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PRÁTICAS OBRAS I

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Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
1/12 
 
Prática de Obras 
Definição 
É o estudo de cada etapa de obra através do emprego de 
técnicas de execução, uso de equipamentos e organização 
do trabalho. 
1. Implantação do canteiro de obras 
 
Cronograma do conteúdo programático 
 
Para acompanhamento do desenvolvimento físico dos 
serviços com previsão de mão de obra, materiais e 
equipamentos, usamos o Cronograma de Barras ou Gráfico 
de Gantt. Este é uma ferramenta em forma de tabela, 
também contempla o tempo em que as atividades vão se 
realizar – o que é de suma importância, pois mostra 
durante a execução do projeto em que medida cada tipo de 
recurso será necessário. Ideal para atividades de longo 
prazo é construído listando-se as etapas de execução em 
uma coluna com suas respectivas durações, representadas 
por barras horizontais, em colunas adjacentes, com 
extensão de acordo com a unidade de tempo adotada no 
projeto. 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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Dimensionamento: layout e documentos 
O aspecto do LAYOUT de um canteiro vai depender do 
formato e do tipo de obra, podendo ser enquadrado em três 
tipos: 
 
Os documentos, que norteiam qualitativamente, são os 
seguintes: 
a) Lista de verificação “check list” – sistema de notas; 
b) Croqui de layout – análise para identificação de problemas relacionados 
ao arranjo físico; 
c) Registro fotográfico – registros visuais da situação encontrada. 
Exemplos de localização de estocagem de materiais 
(material granulado e aço) num canteiro planejado 
A planta de locação do empreendimento costuma orientar a 
planta de layout do canteiro, como pode ser observado 
abaixo. 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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É possível notar que cada bloco do edifício tem seu próprio 
estoque de aço por serem materiais pesados e longos. No 
caso do material granulado procurou-se colocá-lo de modo 
a ficar próximo ao maior número de blocos possíveis. 
 
Água para consumo 
É a providência inicial a ser tomada para abrir os trabalhos 
do canteiro. Desde já se sabe que seu consumo será 
bastante significativo. Obviamente já teremos sondado na 
primeira visita ao terreno se a rua ou uma das ruas que 
atende a obra é servida de rede de água e de esgoto. Caso 
positivo, requere-se junto à concessionária local, a ligação 
provisória para consumo de água. Tal ligação costuma 
demorar entre 15 e 20 dias, tendo de ser levada em conta 
no planejamento para que não gere atraso ou pode-se 
apelar, quando possível, a um vizinho que por gentileza ou 
mediante negociação poderá ceder por mangueira um 
abastecimento provisório. 
É prudente, quando não obrigatório, a construção de um 
abrigo para o ponto de abastecimento (cavalete). As 
diemnsões úteis do abrigo costumam ser de 80 x 60 x 30 
cm – c x h x l (fonte: SABESP) e podem ser construídos 
(alvenaria) ou comprados (pré-moldado de concreto). 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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Interessante se faz que venham a ser construídos no local 
previsto no projeto, para seu aproveitamento em definitivo. 
 
Outras opções de garantia de abastecimento caso não haja 
água na rua, é providenciar a perfuração de um poço no 
local definitivo ou comprarmos água potável de caminhão-
pipa que abastecerá diretamente as caixas d’água da obra. 
Lembremos que o primeiro recurso pede planejamento, 
pois requer tempo (dias) e o segundo deverá ter seu 
consumo diário previamente estimado (funcionários e 
obra). 
Caso haja rede de água, porém falte rede de esgoto, 
haverá a necessidade de perfuração de uma fossa negra. 
Além da fossa negra, as águas sujas podem ser expelidas 
mediante fossas de depuração biológica, chamadas 
também fossas sépticas. As fossas sépticas servirão para 
coleta do esgoto dos banheiros que atendem a obra. Suas 
dimensões são calculadas para atender ao número de 
funcionários no canteiro. As fossas sépticas podem ser 
construídas em alvenaria de tijolo de barro ou adquiridas na 
forma de pré-moldados. 
Terminada a obra, limpam-se fossas e as aterram (atitude 
responsável). 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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Barracão de guarda 
A providência seguinte será a construção do barracão para 
guarda de material e abrigo, se for o caso dos operários 
residentes ou simplismente para revezamento de pernoite 
dos funcionários, o que evitará roubo de material e trará 
maior seguraná para obra. O cuidado e e verba utilizada 
para a construção do barracão dependem do valor da obra 
e do tempo previsto para sua utilização. 
Geralmente a sofisticação do barracão varia com a 
sofisticação da obra. Pode ser em alvenaria de blocos 
assentados com argamassa mista ou folhas de 
compensado reciclado, comum também é o uso de 
madeiramento de segunda mão. A opção mais utilizada 
atualmente é a chapa de compensado tratado (madeirite) 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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com espessura de 6 cm e estruturadas com pontaletes de 
pinho de 3” x 3”. O piso é em concreto magro (150 kg de 
cimento / m
3
) na espessura de 6 cm. Para um melhor 
aspecto, pode-se recobrir com argamassa de cimento e 
areia (1:3) com 2 cm de espessura. Uma opção que vem se 
popularizando, mas é sofisticada, é o uso de contêineres. 
Para execução de uma cobertura barata do barracão, a 
forma mais conveniente é a retangular com largura máxima 
de 2,50 m. O comprimento varia com a demanda da obra, 
sendo 6,00 m a medida mínima. O telhado poderá ser de 
uma água apenas. Normalmente, três operários são 
suficientes para erguer e cobrir o barracão em dois dias. 
 
 
Fechamento da obra 
 
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Outra providência a ser tomada antes do início da obra é o 
fechamento de todo o perímetro do terreno, além de ser 
uma exigência da prefeitura também é um serviço que 
aumenta a segurança da obra e dá proteção contra 
acidentes aos transeuntes externos. 
 
 
Segurança 
A segurança é um item fundamental nos dias de hoje e 
deverá ser feita 24 horas por dia, por meio de um vigia 
contratado pela própria obra ou então, dependendo do 
vulto da mesma, por uma empresa de vigilância contratada. 
 
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Caso seja adotada a alternativa de se optar por um 
operário da obra para sua função, seu custo demandará: 
turno de trabalho, folga semanal – com adicional noturno 
no valor do salário, feriados efianis de semana. 
 
 
 
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Canteiro de serviço 
Resolvido o problema de abrigo, com a construção do 
barracão, inicia-se a preparação do terreno para receber a 
locação das paredes e a construção do canteiro de serviço. 
A limpeza do terreno se resume em mero carpimento 
(capina), para livrá-lo da vegetação. O capim arrancado 
deverá ser empilhado, e, depois de alguns dias, queimado. 
Se o volume for muito grande para tal, deverá ser 
providenciado carreto para retirada do material. 
O local para o canteiro de serviços deve ser escolhido 
atendendo tanto quanto possível as seguintes condições: 
a) Local de onde possa permanecer até o final da obra sem atrapalhar os 
trabalhos; 
b) Próximo do ponto de água; 
c) Espaços livres laterais para a descarga dos caminhões de areia e pedra; 
d) Proximidade das diversas partes entre si. 
 
Terreno para preparo de argamassa 
Devemos limpar e regularizar a o terreno em uma área de 6 
m
2
. A seguir, são dispostos o tijolos em forma de piso ou 
 
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tábuas de pinho 1” x 12”, para proteger a argamassa contra 
mistura com terra. As juntas entre tijolos ou entre as 
tábuas, durante a primeira vez que se prepara a argamassa 
sobre o terreno, ficarão preenchidas evitando perdas 
futuras. Uma solução eficaz, principalmente para preparo 
de concreto com mistura manual, é preparar uma área 
cimentada circular com caimento para o centro; desta 
forma, evita-se que, durante as misturas, a água fuja para 
os lados carregando cimento. Quando se preparar a 
argamassa à base de cimento (cimento e areia ou 
concreto) deve-se ter o cuidado de não deixar sobras sobre 
o piso que endurecem e o inutilizam para novo uso lavando 
o espaço em todo final de expediente. 
 
Atualmente não é aconselhável que se prepare argamassa 
na obra, tanto para assentamento de tijolos e blocos, como 
para revestimento, pois as argamassas já são 
industrializadas e para cada fim a que se destina, há um 
tempo específico e sua utilização correta, sem bolhas nos 
revestimentos, resultado de uma má hidratação de cal. 
 
