Buscar

APS - Direito da Administração Pública

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: Andressa Sartori Pedace Ra: 1699606 Turma: 003107A02 
Professora: Jean Paolo Simei e Silva 
Matéria: Direito da Administração Pública 
 
APS - Leitura e interpretação de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria 
do Direito Administrativo, especificamente sobre os princípios que norteiam a 
Administração Pública e ato administrativo considerando os textos abaixo, sobre os 
quais deve ser elaborada resenha crítica, explanando o seu conteúdo à luz de uma 
decisão judicial sobre a temática da invalidação ou convalidação do ato administrativo 
livremente pesquisada pelo estudante. 
MORGADO, Almir de Oliveira. A Anulação ou Invalidação dos atos administrativos. 
In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 41, maio 2007. Disponível em: 
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&ar
tigo_id=1791>. Acesso em nov 2017. 
CAMARGO, Beatriz Meneghel Chagas. A convalidação do ato administrativo. In: 
Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVI, n. 118, nov 2013. Disponível em: 
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1
3815>. Acesso em nov 2017. 
 
Resposta: 
Resenha texto 1 (A Anulação ou Invalidação dos atos administrativos): 
A invalidação é a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo 
ou ilegal, feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário baseia-se, portanto, 
em razões de ilegitimidade ou ilegalidade, haja vista que a Administração reconheça que 
praticou o ato contrário ao direito vigente. 
Como a desconformidade com a lei atinge o ato em sua própria origem, a 
anulação produz efeitos retroativos à data em que foi emitido (efeitos ex tunc, ou seja, 
a partir do momento de sua edição). 
Somente o Poder Judiciário e a Administração Publica podem fazer a anulação, 
com base no poder da autotutela, conforme súmula 346 e 473 do STF. 
O Poder Judiciário só poderá anular se houver provocação do interessado, no 
qual pode se utilizar-se das ações ordinárias, dos remédios constitucionais de controle 
da administração (mandado de segurança, ação popular etc.). 
O ato nulo não vincula as partes, mas pode produzir efeitos válidos em relação 
a terceiros de boa-fé. Somente os efeitos, que atingem terceiros, é que devem ser 
respeitados pela administração. 
Na Lei da Ação Popular (Lei 4.717/65), no art. 2º, trata dos atos lesivos ao 
patrimônio público, enumera as hipóteses em que ficam caracterizados os vícios que 
podem atingir os atos administrativos. 
A doutrina se subdivide em dois grupos: os monistas, é inaplicável ao Direito 
Administrativo a dicotomia das nulidades do Direito Civil. Para estes autores, o ato 
administrativo será nulo ou válido e os dualistas, os atos administrativos podem ser 
nulos ou anuláveis, de acordo com a maior ou menor gravidade do vício. Para estes 
autores, é possível que o Direito Administrativo admita a existência da dicotomia entre 
nulidade e anulabilidade, inclusive, neste último caso, com o efeito da convalidação de 
atos defeituosos. 
A diferença predominante entre nulidade e anulabilidade em Direito 
Administrativo, baseia-se, quase que exclusivamente, na possibilidade de convalidação. 
Logo, no ato absolutamente nulo, impossível é a sua convalidação, enquanto nos atos 
anuláveis é possível que os mesmos sejam saneados pela Administração. 
A Administração tem prazo de 5 anos, contados da data em que foram 
praticado, para anular os atos administrativos (art. 54 da lei nº 9.784/99). o prazo 
quinquenal só pode referir-se, por ilação lógico-jurídica, e interpretação sistemática da 
legislação vigente, aos atos anuláveis, e não aos nulos. Os atos nulos, portadores de 
vícios insanáveis, ou expressamente declarados nulos por disposição expressa de lei 
podem ser invalidados a qualquer tempo. 
 
Resenha texto 2 (A convalidação do ato administrativo): 
O ato administrativo, por sua vez, comporta um universo menor dentro dos 
fatos jurídicos administrativos. Dele se diferencia, pois é um comando jurídico, uma fala 
prescritiva, e não apenas um evento jurídico a que o direito atribuiu efeitos: ele mesmo 
prevê seus efeitos. 
É importante distinguir atos de fatos administrativos, uma vez que apenas os 
primeiros podem ser anulados, apenas àqueles importa a vontade do administrador e 
apenas aqueles gozam dos atributos do ato administrativo. 
Importante ressaltar que a invalidação é um ato administrativo final, o qual 
sempre resultará de um procedimento prévio de invalidação, em respeito ao art. 5º, LV 
da CF. Desse modo, vemos que a invalidação não pode ser vista como um ato único, mas 
como resultado de um procedimento cujos participantes devem ser aqueles 
diretamente atingidos por dada medida. 
Não há graus de invalidade, pois a invalidade é invalidade simplesmente, é 
desrespeito a comando legal, de forma que não há meia invalidade. O que há, 
notadamente, são graus de reação a essa invalidade, o que permite ou não, a depender 
do caso concreto, a convalidação. 
Assim, podemos dizer que a convalidação se encontra na seara dos atos 
anuláveis, ou seja, aqueles atos que possuem um vício de ilegalidade, mas com relação 
aos quais o sistema reage de forma menos fervorosa, menos radical. 
A convalidação, assim, é modalidade de extinção do ato administrativo por 
meio de retirada pela administração, ou seja, é uma forma de extinção de um ato 
administrativo eivado de vícios, ocasionada pela prática de outro ato administrativo que 
retira do mundo jurídico o primeiro, sanando os vícios do ato anterior. De se notar que 
a convalidação pode resultar de comportamento do particular ou da própria 
administração, mas esta somente poderá ocorrer quando o ato possa ser praticado 
validamente no presente. Assim, o vício não pode ser tal a impedir a reprodução válida 
do ato, a convalidação somente terá lugar quando o ato possa ser novamente produzido 
de forma legítima, obedecendo aos preceitos legais. 
A convalidação que é modalidade de extinção de um ato eivado pela prática de 
um novo ato com efeitos retroativos, desde que presentes todos os requisitos 
necessários à prática regular do ato. 
 
Decisão judicial sobre a temática da Invalidação do Ato Administrativo 
ARE 1264375 AgR 
Órgão julgador: Tribunal Pleno 
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI (Presidente) 
Julgamento: 18/08/2020 
Publicação: 21/10/2020 
Ementa 
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito 
Administrativo. Ausência de interesse recursal. Perda de objeto do recurso 
extraordinário. 1. Ausência de interesse recursal da parte em razão da consumação da 
situação fática apresentada nos autos, qual seja, a invalidação do contrato 
administrativo questionado por meio de ação popular. 2. Agravo regimental não 
provido.

Continue navegando