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CAMPUS UFC QUIXADÁ (CE)
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O que é ética?
O que é moral e conduta ética?
O direito como ciência;
A legislação sobre informática no Brasil;
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A abrangência da ética em computação;
A importância do raciocínio na tomada de decisões éticas;
Ética profissional;
Virtude como substância ética;
Ética e regulamentação da profissão;
Códigos de ética profissionais na área de computação;
Código de ética da SBC;
Projetos de Leis no Parlamento
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Direito Constitucional;
Direito Administrativo;
Direito Penal;
Direito Civil;
Direito do Trabalho;
Legislação aplicável ao e-Commerce;
Publicidade na internet;
CDC à conclusão dos contratos pela internet;
As responsabilidades das homes pages;
Responsabilidade Civil e Responsabilidade Penal;
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Lei 9609/98 – Lei do software;
Lei 9610/98 – Lei dos direitos autorais;
Lei 10973/04 – Lei de inovação tecnológica;
Outras legislações pertinentes;
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A ética se apresenta como uma reflexão crítica sobre a moralidade, sobre a dimensão moral do comportamento humano. Cabe a ela, enquanto investigação que se dá no interior da filosofia, procurar ver claro, fundo e largo os valores, problematizá-los, buscar sua consistência. É nesse sentido que ela não se confunde com a moral.
 Terezinha Rios
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Pode ser definida como um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos numa comunidade social dada.
 Vázquez.
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As proposições da ética devem ter o mesmo rigor, a mesma coerência e fundamentação das proposições científicas. Ao contrário, os princípios, as normas ou os juízos de uma moral determinada não apresentam esse caráter. Não existe uma moral científica. (...) A moral não é ciência, mas objeto da ciência; e, neste sentido, é por ela estudada e investigada. A ética não é a moral e, portanto, não pode ser reduzida a um conjunto de normas e prescrições; sua missão é explicar a moral efetiva (...)A ética pode servir para fundamentar uma moral, sem ser em si mesma normativa ou preceptiva (preceito, normas, forma de proceder).
Terezinha Rios
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“Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre o bem e o mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício”,  Marilena Chauí, em “Convite à Filosofia”.
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Moral deriva do latim mores, que significa "relativo aos costumes". Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a palavra grega êthica.
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Você se sentiria confortável ao contar suas ações e decisões para os membros mais próximo de sua família?
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Como suas ações apareceriam se comentadas em um programa noticiário da televisão ou em um jornal?
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Como você se sente com a decisão? Se você se sente intranquilo em relação a uma decisão ou ação mas não consegue entender o por quê, sua intuição está dizendo a você que essa não é a coisa certa a fazer.
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Como sua decisão lhe pareceria se você se colocasse na posição de outra pessoa? Como ela pareceria para outras pessoas afetadas pela decisão? Essa diretriz também é conhecida como a regra de ouro: FAÇA AOS OUTROS O QUE VOCÊ QUER PARA SI.
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Se uma ação não é correta para uma pessoa, então não é correta para todas as pessoas. Uma ação que não seja correta para alguém pode inviabilizar uma organização ou uma sociedade se todos a praticarem.
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Se uma ação não pode ser realizada repetidamente, então não é correta que o seja em qualquer momento. Uma ação pode produzir uma pequena mudança que é aceitável num certo momento, mas sua repetição pode ter consequências inaceitáveis no longo prazo (basta lembrar a peça teatral: Trair e Coçar é Só Começar)
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Escolha da ação que produza o menor mal ou o menor custo potencial. Deve-se evitar as ações com alto custo em caso de falha e que tenham probabilidade moderada a alta de ocorrer. Um exemplo de ação com custo de falha extremamente alto e com baixa probabilidade de ocorrência é a construção de uma usina nuclear em área urbana e um acidente. Uma ação com alto custo de falha e probabilidade moderada é dirigir em alta velocidade e se acidentar.
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Todos os objetos tangíveis e intangíveis pertencem a alguém, a menos que haja uma declaração em contrário. Se esse objeto for útil para você, deve assumir que o proprietário quer alguma compensação para permitir o uso.
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Termos: “Profissional” e “Profissão”
Têm geralmente dois significados
Significado mais abrangente (mais impreciso)
Significado mais restrito
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Termos: “Profissional” e “Profissão”
Significado mais abrangente
• O profissional é um indivíduo que ganha o
seu sustento exercendo um certo tipo de
trabalho ou ocupação.
• Exemplo: pedreiros, carpinteiros, carteiros,
etc.
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Termos: “Profissional” e “Profissão”
Significado mais restrito
Características que distinguem essa categoria e justificam os salários maiores 
• Conhecimento que não é de domínio público;
• Grande autonomia em seu trabalho (não apenas
receber ordens);
• A profissão possui organização profissional
reconhecida pelo governo;
• A profissão atende a uma função social (saúde
no caso da medicina);
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Profissionais de Computação
Os profissionais de computação atendem
aos requisitos estabelecidos?
