reabilitados”? Nesse contexto, 
o termo corresponde à busca da sociedade por normalizar os indivíduos surdos, ou seja, intervir 
para que eles recebessem um tratamento para “igualarem-se” aos ouvintes. A reabilitação incluía 
desenvolver a fala, a leitura, a escrita, os conhecimentos matemáticos e religiosos, já que, naquela 
época, os indivíduos surdos também deveriam rezar e se confessar.
Ouvintes: Refere-se aos indivíduos que não têm perda auditiva, que não necessitam de recursos adicionais como 
aparelhos auditivos ou implantes.
Glossário
No final da Idade Média e início da Idade Moderna, surgiram as primeiras iniciativas para se educar 
os surdos e, com isso, algumas personalidades se destacaram no processo. Ficou curioso? Você pode 
conhecê-las diretamente no AVA.
Acesse o conteúdo no AVA
1 1L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Com todas as contribuições dos personagens relatados até aqui, vale destacar um marco importante: 
em 1878, em Paris, foi realizado o I Congresso Internacional dos Surdos, em que práticas utilizadas 
para instruir surdos foram apresentadas. Muitos debates ocorreram, principalmente por causa das 
duas correntes que se formaram. Conheça cada uma delas a seguir.
Oralismo
Gestualismo
Era uma corrente que buscava a normalização, sendo o desenvolvimento da 
fala dos surdos a única forma aceita para sua integração social.
Era uma corrente que aceitava a língua de sinais, entendendo que, além 
das dificuldades que os surdos tinham para falar, havia, nos gestos, uma 
comunicação efetiva.
Apesar dos avanços com o uso da língua de sinais, sempre havia críticas de pais de surdos, educadores 
e estudiosos que se mostravam contrários à educação por meio do sinal e defendiam a oralidade 
como única forma de educá-los.
REFLITA
Na época, a opinião dos surdos sobre o modo como preferiam se comunicar não era levada em 
consideração. Diante da realidade atual, dá para acreditar que isso ocorria? A supremacia ouvintista 
era sumária e apenas aquilo que pais ouvintes, educadores ouvintes e estudiosos ouvintes achavam 
era levado em consideração.
1 2L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Já em 1880, foi realizado o II Congresso 
Internacional, em Milão, que trouxe uma 
completa mudança nos rumos da educação de 
surdos e, justamente por isso, ele é considerado 
um marco histórico.
Na época, Alexander Graham Bell, conhecido 
pela invenção do telefone, também era um 
conhecido oralista e tinha a mãe e a esposa 
surdas. Ele foi uma importante personalidade, 
além das que você viu anteriormente, pois se 
lançou em defesa do oralismo, buscando dar 
força de lei às suas convicções a respeito do 
método alemão criado por Samuel Heinicke. Figura 4. Retrato de Alexander Graham Bell
Para Graham Bell, “a surdez era um desvio e os surdos deveriam estudar com os ouvintes, não por 
direito, mas para evitar que se conhecessem e se casassem, o que para ele seria um perigo para a 
sociedade” (HONORA, 2017, p. 56).
Sobre esse congresso em Milão, Honora (2017, p. 57) ressalta o seguinte:
Neste congresso, 54 países enviaram seus mais renomados 
estudiosos de surdez, sendo que apenas um dos participantes 
era surdo. Ao final do congresso, ocorreu a votação na qual seria 
escolhida qual a melhor forma de educar os surdos, pela forma oral 
ou pelo uso da língua de sinais. O participante surdo foi convidado a 
se retirar da sala e outros 53 participantes escolheram que a melhor 
forma de educar os surdos era pelo oralismo”.
(HONORA,2017, p. 57)
Entre as determinações desse congresso estavam a de que a fala era superior aos sinais — e que ela 
deveria ter preferência na educação dos surdos — e a de que o método oral puro deveria ser preferido 
ao método combinado (HONORA, 2017). Infelizmente, diante da vitória do método oral, a língua de 
sinais passou a ser proibida nas escolas. Os alunos que insistiam em usar os sinais eram castigados.
Os surdos que frequentavam as escolas começaram a ter aulas 
somente na sua forma oral e quando insistiam em usar a língua de 
sinais eram amarrados com suas mãos para trás e, em alguns casos, 
eram cruelmente açoitados pela palmatória”.
(HONORA, 2017, p. 57)
1 3L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
A decisão do congresso gerou diversas consequências, tanto para profissionais quanto para as crianças 
surdas. Confira mais sobre o assunto no infográfico a seguir.