 
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Placas de obra 
Para evitar excessos como propaganda de possíveis 
fornecedores ou desordenamento, devemos reservar um 
local apropriado para as placas sejam colocadas sem 
causar poluição visual, de acordo com a legislação local. 
Deve-se colocar uma placa com o nome do engenheiro ou 
arquiteto responsável, número de sua carteira do CREA ou 
CAU, endereço comercial e telefone para contato nesse 
espaço. 
A placa com número do alvará de construção é a mais 
importante e deve ser colocada em local visível, destacada 
de todas as outras. Trata-se de uma placa simples de 50 x 
50 cm de dimensão, fundo branco, dizeres em preto e 
contendo o número do alvará de construção e o número do 
processo na prefeitura. A não colocação dessa placa 
implicará multa aplicada pela prefeitura. 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de 
seus alunos em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um 
apanhado de informações de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
2. Movimento de terra (Terraplenagem) – Corte, Aterro e Bota-fora 
 
Cálculo do volume de terra escavada 
Os serviços de terraplenagem são relativos a movimentos de terra, executados sobre o perfil 
de um terreno. Podem ser de corte, aterro ou bota-fora. Olhando o perfil de um dato terreno, 
notamos que ele é cheio de altos e baixos, isto é, irregular. 
 
 
A área superior à linha tracejada são as porções que serão escavadas. A esta operação é que 
chamamos de cortes. Já a parte inferior deverá ser preenchida de terra, para que o terreno 
fique tão plano quanto o do projeto. Essa outra operação é denominada de aterros. Tais 
movimentos de terra se tornam mais econômicos, à medida que o volume a ser escavado é 
igual ao volume a ser aterrado. Ocorrendo isso, não faltará nem sobrará terra a ser 
transladada do terreno. Na prática, isso é muito difícil de acontecer. O que se comumente 
consegue é mais ou menos uma compensação entre cortes e aterros, quer dizer, uma coisa 
aproximada. Nas grandes obras, a diferença que sobra de terra é guardada numa espécie de 
depósito improvisado, para que quando falte terra em determinadas áreas, exista uma reserva 
de apoio. Esse excesso, guardado em caso de precisão, que chamamos de bota-fora. 
 
 
Na figura acima vemos um terreno em que o volume de cortes é superior ao dos aterros. Essa 
diferença é estocada para uma necessidade futura, porém deve estar próxima aos locais onde 
ela provavelmente faltará por questões de economia com seu transporte. Isso quando não 
falta terra, caso em que precisaremos trazê-la de outros locais. 
A terra trazida de fora é chamada de terra importada. Já o local onde ela é extraída, recebe o 
nome de jazida. O cálculo do volume do corte é em metros cúbicos (m³) e costuma-se chama-
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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lo de cubagem. Medir o corte no terreno é o mesmo que medir no barranco. Caso 
necessitemos de 90 m³ de terra importada a ser transportada por um caminhão, cujo volume 
da carroceria é de 6 m³, serão necessárias 15 viagens, para o transporte de todo material. 
Chama-se viagem a retirada que faz cada caminhão de terra. Porém observamos haver 
sobrado terra no local, apesar dos cálculos não indicarem isso. E por quê? 
Ocorre este fato, pois a terra no barranco tem suas partículas muito comprimidas umas às 
outras, ou seja, a terra está muito compactada. Com a escavação, as partículas se soltam e 
ocupam um maior espaço. Dependendo do tipo de terra o volume aumenta mais ou menos 
(ex.: terra vermelha aumenta de 30 a 35%). A esse aumento chamamos de empolamento. 
Quando lançamos terra em um aterro, precisaremos comprimi-la bem para evitar que o 
terreno venha a ceder posteriormente. Este processo é o de compactação. 
 
 
Imagem A → partículas de terra solta, envolvidas por ar e terra 
Imagem B → partículas de terra sujeitas à compressão 
 
A melhor compactação é aquela que se faz jogando água e socando o terreno em camadas de 
20 a 30 cm de espessura e ricas em areia. Não se compacta um aterro, colocando-se toda a 
terra de uma vez e compactando-se, pois dessa maneira a compactação será somente 
superficial. Com o tempo o material inferior vai ceder como se não tivesse qualquer 
compactação. 
 
Perfil de um terreno compactado 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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A execução de um aterro realiza-se mediante o seguinte processo: 
 
1) coloca-se a camada de terra 1 e compacta-se; 
2) coloca-se a camada de terra 2 e compacta-se; 
3) coloca-se a camada de terra 3 e compacta-se; 
4) coloca-se a camada de terra 4 e compacta-se. 
 
3. Cálculo do volume de terra escavada 
 
Terreno com Talude Vertical 
Ao fazermos a escavação de um terreno qualquer, o corte nunca deverá ser feito no sentido 
vertical. Assim, devemos deixar as bordas do corte “deitadas” na forma do talude. 
É possível, contudo, executar o corte na vertical, mas desde que sejam adotadas medidas de 
proteção, a fim de se evitar desmoronamentos. No caso de escavação para a construção de 
garagens no subsolo de um prédio, por exemplo, antes da escavação na vertical, cravamos 
estacas metálicas. E, à medida que a escavação vai se aprofundando, colocamos vigas entre as 
estacas metálicas. 
 
EXEMPLO: 
Dado um terreno com 20 m de frente x 20 m de fundos, onde se pretende realizar uma 
escavação de 6 m de profundidade para a construção de 6 m de subsolo para a construção de 
dois andares de subsolo. Evidentemente, a escavação não será feita com taludes deixados ao 
seu final, pois assim fazendo, serão perdidas boas áreas de construção. Por outro lado, não 
será possível avançar os taludes nos terrenos vizinhos. 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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Procedimentos a serem tomados: 
 
i. O engenheiro responsável pelos cálculos de fundações do prédio vai fornecer as dimensões do perfil de ferro 
“duplo - T” ou “I”, o comprimento desses perfis e os espaços em que serão cravados. Eles serão cravados com 
bate-estaca, em toda extensão do terreno. Geralmente, o intervalo entre um e outro é de 2m a 2,5m. 
 
ii. Agora é que escavaremos o terreno, de forma mecânica. À medida que formos escavando, deixaremos os 
cortes em talude. Observe que fazemos a escavação, deixando aindaos taludes nas laterais, pois não 
podemos esperar que os perfis possam segurar os prédios vizinhos. 
 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de 
seus alunos em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um 
apanhado de informações de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
iii. A escavação agora será do talude de cima para baixo, em todo o perímetro do terreno, 
mas apenas até a profundidade de um metro. A escavação também é feita entre as abas 
dos perfis, deixando-o totalmente limpo. A seguir, fixamos vigas de madeira ou perfis 
metálicos encaixando-os entre as abas dos perfis, através de calços, que serão colocados 
por pressionamento ou encaixe. Obtém-se essa formação com vigas, postas entre todos 
os perfis por volta de todo o terreno. 
 
 
iv. O próximo passo é colocar a ferragem, para que possamos erguer o muro de concreto 
armado, fechando essa mesma ferragem com madeira compensada (Madeirit), no que 
resultará na fôrma do muro. O concreto lançado no muro fica detido entre a fôrma de 
Madeirit e a viga ou painel. Na parte de baixo, a terra não permitirá que o concreto 
venha a escoar. 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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v. Agora que já está concretado o muro e devidamente curado, deve-se reiniciar a 
escavação do talude com mais um metro de profundidade e se repetir o processo de 
confecção do muro de concreto. Vigas, painéis e calços ficam perdidos dentro do muro. 
Desse modo, escavaremos todo o talude de metro em metro, até a profundidade 
desejada ser atingida. Terminada essa escavação de metro em metro, colocamos as 
ferragens e fôrmas, lançando, em seguida, o concreto. O muro vai sendo concretizado 
de cima para baixo. 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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O cálculo do volume escavado será feito através da medida feita no corte, de maneira que 
no local teremos: 
 
20 m x 20 m x 6 m = 2.400 m³ 
 
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Prática de Obras (continuação) 
4. Locação da obra 
 
Locação das estacas 
 
Os diversos detalhes de um projeto de edificações sobre um terreno são mostrados 
pelas paredes que aparecem na planta. Porém, dependendo do tipo e tamanho da 
obra, sempre se faz necessário o estaqueamento. A posição da estaca deve ser 
fixada inicialmente, garantindo que a obra esteja posicionada e dimensionada 
corretamente conforme previsto no projeto. Só depois do estaqueamento pronto, 
locaremos as paredes. Devemos lembrar que a movimentação de qualquer 
equipamento pesado (ex. bate-estacas) entre as estacas pode comprometer locação 
prévia das paredes. 
Para locação das estacas, convém preparar uma planta desse detalhe. 
 
 
 
No local providenciaremos a colocação de tábuas ou sarrafos corridos em volta de 
toda a área de construção formando um retângulo. Os sarrafos devem ser colocados 
inteiramente nivelados e sobre eles serão medidas as diversas distâncias marcadas 
na planta, fixando por intermédio de cravação de pregos os mesmos pontos nos 
lados opostos do retângulo. Cada estaca será locada pelo cruzamento de duas 
perpendiculares (linhas esticadas) orientadas por quatro pregos. Para estacas de 
mesmo alinhamento um mesmo par de pregos atenderá a todas elas. Depois de 
fixados todos os pregos necessários, esticam-se linhas duas a duas e as interseções 
estarão no mesmo prumo do local escolhido para a cravação da estaca. Como é 
possível que o cruzamento esteja muito acima da superfície do solo, utilizando-se 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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um prumo de ponta levamos a vertical até o chão e nele cravamos um piquete de 
madeira (pequena estaca), com 2,5 x 2,5 x 15cm (l x l x c). Esse piquete deverá ser 
pintado em cor destacada para sua fácil identificação. O piquete deve ser cravado 
até o nível do chão, para que o bate-estacas não o arranque ao passar sobre ele. 
 
