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1 História do Pensamento Econômico – Escola Marginalista A Escola Marginalista - Os Precursores Início: 1871 Jevons e Menger: Análise marginal na economia Início da análise marginal: David Ricardo e sua análise marginal da renda. Precursores: o Antoine Cournot - França o Jules Dupuit o Johann von Thünen - Alemanha Foi absorvida pela Síntese Neoclássica Cenário Histórico: Aumento da pobreza na sociedade; Aumento brutal da produtividade do sistema capitalista; Melhoria do padrão de vida; Distribuição injusta da renda e da riqueza; Ciclos econômicos afetavam a vida das pessoas; Poder econômico das empresas se sobrepunha a população; Aumento do poder de monopólio; Mal-estar social – falta de protecções sociais. Concepções Marginalistas: A economia clássica do valor e da distribuição são imprecisas, mas corretas no geral; O sistema de alocação e distribuição do mercado é o melhor; A intervenção do governo é lamentável; O socialismo é inviável e o sindicalismo nocivo. Dogmas Marginalistas: 2 Margem em foco: ponto de mudança na tomada de decisões (margem de lucro). O enfoque marginal foi ampliado para toda a economia; Pressuposto do comportamento racional: comparação racional de prazer e trabalho, medindo a utilidade marginal dos bens. Análise da microeconomia, das situações de empresas e famílias. Análise do processo de tomada de decisões individuais; Margem em foco: ponto de mudança na tomada de decisões (margem de lucro). O enfoque marginal foi ampliado para toda a economia; Pressuposto do comportamento racional: comparação racional de prazer e trabalho, medindo a utilidade marginal dos bens. Análise da microeconomia, das situações de empresas e famílias. Análise do processo de tomada de decisões individuais; Uso do método abstrato e dedutivo. Repúdio ao método histórico; Análises com base em livre-concorrência. Mercado atomizado, próprio dos clássicos; Ênfase na demanda como orientadora dos preços contra os custos de produção clássicos. Utilidade marginal – fenômeno subjetivo, psicológico que induz à demanda; Confiança no princípio do equilíbrio econômico – tendência ao equilíbrio; Terra e bens de capital são todos bens de propriedade que rendem juros, rendimento e lucro. Unificação da análise dos conceitos; Mínimo envolvimento do governo para impedir deturpações na atividade econômica. Benefícios da Escola: Entendimento do mecanismo de alocação eficiente de recursos do mercado; Promoção da liberdade econômica; Mostra ao trabalhador que, sob competição, este recebe exatamente o valor do que contribuiu para a produção; Beneficio aos conservadores, proprietários de terras, ricos e defensores do status quo. Contribuições Válidas: Diagramas geométricos e técnicas matemáticas; Ênfase na importância da demanda; 3 Criação do método de análise de equilíbrio parcial; Foco e importância das questões microeconômicas. Antoine Augustin Cournot (1801-1877): Uso da matemática à análise econômica; Modelos matemáticos de monopólio, duopólio e livre-concorrência; Desenvolvimento do modelo de demanda derivada de recursos; Taxas de variação do custo e da receita total = derivada matemática = custo marginal e receita marginal. Pequena falha de Cournot: políticas de diferenciação de preços (segmentação da clientela). Arséne-Jules-Emile Dupuit (1804-1866): Trabalhos sobre utilidade marginal decrescente: Trabalhos sobre excedente dos consumidores; Trabalhos sobre diferenciação de preços. Todos tem como origem o processo de decisão na margem. Estabeleceu o conceito de curvas de demanda. Propôs a sistemática de diferenciação de preços (preços duplos ou múltiplos). Aumenta o resultado e a utilidade total. Uso nas empresas públicas estatais monopolistas. Escola Marginalista – Principais Pensadores William Stanley Jevons (1835-1882) Dados Gerais: Inglês de Liverpool; Avaliador da Casa da Moeda australiana; Professor de lógica, economia, política e filosofia. Inventor da máquina mecânica lógica (1870); Historiador da ciência. Contribuições econômicas: 4 Teoria do Valor – Ricardo = homem de pensamentos errados; Mill = homem que levou a economia a confusão; Proposições: o O valor depende totalmente da utilidade; o A origem do valor não é o trabalho; o O trabalho determina o valor de forma indireta, dependendo da utilidade da mercadoria e de sua oferta. o Ricardo diria: as pérolas têm valor porque as pessoas mergulham para pegá-las; o Jevons: as pessoas mergulham para pegar as pérolas porque os compradores obtém utilidade com elas, e por isso as procuram. Teoria da Utilidade Marginal Decrescente de Jevons: o A utilidade não pode ser medida diretamente; o A satisfação é subjetiva, só pode ser estimada pela observação; o Não se pode comparar intensidade de prazeres entre pessoas diferentes; o Um indivíduo pode comparar utilidades de sucessivos consumos de um bem; o Um indivíduo pode comparar utilidades de consumo de bens diferentes; o Paradoxo da água e do diamante: Utilidade total da água é maior que a utilidade total do diamante; Utilidade marginal do diamante é maior do que a da água; Preferência racional: ter toda a água do mundo e nenhum diamante; Preferência prática: prefere-se uma unidade adicional de diamante a de água; Motivo: temos enorme estoque de água. O mesmo não ocorre com o diamante. Teoria Geral da Escolha Racional: X1+Y1=S - Se a distribuição feita satisfaz, um aumento de uma mercadoria produziria a mesma quantidade de utilidade que um aumento na outra. A utilidade marginal nos dois usos é igual. (regra equimarginal); Obs: o preço das duas mercadorias é igual. A alocação da última unidade monetária em todas as mercadoria será igual, ou: 5 Se a utilidade marginal de X e seu preço for maior do que a de Y, o consumidor preferirá X. Isso fará que aumente o consumo de X e caia sua utilidade marginal e provocando o efeito contrário em Y. yX P UmgY P UmgX Trabalho em Jevons: Mão-de-obra não pode determinar o valor porque ela possui valores distintos (qualidade e eficiência); O valor do produto define o valor da mão-de-obra; M.O. é custo psicológico subjetivo; Outras Contribuições de Jevons: Teoria da Distribuição: Sucessivas unidades de capital são menos produtivas que as anteriores; Com unidades fixas de trabalho, o capital total empregado determina a resultado por unidade de capital; Este resultado determina o juro que se subdivide em salários da direcção e seguro contra riscos. Teoria dos Jogos de Azar justos Não compensa Teoria dos ciclos de produção Influências entre economias; Criação dos números índices Construção de índices gerais de preços. Carl Menger (1840-1921): Dados Gerais: Austríaco; Professor de Economia Objetivava um grande trabalho sobre Economia. 6 Teoria do Valor de Menger: Conceito de Utilidade; Cada unidade de cada mercadoria representa o mesmo gasto de dinheiro ou de esforço; Uma mudança nos “preços relativos” muda toda a análise; Escolha racional do consumidor: utilidade cardinal; Se todas as unidades são semelhantes, todas tem a mesma utilidade que a unidade marginal Base do valor de troca: diferença na valorização subjetiva dos objectos pelas pessoas. Teoria da Imputação – A utilidade marginal de um bem de capital é determinada pela utilidade marginal de um bem de consumo que será produzido a partir dele. Discussão do Monopólio de Menger: O monopolista não está imune à influência dos eventos econômicos; Ao desejo de vender uma determinada quantidade, existe a obrigaçãode precificar de acordo com o aceite pelo mercado; Em suma: ou fixa preço ou fixa quantidade; Sua vantagem é possuir este poder de escolha; Conceitos mostram que Menger: – Entendia o conceito de demanda decrescente (recente); Reconhecia a existência de elasticidades de demanda diferentes. Friedrich von Wieser (1851-1926): Dados Gerais: Austríaco; Aristocrata; Graduado em Direito; Estudou Economia após leitura de Menger; Ministro do Comércio da Áustria. Introdutor do termo utilidade marginal. Doutrinas de Von Wieser: 7 Valor de Troca X Valor Natural: o Não existe valor de troca objectivo; o As estimativas dos indivíduos para a troca são subjetivas; o Valor de uso: depende da utilidade; o Valor de troca: depende da utilidade e do poder de compra. o Artigos de luxo: preços altos - pagos com o poder de compra do rico; o Artigos comuns: preços baixos – dependente do poder de compra do pobre. o A produção é determinada pela carência e também pela riqueza. o A distribuição de riqueza que decide funcionamento da produção. o Valor de Troca X Valor Natural: – Valor natural: utilidade marginal – Valor de troca: utilidade natural e poder de compra combinados. Então: Valor natural: luxo com preços baixos e necessários com valor mais alto; Valor de troca: inverte a valorização. Valor de Troca X Valor Natural Derivação Conceitual: A utilidade de cada unidade do mesmo tipo de bem é a utilidade marginal da última unidade; Mesma carência e aumento da oferta: o Utilidade marginal cai – lei da oferta de von Wieser; o Carência aumenta e oferta permanece igual: Utilidade marginal aumental – lei da demanda de von Wieser; Valor total do bem: Utilidade marginal X quantidade – Bem adicional diminui o aumento do valor (paradoxo); Utilidade = 0 quando não há bens ou eles são superabundantes Quando ocorre: quando a demanda é inelástica; Princípio do custo de oportunidade: criação de von Wieser; Transforma o custo de produção em custo psicológico subjetivo; Conceito não tão claro: o valor das mercadorias produzidas é o valor das mercadorias que deixaram de ser produzidas, mas qual é o valor destas últimas? 8 Eugen von Böhm-Bawerk (1851-1914): Dados Gerais Áustríaco; Professor de Economia Poítica; Ministro das Finanças; Cunhado de von Wieser. Contribuição mais importante: o Introdução do tempo na análise econômica. Tempo que influencia valores, preços e lucros. o Teoria dos Juros (resultado do tempo na Economia) – Base para os juros: Orientação actual: Preferência pelo presente; Irracionalidade do homem econômico: desprezo pelas necessidades futuras; Expectativa do aumento da riqueza: o Expectativa de enriquecimento futuro; o Foco no consumo; o Produção indireta: Extensão dos bens de produção pelo aumento de bens de capital; Resultados favoráveis: a produção gera mais produtos que antes; Juro: “ágio aplicado sobre o valor e o preço dos bens de consumo actuais”. Francis Y. Edgeworth (1845-1926): Dados Gerais Irlandês; Professor de Economia; Trabalhou com matemática e estatística; Pressupostos básicos de trabalho: As pessoas são “máquinas de prazer” – noção de Jeremy Bentham; Objetivo dos consumidores: maximizar a utilidade com a renda disponível; 9 Trabalhadores: maximizar o ganho com o trabalho Empresários: maximizar os lucros na combinação de recursos; Contribuição permanente: uso do cálculo diferencial para análise do interesse das pessoas pela maximização da utilidade. Reforço no uso da matemática na Economia, introduzida pioneiramente por Cournot. Contribuições para a Economia: Curvas de Indiferença; Mostra da imprecisão na formação de preços em oligopólio; Auxílio no desenvolvimento da função de produção moderna – Entendimento da diferença entre produto médio e produto marginal. Curvas de Indiferença: Mostra várias combinações de dois itens que geram o mesmo nível de utilidade; Suposição implícita de Edgeworth: a utilidade é mensurável; Curva de contrato: pontos de tangência entre as curvas dos dois agentes econômicos. Qualquer dos pontos de tangência são adequados para as duas partes. Preço de