1 4L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Por volta de 1960, com o fracasso da abordagem oralista, uma vez que a quantidade de surdos 
oralizados era baixíssima, novos estudos começaram a ser feitos e a língua de sinais começou a ser 
novamente cogitada. Um desses estudiosos, William Stokoe, publicou o artigo Sign language structure: 
an outline of the usual communication system of the american deaf, indicando que a língua de sinais 
utilizada pelos surdos americanos teria uma estrutura gramatical semelhante à das línguas orais.
Surdos oralizados: Os surdos usuários da língua portuguesa são pessoas com perda auditiva que se comunicam, 
principalmente, por meio da voz. Eles podem fazer leitura labial e utilizar-se de aparelhos auditivos ou implantes 
cocleares.
Glossário
Diante das várias pesquisas que se seguiram e da insatisfação da maioria das pessoas surdas com o 
oralismo e seus resultados, surge, por volta de 1968, uma nova filosofia educacional denominada 
comunicação total, concebida por Roy Holcomb. Vamos conhecê-la melhor?
Possibilidades 
e objetivos
Visão
Na abordagem comunicação total, desenvolvida entre 1970 e 1980, são 
permitidas a língua de sinais, a fala, o alfabeto manual, entre outros. Ela 
tem como objetivo possibilitar o desenvolvimento da pessoa surda para que 
tenha uma comunicação real com seus familiares, professores e seus pares 
e para que possa construir seu mundo interno.
Nessa filosofia, a oralização é uma das áreas trabalhadas, com o intuito 
de possibilitar a integração social do indivíduo surdo com o meio social 
ouvinte. A surdez não é tida como uma patologia (como no oralismo), mas é 
uma marca que compromete as relações sociais do indivíduo e interfere no 
desenvolvimento cognitivo e até mesmo afetivo.
Melhoria x 
dificuldades
Observou-se que alguns aspectos foram melhorados em relação ao oralismo. 
A comunicação e a compreensão tiveram um avanço, entretanto outras 
dificuldades foram identificadas, como, por exemplo, a falta de uma língua 
oficial. Isso porque todos os recursos para comunicação eram permitidos e 
a língua oral não era a mais simples para o surdo.
1 5L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
REFLITA
No contexto brasileiro, na comunicação total, utilizava-se o português sinalizado, prática que 
combinava a estrutura da língua portuguesa e os sinais. Isso contribuiu para, de certo modo, 
“confundir” o aluno, visto que a língua de sinais funcionava como um acessório ou uma estratégia 
de ensino, e não como uma língua de fato.
Assim, estudos sobre a língua de sinais indicaram que uma educação de surdos baseada nos princípios 
do bilinguismo poderia ser uma alternativa viável. Para conhecer o bilinguismo, acesse o AVA.
Acesse o conteúdo no AVA
Depois de muita informação, que tal sintetizar as três abordagens? Então, confira a seguir.
Oralismo
ou filosofia 
oralista
– Instituída a partir de 1880, com o objetivo de igualar o surdo ao ouvinte, 
com o foco no desenvolvimento da oralidade.
– Esta abordagem integra a pessoa surda à comunidade ouvinte e traz a visão 
clínica da surdez.
– O surdo deve se reabilitar em direção à normalidade.
– A estimulação do desenvolvimento da oralidade começa em casa, assim 
que se descobre a surdez.
– Gestos, alfabeto manual e língua de sinais são totalmente proibidos. 
Consequentemente, a audição deve ser treinada e a leitura orofacial deveria 
ser desenvolvida.
– No contexto escolar, o surdo era exposto a treinamentos de fala diários; e 
os conteúdos escolares ficavam em segundo plano.
– Grande parte dos surdos não alcançou bons resultados com essa abordagem.
1 6L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Comunicação 
total
– Instituída no período de 1970-1980, essa abordagem considerava que as 
línguas de sinais teriam uma organização formal semelhante às línguas faladas.
– Admite-se o uso da língua de sinais, da fala, do alfabeto manual, da prótese 
auditiva, da leitura orofacial, da escrita, além do uso do português sinalizado 
na aprendizagem.
– Nesse processo, a surdez não é vista como enfermidade, mas como uma 
marca que compromete as relações sociais e interfere no desenvolvimento 
do indivíduo surdo. Consequentemente, busca desenvolver uma comunicação 
real com os familiares, amigos e professores.