 
Locação das paredes 
 
Tanto a locação das paredes quanto a das estacas, preferencialmente, deve ser 
executada por um topógrafo e acompanhada pelo engenheiro responsável pela 
obra. Uma locação deficiente trará desarmonia entre o projeto e execução, com 
consequências possivelmente graves. Caso a dimensão da obra permita e haja um 
mestre de obras experiente, a locação pode ser feita por ele, porém sempre 
verificada pelo engenheiro. 
Uma locação bem feita tem por base duas condições: 
 
 esquadros perfeitos; 
 comprimentos totais exatos. 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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Toda locação das paredes deve ser feita pelo eixo e não pelas laterais. A 
construção civil não é uma atividade exata, ela trabalha com precisão, então a 
presença do erro, mesmo que pequeno, existe, porém deve ser extremamente 
mitigada. Quando as paredes são locadas corretamente (eixos), esses erros 
(dimensões) não se acumulam, porém são diluídos entre os espaçamentos dos 
alinhamentos. 
 
 
Processos de locação de alvenaria: 
 
i. Processo dos cavaletes = o cavalete consiste em duas estacas de madeira 
cravadas no solo. Sobre essas estacas é pregada uma travessa de madeira 
e, por cima dela, fixado um prego que dá o alinha mento do eixo da alvenaria. 
Deve-se, tanto quanto possível, evitar seu uso em função dos cavaletes 
serem facilmente deslocados pela ação de choques eventuais (ex. carrinho de 
mão, tropeços etc...), sem que tal mudança seja notada. Só se justifica esse 
uso em construções muito pequenas, em que os alinhamentos permanecem 
fixados nos cavaletes poucas horas e logo são levantadas as paredes. 
 
 
 
 
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ii. Processo da tábua corrida = é o mais comum na locação, já que é muito 
difícil o deslocamento das referencias marcadas para os alinhamentos. 
Inicialmente, cravamos pontaletes de pinho, distantes entre si mais ou menos 
1,50 m e das paredes que iremos construir 1,20 m. 
A cravação dos pontaletes será em torno da construção, formando um 
cercado. Neles pregamos tábuas, todas em nível, onde serão marcadas as 
medidas de eixo das paredes, sendo tais medidas marcadas com trena de 
aço (trenas de pano ou sintéticas são mais deformáveis). 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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Para perfeito esquadro entre dois alinhamentos, deve-se usar um teodolito. 
Atualmente emprega-se também equipamento a laser com leitura ótica. 
Desde que se fixem dois alinhamentos ortogonais com o aparelho, os pontos 
restantes podem ser marcados com trena de aço. É hábito, ao terminada a 
locação, estender linha em dois alinhamentos finais e verificar a exatidão do 
ângulo reto com o aparelho. Se o primeiro e último esquadros estiverem 
perfeitos, os intermediários também estarão, salvo engano facilmente visível e 
retificável. 
Como apenas o eixo foi demarcado, caberá ao mestre a colocação de pregos 
laterais que marquem a largura necessária para a abertura da vala, do 
alicerce e da parede. Um conjunto de pregos que 2 a 2 marcam com 20 cm a 
largura da parede (tijolo sem revestimento), com 30 cm a largura do alicerce 
(1,5 tijolo) e 45 cm a largurada vala (dispensável). A recomendação é que os 
pregos sejam sempre diferentes (menores) do que aquele que marca o eixo, 
para evitar equívocos. 
 
 
 
Execução do esquadro no gabarito, utilizando o processo triângulo 3-4-5. 
 
 
 
 
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Nivelamento do gabarito com nível de pedreiro ou nível de mangueira. 
 
 
 
 Locação de um ponto específico (cruzamento de eixos). 
 
 
 
 
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É comum o engenheiro preocupar-se caso perceba falta de exatidão na 
colocação da tábua estendida em volta da obra. Aqui, vamos mostrar num 
exemplo que esta preocupação não se justifica; ou seja: a falta precisão nos 
ângulos retos e no nivelamento das tábuas não significa valor apreciável. 
Supomos que o mestre de obra ao colocar as tábuas em redor da área locada 
acertou em todas as medidas, exceto na tábua dos fundos, que é 30 cm mais 
longa. Verifique a consequência deste erro na locação das paredes. Para não 
tornarmos a solução muito longa, vamos verificar quais erros cometidos na 
locação dos eixos 2-2 (longitudinal) e C-C (transversal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Solução: 
 
O eixo 2-2 não será afetado, não aparecendo qualquer 
erro, isto porque ele será marcado a partir do eixo 1-1, 
e este por sua vez, a partir do alinhamento do lote, que 
nada tem a ver com a tábua lateral esquerda, que se 
encontra mal colocada. 
Quanto ao eixo C-C, este será afetado pelos erros que 
aparecem na este será afetado pelos erros que 
aparecem na figura abaixo (ex e ey). Nesta figura 
verificamos que deveriam ser medidos os 5,00 m ao 
longo do alinhamento SR, e no entanto, foram marcados 
5,00 m de alinhamento SM. 
 
 
 
0,30 / 15,00 = ey / 5,00 → ey = 0,10 
 
 
 
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O valor de ex = 5,00 – SR → SR
2 = 5,002 – ex
2 → SR2 = 
25,00 – 0,01 
SR2 = 24,99 → SR = 4,9990 
Portanto, ex = 5,0000 - 4,9990 → ex = 0,001, ou seja, 
apenas um milímetro. 
 
Ora, o erro ey = 0,10 não afetará o levantamento das 
paredes, pois sendo uma linha esticada entre pregos C-
C, sua posição somente será afetada pelo erro em y ou 
seja ey = 0,001 (desprezível). Isso mostra que a tábua 
corrida em volta da construção poderá ser colocada pelo 
mesmo mestre de obra, mesmo sabendo que serão 
cometidos erros nos ângulos retos e nos nivelamentos, 
uma vez que o mestre de obras não possui os recursos 
(teodolito e nível topográfico) do topógrafo e usará o 
sistema 3-4-5 ou esquadro de pedreiro e o nível com 
tubo de plástico cheio d’água (vasos comunicantes). 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de 
seus alunos em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um 
apanhado de informações de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
5. Alicerces 
 
Abertura de valas 
 
Todo peso de uma obra é transferido para o terreno em que é 
apoiada. Os esforços produzidos pelo peso da construção de 
deverão ser suportados pelo terreno em que se apoia, sem 
ocorrência de recalques (afundamentos e desnivelamento) ou 
ruptura do mesmo. 
 
 
 
 
Torre de Pisa – Itália – exemplo clássico de recalque 
 
A parte de uma construção que recebe o seu peso e o 
transfere para o solo, chama-se alicerces (fundação). É a 
primeira etapa da construção a ser executada e é o ‘pé’ da 
edificação. 
 
 
 
 
 
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Classificação das fundações 
 
 
A tensão transmitida ao terreno deverá ser sempre menor 
que aquela que o terreno é capaz de suportar. 
 
Taxas de tensões de compressão admissíveis para 
determinados tipos de solo: 
Tipos de solo 
Resistência à compressão 
(kg/cm²) 
Areia movediça 0,5 
Argila macia 1,0 
Argila c/ areia molhada 2,0 
Argila e areia em camadas 
alternadas 
2,5 
Argila seca ou areia fina e firme 3,0 
Areia grossa, cascalho ou terra 
natural compacta 
4,0 
Cascalho grosso, pedra e argila 
estratificados 
6,0 
Piçarra ou xisto duro 10,0 
Rocha nativa muito dura 20,0 
 
 
 
 
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O terreno que tiver superfície firme ou à pequena profundidade, 
empregamos fundações superficiais, e quando o terreno for 
firme em camadas de maior profundidade, empregamos 
fundações profundas. Porém podemos usar um tipo 
superficial quando o terreno apresentar baixa resistência 
superficial. 
Nesse caso, utilizamos o radier, que nada mais é que uma 
superfície de concreto armado executada como se fosse um 
grande piso sobre o qual será construída a edificação. 
O radier deve ser executado com concreto de boa resistência 
como se fosse uma laje. 
 