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Requisitos Atendidos
• Conhecimento que não é de domínio
público;
• Possível distinguir profissionais que
praticam profissão e que fazem pesquisa;
• A profissão atende a uma função social
• São vistos como pessoas comprometidas
com a profissão
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Requisitos Não Atendidos
• A profissão não possui uma organização profissional que controla a admissão dos profissionais e determina padrões para a prática da profissão;
– Variedade de atuações, diferentes tipos de formação
• Cursos de nível médio e superior, em diferentes áreas
– Em muitas situações, profissão exercida por pessoas sem formação adequada
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Requisitos Não Atendidos
• Mas existem associações de classe, às quais a adesão é voluntária, e que ´representam´ os profissionais da área em muitas situações, estabelecendo uma interface com a sociedade em geral:
– ACM e IEEE Computer Society
– SBC – Sociedade Brasileira de Computação
– SUCESU – Sociedade dos Usuários de
Informática e Telecomunicações
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Requisitos Não Atendidos
• Sociedades atuam em questões de interesse do corpo de profissionais, buscando preservar os interesses de longo prazo e preservar a imagem da profissão
– SBC: regulamentação da profissão no Brasil
– Ex. ACM e IEEE Computer Society mantêm o
projeto SWEBOK (Software Engineering Body of Knowledge) – um guia para o corpo de conhecimento em engenharia de software
(www.swebok.org)
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Requisitos Não Atendidos
• Nem sempre tem autonomia em seu
Trabalho 
– Com autonomia: consultores, donos de empresas, os que exercem postos de liderança em organizações, pesquisadores, gerentes de projeto…
– Sem autonomia: profissionais de apoio, como programadores…
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Requisitos Não Atendidos
• A profissão não obedece a um código de
ética
– ACM e Computer Society do IEEE desenvolveram um projeto para criação de um
código de ética unificado
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Requisitos Não Atendidos
• SBC: Diretoria Extraordinária de Relações Profissionais (2009) “ ... as ações dessa diretoria, que
abrangem, além do acompanhamento dos projetos de lei que visam a regulamentação da profissão, outros assuntos como o estreitamento das relações com associações de classe, visando uma posição conjunta sobre a regulamentação da profissão, e a proposta de um Código de Ética para os profissionais
da área de Computação e Informática...” 
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Conclusão sobre os Requisitos
• A profissão de computação não preenche todos os requisitos anteriores, mas parece estar muito próxima…
• Entretanto essas características não são fundamentais para o reconhecimento da profissão, sobretudo no Brasil.
– Profissões mais distantes dessas características são regulamentadas: exemplo a profissão das empregadas domésticas.
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Os códigos de ética profissional
normalmente acompanham a regulamentação da profissão; • Com a Regulamentação criam-se estruturas sindicais e conselhos regionais e
federal; – Conselho Federal: cabe a este adotar um código de ética e zelar pelo seu cumprimento; – Conselhos Regionais: cumprir as funções delegadas pelo conselho federal;
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• Em Profissões regulamentadas;
– Órgãos fiscalizadores têm poder de aplicar sanções;
– Podem proibir o exercício da profissão quando houver violações éticas graves.
Acontece mesmo???????
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• Na verdade não!!!!
• A fiscalização da conduta ética profissional,
para qualquer profissão, é complexa, delicada e praticamente inexistente, ficando por conta da consciência de cada membro ou então de denúncias de clientes insatisfeitos.
• Poder da mídia e do dinheiro.
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• Não há regulamentação no Brasil e em outros países.
– Nos EUA não há regulamentação federal, e alguns estados regulamentaram a profissão de
engenheiro de software – outros decidiram não regulamentar.
• Qualquer um pode trabalhar em computação → problemas morais e técnicos.
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No Brasil não existe conselhos regionais e federais na área de computação.
• Não há código de ética e vigilância do comportamento do profissional.
– Existem leis que regulamentam aspectos da profissão, como o habeas data e a lei de propriedade do software.
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No Brasil
– SBC e a Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu), são as mais conhecidas.
– Não possuem código de ética formalmente definido para a conduta dos membros.
– Pouca abrangência dificulta a criação de um código de ética.
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Vários países criaram sociedades de classes ativas com grande número de afiliados (como a ACM e IEEE) que adotaram códigos de ética que governam a conduta de seus associados.
– Sanções a violações do código são geralmente brandas e associada à suspensão ou expulsão da sociedade.
– Um primeiro passo!
– Não resolve o problema!
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• No Brasil
– SBC e a Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu), são as mais conhecidas.
– Não possuem código de ética formalmente definido para a conduta dos membros.
– Pouca abrangência dificulta a criação de um código de ética.
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Características que se Assemelham
Mylott:
os profissionais de computação combinam características dos engenheiros civis, arquitetos e contadores.
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Características que se Assemelham
Atualmente há no Brasil uma tendência de criação de cursos de engenharia de computação.
– Esses profissionais podem se filiar ao CREA – Conselho Regional de Arquitetura, Engenharia e Agronomia
– O CONFEA - Conselho Federal de Arquitetura, Engenharia e Agronomia já emitiu resolução permitindo o credenciamento
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Como a profissão na área de informática não é regulamentada, na prática não há necessidade de filiação ao CREA
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• Os engenheiros de software estão submetidos ao código de ética do CONFEA e sujeitos à fiscalização do CREA de sua região
– Falta ao Código de Ética dos engenheiros qualquer orientação mais específica para a área de computação – privacidade, confidencialidade, uso de recursos computacionais, etc.
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• O Código de Ética dos Contabilistas é bastante detalhado.
• http://www.cosif.com.br/
• Os capítulos relativos ao – trabalho como perito e em auditorias – honorários profissionais – relacionamento da classe com a sociedade ou entre pares.
são diretamente aplicáveis a computação
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sociedades profissionais da área de computação (no exterior)
Contemplam entre 5 e 8 aspectos básicos de obrigações éticas.
