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TRABALHO HISTORIA DA EDUCAÇÃO-2

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: Letras – Libras – Português
DISCIPLINA: História da Educação
PROFESSOR(A) TUTOR(A): Cyntia Maria Silva Ferrini
TITULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: Revisitando a História da Educação e projetando perspectivas futuras.
ALUNA: Fernanda Camargo da Silva
 A História da Educação no Brasil é dividida nos períodos Colonial, Imperial e Republicano, e em cada uma dessas etapas a educação construiu suas concepções, ideais, valores que fizeram e fazem parte do nosso sistema educacional. Portanto para se compreender o presente de forma crítica e pensar o futuro é necessário entender o passado por meio de nossa história.
No período colonial a educação teve início com os indígenas que orientavam e ensinavam para suas crianças as diversas técnicas e atividades necessárias para o bom funcionamento das aldeias. Com a chegada dos padres jesuítas a recém-criada colônia portuguesa, essa situação foi modificada com a Companhia de Jesus que buscou expandir novos horizontes de evangelização pela catequese. Chegaram para difundir o cristianismo em uma catequese direcionada, no primeiro momento aos indígenas.
Assim, no período em que os jesuítas permaneceram no Brasil eles fizeram toda uma organização do sistema educacional que compreendia desde o ensino básico até cursos superiores para formação de sacerdotes. 
Em 1759 o Marques de Pombal publica um decreto que fecha todas as escolas jesuíticas em Portugal e suas colônias, criando uma nova estrutura educacional, tendo como objetivo combater severamente os jesuítas, o que representava um projeto arquitetado de avanço de poder. Nesse período foram criadas as Aulas Régias, que constituíram a primeira experiência de ensino promovido pelo estado na história brasileira com aulas de Latim, Grego e Retórica que ficou restrita as elites sociais. A reforma Pombalina trouxe ao país uma profunda reforma educacional onde a metodologia eclesiástica dos jesuítas foi substituída pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica.
Marquês de Pombal, ao propor as reformas educacionais por intermédio da aprovação de decretos que criaram várias escolas e da reforma das já existentes, estava preocupado, principalmente em utilizar-se da instrução pública como instrumento ideológico e, portanto, com o intuito de dominar e dirimir a ignorância que grassava na sociedade , condição incompatível e inconciliável com as ideais iluministas. (Santos, 1982)
Com a vinda da família real portuguesa em 1808 foram abertas academias militares, escolas de direito e medicina, a biblioteca real e o jardim botânico. Em 1889 a família real deixa o Brasil e o Marechal Deodoro da Fonseca proclama a república e após dois anos é promulgada a 1ª Constituição do período republicano que prioriza o ensino leigo nas escolas públicas em oposição ao ensino religioso que predominou durante todo o período colonial. 
A transição entre os séculos XIX e XX foram marcantes para a Pedagogia com o surgimento de pensadores e teorias que influenciaram a educação. Houve uma radicalização das ideias pedagógicas, colocando-as como centro do processo de controle social, passando a ser um projeto político e da própria gestão de poder social e político. Foi nesse período que pensadores como Pestalozzi, Froebel, Dewey, Gramsci, Montessori, Piaget entre outros trouxeram ideias que marcaram a história de nosso país, impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre a aprendizagem, desenvolvimento humano, com críticas a pedagogia tradicional e a forma como os conteúdos curriculares eram impostos aos alunos no processo de aprendizagem.
Em 1930 no governo Vargas foi criado o Ministério da Educação com o objetivo de unificar as políticas de ensino dos Estados, integrando o sistema educacional de todo país, permitindo estabelecer mecanismos que possibilitassem uma maior cooperação entre o governo federal e os Estados. A educação elementar passou a ser dividida em fundamental e supletivo. Mas foi só após o governo Vargas que a educação apareceu na Constituição como “direito de todos”. 
Em 1961 é promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o documento institui um núcleo de disciplinas comuns a todos os ramos. Mas é na segunda versão da LDB, que se torna possível enxergar um sistema de ensino mais parecido com o atual, fica obrigatória a conclusão do primário em oito anos e passam a ser usado os termos 1º e 2º grau, sendo que nessa fase ocorre um perfil mais técnico, por preferência dos militares que comandavam o país, prevalecendo até 1982. 
Essa estrutura permanece até LDB de 1996, quando entra em vigor a denominação de Ensino Fundamental e Ensino Médio. A mudança ocorrida naquele ano incluiu ambos os períodos como etapas da educação básica e integrou a educação infantil que ganhou mais relevância no cenário educacional. A LDB 9394/96 foi baseada no princípio do direito universal a “Educação para todos” e foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato em 20/12/1996. 
Em junho/14 foi sancionado o Plano Nacional de Educação, lei que tramitou no Congresso Nacional durante quatro anos e estabelece 20 metas para serem cumpridas até 2023. Entre os objetivos estão ampliar o acesso desde a educação infantil até o ensino superior, melhorar a qualidade de forma que os estudantes tenham o nível de conhecimento esperado para cada idade e valorizar os professores com medidas que vão da formação ao salário dos docentes.
E no dia 22 de dezembro de 2017 foi publicada a resolução CNE/CP no 2, que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular a ser respeitada obrigatoriamente. É um documento que regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas brasileiras públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio para garantir o direito a aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes. A Base determina e explicita com mais clareza os objetivos de aprendizagem de cada ano escolar e sua palavra chave é competência, que propõe o desenvolvimento delas que estão distribuídas nas disciplinas curriculares e que devem, por meio das diversas habilidades serem respondidas pelas atitudes concretas do aluno em todos os locais de sua convivência.
Diante de uma retrospectiva históricas as transformações que fazem parte de nossa educação merecem um olhar cuidadoso em compreender o que já vivemos e o que vivemos atualmente. Sob ponto de vista particular vejo uma educação que acabou de acontecer, são apenas 519 anos de uma história que se mantém entranhada pelos interesses políticos. Não há como desassociar nosso sistema educacional das políticas que a formulam e por isso essa luta histórica da educação brasileira parece não sair de um mesmo plano: o domínio das classes dominantes com melhores ensinos e condições em detrimento de uma maioria que luta por uma escola ideal. 
O novo século trouxe consigo mais uma mudança desafiadora em nosso sistema educacional que são as tecnologias, e essa era tecnológica também conta com o desafio de chegar até aqueles que não possuem nenhum tipo de acesso a esses meios. Os questionamentos que agora faço nessa atual educação é como avançar se ainda contamos com uma maioria sem seus direitos básicos adquiridos? Não podemos esquecer daqueles que se encontram também excluídos das salas de aulas por suas necessidades especiais por também não contarem com o apoio devido para seu amplo desenvolvimento. 
Acredito que o BNCC tem muito acrescentar em nosso sistema educacional, mas a lei precisa de inúmeras ações para muitos que ainda estão inacessíveis a nossa educação. Não podemos esquecer de nossos docentes que vivem a sua luta diária em transformar todas suas dificuldades em superações pela vida de seus alunos e a sua comunidade escolar. Educar vem com o propósito de superar, de olhar todos os desafios eminentes e torná-los o seu grande motivo para transformá-los, é fazer parte dessa história como integrante que ajudou na missão decolaborar para o desenvolvimento de cidadãos com mais consciência, autonomia, responsabilidade social e conseguir pensar “fora da caixa”.
 
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS: 
Santos, M.H.C dos. Poder, intelectuais e contra poder (1982)
Material web aula Estácio de Sá.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br

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