 
 
 
 
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Fundação superficial direta 
 
Constatado que o terreno apresenta resistência adequada em 
sua superfície, adotamos uma solução de fundação direta. 
O tipo de fundação direta que adotaremos para estudo será a 
de alicerces em alvenaria. 
A título de conhecimento, outros tipos seriam: vigas baldrame 
ou sapatas isoladas em concreto. 
O primeiro paço para a execução de alicerces de alvenaria é a 
abertura de valas. 
Dois são os motivos que nos levam a procurar uma camada de 
solo abaixo da superfície como base da construção: 
 
 o escorregamento lateral das bases. Se estas 
estivessem apenas apoiadas ao solo tenderiam a deslocar-
se pelo esforço das paredes caso esse sentido fosse maior 
que o atrito, e 
 evitar as primeiras camadas (fracas), que ora são aterro, 
ora são orgânicas. 
 
Devemos abrir valas que tenham largura suficiente para 
permitir o trabalho de assentamento de tijolos no seu interior. 
A largura da vala varia em função do alicerce. Quando a 
parede for de um tijolo, o alicerce será de um tijolo e meio e 
terá uma vala 15 cm mais larga. A profundidade será a 
necessária para que se encontre terreno firme, e não deve ser 
inferior a 40 cm. 
Porém, pode ser até necessário aprofundar até 1,00 m ou 
mesmo ultrapassar. Quando as camadas forem encontradas 
em profundidades maiores, devemos evitar a fundação direta e 
partir para fundações profundas (estacas e brocas). 
 
 
 
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Quando o terreno apresentar perfil inclinado, para respeitar o 
mínimo de 40 cm onde o terreno for mais baixo e manter o 
fundo da vala em nível, devemos construir o alicerce 
escalonado (em degraus). 
 
Depois de aberta a vala, procede-se o apiloamento do fundo. 
Esse apiloamento não tem a pretensão de aumentar a 
resistência do solo. Seu objetivo é unicamente conseguir 
uniformizar o fundo da vala e evitar que terra solta se misture 
ao lastro de concreto (base do alicerce) que será lançado. 
O apiloamento é feito com soquetes de peso variando de 10 a 
20 kg, constituídos de material bastante denso (ferro ou 
concreto) e de seção de pequena área. 
Porém é comum que os pedreiros confeccionem seus 
soquetes na própria obra utilizando latas de 10 litros 
preenchidas com concreto e um cabo de madeira ou de tudo 
de ferro galvanizado (3/4”). A peça ficará com cerca de 24 kg. 
 
 
 
 
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É comum, no caso de pequenas construções, analisar a 
possibilidade da existência de formigueiros. Um formigueiro 
de saúva é capaz de atingir de2 a 3 m e constitui um volume 
considerável. Chega a formar espaços a vazios de até 1 m³. se 
o formigueiro estiver vivo, devemos extingui-lo, para que não se 
amplie. Caso surja um núcleo abandonado, devemos 
preenchê-lo com entulho, ou até mesmo concreto magro 
quando suas dimensões forem grandes. 
 
Lastro de concreto magro (‘sapata”) 
 
Aplicado sobre o fundo da vala com traço econômico e com 
espessura média de 10 cm. 
As finalidades dessas sapatas são: 
 
 Diminuir a tensão transmitida ao solo, pois tem largura 
maior que a do alicerce (maior superfície de contato), e 
 Uniformizar e limpar o piso o qual será levantado ao 
alicerce de alvenaria. 
 
Alicerce de alvenaria 
 
São maciços de alvenaria sob paredes e em nível inferior ao do 
piso de andar térreo. Ficam semiembutidos no terreno. Em 
geral possuem larguras maiores que a das paredes para as 
quais servem de base (parede de 1 tijolo → alicerce de 1,5 
tijolo, parede de meio tijolo → alicerce de 1 tijolo). 
Terão uma parte embutida no solo, justificando a abertura das 
valas. Sendo que o respaldo (superfície superior) deve estar 
acima do nível do solo, evitando que as paredes tenham 
contato com terra. 
 
 
 
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O assentamento dos tijolos será feito com suas fiadas em 
nível, acompanhando o plano das sapatas, que já é horizontal. 
 
 
 
Os tijolos mais indicados para o alicerce são o tipo maciço e 
de preferência os mais queimados. 
É sempre aconselhável a colocação de uma cinta de 
amarração no respaldo dos alicerces. A carga sobre eles pode 
trazer, em determinadas condições um esforço horizontal nos 
alicerces, de dentro para fora (esforço anulado pela cinta). 
Outra vantagem consiste em dar mais suporte, anulando 
pequenos recalques do terreno, evitando trincas nas paredes 
por ela apoiadas. 
Normalmente sua ferragem consiste em barras corridas, sem 
estribos, porém se tiverem função de viga deverá ser calculada 
a ferragem, surgindo estribos e cavaletes necessários. 
Mas no caso mais comum, a cinta não é calculada e sim 
empregada empiricamente. 
 
 
 
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Tipos empíricos utilizados com sucesso: 
 
 
Vale ressaltar que em pequenas construções, quando não 
utilizada estrutura completa de concreto armado, a alvenaria 
passa ater função estrutural (portante) e não só de vedação. 
 
Traços: 
A recomendação técnica mais difundida para a preparação de 
argamassas de assentamento prevê a proporção 1:3 (tijolos 
maciços comuns) em volume (aglomerante e agregado, 
respectivamente), para alicerces. Sendo muito usual o traço 
1:2:8 (cimento, cal hidratada e areia). Algumas construtoras 
brasileiras têm adotado proporções de 1:4 (1:2:12), e às vezes 
até 1:4,5, com resultados relativamente satisfatórios em 
alvenarias de vedação. 
 
 
 
 
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Impermeabilização de alicerces 
 
O solo se conserva permanentemente úmido e o alicerce, em 
contato com ele, absorve essa umidade. O tijolo, em especial 
o empregado na fundação, por ser um material de grande 
absorção, deve ser devidamente protegido 
(impermeabilização do respaldo) para não transferir, via 
capilaridade, umidade às paredes superiores. 
 
 
 
Pode-se notar nas figuras acima, o modo mais correto de se 
proceder à impermeabilização. A camada impermeável dobra 
lateralmente cerca de 10 cm, evitando falha nas bordas. As 
duas primeiras fiadas também devem estar assentadas com 
impermeabilizante, reforçando a vedação de água. As setas 
indicam o ataque da umidade se infiltrando no maciço, sendo 
que no primeiro caso, ela interrompe seu fluxo ascendente na 
camada impermeável, enquanto que no segundo caso isso não 
ocorre. 
 
 
 
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Geralmente, se utiliza impermeável líquido (Vedacit, Sika ou 
similar) dosado em argamassa de areia em traço 1:3 em 
volume (jamais adicione cal na argamassa impermeável): 
 
 1 lata de cimento (18 litros) (cerca de 9 sacos de cimento 
por m³ de areia); 
 3 latas de areia (54 litros); 
 1,5kg de impermeável. 
 
A mesma dosagem é utilizada para o assentamento das duas 
primeiras fiadas de parede. A camada não deve ser alisada 
com colher de pedreiro, deve ser somente desempenada 
(superfície semiáspera), o que evita rachaduras e favorece a 
aderência e atrito das paredes sobre a camada. Também a 
mesma não deve ser muita espessura (1 a 1,5 cm no máximo). 
Não utilize a aplicação de pixe líquido (Neutrol ou similar). Com 
o passar dos anos, ele desagrega essa argamassa, 
possibilitando infiltração. 
Lembre-se sempre que uma impermeabilização mal executada 
gera problemas crônicos que só se resolvem com demolições e 
reconstrução completa. 
 
Alicerce em alvenaria de pedra 
 
Indicado para terrenos arenosos e alagados (normalmente em 
área litorânea). A alvenaria de pedra bruta (granito) não se 
decompõe como o tijolo de barro e a camada de concreto 
(sapata) não se funde dentro d’água. Utiliza-se a pedra bruta, 
sem qualquer argamassa, até se elevar acima da superfície da 
água. Desse ponto para cima é que as pedras serão 
assentadas com argamassa de cimento e areia (1:3). O reforço 
 
 
 
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será feito no respaldo, com vigas apoiadas sobre as pedras e 
formas laterais de madeira. A impermeabilização segue o 
padrão da dos alicerces comuns. 
 
Fundações profundas 
 
Para a escolha do tipo mais adequado de fundação profunda, 
deve se conhecer a profundidade em que se encontra a(s) 
camada(s) do subsolo com a resistência necessária para 
 
 
 
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suportar as cargas a que serão submetidas, e esse 
conhecimento depende de uma sondagem do subsolo. 
Um terreno de baixa resistência, geralmente é denunciado na 
própria superfície. Algumas vezes aparece alagado, outras com 
cor quase preta, o que indica possuir material orgânico 
decomposto ou indica lençol d’água a pouca profundidade, 
rente a superfície, nesse caso, o indicado é fazer a perfuração 
com um trado manual para exame do subsolo. 
O trado manual é um instrumento relativamente barato e 
obrigatório para todo aquele que se dedica ao ramo de 
construções. Há também trados mecânicos de diversos 
tamanhos, porém esses já apresentam um valor alto, por sua 
sofisticação, justificando-se quanto a sua demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Durante a perfuração podemos conhecer o subsolo por dois 
indícios: 
 
 a qualidade da terra que é retirada e examinada, indicando 
o tipo de solo para as diversas profundidades; 
 a resistência oferecida pelo terreno ao trabalho da broca. 
 