 Esses aspectos muitas vezes conflitam entre si 
 A priorização é deixada para o bom senso, com algumas recomendações oferecidas numa hierarquia crescente de valores
– Interesse individual → interesse sociedade
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sociedades profissionais da área de computação no exterior
• Código da ACM (início dos anos 90): pioneiro em mostrar principais pontos éticos da área.
• ACM engloba todo tipo de profissional da área.
• Final da década de 90: criado o código unificado ACM/IEEE-CS, voltado para desenvolvedores de software.
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tratam do relacionamento profissional do profissional de computação:
– Com a sociedade em geral
– Com os empregadores
– Com os clientes
– Com os colegas
– Com a própria profissão
– Com a sociedade de classe e seus associados
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COM A SOCIEDADE EM GERAL
 refere-se à preocupação com o bem-estar de todas as pessoas, quando consideradas como usuários de sistemas computacionais
envolve aspectos de segurança, privacidade e interesses econômicos
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COM A SOCIEDADE EM GERAL
• Os profissionais estabelecem uma espécie de “contrato social” com a sociedade.
– Profissionais exercem a profissão e em troca se comprometem a exercerem a profissão de forma benéfica
– Profissionais necessitam manter alto padrão técnico visando o bem da sociedade.
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COM A SOCIEDADE EM GERAL
• O que distingue o profissional de computação perante a sociedade é o conhecimento sobre computadores
• O conhecimento traz responsabilidades e nesse aspecto o princípio fundamental é não causar danos aos membros da sociedade
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COM A SOCIEDADE EM GERAL
• Nos principais países do mundo não existem organizações formais na área de computação reconhecidas pelo Estado com poder para licenciar, censurar e até desligar os profissionais da área de computação mediante sua atuação.
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COM OS EMPREGADORES
• Refere-se à proteção dos interesses do empregador quando este não tem habilidade técnica para supervisionar o trabalho do profissional – “ética do trabalho”
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COM OS EMPREGADORES
• O relacionamento com os empregadores ocorre de forma contratual, à base de honestidade e respeito de ambas as partes.
• O contrato exibe algumas obrigações, outras não são mencionadas porque já existem em lei.
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COM OS EMPREGADORES
O empregado deve ser leal ao empregador.
• Aspecto positivo: grande parte do trabalho será realizado em grupo, exigindo um bom relacionamento, confiança e lealdade entre as partes para que as metas sejam atingidas.
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COM OS EMPREGADORES
O empregado deve ser leal ao empregador.
• Aspecto negativo: uso da lealdade em favor de terceiros podendo ferir os interesses do empregador
– Exemplo: o favorecimento de um gerente de projeto em favor de um colega na seleção de profissionais.
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COM OS EMPREGADORES
O empregado deve ser leal ao empregador.
• Lealdade deve ter limites.
• Empresas não devem exigir nada dos empregados que não esteja dentro do contrato ou da lei.
• Empregados devem respeitar patentes, segredos ou informações importantes.
Caso da “quarentena”.
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COM OS CLIENTES
• Quando o profissional trabalha como consultor ou prestador de serviço autônomo para um cliente suas obrigações são as mesmas relativas ao empregador.
• Relacionamento pautado no conhecimento especializado e autonomia para tomar decisões.
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COM OS CLIENTES
• O relacionamento deve ser baseado em confiança.
• Três modelos podem ser usados para representar esse tipo de relacionamento:
– O agente
– O paternal
– O fiduciário
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COM OS CLIENTES
• Modelo agente: Responsabilidade do cliente. Profissional toma apenas pequenas decisões técnicas.
• Modelo paternal: Cliente encarrega profissional de tomar todas as decisões.
• Modelo fiduciário: poder de decisão repartido entre as partes, com relação de confiança mútua.
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COM OS CLIENTES
• O relacionamento com o cliente pode ser direto ou com entidade intermediária (ex: consultoria).
• Possibilidade de conflitos aumenta.
• Profissional solicitado para fazer serviços “por fora”, ou favorecendo interesses pessoais.
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COM OS COLEGAS
• Refere-se ao respeito e colaboração aos colegas de profissão, possuidores dos mesmos interesses.
• O relacionamento com colegas está sujeito a mandamentos, que conforme a interpretação, podem levar a decisões que conflitem com outros mandamentos.
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COM OS COLEGAS
• Exemplo:
– definições de preços que são benéficas para os profissionais, mas negativas à sociedade
• A profissão é denegrida perante à sociedade.
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COM A PROFISSÃO
EM GERAL
• Trata de aspectos do comportamento ético que devem ser evitados para não denegrir a profissão em si.
• Prioritário em comparação às regras destinadas aos colegas.
• Exemplo: Profissional que não cumpre corretamente as obrigações é denunciado em favor da profissão.
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COM A SOCIEDADE DE CLASSE E SEUS ASSOCIADOS
• Os códigos de associações solicitam que os afiliados comunguem os mesmos objetivos da associação, comprometam-se a adotar os princípios do código de ética da organização e sirvam ao interesse da organização, para o bem comum de todos os membros
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CONFLITO ENTRE OS MANDAMENTOS
• Nenhum dos códigos trata explicitamente
dos conflitos.
• Código ACM reconhece conflitos e propõe que princípios fundamentais sejam usados na situação.
• Código de ética não será completo, consistente e correto para todas as situações.