– A língua de sinais é aceita, porém não ocupa o status de língua oficial.
– Com essa abordagem, as relações sociais entre surdos e ouvintes foram 
melhoradas, porém os problemas de leitura, escrita e as dificuldades em 
expressar sentimentos e ideias continuaram.
Bilinguismo
– Instituída a partir de 1980, essa abordagem, adotada no Brasil, garantia 
a acessibilidade a duas línguas: a língua de sinais, como L1, e a língua oral, 
como L2.
– A surdez é uma característica do indivíduo, portanto ele não precisa se 
modificar.
– A criança surda adquire a língua nos primeiros anos de vida, em contato 
com a comunidade surda, sendo algo natural.
– A língua oral é ensinada posteriormente (L2), quando a criança ingressa na 
escola, na modalidade escrita e, quando possível, na modalidade oral.
– Em uma de suas vertentes, a língua oral é descartada.
– Apesar de todos os benefícios, é de difícil implantação.
REFLITA
Você sabia que a comunidade surda, usuária da língua de sinais, retrata com grande pesar o período 
oralista aqui no Brasil? Na época, segundo alguns relatos, eles tinham as mãos amarradas e eram 
obrigados a oralizar, sendo, até mesmo, castigados com palmatória caso usassem as mãos para 
conversar. Por essa razão, eles defendem o reconhecimento da Libras como língua, uma vez que 
lutaram e foram resistentes ao período oralista.
1 7L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
VIDEOCAST
Após esse contato com a concepção histórica da educação em 
Libras, realize uma breve pausa para assistir a um videocast. Nesta 
primeira oportunidade, você conhecerá o professor José Mauro 
Fagundes de Sousa e seu processo de educação na escola. Acesse 
este link ou escaneie o QR Code ao lado e fique ligado, pois a 
conversa está imperdível.
ATIVIDADES Acesse o conteúdo no AVA
Para concluir este primeiro tópico da unidade, teste seus conhecimentos na atividade que pode ser 
acessada diretamente no AVA.
Depois de ir a fundo no universo das pessoas surdas e no histórico da educação surda, incluindo as 
principais barreiras, o que você pode perceber? Com certeza, você notou que a língua de sinais é a 
língua natural (a língua de conforto) para o surdo, por meio da qual ele pode se expressar com mais 
tranquilidade e eficácia. Mas como é a sua natureza e como ela atende à pessoa surda? É o que você 
descobrirá no próximo tópico.
Língua de sinais: características 
e reconhecimento oficial
Não existem relatos sobre a origem da língua de sinais. De comum acordo entre os estudiosos, tem-se 
que seu uso foi iniciado no ano de 1760, em Paris, na França, onde o abade Charles Michel de L’Épée 
criou o método, sendo ele quem fundou a primeira escola pública para surdos. Já falamos sobre isso 
na primeira etapa desta unidade, não é mesmo?
Pois bem, foi a partir da fundação destaescola que teve início a multiplicação de profissionais surdos 
e ouvintes que se espalharam pelo mundo, disseminando o uso da língua de sinais. Foram criadas 
várias outras escolas, em que, além do uso das línguas de sinais, exploravam-se novos recursos na 
educação dos surdos. Mas as coisas não foram assim tão simples quanto parecem.
O processo de desenvolvimento das línguas de sinais nas comunidades de surdos em todo o mundo 
teve muitos episódios de sofrimento, com a proibição dos sinais, punição para os surdos, imposição 
da oralidade e muitas outras formas de reprimir e impedir que a língua fosse difundida e utilizada.
http://www.kaltura.com/tiny/0tlb1
1 8L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
Por muito tempo, as línguas de sinais não eram 
consideradas línguas de fato, não eram aceitas 
nas escolas e nos ambientes sociais, e as pessoas 
surdas, para participarem da vida social, tinham 
como condição imposta a oralidade.
Figura 5. Representação de exclusão por conta 
da ausência da comunicação oralizada
Muitos caminhos foram trilhados para que as comunidades reconhecessem a língua de sinais como 
uma língua completa, como um idioma com todos os elementos de que uma língua é constituída. 
Acesse o AVA e não perca as informações complementares sobre o assunto.
REFLITA
Muitas línguas de sinais já receberam reconhecimento de governos em muitos países. E no Brasil? 