Quando encontramos camadas realmente resistentes, o 
trabalho de perfuração é quase impraticável e sem rendimento. 
Essa é a melhor comprovação de que se encontrou camada 
ideal para base. Os buracos são preenchidos com concreto 
armado até quase a superfície do solo. Sobre as estacas 
correrá uma viga baldrame e sobre ela serão levantadas as 
paredes. O espaçamento das brocas (fundação), a ferragem 
usada e os dados para construção do baldrame dependerão 
de cálculo. 
No caso de encontrarmos água próxima da superfície e, 
vermos vantagem de perfurar mais baixo (terra firme), o orifício 
ficará cheio de água até o nível do lençol freático. Não se deve 
preenchê-lo com concreto seco, pois haverá segregação, a 
pedra mais pesada irá ao fundo, ficando o material fino 
(cimento e areia) na superfície. O correto é retirar toda a água 
possível comum acessório especial: um tubo com cerca de 10 
a 15cm de diâmetro, preso a uma haste de comprimento capaz 
de atingir o fundo do orifício. A parte do fundo deste tubo se 
abre (portinholas), quando mergulhado (pressão de entrada da 
água) e ao ser puxado, fecha-se automaticamente pela 
pressão da própria água (cima para baixo). Assim esvaziamos 
o orifício até um nível bem baixo, facilitando a concretagem. 
 
 
 
 
 
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Se as camadas de boa resistência se encontram a 
profundidades superiores a 6 metros, deveremos abandonar 
o uso das brocas, recorrendo então às estacas. Estas podem 
ser de concreto armado ou madeira (eucalipto ou guaratã). 
As estacas de madeira devem ser evitadas apesar de serem 
bem baratas em relação às de concreto (1/4 do preço), pelo 
risco de sofrerem apodrecimento. Elas só não apodrecem 
quando imersas no lençol d’água. A madeira tem seu uso 
condenado em construções permanentes, só devendo ser 
usadas naquelas de caráter provisório. Um sistema apropriado 
para obras de pequeno porte são as estacas tipo Strauss que 
consiste na cravação de tubos com diâmetro em torno de 20 
cm até a profundidade desejada. Em seguida coloca-se a 
 
 
 
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armadura (se prevista). À medida que se vai lançando o 
concreto, o tubo vai sendo retirado para ser usado para ser 
usado posteriormente. O concreto lançado, não só penetra no 
furo como é comprimido contra as paredes do solo quando da 
retirada do tubo e ganha aderência lateral que aumenta 
bastante a capacidade de resistência da estaca. Esse sistema 
é rápido e econômico. 
 
 
Resta agora o uso de estacas de concreto pré-moldadas. 
São cravadas por empresas especializadas, uma vez que 
requerem maquinaria (bate-estacas) e operários acostumados 
e práticos em tal serviço. Podem ser cravadas mesmo em 
locais em que não haja força elétrica, pois os bate-estacas são 
acionados por motor a combustão. Estacas são encontradas 
até o comprimento de 12 m. para situações especiais podem 
ser confeccionadas estacas maiores. 
 
 
 
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Resumindo: 
 
a. Terreno firme situado até 1,20 – 1,50 m: fundação direta 
b. Terreno firma situado até 6,00 m: brocas 
c. Terreno firme situado a mais de 6,00 m: estacas de 
concreto 
d. Terrenos alagados e para construções provisórias: estacas 
de madeira 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos 
em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um apanhado de informações 
de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
6. Levantamento de Paredes do Andar Térreo 
 
Levantamento de paredes 
 
Após deixar no mínimo um dia de secagem da camada 
impermeabilizadora do alicerce, é que devemos erguer as 
paredes do andar térreo, obedecendo à planta construtiva 
(respeitando suas posições e espessuras, no caso um ou meio 
tijolo). 
 
 
O serviço é iniciado pelos cantos, preferencialmente os 
principais, levando-se em conta o alinhamento vertical (prumo). 
No sentido horizontal o assentamento dos tijolos terá suas 
alturas uniformizadas (espessura das fiadas) orientadas pelo 
cantilhão ou também conhecido como escantilhão e por uma 
linha guia. 
 
 
 
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Geralmente, cantilhão ou escantilhão consiste numa régua de 
madeira, com comprimento vertical igual ao do pé direito (piso 
ao forro) graduada fiada a fiada (marcação de sulcos feitos com 
serrote), porém existe esse equipamento pronto já previamente 
graduado em metal. 
 
 
 
 
 
 
 
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Tipos de tijolos para alvenaria 
 
 Maciços de cerâmica ou simplesmente tijolos maciços 
 
 
 Blocos de concreto 
 
 
 Concreto celular - Pumex 
 
 
 
 
 
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 Tijolos furados (cerâmica) 
 
 
Tijolos Maciços 
 
Os tijolos maciços tem sua graduação no escantilhão de 6,5 em 
6,5 cm, pois o tijolo tem 0,50 cm de espessura e prevê-se uma 
camada de 1,5 cm de argamassa entre duas fiadas. 
 
 
 
 
 
 
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Distribuição dos tijolos em paredes de um tijolo: 
 
 Amarração comum 
 
 
 
 
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 Amarração “francesa” 
 
 
 
 
 
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 Amarração para tijolo e meio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Amarração a 90° 
Paredes, que se encontre com outras em esquadro (90°), serão 
amarradas. Isto se faz deixando-se tijolos salientes na 
espessura de ½ tijolo, alternadamente, na parede que servirá 
de suporte à outra. 
 
 
 Encunhamento 
As últimas fiadas serão preenchidas com tijolos inclinados a 45° 
no intervalo entre a parede e a viga. 
 
 
 
 
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 Amarração em pilar 
Paredes que se fixem em pilares deverão ser grampeadas por 
vergalhões (grampos de ancoragem) fixados ao concreto por 
“grout” (adesivo químico). E para garantir resistência a esforços 
laterais, aplica-se chapisco grosso com pedriscos. 
 
 
 Amarração de andaimes 
O primeiro plano de andaimes começa a uma altura de 1,50m 
do nível da base da parede térrea e cravados ao solo na parte 
externa da obra. As madeiras mais usadas são o pinho ou o 
eucalipto, em forma de tábuas para os assoalhos (1” x 12”) e 
pontaletes para apoio (3” x 3”). 
 
Argamassa de assentamento 
 
A argamassa de assentamento do tijolo é composta de cal e 
areia ou de cimento e areia, com traço aproximado de 1:3. A 
areia utilizada é do tipo médio (grãos médios levemente 
argilosos). A areia grossa e lavada usada para concreto se 
utilizada para argamassa de assentamento exige muito cal ou 
argila par chegar à consistência pastosa necessária para este 
tipo de trabalho. 
 
 
 
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A argamassa é feita em mistura manual, exceto em obra de 
grande demanda, onde se emprega com sucesso a betoneira. 
Deve inclusive ser preparada com dias de antecedência 
(descansando) no caso do emprego da cal, pois favorece a sua 
plasticidade e possibilita que a cal virgem se queime por 
completo. Pode-se ainda aplicar a cal hidratada. Esta vem 
embalada (semelhante ao cimento) e é misturada à areia em 
seco no traço 1:5 em volume. A seguir é adicionada a água. 
A cal hidratada é mais cara que a cal virgem e é utilizada 
quando há limitações na guarda de estoque material. 
Existe também a opção da argamassa de assentamento 
usinada, porém só aplicável quando há grande demanda no 
seu consumo (ex. betoneira), e a argamassa de assentamento 
comprada pronta, hoje muito comum, sendo uma excelente 
opção para serviços de reformas. 
 
Normas de bom trabalho em alvenarias: 
 Juntas entre tijolos completamente cheias; 
 Painéis de parede perfeitamente no prumo e alinhadas, o 
que garante uniformidade da camada de revestimento; 
 Fiadas perfeitamente niveladas, pois os acertos geram 
maior consumo de argamassa. 
 
Vãos (portas e janelas) 
 
Os vãospara portas e janelas já serão deixados aberto, 
obedecendo às medidas previstas na planta construtiva. São 
necessárias folgas para encaixe dos batentes, já que as 
medidas marcadas na planta de obra são as do vão livre. 
 
 
 
 
 
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Assim para esquadrias de madeira devemos acrescentar: 
 Para portas: 10 cm na largura e 5 cm na altura; 
 Para janelas: 10 cm na largura, 10 cm na altura. 
 
Para esquadrias metálicas, que não utilizam batentes: 
 Acréscimos de 3 cm tanto na altura quanto na largura. 
 