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A ACM International Collegiate Programming Contest (também conhecido por ICPC) é uma competição anual de programação entre universidades do mundo todo. A competição é patrocinada pela IBM. Com sede na Universidade Baylor e regiões autônomas em todos continentes, o ICPC é organizado pela Association for Computing Machinery (ACM).
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é o ramo do direito que dispõe sobre interesses ou utilidades imediatas da comunidade (direito constitucional ou político, direito administrativo, direito criminal ou penal, direito judiciário ou processual).
Sob perspectiva da cidadania, como conjunto de normas de proteção contra o abuso do poder de governo, o direito público também é denominado direito do estado (em contraposição a direito do governo).
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Outro ponto distintivo do Direito Público é o princípio que o rege: o Princípio da Supremacia do interesse público em face do interesse individual. Com isto será sempre priorizado o interesse geral em detrimento do interesse individual de cada pessoa, devendo este submeter-se àquele. Quando se trata da relação entre dois ou mais Estados, ocorre o Direito Internacional Público. Tradicionalmente o direito se divide nas categorias de Direito Público e Direito Privado. Trata-se de uma distinção antiga, criada pelo jurista romano Ulpiano:
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é o conjunto dos preceitos e normas que regulam a condição civil dos indivíduos e das coletividades organizadas (pessoas jurídicas), inclusive o Estado e as autarquias, e bem assim os modos pelos quais se adquirem, conservam, desfrutam e transmitem os bens e também as relações de família e as sucessões.
O Direito Privado é caracterizado quando há uma ação entre Pessoas, ou seja, Pessoa X Pessoa
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Direito civil: regulamenta a capacidade e o estado dos sujeitos de direito, bem como suas relações jurídicas, sobretudo nos aspectos patrimoniais e familiares.
Direito comercial: também conhecido por direito empresarial, disciplina as relações jurídicas no âmbito das atividades empresariais.
Direito agrário: trata-se da regulamentação da propriedade, da posse do uso dos bens rurais e das formas de produção no campo.
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Direito do trabalho: disciplina as relações de trabalho subordinado, regulamentando as condições de trabalho, a remuneração e a representação coletiva dos empregados e empregadores. Obs: Uma vez que a distinção entre direito público e privado não é rigorosa e clara, já que essas categorias não podem ser definidas de forma plenamente satisfatória, alguns doutrinadores usam o termo "direito misto" para "esconder" a impossibilidade de encontrar uma definição satisfatória. Isso irá acontecer quando um conjunto de normas for marcado pela coexistência de características de direito público e privado. Assim, fariam parte desse setor o direito do trabalho, o direito de família, o direito do consumidor.
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foi a partir das "Revoluções Liberais" (Revolução Francesa, Revolução Americana e Revolução Industrial) que surgiu o ideário constitucional, no qual seria necessário, para evitar abusos dos soberanos em relação aos súditos, que existisse um documento onde se fixasse a estrutura do Estado, e a conseqüente limitação dos poderes do Estado em relação ao povo.
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é o ramo do direito público interno dedicado à análise e interpretação das normas constitucionais. Tais normas são compreendidas como o ápice da pirâmide normativa de uma ordem jurídica, consideradas Leis Supremas de um Estado soberano, e tem por função regulamentar e delimitar o poder estatal, além de garantir os direitos considerados fundamentais. O Direito constitucional é destacado por ser fundamentado na organização e no funcionamento do Estado e tem por objeto de estudo a constituição política desse Estado.
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Com o passar do tempo, em especial com as teorias elaboradas por Hans Kelsen, grande jurista da Escola Austríaca da primeira metade do Século XX, passou-se a considerar a Constituição não como apenas uma lei limitadora e organizativa, mas como a própria fonte de eficácia de todas as leis de um Estado. Tal teoria (chamada de Teoria Pura do Direito, de Kelsen), apesar de essencial para a formação de um pensamento mais aprofundado acerca desta norma, não dá todo o alcance possível do poder e função constitucional.
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O termo direitos fundamentais é aplicado àqueles direitos do ser humano reconhecidos e positivados na esfera do direito constitucional positivo de um determinado Estado (caráter nacional). Ele difere-se do termo direitos humanos, com o qual é frequentemente confundido e utilizado como sinônimo, na medida em que este se aplica aos direitos reconhecidos ao ser humano como tal pelo Direito Internacional por meio de tratados, e que aspiram à validade universal, para todos os povos e tempos, tendo, portanto, validade independentemente de sua positivação em uma determinada ordem constitucional (caráter supranacional)
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é um ramo autônomo do direito público interno que se concentra no estudo do núcleo da Administração Pública e da atividade de seus integrantes. Tal disciplina tem por objeto os órgãos, entidades, agentes e atividades públicos, e a sua meta é a sistematização dos fins desejados pelo Estado, ou seja, o interesse público.
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Dentro do direito administrativo há dois tipos possíveis de sistemas:
contencioso administrativo também conhecido como modelo francês, onde há dualidade de jurisdições: a comum (tribunal judiciário), e a administrativa (tribunal administrativo);
controle judicial ou de jurisdição única conhecido como modelo inglês, onde todos os litígios, sejam administrativos ou de interesse particular são encaminhados a um tribunal judiciário
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A matéria de direito administrativo no Brasil encontra-se fragmentada em uma série de leis, sendo que grande parte de seus dispositivos está relacionada na Constituição brasileira e nas leis 8429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), 8112/90 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União), 9784/99 (Processo Administrativo) e 8666/93 (Contratos Administrativos - Licitações).