troca, portanto, é indeterminado; Possibilidade de barganha entre as partes; Localização: alguns dos pontos entre A,B e C; Pontos diferentes de A,B e C permitem: Adicionar utilidade sem reduzir o ganho da outra parte Incerteza na Curva de Contrato: o Não ocorre em concorrência perfeita; o Pois as partes devem aceitar os preços dados: Bens; Mão-de-obra; Ocorre em monopólio bilateral; Vendedores únicos de cada lado; Preço fica indeterminado. Teoria do Duopólio: o Imprecisão também existe no duopólio; 10 o Em Cournot: Duopolistas cobram o mesmo preço; Obteriam metade das vendas totais; Lucro máximo (curva de reação): preço de equilíbrio; Em Edgeworth: o Cada vendedor tem capacidade limitada de atender ao mercado; o Os dois vendedores podem cobrar preços diferentes; o Resultado: A participação de mercado, no longo prazo, será idêntica; No início, os dois vendedores se consideram monopolistas; Com a concorrência, o preço se torna indeterminado; Maximização do lucro pela variação do preço e da produção. Problemas com a teoria de Duopólio de Edgeworth: Premissa da queda de preço o Mercados individuais dos duopolistas são unificados; o Um toma clientes do outro livremente; Premissa do aumento de preço o Mercados são separados; o Cada duopolista tem sua cota de compradores; o Suposição de que os duopolistas não aprendem com o passado; o Suposição de que cada concorrente tem uma capacidade de produção fixa (no longo prazo). o Contribuição: em mercados em que existe dependência mútua entre concorrentes existe um grau de imprecisão nos preços. Distinção Produto Marginal X Produto Médio: o Função de Produção Quantidades de insumos Produção correspondente Um insumo é fixo, o outro, variável; 11 Marginal: alteração no produto total resultado da adição de cada insumo variável; Médio: divisão do produto total pelo insumo variável. John Bates Clark (1847-1938): o Americano; o Desenvolvimento independente da utilidade marginal e influência sobre o valor de troca; o Invenção do termo produtividade marginal; o Análise da produtividade marginal da distribuição. Teoria da Produtividade Marginal da Distribuição: o Base na lei dos rendimentos marginais decrescentes; o Antes aceita só para a agricultura, foi expandida para qualquer factor de produção; o Todos os fatores fixos e um varia (coeteris paribus) o A queda dos produtos marginal e médio ocorrem porque ocorre o excesso de uso do fator fixo; o Em concorrência perfeita, não existe lucro econômico, apenas lucros residuais enquanto a economia se move ao equilíbrio; o Competição nas vendas de bens o redução de preços o Competição por trabalho e capital o salários e juros aumentam o Em monopólio legal existe lucro econômico; o Por impedir o funcionamento das forças econômicas; o Teoria estática: mais adequada para análise de tendências. Progresso Industrial: 1. Aumento populacional; 2. Acumulação de capital; 3. Melhoria do processo técnico da indústria; 4. Organização do trabalho e do capital se tornam cada vez mais eficientes; 5. Multiplicação e refinamento dos desejos humanos. 12 6. Capital cresce mais rapidamente que a população. Logo, os salários aumentarão e os benefícios do progresso irão majoritariamente para as classes baixas. 7. Monopólios: não serão problema o Altos preços: atraem concorrentes; o Grandes lucros: reinvestidos, gerando progresso;o Grandes trustes são mais eficientes que pequenas empresas. o Revisão do pensamento: Monopólios o Geram progresso na produção e roubo na distribuição; o Os indivíduos não recebem o equivalente a sua justa contribuição para a produção; o Distorcem o mecanismo de preços e salários o Preços: não correspondem ao padrão de custos; o Juros: não correspondem ao produto marginal do capital; o Alocação de recursos passa a ser feita de maneira ineficiente.
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