Guarnições (caixonete ou caixilho e alisar) 
 
 
 
 
 
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Vergas 
 
 
Em vãos que excedam 2,40 m as vergas deverão ser 
calculadas. 
 
Blocos de Concreto 
 
Os blocos podem ser de fabricação industrial ou artesanal de 
acordo com a demanda. Constituição: cimento, areia e 
pedrisco. Misturam-se os ingredientes com água, formando 
uma massa quase seca em forma de farofa, coloca-se em 
formas, prensa-se e vibra-se em máquina apropriada. 
 
 
 
 
 
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Resumo de vantagens e desvantagens no seu uso: 
 
 Tornam as paredes mais leves, aliviando a estrutura; 
 Diversidade de formatos e funções (racionalidade na 
execução das alvenarias); 
 Exigem menos mão de obra (economia no custo e no 
tempo); 
 Não favorecem o embutimento das instalações prediais sem 
planejamento e colocação prévios; 
 Menos salubridade em especial em climas quentes e úmidos 
(conforto térmico); 
 A economia de mão de obra precisa ser bem conduzida, 
para compensar o maior custo por m² do material. 
 
Comparativo – Bloco de Concreto vs Tijolo Maciço 
 
BLOCO: 
 Peso inferior por m²; 
 
 
 
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 Rapidez na execução das alvenarias; 
 Menor espessura; 
 Maior resistência. 
 
TIJOLO 
 Mais liberdade no embutimento de instalações prediais; 
 Maior salubridade (resistência à umidade e variação de 
temperatura). 
 
Conclusão: 
 Na execução de paredes internas os blocos são mais 
vantajosos; 
 Para paredes externas, o tijolo é mais indicado pelo fator 
salubridade. 
 
Dimensões mais usuais do bloco de concreto 
 
 
Concreto Celular – Pumex 
 
Substitui tanto o tijolo maciço quanto o bloco de concreto. É 
extremamente leve, semelhante a uma espuma endurecida. 
 
 
 
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Seu peso específico é de 550 Kg/m³, contra 1.400 Kg/m³ do 
tijolo. 
 
Dimensões (cm): 
 
c h e uso 
56 40 5,5 
Paredes 
secundárias 
56 40 7,5 
Paredes 
internas 
56 40 10 
Paredes 
externas 
70 40 10 
Paredes 
externas 
80 40 10 
Paredes 
externas 
 
O pumex além da leveza favorece o uso de instalações prediais 
embutidas, pois se escava facilmente com uma talhadeira ou 
serrote. 
 
 
 
 
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A fixação dos batentes de portas é feita sem o uso de tacos de 
madeira. Emprega-se o uso de parafusos que penetram no 
próprio bloco. No caso de vãos muito significativos aconselha-
se o emprego de cunhas de madeira entre as paredes e o 
batente. 
O encunhamento de paredes com pumex é feito com placas 
cortadas em diagonal. 
 
Outras aplicações: 
 Preenchimento de espaços vazios (pelo peso diminuto); 
 Isolamento térmico revestindo paredes ou lajes; 
 Formação de degraus ou patamares sobre lajes inclinadas. 
 
 
 
 
 
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Comparativo – Tijolo Comum vs Pumex: 
 
Item Tijolo comum Pumex 
Peso específico 1.400,00 kg/m³ 550,00 kg/m³ 
Peso da parede 
por m² (externa) 
308,00 kg/m² 55,00 kg/m² 
Resistência à 
compressão 
5,00 kg/cm² 33,00 kg/cm² 
Condutibilidade 
térmica 
0,65 kcal/m²h 0,07 kcal/m²h 
Absorção 
superficial 
13,50 g/cm² 2,60 g/cm² 
Consumo 
superficial 
0,08m³/m² 0,01m³/m² 
Assentamento por 
dia de 8 horas 
8,00 m² 30,00 m² 
Preço por metro 
quadrado 
35,00 15,00 (de 0,4 x 0,8) 
 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos 
em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um apanhado de informações 
de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
7. Lajes 
 
Madeiramento para fôrmas, Ferragens e Enchimento 
 
Toda obra de engenharia tem de suportar todos os esforços que lhe são 
afetados: o peso próprio, o peso de seus ocupantes, vento e 
sobrecargas. Como um esqueleto, o conjunto formado de vigas, pilares 
e lajes, juntos constitui a estrutura de uma construção. Notamos essa 
relação quando observamos uma construção que a alvenaria ainda não 
foi iniciada e que apresenta seu “esqueleto” de concreto. 
 
 
 
 
 
 
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2/9 
 
Em pequenas obras, o modo construtivo não permite uma visão da 
estrutura como a representação acima, uma vez que comumente, 
depois de executados os alicerces, iniciam-se os serviços de alvenaria, 
sendo os pilares executados posteriormente. O tipo de laje utilizado é a 
pré-moldada, que apoiará sobre as alvenarias. 
 
 
 
 
 
As estruturas podem ser constituídas de diversos materiais: concreto, 
aço ou madeira. Existe também o caso de alvenarias com função 
estrutural e podem ser alvenarias armadas ou não. Os casos mais 
comuns são as estruturas de concreto armado. 
Nosso estudo está voltado aos casos de estruturas de concreto e 
alvenarias para as obras de pequeno porte. 
 
 
 
 
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3/9 
 
Estrutura de concreto 
 
Numa obra devidamente organizada é indispensável a previsão das 
datas oportunas para o inicio de determinados serviços. Sendo assim, 
se fossemos esperar que as paredes estivessem levantadas até a altura 
das lajes para iniciar os trabalhos preparativos, fatalmente teríamos 
atraso na obra. Esses trabalhos devem, portanto, ser iniciados em 
conjunto ao levantamento das paredes. Carpinteiros e armadores 
poderão preparar suas respectivas peças com antecipação. 
 
Estudaremos a seguir os materiais básicos que compõem as estruturas 
de concreto: 
 
 Madeiramento (carpinteiro) 
 Ferros (armador) 
 Pedra, pedregulho (agregado graúdo) ou cascalho 
 Areia (agregado miúdo) 
 Cimento 
 
Madeiramento (carpinteiro) 
 
Para a feitura de fôrmas utiliza-se a madeira como material. Sua 
aplicação é provisória, portanto utilizamos madeira barata como o pinho 
e o eucalipto de terceira qualidade. O madeiramento de fôrmas de 
concreto é impróprio para o uso em trabalhos mais delicados em 
carpintaria e marcenaria. Porém, devemos evitar ou mesmo recusar 
tábua com excesso de nós por racharem facilmente, ter baixo 
rendimento e só sendo usada uma única vez. 
 
Suas bitolas comerciais: 
 
 Tábuas: 1” x 12”, 1” x 9”, 1” x 6”, 1” x 4”, 1” x 2”, 1/2” x 12” 
 Pontaletes: 3” x 3”, 3” x 4”, 4” x 4” 
 
 
 
 
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Tem comprimento básico de 4,27 m (14 pés). O comprimento das peças 
costuma variar entre 4,00; 4,30; 4,60 ou 4,90 m, mas o preço do dia 
sempre se refere à dúzia com comprimento básico de 4,27 m. 
 
Fôrmas para lajes, vigas e pilares em uma estrutura de concreto 
 
Fôrmas para lajes: 
São constituídas de um piso de tábuas de 1” apoiadas sobre uma trama 
de pontaleteshorizontais. Estes por sua vez, são apoiados sobre 
pontaletes verticais (todos pontaletes de 3” x 3”). 
O assoalho na parte superior pregado sobre pontaletes horizontais e 
transversais, separados cada 0,90 m a 1,00 m, estes se apoiam sobre 
novos pontaletes horizontais no sentido longitudinal como mesmo 
espaçamento. Todo o conjunto é sustentado por pontaletes verticais que 
formam, portanto, quadriculado de 0,90 m a 1,00 m. Quando o piso for 
de terra (acontece quando concretamos a primeira laje) o pontalete 
vertical deve apoiar sobre outro horizontal colocado deitado sobre o 
solo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Quando a distância do piso até a laje for maior que 3,00 m é necessário 
um sistema de travessas e escoras para evitar a flambagem dos 
pontaletes ao receber a carga de concretagem. Para essas travessas e 
escoras, usam-se geralmente restos e retalhos de madeira. O uso de 
cunhas tem o papel de forçar os pontaletes verticais para cima, 
permitindo um bom ajuste do nivelamento do assoalho ao mesmo tempo 
em que evita o trabalho em falso de alguma escora. As tábuas que 
formam o assoalho devem estar bem juntas umas das outras, não sendo 
permitidas folgas com mais de 5,0 mm. 
As folgas pequenas desaparecem quando o madeiramento é molhado, 
providência que se toma horas antes da concretagem. Caso surjam 
folgas maiores em virtude de irregularidade das tábuas, deve-se tapá-las 
com raspas de madeira. É importante frisar que essas folgas oferecem o 
grave perigo de permitir a passagem de cimento no ato da concretagem, 
restando no concreto maior porcentagem de areia e pedra, o que 
enfraquece o traço. 
Para obras de maior vulto, costuma-se utilizar o escoramento metálico, 
que são quadros que se encaixam entre si até a altura necessária. Nas 
pontas para conseguirmos uma regulagem mais precisa da altura e 
também para apoio das vigas ou pontaletes que sustentam o assoalho, 
existem umas peças na forma de “U”. 
 