A nossa foi reconhecida, por meio da Lei nº 10.436 (BRASIL, 2002), como a língua oficial das 
comunidades de surdos do Brasil, cuja sigla é Libras (língua brasileira de sinais).
As línguas de sinais se diferem das línguas orais-
auditivas, uma vez que elas se realizam pelo canal 
visual e na utilização do espaço, por expressões 
faciais e até movimentos gestuais perceptíveis 
pela visão. Portanto, não são simplesmente 
gestos e mímicas; trata-se de línguas com léxico 
e gramática próprios. Elas atendem eficazmente 
às necessidades de comunicação, pois são um 
legítimo sistema linguístico.
Figura 6. Diálogo em Libras entre dois indivíduos
A língua de sinais permite que crianças surdas em idade precoce se comuniquem plenamente com 
outras pessoas surdas e com os pais (que se disponham a aprendê-la), o que não ocorre com a 
língua oral. E tal comunicação permite que essas crianças alcancem um desenvolvimento cognitivo 
semelhante ao da criança ouvinte. Para ilustrar, estudos têm apontado que, quando a criança surda 
é exposta desde cedo à língua de sinais, ela tem um maior desenvolvimento linguístico, que melhora 
seu desempenho acadêmico e facilita o aprendizado da língua escrita.
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ASPECTOS SOBRE A LIBRAS UTILIZADA 
PELOS SURDOS BRASILEIROS
Diante de seus estudos até aqui, você imagina como a língua de sinais chegou ao Brasil? Não? Então 
acompanhe no AVA algumas curiosidades sobre esse assunto.
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A língua de sinais brasileira, inicialmente, foi chamada de língua nacional de sinais e foi reconhecida 
pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, com a nomenclatura de língua brasileira de sinais – 
Libras, sendo descrita no documento como: “um sistema linguístico de transmissão de ideias e 
fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil” (BRASIL, 2022, on-line). Essa lei foi 
regulamentada por meio do Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
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Chegou mais um momento de testar seus conhecimentos em mais uma atividade. Acesse o AVA e 
vamos lá!
A relação entre surdos e a língua de sinais
A relação entre a língua de sinais e seus 
usuários torna-se repleta de mitos e verdades 
perante a sociedade. Mas, antes de tudo, pense 
no seguinte questionamento: o que significa 
viver sem o sentido da audição? Seu mundo 
de ouvinte é repleto de conversas, risos, canto 
de pássaros, sons fortes e estridentes que 
alertam para perigos ou para festejos. Os sons 
que você ouve têm diferentes significados, e 
os sons que você emite permitem sua inserção 
social, sua comunicação e sua aprendizagem 
em todas as suas formas. Mas e se tudo isso 
não existisse? Como seria essa vida?
Figura 7. Mulher ouvindo músicas com um fone de ouvido
Mitos: Um dos sentidos dessa palavra se refere a algumas pessoas cujas ações nos parecem sobrenaturais, 
como divindades. Em outro sentido, podemos considerar o “mito” como uma narrativa que procura 
explicar a origem do que existe e que é relevante para um grupo social. O mito, nessa perspectiva, 
pode ser sinônimo de mentira, quando se investiga e se questiona se algo é “mito ou verdade”.
Glossário
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Há pessoas que ouviam bem e perderam a 
audição ao longo da vida. Com certeza, essa 
reflexão que você fez anteriormente faz total 
sentido para eles, pois sabem como é ter e 
depois perder esse sentido, valorizam a memória 
auditiva, buscam suprir a deficiência como 
podem e aprendem a ser surdas, vivenciando 
essa nova condição que lhes parece tão difícil.
Figura 8. Diálogo de duas mulheres, de 
diferentes faixas etárias, em Libras
Em contrapartida, quem já nasceu sem escutar não conseguirá, mesmo que se esforce muito, 
compreender com precisão as transformações sociais que os sons da comunicação promovem.
Por isso, preste muita atenção nesta seção e aproveite a oportunidade para conhecer um pouco 
melhor este mundo, eliminar os mitos e “absorver” as verdades, mesmo que, inicialmente, não 
façam tanto sentido.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA, SURDEZ E OUTROS CONCEITOS
Para contribuir com a reflexão feita no início deste tópico, conheça a classificação das perdas 
auditivas, que é adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com base nas diretrizes da Organização 
Mundial de Saúde sobre o assunto.