O sistema administrativo adotado no país é o de controle judicial ou jurisdição única. O efeito de tal escolha é que os órgãos administrativos não promovem coisa julgada (decisões não conclusivas), permanecendo subordinados ao tribunal judiciário.
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é o ramo do Direito Público dedicado às normas emanadas pelo Poder Legislativo para reprimir os Delitos cominando Penas com a finalidade de preservar a sociedade.
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O Direito Penal passou por várias fases de evolução, sofrendo influência do direito romano, grego, canônico, e também de outras escolas como a clássica, positiva, etc., e essas influências servem de base para o nosso Direito Penal, justificando procedimentos atuais dentro do Direito Penal moderno , como a criação dos princípios penais sobre o erro, culpa, dolo, etc., o que resulta na importância do conhecimento histórico.
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Tradicionalmente, entende-se que o Direito Penal visa proteger os bens jurídicos fundamentais (todo valor reconhecido pelo direito). No crime de furto, por exemplo, o resultado é representado pela ofensa ao bem jurídico "patrimônio"; no homicídio, há lesão ao valor jurídico "vida humana";
na coação, uma violação à liberdade individual. Essa seria a tríade fundamental de bens jurídicos tutelados coativamente pelo Estado: vida, liberdade e propriedade.
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é o principal ramo do direito privado. Trata-se do conjunto de normas (regras e princípios) que regulam as relações entre os particulares que se encontram em uma situação de equilíbrio de condições.
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As demais vertentes do direito privado, como o direito do trabalho, o direito comercial e o direito do consumidor encontram sua origem no direito civil, sendo dele separados com a finalidade de buscar a proteção a uma das partes, seja por ser ela concretamente mais fraca que a outra (como o trabalhador e o consumidor), ou por ser ela merecedora de uma proteção em virtude de sua função sócio-econômica (o comerciante/empresário).
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O direito civil tem como objetivo estabelecer os parâmetros que regem as relações jurídicas das pessoas físicas e jurídicas. Por isso, estabelece as condições em que os membros de uma comunidade podem relacionar-se, nos mais variados sentidos. Os procedimentos aplicados ao direito civil, na configuração do ordenamento brasileiro, são regulados pelo Código de Processo Civil. Atualmente está em trâmite o Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil que irá trazer diversas mudanças na maneira de se aplicar e de se ver o direito civil.
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Refere-se à pessoa, à família, aos bens e à sua forma de aquisição, à sucessão (com quem os bens ficam depois da morte de alguém), às obrigações de fazer e de não fazer e aos contratos. Regulamenta os atos das pessoas jurídicas, principalmente o Direito Comercial/Empresarial.
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ou direito laboral, é o conjunto de normas jurídicas que regem as relações entre empregados e empregadores, e os direitos resultantes da condição jurídica dos trabalhadores. Estas normas, no Brasil, estão regidas pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), Constituição Federal e várias Leis Esparsas (como a lei que define o trabalho do estagiário, dentre outras).
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Surge como autêntica expressão do humanismo jurídico e instrumento de renovação social. Constitui atitude de intervenção jurídica em busca de um melhor relacionamento entre o homem que trabalha e aqueles para os quais o trabalho se destina. Visa também a estabelecer uma plataforma de direitos básicos. Portanto, a definição de Direito do Trabalho é o conjunto de normas e princípios que regulamentam o relacionamento entre empregado e empregadores.
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Pode ser conceituado também segundo Hernainz Marques, professor de Direito do Trabalho, como “Conjunto de normas jurídicas que regulam as relações de trabalho, sua preparação, desenvolvimento, conseqüências e instituições complementares dos elementos pessoais que nelas intervêm." Não é apenas o conjunto de leis, mas de normas jurídicas, entre as quais os contratos coletivos, e não regula apenas as relações entre empregados e empregadores num contrato de trabalho, mas vai desde a sua preparação com a aprendizagem até as conseqüências complementares, como por exemplo a organização profissional.
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Há, primeiramente, a distinção entre o ramo individual e o ramo coletivo do Direito do Trabalho. Temos o direito individual do trabalho, que rege as relações individuais, tendo como sujeitos o empregado e o empregador e a prestação de trabalho subordinado, por pessoa física, de forma não-eventual, remunerada e pessoal.
Já o direito coletivo do trabalho é conceituado como "o conjunto de normas que consideram os empregados e empregadores coletivamente reunidos, principalmente na forma de entidades sindicais"[1]. Versa, portanto, sobre organizações sindicais, sua estrutura, suas relações representando as categorias profissionais e econômicas, os conflitos coletivos entre outros.
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Como adverte manter a doutrina italiana, o direito individual pressupõe uma relação entre sujeitos de direito, considerando os interesses concretos de indivíduos determinados, contrariamente ao direito coletivo, que pressupõe uma relação entre sujeitos de direito, em que a participação do indivíduo também é considerada, mas como membro de determinada coletividade. Neste último, consideram-se os interesses abstratos do grupo. [2]
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Temos também o direito público do trabalho, que disciplina as relações entre o trabalhador e o serviço público. Por sua vez, o direito internacional do trabalho, versa sobre os tratados e convenções internacionais em matéria trabalhista e notadamente a atuação da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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Considerando que na legislação nacional ainda não há lei específica regulamentando o Comércio Eletrônico, também não há uma definição sobre o que vem a ser este tipo de comércio. Todavia, podemos dizer que é a compra e venda de produtos ou de prestação de serviços realizados eletronicamente por intermédio da rede mundial de computadores (Internet), mediante um aparato tecnológico como transferências eletrônicas de dinheiro, cartão de crédito etc.. 