 
 
 
 
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Fôrmas de pilares: 
São constituídas de quatro tábuas laterais, estribadas com cintas para 
evitar o seu abaulamento no ato da concretagem. São deixadas 
portinholas nos pés dos pilares para permitir a ligação dos ferros de um 
pavimento para outro. 
 
Os pilares de seção circular terão as tabuas substituídas por sarrafos 1 x 
2 para permitir a curvatura, e as cintas serão cortadas de retalhos de 
tábuas mais largas em forma circular. 
 
 
 
 
 
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Fôrmas para vigas: 
Semelhantes àquelas dos pilares, apenas se diferenciando pela face 
superior livre. Devem se escoradas de 0,80 m em 0,80 m, 
aproximadamente, por pontaletes verticais como as lajes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumindo, os pontos a serem examinados no madeiramento, são: 
 
 Espaçamento entre tábuas do assoalho. 
 Assoalho de lajes perfeitamente em nível. 
 Pilares em prumo. 
 Escoramento perfeito e sólido pelos pontaletes, evitando recalques 
no ato de concretagem. 
 Obediência as medidas previstas pela planta de concreto armado. 
 Jogar água em abundância, horas antes da concretagem. 
 
Chapas compensadas revestidas com plásticos (madeirite, 
wagnerite ou similar): 
Chapas compensadas revestidas com plásticos são um produto 
industrial conhecido como madeirite ou wagnerite, atualmente aplicado 
com abundância para fôrmas de concreto. Resistentes a água, lisas e 
práticas, apresentam diversas vantagens na substituição do pinho. 
Destaca-se que a sua superfície lisa transmite ao concreto qualidade, 
tornando inevitável seu emprego para “concreto aparente”. 
Mesmo quando se pretende revestir o concreto, dispensando o emboço 
ou o reboco grosso, aplica-se a massa fina diretamente sobre um leve 
chapisco prévio. 
 
 
 
As chapas têm as dimensões de 1,10 m x 2,20 m com espessuras de 4, 
5, 6, 8, 9, 10, 12, 14, 17 e 20 mm. 
As chapas de 12 e 14 mm são as mais empregadas para lajes, vigas e 
pilares comuns. 
 
 
 
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Para pilares circulares, pode-se empregar a chapa de 6 ou 8 mm, que 
aceita curvatura necessária. As “cintas” da fôrma serão feitas com 
chapas de 14 mm, cortadas de tal forma que acompanhem exatamente 
o desenho do pilar. 
 
 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos 
em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um apanhado de informações 
de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
1. Lajes 
 
Ferros (armador) 
 
 
 
Os ferros necessários a obra devem ser adquiridos com antecedência 
para que não haja atraso. O ferreiro, mesmo antes do término das 
fôrmas trabalhará no material. 
 
 
 
 
 
 
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2/6 
 
O ferreiro, mesmo antes do término das fôrmas trabalhará no material, 
executando as fases iniciais de seu mister, que são alinhamento, corte e 
dobramento das barras conforme medidas e plantas . Desta maneira ao 
terminarem as fôrmas, só restará a ele a fase final, que será a armação 
sobre o madeiramento. 
 
 
 
O ferro é recebido em feixes de barras de 12 m, aproximadamente,. O 
número de barras de cada feixe varia em relação a sua bitola com peso 
por volta de 90 kg. As barras são dobradas ao meio, medindo cada feixe 
cerca de 6 metros de comprimento. Os ferros de menor diâmetro (5,0 e 
6,3 mm) também podem ser fornecidos em rolos de 100 quilos, porém 
sempre que possível, devemos evitar usar esse tipo de remessa por 
oferecer maior trabalho para seu alinhamento, pois os ferreiros 
costumam fazer acréscimos de remuneração nesses casos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Correspondência entre espessura e peso de ferro 
Ø polegada Ø milímetro Kg/m 
3/16” 5,0 0,16 
1/4” 6,3 0,25 
5/16” 8,0 0,40 
3/8” 10,0 0,63 
1/2” 12,5 1,00 
5/8” 16,0 1,60 
3/4” 20,0 2,50 
1” 25,0 4,00 
 
O preço é calculado por peso (quilo) e tal fato ocasiona desencontro 
entre previsão e consumo. Sabemos que o calculista retira do desenho 
as medidas das diversas barras. Somando-se o comprimento dessas 
chega-se a metragem total necessária de cada diâmetro. Essas 
metragens, multiplicadas pelo peso por metro linear das tabelas, nos 
dão o peso total necessário de cada bitola. Os pedidos são feitos com 
um acréscimo de 5 a 10% para perdas. Porém, a maioria das usinas, 
por erros de fabricação, produzem barras com peso superior ao 
tabelado e como consequência, a metragem fornecida é menor do que 
aquela prevista. 
 
Exemplo: metragem prevista pelo cálculo em ferro de 6,3 mm = 5.220 m. 
 
Cálculo do peso p necessário, usando-se o fator 0,25 kg/m e 
acrescentando-se 5% para perdas: 
 
p = 5.220 x 0,25 x 1,05 = 1.376 kg 
 
 
 
 
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Cálculo do peso P realmente necessário, se o ferro vier fora de bitola, 
pesando 0,290 kg/m: 
 
P = 5.220 x 0,290 x 1,05 = 1.598 kg 
 
Portanto, na obra haverá falta de: 
 
P – p = 1.598 – 1.376 = 213 kg 
 
Ou seja, aproximadamente 800 m. 
 
O conhecimento prévio dessa condição nos protege de uma eventual 
responsabilidade de falta de ferro na obra. Devemos explicar tal fato ao 
cliente, no caso de construção por administração, para que não sejamos 
responsabilizadospor erro de cálculo ou mesmo desconfiança de desvio 
de material. 
Infelizmente não é apenas o peso em desacordo com as tabelas que 
traz contrastes com o cálculo. O mais grave, e não menos frequente, é 
quando o peso entregue nas obras vier inferior ao pedido no que consta 
nas notas. Trata-se de peso roubado. Tal controle não é fácil, quando 
obra de vulto, uma solução é a presença de uma balança de 200 kg 
para que todos os feixes sejam pesados. Essa operação é trabalhosa e 
gera despesa, porém compensa pelo fato de não favorecer furtos. Para 
compras menores, o ideal é assistir a pesagem no próprio depósito 
desde que se teste primeiramente a balança. 
 
O trabalho com ferro para concreto armado pode ser dividido em duas 
fases: 
 
Fase 1: corte e preparo 
 
 
 
 
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Fase 2: armação 
 
 
A fase primeira é executada em qualquer local da obra previamente 
preparado, onde se colocará a bancada de trabalho com os alicates de 
corte. O ferro é recebido em barras de comprimento em torno de 12 m 
que chegam dobradas ao meio. No carregamento, transporte e descarga 
essas barras se tornam irregulares (dobradas e tortas). 
A barra deve, portanto, ser estendida antes de ser cortada. A seguir 
serão feitos os dobramentos, formando ganchos e cavaletes. Este 
trabalho deve ser feito em série para melhor rendimento, isto é, quando 
o ferreiro estiver lidando com um determinado feixe (exemplo: 6,3 mm) 
já deve cortar todos os ferros desta bitola e a seguir dobrá-los, antes de 
iniciar o trabalho com outra bitola. Nesta fase torna-se importante um 
bom aproveitamento dos comprimentos, para que sobre menor 
quantidade possível de retalhos. Geralmente em peso, os retalhos 
representam 5% sobre o peso total de ferro, não devendo ultrapassar 
em hipótese alguma a 10%. 
A fase segunda, a de armação, é executada sobre as próprias formas no 
caso de vigas e lajes; no caso dos pilares, a armação é executada 
previamente, pela impossibilidade de fazê-lo dentro das fôrmas. A 
fixação entre as diferentes barras de ferro é feita com arame recozido nº 
18. Por ser recozido este arame se torna mais maleável, então mais 
trabalhável. A amarração não deve ser escassa, uma vez que o arame 
custa barato. Fatores que classificam o trabalho de um ferreiro como 
bom, são: abundância de amarração, alinhamento e espaçamento 
perfeito das barras. Antes de autorizar a concretagem, o engenheiro 
deverá comparar a armação com plantas de cálculo e certificar a perfeita 
 
 
 
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6/6 
 
obediência a elas. Serão examinadas as quantidades das barras, suas 
bitolas, seus espaçamentos, as posições dos cavaletes e estribos. 
De acordo com a ABNT a aço é classificado como barra e são divididos 
em duas classes: 
 
1. Barras de aço classe A, obtidas por laminação a quente, sem 
necessidade de posterior deformação a frio, com patamar de 
escoamento definido caracterizado no diagrama tensão-
deformação. 
2. Barras e fios de aço classe B, obtidos por deformação a frio, sem 
patamar no diagrama tensão-deformação. 
 