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Tendo em vista essa classificação e de acordo com o Decreto nº 5.626/2005, artigo 2º:
Considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, 
compreende e interage com o mundo por meio de experiências 
visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da 
Língua Brasileira de Sinais – Libras. 
Parágrafo único: considera-se deficiência auditiva a perda 
bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) 
ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 
1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz”.
(BRASIL, 2005, on-line)
Nessa perspectiva, vamos ao primeiro esclarecimento: a literatura a respeito desse assunto 
considera que, apesar de ambas poderem ser de nascença ou causada posteriormente por doenças 
ou acidentes, há uma diferença entre as terminologias “deficiência auditiva” e “surdez”. Confira 
essa especificidade no AVA.
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Você já parou para pensar em como se referir à pessoa com perda auditiva? Surdo-mudo? Surdinho 
ou mudinho? Deficiente auditivo? Surdo? Entenda no AVA qual é o termo mais apropriado.
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REFLITA
Até aqui, é possível compreender que a deficiência auditiva e a surdez têm conceitos diferentes, 
entretanto o modo correto de se referir a uma pessoa com perda auditiva depende da forma como 
ela se identifica.
Por exemplo, existem pessoas com deficiência auditiva, mas que optam por se comunicar por meio 
da Libras e decidem não utilizar aparelhos auditivos, reconhecendo-se como pessoa surda; assim 
como existem pessoas com perda auditiva significativa, mas que se comunicam de forma oralizada 
e que não fazem uso da língua de sinais, sendo reconhecidos como “surdos que ouvem”. 
Fique em alerta com a forma de identificação do sujeito, combinado?
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Para dar sequência a esse assunto, fique de olho no professor 
e aprofunde seus conhecimentos. Para isso, acesse este link ou 
escaneie o QR Code ao lado.
NO PROFESSOR
DE OLHO
É MITO OU VERDADE?
Vamos refletir sobre alguns conceitos que circulam na sociedade a respeito da língua de sinais. Será 
que você sabe dizer o que é mito ou verdade? Acesse o AVA e confira.Acesse o conteúdo no AVA
Viu só? Espero que você tenha descoberto todos os enigmas. Mas uma coisa é certa: é importante 
compreender que a língua de sinais tem estrutura própria, é autônoma, portanto, independe da 
língua oral.
Muitas vezes, é o português sinalizado que está 
presente nas escolas (que é o uso dos sinais 
seguindo a estrutura das frases em português), 
que, de fato, não é Libras. Empregá-lo no dia a 
dia nos faz pensar que a língua de sinais é uma 
adaptação da língua falada para se conversar 
com os surdos, o que não é verdade.
Figura 9. Professora ensinando Libras a uma criança
Gesser (2009) menciona que o português sinalizado, utilizado educacionalmente, é bastante 
criticado, pois se insere na filosofia do bimodalismo. E por essa ótica, a língua de sinais não seria 
uma língua de fato, mas um meio para atingir um fim, ou seja, um mero recurso para alcançar a 
língua oral.
Bimodalismo: Mistura de duas línguas, a língua portuguesa e a língua de sinais, resultando em uma terceira 
modalidade, que é o “português sinalizado”. Essa prática recebe também o nome de “bimodalismo”, que 
encoraja o uso inadequado da língua de sinais, já que esta tem gramática diferente da língua portuguesa.
Glossário
http://www.kaltura.com/tiny/0yobk
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A autora relata que cada língua de sinais tem 
suas influências e raízes históricas a partir 
de línguas de sinais específicas, mas que há 
poucos documentos registrados pelos surdos 
e sobre eles que nos indiquem as origens das 
línguas de sinais. O que se sabe é que a língua 
de sinais americana (ASL) e a nossa língua de 
sinais (Libras) têm origem na língua de sinais 
francesa. Bacana, não é?
Figura 10. American sign language
Embora a Libras tenha sido influenciada pela 
língua de sinais francesa, ela está intimamente 
relacionada ao processo educacional do surdo 
brasileiro. Mesmo quando o oralismo chegou 
aqui e baniu a língua de sinais das escolas, ainda 
assim ela era praticada pelos surdos de forma 
reservada, de modo que nunca foi esquecida.
Figura 11. Diálogo entre um adulto e uma criança em Libras
CONCLUSÃO
Até aqui, foram muitos conceitos para a primeira unidade, não é mesmo? Que tal retomar a biografia 
e responder novamente ao questionamento no AVA? Aproveite para fazer uma reflexão sobre o que 
você pensava anteriormente e o que pensa agora, depois de seus estudos.