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Livro ABC do e-commerce 
do Prof. Dailton Filipini
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Antes de pensar em anunciar na internet, você precisa saber muito bem por onde andam os seus clientes. O mais importante da publicidade online é descobrir onde faz sentido colocar um banner. Através de ferramentas de busca, procure por sites relacionados à sua área de atuação. Faça uma pequena lista dos melhores e tente responder às seguintes perguntas: - 
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O importante é entender desde o princípio que a Internet segue um formato diferente do que vemos nas mídias convencionais. Ao contrário da mídia eletrônica (TV, rádio), por exemplo, não se comercializa o "tempo" do anúncio; ao contrário da mídia impressa (jornal, revista), não se comercializa o "espaço"; na Internet, comercializa-se o que chamamos de "hit", que traduz-se literalmente como "acerto", ou seja, o número de vezes que um determinado banner é exposto, não importando o espaço onde foi inserido ou o período de tempo decorrido de sua exposição. 
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a comercialização de banners não é feita por tempo, nem por espaço, mas por exposição. Se um contrato de anúncio de banner em um site prevê, por exemplo, 100.000 hits, significa dizer que, atingido esse número, a publicidade se encerra, independentemente do local ou do tempo que o banner ficou exposto. Esse mesmo número de exposições pode acontecer em apenas 1 hora em um site de grande "audiência" ou em 6 meses em um site menos visitado. O que importa é que o mesmo anúncio será exposto o mesmo número de vezes tanto em um site, quanto em outro. 
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Dada a grande variedade de sites existentes na rede, devemos sempre escolher aqueles que mais se aproximam à nossa atividade. Um hotel, por exemplo, deve optar por anunciar em sites de turismo e eventos locais; uma empresa que comercializa acessórios para cozinha pode anunciar em sites de decoração, uma empresa que comercializa cosméticos pode escolher uma site que fale sobre beleza e assim por diante. 
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 Ao contrário do que muitos pensam, não é caro anunciar na rede. A Internet nos permite direcionar nossas ações de acordo com o perfil dos visitantes de cada um dos sites. O índice de acerto é muito grande, visto que aparecemos para o nosso consumidor no momento em que ele nos procura! Além do mais, não podemos nos esquecer que não anunciamos 15 ou 30 segundos como no rádio ou na TV; não anunciamos em ¼ de página como na revista ou no jornal, anunciamos o nosso site inteiro, tenha ele 10 ou 100 páginas! 
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Um estudo contratado pela AOL (América Online), visando detectar a eficiência dos banners indicou que 40% dos entrevistados (amostra de 3.600 assinantes) lembravam-se de pelo
menos um banner acessado na última semana. A mesma pesquisa revelou que 6% dos assinantes entrevistados que fizeram algum tipo de compra no último mês, decidiram pela empresa após visitarem algum site acessado por banner. 
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Por essas razões, é fundamental uma escolha criteriosa dos sites que serão alvos de nossa publicidade a fim maximizar nossos investimentos e potencializar os resultados, atraindo assim, mais e mais consumidores. 
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Como qualquer outro contrato feito em ambiente formal, os contratos virtuais contém os requisitos subjetivos de validade que fazem o seu cumprimento obrigatório e portanto sujeito às normas do Código do Consumidor (Lei 8.078/90). Diz textualmente o art. 49 do Código do Consumidor que " O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 07 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio" 
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Sendo o contrato como uma espécie do gênero negócio jurídico, que depende para a sua concretização do encontro da vontade das partes, ele cria para ambas as partes uma norma jurídica individual reguladora de interesses privados e sem dúvida que também cria direitos e obrigações para as partes, treinamento e orientação, compensação, e desligamento.
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A questão a ser debatida aqui é à partir de que data exata em que esses 7 dias serão contados, ou seja, em que momento o contrato é concluído e como podemos auferir o dia do seu desfazimento. Isto é de suma importância para as relações comerciais cibernéticas, porque este prazo é fatal para o cancelamento do negócio e segundo a lei, passados os 7 dias, o acordo não poderá ser desfeito sem que haja uma penalidade civil para o descumprimento ou desistências.
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Ocorre que nos contratos via Internet, as propostas são feitas normalmente por e-mail, e tanto o envio da proposta quanto a aceitação são feitos quase que instantaneamente. O Código do Consumidor ao estabelecer o prazo para 7 dias para a desistência parece que estava prevendo os casos possíveis de ocorrer com os contratos on-line, porque o tempo fixado é suficiente para que a mensagem eletrônica noticiando o cancelamento chegue ao seu destino.
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A teoria da informação, segundo a qual o contrato é tido por concluído no momento em que o vendedor toma ciência da aceitação do comprador. Isto ocorre porque, não se pode dizer que um negócio jurídico esteja concluído sem que as partes tomem ciência da vontade um do outro. Nos contratos eletrônicos, entendemos que a aceitação é dada quando o comprador envia ao solicitante o número do seu cartão de crédito para transferência do valor da mercadoria que pretende adquirir.
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o Código do Consumidor, em toda a sua extensão, se aplica analogicamente aos contratos virtuais, porque se não existe ainda uma lei determinando a forma do contrato virtual, então será ele válido desde que não contrarie o direito. 