Os aços também são classificados por categorias, de acordo com o 
valor característico do limite de escoamento. 
 
Categorias: 
 
CA-25; CA-32; CA-40; CA-50; CA-60 
 
O aço normalmente considerado pelos calculistas quando do cãculo de 
uma estrutura é o CA-50 A. 
 
Colocação de condutos elétricos 
 
Ainda antes do enchimento das fôrmas, deverá ser feita a colocação de 
conduítes e caixas para pontos de luza. O eletricista executará esse 
serviço logo após, ou mesmo durante o trabalho do armador. 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos 
em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um apanhado de informações 
de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
1. Lajes 
 
Agregados 
 
Pedra, pedregulho (agregado graúdo) ou cascalho 
 
Sempre contamos na obra com betoneira e vibrador, devemos preferir a 
pedra como agregado graúdo. A preferencia é motivada por sua limpeza 
e uniformidade, já que é um produto obtido mecanicamente. 
 
 
De fato as pedras são separadas por peneiras de diferentes malhas e 
numeradas segundo seu tamanho. Para o concreto, usam-se os 
números 1, 2 e 3, dependendo da dosagem estudada. 
 
 
 
Com o pedregulho ou cascalho, tal uniformidade não existe, variando de 
remessa a remessa o tamanho de suas pedras. Além de ser um material 
retirado do solo, sujeito a não sofrer lavagem, vindo misturado a terra, 
prejudicando a qualidade do concreto. Porém , quando não se possui 
betoneira, é mais facilmente misturado à areia e ao cimento, e quando 
 
 
 
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2/6 
 
não se tem vibrador, permite um enchimento mais uniforme das fôrmas, 
pois as arestas de suas pedras não são vivas e agudas como as da 
brita. Portanto, em obras em geral, contando-se com vibrador e 
betoneira a preferencia é sempre para a pedra. 
 
 
 
Em locais onde a pedra é difícil, podemos usar o pedregulho, pois suas 
desvantagens se anulam. 
 
Areia (agregado miúdo) 
 
Deve ser sempre grossa e lavada, não se devendo em absoluto admitir 
outra areia para o concreto. Um mau agregado miúdo trará péssimo 
concreto. 
 
 
 
 
 
 
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Quando se constrói em localidade onde não há areia de boa qualidade, 
a solução é de fato difícil. A sua substituição por pó de pedra é proibida; 
por areia de pedra, quando se consegue obtê-la, é um pouco melhor, 
mas também não satisfaz. A norma, no caso, é a feitura por tentativas 
de diversos ensaios de corpo de prova. 
 
 
 
Cimento 
 
A única recomendação necessária é que o cimento Portland utilizado 
seja novo. Cimento empedrado é sinal de cimento velho e seu uso é 
proibido para o concreto. Não deve ser adquirido com antecedência já 
que, por vezes, a feitura das fôrmas e a armação de ferro demoram 
mais do que o previsto. 
 
 
 
 
 
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Concretagem (pedreiros) 
 
Deve-se iniciar a concretagem pela manhã, bem cedo, para que haja 
rendimento de trabalho durante o dia. Quando sabemos que a 
concretagem total requer mais do que um dia de trabalho, não devemos 
inicia-lo no sábado, para não interromper durante um dia inteiro 
(domingo). 
As tábuas da fôrma devem ser molhadas com abundância, para que as 
pequenas frestas e aberturas desapareçam com o inchamento da 
madeira. Este é um detalhe de grande importância, já que influi na 
perfeita dosagem do concreto. 
 
 
 
A preparação do concreto pode ser feita com mistura manual ou 
mecânica (com betoneira). Com emprego de betoneira se consegue 
uma mistura mais perfeita e rápida e, portanto, mais econômica. No 
entanto, nem sempre contaremos com a sua presença por muitas vezes 
o volume do concreto necessário não justificar o seu transporte. 
 
 
 
 
 
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5/6 
 
 
 
Para se respeitar com exatidão a dosagem prevista, deve-se utilizar 
caixotes ou padiolas prontas (carrinhos) construídos para medir as 
quantidades dos diversos componentes do concreto. As medidas das 
caixas podem variar a variar a superfície do fundo assim como as 
alturas, desde que se respeite a mesma proporção. 
 
 
 
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de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras (continuação) 
1. Lajes 
 
Tipos 
 
Lajes de tijolos furados 
 
É uma solução sempre procurada por ser considerada mais econômica. 
Porém essa economia só se justifica em obras de pequeno porte ou em 
anexos a obras de porte grande. 
Lajes feitas com tijolos de oito furos apresenta uma espessura bastante 
grande (25 cm), o que pode ser algo conveniente ou não, dependendo 
do caso. Um exemplo favorável é no caso do cálculo obrigar o emprego 
de vigas que não podem aparecer no forro inferior (efeito estético) ou 
quando a viga invertida no piso superior e exista a necessidade de 
portas em sua alvenaria. 
 
Lajes mistas (ou de tijolos furados) 
 
É uma solução também bastante procurada, por ser econômica e de 
rápida execução. De início eram confeccionava-se na própria obra, 
atualmente seus componentes são pré-fabricados de forma industrial 
 
 
 
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2/5 
 
(vigotas em concreto vibrado em mesas e pega a vapor em estufa), 
blocos mais perfeitos, com um resultado de emprego mais generalizado. 
É uma boa solução desde que bem adaptada ao tipo de obra. 
O painel da laje se constitui de vigas delgadas (vigotas), em que são 
apoiados os blocos (de cerâmica ou de concreto) e depois é aplicada 
uma camada de concreto de cobertura com o mínimo de três 
centímetros de espessura. 
As vigotas são colocadas no menor sentido do vão a ser coberto. 
A principal vantagem desse tipo de laje é o reduzido consumo de 
madeira para fôrmas e cimbramento (estrutura de suporte provisória). 
 
 
A tábua central é colocada um pouco mais acima das demais para dar a 
contra flecha prevista, isto é, a laje enquanto estiver apoiada deve ser 
levemente arqueada para cima, para que quando se tirar o 
escoramento, assuma a posição horizontal. A contra flecha é indicada 
pelos cálculos. 
É importante saber que a primeira vigota não é encostada na parede 
lateral, pois se começa com um bloco apoia do na parede e na primeira 
vigota. 
 
 
 
 
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3/5 
 
A sequência de atividades que regulam o emprego deste tipo de laje é a 
seguinte: 
 
1) Consulta às firmas fornecedoras para feitura de orçamento, tendo 
como base a planta de execução enviada. 
 
2) Quando as paredes estiverem começando a ser levantadas, deve-
se avisar a firma escolhida para a conferência das medidas, que são 
feitas na obra. 
 
3) Na montagem das lajes, inicia-se pela colocação das tábuas de 
escoramento com os respectivos pontaletes. 
 
4) Colocação das vigotas, respeitando tipos e medidas quem vêm 
indicadas na planta técnica fornecida pela fábrica de lajes. 
 
5) Colocação de blocos. 
 
6) Colocação de caixas dos pontos de luz e respectiva tubulação 
(conduítes). 
 
7) A concretagem deve ser precedida por abundante rega das vigotas 
e lajes (usar muita água). 
 
8) Concretagem com concreto em dosagem rica de cimento (1 : 2 : 3 
até 1 : 2,5 : 3,5), empregando pedra nº 1 para melhor penetração entre 
as vigotas e blocos. A espessura da camada de concreto deve ser no 
mínimo de três centímetros, podendo ser maior caso o cálculo assim o 
determine. 
 
9) Rega nos 3 a 4 primeiros dias para melhor pega do concreto. 
 
10) Descimbramento após 28 dias (mínimo de 21 dias). 
 
 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo II – Prática de Obras – Prof. Maxbel Cabral 
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Algumas soluções para casos mais comuns 
 
 Quando se tem laje de forro que contínua com um beiral com calha 
embutida. 
 
 
 Quando se tem engaste da laje em vigas de concreto, notando as 
duas soluções para ferro negativo. 
 
 
 Solução para lajes contínuas em vigas de concreto. A ferragem 
negativa ficará embutida na camada de cobertura de concreto e 
poderá ser uma continuação do estribo ou ser independente. 
 
 
 
 
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 O mesmo caso quando a viga intermediária é invertida. 
 
 E quando não há viga intermediária 
 
Lembremos que todos os casos apresentados ou não necessitam de 
cálculo prévio. 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos 
em sala de aula. Não deve ser reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de um apanhado de informações 
de bibliografias e apostilas técnicas de outros profissionais.

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