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Parabéns pelo término da primeira unidade! Mas, antes de 
avançar nos seus estudos, não se esqueça de realizar as 
questões de estudo diretamente no AVA. Assim, você ficará craque nos primeiros conceitos da 
língua brasileira de sinais.
Nos encontramos na próxima unidade. Até lá!
Libras Alfabeto em Libras: letras – passo a passo
Este e-book traz alguns conceitos principais da 
língua brasileira de sinais, para o aprofundamento 
das temáticas estudadas ao longo da unidade.
Este vídeo apresenta a configuração de cada uma 
das letras do alfabeto.
Acesse aqui > Acesse aqui >
Cumprimentos, saudações 
e tempo em Libras
Folha explica os desafios 
da educação de surdos
Este vídeo apresenta as principais formas de 
cumprimento em Libras.
Este vídeo aborda a prova do Enem de 2017, 
retratando a situação dos surdos brasileiros, que 
enfrentam grandes desafios.
Acesse aqui > Acesse aqui >
Mesmo com os estudos desta unidade chegando ao fim, confira os materiais a seguir, para 
complementar ainda mais sua jornada.
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COMPLEMENTARES
MATERIAIS
https://biblioteca-a.read.garden/viewer/9788595024595
https://www.youtube.com/embed/sntDyFlilGE
https://www.youtube.com/embed/6H3LPgF2cbg
https://www.youtube.com/embed/fsdBJTK6-TE
2 5L Í N G U A B R A S I L E I R A D E S I N A I S
AGÊNCIA SENADO. Nova lei inclui educação bilíngue de surdos como modalidade na LDB. Senado 
Notícias, 4 ago. 2021. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/08/04/
nova-lei-inclui-educacao-bilingue-de-surdos-como-modalidade-na-ldb. Acesso em: 3 dez. 2022.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de 
abril de 2002, que dispõe sobre a língua brasileira de sinais – Libras e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 
19 de dezembro de 2000. Brasília, DF: Presidência da República, 2005. Disponível em: https://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 3 dez. 2022.
BRASIL. Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a língua brasileira de sinais – Libras 
e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2002. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 3 dez. 2022.
BRASIL. Secretaria da Educação Especial. Educação especial: deficiência auditiva. Brasília, DF: 
Seesp, 1997. Disponível em: http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/20263.pdf. 
Acesso em: 3 dez. 2022.
COSTA, C. “Dicionário da Língua de Sinais” exigiu 25 anos de pesquisas. Jornal da USP, 17 dez. 
2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/dicionario-da-lingua-de-sinais-exigiu-25-anos-
de-pesquisas/. Acesso em: 3 dez. 2022.
DOSIERO: Samuel Heinicke.jpg. Vikipedio, 2008.Disponível em: https://eo.wikipedia.org/wiki/
Dosiero:Samuel_Heinicke.jpg. Acesso em: 3 dez. 2022.
EIJI, H. Congresso de Milão. Cultura Surda, [2022]. Disponível em: https://culturasurda.net/
congresso-de-milao/. Acesso em: 3 dez. 2022.
FERNANDES, S. Educação de surdos. Curitiba: InterSaberes, 2012.
GESSER, A. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da 
realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 5. ed. 
São Paulo: Plexus, 2002.
HONORA, M. Inclusão educacional de alunos com surdez: concepção e alfabetização. São Paulo: 
Cortez, 2017.
MORAES, L. M.; GONÇALVES, B. S.; BERGMANN, J. C. F. Recursos educacionais digitais para 
estudantes surdos: uma possível classificação. Educação Gráfica, v. 22, n. 3, p. 44-62, dez. 2018. 
Disponível em: http://www.educacaografica.inf.br/wp-content/uploads/2019/02/7_RECURSOS-
EDUCACIONAIS.docx.pdf. Acesso em: 3 dez. 2022.
REFERÊNCIAS
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QUADROS, R. M. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.
SACKS, O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Imago, 1990.
SISTEMA DE CONSELHOS DE FONOAUDIOLOGIA. Guia de orientações na avaliação 
audiológica básica. [S. l.: s. n.], 2017. Disponível em: https://www.crefono4.org.br/cms/files/Anexos/
manualdeaudiologia.pdf. Acesso em: 3 dez. 2022.
Banco de imagens: Pexels, Pixabay e Shutterstock.
SAGAH, 2022.

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