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A Lei de Imprensa também se aplica às publicações via internet, mesmo tendo sido criada anos antes da rede mundial de computadores. O entendimento é da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Os desembargadores condenaram a Editora Abril a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais para o ex-secretário da presidência da República na era FHC, Eduardo Jorge. A decisão também obriga a Veja Online a disponibilizar no site, durante três meses, a íntegra da sentença. Cabe recurso.
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Para os desembargadores, não há dúvidas de que a Internet é hoje o meio de comunicação que proporciona o acesso mais amplo às informações. Assim, não pode ser subtraída da disciplina prevista na Lei de Imprensa, 5.250/67. A rede estaria incluída na expressão “outras publicações periódicas”, escrita no artigo 12 da norma, que define também como meios de comunicação o jornal, os periódicos, a radiodifusão e os serviços noticiosos.
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Desde 2000, o ex-secretário do governo Fernando Henrique Cardoso briga na Justiça do Distrito Federal por reparação de danos morais sofridos por ele. Conforme informações do processo, a revista Veja e o site Veja Online publicaram uma série de reportagens, consideradas “ofensivas”, relacionando Eduardo Jorge ao escândalo do desvio de verbas públicas para construção da sede do TRT de São Paulo. Entretanto, a ligação do ex-secretário não ficou comprovada.
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A Lei de Imprensa data de 1967, quando a internet não existia nem em ficção. Para suprir a falta de previsão legal específica, os desembargadores incluíram a comunicação por via digital na designação genérica “outras publicações periódicas”. Para o advogado Clodoaldo Pacce, especialista em Direito de Imprensa, a aplicação da Lei de Imprensa por analogia é válida, “até porque não existe lei melhor”.
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o Superior Tribunal de Justiça já havia firmado entendimento de que chats de sites jornalísticos estão submetidos às regras da Lei de Imprensa e não ao Código Penal. A decisão foi tomada pela Corte Especial, no dia 16 de agosto, no julgamento de Embargos de Declaração do ministro aposentado Edson Vidigal.
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Vidigal apresentou queixa-crime contra o procurador regional da República José Pedro Taques. O fato ocorreu em dezembro de 2003, quando o site Mídia News, de Cuiabá (MT), publicou afirmações do procurador em entrevista na sala de bate-papo. Para Vidigal, as afirmações ofenderam sua honra. No entanto, ele só ajuizou a ação em maio de 2004. O prazo de prescrição na Lei de Imprensa é de três meses e o do Código Penal de seis meses.
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O STJ entendeu que o chat é regulado pela Lei de Imprensa, que em seu artigo 12 descreve: “são meios de informação e divulgação, para os efeitos deste artigo, os jornais e outras publicações periódicas, os serviços de radiodifusão e os serviços noticiosos”.
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O uso crescente da internet pelas pessoas tem permitido a realização de vários  atos lícitos (ex: comércio eletrônico), como também ilícitos (cybercrimes). A internet, como em todo lugar, em todas as categorias, em toda a sociedade, possui coisas boas e coisas ruins, assim as coisas ruins devem ser desprezadas e evitadas, enquanto as coisas boas devem ser exaltadas e incentivadas pelos pais e educadores. Isso é uma regra básica de equilíbrio social.
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Quando o uso da internet provoca um dano para alguém, ou então esse uso constitui um fato tipificado como crime, será necessário reparar o dano civil, e ainda a autoridade pública ser acionada para aplicação da pena ao infrator.
            1 - Responsabilidade Civil – toda atividade humana deve ser feita com responsabilidade; tal instituto integra o direito das obrigações e acarreta para o infrator o dever de reparar patrimonialmente o dano causado, ou seja, trata-se de uma obrigação pessoal que se resolverá em perdas e danos se houver nexo causal (relação de causalidade) entre o ato praticado pelo infrator e o dano sofrido pela vítima.
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Em geral exige-se culpa do infrator para ensejar o ato ilícito, mesmo que essa culpa seja levíssima; em alguns casos porém já se admite responsabilidade sem culpa ou objetiva, com base na teoria do risco, ou no risco da atividade que o infrator desenvolve; quem cria o risco, assume a responsabilidade pelo dano, salvo se houve culpa exclusiva da vítima; é muito importante difundir o contrato de seguro para não arruinar quem sofreu ou provocou um ato ilícito. 
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Além da responsabilidade civil material (pelo dano emergente e pelo lucro cessante), a vítima pode também sofrer um dano moral, tendo seu equilíbrio emocional e psicológico abalado pelo ato ilícito, de modo que uma indenização de cunho moral pode também ser exigida juntamente com a indenização material. 
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Na internet existe responsabilidade civil, afinal o ciberespaço não está fora da sociedade e do direito; quando ocorre um dano, deve-se atribuir a responsabilidade ou: 1) ao provedor (fornecedor dos serviços de internet  e transmissor das mensagens por meio da rede,
que tem responsabilidade objetiva pois sua atividade já representa um risco de ocasionar danos a terceiros, pois o provedor ignora muitas vezes o material que está fazendo trafegar, 
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apesar de evidentemente não ser um leigo em tecnologia, que deve por isso investir em segurança, vide par.único. do art. 927 do CC), 
ou 2) aos usuários desses provedores (ex: bancos eletrônicos, supermercados virtuais), ou 3) ao próprio cidadão que cometeu o ato ilícito, ou 4) ainda aos três solidariamente.
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É difícil muitas vezes identificar de onde partiu o ato ilícito, mas com competência, um perito em informática alcança o infrator; e o advogado não pode desconhecer o direito da informática para produzir provas em favor de seu cliente. 
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Os casos mais comuns de aplicação da teoria da responsabilidade civil na internet decorre de: a) fraudes bancárias: os bancos precisam sempre atualizar seus sites, investir em segurança e exigir dos clientes mais de uma senha; b) interrupção do acesso à rede: por problemas do provedor ou das linhas telefônicas, cabos e sinais de satélite que o provedor utiliza;
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c) invasão de privacidade: na internet há muita segurança (senhas, criptografia – escrita em código), mas há também ataques de “hackers” e seus vírus capazes de acessar e divulgar informações secretas das pessoas (ex: declaração do imposto de renda, endereço residencial, violação e alteração de e-mails, difamação, etc.)
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violando a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem dessas pessoas – art. 5o, X, CF; o mérito do “hacker” é poder modificar dados de um site disponível apenas para leitura, gravando em seguida suas modificações no provedor; d) violação do direito autoral: a internet serve para utilizar e divulgar obras escritas, musicais e audiovisuais sem o respeito ao copyright. 
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é uma variante da responsabilidade social e ocorre quando o agente, pessoalmente, comete um delito ou um crime. Ele pode, em virtude disso, ser levado ao tribunal e não tem como ser reparado. Não precisa estar diretamente ligado à ação (ex:mandante de um crime).
No entanto, um homem quando cometer um crime durante uma crise epiléptica, ou seja, temporáriamente sem autonomia e/ou consciência sobre as suas ações, não é considerado culpado pelo crime.
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Enquanto a responsabilidade civil tem um caráter preponderantemente reparatório, a responsabilidade penal tem um caráter punitivo. Reflexo disso é que a indenização civil é medida pelo dano causado, enquanto a pena é calculada na medida da reprovabilidade do ato. É certo que as indenizações, especialmente por dano moral, têm um certo caráter punitivo, ainda mais levando em consideração as motivações típicas das ações por erro médico. Porém, é no campo penal que a atuação dos médicos pode sofrer sanções mais duras, que aliam o elemento pecuniário com a possibilidade de privação da liberdade.
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O direito brasileiro define uma série de crimes que podem ser cometidos pelos médicos, no exercício de sua profissão. Esses crimes tipicamente ofendem nossos padrões de justiça mais estratificados, de tal forma que as condutas criminosas sempre são sentidas como indevidas. Contudo, muitos médicos não sabem que algumas condutas são definidas como crimes e que, portanto, podem acarretar penas privativas de liberdade.
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Todos sabem que o homicídio é um crime, mas poucos refletiram sobre o fato de que algumas condutas médicas podem ser qualificadas como homicídios culposos. Assim, a negligência de um médico pode levá-lo não apenas a pagar indenizações vultosas, mas também pode acarretar uma pena de prisão de 1 a 3 anos. E se é desconfortável o enfrentamento de um processo civil de reparação de danos, é sempre dramática a vivência de um processo penal.
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E caso a conduta do médico seja exageradamente arriscada, ele pode inclusive ser processado por homicídio doloso, pois se considera dolo não apenas a intenção de causar o dano (chamado de dolo direto), mas também são dolosas as condutas em que o médico assume o risco de causar o resultado (no chamado dolo eventual). Na prática, considera-se dolo eventual a imprudência e a negligência que são tão desmesuradamente graves que seria injusto punir o fato com a pena reduzida do crime culposo, sendo mais adequada a pena do crime doloso, que no homicídio é de 6 a 20 anos. Por exemplo, médicos foram processados por homicídio doloso ao não terem dado a devida atenção a uma parturiente, que terminou vindo a óbito juntamente com o feto, após uma noite inteira de sofrimento e descaso.
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Outro crime bastante comum é o de lesão corporal culposa, cuja pena varia de 2 meses a 1 ano. Amputar equivocadamente um membro sadio, causar queimaduras devido ao uso equivocado de um bisturi, causar diminuição na visão em virtude de um erro cirúrgico, tudo isso se enquadra como lesão corporal. E, caso a conduta seja demasiadamente grave, ela pode ser processada como lesão corporal dolosa, por dolo eventual. Nesse caso, as penas podem se tornar bastante altas, caso a lesão seja grave (acarretando por exemplo debilidade permanente de membros ou incapacidade para ocupações habituais superior a 30 dias), que eleva a pena máxima a 5 anos, ou gravíssima (acarretando por exemplo aborto, perda de função ou incapacidade permanente).
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Outra atitude que não é normalmente entendida como crime é deixar de prestar cuidados a pacientes em caso de emergência, sob a falsa alegação de inexistência de vagas, ou pelo fato de não ser prestada garantia financeira imediata. Nessa situação, o médico pode ser condenado de 1 a 6 meses de detenção, por omissão de socorro.
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Também é considerada crime a falsidade de atestado médico, com pena de 1 mês a 1 ano, a omissão de notificação de doença, com pena de 6 meses a 2 anos e a violação de segredo profissional, com pena de 3 meses a 1 ano.
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O aborto, por exemplo, é punido com prisão de 1 a 3 anos, exceto quando autorizado judicialmente. Já o estupro e o atentado violento ao pudor, que implicam a realização de qualquer ato sexual sem o devido consentimento, geram penas de 6 a 10 anos.
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Lei do software
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Lei dos direitos autorais
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Lei de inovação tecnológica
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